resumo geologia 10º ano

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1. Métodos para o estudo da geosfera O conhecimento do interior da Terra não se pode efetuar, na sua totalidade, com observações ou análises diretas do seu interior. O conhecimento da estrutura e composição do interior da Terra tem de ser obtido através da utilização de métodos diretos e de métodos indiretos. CONCEITOS Método direto – é aquele que nos permite obter dados através da utilização direta da Terra, como por exemplo a observação direta da superfície terrestre, da observação de atividade vulcânica ou através da realização de sondagens. Métodos indiretos – permitem-nos obter dados sobre a estrutura interna da Terra, com a interpretação de dados obtidos indiretamente, através de dados geofísicos (geomagnetismo, gravimetria, sismologia) e planetológicos (meteoritos). 1.1. Métodos diretos As enormes dimensões da Terra impedem que o Homem tenha acesso ao seu interior, limitando-se o seu conhecimento apenas a uma muito fina película de crosta. Os métodos diretos para conhecer a Terra são poucos e fornecem-nos pouca informação, devido às pequenas profundidades que é possível atingir. Métodos diretos Sondagens (13 Km) Explorações mineiras (4 Km) Vulcanismo 1.2. Métodos Indiretos Se o conhecimento direto do interior da Terra é inacessível, então os geólogos procuram outras fontes de informação para determinarem a estrutura e composição do nosso planeta. As fontes de análise e de informação utilizadas permitem-nos tirar algumas novas conclusões, a partir da interpretação de dados que não têm uma ligação direta ao interior da Terra. Como as conclusões obtidas sobre o interior da Terra são inferidas a partir de interpretações de dados obtidos 1 | Página cdlg, novembro 2015 Geologi a I Ficha informativa Métodos para o estudo da Geosfera e Vulcanologia Ano Letivo 2015 -16 10.º ano

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Resumo Geologia 10º AnoMétodos para o estudo da Geosfera e vulcanismo.Ano letivo 2015/16Escola Secundária de Francisco FrancoMadeira, Portugal

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Page 1: Resumo Geologia 10º Ano

1. Métodos para o estudo da geosferaO conhecimento do interior da Terra não se pode efetuar, na sua totalidade, com observações ou análises diretas do seu interior. O conhecimento da estrutura e composição do interior da Terra tem de ser obtido através da utilização de métodos diretos e de métodos indiretos.

CONCEITOS Método direto – é aquele que nos permite obter dados através da utilização direta

da Terra, como por exemplo a observação direta da superfície terrestre, da observação de atividade vulcânica ou através da realização de sondagens.

Métodos indiretos – permitem-nos obter dados sobre a estrutura interna da Terra, com a interpretação de dados obtidos indiretamente, através de dados geofísicos (geomagnetismo, gravimetria, sismologia) e planetológicos (meteoritos).

1.1.Métodos diretosAs enormes dimensões da Terra impedem que o Homem tenha acesso ao seu interior, limitando-se o seu conhecimento apenas a uma muito fina película de crosta. Os métodos diretos para conhecer a Terra são poucos e fornecem-nos pouca informação, devido às pequenas profundidades que é possível atingir.

Métodos diretos

Sondagens (13 Km)

Explorações mineiras (4 Km)

Vulcanismo

1.2.Métodos IndiretosSe o conhecimento direto do interior da Terra é inacessível, então os geólogos procuram outras fontes de informação para determinarem a estrutura e composição do nosso planeta. As fontes de análise e de informação utilizadas permitem-nos tirar algumas novas conclusões, a partir da interpretação de dados que não têm uma ligação direta ao interior da Terra. Como as conclusões obtidas sobre o interior da Terra são inferidas a partir de interpretações de dados obtidos indiretamente, estes métodos de estudo designam-se métodos indiretos. A interpretação da diferente composição dos meteoritos, das bandas geomagnéticas dos oceanos, do gradiente geotérmico permite-nos tirar algumas conclusões acerca da estrutura terrestre.

Métodos IndiretosGeofísicos Astronomia

Sismologia PaleontologiaGravimetria AstrogeologiaGeomagnetismoGeotermismo

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1.2.2. Métodos Geofísicos

A Geofísica é a ciência que, através de estudos físicos e matemáticos, permite a determinação de características geológicas da Terra, nomeadamente da sua densidade e gradiente geotérmico. A gravimetria, a sismologia, o geomagnetismo e o geotermismo são alguns dos métodos geofísicos que nos permitem a elaboração de modelos estruturais e composicionais da Terra.

CONCEITOS - Geotermia Gradiente Geotérmico – Corresponde à taxa de variação da temperatura com a

profundidade (aumento de temperatura por quilómetro de profundidade). Fluxo térmico – O calor que vem do interior da Terra e que erradia à superfície designa-se

por fluxo térmico e corresponde à quantidade de calor libertado por unidade de superfície por unidade de tempo.

DissipaçãoDo

Calor

Condução

Convecção

O Calor é libertado pelas rochas sem movimentação de material. As rochas da crosta têm condutividade térmica.

O calor é transportado por material que se movimenta dos locais de elevada temperatura para os de baixa temperatura.

Entalpia – Grandeza termodinâmica de um sistema que traduz o conteúdo de calor de um material.

Grau geotérmico – Número de metros necessários para que a temperatura aumente 1◦C.

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CONCEITOS - GeomagnetismoA terra possui um campo magnético invisível, que se faz sentir através das agulhas

magnéticas das bússolas e dos minerais ferromagnesianos que solidificam na superfície terrestre. A existência deste campo magnético deve-se ao movimento de rotação do núcleo externo, que se encontra no estado líquido e que tem na sua composição Ferro (Fe) e Níquel (Ni).

Os minerais ferromagnesianos existentes num magma ficam instantaneamente magnetizados com o campo magnético no momento da sua solidificação. A polaridade dos minerais ferromagnesianos é mantida para sempre nos rochas onde se encontram, deste modo é possível determinar o campo magnético terrestre numa dada altura da história terrestre.

Paleomagnetismo – corresponde ao registo histórico dos campos magnéticos ao longo da história geológica.

A inversão do campo magnético fica registada no fundo dos oceanos. A polaridade normal corresponde à polaridade do campo magnético atual, enquanto a polaridade inversa corresponde à polaridade inversa relativamente ao campo magnético atual.

A análise das inversões do campo magnético no fundo do oceano Atlântico permitiu concluir que estas eram simétricas em relação ao rifte. Este facto veio apoiar a teoria da expansão dos fundos oceânicos. Ao longo do rifte é emitida lava basáltica, rica em minerais ferromagnesianos, que, ao solidificar, origina o fundo oceânico, registando a polaridade do campo magnético existente no momento. Quanto mais recente é o fundo oceânico, mais perto esta da zona de rifte e, por isso, há menos tempo foi emitida a lava que o constitui. Caso ocorra uma inversão do campo magnético, os minerais ferromagnesianos da lava que constitui o fundo oceânico magnetizam esse campo magnético, registando-o para o futuro.

O geomagnetismo, como método indireto do estudo da Terra, permite tirar algumas conclusões sobre esta, como:

A existência do campo magnético terrestre apoia o modelo sobre a composição e as características físicas do núcleo terrestre (núcleo externo ferroniquélico no estado líquido)

O paleomagnetismo fornece informações sobre o passado da Terra:o Regista inversões da polaridade do campo magnético terrestre;o Apoia a hipótese da deriva continental e da formação dos fundos oceânicos

a partir do rifte;

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o Determina a posição dos continentes em ralação aos polos magnéticos;o Determina a latitude geográfica que as rochas ocupavam aquando do

momento da sua formação.

CONCEITOS - GravimetriaA gravimetria é o ramo da geofísica que se ocupa dos cálculos e das medições da gravidade,

que pode ser determinada através de aparelhos chamados gravímetros.

A gravidade corresponde à força de atração que o centro da Terra exerce sobre um qualquer corpo colocado à superfície da Terra. Se estivermos no cimo de uma montanha, estamos sujeitos a uma força gravítica menor, assim o valor da aceleração gravítica depende da latitude, da altitude, da densidade e do relevo. A gravidade varia inversamente com a distância ao centro da Terra.

As anomalias gravíticas surgem quando não se encontram os mesmos valores de força gravítica na superfície terrestre. As anomalias acima de zero correspondem a anomalias positivas e as anomalias negativas correspondem a valores abaixo de zero.

Assim, corpos com baixa densidade correspondem a anomalias negativas e corpos com alta densidade a anomalias positivas.

2. Vulcanologia e vulcanismoA vulcanologia é o ramo da geologia que estuda a formação, distribuição e a classificação dos fenómenos vulcânicos. Distinguem-se dois tipos de manifestações vulcânicas: as primárias e as secundárias ou residuais.

O vulcanismo ocorre principalmente ao longo das margens das placas litosféricas.

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Central (aparelho Vulcânico)

Fissural (rifte)Vulcanismo

Primário

Géisers Nascentes Termais

Fumarolas (Sulfataras, Mofetas)

Vulcanismo Secundário

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2.1.Vulcanismo SecundárioPor vezes, a atividade vulcânica manifesta-se de uma forma menos espetacular e violenta, nomeadamente através da libertação de gases e/ou água a temperaturas elevadas. Estas manifestações designam-se por vulcanismo secundário ou residual.São exemplos de vulcanismo:

Geiseres; Nascentes termais; Fumarolas

o Mofetas (quando emitem gases tóxicos);o Sulfataras (quando os gases emitidos são ricos em enxofre).

2.1.2. Recursos Geotérmicos e os seus benefícios

RecursosGeotérmicos

Alta entalpia(interplaca – Gradiente elevado e grau baixo)

Baixa entalpia(intraplaca – Gradiente baixo e grau elevado)

Temperatura+ 150℃

Temperatura50℃ a 150℃

Forma indiretaProdução de energia

elétrica

Forma diretaClimatização;

Aquecimento de águas;

Piscicultura;…

Benefícios da utilização dos recursos geotérmicos

Diminui as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera; É renovável; Não é poluente; Cria emprego; Cria atração turística; Minimiza o uso dos combustíveis fósseis.

2.2.Vulcanismo

CONCEITOS

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Magma – Mistura de silicatos fundidos a temperaturas elevadas onde se podem encontrar suspensas cristais que se formam devido ao arrefecimento durante a ascensão. Possui gases dissolvidos, substâncias voláteis (substâncias que se mantêm no estado líquido ou gasoso). Perde gases

Magma (do interior da terra) Ascende e altera a composição

Assimila materiais

Quanto maior o teor em SiO2 mais viscosa é a lava e maior concentração de gases. Quanto menor o teor em SiO2 menos fluída é a lava e menor concentração de gases.

Lava Pobre em SiO2 lava básica, muito fluída Erupção Efusiva

Escoadas de lava lentas (1500 ℃)

Lava Rica em SiO2 lava ácida, viscosa Erupção Explosiva

Escoadas de lava rápidas (800℃)

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LavaClassificação da lava de acordo

com a concentração de SiO2

Lava Básica ¿50% Lava intermédia 50% a

65% Lava ácida ¿65%

Lava aa ou escoriácea

Lava em almofada Lava encordoada

Erupções Efusivas

Cones pouco acentuados;

Vertentes suaves

Erupções Explosivas

Cones elevados; Vertentes

acentuadas

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A natureza dos materiais expulsos pelos vulcões condiciona o tipo de erupção vulcânica, que está relacionada com as características da lava e do magma que lhes dá origem.

2.3.Vulcões e tectónica de placas As margens continentais banhadas pelo oceano atlântico estão associadas à ausência de

vulcanismo, enquanto no oceano Pacífico ocorre vulcanismo explosivo.o As margens continentais banhadas pelos Atlântico estão associadas a limites

divergentes, a nível do rifte ocorre vulcanismo efusivo – vulcanismo de vale de rifte, este vulcanismo emite lava básica e fluída (vulcanismo primário fissural);

o No oceano pacífico temos limites convergentes associados a zonas de subducção, ocorrência de vulcanismo explosivo – vulcanismo primário central, este vulcanismo emite lava ácida e viscosa (vulcanismo interplaca).

CONCEITOS Hot spot – ponto fixo na crosta através do qual sai magma proveniente do interior do

manto. Pluma térmica – coluna vertical de magma que atravessa o manto.

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Vulcanismo IntraplacaVulcanismo Subducção