revista baby kids magazine

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ANO 2 - Edição 006 - Outubro/Novembro 2011 - R$ 9,90 www.babykidsmagazine.com.br criança Ser hoje ESPECIAL: Restart: os meninos coloridos Crack, um mal que devasta Meio Ambiente: pequenos cidadãos conscientes Ziraldo fala da alegria de escrever para crianças.

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Revista, Editorial, Diagramação, Projeto Gráfico

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Outubro/Novembro 2011 | BabyKids Magazine 3

ANO 2 - Edição 006 - Outubro/Novembro 2011 - R$ 9,90

www.babykidsmagazine.com.br

criançaSer

hoje

E S P E C I A L :

Restart:os meninos coloridos

Crack, um mal que devasta

M e i o A m b i e n t e : p e q u e n o s c i d a d ã o s c o n s c i e n t e s

Ziraldo fala da alegria de escrever para crianças.

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editorial

Foto

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Ao completar o primeiro ano de vida, os bebês começam uma fase de incríveis mudan-ças. A partir daí se inicia a época dos marcos do desenvolvimento. A criança está cheia de energia e entusiasmo. Aprende por meio da exploração do ambiente, da curiosidade e da imaginação sem fim.

Quanto mais ela é estimulada a falar, mo-vimentar-se e descobrir, maior será o desenvol-vimento do seu cérebro e da coordenação fina dos seus movimentos. Essas realizações aju-dam a criança a se comportar com mais com-petência e confiança.

É assim que estamos nos sentindo ao ini-ciar o novo ciclo da Baby Kids Magazine. Com-pletamos um ano com seis edições recheadas de assuntos do universo maravilhoso de pais e filhos. Já engatinhamos, começamos a andar e a nos deslocar com maior segurança.

Como uma criança, precisamos, sempre, conhecer, tocar, mexer, dançar, cantar, ouvir histórias. Histórias essas que transformamos em textos e dividimos com nossos leitores, com o objetivo de ajudá-los a compreender melhor cada fase dos pequenos, a comparti-lhar perguntas e respostas e, principalmente, repassar conhecimento a alguém – assim como fazemos com os filhos.

Estamos gratas aos nossos leitores, en-trevistados, médicos, educadores, cuidado-res, especialistas, autores, colaboradores, pais, mães e filhos (sim, as crianças também foram nossas fontes, pois também é preciso ouvi-las), anunciantes. Enfim, a todos que nos acompa-nharam neste primeiro ano e que vão conti-nuar acompanhando nosso caminhar e nosso desenvolvimento.

Nesta edição especial, temos o prazer de publicar uma entrevista com o multifaceta-do Ziraldo – criador de personagens famosos, como o Menino Maluquinho, e, atualmente, um dos mais conhecidos e aclamados escrito-res infantis do Brasil.

Além disso, temos assuntos sobre saúde, comportamento, alimentação, segurança e muito mais.

Obrigada e boa leitura!

Diretoria associaDa

Cristiane ÁvilaCristiane Pompeu

Gerente comercial

Patrícia Lemos

Jornalistas responsáveis:Ana Cristiana Vieira (DRT-MT 1097)

Viviane Saggin (DRT-MT 1098)Amanda Aquino

conselho eDitorial:Cristiane Ávila, Cristiane Pompeu,Viviane Saggin, Ana Cristina Vieira,

Patricia Lemos

revisão :Telma Cheida Mello

Fotos:Oficina da Imagem

colaboraDores:Onofre RibeiroCatiane Almeida

proJeto GráFico e eDitoração:Estúdio 3/A

impressão:Editora e Gráfica Atalaia Ltda

Envie dicas e sugestões:

redaçã[email protected]

anúncie(65) 8163-0066 / 8163-1111 / 8163-1115

[email protected]

www.babykidsmagazine.com.br

A Baby Kids Magazine é bimestral, com uma tiragem de 7.000 exemplares.

A revista não se responsabiliza pelosconceitos emitidos em artigos assinados ou por qualquer conteúdo publicitário

e comercial, sendo eles de inteira responsabilidade dos anunciantes e agências.

ERRATA:Na edição passada, publicamos na ficha técnica e no Look Book créditos para a loja Petit Provence.

O nome correto é La Provence Petit.

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Envie sua opinião, sugestão, dica ou foto do

seu príncipe ou princesa para:

[email protected]

Parabéns!Gostei muito da Baby Kids Magazine. Produção

de primeira qualidade. Ao Onofre Ribeiro, meus parabéns. Show, que artigo lindo: O amor de pai. Faz-me ser melhor amigo do meu filho! Baby kids parabéns a toda equipe.

Abraços, Marcelo Pina

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Quero parabenizar a Baby Kids pela altíssima qualidade, tanto das matérias como da produção da revista.

Dá vontade de ler inteirinha! Como madrinha deste lindo ne-ném, vou seguir todas as edições.

Abraços,Amanda Mainardi

Parabéns pelas novidades tra-zidas por vocês e que nos ajudam com nossos pequenos e também com os não tão pequenos. Essa é minha princesinha, Ana Clara!

Abraços, Milene Weiber

Gostei muito da Baby Kids Ma-gazine. Depois que meu pimpolho Phelipe Elias nasceu eu comecei a me interessar mais por revista ligada à criança. E ótimo saber que hoje podemos contar com o trabalho de vocês!

Parabéns! Patrícia Silva

Essa foi a festinha de 1 aninho de Lucas e Luana. Todos ADORARAM a lembrancinha que foi a edição especial da

Baby Kids que aborda o tema Adoção.Fiquei muito feliz com o resultado proporcionado pela revis-

ta, muitas pessoas disseram que queriam levar para amigos que estavam interessados em adotar, outros que tinham casos de adoção na família.

Obrigada por nos presentear com este trabalho lindo da revista Baby Kids Magazine, com um tema que gera tantas dúvi-das, às vezes preconceitos, mas que para nós tem sido a melhor e mais fantástica experiência de vida.

Parabéns pela iniciativa.

Um grande abraço, Lisandra e Fernando Barros

Moro em Pontes e Lacerda há 11 anos, sou mãe de Júlia 5 anos e Isabela de 2. Como quase todas as pessoas que vivem no interior, vou a Cuiabá frequentemente em busca de profissionais, serviços e produtos que não encontro em minha cidade, principalmente no ramo infantil. Foi com enorme satisfação que recebi a Baby Kids, que facilitou muito a minha vida, pois não preciso fazer qualquer esforço para receber excelentes informações do segmento infantil em Cuiabá, além de ótimas entrevistas, matérias, dicas e novi-dades, sempre com temas atuais e importantes aos pais e crianças.

Gostaria de agradecer a equipe de Baby Kids e dizer que já estou ansiosa pela próxima edição.

Abraços! Maria Alice

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sumário

10Entrevista:Restart: os meninos coloridos

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Especial:Ser criança hoje

Gravidez de risco, uma preocupação que aflige as mamães

Experimentando novos sabores

Crack, um mal que devasta

Conciliando maternidade e trabalho

A difícil missão de ser criança

Especial 1 ano Baby Kids

Fada madrinha pra lá de especial

Grávida e linda:

Alimentação:

Comportamento:

Trocando ideias:

Artigo:

Destaques:

Faça a festa:

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34

Decoração:Quartos coloridos

Editorial moda:Vamos brincar

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entrevista

Restart,os meninos coloridosEles são alegres, apaixonados e as crianças adoram. Inspiram suas roupas e o corte de cabelo. A banda Restart virou febre, não daquelas que esquenta o corpo, mas que aquece o coração dos fãs. Criou uma identidade pelo visual, pela forma de can-tar e são conhecidos como os meninos coloridos. Os nomes ganharam apelidos e Pe Lanza (baixo e vocal), Pe Lu (guitarra e vocal), Koba (guitarra e vocal de apoio) e Thomas (bateria), viajam pelo Brasil soltando a voz e fazendo a garotada vibrar.

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Em passagem por Cuiabá, não faltaram lágrimas e gritos para receber os artistas. E claro, as mamães estavam lá, curtindo a emoção da meninada. Mas o que essa banda, que é referência para a garotada tem de tão especial? Confira a entrevista!

Baby Kids Magazine – Vocês circula-ram o Brasil, conquistaram muitos fãs, como é lidar com tudo isso?

Pe Lu – É muito bom receber o carinho dos fãs, já viemos outras vezes para Mato Grosso, mas estivemos pela primeira vez em Cuiabá em julho, na Expoagro, e a galera recebe muito bem, é muito bacana ver essa reação positiva das pessoas.

BKM – E os fãs ultrapassam as frontei-ras do Brasil?

Koba - Estamos começando uma car-reira internacional, temos muitos fãs em outros países, da América Latina, nos Esta-dos Unidos, da Europa, e é muito legal, levar nossa música para vários cantos do mundo.

BKM – Vocês, além de músicos, vão para a sétima arte, inspiraram filme. O que o público vai conferir na telona?

Pe Lanza – Sim, é um sonho que a gen-

te vai realizar, a gente começou as gravações e os Beatles são inspiração. Vamos mostrar a trajetória da banda com cenas dos bastido-res, shows e toda a emoção que nos envolve diante do público.

BKM - Vocês têm um tempo recente de carreira e já acumulam prêmios, como os da MTV. Já imaginavam que seria tudo tão rá-pido?

Pe Lanza – Não esperávamos. Na ver-dade nosso maior prêmio foi ter conquista-do todos esses fãs, tão calorosos, tão fieis, que fazem tudo por nós. E os prêmios foram a consequência de todo um trabalho que a gente fez no ano passado, construtivo. Foi muito legal receber cinco prêmios pela MTV, concorrendo com tantos artistas que admi-ramos e também para que eles conheçam nosso trabalho.

BKM - Vocês cantam músicas que fa-lam de amor, amizade. O objetivo é fazer o jovem refletir?

Thomas – A galera se identifica muito conosco porque cantamos o que a menina-da está passando agora: o primeiro beijo, o primeiro amor. Temos uma linguagem que canta a mesma fase que nossos fãs estão passando.

Pe Lanza – Todo mundo é romântico. Às vezes, você precisa colocar pra fora esse romantismo, muitos são mais tímidos. Va-mos amar, espalhar esse sentimento tão especial, é tão bonito amar, né? Vem com a gente que levamos você pelos caminhos do amor por meio da música.

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grávida e linda

Enfrentar uma gestação com um misto de alegria e angústia no coração. Não ter controle sobre o próprio corpo e encarar uma ma-ratona de cuidados e restrições. Essa experiência foi vivenciada por Alice*, 35 anos. Hipertensa, Alice viveu complicações de uma gra-videz de risco. O intenso acompanhamento de uma equipe médica multidisciplinar lhe deu segurança e, hoje, ela se emociona ao olhar para o filho brincando. Já Renata, 34 anos, não teve a mesma sorte. O bebê morreu ainda no útero, aos sete meses de gestação, decor-rente das complicações da pré-eclampsia, mesmo sendo observadas todas as restrições e sob acompanhamento médico.

Gravidez de risco, uma preocupação que aflige as mamães

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Toda gestação apresenta um pequeno risco para a mãe e feto, inerente à própria gravidez. Segundo o especialista em medi-cina fetal, Anselmo Verlangieri Carmo, uma parcela de grávidas exibe risco aumentado devido a doenças maternas e fetais asso-ciadas, tratando-se, assim, de gestação de alto risco. “Destacam-se como principais fatores de risco doenças maternas como: Lupus, trombofilias congênitas (mutação do fator Leiden, mutação do antitrombina III) e adquiridas (síndrome antifosfolípide) que vão interferir na implantação placen-tária, levando ao desenvolvimento da pré--eclampsia, restrição de crescimento e pre-maturidade, uma das principais causas de mortalidade neonatal”, explica.

As hemorragias da gestação, trabalho de parto prematuro, amniorrexe prema-tura (rotura da bolsa das águas antes de iniciado o trabalho de parto) também são apresentadas como fatores de risco. “Inter-corrências clínicas como doenças cardía-cas, renais, infecções urinárias e diabetes perfazem importante grupo de afecções da grávida”, completa o especialista, fazendo um alerta: “Não se pode esquecer a elevada mortalidade materna nesses casos decor-rentes de complicações, como eclampsia, infecções e hemorragias”.

Para diminuir os riscos, essas mamães devem ser acompanhadas por uma equipe médica multidisciplinar, compreendendo profissionais experientes: obstetra, médi-co fetal, especialista clínico, enfermeira e nutricionista, afinal, a avaliação deve ser rigorosa, tanto materna quanto fetal. “Em geral, a frequência de consultas é maior, sendo necessário, por vezes, internações hospitalares para controle da doença”, afir-ma.

Em relação às intercorrências do feto, é importante ressaltar o rastreamento para anomalias fetais realizado entre 11 e 13 se-manas de gestação, por meio do exame denominado translucência nucal. “Nessa época pode ser detectado alterações cro-mossômicas no feto, sendo a mais conhe-cida a síndrome de Down. Outra avaliação fundamental do feto é o exame morfoló-gico realizado em torno do quinto mês de gestação que pode detectar inúmeras mal-

formações e doenças fetais, algumas das quais podem receber tratamento intraute-rino”, orienta. O feto deve ser avaliado por profissional capacitado para diagnóstico através de exames como a ultrassonogra-fia, Dopplervelocimetria e cardiotocogra-fia computadorizada, visando determinar o melhor momento para a interrupção da gestação, ocasião da suspeição do compro-metimento do bem-estar fetal ou na pre-sença de maturidade fetal diante de doen-ça materno-fetal.

O médico explica que nos últimos anos houve aumento da incidência de gestação de alto risco a partir do aprimo-ramento nas técnicas de reprodução assis-tidas, que elevou a incidência de gestações múltiplas. Outro grupo importante de pa-cientes se refere às mães com problemas como trombofilias, que antes não engravi-davam, mas que hoje conseguem engravi-dar e apresentam suas complicações decor-rentes da doença.

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saúde

Os problemas respiratórios causam danos, limitações e alteração no crescimento e desenvol-vimento físico e intelectual da criança. Para uma vida saudável, ela precisa respirar livremente. O nariz da criança deve estar desobstruído para se ter uma boa respiração, porém é fundamental que a boca tenha um vedamento labial absolu-to para se manter o nariz livre de doenças. Para o ortopedista funcional Rosário Casalenuovo, é importante trabalhar a Ortopedia Funcional aliada a Otorrinolaringologia. “O tratamento das doenças de forma isolada não proporciona a cura absoluta, apenas em conjunto livra o paciente das enfermidades, levando-o para um equilíbrio fun-cional”, explica Casalenuovo.

Muitas vezes, a boca da criança aparente-mente está fechada durante o sono. No entanto, ela de fato está aberta, deixando o pequeno su-jeito a doenças como sinusite, otite, amigdalite, hipertrofia de adenóide, rinite, entre outras. “É importante saber dividir os problemas respirató-rios para compreendê-los e, principalmente, para tratá-los. Vivemos em dois mundos científicos: um que estuda as doenças e outro que estuda o organismo vivo (saúde), ou seja, a medicina da doença e a medicina da saúde”.

A solução real para as doenças está no equi-líbrio das funções do organismo. A Ortopedia Funcional possui origem na medicina européia, onde seus criadores eram médicos especialistas em odontologia. A busca dos tratamentos não era a correção dos dentes, mas sim o equilíbrio do sistema buco-nasal (respiratório), mastigatório e da deglutição. “A Ortopedia Funcional visa os dentes, ossos, músculos, nervos e principalmen-te o Equilíbrio Funcional”, destaca.

Já a ortodontia possui origem americana de uma forma segmentada, onde os dentes são

Crianças em equilíbrio funcional

o objeto de maior importância. A ortodontia desenvolveu muitos recursos mecânicos e com isto facilitou os tratamentos. “Interagir as duas especialidades resultou num novo conceito de Ortodontia: a Ortodontia Funcional e Estética, que apresenta os parâmetros fundamentais da Ortopedia Funcional com a facilidade dos re-cursos ortodônticos”, explica Rosário, acrescen-tando que o Funcional estuda o organismo e a ortodontia estuda os aparelhos.

Segundo o especialista, muitos pais perce-bem apenas a questão estética, ou seja, os dentes da criança e ignoram que por trás de um sorriso existem problemas respiratórios. “Se a atenção fica para os dentes e deixamos o corpo se desen-volver com as funções alteradas, estamos cegos para o todo, e enxergando apenas os dentes”, exemplifica o estudioso, acrescentando que “o Ortopédico Funcional e o RNO ( Reabilitação Neuro-oclusal ) são ideais para as crianças por buscar o equilíbrio funcional”, finaliza.

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comportamento

Crack, um mal que devasta

Devastador. Os estudiosos, com rela-ção ao reflexo da droga para o organismo, são unânimes: o crack provoca uma ver-dadeira devastação, não importa a idade. Se antes o uso se limitava às regiões peri-féricas, manuseado em esconderijos, hoje basta percorrer as praças da cidade para encontrar adolescentes fumando crack, e a qualquer hora do dia. E o crack não se re-sume a crianças e jovens oriundos de clas-ses com baixo poder aquisitivo. O médico pediatra Arthur Octavio Monteiro faz um alerta sobre o crack: a droga é o mal do sé-culo e atinge todas as classes.

O ex-usuário M.P, 18 anos, que ficou um ano em tratamento e recuperação em clínica em outro estado, relata que todo mundo sabe onde encontrar a droga e é muito fácil adquiri-la para consumo. Seu

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desempenho na escola e no estágio foi caindo e todos começaram a perceber que algo estava errado. Sua família passava pela readaptação pós-morte prematura da mãe. “Na clínica fui percebendo que não poderia continuar com essa vida, pois logo ela teria fim, a droga é o fundo do poço, é uma for-ma de suicídio”, lembra.

O médico pediatra explica que a ne-cessidade da experimentação, comum na adolescência, pode agravar quando o gru-po de amigos utiliza drogas. Famílias mal estruturadas, com conflitos, fazem o ado-lescente valorizar ainda mais o “grupo de iguais” e, se a condição para pertencer a ele for o uso de drogas legais ou ilegais, com certeza a possibilidade de o jovem a utilizar será muito grande. “Eles têm necessidade de autoafirmação, mas ainda não possuem maturidade suficiente para buscar isso em outras coisas”, completa.

Para Ana Elisa Limeira, Coordenadora Estadual de Políticas sobre Drogas - COAD e Presidente do Conselho Estadual de Polí-ticas sobre Drogas - CONEN/MT, o tipo de educação que se vê hoje cria adolescentes fracos. “É um ser imaturo, sem paixão, que não consegue enxergar a vida com serieda-de, é altamente predisposto à influência do meio”, pontua.

Depois dessa experiência, a infância perdida com as drogas precisa ser retoma-da. O processo não é fácil, pois a criança torna-se dependente mais rapidamente que o adulto. Uma pesquisa realizada com jovens americanos atendidos em clínicas ambulatoriais mostrou que 28% fumaram crack. Desses, 67% fizeram uso experimen-tal, 18% fumaram mais de 50 vezes e 60% progrediram da iniciação para o uso sema-nal em menos de três meses.

Crianças e adolescentes que fazem uso contínuo de crack podem ter o desen-volvimento cerebral comprometido, com impacto direto na capacidade cognitiva, ou seja, na maneira como o cérebro percebe, aprende, pensa e recorda as informações captadas pelos cinco sentidos. Assim, é comum que usuários da droga apresentem dificuldades no aprendizado, raciocínio, memória, concentração e solução de pro-blemas, o que afeta o progresso acadêmico, o comportamento e a frequência escolar.

Usuários crônicos que estão em fase de desenvolvimento ainda podem apre-sentar distúrbios de conduta, transtornos afetivos e alimentares, além de transtornos ansiosos como fobia social e quadros de estresse. Sintomas do Transtorno de De-ficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) são frequentes em usuários de substâncias psicoativas, como o crack, assim como pro-blemas de autonomia e habilidade para es-tabelecer relações interpessoais.

Ana Elisa chama a atenção para os exemplos que os filhos têm em casa: “Mui-tos deles ouvem discursos que os incenti-vam à responsabilidade e ao autocontrole, por exemplo, mas veem os pais comendo compulsivamente, bebendo, ou fazendo coisas irresponsáveis”.

Nas ruas - Quais medidas a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso vem tomando para garantir ambiente seguro para que crianças cresçam protegidas da criminalidade e dos traficantes? Segundo o secretário da pasta, Diógenes Curado, a Secretaria realiza diversas medidas na área de combate e prevenção da criminalidade. Na área de combate, a Sesp, por meio da Polícia Militar e Polícia Civil, realiza opera-ções para desarticular quadrilhas e fechar

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bocas de fumos. Outra ação desenvolvida é o policiamento ostensivo em áreas centrais e bairros da capital.

Na prevenção, ele explica que a Secre-taria promove projetos sociais com crian-ças e adolescentes, principalmente de co-munidades mais carentes, visando evitar que novos jovens entrem para o mundo da criminalidade e das drogas. “Entre os proje-tos está o Proerd, desenvolvido em parceria com a Polícia Militar, que forma instrutores com base nas normas estabelecidas pelo projeto norte americano D.A.R.E - Drug Abuse Resistance Education (Educar para resistir ao abuso de drogas)”, cita Curado. O Proerd tem como objetivo o combate ao uso indevido de drogas e ações que geram violência, prevenindo a criminalidade por meio da educação.

Curado alerta que é preciso envolver outros parceiros. Um exemplo é o Corpo de Bombeiros Militar. A corporação coordena o projeto social Bombeiros do Futuro, cujo objetivo é diminuir o tempo de vulnerabi-lidade de crianças e adolescente evitando que novos jovens entrem para o mundo da criminalidade e das drogas. Já o “De Cara Limpa Contra as Drogas” é desenvolvido pela Polícia Judiciária Civil de Mato Gros-so, cuja meta é a prevenção ao uso e com-bate ao tráfico de drogas. “ O programa é desenvolvido pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Cuiabá, e se apoia em três pilares: família, trabalho e dignidade. A ideia é sensibilizar e conscientizar a sociedade de que a preven-ção ao uso e a repressão ao tráfico de drogas não é apenas dever da polícia, mas responsa-bilidade de todo cidadão”, destaca.

Além do trabalho por meio de proje-tos sociais, a Secretaria de Estado de Segu-rança Pública iniciou neste ano a elabora-ção do Pacto de Enfrentamento às Drogas para integrar todas as instituições federais e estaduais do Estado para executar ações de enfrentamento às drogas, baseadas em quatro eixos de trabalho, sendo a preven-ção e educação, a atenção ao usuário e de-pendente químico, repressão e também a captação de recursos. A intenção é lançar o Pacto de Enfrentamento às Drogas ainda este ano.

Casa – Ana Elisa é categórica em afir-mar que os pais devem promover uma cul-tura antidrogas em casa. “Os pais precisam se informar sobre os danos causados pelas drogas para que possam alertar os filhos sobre os riscos e as consequências que elas implicam”, ressalta. Segundo ela, embora os especialistas falem o tempo todo da im-portância da presença dos pais ao lado dos filhos, muitos não seguem o conselho. “E fundamental reservar tempo para acom-panhar as atividades dos filhos. Conhecer seus amigos ajuda a estabelecer uma rela-ção de proximidade e confiança, e ainda estabelecer regras coerentes com a idade e a maturidade do filho. Juntos, podemos combater esse mal”.

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O mundo se torna colorido para o bebê a partir dos 3 meses. Mas a influência das cores começa bem mais cedo, logo ao nascer. Entra em cena a cromoterapia, uma técnica milenar chinesa que aplica as cores para instituir o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções. Não há cor melhor ou pior, há a cor certa para cada ob-jetivo.

E quando o assunto é bebê, o senso comum diz que o ambiente ideal é aquele que traga tranquilidade aliado a estímulos, tudo na dose certa. No quarto do pequeno, a cromoterapia evita problemas como hi-peratividade. A sugestão é de que o quar-to seja decorado com cores pastéis, como azul, verde, lilás, rosa, pêssego e branco. Não é recomendável cores com pigmen-tos amarelos, que são estimulantes, assim como ocorre com o vermelho e laranja.

Num ambiente com muito estímulo visual e muito colorido, o bebê pode ficar hiperativo, ter dificuldades para dormir e ficar irritado. O preto, o marrom e o cinza também não são indicados, são cores frias, não são aconchegantes.

decoração

Quartos coloridos

Como ajudar seus fi-lhos a ter uma boa noite de sono

Não dá para controlar os sonhos, mas algumas dicas ajudam a ter um sono melhor:

1.Converse com seus filhos, per-gunte se está tendo pesadelos, o que acontece nos sonhos e por que ele está com medo.

2.Oriente seu filho a diminuir o ritmo antes de se deitar, evitar assistir à TV ou receber estímulos como mui-tas luzes ou barulho.

3.Peça para ele pensar em coisas boas antes de dormir, nos momentos legais que passou durante o dia.

4.Se o medo persistir, conte uma história conhecida e de que ele gos-te bastante. Evite as histórias que ele nunca ouviu; já pensou dormir sem saber o final?

5.Ele pode ter um bichinho de pelúcia, um paninho ou outro “objeto da proteção” para segurar se estiver com medo.

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Pequenos cidadãos conscientes

Se queremos proporcionar às novas gerações condições de uma vida melhor para que venham a sofrer menos com os reflexos dos impactos ambientais provoca-dos pelo descaso do homem com o meio ambiente, devemos começar agora mesmo ensinar aos nossos filhos, vizinhos, sobri-nhos e aos coleguinhas deles a respeitar o meio em que vivem.

“Com atitudes simples podemos con-tribuir para a conservação e recuperação do nosso planeta. Eu procuro dar o exemplo e mostrar para meus filhos maneiras de pro-mover a exploração dos recursos naturais, de forma que prejudique o menos possível o meio ambiente”, destaca a economista Patrícia Fernandes, mãe de Amanda (10), Danilo (6) e Bianca (4).

meio ambiente

Patrícia aproveita os momentos com os filhos para ensiná-los, por exemplo, a reciclar o lixo, fazendo trabalhos manuais, não deixar torneiras abertas ou pingando e realizar seus banhos em menos tempo. Além disso, orienta a não jogar papéis de balas, pirulitos, caixinhas de suco ou qual-quer outro tipo de embalagem nas ruas. Sempre as conduz a uma lixeira mais próxi-ma para depositar o lixo. “As crianças imi-tam os adultos, portanto a educação que se recebe em casa é o que determina as atitu-des e as posturas dos filhos frente ao mun-do. Uma criança que aprende o respeito e valores dentro de casa, através do exemplo de seus pais, se tornará um adulto compro-metido em todos os aspectos, inclusive no respeito ao nosso planeta”.

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Como eu posso garantir o desenvolvimento sustentável?

No passeio de domingo no parque ou no sítio, aproveite para mostrar às crianças como os pássaros são lindos e embelezam a natureza quando livres para voar e conte a elas quantos animais já estão em extin-ção e como isso é triste e prejudica a nós mesmos. Lembre-se de levar sacos para re-colher o lixo.

Também é importante mostrar a elas o lado negativo das atitudes antiecológicas como, por exemplo, os rios poluídos, as ruas sujas de lixos e as queimadas.

Não as deixe andar em canteiros de praças e jardins pisoteando as gramas e flo-res. Ensine a elas que as plantas têm vida e desempenham um papel muito importan-te em nossas vidas.

Plante uma mudinha de árvore, de flor ou qualquer outra planta. Isso vai servir de exemplo de conservação e cuidado com o meio ambiente.

No supermercado, utilize sacolas re-tornáveis, que são ecologicamente corre-tas, ao invés das sacolas plásticas.

Inclua na leitura dos seus pequenos li-vros que incentivam a preservação do meio ambiente. E lembre-se: crianças aprendem com enorme facilidade, basta ter paciência e explicar a elas porque determinadas ati-tudes sustentáveis devem ser seguidas.

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Futebol americano conquista a garotada

esporte

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Quem nunca vibrou com aqueles fil-mes de sessão da tarde em que os times de futebol americano se enfrentavam? Os jogos eram fios condutores de enre-dos que falam de amizade, solidariedade e superação. O que parecia tema de filme já faz parte do cotidiano de muitos atletas mato-grossenses e cada vez mais jovens. O Futebol Americano chegou para ficar em Cuiabá.

Desde 2006, o Cuiabá Arsenal se des-taca na modalidade, tendo ,entre seus tí-tulos, o de atual campeão nacional. Suas vitórias no cenário nacional fazem com que o esporte comece pouco a pouco a conquistar a simpatia dos cuiabanos.

Aos domingos, crian-ças podem aprender sobre o Futebol Americano no campo da Universidade Federal de Mato Grosso. E esse aprendizado será ampliado. Segundo o pre-sidente do Cuiabá Arsenal, Orlando Ferreira Júnior, a escolinha em parceria com o SESI também deve ser colocada em prática no início de 2012. Mas para materializar a iniciativa, o time precisa de recursos finan-ceiros para o pagamento dos professores e parcerias com os locais de treinamento. Enquanto isso, a garotada aprende as téc-nicas na UFMT e os jovens fazem parte da categoria Sub 19, que reúne atletas a partir de 14 anos.

Segundo Orlando, o Arsenal utiliza como ferramenta para ensinar fundamen-tos de ética e valores aos atletas, além da

parte esportiva. “Os alunos trabalham em um ambiente onde o respeito à hierarquia, ao próximo, às diferenças, a valorização do trabalho em equipe e a superação fazem parte das atividades e são exploradas todos os dias”, pontua.

O jogador Daniel Borges Gomes Rosa, 14 anos, pratica desde janeiro e já sente os benefícios do esporte. “Estou com mais energia, deixei a preguiça de lado”, comenta. Esporte rápido e cheio de estra-tégia, Daniel destaca o trabalho em equi-pe. “É muito bom aprender a fazer algo em equipe, entender na prática que quando estamos todos juntos em busca de um ob-

jetivo, a vitória é bem melhor”.

Para Denevaldo Junior, que integra a comissão técnica do Cuiabá Arsenal, a prá-tica do Futebol Ame-ricano desenvolve a capacidade de concen-tração e superação de dificuldades. Opinião compartilhada pelo presidente do time. “O Futebol Americano

trabalha vários aspectos que serão úteis às crianças e jovens na sua vida toda. O es-porte valoriza muito a estratégia e o plane-jamento, que ajudam as crianças a enten-derem a importância desses fundamentos para sua vida”, completa.

Para participar, Denevaldo dá a dica: basta ter disposição em aprender e parti-cipar de um esporte muito gostoso de pra-ticar.

Desde 2006,o Cuiabá

Arsenal sedestaca na

modalidade

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Com que idade as crianças podem ficar sozinhas em casa?

segurança

Ana Carla (*), uma mãe como tantas outras que se divi-

de na tarefa de criar os filhos, cuidar da casa e trabalhar fora,

precisou deixar o filho Pedro (*), 11 anos, sozinho até que a avó

chegasse. Ana tinha um evento e não poderia se atrasar.

“Saí de casa preocupada, ligava para ele e para minha

mãe. Pedro também me ligou. Quatro várias vezes em uma

hora: a minha avó já vai chegar? Você não vai voltar? Vou ficar

sozinho até que horas? Aquilo me deixou tão tensa que cheguei

no trabalho nervosa e desconcentrada”, lembra Ana.

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Já Rosemeire (*) não tem outra alternativa: dei-

xa as filhas, hoje com 15 e 13, sozinhas em casa, no

período da tarde, desde que tinham 12 e 10 anos. Ela

precisa trabalhar e não tem como pagar uma empre-

gada e nem com quem deixar as meninas. “Me preo-

cupo, mas converso muito com elas sobre não atender

à porta, não sair de casa, manter

portas e portões trancados e para

que me liguem imediatamente

caso aconteça algo”, afirma.

Muitas outras mães e pais

passam ou já passaram por situ-

ações semelhantes. Por atraso da

babá, por precisar ir ao super-

mercado ou na padaria da esqui-

na. Já as famílias de baixa renda

têm poucas escolhas a não ser

deixar as crianças sozinhas en-

quanto trabalham. “Quantas histórias vemos de pais

que deixam o filho mais velho, de 8, 9 anos, com os

irmãos menores?”, comenta Rosemeire.

Mas qual a idade mínima para as crianças fi-

carem sozinhas, sem que os pais sejam acusados de

negligência caso aconteça algo com elas? Esta é uma

dúvida que levanta questões relativas à segurança,

maturidade e classe social. O problema também pode

se agravar no período das férias, quando as crianças

normalmente têm mais tempo livre, e muitas creches

e instituições não funcionam.

O artigo 133 do Código Penal prevê que “abando-

nar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilân-

cia ou autoridade, e, por qualquer motivo, é incapaz

de defender-se dos riscos resultantes do abandono”

caracteriza crime de abandono de incapaz.

Neste artigo, o Código Penal não defende ape-

nas crianças, mas idosos ou quaisquer pessoas que

estejam desprovidas de consciência e não possam res-

ponder por seus atos ou agir sozinhas.

Existem três tipos de abandono de incapaz: o

intelectual, no qual os pais privam o filho de ir para a

escola (de acordo com a legislação brasileira, é obri-

gatório que a criança curse até o Ensino Fundamen-

tal); o moral, que é quando o pai sabe quem é seu

filho, mas ignora sua existência inclusive no sentido

afetivo (o mesmo vale na

relação entre filhos e pais,

para idosos); e o material,

caracterizado quando o con-

siderado “incapaz” não tem

condições materiais de sub-

sistência.

Para o advogado Ri-

cardo de Moraes Cabezón,

o crime de abandono de in-

capaz é aplicado a quem está

incapaz, de forma absoluta,

em um critério de idade, crianças e adolescentes até

os 16 anos.

A delegada Juliana Chiquito Palhares, da Dele-

gacia Especializada de Defesa da Mulher, do Idoso e

da Criança de Várzea Grande, ressalta também que

nem todo caso configura crime de abandono. “Cada

caso tem suas particularidades, é necessário avaliar de

forma ponderada para que falta ou ausência de cui-

dados por alguns instantes não seja entendida como

uma conduta passível de penalização criminal”,disse.

A delegada frisa ainda que independente da idade, os

pais são os responsáveis e tem o dever zelar pela crian-

ça e adolescente. ”O dever legal de vigilância e cuida-

do são dos pais, até o menor completar a maioridade.

Portanto, cabe a ele de cuidar da integridade física,

psíquica e moral da criança”, enfatiza.

(*) Os nomes foram alterados para preservar a

identidade dos entrevistados.

“Cada casotem suasparticula-ridades”

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especial

Ser criança hoje

Imagine uma pessoa que guarda na essência a alma da infância, reunindo toda experiência de seus 79 anos, sua maturida-de, inúmeros prêmios, mas, ainda assim, diante do olhar de uma criança, para tudo para ouvir o que aquele pequeno tem a di-zer. Assim é Ziraldo, cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, caricaturista, escritor, cronista, desenhista e jornalista brasileiro. E o que é mais importante: é pai e avô.

Por trás dos cabelos brancos, esse mi-neiro genial formado em direito, revela-se um verdadeiro menino. Aprendeu fazer da troca intelectual com pessoas de todas as idades uma deliciosa forma de viver. Pai do Menino Maluqinho, que tem na cabe-

“Vida de moleque é vida boaVida de menino é maluquinhoBarra manteiga, rouba bandeiraTudo que é bom é brincadeira”

ça uma panela e vento nos pés, em mais de 30 anos de aventuras, Ziraldo prova que, para ser uma criança feliz, basta dar asas à imaginação. “A criança descobriu na brin-cadeira o caminho da felicidade, temos de estimulá-los a criar”, pontua.

Criança tem de brincar e ser amada. A afirmação é categórica. Para ele, o mundo pode evoluir, as mudanças tecnológicas ocorrerem, mas o início de tudo é o cari-nho dos pais, é a criança saber que é amada e que possui um lar, onde possa brincar, ir e vir. “Pais precisam ter tempo para seus filhos, dedicar-lhes atenção para que te-nham segurança, se sintam amados”.

Com livros publicados em diversos pa-

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Ser criança hoje

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íses, Ziraldo conta que criança em qualquer lugar do mundo é apaixonada por brincar. “Crianças no mundo inteiro se identificam com o Menino Maluquinho, a infância ul-trapassa qualquer barreira social, cultural, de idioma. Juntas, elas possuem a mesma essên-cia”. E o que os pais podem fazer para que seus filhos sejam crianças saudáveis no mundo de hoje? Apre-sentar-lhes um livro, res-ponde Ziraldo sem titube-ar. O livro é o passaporte para universos mágicos. “A criança adquire vivência a partir da leitura, adquire maturidade. Antes de dei-xar os filhos ligados apenas aos jogos ele-trônicos, mostre-lhes um livro, assim eles adquirem conteúdo e experiência sem en-velhecer. Incentivar o lúdico é algo essen-cial para os pequenos”.

O nome de Ziraldo veio da combina-ção dos nomes de sua mãe, Zizinha, com o

de seu pai, Geraldo. Ziraldo Alves Pinto era o mais velho de uma família de sete irmãos. Em 1949, foi com o avô para o Rio de Janei-ro. “No livro O menino e seu amigo conto essa história de amizade entre meu avô e

eu. É tão importante que as crianças con-vivam com a família: avós, tios, primos. É o que forma nossa me-mória afetiva”, explica.

Em 1950 Ziraldo voltou para sua cida-de para fazer o Tiro de Guerra e terminar o Científico. Em 1957, formou-se na Faculda-de de Direito de Minas

Gerais, em Belo Horizonte. No ano seguin-te casou-se com Vilma Gontijo com quem teve três filhos.

Artista desde pequeno, já mostrava predileção pelos desenhos e pelos livros de Monteiro Lobato, Viriato Correia, Cle-mente Luz e as revistas em quadrinhos da

A criançaadquirevivência

a partir daleitura, adquire

maturidade

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época. “Minha carreira começou com co-laborações mensais na revista “Era Uma Vez...”, recorda. Nos anos 60, seus cartuns e charges políticas começaram a aparecer na revista “O Cruzeiro” e no “Jornal do Brasil”. Personagens como a Supermãe e o Mineiri-nho tornaram-se populares. Ziraldo publi-cou a primeira revista brasileira do gênero quadrinhos feita por um só autor, reunin-do “A Turma do Pererê”.

Em 1964, com o governo militar, a re-vista foi encerrada e Ziraldo lutou contra a repressão. Fundou, junto com outros hu-moristas, o mais importante jornal não--conformista, “O Pasquim”, que incomo-dou o regime militar até o seu fim.

Ziraldo teve seu talento reconhecido internacionalmente com a publicação de suas produções em várias revistas da Ingla-terra, da França e dos Estados Unidos. No ano de 1969, ganhou o Oscar Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghanteal-ler, prêmio máximo da imprensa livre da América Latina. Foi convidado a desenhar o cartaz anual da Unicef, honra concedida pela primeira vez a um artista latino.

Seu primeiro livro infantil, “Flicts”, relata a história de uma cor que não en-contrava seu lugar no mundo. Em 1979, Ziraldo publicou “O Planeta Lilás” e, no ano seguinte, ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro com o livro O Menino Maluquinho, que se transformou no maior sucesso editorial e foi adaptado para o teatro, o cinema e para internet, e teve uma versão para ópera infantil. Com tanta premiação e tí-tulos, Ziraldo mantém sua simplicidade e seu jeito cativante. Por onde ele passa, as crianças se aglomeram para pegar um autógrafo ou rece-ber um sorriso do autor. “Escrever para crianças é uma alegria na minha vida, me divirto com elas, sou um pai apaixonado pelos meus filhos e um avô alucinado pelos netos”.

Mas se engana quem pensa que Ziral-do não se rende a tecnologia. Ele entrou de vez no mundo digital. Na 15ª Bienal do Livro do Rio, que aconteceu em setembro,

Ziraldo lançou dois aplicativos exclusivos para iPad.

Um deles é “As Grandes Histórias do Menino Maluquinho - O Cara Legal”, da editora Globo, onde o leitor poderá reviver as aventuras do herói. Uma das opções é gravar a própria voz no aplicativo e se tor-

nar o narrador da aventu-ra, em formato de histó-ria em quadrinho.

O outro lançamen-to é o novo “Menino da Terra”, da editora Me-lhoramentos, que conta a história de um garoto

chinês. Lançado no ano passado em papel, a história ganhou sua versão para iPad. “Faço livros sobre meninos há mais de 30 anos e agora há novas plataformas para contar as nossas histórias. Para mim, o li-vro continuará a ser o objeto mais bonito e importante que o ser humano criou”.

Escreverpara criançasé uma alegriana minha vida

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educação

Leitura, um universo inesquecível

Palavras que conduzem a ricas via-gens, coloridas, emotivas, divertidas, en-trecortadas por personagens singulares que se apropriam das mais variadas formas a partir da escrita do autor. Mas nunca um objeto estático. Ao se permitir o mergulho em suas histórias, o autor provoca a intera-ção, afinal a imaginação da criança dá vida às palavras das páginas de um livro. Como incentivar as crianças a debruçar na litera-tura?

Pedagogos buscam as mais diversas atividades para mostrar esse mundo reple-to de informação aos seus pequenos leito-res. E nesse desafio, aparecem várias ideias encantadoras. O contador de histórias é uma delas. É ele que estabelece a ponte que levará o pequeno para um mundo diferen-te e, para que essa experiência seja provei-tosa, a dedicação do educador infantil é fundamental.

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A pedagoga, especialista em Educa-ção Infantil e professora de alfabetização Flaviane Silva Souza, da Toque de Mãe Berçário e Educação Infantil, explica que quando uma história é contada trabalham--se vários aspectos, como educar, instruir, desenvolver a inteligência, ser o ponto de partida para ensinar algum conteúdo ou mesmo ser um dos instrumentos para ten-tar entender o que se passa com a criança no campo pessoal. “O importante é diver-tir, levando a criança a estimular a ima-ginação. Ler histórias para as crianças é poder sorrir e gargalhar com as situações vividas pelos personagens”, pon-tua.

Flaviane explica que a leitura deve se trans-formar em atividade de rotina, pois o escutar histórias desenvolve na-turalmente um interes-se cada vez maior em aprender determinados contos e reproduzi-los oralmente. “O Con-tador de histórias deve ter interesse pelo conto a ser contado, pois deve motivar a criança. É preciso buscar a beleza das pa-lavras. O prazer em contar e ouvir histórias deve estar sempre ativo e presente, levando o ouvinte a viajar pelo mundo da fantasia”, comenta. Para contar uma história não basta ler o texto, mas também interpretá--lo com “Arte”: contar história é aprender e ensinar, é o artifício da oralidade que esti-mula a imaginação dos ouvintes, faz com que tudo tenha vida, significado, emoção.

Outra ferramenta de incentivo à lei-tura também vem conquistando a garota-da de quatro a seis anos e envolvendo seus pais: é a Sacola de Leitura. Uma iniciativa do Colégio Notre Dame de Lourdes, a Sa-cola de Leitura é enviada diariamente para casa, sendo um aluno por vez, mediante sorteio, e traz como conteúdo um Tapete Mágico, um Livro de Leitura, um Caderno de Registro, Lápis de Cor e Giz de Cera. Em casa, a criança e seus pais sentam sobre o tapete e leem juntos. Depois, a criança

anota suas impressões sob os olhares aten-tos dos pais. “A criança fará (do seu jeiti-nho), o registro da história através de de-senho, pintura, recorte ou colagem. É uma experiência incrível, prazerosa para pais e filhos, o aprendizado é fantástico”, conta entusiasmada Rógena Bucair Nogueira, coordenadora pedagógica da Educação In-fantil do Colégio Notre Dame de Lourdes.

A Sacola da Leitura tem por objetivo focalizar o ato de ler como ponto de partida para a construção do pensamento lógico, oportunizando a criatividade, imagina-

ção e humor. “O projeto busca, ainda, desenvol-ver o hábito de ouvir com atenção e a lingua-gem oral, ampliando o vocabulário e proporcio-nando a interação entre escola, aluno e família”, afirma.

Muitos estudos mostram que o adulto tem papel fundamen-

tal para que a criança coloque a leitura e a escrita no foco de atenção. “É a compa-nhia do adulto que a atrai para folhear um livrinho, imaginar cenas de uma história, perguntar o que está escrito ou prestar atenção à narrativa lida”, completa Rógena, acrescentando que depois que tudo isso acontece, os pais registram, através de um depoimento, como foi a experiência “em família”.

“A literatura provoca uma comunica-ção emotiva, penetrante, interrogativa e inesperada entre o leitor infantil e o livro”, finaliza Rógena.

É preciso buscar a

beleza das palavras

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editorial de moda

Nesta edição convidamos (03) bai-xinho para participar do Espaço da Moda escolhendo seu próprio look.Foi uma ver-dadeira farra muito divertida.

Abordamos nesta edição para o mês das crianças a importância delas escolhe-rem suas própria roupa, já que a moda nos permite usar e abusar de misturas de estampas as crianças se sentem mais a vontade para escolher uma camisa de um conjunto e a bermuda de outro, sandália,

tênis na hora de vestir vira uma confusão só.O que a mamãe quer ou a roupa preferi-da? Acredito na importância da criança es-colher sua própria roupa até para a forma-ção da sua personalidade. Isso serve como uma preparação e ajuda que no futuro ela saiba fazer suas próprias escolhas, o que a duas décadas atrás não era permitido mas as crianças estão muito responsáveis e in-dependente, sabem o que querem e devem ser ouvidas.

Moda na Vida real. Vamos Brincar?

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Vestido trapézio.Iasmin Paleare escolheu um modelito lindo, retrô, seguindo as tendências. Chama a atenção de uma forma bem doce e meiga. Em cores vivas e alegres, a estampa de poá do vestido trapézio, com cauda de sereia, e a blusa de manga com-prida, verde-limão, dão um toque lúdico à peça.

look book

Estilo juvenil.Os garotinhos estão ficando cada vez mais vaidosos e pre-ocupados com a roupa que irão usar no dia-a-dia. O look que o Nicolas Brasil escolheu é prático divertido. A mistura do xadrez com camiseta de estamparia prima pelo estilo, conforto, funcionalidade e mobilidade de movimentos. A composição facilita a transpiração, deixando a pele respirar livremente, principalmente na hora em que eles estiverem brincando, correndo ou pulando.

Sebastian Brasil optou pelo look bata com colete. Para completar, contrapôs com bermuda mais moderninha, toda respingada de tinta.

Estilo Hippie Chic.Quem diria que seus filhos e netos usariam algo neste estilo um dia? No entanto, a moda vai e vem. A cada estação, passa por mudanças, trazendo novidades, mas tam-bém releituras do que já vimos. O estilo hippie – que causou muita impressão nos anos 60 e 70, com suas estampas, bordados, retalhos, calças boca de sino e acessórios co-loridos – está de volta. Repaginado, passou a ser denominado de Estilo Hippie Chic.

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Ficha Técnica:Produção: Catiane Almeida Vestuário: Mini Humanos Fotos: Oficina da Imagem

A indústria da moda continuará da mesma forma: abusando do rosa, verde, amarelo, vermelho – com combinação de cores asorvetadas, lembrando doces, macarons, cupcakes, que destacam o modelo infantil da roupa.

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alimentação

Experimentando novos sabores

É na infância que ocorre a formação dos hábitos alimentares que serão levados por toda a vida. Essa fase é determinante, influenciando diretamente no estado nutricional da adoles-cência e da vida adulta. A introdução de ali-mentos deve ocorrer a partir dos seis meses. É nessa fase que a criança passa a reconhecer ou-tros sabores e aromas, além do leite, e, aos pou-cos, vai adaptando seu paladar às novidades.

É normal que a criança faça “caretas” ou estranhe determinados alimentos nessa fase: o novo alimento é também uma novidade para o paladar. Porém, isso não deve ser encarado como algo que a criança não gostou e sim como algo novo que será assimilado pelo paladar aos poucos. “Cabe as mamães insistirem por vários dias, sem demonstrar angústia, pois até um bebezinho sabe como chamar a atenção dos pais. Não há motivos para preocupações, isso é normal e acontece em vários lares, essa re-cusa pode persistir por 3 até 7 dias, não mais

que isso”, explica a nutricionista Luciana Sicca Pasquali.

Esse momento de conhecimento de novos sabores e aromas é fundamental para que futu-ramente a criança aceite com facilidade deter-minados alimentos. Incentivar o contato com novas texturas são atitudes fundamentais para estimular hábitos saudáveis. Outro aspecto de grande importância na alimentação da criança é o exemplo dos pais e cuidadores. “A criança sempre se espelha em alguém, geralmente no cuidador: papais ou mamães, avós e babás. A escola também tem um papel importantíssi-mo, pois muitas crianças observam o que seus amiguinhos e professores estão comendo e as opções de lanche ou refeição que lhes são ofe-recidas”, diz Sicca.

De acordo com Luciana, quanto mais pre-coce o contato da criança com alimentos sau-dáveis, melhor será a aceitação. Atividades que inclua culinária, por exemplo, pode ser uma ótima alternativa para incentivar os pequenos.

Na hora de inserir uma dieta saudável para as crianças, o correto é optar por alimentos or-gânicos. Naturais e nutritivos, os produtos or-gânicos podem vir como complementos nas papinhas ou como sobremesas. A empresária Fabiana Oliveira, proprietária da loja especia-liza em produtos naturais Viva Bem Melhor, conta que grãos como quinua e alimentos pro-duzidos sem agrotóxicos são os mais procura-dos por mães. “Muitas iniciam o consumo na gestação e continuam a após o nascimento do bebê. Os grãos como a quinua podem enrique-cer ainda mais a alimentação da criança. Os produtos sem glúten também são bem aceitos”, disse.

A atitudes das crianças são um reflexo da família, e com a alimentação não é diferente, por isso, faça boas escolhas alimentares e exer-ça uma influência positiva sobre as crianças.

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informe publicitário

Bebês e crianças no nutricionista?

A alimentação saudável e equilibrada propicia uma melhor qualidade de vida e previne várias doenças em todas as idades, o que muda em cada fase são as suas ne-cessidades e inevitavelmente suas prefe-rências.

Sabemos que a nutrição na ges-tação é importante para a formação, cres-cimento e desenvolvimento adequado do bebê, mas você sabia que a formação do hábito alimentar deste novo indivíduo se inicia no ventre materno? O líquido que nutre o bebê pode ter sabores diversifica-dos de acordo com o que a mamãe come.

Da mesma forma, os bebês que mamam no seio, além de receber toda a proteção e nutrientes que só o leite mater-no possui, terão maior facilidade na acei-tação de diversos alimentos, já que o sabor do leite humano também muda de acordo com a alimentação da mãe.

Por volta do sexto mês iniciamos a introdução da alimentação complementar, sendo que a escolha correta dos alimen-tos é essencial para assegurar o desenvol-vimento e bons hábitos alimentares para toda a vida. Nesta fase é muito importante que estabeleçamos uma rotina, na qual as papinhas salgadas não devem ser substi-

tuídas pelo seio ou mamadeiras. A combi-nação entre os alimentos deve ser sempre nutritiva e saborosa!

Na fase pré-escolar e escolar, te-mos a influência da mídia, da escola e da família no hábito alimentar. Hoje, encon-tramos crianças abaixo do peso, que recu-sam qualquer “verdinho” em seu prato, bem como aquelas que já apresentam so-brepeso e obesidade infantil, por excesso de alimentos calóricos (arroz,macarrão, leite, carne entre outros) ou por gulosei-mas em exagero.

Vale ressaltar que, na infância, a boa nutrição é muito importante no mo-mento presente e também para o futuro, prevenindo muitas doenças crônicas no adulto, como por exemplo o diabetes e as doenças cardiovasculares.

Lembre-se, alimentar-se de forma saudável não significa privar as crianças de seus alimentos preferidos, basta equi-librarmos as guloseimas com os alimentos que são realmente mais nutritivos! Bom apetite!

Dra. Luciana Sicca Pasquali Garcia

Nutricionista graduada pela USP-SP/ Especialista em Nutrição Clínica pelo HC-FMRP-USPEspecialista em Suporte Nutricional pela SBNPE /Membro da Sociedade Brasileira de PediatriaMestre em Nutrição e Gestação pela FMRP-USP

(65)3324-0000 / (65) 2128-9167

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minha festaBaile do Comandante Estevão Trentini Fachin

Um príncipe no comando de um navio. Em cada canto, deta-lhes que descrevem o interior de uma embarcação mágica cercada de ursinhos marinheiros. Assim foi a festa de 1º aninho do pequeno Estevão preparado especialmente pelos papais Patrícia e Rogério, na Mercearia Kids.

Na decoração, navios, ursos, balões nos tons de azul e arranjos florais deixaram o ambiente agra-dável para os convidados. Por toda parte, prateleiras com potes de al-

godão doce, caixinhas de marsh-mallows e pipoca doce e saquinhos de jujubas, atraíram os olhares dos baixinhos.

Na mesa dos parabéns, doci-nhos em formato de ursos, churros e pirulitos de chocolate, trufas, bri-gadeiros de colher, todos ao redor de um delicado bolo temático feito especialmente para o aniversarian-te. Como recordação, as crianças levaram para casa uma linda mo-chila personalizada.

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Ficha Técnica:Local: Mercearia KidsDecoração: Balloon DoraçõesDoces: Chocolarte e Leila MaloufBolo decorativo: Carla AndréiaFilmagem: Vídeo Close ProduçõesFotos: Eduardo MarãesLembrancinhas: As MeninasAnimação: Tia Hanna

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Fada madrinha prá lá de especial

faça a festa

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O aniversário do seu filho se aproxi-ma, sua agenda está atribulada e falta tem-po para cumprir todo o check list do dia-a--dia. Não se preocupe, existe no mercado um aliado das mamães na hora de pensar, planejar e executar a festa da criança: per-sonal party. Uma espécie de fada madrinha que facilita a realização de uma festa, es-pecialmente otimizando os investimentos e custos.

Em São Paulo, a utilização desse ser-viço já é bem usual, principalmente por mamães que trabalham fora ou pais soltei-ros. A Personal Party se encarrega da deco-ração ao jantar e, o melhor, da arrumação pós-festa. Em Cuiabá, cresce o número de quem opta pelo serviço, afinal são tantos os detalhes que muitas vezes os pais que-rem dividir as tarefas com alguém que acu-mula experiência no assunto.

A advogada Tatiana Checchin é uma mãe que adora cuidar de todos os detalhes da festa do filho João Pedro, 3 anos. A pai-xão pelos detalhes a inspirou a também fa-zer festas para as amigas, orientando desde o convite até o grande dia. “O que começou numa brincadeira foi ficando sério e hoje sou a consultora das amigas para as festas infantis”, explica ela. O perfil da criança é o que direciona sua composição. “Adoro criar a partir do que a criança gosta, utilizar objetos pessoais, elementos artesanais. Os pais só decidem e vou executando”, pontua

E quem pensa que o custo dessa asses-soria encarece a festa, engana-se. Segundo a personal party Andrea Cabral, o trabalho é justamente o inverso, é saber aplicar os investimentos de forma correta. “É uma assessoria personalizada completa para

que os pais não fiquem perdidos em meio a tantos detalhes, afinal um evento perfei-to exige muito tempo, bom gosto e dedica-ção”, explica ela. O objetivo é diminuir a preocupação e devolver as noites de sono dos pais. “Assim, resta à família se divertir com total tranquilidade durante o evento”, completa Andrea.

O personal party sugere ideias cria-tivas, apresenta orçamentos de fornece-dores do segmento, pesquisa e descobre bons produtos e serviços, minimiza pos-síveis contratempos e supervisiona todos os serviços no dia da festa. “Os pais devem procurar um profissional responsável com boas para que tudo seja inesquecível e po-sitivo”, finaliza Andrea.

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O Mundo da Sininho foi o tema da festa de Valentina Moreira, que comemorou aniversário sob os mimos dos pais Vinicius e Leida

Marina curtiu sua festa de 1 aninho, receben-do muito carinho dos pais Persion Freitas e Juliana Nakamura

Guilherme Rausch aproveitou os brinquedos do Origami Buffet e esbanjou sorrisos

Caio Lima Nunes festejou aniversário em grande estilo numa festa prá lá de animada

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trocando ideias

Conciliando maternidade e trabalhoAssunto foi debatido entre mães,leitoras da Baby Kids e coaches.

A necessidade de conciliar materni-dade e trabalho é um dos grandes dilemas da mulher moderna. Na hora da escolha, muitas se veem confusas e inseguras. Algu-

mas optam por se dedicar integralmente à família; outras não podem ou não querem deixar o emprego. Nesses casos, elas, em maior ou menor intensidade, quase sem-

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pre têm culpa. Culpa de não estar o tempo todo com os filhos, de se ausentar de al-gum evento da escola, etc.

Para falar sobre esses assuntos e pro-mover troca de experiências, a Baby Kids Magazine recebeu leitoras para um en-contro, denominado Trocando Ideias. O evento, que ocorreu no dia 13 de setembro, no Espaço Lua de Mel, contou com duas convidadas especiais: a psicóloga Ana Galo Boscolo e a professora de Administração Iracema Irigaray, ambas atuam como coa-ch – profissional que possibilita uma par-ceria progressiva e que auxilia os clientes no alcance de resultados positivos em suas vidas que, consequentemente, criam sen-timentos de realização pessoal e profissio-nal.

Para Iracema, questionamentos como “Abro mão da minha vida profissional para cuidar do meu filho?”, “Se trabalho, como vou dar atenção a ele?”, entre outros, têm uma única resposta: Equilíbrio. “A busca deve ser pelo equilíbrio em sua vida em relação a ser boa mãe e boa profissional”, declara, acrescentando que não é muito fácil, mas como percebemos, é uma busca constante a ser desenvolvida.

Segundo a coach, a qualidade do tem-po em que estamos com os filhos é o que importa. “é preciso refletir bastante antes de tomar a decisão de trabalhar ou não, acreditar que o trabalho não prejudicará as crianças, se souberem dar atenção e amor nas horas possíveis para elas, ter a consci-ência de que os filhos se adaptam bem à es-colha da mãe e deixar de querer ser perfeita em tudo”, alerta.

Ana Cristina compartilha da mesma opinião. Segundo ela, o mais importante é: estar inteiro onde você está. “Precisamos nos autorregular. Muitas vezes o ser “só” mãe, ou “só” profissional, ou “só” esposa é que causa o desequilíbrio. Essa autorregu-lação é individual, apenas “eu” sei o quanto posso me dedicar a cada setor”, afirma.

De acordo com ela, é preciso ensinar amor, respeito, integridade e compaixão, assim estaremos cumprindo nosso dever de criar um mundo mais seguro e feliz para nossos filhos.

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entre amigos

MitiEntre os dias 08 e 16 de outubro, a ca-

pital mato-grossense vai transpirar teatro e ficará ainda mais colorida. É a Mostra Internacional de Teatro Infantil de Cuiabá, que alcança sua quinta edição e vai preen-cher vários pontos da cidade. Já é consenso entre os estudiosos sobre comportamento infantil que a arte faz um bem enorme aos pequenos, então a dica Baby Kids é levar a criançada para conferir a Miti.

Uma iniciativa da Acênica, A Asso-ciação das Artes, Comunicação e Cultura de Mato Grosso, o projeto começou em 2006 e deu muito certo. A ideia envolve

SITI – Seminário Internacional de Teatro Infantil, Mostra de Espetáculos, Oficinas, Mostra de Vídeos, Show Musical Infantil e lançamentos de livros.

Nesta edição, o público vai conferir ente outras atividades, os espetáculos A--Garrapattta Titeres Y Payassos – El Cir-co Del Aguante; Cia Andante – Espia Só! – Intervenção de Teatro Lambe-Lambe; Cia Circo de Bonecos – Guarda Zool; Cia da Tribo – Quixote Caboclo ou o Poeta Patativa; Cia Pé de Vento Teatro – Bom Apetite; Cia VoztraZ de Teatro – O Circo; Companhia de Teatro Faces – O Menino e

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o Céu; Grupo Triêro – No Triêro dos Meni-nos; Neae – Núcleo Experimental de Arte--Educação – Cantar Cantar Cantar e Voar Teatro de Bonecos – Os meninos Verdes. Os espetáculos acontecem no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, com apresentações no Teatro Universitá-rio. Já as oficinas e o Cine Miti no Centro Cultural da UFMT, enquanto os shows, no estacionamento do Ginásio da instituição.

Para saber mais, acesse o site mostrainfantil.com.br, o diário de bordo pelo bloguinho mostrainfantil.blogspot.com e fique ligado na progra-mação!

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depoimentos

1 ano Baby Kids“A Baby Kids Magazine se diferencia das demais publica-

ções porque informa com carinho sobre temas que nós pais te-mos muita curiosidade e a literatura não nos oferta. Informa-ção qualitativa e atenção a parte gráfica da revista resultam num belo trabalho, e o que é melhor, falando de coisas nossas, coisas de Mato Grosso. Parabéns a equipe Baby Kids, é um salto muito grande para o mercado editorial do Estado”.

Fabricio Carvalho, maestro e Pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da Universidade Federal de Mato Grosso

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“A Revista Baby Kids está de parabéns pelo belo tra-balho realizado durante este primeiro ano de existência. Foram vários temas abordados, dentre eles o ato da ado-ção, que considero uma das maiores provas de amor. Em parceria com o Poder Judiciário de Mato Grosso, estamos trabalhando para que mais crianças e adolescentes sejam acolhidos por uma nova família, e é muito bom saber que podemos contar com a revista Baby Kids nesse trabalho de divulgação. Vida longa a Baby Kids!”,

Roseli Barbosa, primeira-dama do Estadode Mato Grosso e secretária da Setas

“Parabenizo toda equipe da Revista pelo primeiro ano de sucesso, trazendo para nós leitores sempre matérias de grande importância, além da valorização dos profissionais locais”,

Glaucia Tonelle, gerente de Marketing da Unimed Cuiabá

“A revista está um charme, bem diagramada, colori-da, cheia de moda, de bem com a vida.

Sou mãe e sempre que leio parece que algumas maté-

rias foram escritas para mim. As “cris” estão de parabéns”.

Darci Brasil, diretora da Casa D’Ideias

“Gosto muito do perfil editorial da revista , trazendo matérias de mães e filhos ( da família de maneira geral) Ado-rei as edições e o carinho de vocês para com as crianças, eu digo que “ nós que somos mães temos de cuidar de toda a criança que precisa de proteção”.

Leda Pedrosa de Oliveira, gerente de finanças em MídiaMáquina de Vendas S/A Norte

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“A Baby Kids Magazine tem inovado no mercado da comunicação, trazendo informações sobre um público que merece toda a atenção: crianças e adolescentes. A revista aborda temas de forma global e, acima de tudo, com mui-ta seriedade e credibilidade. Gostaria de parabenizar toda a equipe pelo belíssimo trabalho e por nos proporcionar de forma ética, reportagens de alto nível.”

Karin Krause Boneti, medica dermatologista

“Cada edição, uma emoção, uma vontade de ler sem parar, afinal é uma revista voltada para nossos tesouros e todas as curiosidades que os cercam. Como dizem, mãe é tudo igual, pode ser de primeira, segunda ou terceira viagem, sempre temos angustias e duvidas. A Baby Kids nos ajuda a compreender e entender melhor esse univer-so. Parabéns meninas e equipe, a revista preencheu um espaço que faltava”.

Ludmilla Montes Claros, leitora e diretora da Baba de Moça

Sentíamos a necessidade de uma publicação que in-formasse tudo sobre família, pais e filhos, gestação, bebês, amamentação e tudo que os pais devem saber sobre infân-cia e desenvolvimento dos filhos. Hoje temos uma revista infantil que é digna de ocupar o nosso tempo para uma boa leitura. Nela encontramos dicas valiosas para viver-mos melhor.

Nesta edição de um ano, quero dar os meus parabéns à revista que nos tem servido como aliada na procura do bem-estar de todos.

Dr. Paulo SalustianoMédico

“A Baby Kids Magazine foi o canal de comunicação que encontrei para fidelizar a marca Toque de Mãe. A visibilidade da revista cresceu à velocidade luz durante este primeiro ano, hoje a revista atinge além de pais, leitores de todas as idades, pois os assuntos são atuais e instigantes... Parabéns a todos aqueles que trabalham arduamente para o sucesso a cada nova edição, principalmente a Cris Ávila e Pom-peu, este é o primeiro de muitos e muitos anos de glória”.

Márcia Pedr´Angelo, diretora do Toque de Mãe Bercário e Educação Infantil

Gosto muito da proposta da revis-ta Baby Kids. É um veículo segmentado, com foco e um bom posicionamento. A qualidade visual e do conteúdo é excelen-te. Eu me encantei com o trabalho desde a primeira edição. Fico muito feliz em ver a revista nas bancas, nas padarias, nos consultórios por que isso é a prova de que o veículo está ganhando mercado. E todo trabalho feito com competência, profis-sionalismo e paixão tem que ser visto e reconhecido. Parabéns a toda a equipe da Baby Kids pelo primeiro de muitos anos de trabalho.

Samantha Col DebellaSecretária Adjunta de Publicidade e marketing-SECOM

Outubro/Novembro 2011 | BabyKids Magazine 55

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SEGUNDA A SEXTA · 13h10DOMINGOS · 10h

Outubro/Novembro 2011 | BabyKids Magazine 56

viagem

Araguaia: conheça as belezas das praias fluviais

O Araguaia é natureza, encantos e mistérios o ano todo; é onde o espetáculo da vida acontece e atrai pessoas interessa-das em observar a fauna, se divertir com a pesca esportiva e buscar autoconheci-mento. A região conta com belas praias, animais exóticos de inúmeras espécies, al-deias indígenas, grutas e cachoeiras, abri-gando ainda a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal. O rio Araguaia é genero-so, oferecendo praias de areia fina e branca de beleza indescritível e uma fauna e flora além de qualquer imaginação. A região é marcada ainda por lendas, misticismo e mistérios que atraem pesquisadores, eso-téricos e ufólogos do mundo inteiro.

O Vale do Araguaia ganhou esse nome por causa do grande rio Araguaia que nas-ce próximo ao Parque Nacional das Emas, mais precisamente na Serra do Caiapó. Em seu trajeto para o Norte, serve de limite en-

tre os Estados de Goiás e Mato Grosso. Em toda sua extensão, cerca de 2.115 Km, drena inúmeras regiões agrícolas e pastoris. Seus principais afluentes são os rios das Mortes e Garças, definindo o Baixo, Médio e Alto Araguaia.

A região do Alto Araguaia vai da nas-cente até Barra do Garças, abrangendo 450 Km. O Médio Araguaia corta de Barra do Garças a São Félix do Araguaia. E o Baixo Araguaia segue do rio Araguaia comple-tando seu percurso com mais 160 Km en-tre São Félix do Araguaia e o rio Tocantins, formando, assim, uma das maiores bacias hidrográficas do País.

Um lugar atrativo para toda a famí-lia, que pode desfrutar da beleza do rio a partir de várias cidades, como São Felix do Araguaia, Barra do Garças e Pontal do Ara-guaia.

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dicas

LIVRO: O Tamanho do Meu Sonho

Todo mundo tem um so-nho na vida. Não importa se é criança, adulto, bicho ou gen-te. O sonho pode ser grande e difícil de alcançar, ou até pe-queninho e simples, mas todo mundo tem pelo menos um.

Dá pra acreditar que o maior desejo da cegonha, que é conhecida por trazer o bebê das pessoas enrolado em um pano, é mudar para uma ilha e ter uma filha? E que o que o fogo mais quer é entrar para o corpo de bombeiros?

Pois é tudo isso que o leitor vai descobrir no livro “O Tamanho do Meu Sonho”, que conta mais um monte de segredo como esses. O texto é curtinho e gostoso de ler e o formato do livro é grandão e tem desenhos que parecem que foram feitos a lápis com a ponta bem fininha e coloridos com lápis de cor.

DVD: A Família do Futuro

Lewis, um jovem inven-tor, cria uma máquina para achar sua mãe biológica e, en-fim, formar uma família. Mas a máquina é roubada e ele pre-cisa reencontrar sua invenção antes de continuar a procura.

CD: Cantando o Sete

Tem repertório e inter-pretação sofisticados do grupo vocal BeBossa que, na versão kids, amplia e presenteia o re-pertório musical das crianças com Vinicius de Moraes, Secos & Molhados, temas do Vila Sé-samo (versão dos anos 70, dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle), do Sítio do Picapau Amarelo segundo Gilberto Gil e outras canções.

CINEMA: Happy Feet 2

Erik, o filho de Mano e Glória, está em busca de seu próprio talento no mundo dos pinguins. No entanto, com pe-rigos e ameaças contra eles, o grupo terá de se unir e dançar muito para garantir a sua so-brevivência. Estreia prevista para novembro de 2012.

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Cuidar da natureza é mais uma maneira de impressionar.

Somos a 1ª Grá�ca de MT a receber o selo Floresta Viva e compensarnossas emissões de carbono por meio do re�orestamento.

AQUI O MEIO AMBIENTE ÉCULTIVADO O ANO INTEIRO.

65. 3362-5000Av. Miguel Sutil, 3530IMPRESSÕES QUE IMPRESSIONAM

RECICLAGEM DE PAPELAs sobras de papel da Atalaia são recolhidas semanalmente e vendidas para a empresa de reciclagem. São mais de 8.000 kg de papel com destino certo, evitando que sejam jogados na natureza. O valor arrecadado em todas essas vendas é direcionado para a associação dos nossos funcionários .

RECICLAGEM DE CHAPASE VASILHAMES PLÁSTICOSMais de 5.000 kg de chapas de alumínio são recolhidas e vendidas anualmente para o processo de reciclagem juntamente com os vasilhames plásticos consumidos na empresa.

ECO MÁQUINASOs CTP`s que executam as gravações das chapas para impressão foram substituídos por equipamentos isentos de produtos químicos.

Outubro/Novembro 2011 | BabyKids Magazine 60

artigo

A difícil missão de ser criança

Comparo, com a de hoje, a infância de minha geração na sua ampla liberdade de ir e vir, de correr, de pular, de jogar bola descalço na rua, de brincar de pique à noi-te, de sumir nos quintais em busca de fru-tas maduras, de nadar livremente no rio, de brigar durante as “peladas” com bola feita de meia, e coisas assim.

Cada tempo é um tempo. Mas penso que aquele tempo sem tensões, sem vide-ogames, nem televisão, celular e internet

era mais doce. A vida adulta não chegava carregada de tantas angústias como hoje.

Claro que as crianças de hoje são crianças de um tempo diferente. Sua vida será mais intensa e muito mais integrada a complexos sistemas de comunicação glo-balizados. Eles viverão intensamente a sua individualidade mergulhada na multidão de seres virtuais da internet. Suas rodas de amigos possivelmente se reúnam em algum luau num site de rede social, e as

Outubro/Novembro 2011 | BabyKids Magazine 61

emoções de um primeiro beijo talvez acon-teçam na sucessão de bites de uma men-sagem cifrada num computador, celular, hi-phone, tablet ou num chip implantado no corpo.

Dito assim, parece muito aterrorizan-te, mas, certamente, se não for assim, será pouco diferente. Talvez seja muito piegas dizer a uma criança de hoje que o primeiro beijo continha emoções tão explosivas que quase arrancava pela boca o coração de jo-vens sonhadores de anos passados.

Cada tempo é um tempo, dizem os filósofos. Então, no tempo de agora e do futuro próximo, as emoções certamente virão carregadas de bites e acenderão luzi-nhas de todas as cores numa tela, deixando roxos de vergonhas aqueles que no passado beijaram tremendo de ingênua emoção in-contida. Bobagens de outros tempos. Po-rém, sinceramente, penso que ser criança será uma missão cada vez mais difícil nes-ses anos de bites que virão. Tarefa dos pais amenizar tantas emoções tecnológicas.

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato [email protected]

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