revista aquariofilia.net edição 0
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A REVISTA
DO FÓRUM ESCOLHA A SUA
CHEGOU LÂMPADA
A SUA
CASA
AS MAIORES ESPÉCIES DE
TUBARÕES DO MUNDO
E MUITO
MAIS AO
VIRAR DA PÁGINA
O Fórum Aquariofilia.net tem o prazer de apresentar a nova Revista Aquariofilia.net.
A Revista Aquariofilia.net trata assuntos bastante interessantes relacionados com a aquariofilia,
este mundo fantástico que já aderiram milhões de pessoas em todo o mundo.
A Revista Aquariofilia.net surgiu pela iniciativa de Octávio Alves, membro do fórum. A ideia foi
apresentada ao João Branquinho, administrador fundador do fórum, ideia essa que pode-se ver
agora na existência da revista. A ideia foi realizada em apenas 4 dias, sendo uma edição
experimental, com o apoio e colaboração de
muitos membros do fórum.
A Revista espera conseguir apresentar
vários factores tocados na aquariofilia, que
possam ajudar a comunidade de
forma a tornar a
aquariofilia
portuguesa, uma
aquariofilia
informada.
Queria dar os meus sinceros agradecimentos
à Administração do fórum pelo apoio dado
nesta iniciativa, aos membros participativos e
colaboradores da revista, que sem eles nada seria possível.
Esperem pela Edição 1 da Revista Aquariofilia.net no inicio de Junho.
TÍTULO PÁGINA
Sabias que… 3
O Oceano “As maiores espécies de tubarões”
4
Informação “Parâmetros para a escolha de lâmpadas”
7
Entrevista “Ricardo Fonseca”
10
Peixe do mês “Discu” 12
Conversa aquática 14
Aquário do mês “Água doce”
15
Fotografia 17
Aquário do mês “Água doce”
20
Portugal está a crescer, e com o seu
crescimento vem as acções que terão
consequências na “nossa” natureza.
Tal risco de obliteração deve-se à
existência de um plano de construção de
5 barragens na zona de alto Tâmega e
Sabor.
No caso concreto do Rio Olo, a
barragem a ser construída a montante
reduziria ao caudal mínimo o seu curso
de água, afectando assim seriamente um
lugar que merece respeito pela sua
singularidade e por estar inserido numa
zona protegida de parque natural; para Rio Olo
além disto, a redução do curso de água iria certamente ter o seu impacto no ecossistema, no qual
vivem e se reproduzem espécies como a truta arco-íris (Onchorynchus mykiss) e até mesmo lontras
(Lutra lutra) - o que só mostra a importância da conservação das águas límpidas que ali correm.
Na sequência deste acontecimento foi criada uma petição onde todos podem votar, apenas com
o preenchimento de um pequeno formulário, onde tem de indicar o seu nome, endereço de e-mail,
localidade e nº do seu BI. Em apenas alguns segundos do seu tempo, pode estar a fazer uma
enorme diferença para os seres vivos que habitam aquela região, não apenas os aquáticos como
também os terrestres.
Dê a sua assinatura em http://www.petitiononline.com/PABA/petition.html e contribua para um
acto de conservação à natureza, uma vez que não é de ninguém e ao mesmo tempo é de todos.
Rio Tâmega
AS MAIORES ESPÉCIES DE TUBARÕES
O TUBARÃO É CONHECIDO PELO SEU METODO DE CRIAR MEDO ÀS
PESSOAS. SERÁ QUE TODOS OS TOBARÕES SÃO ASSIM TÃO
FEROZES COMO DIZEM? VERÊMOS QUE NEM SEMPRE O MAIOR É O
MAIS PERIGOSO.
TUBARÃO-BALEIA
ORDEM: ORECTOLOBIFORMES
O maior de todos os tubarões e o
maior peixe vivo conhecido, o
tubarão-baleia constitui um dos mais
comoventes espectáculos do oceano.
O seu tamanho colossal e a grande
boca o tornam facilmente
reconhecível, podendo ser visto perto
da superfície em muitas águas
tropicais ou subtropicais do mundo
inteiro.
Os tubarões-baleia alimentam-se
principalmente de plâncton, embora também comam regularmente cardumes de pequenos peixes e
lulas. Ao contrário dos tubarões-frade, que simplesmente filtram enormes quantidades de água
enquanto nadam, os tubarões-baleia sugam activamente as suas presas antes de filtra-las com
eficácia. Já foram observados alimentando-se em grupos em lugares com grande concentração de
determinados tipos de alimento.
Aparecem regularmente nos mesmos locais e em determinadas épocas do ano, provavelmente
para aproveitar certos acontecimentos, como a desova dos corais e o florescimento regular de
plâncton. Por esta razão, tornam-se o centro de uma grande indústria de ecoturismo em algumas
partes do mundo, principalmente na costa ocidental da Austrália, onde os mergulhadores fazem fila
para ter a oportunidade de nadar junto com estas dóceis criaturas.
Os tubarões-baleia estão protegidos por lei em
alguns países, mas são caçados em outros,
principalmente em Taiwan e Filipinas. Mais de 100
tubarões são mortos anualmente somente em
Taiwan, o que causa sérias preocupações quanto
ao futuro de um peixe que cresce lentamente e
que demora para atingir a maturidade.
TUBARÃO-FRADE
ORDEM: LAMNIFORMES
Segundos em tamanho, os
tubarões-frade são criaturas
grandes que se alimentam apenas
de plâncton. Eles são observados
nadando com as bocas abertas,
filtrando pequenos organismos
enquanto avançam nas águas.
Vistos com frequência perto da
costa, os tubarões-frade são
grandes atracções para os eco-
turistas, que podem ver estes
gigantes a apenas uma curta
distância da terra. Nadam regularmente na superfície e são tolerantes à presença humana, um factor
que contribuiu para a sua caça durante muitos anos.
Como muitas outras espécies de tubarões, os tubrarões-frade têm sido submetidos a uma
enorme pressão por porte dos pescadores. Devido ao seu enorme tamanho, eles têm sido alvo de
pesca, pois podem representar uma tonelada de carne e 400 litros de azeite; enquanto os seus
fígados, ricos em vitaminas, podem chegar a atingir 20% do seu peso total. Os tubarões-frade são
agora protegidos por lei na maioria dos
países.
Texto: Octávio Alves
Fonte: Discovery
PARÂMETROS PARA A ESCOLHA DE LÂMPADAS
A aproximação histórica de 1 W/L é ainda hoje em dia o principal “método” usado para a escolha da iluminação ideal para um aquário plantado. Sendo uma abordagem muito vaga, permite no entanto ficar próximo do ideal para as plantas. Também outras abordagens mais comuns envolvem sempre uma avaliação da potência das lâmpadas em termos de watts, sem ter em conta a eficiência das lâmpadas, ou a sua utilidade para as plantas. Neste artigo pretendo abordar alguns factores teóricos que são úteis para uma futura escolha das lâmpadas ideais para o aquário.
As fontes de iluminação artificial são frequentemente avaliadas pelo seu conteúdo em lúmens. O lúmen é uma medida do fluxo luminoso, ou seja, de quanta energia luminosa é emitida por uma fonte de luz num determinado período de tempo. No entanto esta medida é humanizada tendo sido criada para medir a quantidade de luz perceptível à visão humana (o brilho emitido por uma luz) e não todos os comprimentos de onda emitidos, pelo que não constitui uma medida ideal para a escolha da iluminação em aquário.
A curva fototrópica (curva de resposta à luz) para o olho humano, apresenta-se sob uma forma de sino com um maior pico na zona dos 550 nanometros, correspondente à região verde do espectro visível, e sendo substancialmente menor em comprimentos de onda correspondentes ao vermelho e azul. Como consequência podemos ter duas fontes de luz a emitir a mesma quantidade de energia luminosa e muito diferentes valores de lumens.
Curva fototrópica humana (cinza) e vegetal (preto)
Outra medida de luminosidade usualmente tida em conta é a quantidade de lux, uma medida da capacidade de iluminação. Refere-se à quantidade de energia luminosa que chega à superfície a iluminar, quantificando-se em lumens/m2. Esta medida não depende apenas da fonte luminosa, mas também de vários factores difíceis de avaliar, como ângulos e distâncias inerentes à lâmpada, presença de reflectores, e meio envolvente, entre outros.
Outros factores surgem numa perspectiva mais qualitativa que quantitativa, estando relacionados com as características visuais da luz. Entre esses estão a temperatura de cor, a cor de luz que um corpo negro emite quando aquecido à temperatura em questão, e o índice de restituição cromática (IRC), que se refere à capacidade de uma fonte luminosa dar a determinado objecto a sua cor real, ou seja, a cor apresentada quando sujeito à luz solar. As temperaturas de cor mais baixas mais são mais amarelas e as mais altas azuis, sendo que num aquário plantado são frequentemente encontradas lâmpadas com temperaturas entre os 4000 e 10000K. A fonte luminosa ideal teria um IRC de 100, o que faria com que as cores obtidas teriam uma matriz e saturação em tudo semelhantes às obtidas sob iluminação solar.
Novamente estes dois factores, apresentam-se sob uma perspectiva meramente humana.
Laboratorialmente foi demonstrado que o processo fotossintético nas plantas tem melhor desempenho quando estas são sujeitas a altas intensidades luminosas de comprimentos de onda diferentes das melhor captadas pelo olho humano, sendo as radiações azul e vermelha as mais favoráveis a este processo. Este facto pode ser comprovado por qualquer leigo pelo simples facto de as folhas das plantas serem verdes e portanto reflectirem o verde enquanto absorvem vermelho e azul. Ao apresentarem-se graficamente a eficiência fotossintética em função do comprimento de onda obtemos uma curva denominada espectro de acção fotossintética, o que corresponde à curva fotópica da fotossíntese. Esta curva é bimodal, com dois picos máximos à volta dos 420 (azul) e 670 (vermelho) nm e uma depressão à volta dos 550 nm (verde), e pode variar marcadamente em diferentes espécies de plantas. Portanto, uma fonte luminosa que nos pareça muito brilhante, pode apresentar-se muito pouco útil à actividade fotossintética da planta, enquanto uma fonte luminosa mais ténue pode ser muito útil à planta.
Baseado no espectro de acção fotossintética, os fabricantes de lâmpadas criaram lâmpadas para plantas, que emitem a maioria da sua capacidade luminosa em comprimentos de onda mais facilmente aproveitados pelas plantas na actividade fotossintética. Como tal essas lâmpadas têm um aspecto “fosco” e menores cotações de lumens e consequentemente IRC.
Uma medida padrão da medida da energia disponível para a fotossíntese é a radiação activa fotossintética (photosynthetic active radiation – PAR). Contrariamente aos lumens, esta medida tem em conta toda a radiação emitida entre os 400 e 700 nm, o intervalo no qual as plantas aproveitam a radiação para o fenómeno fotossintético. É expressa em “fotões por segundo”, o que indica que não se trata de uma medida directa de energia, sendo necessário relacionar com a curva espectral para se obter uma medida de “energia por segundo”.
A medida em fotões por segundo é muito vantajosa, uma vez que a fotossíntese depende da captação de um fotão, não importando a energia ou comprimento de onda a ele associados. Ao captar um determinado numero de fotões azuis a planta irá realizar a mesma quantidade de ciclos fotossintéticos que ao captar a mesma quantidade de fotões vermelhos. O número de fotões vem geralmente apresentado em microEinstein que equivale e 6.02 1017 fotões. Além disso o PAR vem muitas vezes associado com lux, e logo a superfície iluminada passando a ser expresso em microEinstein/segundo/m2.
No entanto, ter acesso a todos os parâmetros referidos para cada lâmpada no mercado, é muito improvável, o que torna a comparação entre diferentes lâmpadas uma tarefa complicada. Geralmente é possível saber-se os valores de lumens e potência em watts, e a partir destes dois parâmetros derivar um pseudofactor de eficiência energética em lumens/watt, que é muitas vezes usado erroneamente para a escolha de lâmpadas para plantado. Se a estes dois factores conseguirmos adicionar o espectro de distribuição luminosa poderemos então normalizar a eficiência energética por todo o espectro de luz visível e não apenas pela resposta humana à luminosidade, obtendo-se um verdadeiro factor de eficiência energética, em unidades normalizadas de watt/nm. Assim ficamos com um factor relacionado directamente com a quantidade de fotões gerados por segundo no intervalo espectral de 400 a 700 nm e logo com o PAR da lâmpada, que se considerarmos constantes os factores que influenciam a distribuição da luz pelo aquário (reflectores, características da água, dimensões), podemos utiliza-lo para comparar diferentes lâmpadas.
O processo de comparação de um bom número de lâmpadas existentes no mercado pode ser encontrado num artigo de Ivo Busko (ver referencias) que do qual utilizei bastante informação para a génese deste artigo. Algumas das conclusões nele contidas:
Verifica-se uma baixa eficiência em termos de PAR verificada em lâmpadas incandescentes e halogéneas e elevados valores de PAR para HQI e fluorescentes tubulares de trifosforo;
As lâmpadas com elevado IRC muitas vezes apresentam valores de PAR mais baixos se comparados com uma fluorescente padrão;
Uma igual lâmpada mas com maior potencia apresenta uma menor relação PAR/W; E geralmente as lâmpadas com maior relação de PAR/W têm uma cor azulada, pelo que um
exercício interessante será o de achar a combinação ideal de lâmpadas que permita um elevado IRC resultante da soma delas.
Texto: Diogo Matias
Fonte: Blog Scape-it
Referências: Busko, I.; A Comparison Between Light Sources Used in Planted Aquaria; in
(http://www.aquabotanic.com/lightcompare.htm)
Nesta edição, a Revista Aquariofilia.net decidiu realizar uma entrevista a uma pessoa, aquariofilista à
17 anos e apaixonado por aquilo que faz. Ricardo Fonseca, membro do Fórum Aquariofilista, sócio
fundador e membro da direcção da Associação Portuguesa de Ciclídeos.
Octávio Alves - Boas Ricardo,
Então, para começar gostava de perguntar,
talvez seja uma pergunta um pouco obvia,
mas qual é o tipo de aquário que mais te
interessa na aquariofilia?
Ricardo Fonseca - Não é fácil de responder
porque não pode ser uma resposta linear.
Gosto muito de ver um aquário plantado que
simule uma paisagem aquática, mas também
não desgosto de ver boas montagens de
aquários dedicados a ciclídeos do Rift ou
Centro americanos. Neste momento estou interessado em aquários técnicos dedicados à
manutenção e reprodução de uma (várias) determinada espécie, logo interesso-me por fornecer à
espécie um aquário mais próximo possível do habitat natural, até porque trabalho muito com
selvagens.
Octávio Alves - Vejo então, que já manténs um "nível" de aquariofilia mais elevado. Pelo que me
contaram, já tens alguns feitos ao longo do teu percurso enquanto aquariofilista, podes-nos contar
alguns desses marcos mais importantes no teu percurso?
Ricardo Fonseca - Nunca gostei muito de falar de mim e acho que nunca fiz nada de tão
extraordinário que qualquer um não consiga fazer com um pouco de investigação e dedicação.
Comecei neste hobbie há cerca de 17 anos e fiz um pouco de tudo, menos água salgada. O grande
marco na minha vida de aquariofilista e em que acho que fiz, realmente, algo de relevante pelo
hobbie surgiu com o meu envolvimento no projecto de criação da APC, associação a que estou
ligado desde o seu início. De resto, no hobbie propriamente dito, mantive e reproduzi anabantídeos,
vivíparos, corydoras, tetras, ciprinideos e, claro, ciclídeos que são a minha grande paixão. Hoje
mantenho e tenho tido reproduções de tanganikas e sul-americanos (Apistogrammas
essencialmente) onde se encontram, quanto a mim, algumas das espécies mais complicadas de
reproduzir. Há pouco tempo resolvi experimentar os killies e devo dizer que também têm a sua
piada.
Octávio Alves - É sempre bom ver pessoas com vontade se aprender sempre mais, não se
contentando por aquilo que sabem. Podes contar um pouco mais sobre a criação da APC?
Ricardo Fonseca - A APC surge um pouco na
sequência da experiência de sucesso da APK e do
lançamento da ideia por alguns dos maiores pesos
pesados da aquariofilia nacional, como o Paulo Alves,
o Alberto Gil (Severum), Miguel Figueiredo, para
referir apenas os que mais vão aparecendo neste
fórum. Começou como uma ideia a que aderi e uma
página na internet. Algumas reuniões e constituiu-se
uma Comissão Instaladora da qual fiz parte. A
burocracia, na altura, era pesadíssima e esse ónus
ficou comigo uma vez que tenho formação jurídica.
Foi difícil encontrar um notário com "disponibilidade"
para celebrar a escritura. Lá consegui contactar uma
colega de curso que era notaria em Monforte (Portalegre) e com o Paulo Alves, num dia abrasador e
sem ar condicionado no carro, atravessámos o Alentejo pelas 13h para ir ter com o João Milhinhos
(Portalegrense) e os três, no dia 12 de Junho de 2002, assinamos a escritura pública que constituía
oficialmente a Associação Portuguesa de Ciclídeos. Foi uma aventura, dentro da aventura que foi e
tem sido a APC.
Octávio Alves - Grande aventura. O que é que a APC pode oferecer à comunidade aquariofilista?
Ricardo Fonseca - A APC tem oferecido bastante e pode oferecer
muito mais. A APC realiza uma Convenção anual sem
cobrança de entradas, na qual traz a Portugal dos maiores
nomes da ciclidofilia mundial, donde constam, em
convenções passadas, nomes como Wolfgang Staeck,
Patick de Rahm, Angel Fitor (pouco conhecido quando
veio a Portugal no ano passado e hoje já uma referência
mundial) e, este ano veio, talvez o mais afamado de todos,
Ad Konings. Estas convenções são complementadas por
palestras de sócios da APC que falam das temáticas de
que têm mais conhecimento e por uma exposição que tem sempre mais de 100 aquários com as
mais variadas espécies de ciclídeos... tudo isto de borla e ao dispor da comunidade. Mas mais que
isto, a APC tem participado em feiras e outros eventos, promovido conferências, e ao promover o
intercâmbio de conhecimentos entre os sócios, permite também que esses mesmos conhecimentos
acabem divulgados à comunidade em geral através da participação dos sócios neste fórum e em
outros, por exemplo. Se mais ciclidófilos se associassem, mais poderia ser feito pois a capacidade
de realização, com o aumento de capital humano, aumenta exponencialmente.
Texto: Octávio Alves/Ricardo Fonseca Fotografia: Ricardo Fonseca
PEIXE DO MÊS
Os Discus, conhecidos cientificamente por Symphysodon aequifasciatus, são
peixes muito delicados, mesmo pela sua estatura como beleza. Nesta edição
iremos conhecer um pouco melhor estes belíssimos peixes.
Conhecidos pela sua beleza, os Discus são peixes com um estatuto de apenas se conseguir manter pelos
aquariofilistas mais experientes. Essa teoria não está bem explicita, pois não é difícil manter os Discus, desde
que se verifique constantemente os parâmetros e os ajuste quando necessário. Os Discus são peixes de
águas calmas e baixas, ao serem oriundos da bacia do Rio Amazonas, gostam de águas com uma ligeira
acidez (pH 5.5 – 6.5).
Para manter Discus é necessário manter o
aquário limpo e efectuar mudanças de águas
frequentes, fazendo isto, será um passo para
uma boa saúde e bem-estar para eles, sendo
bastante fáceis de entrar em stress. São peixes
bastante sensíveis à amónia, nitritos como aos
nitratos.
Mesmo em aquário, os Discus devem ser
mantidos em cardume de pelo menos 6
indivíduos, são peixes calmos, tão calmos que
nos primeiros tempos de chegarem ao aquário
pode-se notar uma certa timidez. Os Discus dão
se bem com outros peixes que sejam calmos e
que necessitem dos mesmo parâmetros: água
ácida, relativamente quente e mole (baixa dureza). Os peixes que mais se vêm juntos em aquários com
Discus são os Tetras Neons e os Corydoras, estes para ajudar na limpeza do fundo do aquário.
Quando se atinge os parâmetros perfeitos e os Discus já se adaptaram ao aquário ira-se notar uma
diferença na sua atitude, perdendo a timidez. São peixes caros, podendo custar os 200€ o casal. Por isso,
tenha em atenção, quando comprar o seu Discu, se não demonstram nenhuma anomalia, tais como
barbatanas ou olhos deformados, ou se tem uma forma assimétrica dos dois lados do corpo. Discus com
menos de 7cm que sejam bastante coloridos, pode ser sinal de ter sido usado hormonas, pois quando
pequenos, não têm muita coloração. Tenha em atenção se não contém doenças ou parasitas.
Para alimentar os seus Discus,
existe uma grande variedade de
alimento à disposição. Alimentos
esses que vão desde congelados,
flocos, granulados, patês, entre
muitos outros. Os Discus, quando
jovens, devem ser alimentados
várias vezes ao dia, mas em poucas
quantidades, até atingirem a idade
adulta, pois nessa altura, devido à
redução da necessidade de
nutrientes, pode-se alimentar
apenas uma ou duas vezes ao dia.
Texto: Octávio Alves
Fotografia: José Castro
Fonte de recurso: Aquariofilia.net
Em homenagem ao Membro Octávio Alves que teve a excelente ideia de criar uma revista do
nosso fórum, este mês o tópico escolhido para o Sub-fórum Conversa Aquática foi o do próprio.
Nem sempre a vida corre como nós queremos, e infelizmente pregou uma rasteira ao nosso colega
do fórum e por motivos financeiros teve que abdicar deste grande hobby.
A maneira de ele estar presente na aquariofilia, neste momento, foi avançar com a ideia de criar
uma revista do fórum e de continuar com o “bichinho” da aquariofilia. Todos nós o compreendemos,
pois quem gosta destes seres vivos não consegue passar sem olhar para eles, sem cuidar deles.
Cada um sabe da sua
vida, e o Octávio sabe da
dele. Neste momento difícil
achou que a única maneira
de pagar as suas despesas
era vender os aquários e
respectivos componentes.
Neste tópico, fizeram
uma comparação da situação do Octávio com a situação das crianças em África. Depende do ponto
de vista de cada um, mas na minha opinião foi uma comparação um pouco exagerada pois a vida
dessas crianças é bem pior do que a situação que o Octávio está a passar, apesar de todos nós
(pelo menos alguns) saberem o que isso é.
Apesar de tudo, ele conseguiu ficar com um aquário, não sabendo se será temporário ou não
(esperemos que não).
“Foi bom ver a reacção dos membros perante a minha situação, estava à espera de um “paciência”,
ou “fica para a próxima”, antes pelo contrário, mostraram companheirismo e afecto. Agradeço a
todos os que me apoiaram, sem eles não conseguiria avançar, deram-me força de vontade”
Estas fotografias são do seu aquário, aquário esse
que poderá ser temporário. Deixo aqui um
pequeno setup do seu aquário:
Medidas: 60 x 30 x 25
Litragem: 36 litros
Filtragem: 700l/h
Aquécimento: 25W
Temperatura: 26ºC
Fauna: Neocaridina Heteropoda var. yellow;
Planorbis Corneus Rubrum.
Flora: Musgo Chrystmas; Fetos de java;
Cryptocoryne Wendtii ''green''
Texto: Tomas Costa
Introdução: O aquário foi inicialmente desenhado à medida para água salgada, agora está transformado num biótopo do Tanganyika
Aquariofilista: Diogo Lopes Dimensões(CxLxA): Aquário principal - 175x50x60 cm Aquário superior – 50x50x30 cm Filtragem: Sump – 100x30x40 cm (com filter-bag 200 microns) Filtro Eheim 2260 Retorno da sump: Bomba Iwaki MD 40Rx 4500 litros/hora (ligada a 2 SCWD´s. Estes estão ligados a 4 dispersores) Aquecimento:2x300W Jagger Iluminação:4x80W T5 (3 – 10000K; 1 - actinica) Alimentação: Flocos Dainichi Vegie FX, Alimentação congelada (krill, dafnias, cyclops, etc) Iluminação:T5 - 4x80W – 2 actinicas e 2 brancas Substrato: Areia sílica branca
Decoração: Basaltos Cenário: Cartolina Preta Temperatura: 26ºC Ph: 8,1 GH: 10 Kh: 13 Nitratos: 20 mg/l Flora: Valisnérias nanas e gigantea e alguns anúbias nana Fauna: 17 Tropheus sp red moliro 28 Tropheus moorii chaitika
A PESSOA POR DE TRÁS DO AQUÁRIO
Diogo Campos Lopes
Toda a minha vida mantive aquários, como é óbvio nos primeiros tempos, com a ajuda do meu pai. Com o avançar dos anos depressa os aquário se
multiplicaram e com 18 anos tinha 8 aquários numa sala dos
fundos. A criação de peixes começou a ser um hobbie. Criei
quase todos os Vivíparos, alguns Anabantídeos e muitos
Ciclídeos. Quando o tempo começou a escassear, com a
entrada na Universidade, começou a febre dos Discus que,
apesar do pouco tempo disponível, também criei.
Por volta dos 20 anos achei que me deveria virar para um mundo um pouco mais desconhecido. A água salgada definia-se como um objectivo aliciante, ainda com poucos seguidores. Ofereci-me como voluntário no Aquário Vasco da Gama e aí comecei a aprender um pouco mais sobre este mundo fascinante. Consegui criar os meus primeiros peixe palhaço (Amphiprion ocellaris). Em casa as condições eram longe das ideais, mas com algum engenho e sacrifício lá montei o meu primeiro aquário de água salgada. Sem rocha viva, que aparecia no nosso mercado a preços proibitivos, e com muito pouca experiência mantive o meu primeiro aquário. Foi depois do meu casamento em 2001 que finalmente me envolvi de uma forma mais a sério na aquariofilia de recife. Mantive um aquário de 300 litros durante 4 anos, mas depressa montei um sistema mais completo com cerca de 700 litros. Este último esteve montado cerca de 5 anos. Depois de me ver forçado a cortar os corais de 15 em 15 dias e de ter a minha segunda filha, optei por desmontar o meu recife. Foi nessa altura que resolvi voltar para os ciclídeos. Rapidamente montei o mesmo aquário com exemplares do Lago Malawi, mas o desafio era pouco aliciante. Foi então que descobri os maravilhosos comportamentos dos Tanganyika. Foi então que montei o meu fishroom onde mantive 12 aquários com diversas espécies desse lago. Com o passar do tempo resolvi apostar nos Tropheus. Desde então tenho criado diversas espécies e mantenho de momento cerca de 48 peixes – Tropheus moori chaitika e Tropheus sp red moliro. Escrevo regularmente para as Revistas da especialidade, das quais sou colaborador activo. Fiz algumas palestras a convite do Fórum de Aquariofilia, onde sou membro desde o ano de 2004 e onde fui Moderador e posteriormente Administrador. Agora sou apenas mais um Membro de uma enorme e maravilhosa comunidade.
Texto: Diogo Campos Lopes Colaborador: Tiago Rocha
Fotografar o Aquário
Fotografar um aquário é algo de muito aliciante. Para conseguirmos uma boa fotografia, nada melhor do que a aquisição de uma máquina fotográfica digital. Em primeiro lugar é importante referir que a fotografia de aquários é sempre algo incerto, requerendo uma grande dose de paciência. A grande maioria das fotografias, quer seja pelas condições de iluminação, quer seja por deficiente focagem, acabam por ser para deitar fora. Neste aspecto a máquina digital tem, sem dúvida, muitas vantagens, não só porque permite o erro como também torna a experimentação fácil. Além disso não implica o pagamento de rolos e revelações. Para que possamos decidir que máquina adquirir, é importante primeiro percebermos as nossas necessidades. A memória de uma máquina digital é definida em megapixeis e quanto maior o número de megapixeis, melhor a qualidade da imagem final em termos de formato. Uma máquina digital com 3 megapixeis pode fazer fotos com 2160x1440 pixeis, o que representa uma fotografia ao tamanho real com cerca de 7 ou 8cm. Já uma máquina com um sensor de 6 megapixeis, poderá fazer fotos com 3072x2048 pixeis, o que permitirá fazer fotos com 10cm de elevada qualidade. Para uma imagem que pretendemos colocar por exemplo no ambiente de trabalho do nosso computador, não necessitamos de uma foto com mais do que 1600x1200 pixeis, ou mesmo algo inferior. Se pretendemos usar as imagens num site de internet então a resolução a utilizar será ainda mais baixa, pois caso contrário o download das imagens tornar-se-ia impraticável. Neste caso fotos com 1024x768 pixeis são já imagens muito grandes. Outro factor a ter em consideração é o tamanho com que os ficheiros ficam. Assim, uma foto tirada com uma máquina de 3 megapixeis poderá ocupar cerca de 1 megabyte de memória no nosso computador, enquanto que uma tirada com um sensor de, ou regulado, para 8 megapixeis, poderá ocupar mais do que 3 megabytes. Em ambos os casos estou a falar de imagens tiradas e armazenadas em JPG. Existem no mercado muitas máquinas que nos permitem gravar os ficheiros em TIFF ou BMP. Aí o espaço de memória ocupado nos cartões das próprias máquinas, e nos nossos computadores, é francamente maior. Assim, e para fotografarmos o nosso aquário, uma máquina de 3 megapixeis, com os ficheiros armazenados em JPG, é um bom compromisso entre preço e qualidade. No entanto o meu conselho é que sempre que nos seja permitido, comprar uma máquina digital com o maior número de megapixeis possível. Então que características deverá ter a máquina fotográfica, caso pretendamos adquirir uma? Sem dúvida que o tipo de focagem macro é uma das características principais, pois vai permitir uma grande aproximação dos objectos a fotografar, sem perder a capacidade de focagem. A possibilidade de adaptação de um flash externo é também importante, pois permite afastar o flash da lente, previnindo os reflexos. Outra característica a ter em conta é a possibilidade de termos um ISO ajustável, ou seja, a sensibilidade à luz. Por fim, mas não menos importante, se possível, devemos considerar comprar uma máquina com a possibilidade de ajustes em termos de exposição (velocidade e abertura). Esta última característica será apenas possível em máquinas mais avançadas, em que podemos escolher um modo automático (em que a máquina controla a velocidade e abertura), semi-automático (em que podemos controlar cada um dos parâmetros em separado) ou num modo completamente manual em que podemos controlar os dois parâmetros.
Perante este cenário, podemos enumerar alguns cuidados básicos a ter, por forma obter boas fotografias dos nossos aquários: - Manter os vidros perfeitamente limpos, por dentro e por fora; - Desligar os filtros e tudo o que possa provocar movimentações dentro do aquário; - Manter a divisão onde temos o aquário o mais escura possível para evitar os reflexos; - Garantir que as lâmpadas não iluminam nada fora do aquário; - Sempre que possível devemos evitar usar o flash ao fotografarmos o nosso aquário, mas quando isso não possível existem algumas técnicas para minimizar os reflexos. Assim, devemos manter a lente o mais próximo possível do vidro, afastando o mais possível o flash da lente (sempre que a máquina permitir a colocação de um flash externo); - Fazer a fotografia, como já vimos, com a lente próxima do vidro e para que a sua posição seja o mais paralela possível com o vidro; - Sempre que possível utilizar um tripé para garantir a estabilidade da câmara. Nas fotos 1, 2, 3 e 4 podemos ver alguns exemplos de fotos felizes (de notar que estas 4 fotografias foram tiradas num modo automático, sem grandes preocupações técnicas)
Foto 1 Foto 2
Foto 3 Foto 4
De uma forma mais técnica podemos enumerar outro tipo de cuidados a ter, que de uma forma geral se resumem à exposição (abertura, profundidade de campo e velocidade). Como já vimos estes parâmetros apenas poderão ser controlados em alguns tipos de máquinas. Assim, se pretendermos ter uma profundidade de campo curta e o objecto se encontra a uma distância curta, podemos utilizar uma abertura de F/2.8, obtendo assim uma velocidade rápida. Se por outro lado pretendemos ter uma profundidade de campo grande, mantendo uma distância curta ao objecto, vamos necessitar de uma abertura de F/8. Para melhor perceber este conceito nada melhor que dois exemplos:
Foto 5 Foto 6 Foto 5 – Profundidade de Campo curta (velocidade automática; F/2.8) Foto 6 – Profundidade de Campo longa (velocidade automática; F/8) Quando eu tiro fotografias ao meu aquário, na maioria dos casos não necessito de usar flash. Assim, coloco a minha máquina (Sony Cybershot DSC F828) no modo A, que me permite controlar a abertura. A máquina calcula a melhor velocidade para uma boa exposição. Deste modo consigo controlar a profundidade de campo que pretendo para a fotografia que pretendo tirar (como pode ser visto nos exemplos acima). No caso de ser necessário usar flash para a fotografia, a máquina deverá ser ajustada para o modo M (totalmente manual – onde podemos controlar a abertura e a velocidade). Como referi atrás, no meu caso a velocidade é normalmente controlada pela máquina (pois não necessito de usar flash devido à intensidade luminosa proveniente das lâmpadas de HQI). Se for necessário controlar a velocidade, uma boa técnica a utilizar é: Velocidade = 1/ Distância Focal. No entanto, a melhor forma para uma foto de sucesso, é manter a velocidade em modo automático. Finalmente, após ter a fotografia pretendida, um editor de imagem é um bom aliado de forma a
obter uma foto mais perfeita e próxima da realidade. No meu caso, uso o Photoshop.
Texto: Diogo Campos Lopes
Aquário - 120 x 60 x 55 (alt) - 360 litros brutos
Sump - 70 x 45 x 50 (alt) - 150 litros brutos
Escumador - ATI BubbleMaster 200
Circulação - 2 x Sunsun 5000l/h
Aquecimento - 1 x 250W + 1 x 300W
Iluminação - 2 x 150W hqi (BLV Nepturion
14000K + OEM 10000K)+ 2 T5 actínicas + 2
spots LED)
HQIs - 17h -> 23h
T5 - 15h -> 24h
LEDS - 23:30h -> 10h
Rocha Viva - 65Kgs
Substracto - 40Kgs Nature's Ocean Live
Aragonite EXTRA fina
Bomba Retorno - Sicce 2500
Reposição água - Água de osmose com 5 estágios através do Osmoregulador da Tunze ligado ao
dispensador de Kalk ligado 24 horas por dia
TPAs - Água natural colectada Portinho Arrábida directa para o aquário, 40 litros por semana
Corais Moles: Sarcophyton sp.
(verde); Sinularia sp.; Zoanthus sp.;
Discossomas; Corais LPS; Euphyllia
parancora "green";Briareum sp.
("Green star polyps"); Tubipora
musica
Corais SPS
Seriatopora hystrix; Montipora sp.
"green"; Montipora sp. "orange";
Acropopra sp. "green"
Peixes
2 x chromis viridis; 1 x paracanthurus
hepatus; 1 x Zebrassoma
Flavescens; 2 x amphiprion ocellaris;
2 x anthias (pseudoanthias
pleurotaenia); 2 x Pterapogon kauderni
Invertebrados
1 x lysmata amboinensis; 1 x lysmata debelius; 1 x Eremitas patas Azuis
Moluscos
1 x Tridacna Maxima
OBJECTIVOS DE UM AQUÁRIO
Os objectivos da montagem do aquário são
dois: satisfação pessoal e componente de
educação dos meus filhos.
A nível de background, a minha área
profissional é 3D e efeitos especiais por isso
não podia estar mais distante deste hobby,
coisa que a mim me agrada!
Mantenho um pequeno plantado há
sensivelmente um ano que está em vias de ser
desmontado a qualquer momento devido à
minha entrada nos aquários de recife, a área
que sempre me atraiu mas que não me atrevi há
um ano atrás sem qualquer experiencia de
manter aquários a entrar preferindo passar por
uma área teoricamente mais fácil ao mesmo tempo que fui estudando aos poucos a entrada nos
aquários de recife.
Que aquário?
A escolha das dimensões do aquário apresenta uma série de considerações que não devem deixar
de ser ponderadas:
- Dimensões adequadas aos futuros habitantes
- Local em que pretende montar o aquário
- Custo do aquário (no momento da sua aquisição e, mais importante, a sua manutenção mensal)
Nestas coisas costuma-se dizer que quanto maior, melhor. Também importa dizer que quanto maior,
mais caro fica a aquisição inicial, os custos mensais com aquisição de vivos e electricidade, maior o
peso por isso é preciso mais atenção ao local onde se coloca, etc.
O objectivo foi escolher umas dimensões modestas mas que já me permitisse ter alguma ambição
em relação ao ecossistema que lá pudesse montar. Assim optei por 120 x 60 x 55(alt) o que perfaz
360 litros brutos (na realidade e depois de descontar a coluna seca, inserir a areia e rocha viva e
deixar a linha de água 3-4 cms até ao bordo do aquário nem chega a 300 litros).
A nível do ecossistema que lá pretendo conseguir manter, agradam-se especialmente os corais
duros de polipos pequenos (SPS) mas também gosto imenso tanto de alguns LPS como mesmo
corais moles pelo que pretendo manter um sistema misto.
A nivel de peixes pretendo manter um hepatus, 2 ocellaris, um zebrassoma, 2 lysmatas e um
pequeno cardume, 8, de chromis viridis.
Texto: Rui Feliciano