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REUSO DE EFLUENTE INORGÂNICO NO PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA NA
INDÚSTRIA PETROQUÍMICA
Marilia Botelho Coelho – [email protected]
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Av. Bento Gonçalves, 9500 - Agronomia
CEP- 91501-970 / Porto Alegre - RS
Resumo: A escassez de recursos hídricos, resultado do aumento da demanda e de processos de
poluição, tornou-se preocupante nos grandes centros urbanos e industriais. A indústria brasileira,
consciente deste problema de escassez aliado ao alto custo de tratamento de efluente e possível
cobrança pelo uso e custo para tratamento de descarte da água, já está desenvolvendo projetos de
antecipação com foco na gestão da demanda e, assim, criação de outras formas potenciais de oferta
de água associadas ao reuso. Logo, é nestes aspectos que este trabalho se insere, através de um
estudo para minimização na geração de efluente líquido inorgânico em uma empresa petroquímica,
em sua unidade de utilidades, na Estação de Tratamento de Água. Logo, conforme estudo, as
correntes reaproveitadas no projeto foram: enxágue dos vasos de leito misto, enxágue dos vasos de
leito misto (condensado), lavagem dos filtros de areia e antracito, lavagem dos vasos de carvão
ativado e enxágue dos vasos de troca iônica. A lavagem dos filtros de areia não será passível de
reaproveitamento e a lavagem dos vasos de carvão ativado (condensado) continuará em análise para
certificação e encaminhamento viável desta corrente sem prejudicar a Água Clarificada (AC). Com
isso, o projeto apresentou resultados favoráveis em relação ao investimento e possibilita um retorno
de capital em 8 anos. Por fim, entende-se que este trabalho possa contribuir com novas aplicações de
pesquisas e impactos ocasionados que possam auxiliar a empresa nas questões de mercado e
ambientais, pois há outras possibilidades de reaproveitamento que se pode inserir no mesmo contexto,
podendo ser praticadas e executadas futuramente.
Palavras chaves: Água. Efluente. Reuso.
Abstract : The scarcity of water resources, the result of increased demand and the processes of
pollution, has become alarming in large urban and industrial centers. The Brazilian industry is aware
of this problem of shortage coupled with the high cost of wastewater treatment and possible charges
for the use and disposal cost for treatment of water, is already developing projects with a focus on
anticipation of demand management and thus the creation of other potential forms of water supply
associated with reuse. Therefore, it is these aspects that this paper belongs, through a study to
minimize the generation of inorganic wastewater at a petrochemical company in its drive utilities, the
Water Treatment Plant. Thus, according to a study, the currents were reused in the project: rinse
mixed bed vessel, rinse vessel mixed bed (condensed), washing of sand and anthracite filters, washing
pots and rinse activated carbon ion exchange vessels . The washing of sand filters shall not be liable
to wash pots and reuse of activated charcoal (condensate) will remain under review for certification
and forwarding this feasible without damaging the Clarified Water (AC) current. With this, the project
had favorable results with respect to investment and allows a return of capital in eight years. Finally,
it is understood that this work can contribute with new research applications and impacts arising that
would assist the company in the market and environmental issues, as there are other possibilities of
reusing it can be inserted in the same context, can be practiced and executed the future.
Keywords: Water. Effluent. Reuse.
1. INTRODUÇÃO
A água, essencial para vida em nosso planeta, é indispensável para o desenvolvimento
socioeconômico, pois é através desta que há a utilização nas atividades humanas, como na indústria
agrícola, indústrias de geração de energia, pesca e todos os processos industriais. Mesmo tendo nosso
planeta com três quartos de sua superfície coberta por água, deve-se considerar que apenas uma
parcela, referente à água doce, pode ser aproveitada nas aplicações citadas sem que sejam necessários
grandes investimentos para adequar suas características físicas, químicas e/ou biológicas aos diversos
usos. Assim, identifica-se que a disponibilidade de água é variável no tempo e no espaço, estando
relacionado com as condições climáticas de cada região, como períodos de chuvas ou estiagem,
conforme o ano sendo favorável ou não às chuvas, podendo ser afetada pelas atividades humanas, seja
pela demanda excessiva ou por problemas relacionados à sua qualidade como, poluição resultante do
lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO
ESTADO DE SÃO PAULO - FIESP, [2006]).
No Brasil, devido ao aumento dos efeitos da degradação ambiental sobre a disponibilidade dos
recursos hídricos inicia-se uma estruturação da gestão integrada de bacias hidrográficas, o que por sua
vez propicia um olhar mais crítico nos conflitos dos usos dos recursos hídricos na unidade de uma
bacia hidrográfica visando o desenvolvimento social e econômico sustentáveis.
Assim, de acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), lei federal nº. 9.433/1997,
que estabelece procedimentos a serem adotados na gestão das águas, e ainda institui a água como um
recurso econômico e a gestão de recursos hídricos devem ser realizados de forma integrada (BRASIL,
1997). Logo, os instrumentos legais para o gerenciamento de recursos hídricos são:
(i) os planos de recursos hídricos;
(ii) o enquadramento dos corpos de água em classes;
(iii) a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
(iv) a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
(v) a compensação aos municípios;
(vi) o sistema de informações sobre recursos hídricos (BRASIL, 1997).
Estes instrumentos devem ser empregados de forma a sistematizar o gerenciamento integrado
dos recursos hídricos, onde a bacia hidrográfica é considerada uma unidade territorial de gestão,
objetivando assim o desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos (BRASIL, 1997).
A indústria brasileira, consciente do crescente problema de escassez aliado ao alto custo de
tratamento de efluente e possível a cobrança pelo uso de água e possível monitoramento do
lançamento de efluentes, já está desenvolvendo uma iniciativa focada na gestão da demanda e na
avaliação de outras formas potenciais de oferta de água associadas ao reuso. Logo, a definição de
reuso de água, segundo Mierzwa e Hespanhol (2005) é reaproveitar efluentes que foram tratados e que
proporcione um fim benéfico para indústrias, agricultura e águas não-potáveis. Com isso, o reuso pode
ser considerado como a utilização dos efluentes tratados nas respectivas estações ou unidades de
tratamento de água ou, ainda, o uso direto de efluentes em substituição à captação de água utilizada
atualmente. A adoção desse procedimento contribui com a redução de volume de água captado e,
consequentemente, do efluente gerado nas atividades humanas.
Portanto, este reuso está sendo uma das alternativas adotadas pelas indústrias, de forma a
aproveitar as correntes de efluentes líquidos de seus próprios processos, ou seja, reaproveitamentos de
correntes específicas internamente ao seu ciclo de tratamento assim, tendo vários benefícios, como os
ambientais e econômicos que, além de preservar o meio ambiente reduzindo o consumo de água e
trazer resultados financeiros, tem a oportunidade de gerar negócios e empregos. Através de
adequações no seu processo, como equipamentos e linhas, e reutilização de efluentes líquidos a
empresa é capaz de gerar empregabilidade para trabalhos de adequação de projeto e economia para
estar reutilizando este efluente líquido de forma a não mais ter os gastos com tratamento do mesmo
(REBOUÇAS; BRAGA JÚNIOR; TUNDISI, 2002).
Desta forma, o objetivo do presente trabalho é propor o potencial de reuso das correntes de
efluentes líquidos inorgânicos das etapas de enxágue e contra lavagem de vasos e filtros da Unidade
de Tratamento de Água na unidade de Utilidades, do Polo Petroquímico do Rio Grande do Sul, através
da caracterização físico-química das correntes de efluentes.
2. EXPERIMENTAL
2.1 Materiais
Para identificar e descrever o processo da ETA (Estação de Tratamento de Água) na Unidade
de Utilidades foi realizada uma avaliação técnica preliminar composta pela análise de documentos
referenciais do processo e pelo levantamento de campo para a identificação das correntes de efluentes
líquidos inorgânicos potenciais para reuso. As correntes avaliadas foram as seguintes:
corrente 1: Contra lavagem dos filtros atmosféricos;
corrente 2: Contra lavagem dos filtros pressurizados de areia e antracito;
corrente 3: Contra lavagem dos vasos de carvão ativado;
corrente 4: Enxágue dos vasos de resinas de troca iônica;
corrente 5: Flushing (descarte de efluente por 3min.) da osmose reversa;
corrente 6: Enxágue dos vasos de leito misto;
corrente 7: Contra lavagem dos vasos de carvão ativado/condensado;
corrente 8: Enxágue dos vasos de leito misto/condensado.
2.2 Processamento
O processo se consolidou através de comparações das amostras de Água Bruta (AB), Água
Clarificada (AC), água do tanque de abastecimento do processo de desmineralização e etapas de
contra lavagem dos filtros atmosféricos, contra lavagem dos filtros pressurizados de areia e antracito,
contra lavagem dos vasos de carvão ativado, enxágue dos vasos de resinas de troca iônica, enxágue
dos vasos de leito misto, contra lavagem dos vasos de carvão ativado/condensado e enxágue dos vasos
de leito misto/condensado. Logo, os resultados das análises físico-químicas foram comparados com
AB, AC e água do tanque de abastecimento de água desmineralizada (AD), que estão sendo estudadas
para destinação de efluentes inorgânicos. Assim, a partir dos parâmetros físico-químicos avaliados nas
AC, AB e água de envio aos vasos de leito misto será possível identificar se é viável e passível de
reaproveitamento este efluente do final do processo de tratamento de água.
Para melhor esclarecimento da qualidade da água foi realizado uma média diária referente ao
último semestre, onde podemos visualizar os parâmetros usuais e diários de AC e AB. Nestas análises
são destacados valores incomuns do período e limites, tanto superiores como inferiores, de cada
resultado.
A Figura 1 mostra o fluxograma simplificado da Estação de Tratamento de Água, identificado
as correntes de efluentes líquidos que foram avaliadas no presente estudo.
Figura 1 – Fluxograma simplificado da Estação de Tratamento de Água
Fonte: Elaborada pela autora
Os equipamentos que são focos no presente estudo são os vasos de leito misto (42V´s05) e
vasos de leito misto/condensado (42V´s07). Conforme Figura 10 se tem o desempenho destes vasos,
ou seja, o tempo de operação deles até sua entrada no processo de regeneração, onde poderá ser
reaproveitado o efluente dos mesmos. O desempenho dos mesmos é calculado em m³/h de operação e
quando se fala em campanha refere-se ao tempo de operação dos mesmos.
2.3 Caracterização
Para conseguir analisar e comparar as correntes em estudo foi necessário a realização da
caracterização físico-química destas correntes. Assim, para cada parâmetro estudado existe um método
de análise específico. A Tabela 1 apresenta os métodos de análises utilizados para a determinação de
cada parâmetro.
Tabela 1 - Definição dos métodos dos parâmetros analisados
Parâmetros analisados Unidade Método
Turbidez NTU Nefelométrico
pH (25˚C) - Potenciométrico
Condutividade µs cm -1 Potenciométrico
Alcalinidade Total mg L-1 Titulométrico
Dureza Total mg L-1 Titulométrico
Dureza Cálcio mg L-1 Titulométrico
Sílica, como SiO2 mg L-1 Titulométrico
Fonte: Elaborado pela autora
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Propriedades físico-químicas
Parâmetros comparativos
A partir dos resultados apresentados na Tabela 2, pode-se identificar os parâmetros requeridos
de operação para as águas onde foram estudadas as possibilidades de envio do efluente de reuso, que
são: AC, AB e tanque de abastecimento de AD. A AC e AB.
Tabela 2 – Parâmetros de AC, AB e água enviada para Processo de Desmineralização
Análises/Coletas AC
(n = 4)
X (dp)
AB
(n=4)
X (dp)
Tanque de Água enviada para
Processo de Desmineralização
(n=4)
X (dp)
Turbidez (NTU) <1 (0,7) 47,75 (30,3) 0,3 (0,07)
pH (25˚C) 6,7 (0,3) ¹6,8 (0,2) 7,0 (0,85)
Condutividade (us cm-1
) 165,7 (2,1) ¹110,17 (22,1) 11 (3,86)
Alcalinidade Total (mg.L-1
CaCO3) 20,5 (5,7) 21,5 (8,2) 6,0 (1,08)
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 (7,6) 28,5 (4,1) n.d.
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 (3,4) ¹15 (3,1) n.d.
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 (1,7) ¹20 (2,6) 0,5 (0,25)
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 (0,005) 3,0 (2,95) n.d.
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 (1,7) 9,25 (1,7) 1,0 (0,5)
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 (2,6) 11 (1,4) 0,6 (0,22)
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 (0,2) 25,4 (28,65) 0,8 (0,06)
Cloro (mg.L-1
) 17,5 (1,3) n.d. n.d.
DQO (mg.L-1
) 3,0 (0,34) 4,1 (0,65) <5 (0,98)
Legenda: n= número de amostras; X – média; dp – desvio padrão; NTU – unidade nefelométrica
X = n(4); ¹X = n(12); n.d – não detectado pelo método de análise
Fonte: Elaborado pela autora
Os resultados apresentados na Tabela 9 referem-se aos valores médios de quatro ou de alguns
casos de 12 amostras realizadas no período de janeiro de 2011 a novembro de 2011 dos efluentes
Ferro Total mg L-1 Titulométrico
Cloretos mg L-1 Titulométrico
Sulfato mg L-1 Titulométrico Sólidos Suspensos mg L-1 Gravimétrico
Cloro mg L-1 Titulométrico
DQO mg L-1 Titulométrico
inorgânicos escolhidos para este estudo. Um dos parâmetros importantes para avaliação da viabilidade
de destino da água de reuso é a sílica, pois esta não terá um tratamento específico no tanque para onde
será desviado o efluente de reuso. Assim, quando enviado ao reaproveitamento no tanque de AC com
valor de sílica muito elevado poderá haver uma maior purga do sistema de resfriamento de água, o que
resulta em descarte de efluente inorgânico para tratamento. Já os outros parâmetros, como matéria
orgânica (DQO), turbidez, pH e alcalinidade recebem adição de produtos químicos e logo, este
efluente de reuso, irá ser tratado junto com AC, AB ou a água de abastecimento dos vasos de leito
misto. Com isso, deve-se observar o parâmetro sílica de todos os efluentes de reuso e comparar,
primeiramente, com AC, que é o principal objetivo do estudo. Em caso de incompatibilidade com AC
fazer uma análise comparativa com AB, que é a água captada e assim recebe o tratamento inicial mais
intensivo que sofre o processo inicial de adição de produtos químicos, tais como cloro, sulfato de
alumínio (isento de ferro), alcalinizante (70%cal+30%NaOH, se necessário) e polieletrólito. E no caso
do tanque de envio para os vasos de leito misto, é uma comparação sugestiva para estudos futuros, que
poderão ser aplicados e sugeridos para um projeto posterior.
Análise das correntes – Vasos de leito misto
Na Tabela 3 é apresentada a comparação da Água Clarificada (AC) e Água Bruta (AB) com
os resultados obtidos das águas de enxágues dos vasos de leito misto.
Tabela 3 – Parâmetros de AC, AB e água enviada para Processo de Desmineralização
Análises/Coletas AC AB Enxágue I -Vasos
de Leito Misto
Enxágue I -
intermediário
Enxágue II - Vasos
de Leito Misto
Turbidez (NTU) <1 47,75 1,1 1,0 0,7
pH (25˚C) 6,7 6,8 7,0 6,2 5,1
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 23,7 12,4 9
Alcalinidade Total
(mg.L-1
CaCO3)
20,5 21,5 90,4 0 0
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3)
35 28,5 0,0 0 0
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3)
22,5 15 0,0 0 0
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 0,0224 0,0104 0,0057
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 0,1 0 0
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 2,4 2,2 2,1
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 6,3 3,4 2,5
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 1,7 1,2 0,8
Cloro (mg.L-1
) 17,5 0 0,0 0 0
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 6,0 3,4 0
Fonte: Elaborado pela autora
Analisando os resultados obtidos e comparando com os parâmetros mínimos requeridos de
AC para o processo, podemos verificar que o efluente oriundo do Enxágue II tem especificações
melhores que a AC, pois seus resultados relevantes são inferiores ou semelhantes ao da AC. Logo este
efluente pode ser destinado diretamente para o tanque de AC para ser utilizado no processo.
Já no Enxágue I, nos primeiros minutos de enxágue, os valores de sílica, por exemplo, ficam
bem acima dos parâmetros de AC. Assim, o ideal não seria destinar este efluente, inicialmente, para o
tanque de AC. Neste caso, o ideal, seria enxaguar o vaso por 20 minutos, descartando este efluente
para o tanque de chegada de AB, que sofre o processo inicial de adição de produtos tais como cloro,
sulfato de alumínio (isento de ferro), alcalinizante (70%cal+30%NaOH, se necessário) e polieletrólito.
Assim quando houver a diminuição dos valores de sílica e alcalinidade, pode-se destinar este efluente
para o tanque de AC. Isto pode ser explicado pelos resultados do enxágue I intermediário que
apresenta valores mais baixos de sílica e alcalinidade do que o enxágue I.
O incremento da alcalinidade, no caso dos resultados do enxágue I, deve-se a quantidade de
NaOH que foi adicionada na etapa anterior da regeneração. Outro fator relevante à alcalinidade alta
pode estar relacionado ao cálcio que pode se dissolver no processo de enxágue elevando o teor de
alcalinidade. Assim, depois de alguns minutos de enxágue (previsto 20 minutos) os resíduos de NaOH
e cal que ainda permanecem na água podem ser descartados no processo de enxágue. Analisando o pH
pode-se verificar que os resultados são relevantes, pois se enquadram dentro dos parâmetros mínimos
requeridos, tanto no enxágue I quanto no enxágue II. O fato de o pH estar mais elevado no enxágue I
está relacionado com a adição de NaOH que está sendo diluída na água do enxágue.
Análise das correntes – Vasos de leito misto com condensado
Na Tabela 4 encontra-se a comparação de análises entre AC e AB e enxágues dos vasos de leito misto
que recebem condensados do processo das demais unidades da empresa.
Tabela 4 – Comparação de resultados – AC/AB x Enxágue de vasos de leito misto (condensado)
Análises/Coletas AC AB Enxágue I -
Vasos de Leito
Misto
Enxágue II -
Vasos de Leito
Misto
Turbidez (NTU) <1 47,75 0 1,2
pH (25˚C) 6,7 6,8 6 4,7
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 97 17
Alcalinidade Total
(mg.L-1
CaCO3)
20,5 21,5 0,0
0
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 28,5 0,0 0
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 15 0,0 0
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 0,052 0,0267
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 12,8 0,1
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 3,1 12,5
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 0,2 1,1
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 0,4 36,8
Cloro (mg.L-1
) 17,5 0 0,0 0
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 6
Fonte: Elaborado pela autora
Analisando os resultados obtidos podemos observar que, neste caso, o Enxágue I e Enxágue II podem
ser destinados ao tanque de AC, pois os resultados encontram-se conforme os parâmetros requeridos
para esta. O que devemos observar é que o condensado, recebido nestes vasos, pode ser passível de
contaminações com hidrocarbonetos, pois este condensado é proveniente do processo da indústria.
Assim, em caso de destiná-lo ao tanque de AC, este pode sofrer contaminação ocasionando, até
mesmo, a parada operacional da empresa, pois este hidrocarboneto só será identificado quando o
condensado já estiver contaminado. Assim, o projeto prevê um medidor de hidrocarbonetos na entrada
destes vasos para análise antecipado e identificação destes hidrocarbonetos. Logo, pode-se identificar
qualquer contaminação proveniente do processo e que possa afetar as operações da ETA.
Análise das correntes – Filtros de areia
Na Tabela 5 pode-se verificar a comparação de análises entre AC e AB com as análises resultantes das
lavagens dos filtros de areia e antracito. Esta água é uma água filtrada que deriva dos filtros de areia
(faz a remoção de matéria orgânica mais pesada).
Tabela 5 – Comparação de resultados – AC/AB x Lavagem dos filtros de areia e antracito
Análises/Coletas AC AB Filtros de areia e
antracito - Lavagem
Turbidez (NTU) <1 47,75 1,5
pH (25˚C) 6,7 6,8 6,2
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 108
Alcalinidade Total
(mg.L-1
CaCO3)
20,5 21,5 4,0
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 28,5 32
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 15 17
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 26,5
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 0,2
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 4,2
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 20,2
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 0
Cloro (mg.L-1
) 17,5 n.d. n.d.
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 8
n.d – não detectado pelo método de análise Fonte: Elaborado pela autora
Nesta análise comparativa pode-se ressaltar o resultado do pH, pois é este fator que irá influenciar
diretamente na AC, ou seja, alterando significativamente este valor teremos a adição, em maior
quantidade, de produtos químicos o que acarretaria em um maior custo. A sílica, neste caso, em
proporção ao tamanho do tanque de água clarificada, irá se diluir e não irá alterar as condições da AC.
Atualmente, este efluente é destinado a canaletas do sistema pluvial, ou seja, sistema de água de
chuva, e isto comprova a boa qualidade deste efluente. Esta água do sistema pluvial é diretamente
enviada para bacias do parque ecológico da empresa.
Análise das correntes – Vasos de carvão ativado
Na Tabela 6 obtêm-se a comparação de análises entre AC e AB com as análises resultantes das
lavagens dos vasos de carvão ativado, que ficam logo após os filtros de areia e antracito.
Tabela 1 – Comparação de resultados – AC/AB x Lavagem dos vasos de carvão ativado
Análises/Coletas AC AB Vasos de carvão
ativado - Lavagem
Turbidez (NTU) <1 47,75 2,8
pH (25˚C) 6,7 6,8 4,8
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 137,5
Alcalinidade Total (mg.L-1
CaCO3) 20,5 21,5 60,8
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 28,5 30,3
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 15 15,1
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 13,1
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 0,1
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 2,1
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 7,4
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 1,4
Cloro (mg.L-1
) 17,5 n.d. n.d.
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 8,0
n.d – não detectado pelo método de análise Fonte: Elaborado pela autora
Assim, este efluente tem possibilidades de ser enviado ao tanque de AC, pois seu pH é baixo,
em relação ao pH da AC e sua sílica não causará nenhuma alteração ao processo e qualidade da água.
Quanto ao resultado de DQO mais elevado na corrente avaliada do que na AC, isto pode ser resolvido
pela adição de cloro que é adicionado no sistema de AC, para tratamento da água, esta matéria
orgânica tende a diminuir e se diluir com a água total do tanque de AC.
Análise das correntes – Vasos de troca iônica
Na Tabela 7 pode-se observar a comparação dos resultados entre AC e AB com as análises
realizadas nos três vasos de troca iônica. Estes vasos não operam continuamente, ou seja, operam
quando tem-se um consumo maior de AD e quando os vasos de leito misto não atendem a demanda de
água para uso. Assim, os vasos são colocados em operação até que o valor da sílica atinja, no máximo
0,3 mg.L-1 e, ultrapassado este limite, este vaso sai de operação e entra no processo de regeneração
que é o momento em que será gerado o efluente de reaproveitamento.
Tabela 7 – Comparação de resultados – AC/AB x Enxágue dos vasos de resina de troca iônica
Análises/Coletas AC AB Primeiro vaso
de troca iônica
- Enxágue
Segundo vaso de
troca iônica
Enxágue
Terceiro vaso de
troca iônica –
Enxágue
Turbidez (NTU) <1 47,75 0,6 1,7 1,3
pH (25˚C) 6,7 6,8 2,9 11,5 9,7
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 565 466 362
Alcalinidade Total
(mg.L-1
CaCO3)
20,5 21,5 n.d. n.d. 2,0
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 28,5 n.d. n.d. 0,0
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 15 n.d. n.d. 0,0
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 1,64 1,4 0,85
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 0,1 N.d. 0,3
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 7,3 7,3 2,6
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 40,9 8,4 0,9
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 0,4 0,4 2,0
Cloro (mg.L-1
) 17,5 n.d. n.d. n.d. n.d.
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 <5 <5 n.d.
Conforme os resultados da Tabela 14, pode-se observar que o pH no primeiro vaso é baixo.
Isto acontece devido a esta etapa da regeneração remover o excesso de ácido derivado da injeção de
químicos, onde é injetado ácido e soda na resina do vaso e o excesso, desta injeção, acaba saindo no
enxágue.
O mesmo ocorre no segundo e terceiro vaso, porém de forma inversa, onde os valores de pH
estão mais elevados. Neste caso há a remoção do excesso de soda derivado da etapa de contra fluxo
deste processo de regeneração. Os resultados de pH dos vasos de enxágues das resinas de troca iônica
não irão interferir nas especificações da AC, pois esta água será inventariada e assim, diluída com a
AC no tanque. O mesmo ocorre com a condutividade, uma vez que este parâmetro não causa impactos
ao processo, pois será diluída a água total no tanque de AC.
Análise das correntes – Vasos de carvão ativado
Na Tabela 8 tem-se os vasos de carvão ativado que recebem condensado do processo,
derivados de permutadores comparados com a água clarificada e água bruta.
Tabela 8 – Comparação de resultados – AC/AB x Lavagem dos vasos de carvão ativado/condensado.
Análises/Coletas AC AB Vasos de carvão
ativado/condensado - Lavagem
Turbidez (NTU) <1 47,75 0,8
pH (25˚C) 6,7 6,8 5,8
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 21
Alcalinidade Total (mg.L-1
CaCO3) 20,5 21,5 n.d.
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 28,5 n.d.
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 15 n.d.
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 16,0
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 n.d.
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 1,0
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 n.d.
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 0,8
Cloro (mg.L-1
) 17,5 n.d. n.d.
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 7
n.d – não detectado pelo método de análise Fonte: Elaborado pela autora
O efluente destes vasos pode ser desviado para o tanque de AC, pois seus parâmetros
encontram-se dentro das especificações de AC. Porém estes vasos, como recebem condensado do
processo deverá ser instalado um analisador em linha para identificar a presença de hidrocarbonetos
provenientes dos condensados do processo. As lavagens iniciais, ou seja, cerca de 15 minutos iniciais,
podem conter alto teor de ferro e assim, pode prejudicar o uso na Logo, este vaso está incluso no
projeto, porém deverá ser realizado um estudo mais detalhado das suas especificações físico-químicas
e também um monitoramento em linha desta corrente. Neste caso, o que pode ser proposto é o descarte
para tratamento no SITEL dos primeiros 15 minutos de lavagem e depois, de acordo com as
especificações, aproveitá-lo como efluente de reuso.
Análise das correntes – Filtros de areia
A Tabela 9 apresenta os resultados amostrados dos filtros de areia. Estes filtros contém uma
camada suporte que retêm pedriscos de granulometria entre 3x4mm e uma camada filtrante que retêm
resíduos com granulometria de 0,95mm.
Logo, neste caso, não seria possível o desvio para AC, pois apresenta elevado número de
matéria orgânica, cloretos e sólidos suspensos. O mais correto, para este efluente, seria o desvio para
AB, pois mesmo tendo elevados indicies de matéria orgânica e sólidos suspensos será nesta etapa
(entrada de água bruta no processo) que ocorre todo o tratamento da água de captação (AB). Porém, os
custos com tratamento seriam maiores, pois este efluente exigiria uma dosagem de químicos maior
para flocular e retirar a quantidade de matéria orgânica. Assim, foi possível identificar que este
efluente é inviável ser aproveitado como água de reuso, pois teríamos um custo maior de tratamento
desta água.
Tabela 9 – Comparação de resultados – AC/AB x Lavagem dos filtros de areia
Análises/Coletas AC AB Filtro de areia
– Lavagem
Filtro de areia -
Enxágue
Turbidez (NTU) <1 47,75 5 3
pH (25˚C) 6,7 6,8 6,3 6,3
Condutividade (us cm-1
) 165,7 110,17 111 97
Alcalinidade Total (mg.L-1
CaCO3) 20,5 21,5 18,1 10,1
Dureza Total (mg.L-1
CaCO3) 35 28,5 80,6 38,3
Dureza, Cálcio (mg.L-1
CaCO3) 22,5 15 20,2 16,1
Sílica (mg.L-1
SiO2) 21,3 20 9,4 10,4
Ferro Total (mg.L-1
) 0,1 3,0 27,7 11,1
Cloretos (mg.L-1
) 15,25 9,25 25,0 13,0
Sulfato (mg.L-1
) 17,75 11 0 0
Sólidos Suspensos (mg.L-1
) 0,5 25,4 446,4 0,8
Cloro (mg.L-1
) 17,5 n.d. 0,2 0,2
DQO (mg.L-1
) 3,0 4,1 2375 360
n.d – não detectado pelo método de análise
Fonte: Elaborado pela autora
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim, conforme análises comparativas das Tabelas 4 a 9 podemos resumir que, conforme
análises e estudos, os efluentes gerados pela contra lavagem dos filtros de areia (42FL05) e vasos de
carvão (42V01 e 42/142V06) e pela etapa de enxágue dos vasos de resinas de troca iônica (42V02,
42V03, 42V04, 42V05 e 42/142V07) geram efluentes com propriedades semelhantes à água
clarificada produzida na própria ETA. Dessa forma, torna-se possível o reuso desses efluentes através
de um novo tanque capaz de coletar estas correntes e transferi-las ao tanque de água clarificada. O
Quadro 1 identifica quais as correntes que serão aproveitadas, as que serão realizadas um estudo mais
aprofundado e as que não são inviáveis para reaproveitamento.
Quadro 1 - Resumo das correntes de reaproveitamento.
O método de estudo de caso empregado possibilitou a identificação de correntes, dentro do
processo, que poderiam ser aproveitadas para minimizar custos e reduzir consumo de água. Esta etapa
permitiu, através dos resultados obtidos, a classificação das correntes de efluentes potenciais, o custo
que cada uma delas gera para a empresa e seu respectivo impacto quando reaproveitada dentro do
processo. Logo, as correntes reaproveitadas no projeto foram: enxágue dos vasos de leito misto,
enxágue dos vasos de leito misto (condensado), lavagem dos filtros de areia e antracito, lavagem dos
vasos de carvão ativado e enxágue dos vasos de troca iônica. A lavagem dos filtros de areia não será
passível de reaproveitamento e a lavagem dos vasos de carvão ativado (condensado) continuará em
análise para certificação e encaminhamento viável desta corrente sem prejudicar a AC.
Assim, puderam-se identificar valores de geração e contabilizá-los para análise de viabilidade
econômica através de um fluxo de caixa que apresentou valores sustentáveis a empresa para
investimento deste projeto. Ficou claro que a implantação deste projeto seria algo que a empresa
deveria praticar, não somente pela melhoria tecnológica e sustentável, mas pela redução de custos
gerados, obtendo uma maior flexibilidade interna do processo.Por fim, entende-se que este trabalho
possa contribuir com novas aplicações de pesquisas que possam auxiliar a empresa nas questões de
mercado e ambientais, pois há outras possibilidades de reaproveitamento que se pode inserir no
mesmo contexto, podendo ser praticadas e executadas futuramente.
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