revista eletrônica writter

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n t e r v e n ç ã a b n a ED#01 R$ a sua atenção Eletronic Magazine

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Nosso objetivo é comunicar os leitores sobre a importância da intervenção urbana através do design gráfico. Nosso conceito é a liberdade de expressão, por isso e outros fatores éticos, a revista é diagramada em pós-moderno, justamente para "quebrar" o sistema, apresentar o novo. Esperamos ter um bom resultado com este projeto e que as pessoas visualizem nosso trabalho, nossa pesquisa.

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Page 1: Revista Eletrônica Writter

ntervençã ab na

ED#01R$ a sua atenção

Eletronic Magazine

Page 2: Revista Eletrônica Writter

designer//eduardo murbach cônsoli

fotografia//robert oliveira

videomaker//caio amaralilustrador//joão paulo marçal panssonato

MARIO

Revista Eletrônica Writter12 pág. // ED#01R$: A sua atenção

jornalista técnico//itamar cardin

010203040506070809101112

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Expediente / SumárioGírias IntervencionistasAlemão, ‘‘O cara’’Alemão, ‘‘O cara’’Grafite VS Pichação com Anderson AlemãoGrafite VS Pichação com Anderson AlemãoRecreio Urbano com Thiago GonçalvesMestre Mu e o grafite há10 anos atrásO professor e Interventor Lucas FunariO professor e interventor Lucas FunariPor quê essa revista é assim?Finalização

Arte da Capa

Ilustraçãodo gratiteiroe artistaplástico,AndersonAlemão.

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Expediente / SumárioGírias IntervencionistasAlemão, ‘‘O cara’’Alemão, ‘‘O cara’’Grafite VS Pichação com Anderson AlemãoGrafite VS Pichação com Anderson AlemãoRecreio Urbano com Thiago GonçalvesMestre Mu e o grafite há10 anos atrásO professor e Interventor Lucas FunariO professor e interventor Lucas FunariPor quê essa revista é assim?Finalização

Page 3: Revista Eletrônica Writter

WRITTERGrafiteiro, praticante da arte do graffit, escritor urbano.

ALL CITYÉ considerado aquele que escreve por toda cidade, ou pelo país . Pode se referir a um writerindividualmente ou uma crew. Além de escrever por tudo, tem que fazer todo o tipo de escrita (piece,bomb, tag) e em todo tipo de local (muro, trens, etc).

TOYWriter inexperiente ou que copia os graffits dos outros.Uma definiçao antiga de "TOYS" e "trouble on yoursystem", ou seja, roubam seu esquema.

TAGGERQue não é Writer, quem nunca fez um piece... só fazem assinaturas.Pixadores também são chamados de"SCRIBBLERS".

FRESHRepresentante da new school, NEW SCHOOLER.

OLD SCHOOLO início, os precursores do graffit,quem inventou os estilos clássicosde graffitar.

BURNRefere-se ao bom piece ou estilo original.

in te r ve ncio n

is t a s

antes de tudo que tal ficar por dentrodo mundo do grafite?! Confira algumasgírias utilizadas pelos interventores!

3D-STYLETridimencional de letras bem complexo de ser feito.

Criado por Phase 2, e atualmente é usado perfeitamente

por Daim, Loomit, Joker, entre outros.

entre muitas outras...ovocabulário dos interventores é

extenso, cada edição, a ‘‘writter’’estará publicando cada vez maispalavras para você acompanhar

e ficar por dentro do grafite.

BITEAquele que copia o desenho ou até mesmo

o estilo dos outros writers.

TAG RETO

Chamada também de pixação.

Tipo de assinatura, criada em São Paulo

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Page 4: Revista Eletrônica Writter

ALEMA

A historia do artista plásticode Assis que foi reconhecidolá fora atraves da sua arte!

COMO tudocomeçou...

Artista plástico, Professor e grafiteiroArtista plástico, Professor e grafiteiroArtista plástico, Professor e grafiteiro

Formado na área de artes pelas Faculdades Integradas de Ourinhos, Como artista tem

aplicado muitos Workshop de arte urbana em faculdades e instituições.

Bom, eu comecei a grafitar já quando criança, e na verdade eu fazia,não sei se era grafite, mas eu rabiscava carteira, alguma coisa na escola com

canetão , só que na verdade, fazia aquilo sem saber que era grafite.Lembro que meu início na intervenção urbana foi quando soltei uma bomba

na escola, porque, na verdade eu sempre gostei de provocar, de fazer umacoisa diferente, então fiz essa bomba na escola e pra não ser expulso, o diretor

comprou as tintas e me ofereceu um espaço, um muro da escola para queeu estivesse fazendo as minhas artes. Então foi aí que comecei a fazer

a minha primeira expressão no grafite.

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Page 5: Revista Eletrônica Writter

As intervenções que faço hoje em dia, são em placas de trânsito, não muda aquele conceito que a placatem de normalidade, todos os lugares que você vai, a placa é igual, você vê sempre a mesma coisaaqueles homenzinhos de preto atravessando a rua, o homem grande e um pequeno, então eu voue coloco roupa, cabelo, com violão na mão e isso no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), é crime,mais será que é crime deixar como está, para sempre, ou tentar mudar, modificar,

dar sentido a coisa! Intervenção é incomodar, na verdade as pessoas estão acostumadas a não olhar, não querer enxergar

aquilo que não é normal, se você for no Iraque, em lugares que ainda existem guerras, isso se tornaum cotidiano para eles, mas se você colorir todos aqueles lugares, colorir os canhões de guerra,colocar uma musica clássica de fundo, talvez, isso seria totalmente diferente, até mesmo ofensivono caso. Então eu acho que a intervenção é isso, é fazer as pessoas se conscientizarem que não

pode ser normal, tem que ser diferente, que o mundo não pode ser do jeito que está hoje, atribuídoem regras e leis, logicamente que precisamos de leis para nossa segurança, entre outras, mas será

que todas as leis são realmente válidas? Será que o filho do Eike Batista tem a mesma visão de lei,que a nossa? Um cara alcoolizado que atropela alguém e mata esta pessoa, pela lei, o correto era que

retirassem a sua habilitação, mas dependendo da situação, daqui a alguns dias o cara já está trafegando novamente.

Nesta primeira edição da Revista Writter:Grafites e ilustrações de Anderson Alemão

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Page 6: Revista Eletrônica Writter

DIFE

RENÇ

AS E

TÉC

NICA

S

PICHACAO

‘‘A pichação e o grafite são irmãos, hoje em dia ografite tomou uma proporção muito grande porconta das galerias’’. E é sobre isso que AndersonAlemão nos explica agora, na entrevista concedidapor ele, na casa do mesmo, em Assis/SP - 14/08/12

A pichação sempre vai continuar, raramente você verá este estiloem uma galeria, mas o que move a pichação é a expressão,com isso, ela é valida, como protesto, e também como ibope,se vocês forem a São Paulo virão que a cidade é destruída pelapichação. conheço vários pichadores e se você conversar, argumentar com eles, do ‘‘por quê?’’ eles fazem isso, você terá umaresposta do tipo “Ahhh, pichamos porque a gente quer ibope,ter ibope é mostrar que a gente tá aqui, ainda mais pra política“legalizada” que acontece nesse País”. Então eles acham que pela“indignação” deles, nós também temos que pagar, mesmo não estando errados. há um jeito de se expressar e com um visualmais agradável, que é o grafite e isso eles não entendem.

O grafite ele começa que vivendo essa linguagem marginal, que é ada pichação, porque raramente as pessoas que fazem o grafite, têm

que saber mexer com o spray. Por exemplo, a pessoa sabemanusear o spray, então suponhamos que ela já pichou

alguma vez, vemos isso em eventos que se tem o grafite, na verdadevocê vai lá e faz um grafite, faz um desenho legal, e em seguida, faz

uma teg (assinatura no meio dos interventores) com uma escritaenorme, se não tivesse o grafite, seria pichação, então querendo

ou não, eles andam juntos. Eu acho que pra mim é a mesma coisa, nãotem diferença nenhuma.

Subindo em prédios , formando uma gangue urbana.Pela expressão, da galera de rua, que anda de skate,

que participa dos eventos, que está sempre junto,conectado ao movimento urbano e assim

sendo, deixa sua marca, pois o skate, assim comoo grafite, andam juntos em minha opinião, todos nósnascemos pichadores, se você deixar uma latinha de

spray em algum lugar com tinta e alguma criançapassar ali, vai pensar “Vou escrever meu nome”.

Então eu vejo isso em qualquer classe social umavez , fiz uma intervenção com vários gizes de lousa

na berada de uma calçada e escrevi assim:“Escreva seu nome”, e então quando fui ver

o resultado final havia mais de 30 assinaturasdiferentes. Isso vem dês da época das cavernas,

antes da escrita, existia apenas isso, então as vezesas pessoas falam “Ahhh mais isso é coisa de marginal”

não é coisa de marginal, não tem questão deser marginal, tudo é relativo em questão a

pichação e a expressão.

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Page 7: Revista Eletrônica Writter

Se você for nos bairros burgueses, você verá seguranças, aquelas casas altas cheio de grades, tampadas, tudo bonitinho, a vidadeles é aquilo, mas e do lado de fora? O lado de fora permite outra realidade, afinal, todo mundo tem acesso a rua. Então essa é a questão, a elite não aceita isso, porque, eles vivem a realidade diferente da galera que ta na rua, eu mesmotenho sofrido isso na minha cidade, porque a partir do momento em que as pessoas começaram a observar meu trabalho,comentaram, fofocaram sobre ele, meus grafites começaram a se apagar e já faz 12 a 13 anos que faço grafite.Outra situação constrangedora é que em menos de 04 (quatro) meses apagaram mais de 15 grafites meus, e isso foi obratotalmente da política, coisa que está nos mandando e encomodando. Por que não apagaram antes? Porque começarama apagar em época eleitoral? Não sei acho que tem coisa ai!

O grafite, com essa lei do meio ambiente que tem agora, você precisa solicitar permissão legal, uma autorização.Tendo autorização, não e crime. Se estiver fazendo grafite sem autorização, posso ir preso, por conta disso tenho 05 (cinco)

boletins de ocorrência, mas agora, se eu for com uma máquina e destruir um patrimônio, seja ele público ou não,vão falar que não estou autorizado? Agora a galera vê você com um spray, já fala “Ó, ta pichando” eu acho que

ai está o preconceito.

O Brasil hoje, por conta do mundo, está mais focado em economia, sendo queo país não tinha essa tradição, não valoriza a cultura, os artistas daqui.

Aconteceu que, na verdade, os artistas começaram a fazer sucesso lá fora paraque pudessem trabalhar em suas áreas, e então a galera de fora começou a

fazer os seus trabalhos daqui, e levar pra lá, com isso, veio a valorização dotrabalhador. Eu mesmo vendi bastante tela na Itália, Europa, Milão, Barcelona,

Japão, minha tela já tenho em mais de 16 países. Então as pessoas começam afalar “Oh! nossa você tem trabalho na Europa”, pra mim é a mesma coisa, na

Europa ou aqui, eu acho que o trabalho é o mesmo, não muda nada, e sim navalorização, meu trabalho continua o mesmo, não vai mudar, é 100% brasileiro,minhas referências são todas brasileiras, vêm da rua, da minha infância, e venho

desenvolvendo meu trabalho na questão da valorização. O ponto de vistadiferente que te coloca na Europa é falar que seu trabalho é bom, é que hojeem dia tem tanto artista ruim, que alguns trabalhos são vendidos por milhões,

caracterizando pessoalmente estes “artistas”, pelo status.

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Page 8: Revista Eletrônica Writter

Thiago Gonçalves é um dos idealizadores da‘‘recreio urbano’’, evento entre skatistas, mc’s e b-boysfotógrafos e grafiteiros. a décima edição aconteceuno dia 20 de agosto e a ‘‘writter’’ esteve lá. confira umareportagem com thiago e fotos do evento.

Thiago Goncalves, o que você faz nos dias atuais?

Tenho uma loja de skate em Marília, a “Dean Skate”, e curto muitoestar sempre junto à galera do meio artístico.bem, O nome

“recreio urbano” é a união de todas as classes, como se fosse naescola, aqui temos as classes do skate, do hip hop, batalha deB boys, são várias categorias, todas reunidas e a proposta é a

valorização da cultura, que está esquecida hoje.

Pra falar a verdade, no grafite não, mas faz parte do nossomeio, respeito muito.

Já estamos a 03 (três) anos realizando este evento.

O grafite é mais o desenho, você vê nele uma coisa mais gráfica,o piche seria mais pro lado das letras em formato de tags

assinaturas). O grafite é mais puxado pelo lado bom da arte.

Muita coisa, desde os desenhos na pista de skate até nos shapes(prancha do skate), o grafite, a música e o skate sempre estiveram

juntos no meu ponto de vista.

Isso é muito importante, ter iniciativa porque ser for esperarpor alguém fazer por nos, não haverá resultado algum, então quem

e stiver com vontade e quiser passar à diante, divulgar o nossotrabalho, estamos a inteira disposição.

Você tem algum conhecimento sobre o grafite?

Já faz quanto tempo que vocês organizam estes eventos?

Sobre a pichação e o grafite, o que você pode nos dizer sobre isso?

O que o grafite influencia no movimento dos Skatistas?

Qual a mensagem que voce, deixaria para as proximas pessoas queparticipam destes eventos e que futuramente, tambem os realizarao?

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com Thiago Gonçalves

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MESTRE

no

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dificuldadesque os grafiteiros

10 an

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Bom, sou grafiteiro, diretamente de Londrina, Paraná e hoje venhoaqui para prestigiar o evento ’’Recreio Urbano’’. O que tenho a

dizer é que quando começei a grafitar a situação era precária, nãohavia material de fácil acesso, não tinhamos quem ensinava, tivemosque aprender mesmo na rua, no dia a dia, foi bem difícil pois se hoje

o preconceito ainda existe, naquele tempo era muito mais difícil,mais acabamos conseguindo e estamos ai hoje, repassando

nosso conhecimento. O meu desejo, o que mais espero é que asociedade passe a valorizar a nossa arte, uma coisa muito

trabalhada, muito colorida, muito bem feita, é muito diferente devandalismo que muitos acabam achando, então o incentivo é que

as pessoas passem a se interessar, aprender e que se tornem também, grafiteiros no futuro.

Mestre Mu, o grafiteiroe tatuador de Londrinaque nos conta sobrecomo os grafiteiroseram reconhecidos, há 10 anos atrás.Londrina 20/10/2012

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pos???em meados do século xxa lingüagem gráficaadotou uma estéticareducionista(o modernismo)que privilegiou arepetição das formas

geométricas. com achegada dos primeiros

computadores, em 1980,

permitiu-se a qualquer pessoaa emulação daquelas soluções.

isso levou os profissionais decomunicação visual a buscarem

um novo diferencial estético paraseus trabalhos, através da inclusãode características gráficas que eramaté então impensáveis. essa estratégiaparece explicar a pós-modernidade

gráfica como resultante de um jogode provocações visuais e contradições bem humoradas, que voltam a

explorar e ampliar as possibilidadestrans-gressoras e inovadoras do

em meados do século xxa lingüagem gráficaadotou uma estéticareducionista(o modernismo)que privilegiou arepetição das formas

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gráfica como resultante de um jogode provocações visuais e contradições bem humoradas, que voltam a

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e confira todo o nossoconteúdo. inclusive,desta edição!

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BOMENQUANTO durou...

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nãopara por ai !gostou da nossa revista?quer acompanhar aspublicações da writte?