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REVISTA DA SEMANAAbao IV - N. 179
Edição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL
DOMINGO, 18 DE OUTUBRO Kumero : 3oo tféâ*
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Quererç ecoiiomw^ e deo 5.500 cor?to$/wrd yatgr o*Bkho>!.. .
REVISTA DA SEMANA — Edição semanal fflustrada do JORNAL DO BRASIL.
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AGENCIA DE LOCAÇÃO ¦ por ALBERT GUILLAII
— Agencia de locação para banhos de mar... perfeitamente,meu caro senhor, são os termos do nosso prospecto Mas nâo se trataílta^AhLÍJHf 4 n^TS!
6!TeZ? f° faZ,CaSu de ta6!c„bn£ - Por templo : um sortimento completo de toilettes sem rival,tellas!... Alugamos á nossa chentella tudo quanto ella prec.se para pal,?-a? damas," seis vestidos por dia, doze chapéus, dezoito sombrinhas;
outros tantos costumes de oanho e peignoir... Tudo isso, destinado aservir apenas um dia, é nos restituído no dia seguinte,
triumphar nas praias..»
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— Para os cavalheiros : o nosso sortimento' de gravatas, cintos,panamás, bengalas, colletes, e maillots com pantorrilhas ou sem ellas, éinimitável,
N. B. As jóias, alfinetes ,anneis Jean-Lorrain, braceletes barolus,etc. sujeitam o cliente a uma vigilância especial
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— Para uso das meninas casadoiras, alugamos ura grupo numeroso de valsistas que garantem o «suecesso» nos bailes do Cassino efingem de pretendentes «fira de attrahir a attenção do pretendenteserio, •
' -AkJf^mmm^^^^kMm^ ^k^m^^^mm^mm^^^^^ _^^—¦W**"*'"^^^^ -> ~~'^m0^^m*m+m*mmm^~* ^etf^^^
— Por uma intuição modernissima dos negócios não pedinio:dinheiro adiantado. Levamos apenas, no fim da estação, uma porcentageip— Para as... outras meninas, fornecemos niâcs de occasião per- sobre os casamentos ricos ou. outras quaesqner negociações reali-
feitamente amestradas, roupa branca brazonada, lindas crianças ouça- zadas... No caso <!e iusuecesso, .> clienta insolvavel compromette-se achornnhos perfeitamente ensinados a. brincar com toda a gente fazer parte do nosso peseoal na estação seguinte.
REVISTA DA SJEMAflA — Ediçio -emanai ülüBtrâda do JORWAL DO BRASIL
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sBBffl:O mais poderoso disst>Ivente do ácido urico, o melhor anti-arthritico, preferido pela
classe medica para o tratamento da diathese urica, areias, cálculos MHares e veslcoos.inflammaçõcs dos rins c da bexiga, rheuuiatismo, gotta dermatoses Inflammatorlas,eezemas exudativos ou t*ece .s (darthros), arterio.sclerose, diabetes arthntico, eólicasnephrilicas e hepaticas, etc, etc. á„nnU nn«OS mais notáveis clinicos desta capital e dos Estados o têm empregado e rm » a sua encacia aoscasos acima. Vide a bulla que acompanha cada frasco. y;£'-V.\ „ flcf!1Hn. rfn nra«ii. Enxqntra-se á venda em todas as boas pharmacias e drogarias do Rio de Janeiro os estados ao Brasil.
Laboratorlo-RÜA CAMPO ALE GRE N. I-Rio de Janeiro g|
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ANGíCO COMPOSTOEsl o antigo e afamado xarope
híítoral é o que mais se recom-Lenda no tratamento da tosse,lrconchUes, catarrho, asthuia,iaflnénza, etc. Superior a quantasnanàcéas que por ahi pomposa-mente Sé ahnunciam, este medica-mento pode ser empregado sem omenor receio, pois não contemcodèlna, morphliia, ou outras sübs-
s nocivas á saúde.
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lancias
ÜNIGO DEPOSITOl>I*AUiVL\CIA Bl\VGAiMTL\A
e vende-se em todasas boas pharmacias e drogarias
m IFIli ÍMPIASDO
Jornal do BrasilE DA
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E' efficaz em todas as moles-tias do estômago, e o uso de Iresa seis vidros será o sufficiente aotratamento das enxaquecas. Nãoé panacéa.
DEPOSITÁRIOS NO BRASILSILVA ARAU/TO & C.
RIO DE JANEIRO
RUA PRIMEIRO DE MARCO3 e 5
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OLESTIASde PELLE— Recommendam-se ao publico o LI-core o Sabonete an-ti-herpetico, os uni-cos específicos parao tratamento dasempigens,darthros,sarnas, borbulhas,manchas da pelle,sardas,caspas e co-michões. Ás nume-
rosascuras que se têm obtido comestes preciosos remédios autori-sam-nos a garantir a cura radicaldestas terríveis moléstias. Ven-dem-se na pharmacia Bragantina,a rua Uruguayana n. 103.
Imprimem-se por preçosextraordinariamente
módicos e com amaior nitidez e brevidade
livros, obras illustradas,catálogos, álbuns,
folhetos, cartazes,gravuras, mappas,
musicas, chromos,diplomas, menus,
programmas, rótulos,annuncios, cartões,
contos, memorandum,almanaks,
folhinhas, etc.
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unAOSANEMICOSO VinhoGeneroso Me-dicinal de Rebello & Graujo,suecedaneo da ÁGUA INGLEZA,
jpprovado pelo Instituto Hauitariofederal, é um touico por excellen-cia e robustece o organismo débil i-todo, aproveitando sempre ás crian-Ças, aoa velhos, aos convalescentes,"em eomoas senhoras durante apavidez e amamentação. Èncon-wj-86 a rua Primeiro de Março,Püarmaeia Granjo, Rio de Janeiro,^«rogaria Baruel <fe Comp., Sfto
SABONETE RIFGER
Este prodigioso\fiabonete, appro-vado pela Inspecforia Geral deHygíehe,faz desappafecer em poucosdias as manchas do tosto, espinhas,pannos, sardas, caspa, empigens,darthros, erupções cutâneas, signaesde bexiga, frieiras, etc, tornando apelle agradavelmeiite fresca e asseti-nada, fazendo-se espargir o maissuave e duradouro aroma. Preços:dúzia, 14$; ura, 1J500; caixa de três,4$000. Vende-se nas prindpaes casas.Deposito om S. Paulo, Baruel & c.;Rio de Janeiro, Godoy Fernandes,
48, RUA DA QUITANDA 48
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DOR DE DENTE
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Sua cura em um minuto peloOdontalgico Oliveira Júnior (ins-tantaneo). No Rio de Janeiro: O li-.veira Júnior & C, Cattete n. 227—Araújo Freitas & C., Ourives n. 114.
mui TUDRUirSfto impotentes para3 vencer a
Surnina, o remédio descoberto porNorberto Coutinho, contra o venenodas cobras, que todos os fazendeirose roceiros devem tel-o á mfto.
Vende-se em todas àu boas phar-macias o drogarias, pipositarios
5iWa Araújo * (.Rua Primeiro de Março I e 3m RIO DE JANEIRO
DOENTES DO PEITOA coqueluche, bronchite, tos-
ses rebeldes ou chronicas, rou-quidões,asthma, catarrhos chro-nicos, tísicas do larynge e pul-monar, etc, curam-se infallivel-mente com o (ótaroçe PeitoralBalsamico, de RebeHo & Grau-jo»; encontra-se a rua Primeirode Março, pharmacia Granjo, Riode Janeiro,Sm S. Paulo, na rua Direita
BARUEL & G.
iBIAS 1 PEITO
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Tosáe, a st lima,coqueluctie e bronchite
CURAM-SE GOM 0
XAROPE DE GRINDELIA. tíliveira Júnior
NO BI» BB JàÜmWQ
Oliveira Júnior & C.CA1írBTK231
Arauio Freftas & C.tr
OURIVES 114
ELIXIR DAS DAMASFORMULA D,0
Df. Rodrigues dos SantosE' um agente thesapeutico
de uma acção enérgica e se-gura nas moléstias própriasdas senhoras, nas irregulari-dades da menstruação, difficul-dades e coücas uterinas, sus-pensüo ou dores nos ovarios,catarrhos uterinos, etc.
Drogaria Godoy Fernandes
48, RUA DA QUITANDA 48=a
@a la mmstRicas saias de seda a
65S000Ricas salas de seda a
$5gOOOLindos leques de gaze a 5$,
78, 88. 108,12$ e 15$; lindas blusas de
pongtaette a 22$000
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18*20m
LOTERIA ESPERANÇAEM 21 DO CORRTNEE
20:0OO$OOOPor S700
Para o Natal: grande loteria em trêssorteios em 10f 11 e 12 de deiembro
aproximações, dezenas e cen-tenas dos 4 prêmios maiores dostrês sorteios!
Total: 8,618 prêmios, no valorde 252.000g000. Bilhete com direitoaos- três sorteios e competente sellode consumo: inteiros, /$400; meios,3$700; deeimos, $750; fracções, $150.
CORRESPONDÊNCIA A'
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Companhia IV. Loteria dos EstadosCAIXA DO COtftREIO 1^* [•|" 1
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URBEETORBEÜO «Eiixir Sstomachico de
Camomilla »de Rebello & Granjo, está
universalmenteconhecido e proclamado
como o mais efficazpara combater e curar em
pouco tempoas enfermidades do esto-
mago e intestinos.Vende-se em todas as pnar-
macias e drogarias.i i L-. U' " " ____i_. i
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anemia, lyinphfetismo, eséropliuloséj racbilismo, et*.9 cuEani-se com o
flffli EitWIlü IISTâilâ*OLíVEIR/\ JÚNIOR
No Ri™e janeiro' Oliveira:Júnior & G., Cattete 2*7 e Arauio Freitas & C, Ourives 114»^«n ca ,-:.•-":—; ;
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REVISTA DA SEMANA - Edição semanal OluitMda do JORNAL DO BRASIL
TERRESTRES
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¦ I LOTERIAS D» 55lfEm beneficio do
Recolhimento de Nossa Senhora da PiedadeSob * immediata respon-
Habilidade da mesma Irmandade, decre-tos municipaes ns. 543, de
7 da maio de 1898 e 952,de 19 de novemhr.de 1902 r*
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Extracção pelo systema do urnase espneraiende s*o sorteados todos os
prêmios
Quinta-feira, 22 do correnteAS 2 \\Í DA TARDE
88, Rua dos Ourives,PRÊMIO MAIOR
11:11111111
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113* loteria —13* do plano n. 27
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16 RUA DO HOSPÍCIO" —ir 16 i
Só jogam 5.000 bilhetes a . !?,divididos em vigésimos de l|
Dá-se vantajosa commissào aosagentos do interior e dos Estados.
Acoeitam-se encommendas de númeroscertoi para todas as loterias.
Oa pedidos de bilhetes devem ser diri-gidos á eaixa do Correio a. 7S4.
0 agente geral,JOIP NV N UUIH.
Ifl- DB iraisNACIONABS DO BRASIL
Sede sociaJ e salão das extracções
Primeiro de Março 38 e Visconde de ltaborahy 9¦ ¦¦'¦¦ ' ~* mm >
Caixa, do Correio a. 41 — Eadereço telegrai>lii*oLOTERIAS-RIO
_ LOTERIAS DA CAPITAL FEDERAL | |Presididas pelo sr. fiscal do governo, representante do
• exmo. sr. ministro da fazenda e com. assistência de um director daCompanhia. Serviço do governo da üniáo em virtude da lei do
Congresso Nacional e do contrato assignado na Directoria Geral do Conten-cioso do Thesouro Federal
HOJE Sabbado 17 de Outubro ás Ü horas HOJE82* loteria do magnífico plano 44*
50:000*000Inteiros 6$O00 — Oitavos $75©
m mGRANDE E EXTRAORDINÁRIO SORTEIO
112a loteria do grande plano n. 103
Sakbtdo 7 de Novembro proxino á* 3 bom da tarde
ÜOOOOOSOOOiiInteiros 15t0O0*-Meios 7$500—Vigésimos $760
Os bilhetes acham-se á venda, com grande antecedência ao dia dorespectivo sorteio, nas agencias geraes aqui, em todos os Estados daRepublica e em todas as casas e kiosques. Os pedidos de bilhetes paraas localidades em que a Companhia nâo tiver agencia oificial, deverãoser diriffidos, com a maior clareza nas direcções, aos seguintes agentescrprflps nesta capital: CAMi.ES &C, becco das Cancellas n. 2 A, ende-r^ telêcraphico PEKIM, caixa do Correio n* 946; LUIZ VELLOSO&C.rua Nova do Ouvidor n. 10, endereço telesranhico LUSVEL, caixa doCorreio n. 817. Sóaiente sâo pagos ou recebidos em pagamento bilhetespremiados das loterias federaes.
PAGAMENTO PONTUAL
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Emulsão ScottAlimento Completo
A Emulsão de Scott, por seus compo-nentes de óleo de fígado de bacalhau ehypophosphitos de cal e soda, é um dosalimentos mais completos para a econo-mia humana.
E, um excitante da nutrição. Se ab$or-ve pela fibra muscular, sendo um granderenovador dos tecidos e dos princípiosalbuminoideos fundamentaes, expulsan-do as toxinas bactérias infecciosas e seusproductos. Purifica totalmente o sangue,e ê por reunir essas propriedades que a
Emulsão de Scottdeve empregar-se sempre na tubercu-lose, a anemia, o rachitismo, o embrande-cimento dos ossos e em geral em todasaquellas enfermidades que necessitamum alimento completo.
Por seu estado gorduroso nutre ospulmões. Por sua assimilação, augmentaos glóbulos do sangue. Pelo phosphoroque contêm, nutre o cérebro.
O Phosphato de cal e de soda nutre osossos e a cal calcina os tttberculos.
Razão porque o ê um alimento com-pleto.
SCOTT * BOWN B, Chimicoe, lfo^a York.A' veste sei Phantatltt • Profwtei.
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MALDIÇÃO DE DEUS
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Aos .eitores do W do *««.le-m estar 1 empados ^^B»Çagosto do corrente a"™ "PR^
„*filho maltratado, da mais horr.p.-sacional sobre o horrível caso de te ura"1 sorí
O filho que esporeou a própria mãei 1 l_ . -] A .Ia itiMm A fã"!rheinndo de noite em casa, um dia destes, amarrou o animal e deitou-se.
_•_-*_ j^:..„«rírt o ir»Ha pnsnnmientaaa I í
A sensato causada por ftíg^J^t^'-'» Jff&CE
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a nào ponpar esforços, para que pudéssemos co uuo
m^ ^ transforma.se em uma yerdade.ra
feraenorme, e a curiosidade que despertou ^"«^Vmos conseguir ou uma oito dias depois cae doente de paralysia, não m<^.P|^obrigou-nos a nío poupar esforços, para que Passem |gè rf ^^ ^ humano lransfol.ma.se em uma
^rdadeira fera.
phofographia de tfto bárbaro homem ou pelo meno l ^ iss0 segu,u * pello áspero cobre-lhe todo o corpo; olhos fundos, «nhas n vi radasnossos reSactores artísticos ver ^°MW|?doVn^sos representantes, e de ^m ^el
10. a^ ngose distingue o que diz, mas solta rugidos como o urso,
até o interior do visiriho Estado do l\io um dos nosso* i ^ rfa ^ asao^ugre, na ^ ^^ dg . ye ^J^SíKl
14 trouxe-nos a reproducçâo IMIdo .nusero «*M?$JÒ crime que praticou, Jgjg1,"^ £or suaLâe. Devora tudo que lhe dâo e bebe c.nco garrafasmais horrorosa fôrma, como vô^^S|°n0t^à do caso relatado pelo Are- *£™í[Xo or &a sèm que sinta o mais leve incommodo! ,
Em seguida publicamos novamente a notuaa üe
reso p ,, i do damos ,amfcem a pequena chou-a'rrtX?°^"^
bfcS»^taMHÍ5 ^aSW«ASa1ÍSíSa Divina innigiu a este desgra-&£% Z^nZ^^^^''^
FranCÍSC° FaSÜndeS' s^sSSBWXSMK da providencia de Deus.homem perverso e assassino.
REVISTA DA SEMANAEdição semanal illustrada do JORNAL DO BRASIL
Anno IV - N. 179
CARTAS DE IITABARÉO .Illüstbb Compadre
Rio, 2a semana de outubro.
T?xtiíaviou-se a carta escripta paraJ-H o numero passado.
Nella te fallava sobre a campanhamais uma vez encetada pela Policiacontra o jogo ; passou a opportuni-dade porque a febre vae cedendo ecreio que dentro em pouco ninguémse lembrará de que houve, ha poucosdias, uma perseguição infrene aos jo-(^adores... para d'aqui a tempos voltar
.a sezão, porque dessa moléstia ri%ótem conta as vezes que a Policia temsido atacada.
Quem me parece nâo querer cederé a peste bubônica; continuam oscasos, os fallecimentos e, seu compa-dre, quem morre... nàopóde reclamar.
Nào me metto a discutir o casoda introducçào e permanência dabicha: nào quero mesmo apurar estascousns: Io porque nàosou scienlista enão quero metter a mão na combueada apuração dessa responsabilidade,para me não cahir por cirna algumpedaço de céo velho de clescòrnpòs-tura como as sabem passar os esme-raldicos doutores—2" porque sustentoo principio básico de toda adiberdade:¦cada macaco no seu galho—3o porqueentendo que quem tem por obrigaçãocuidar de nos preservar de hospedesda natureza da peste, nào deve preci-sar de aguilhão para cumprir osseus deveres.
Você bem diz, seu compadre, quenào ha estrada boa sem um pedaço demáo caminho; diz muito bem porqueao nosso prefeito surgiu agora o mão¦caminha na estrada que vem paími-lhando desde que foi investido dassuas elevadas funeções.
Esse pedaço d:eiJ3èHregulho,estre:pes ou cousa que o valha, tem o pre-
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DOMINGO, 18 DE OUTUBRO Numero : 3oo r6ÍB
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O Rev. Prior do Gòllegio Diocesano deS. José
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feito encontrado no Conselho Muni"cipal, tanto assim que um intendente»penso que companheiro de viagem»talvez com quem elle mais contavapara attingir seu termo, acaba derenunciar, creio que desconfiando deque até abi não encontrasse maisa suavidade do começo da estrada.
Haverá quem ignoie que tudo aoprincipio são flores e que ás vezesdebaixo das mais bellas e odorosasse oceulta a aspide, que envenenará oque se deixar deslumbrar pela suabelleza e perfume?
Mas, meu bom compadre, deixe-mos em paz a rusga municipal.
Fui á Penha. Tomei um íartotede campo, de ar, de luz.
Andava bem precisado disso. En-Iretanto devo dizer te com franquezaque nào gostei da viagem; que bal-burdia, que perigo!
Como devia ser bom, no tempoem que a viagem era feita a pé, acavallo, a carro, ou por mar, em pe-quenas embarcações!
E* bem de ver que por esses meiosmuita gente lá não ia, á falta d'aquillocom que se compram as melanciasisto para dar a cor local); hoje,
porém, com os transportes baratos'é o que se vê: muita parra e poucauva ; isto é, muitos que vão lá parabeber, para fazer desordens"e poucos,nos domingos chamados delfesta,pela fé, pelo principio de Religião.
Estes vão em qualquer dia econs-ta-me que em grande numero, átten-dendo aos muitos milagres da Imma-culàdà Virgem da Penha.
Entretanto, pondo de parte asdiabruras do poro ida li/ra, o incom-modo da viagem, a estada na Penha,á visita ao respectivo santuário,devemconstituir uma obrigação de lodo ohomem de fé e de bom. gosto.
Até...Do teu
Bermiides.
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Alumnos do Collegio Dióer-sano de S. José
792 — N. 179 REVISTA DA SEMANA 18 de Outubro de 1903
!• .' patr/io, embora o fosse da escola an-Um PCdaiUO SeiUinienlal \$n] Considerava á> innovaçòes,
E>o ver o de 18..., o movimento de
• pa-sv-eiròs e o trafego entre SãoI uiz e MíM.iphis era bastante intenso;porém,ii ii tanto que pudesse susten-tar a«> mesmo tempo a companhia de
paquetes de. S. Luiz e o capitão JoioBenton. A companhia de S. Luiz, ly-centeiurnleconstituula com meia duztadè bellos vapores novos, fazendo car-reiras diárias, }.ugmnita\a progn-sMvãmente osseus lucros. 0capil,"O Job,com o s'ui nnie.o vapor, <> Soulhemer,ia inv.iriaveliuente'perdendo dinheiro.
O Soiillierner era um vapor derodas, de tamanho regular e de formaanti(|<o'(ia. Fazia muita água e emregra .-.trazava se de um ou dons diasdegrada viagem.
Mas para o capitão essas cousa*eram indifferentes; para elle o seubarco i ra, por todas us razões, o me-
como ailluminaç lo.elcctriCa ou quaes-quer outras comruodidiiiles, umassimples frioleiras; e detestava cordialnieiitc os eugenlíeii os do governo,com os seus tr.ilrilhosos planos dentteiniar a violência da corrente dorio. Mas elle era t o universalmentepopular, e o seu barco l\o largamenteconhecido, que durante annos prós-perai*a.
Com o advento da nova compa-nula, diminuíram lhe a breve trechoos passageiros e a carga. A principioficai a cn!mo;dcpois, vendo a deserçãoaugmentar de dia para dia, receioudo seu futuro; em breve os rendimen-tos começaram a adelgaçar s<« comoo rio durante a estação estivai. Con-venceu-se afinal, do que precisavafazer alguma cousa para se defendere depressa. Decidiu-se a tentar redu_cç io no teinuó do trajectp, e em con_
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Estado de S. Paulo - Campinas -A chegada de Santos Dumont na estaçãode Campinas
lhor paquete do Mississipi. De queestaleiro viera primitivamente nin-guem sabia; rezava a tradição tersido de Pittsbiirg; Andava, ha tantotempo, na carreira de Memphis quemesmo os mais antigos nào podiamfixar com precisão a <h»ta (Ia >na pn-meira viagem.
O próprio capitão Job tinha jaalguma «ousa de veterano Filho de
pihd,o. desde a mais tenra edade,nprend.-ra todas a^ complicadas obri-
gnçors do ^eu mister. Aos dez annosera ajudante nas casas das machinas,aos .juin/.'timoneiro, aosvinte piloto,e aos trinta patrão .• um e\c« llente
formidade arranjou um novo roteirode viagem, o qual em verdade nãofoi um êxito. As machinas do Souther-ner, acostumadas a longos annos dedeliberado e pacifico trabalho, reeu-saram-se á velocidade da nova car-rèira;—e logo no primeiro dia arre-bentou um lubo da caldeira, que-brou-se um dente da engrenagem edesarranjou se um eylindro da ma-china. Em resumo, o vapor foi obri-
gado a entrar por duas semanas emreparação e, quando voltou, a lutaestava perdida. O luxo e a freqüênciadas embarcações rivaes tinham cha-mado a si definitivamente tanto os
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Estado de S. Paulo-Campinas-Festejos a Santos Dumont - Local daestatua de Carlos Gomes
viaiantes como os carregadores. limpar do pó, pannosl dejnesa paraWmèrner fez ainda algumas viagens se sacudir, e tinha de olhar pelo piano.?nm l. erruiDagem sem trabalho, 0 capitão mirava-o com grande res-ISlrofs cheios de criados e de ca- peito. Era extremamente ignorantefw^vasias- portanto o capitão de musica, mas em todo o caso pare-resolveu suspender as carreiras. cia-lhe necessário experimentar o ms-
Náoera Ddrém, cousa fácil para trumento d'alguma íorma, portantop1 Ia abandonar o theatro da sua pri- todos os dias levantava-lhe a tampa,m diva sloria :-nos seus quarenta e com ambas as mflos tirava es trem.Z"annos só por duasvezes se afãs- tosos e destoados sons do tecladofará (?aSuellaa quinhentas milhas de Era tfio particular na limpeza e nopto^edMestobelecimentos das mar- arranjo da mobília do seu behcheaf na conhecia quasi todos os homens, como a mais cuidadosa dona de casamulheres e crianças. Todavia, pare- com o seu boudoir. Mudava constan-Sn lhe aue nada mais ali havia temente, d'um para ò outro lado osfllr Portanto, n'um dia de outubro tapetes, cs quadros, as cadeiras asdisse'adeus
"os'seus agentes, dirigiu- mesas, porém, nunca sabia dec.dlr
sè naraa sua herdale de Illinois, qual seria o logar mais çonvemen .
1E filhas acima da cidade de Depois d'uma vista d'olhos na des-Alfo™ AU elle íez encalhar o seu pensa e outra na roupana, dava pordilecto vapor,pol-o a secco,especou o de-fronte da suapropriedade, eretirou-se á vi-da pacifica deagricultor.|
Pelo menosera esta a suaintenção quan-do veio paraterra; mas embreve reconhe-ceu que os ha-bitos de tantosannos, passa-dos a bordo,nao podiam serabandonadoscTum momentopara o outro.A administra-çao da sua her-dade entrete-ve-o ao princi-
BT,ntí^m(|o ao seu feitor, a.é terminadas as suas obriga,;,, de cri-
que ao cabo de seis mezes, nem se- ado de bordo. ároberta entrequer n^ella pensava um instante. Em seguida descia ájçoW n*
1 o rapilao Job começou de persu- o mastro e a mesena.* lazias v|^adir se d!-que qualquer dia recupe- nheiro. As ma^. ^^kmrariaoseüíogar no trafego do rio. por espessos pau5^Kg^"uriía^«- • ¦ ¦ mais cedo deveria carinhosamente descobeta
âAASMÊA^AA^AA^.^A:;- A-
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^ySajflflflflflMlSflflflflflflfci aflflflflflflflflflflWflBl¦— ' ík
Estado de S. Paulo- Campinas - Aspecto da sahidada
estação depois da passagem de Santos Dumont
\Iais larde ou mais ceoo ueyena wiiiiiiuDniiKn^ »« , , aüara-iaverumainesperadamudança.N'esta as, PO^á-a^-de^s^mac^^
-
^perançaiulifouinteirodeverseucon- fusava aqui, desmancna\asérvar o Soulhemer sempre prompto afinal cobri-as de novo,, -^
u.
iv«i«do de á Paulo - Campinas-üm picnic dos sócios do Grêmio D. R.Estado de ^. r» ArthJr Azevedo, realizado
em Velhinho, no dia 13 de Setembro de 1903
Mais tarde ouhavernesperançaiuIj;«mi in»" «•«»•"¦—'- ;; , ,« i .w%irilservaf o Soulhemer sempre prompto afinal cobri-as de «ovoa voltar á navegaçAo. f ¦ Depois ^^«^^,1 o ca-
Assim consulerando, impoz se um late, revistava cuidadosanifrude traballn., dividiu o seu dia num vername e o «PPgJgg^. . . na her-curiosa obrigação. Logo depois do Chegava :í »»ora dio |a malmoço corria para a sua embarcaçAo dade. As refeições ^.çapiw ^e começava na faina. Desempenhava pausas alegres ^W servidashotodos os misteres de bordo; mais porque eram ^z^^e^^^duma hora era empregada na escru- estricto systema cie boiuo {
pulosa limpeza do chão, do convés, marinheiro do Wgjw-, Bpntonfios tectos, primeira obrigação que Fmal.sado o Jan^orJa%inocapi-elle aborrecia fazer, ; s que achava voltava ao vapoi, mas agoi a
Atd|necessaria.Emseguid hamainspe- tAo. Se o tempo f »>. n.cçàoe arranjo dos i . -ies e do sentava-se horas seguias, o
salão. O capitão tom; C ;.Jlo maior ves perto do lemeounac a q
interesse, havia ao menos alguma Se estava mau tempo ia I- ^fetavariedade: cadeiras e mesas para se pequeno escriptono e pa&.
j
18 di7 Outubro de 1903 REVISTA DA SEMANA 793 N. 179
.lista do, antigos passageiros, na* i nnoareciam nomes de muitos¦Ifjenii
notáveis, incluindo o dum
PreSlfrn-Íhe docemente gratas estasif,,-les nerto do seu queridom Ssíà ° g^ante Missia-
rí i rmebrando sereno na margem,»a-se na contemplação dos va-
Wm espectaculos que lhe davam' If embarcações do no, umas a lavort maré desusando na corrente, ou-Mí lutnndo fortemente contra ella.Toda a embarcação que passava pro-
inifl desde o mais insignificantebarco de reboque até o mais mages-tWpaquete, comprimentava o Sou-Wmr-comum forte silvo de vapor,lindo o mestre ou piloto gritavamao capita Job, através do espaço,alegres saudações. O capitão naofmha vapor para fazer soprar o apito.1 resposta, pelo que se affligia inti-mamenle, porém, encontrara nagrande sineta de bordo um meio suifi--iente de o substituir. Entretanto, liaJsiornaes, sobretudo os annunciosmarítimos. Voltava para a ceia, depoisno crepúsculo revistava, o velho pa-quete, bastante grande para içar nos«eus canos as lanternas encarnada e
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Estado de Minas Geraes- Minas do Campesti e—Tunnel n.10- Direcção doengenheiro dr. Rayl Vidrich e Fábio de Carvalho
phantasticas aventuras de viagens ehonrava-se abundantemente a garra-feira do capitão Job.
Vindo o ver o, emquanto alou-rava a seara na herdade, emprega-vam se com a ajuda do capitão, du-rante duas semanas, os braços dostrabalhadores disponíveis na renova-çáõ annual do \;ipor. Era limpo ofundo e repintado a primor.
Durante oito annos o capitão Jobvarreu e esfregou, fez obras e con-servòü a sua embarcação. Duranteoito annos acompanhou e estudouattento as notas do rio, nova baliza-gem,formações d'areia e esperou pelasua vez com cega crença. Afinal ellachegou; a companhia de paquetes deS. Luiz falliu ruidosamente.
Leu estas noticias numa segunda,á tarde, e na quarta-feira seguinte, ánoite, o Southemer com equipagemcompleta, em lastro, e uma lancha avapor para descarregar, seguia parao forte de S. Luiz no patinhar seguroe vagaroso das suas rodas volumosas.O capitão Job estava radiante de in-tensa alegria. O seu vapor não erajá a relíquia encalhada na herdadede Benton, um objecto de curió-sidade para os viajantes ; era mais
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fifll B>ívl l^li'/''''' ' i rt '^'f^^y-i ' "''^"i^^fli/'* I ->'s ' "'^^rfPs^^. *'.V' ¦^"-¦'^'^'í-i^pwS
Rio de Janeiro — Rua do Passeio e Largo da Lapa lUo de Janeiro — Porto de desembarque — Antigo cáes Pharoux
verde que a lei marítima determinaradever usar toda a embarcação lluctu-ante, e dormia a bordo. Osinspectoresdeclararam que era ridículo e engana-dor um barco posto a secco, em terra,exhibiraquellessignaes. Mandaram-lheordem de os tirar.
Profundo desgosto para o capitãoJol),nn»s a Associação dos Pilotos nãoachou nenhum inconveniente n'estepequeno capricho do capitão, e foiem si u auxilio. Houve uma discussãolonga, renhiria, na qual se expende-ram. d «mbos os lados numerosasopiniões, graves e substanciosas, mas* ordem fui revogada.
De noite, os vapores apitavam aomfjierner, como de dia, e fosse quenoras da noite, o capitão correspon-Jia
sgmprè; que elle enfiara um arameasineiado Soulherner para o seuamaroie, e nunca o somno era tãopesado, qUe a nâo tocasse quandopassavji alguma embarcação.i>o domingo fazia-se excepçâo a»;.regmíeii. O capitão omittia osdi ridos e as limpezas, e logo deS l)5)ssavao seu antigo cozinheiro
PíflJVHPKJí glp^sb
üisl • youtherner, com completasnaW55es ParaoJantar> que assumia' la .('° reformado marítimo a im-ImU K1 d llm ncoritèciménto. Eracom t* 3° comP,,ido salão do vapor,crv . t0"° o esplendor de roupas,tf s e pratas que a despensa podiaSnllnr -e cra largamente1 partilhadovinho l/J/lhos do capitão. Em regra,'"-liam (n c t • • i °velhos Vi- nz Por series a'?unsElabo<anil^OS' marinheiros também.canii/aVase e discutia-se o menu: otorhc0 e s,nis amigos contavam his-,nverosimeis de embarcações,
fll WAV flflXiflfl Bi AâfmWà^k EflflflflKB Km \ fl Bfl W flffljflflflBflfA
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¦flflflflflflflfll /^àC^^ \ ^fBBBB^âaflflfl'^ ^^-"^^^^^^""">^^**^^fl^^ ^^^1 fl^flflflflfl^^fl fl *4flfl b^^. flflr^^^flflMflflfl flflfli
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Aquella é que é a prima-dona ?Sei lá! Não tenho nada com o parentesco dos outros.
uma vez o paquete semanal de Mem-phis. Deliciava-se em escutar obater da mareia no casco, o cair daágua das rodas nas duas esteiras es-pumósás, o zumbido do vapor fechadoem tensão, o rythmico movimento damachina. Com enthusiasmo de ummestre noviço, corria do convés paraos salões, observando Iodos os movi-mentos da sua embarcação, distri-buindo para uns e para outros innu-meras instrucções e ordens.
A's dez horas o Soulherner pas-sava por baixo da ponte de Eads, eamarrava ao dique de S. Luiz. No cãeso capitão soube pela primeira vezque ia ter um competidor. Alguém dorio Chio tinha feito construir umnovo vapor, o Telegramma, para otrafego de S. Luiz a Memphis. Já lar-gara de Memphis em primeira viagem;porém o capitão estava em muitoboa disposição para se aftligir com ocaso:—para dous havia largo espaço,dizia comsigo próprio.
Na tarde seguinte, á hora habi-tual das cinco, o Soulherner partiupara Memphis com tempo de feição.O capit;5o receiava uni pouco destaprimeira viagem. Pensara nas inespe-radas mudanças dos bancos do rio;temia que os velhos amigos o tivessemesquecido. (Continua).
Um maire achava se na mesaentre dois jovens que delle chasquea-vam. «Reni vejo, senhores, disse-lhes,que queréis zombar de mim e voudar-vos uma idéa justa do meu ca-racter. Nào sou precisamente um tolo,nem absolutamente ura fatuo; souentre dois »
794-N. 179 REVISTA DA SEMANA 18 nE Outubro de 1903
(SB§ TB^PTÇB^
.om La Princesse de Bagdad, ter-'minou segunda-feira a serie de
representações da tournée Jane Hading, no Rio de Janeiro, e com ellatambém terminaram as delicias que aencantadora comediante soube pro-porcionar ao escolhido publico queia aoTheatroLyrico apreciara grandeactriz franceza.
A lacuna deixada no nosso thea-tro pela desappariçào da decantada |actriz é sensível e dolorosa, principal-mente agora que já nos iam os aeos-tumando a tel a eiitre nos. Ha males, ; , .porém, que vem parabém, segundo o |4 ^| /dictado popular, porquanto se per- Pdemos Jane Hading, tryémpS como Icompensação a première da Aula can-tada pela Companhia Lyrica Sansone, |da qual faz parte a não menos celebreartista Hariclée Darclée.' O successo que causou no Rio de 1Janeiro a troupe Jane Hading, foi fo- • |lizmente para o nosso credito, umdVsses factos que se. registram naspaginas douradas da vida de uma ei-dade. Após a irrisória asserçào deum artista que pretendeu aviltar oprocedimento, os usos e os costumesde uma população inteira, atacandoaté a sua educação, nos vem comoprecioso balsamo, uma sua compa-triota iazer esquecer as insolenciasdo primeiro.
O trabalho de Jane Hading na ul-tima peça levada à scena foi verdadei-rammito surprehcndente. O drama davida;; ali estampado com toda a ver-dade, foi interpretado de uma ma-neira dolorosamente real. O thema,porém, da peça e o seu desenlasefinal não nos agradaram.
O theatro moderno está feito epreparado é certo, para as reprodu-cções o mais exactamenteque (or pos
\l" 'Y-5 - '• "af^'• ¦ ; %&*>**¦'1 '-.^, ,.„*',, y' „ -> • ¦> * "*
" .;v',V . .'•' ;W/..":- ¦.'¦':¦¦'•' y- i..', :- ;'• ' '"'¦;¦ '¦'¦¦'.¦•'•¦ ''¦'. ¦"¦"¦ Y'.. ¦>'.. ¦'¦;¦ '¦ '/<•'**-> VYVCi •¦'¦''" •' v" •¦¦''" "" .'¦.¦'' \ -¦..: -¦/. .'"-'¦'. "¦ '." "¦-,.. „« ' ','¦¦ . ,-." ¦"•'-'•. ""¦* '.« ' ,'Y>> H"'" '¦"."¦'¦ •¦• .,•:•<-'. "_SMír..\? "•¦ '. '. jKt]•&',"¦¦ í'¦'.'¦'.;'"-' " ¦''[ : '¦¦'¦ ¦" "; . ¦ '¦•'•/. v;"v ¦*''•¦ \ '^j:-'-.'.'•¦">.'. '¦••: ¦'"• Y- "'•¦'"¦':'.V '¦¦-V : V->•¦¦¦¦. '--'.:. -.''' ..'•¦''" ¦'¦¦',¦'¦>;. •¦"":' :V."- v -n'.v''',;-il-v;^.;. /Y .-,'•; -..'"¦. ¦ '¦ '<¦'¦'.'¦',"'¦''. .,••-> ¦'" '¦'¦ 'Í-YY
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La Châtelaine—Uma scena do lü acto
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nhecidas. Quanto ao trabalho e me- pois quer o autor, qu-r o romance-rito dos demais artisla da Companhia donde eextralnda, possuem no mundo,nos reservamos para a próxima se- inteiro a melhor acceitação.in.ul,( Haverá por acaso quem nao co-1
0 tenor, comtudo, nos agradou nheça pelo menos cie nome os Misera-bastante, e' o seu jogo de scena veis de Victor Hugo ?l)o m.
A associaç io que trabalha actu- prclo. consegue quasi sempre esplen-almenlr no theatro Recreio montou a (.idas casas, sendo que para Palmyrasemana alrazada um bello drama, ori- Bastos e seus companheiros, o su-
perfeitamente ser poupado pelo au-tor. A scena do perdão do marido
síveh daTsce^narda^vTdà^reàí,' mas que se julgava, ultrajado podia peitei-quando estas scenas e principal- lamente ser dispensada e a p. ça ter-mente as suas reproducções chocam o minar quando a lilha intervém íncon-esp. ctador e dão-lhe uma impressão scienleniente, salvando a própria nu.edesagradável, seria melhor nào levai- da de^houra.as ao palco, por isso para a realidade A scena final íatiga o espectadorque faz sofírer nos parece suificiente è sobretudo lal-o rir sarcas ícamenfe,o próprio drama Hiãrió e eterno da porque vè iVaqmllo u.n trabalho porexistência. Quando alguém procura demasia 1 orçado do.autor. Em todo oum meio qualquer para di«írahir-se caso .lane Hading, como dizem osda iucta incessante pela vida, não é a frariCezes, a su se. lirer da/Jaire e dereproducção ^'aquillo que o tortura uma maneira notável,
qiíe póde'encontrar a alegria è, qüan- A platéa applaudiu a em peso e ado ainda por cima de tudo 0 desçn- alegre rapaziada (Ias tradieionaes/or-lace cia peça é desagradavelmeute rimas, deu a nola- impressionante,impressionante o o mais, invero-imil, fazendo lhe uma esplendida ovaçãosae-se do theatro com a mais triste de despedida', que infelizriverite nàoimpressão. E'.;jnstatnf.nte o que acon- teve o brilho comple to por se achar cuja appai;encia tem que sei* dissiuiu-tece na Prínçesse de Bagdad. Jane Hading bastante incommodada lada poripieassinro exige a «mui¦¦• < mymo
0 final do terceiro' acto puderia e fatigada do papel. social, e seineliia.nlé ao palhaço, .queUma cousa,po- y\ cinquantoein lagrimas se Ihea^foga .
rém, é certa: a o coração,-o pr.ót'ogoi»ista'-^lVes.?c//?íi/!opartida de .lane J>*aro, Alle/uia! 'atravessa toda acçAoHading nos caiisou . j.,g;md.oa «xisteneia na mais dolornsa;>rol u nd o piv.ar, das hansiçòes; vive'Justamente' daporque assim não hvpoerisia social, rindo perante apudemos talvez tão mulljdão que o applaude, e Iragica-cedo apreciai- ira- mente chorando perante o rjsraçàobalho scenico t.ào que se lhe mingua á dor. O theràaerfeito e qne' nos energicamente combatido por M;ãrco
*
O theatro Apollp com o Gqlo<
gmal de Marco Praga, traducçào de1_. A. da Silveira, Alleluia!
0 que seja o drama dil o eloquen-temente o nome do autor. Vibrante,elle emociona o auditório, porquetraduz a dor profunda de um curaç •de homem, traspassadò pela mios .u-tensa das dores humanas, aquella
ccessoeos ajaplaúsós sào constanteseininterruptos.
** *
OS. José, com as Agulhas e Alfi-I 1 *
neles e o Homem das Mangas vae o eu-,ciando os seus hâbiíuées que, lieis,nunca abandonaram o alegre theatroportuguez.
* *
é Teremos também no próximo dia21. quarta-feira, o beneficio do lisçá»tio heatro S. Jo é, o s: Ri»Ramos, com a hilariante j>e
.;v"« WEB -¦-...¦ ..... jjb ^^^^^T____/t& -_¦¦.'
, -/;^_Á'_B__T ' .,' ¦' _.._ i« n
perfeitadeixasse tão agr-a- Praga é o adultério. Antigo e estüdavel impics-ào. (.lado já por dilíerentes e-varias ,aees
este liiema escolhido e combatido poMarco Praga tem no seu drama umafeição que dada por elle parece ioda
A eslrèa da nova. Ferreira de Souza, o mo rpr« leCompanhia í-vrica da 'Âltèlaià l fo.velase ainda uma yej.Sansone, da qual o artista intelligente e conser nen-
l..,Ow. nÀà nAnllAPOmni; <» ,';tiid,;I
do Y,d lio-
inem das Mangas: A festa artística desr. Ramos deve ser um dos bens su-ccessos do S. José, nâo soim nle pe oattractivo natural como ainda j«|ásympathia de que goza o beneficiado?que dedica o seu festival ás sociedadesnáuticas e evelistas do Rio de Janeiro.
A Revista da Semana, recebeuamável convite, e lá. estará para aprç-ciar a ovarão que certamente lhelaraoos seus admiradores.
Mareiolus.
fiz parle a conh Cl- que Iodos nós conhecemos e appí.íU• lacantora Hariclée dimos, e sem duvida alguma
^K; Darclée foi < m to-da a linha um grau-de suec* sso. Asnossas leitoras,qne
•alli foram apr< ciart a b' lia vae/ :i tvs~
nler.dicin u'?.¦ I i - t a*i I n usar e c a»m
^iizi Dalti
certeza, quaesquerI* .(•>• < lif»ii:»os deelogias s< hr ?t in-t rpr !ne * dn ti-da. Ouep «ipera,cjner cantorr; sãoDOf ?M»S ' "í'o* SU!
injustiça clamorosa a da nossaque não correu pressurosaIrabaiho dos laboriosos ariicomparem artualmenle o •lheatro Recreio Dramático, li.apeça de Marco Praga.
[)«¦ modo algum se p<> =dõ valor de uma obra deshapreciai a (le oisu. 0 pouco >ir»'ri '-ssa1 qne o piibl.il <•Mleluia, vem sónnud* í«; !
(pmnto vaedecnhind.o iigt*i»'He lilterario entre m^s .OxaI roxima peça que a?s!á.nSqnellf* th«*atro lenhacr ^sS'>. Renom«'para i<" n
unaléar o
do-de
loS
Oüem nào teve ainda a borbaUjar
nos olhos essa gota num wjna.e dolorosa, que vae pouco a pa>uwjdescendo a1 deixando na iac*que martyrisa? .'ja
Desde a criancinha que n- o d\*ú grau sentimental—o valor s ]1 \de uma lagrima, até o ancião cu\\ao peso de longos invernos,e «f"' l
sabe quanto .6 triste senür o biowdessa gota—ninguém, sob v™d .um piota-sto ruidoso da consutu »
será capaz de afíirmar qne eni inn
meras vezes, a humidade.de una ^grima não tenha perpassado nos orunâo tenha empanado a vista,mm
is de ouxü^ò; ..... ,i»i« REVISTA DA SEMANA795 — N. 179
.. nmas sobre outras em occa-c?>4ddoSuçOs d-;alma,em desabafo
t^^maéopreliidio do prantoA
mceiosí
i m. nnbatecè insensível--re-^"Êculma, tr«ze...l.. eomsigo Um
de dor, umaK pSsído* a recordação de u
saudade arran-rriae
Í^H-milo em nosso espirito;.1 »' â se (lesÜia de coração o
Jffi elevanrfô aos poucos, mais -V- a, mais - até chegar de onde tem
$ I ''.Ha
lace .lo^ielVhz•-,„.„.SgTella faz *# í> cerobro ma,sÍhívo o peito mais enérgico, a con-
C0(,Mii.!'M.c..ni(.ro soecorrese doÉâbafo da^:ò:yv^.f i de reconheci-ífenlo por ler nesse momento, encon-|!do quem o comprobendesse, quemlhe trouxrsse o conlort.o para alhviorlR aéraràs'.! ,
Vl-vrimaé uma relíquia doadaripío Senhor Deu- Omnipoteiile quefim mostrou á-humanidade que em^.p.Mnicninaííolad-aii-ua fdle soubefirmar o'signo mais puro e generoso,)ara contrabalançar os gemidos daalma quando soífVe em silencio.
\o vermos uma lagrima nos olhosdo arrependido liquemos certos, aDivindade pu£?na nesse instante peloperdão que deve ser cedido ao cul-pado. ¦ (l... .
Sobre a face de uma mae alluctaoapparcnumnto dessa gota celeste,pode-se com segurança ailirmar, en-cerra um ror de^supplicas, mostra aexpansão mais acrysolada do marty-rio que llev pesa n'alma
«St' íf^í':^<#M...
Grupo de cantores do Collegio Diocesano de S. José.
Misturao o sorriso com uma la- caminho do Tribunal *vino, deve-se
.HníâfSeco^oe.ueUes^e^ ^ ^AA^JA^Al^Z«rima—a ultima lagrima do seu co-ração extincio! !
Jnlio Peixoto.
GlíEMIO DAS OPALINASNa escala dos adjectivos teríamos
V ,1 (b-slisar Mi lace setinosa fraco, pusillan.me, s« m animaçãorh mocoim em Pena primavera da deante da sua inimiga que forçada% í. r n
'. ?ei.lãa, uma la- pela sua funcçào, nào, admittc o suave
IÉa é desce Mgaro|ã até se abri- desabroíhar de dous l|,bK»s.£ em seus lábios puros e innocentes. A lagrima e o r< nuinse do co
IIIIÜÉI? ilíTnaí aquecida em ,-açr.o. Ella se apresenta em. nqssosSSw o hok- amortecidos é o indicio olhos como ligeiro preíac.o da laiga
% qlfllefh Sieèü; ó cpraçSe Histoeia que se ^^^irl^lf| xaes„ala WMUJ_,V - . . , ,
amoroso. i'1'»».," P^^^^^ShM* de procurar com cuidado tudo quanto dasOpahnas!Nas íjffrifi doaiu-ifo já afeito ás humidade de um so\K<) d(s^ en üo oc primoroso e o affavel,
Èontrarièdfides da vida.-já resignado do accümulo de martynos que inces traauz.^ ^j
.^ ^ ^^.^^ noHeaos innumoros tropeços que o destino santes ^sierem 1o sabbado ultimo nesta cAic aggre-lhe reservou- :> lagrima eqüivaleu Dou^b o h.<nho . ndo so n , miaçfi0i ou;as boras.se passaram.comcerteza da maior dòr que até então suppl.ca.h e^
^ ^^ ^^ I;rima n rapidez das roseas illusões de umaelloleniexp.-r.menlado. Parece que testar qunnto o v. f^a^ mocidade desfeita,lagrima, nesâe momento, representa e sagrado e p oi dam "^
^d «": Como
o tempo corre! Como saoeiunhóVqueassignnta o punbado.de »f f .f^^Sante ^L aUÚfflia o 1'ugiüvos os 'momentos em que nosagruras amontadas em seu cérebro! do a luz Diuxuucio
deixamos enlevar nas doçuras dafantasia !
Q Grêmio das Opalinas tem o es-pecial conda o de nos transportar aregic3es ignotas de um idealismo dou-rado, quando lhe sentimos a vida in-tensa nas vagas de harmonias' espa-lhadas pela vastidão das salas, emque redomoinham gentis mocinhas,ao rythmo suave das valsas.
Como sào agradáveis as festas
MUSICOTHERAPÍAi=J therapeuticJ -^transformar-
Wk '
\ '"¦¦¦""¦¦'.'"'
^Él- ' '-"•''," "' - ,•• , \
ímm-,'-: :¦¦ |\|1:' PP ,/J |p-' --f' *¦ . ...
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ca moderna parecer-se em muitas èspe-
cies de theorias novas.Assim que alguém descobre uma
nova acção physicá, pretende servir-sede novo agente para buscai- um novomethódo especial detherapeutica. Evi-dentemeote ha exageros.
Temos a pholothorapia ou meiode v[\n\v nela luz e pelas cores, quedeu bons resultados na luta contra atubeie.üluso. Acontecerá o mesmo na-luralinente com a musicotherapia,quee|,|;á ainda rio estado hypothetico.¦Aituia íilo entrou no domihió da me-dicihá. :Çk>nserva-se
por ora nas re-vistas. :
A tíieUfia fundamental <áü musi-colherapia- está conhecida de ha muito : é a suggestão musical. A sugges-tíio musicãt nao se pôde negar; hamuitos exemplos, provas históricas:desde Qrphep que deliciava os ani-mães com os seus cantos até o tam-borsito d*Arcole que arrastava umexercito inteiro, e mais recentementea princeza de Chimay sotírendo oascendente do violinista Higo. E' umefleilo nervoso das vibrações audi-livas. A suggestão musical foi analysa-da; lia duas espécies : tonai e rythmi-ca. A suggestào tonai que pode sermetódica ou harmônica, opera indi-vidua«mente-~dirige-se ao sentimento;a suggestào rythmiea actua sobre asmultidões e provoca o movimento.Sao effeitos da sciencia musical e nãoda arte,
Vülisando estas suggestões, pen-médicos constituir um novoir
tllí f
i.i..
Alumnos do CoUegio Diocesano: <je S. José
i to de íh»>rapeutica. Alguns jul-ler affirmar que obterá o uraí*xito na cura da nevrosthenia
n rada.Em pouco tempo os nossos me-
«is receitar-nos-ao. uma hora dem;o ha fúnebre de Chopín, todas asmanhãs \ ra afastar as ideas tristes.
L lodo o caso é um medicamen-I :Ví:*i t- »pl
796 - N. 179 REVISTA DA SEMANA 18 de Outubro de 1903
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Estado de Santa Catliariiia—Arredores da cidade deTubarão «Morrinhos» — Logar
do nascimento da heroina Annita Garibaldi
Modas da Itevista — Toltetle de passeio^
VICTIMA DO REQUINTE
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- - Ora viva-se com tal gente ! Mal puz o chapéo da modaacharam-me com cara de balão !
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&í C^4^'w| •-4^nr!!K*t7-,^ü^iè^' 1'^''':V'«ÍR« i****A '- /~"""*f &*Jè£i*5 'I j^ |f
Estado de Santa Catharina — Arredores da cidade deTubarão — Ponte da
Passagem, D. de Ferro D. Thereza Christina
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18 DEi Outubro de 1V103 REVISTA DA SEMANA797 __ N. 179
um encadeamen-to perfeito, per-leito e clarissi-mo.
Em primeirologar encarei asalternativas daminha sorte edisse commigo: o
nhava-me intei-ramente, ouvin-do uma musicaesplendida.
Cada vezmais vume cer-cado d'um ma-gnifi-co Céo azulde nuvens côr
* Píuilo-lnterior da Estação da Luz da Estrada deFerro Ingleza
rochedo, contra <3e rosa e roxas,qual vou ser lan- Fluctuava n estacado, deve, evi- atmosphera ide-cientemente, ter ai, docemente euma parede es- sem dores, o^-íarpada, porque servando, com-occulta aos meus tudo, que me-olhos o solo. approximava de
questão é saber um campo ciese ainda haverá neve.neveembaixo.Se Observaçõeshouver, ainda me objectivas, pen-posso salvar. Do samentos, sen-contrario é sações subjecti-
'•<?«¦• * ir ' V 'fl flflW flf bB MBflpBBfl J^^^^"^B*BBBBfllBl
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professor de geologia Heim, de- Zurich, a propósito de quedas de
srandes alturas, faz curiosissimas re-Jèlaçoes. Elle próprio deu uma eran-de nuéda nas montanhas. Estudou oassumpto e reuniu documentos elu-C1
Vendo escorregado á borda dumprecipício, desceu vertiginosamenteao longo d'uma parede abrupta, foiimpellido contra um rochedo, e, de-dois de vinte metros de queda livre noespaço! cahiu sobre uma saliência darocha, saliência que estava almofa-dada degelo. ,.
Assim que começou a queda, dizHeim,comprehendi que ia ser atiradocontra o rochedo e esperei o choque.Ensangüentei os dedos cnspando-ossobre a rocha, mas nào senti dôr ai-guma. Ouvi muito claramente o ruídoda minha cabeça e das minhas costasbatendo contra os ângulos do roene-do, assim como o ruido surdo domeu contacto final com o gelo.
Só horas depois é que senti dores
Estado de SantaCatlunina-Grupo do Plwto-Club deTubarão
no irasqumno aetner acenou, 4^ ™""'_" llpla.tenho na algibeira e deito algumas nea e pa™'em ^ ^gotas na língua. Não Piamos a SMM^g^o corpo no montão deBengala que me pode ser muito utiL do ch0^uea^0numa coTsa negr* passarPensei também em tirar a luneta com *ff{^f^u* olhos, e, como tinhamedo de que se quebrasse e os vidros diante dos meus oi o , ,
iwto em resoltado.ilc- «da é m Z^SV^tS^ S^g:lllOrte agradável tenho na aleibeira, e deito algumas nea e Planem Só perdi os sentidos quando bati vio-
lentamente no solo coberto de neve.Nào sentia os ferimentos de que omeu corpo estava cheio. Nào posso
flflBBBSBl^ • BBBflBBBBfl
aflBflW bBB^bJÉbÍ bF^ H
KWSʦ
o v*BBKilfiflu¦j ^bWbIbwMbbbbbbbbbbbb^^^
Estado do Bio-umapdasobpellas vivendas da cidade de Estado do Bio-Petropolis-Chegada do trem áestação
,Se^^m0Poteaoeta4hd°urrantPeTs n^eTJix^Uor das mâo, «Nâ;>fm nada nâ^fo. nada.» .^
gi rSâo «A queda, diz elle, apezar de ser
britar lhes com para trai, nâo 'foi
acompanhada d essa
fodfa forçai sensação angustiosa que se expen-
<NSo mim menta algumas vezes ao sonhar queWl.foi nada se cae. Parecia que me transportava,¦ flm dè os tranl pairando agradavelmente, para ba.xoalimaeobiidu V,,o^tv aiA ft rim a consciencn
AMOR MATERNO
r^^^^ BífY^B IflT * ' Ti
*1 Bm^BM BBT^^^^^^^^^^K^iflfl^^^^^^^lC
B^^' )3B B» ¦ "?^ Bnil b^W >^*_f_f_f_f_f_f_f_f_f_f/ ,./ §¦4KS bBB BBT ' »^ ' jB» -BBlB] BYT • BHmam mr ¦ >/'¦ . - M~M\ m Jt/' BflSsfll BVrfl bT • ^àjbB^bbI bj * flI9bbb1 HflBBBBr^ ^Tâflfll bb^ doía*. . Bfll B5bh1 ' mmmwÜflifll ¦¦riflul bTJ _jílr' ¦¦ 1C>Vf flfli flflJr*^ ' -¦ hbT -bVK^H bhT b%k ' ^bbF flfli Bfl)flrr'' • ' *bY fllfllOBBBBBBBBBBBB]™.- ¦ ¦ VI BF^ ;>v>^BiBBBÍB 1^.- áli Lis» MA"ai flWÉMkJ ébBIb»V: MWM mWk W^Mm\ mW^-ímWÊ m¦¦ím mTmm: ''¦'"• fll HfliLlflB ¦^S fl ,;A1 RB 1
sflflflflT; --^flBflEW >-^ í53 Kít^vím^B I^iBBBBl ¦•' .fBBBL^vM^^kKBaBB^^TBBBBBBBBBBBB?.*¦ |_/'B B^iiiBfl fci^SlÍjB ^mfl K^^S P"'.- «¦ I'1 FflH iümli Bv?'^ál r 'BJ ¦i-ifl H -fl iyCf BT»t"A~*!^BJ BwlliUlfBl
¦t «-bbbbbIb^^K^R?^^V<^^^a^MfB¥B,ÍB¥B¥B¥B¥BTB¥B¥B¥Bt'BI^TBT,T**? ¦V^Jp".BWflMCÍ3lBB'CTt. V»! J *•'<?-'%B¦fll Bfl MmSf*MtFJHummmmm*- <iBBBBBBBflflBym mm WÊ***- aH Batesrr ¦iàiTàHB,i,"jfcBy^- -^c ¦-«ai amáfl iM^^-rgl BfB>M<Kr»*fJ <fc«)^v«.' • :.iC?!Bl
IM I^KflÉa^ffBBmr^l II If 1 iB ^1fflB ^B* BflB PJBffSf/xv. ^ ^Bfl B| «k íí"; ¦ ¦B -BB PB Bm^'": II
llBaliB? * a^HWTB»ww^BBVj>»s. > h flB^BfBBl IIBjIBjBjBíUU^EM^^bb-^vd n BBnRIi ¦* flfli .^^^L^^^fll ^^-BEB^bBBH^BBBbB
quillisarE pensei
também que nãopoderia, em ca-so algum, dar
e conservei até o fim a consciênciados meus actos.
Encarei sem magua nem ancie-
Uma extremosa mãi, tendo vistomorrer seu hino único, entregava-seás mais cruéis e pungentes dores elamentações. Um ministroda religião,que lhe assistia, procurava consolal-a.—Lembrai-vos, lhe disse elle, do casode Abrahào, que tendo-lhe Deus orde-nado que enterrasse com sua própria
Encarei sem magua nem ancie- "^"^""^1 n^coracàode seu filho,
dade a minha situação e o futuro, .da m.io o oanbal no^d sem mur.
minha família, que estava garantido elle_ obedeôeujes g^a
da para cincodias depois.
Vi depoiscomo num thea-tro longínquo,desenrolar-setoda a minhaexistência emnumerosos qua-dros. Vi- me re-presentando opapel principal.
Tudo estavailluminado comuma luz celesti-ai, e era bello,sem angustiasnem desgostos.Mesmo a recor-daçAo d'aconte-cimentos tristesnâo evocava ma-guas. A próprialueta tornara-seamor. Pensa-mentos belloseelevados domi-navam, ligando
as imagens íso-i;™ pnviado ao Jornal do Brasil laaas e um so-
A imprensa-Original photographico enviaao au divino feapela Artistica Fundição de S. Paulo
minha família, que estava garamiao ^ucra71^rmeu Sadre, exclamou amsm wwm wmm mámkmm¦ _ _« n\nnr\ ceDivei.Ho nnra Cinco -,T^.
Deus nunca teria ordenado seme-
Não ha a talta d'ar que se snppõe. lhante sacriticio a uma mãi.
BBdBbI aflflflfl bC<'^H Bfl^Bfl^BflflflflTí ¦
NFlrflBF^I Ifl ra li^^mm- -JÊ immm m\ » *> • W^T» '•~r_B^. -^HwB flflfl flflflr Aw% '^P^r*»fr ^«YbBbbbVXi •" J^. tm~ ^Bi rBiF' 1
Çp* _iC'lV.£ '\.** '^flflv-V jGC-mL' et--; BjÂBB ¦¦ ¦¦ flfli BflBflV Wa <MmY-\ • *-^. Bflk-2
W¦'¦"¦''¦ ¦ ÂÊ- íê :- • bbbMÍ ¦'"' "^-fài -I 1 vf , . m . ¦-¦'¦ -A.C '¦
XÂ W¦jb»'. •: '^?y . iB -«fl b ^BT-yy-B B
¦ í*íT«^"- aflTfl aBaafll P^B-BPYYÍ--:/ :•.-'- - ¦¦-¦ -F ^\Mmí\\^^BmmW W*$%¦':"¦ ^ ¦¦¦'MMmL -^-^^-BBBBflV VY^^BW-bBIB
H ' .-Í..Y'* "*^4rflfl flflr^^TrBBBBBBBBBBBBBBiw.» - ^
rnncerto na residência do sr. marechal Mallet por oceasiáo do anniversario doConcerto na reBluc,coronel Souza Aguiarj a 24 de setembro
798 - N. 179 REVISTA DA SEMANA 18 de Outubro de 1904
RECREAÇÕES»
As decifrações dos problemas donosso numero passado são as seguin-tes:
Da charada mephistophelica Pa-tola; do logogripho por lettras, Aluo-rada; e da charada antiga Toda.|f Bohemio, Zélia, Nane, Arari, Noe-mia B., Sylvia, Conradinho, Alme-rinda, Nhasinha, Aracy e ErasmoTiciano solveram todos os três pro-blemas.
Para hoje apresentamos:LOGOGRIPHO POR LETTRAS (Tupy)
Choraste? amargo pranto—7, 1, 2,3,2Banhou te a face, senhora?—3, 8, 4. 9Na vida nào acha encantoA tu'alma alegre outr'ora.Trahiste a fé jurada—7, 3, 5, 6, 7, 9.Em busca de novo amor,—7, 9, 4, 7E'justo que angustiadaVivas hoje, linda ííor.
PROBLEMA N. 274-A. Abela (Madrid)Pretas (5)
lígP1 w^
V,S,s.:'ÁBif
***Wt
IImm Mê
mVmi
W)r/Wé vMê>
wWnw-
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\ BiIBrancas (8) mate em 2 lances
'"* ¦ "•* ¦:*\ -? ' ' ' V ¦:•¦•¦'• * -"."
í;.'í £¦¦ "f.ír*
iHf
*^«» »'(kw'. {i fl &„*/_¦$,M^.....V*_i<
Tòumi? CIhI» do itio — Brasil 11 e Espoleta vencedores do pareô Godofredo Mattos
CHARADA MEPHISTOPHELICA (DodÔ)
3—0 tecido cobre a bica do navio
LOGOGRIPHO POR LETTRAS) {BobciMO
Em mares de harmonia,Um bergatim ligeiro,De vela solta ao vento,—9, 3, 2, 2, 7Impávido corria,Emquantoque, fagueiro,Voava o canto, lento,IKesfave, em symphonia.—6,10, 5,9,4.No espaço reboava,fim tom sereno, grave,0 threno da ave pura,—10, 5, 10 canto que soltava,.Essa formosa ave,Era o da amargura.
CORRESPONDÊNCIA
Bohemio e Francisco Telles.—Re-cebemos. A reli invertes «Júnior.
PROBLEMA^N. 275 - D.&Galceran(Madrid)
• .Pretas (3)
-\*i____E_í
vMÂ
üV29WÍmm
ésWm.WâWâ
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Wmm.'
','úam.'/fYWmmT
*mmamm-.
T^**\ Wfflw\
EpK<
^3*11 .
Sr. Augusto de Faria, mortoem Paris por oceasião da ex-plosão do automóvel em qu<-viajava a família Lengruber, daqual era secretario particular.
Brancas (6) mate em 3 lances
SOLUÇÕES
prorlema n. 27Q4-(Laws)
ljjTp R (Inicial) 5 variantes.problema n. 271— (Kohtz e Ktj-
ckelkow).
l T 5 T R, R 5JD; 2 C 5 C, etc. ,
Resolvidos pelos srs: Alipio Cas-cão, Theo, F. Reis, Silvano, JúlioBarreiros, Gil de Souza, Octavio Ceva,Alipio de Oliveira, Salvio, Caissano,Dr. W. Hentz, Jofemo, Muzio e V. N.Ns. 268 e 269 (anteriores) F. Reis.
Torneio de partidasEstá terminado o torneio de xá-
drez do Club dos Diários, faltandoapenas a realização do uma partidaentre os srs.Quayle e Allen,cujo resul-lado não alterará a ordem de collo-cação final que é a seguinte:'
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Touring Club do Rio—Grupo da directoria
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Dr. H. Costa Io prêmio 19 pontosDr. Th: Torres.. 2o » 17Dr: W. Hentz..... 16 1/2Aug. Silva 14 1/2Dr. C. Vianna 13O. B. Júnior 13H. Bastos 12B. Allen 10R. S. Quayle 7Dr. G.PhiladelphodeLima. 5 1/2 »Dr. Ed. Titode Sá 2 1/2 »Dr. G. Cunha 1 »
Dando o' resultado acima, estasecção saúda aos vencedores dessagrande prova, salientando a perspi-cacia, segurança è correeção com queos mesmos conduziram as suas par-tidas.
Como já temos referido, o dr.Henrique Costa apresentou-se emcondições para a luta, desenvolvendoem todo o curso do" torneio, jugomuito seguro, tendo revelado em va-rias partidas, excepcional firmeza doanalyse, valendo-lhe isto o primeirologar que obteve merecidamente.
Com egual-brilhantismo alcançou
o segundo prêmio o dr. TheophiloTorres, que com justiça repeliremos,manteve a posição com rara habili-dade, tendo adoptado desde o inicioaté o fim do torneio jogo forte, e cor-recto, offerecendo ao mesmo tempogrande resistência aos seus adversa-rios.
Heibas.
A Monarchiu valente orgam depropaganda, que Sc publica em S.Paulo. H Gazela de Uberaba • A Folhade Caçapava ; O Itisonho : Brasil Ar-lislico e um delicado convite do Gre-mio das O patinas.
O Rio Nú, impresso a cores, eui-dadosamenle elaborado, com tino es-pi rito de texto o chislosas gravuras.Rc,fere-sc gentilmente ao nossosupplemento dedicaTto á .lanellading.
E' um numero digno de ser vistoè apreciado.
Agradecemos.
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A* Paulo — Fundição artística-—Baixo relevo offerecido por aquella casaSantos Dumont por oceasião da sua estadia n'aqnella_cidade
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