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Universidade do Sagrado Coração Rua Irmã Arminda, 10-50, Jardim Brasil – CEP: 17011-060 – Bauru-SP – Telefone: +55(14) 2107-7000 www.usc.br 32 REPARAÇÃO TÉRMINO-LATERAL DE LESÕES DO NERVO FACIAL COM O NOVO SELANTE HETERÓLOGO DE FIBRINA Luara Fernanda Simão 1 ; Marcelie Priscila de Oliveira Rosso 2 ; Daniela Vieira Buchaim 3 ; Geraldo Marco Rosa Junior 1 ; Rui Seabra Ferreira Junior 4 ; Benedito Barraviera 4 ; Jesus Carlos Andreo 2 ; Rogério Leone Buchaim 2 1 Departamento de Ciências da Saúde - Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP 2 Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB/USP), Bauru, SP. 3 Universidade de Marília (UNIMAR), Marília, SP. 4 Departamento de Pós-Graduação em Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, Botucatu, SP. As lesões faciais podem afetar o nervo facial responsável pela contração dos músculos mímicos, repercutindo em alterações físicas, emocionais e psicossociais. Objetivou-se comparar a reparação de lesões do nervo facial utilizando-se duas técnicas: neurorrafia término-lateral ou coaptação com selante de fibrina. Vinte ratos foram separados em 3 grupos: GC (Grupo Controle), em que foi coletado o nervo facial íntegro; GES (Grupo Experimental Sutura), no lado direito da face, realizou-se a secção do ramo bucal do nervo facial onde o coto distal foi suturado término-lateralmente ao ramo zigomático do nervo facial; GEF (Grupo Experimental Fibrina), no lado esquerdo da face dos mesmos animais de GES, onde a lesão nervosa foi reparada por coaptação com selante heterólogo de fibrina. Os animais foram eutanasiados 10 semanas após a cirurgia, submetidos à análise morfológica por microscopia óptica e eletrônica de transmissão, morfométrica (área e diâmetro da fibra nervosa; área e diâmetro do axônio; área e espessura da bainha de mielina) e avaliação funcional dos movimentos das vibrissas. Evidenciou-se, morfologicamente, a regeneração das fibras nervosas mielínicas e amielínicas, com conformação semelhante nos dois grupos (GEF e GES). Morfometricamente, não ocorreu diferença significante entre GES e GEF em nenhuma das variáveis mensuradas (ANOVA com pós-teste de Tukey; p<0,05). A recuperação funcional dos movimentos das vibrissas apresentou melhores resultados no GEF. Os dois métodos foram efetivos, sendo que o selante de fibrina apresenta maior facilidade na manipulação e rapidez na recuperação funcional. Palavras-chave: Regeneração nervosa. Adesivo tecidual de fibrina. Traumatismo de nervo facial.

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Page 1: REPARAÇÃO TÉRMINO-LATERAL DE LESÕES DO NERVO FACIAL … · Sutura), no lado direito da face, realizou-se a secção do ramo bucal do nervo facial onde o coto distal foi suturado

Universidade do Sagrado Coração Rua Irmã Arminda, 10-50, Jardim Brasil – CEP: 17011-060 – Bauru-SP – Telefone: +55(14) 2107-7000

www.usc.br 32

REPARAÇÃO TÉRMINO-LATERAL DE LESÕES DO NERVO FACIAL COM O NOVO SELANTE HETERÓLOGO DE FIBRINA Luara Fernanda Simão1; Marcelie Priscila de Oliveira Rosso2; Daniela Vieira Buchaim3; Geraldo Marco Rosa Junior1; Rui Seabra Ferreira Junior4; Benedito Barraviera4; Jesus Carlos Andreo2; Rogério Leone Buchaim2 1Departamento de Ciências da Saúde - Odontologia, Universidade do Sagrado Coração, Bauru, SP 2Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB/USP), Bauru, SP. 3Universidade de Marília (UNIMAR), Marília, SP. 4Departamento de Pós-Graduação em Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, Botucatu, SP.

As lesões faciais podem afetar o nervo facial responsável pela contração dos músculos mímicos, repercutindo em alterações físicas, emocionais e psicossociais. Objetivou-se comparar a reparação de lesões do nervo facial utilizando-se duas técnicas: neurorrafia término-lateral ou coaptação com selante de fibrina. Vinte ratos foram separados em 3 grupos: GC (Grupo Controle), em que foi coletado o nervo facial íntegro; GES (Grupo Experimental Sutura), no lado direito da face, realizou-se a secção do ramo bucal do nervo facial onde o coto distal foi suturado término-lateralmente ao ramo zigomático do nervo facial; GEF (Grupo Experimental Fibrina), no lado esquerdo da face dos mesmos animais de GES, onde a lesão nervosa foi reparada por coaptação com selante heterólogo de fibrina. Os animais foram eutanasiados 10 semanas após a cirurgia, submetidos à análise morfológica por microscopia óptica e eletrônica de transmissão, morfométrica (área e diâmetro da fibra nervosa; área e diâmetro do axônio; área e espessura da bainha de mielina) e avaliação funcional dos movimentos das vibrissas. Evidenciou-se, morfologicamente, a regeneração das fibras nervosas mielínicas e amielínicas, com conformação semelhante nos dois grupos (GEF e GES). Morfometricamente, não ocorreu diferença significante entre GES e GEF em nenhuma das variáveis mensuradas (ANOVA com pós-teste de Tukey; p<0,05). A recuperação funcional dos movimentos das vibrissas apresentou melhores resultados no GEF. Os dois métodos foram efetivos, sendo que o selante de fibrina apresenta maior facilidade na manipulação e rapidez na recuperação funcional. Palavras-chave: Regeneração nervosa. Adesivo tecidual de fibrina. Traumatismo de nervo

facial.