revista fecoopace ed: 03

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FECOOPACE ANO I - Nº 03 - DEZEMBRO, 2009 | Fortaleza-CE Federação das Cooperativas de Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará |Revista Ronda em Cascavel A COOTACE participou da solenidade de implantação do programa Ronda do Quarteirão naquela cidade da Região Metropolitana de Fortaleza. Pág. 04 Atenta à missão de fortalecer o ramo de transporte complementar no Ceará, na busca de oferecer serviços de qualidade à sociedade através das cooperativas filiadas, a FECOOPACE enviou ofício ao Governo do Estado e uma comissão foi formada para discutir assuntos da maior urgência relacionados à classe. O entendimento teve início logo após a entrega das propostas de licitação, em setembro de 2009. Entendimento DETRAN/FECOOPACE Por um novo modelo de transporte público SESCOOP/CE OCB/CE Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Ceará Faixas refletivas Nova resolução do CONTRAN: a partir de janeiro/2010 as faixas refletivas serão obrigatórias em veículos de passageiros acima de 9 pessoas. Pág. 06 Vinte validadores Em dezembro a FECOOPACE, através de convênio com o Sindiônibus, recebeu 20 equipamentos de bilhetagem, comprados em São Paulo. Pág. 05 Taxa administrativa Assembleia da FECOOPACE, de 8 de dezembro/2009, deliberou pela alteração da taxa administrativa, que será de 43% do salário mínimo. Pág. 04 Da esquerda para direita: Rogenilson Nogueira (Suplente do Conselho de Ética da FECOOPACE), Rugero Lima (1º Vice-presidente da FECOOPACE), Núbia Furtado (Diretora Administrativa da FECOOPACE), Dr. Joaquim Costa Rolim (Engenheiro do DETRAN- CE), Higor Thibério Sales (Engenheiro Civil do DETRAN-CE), Danton Lopes Alves (Engenheiro Civil do DETRAN-CE), César Nobre (Presidente da FECOOPACE) e Gutemberg Machado (Diretor Financeiro da FECOOPACE)

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Revista Fecoopace Ed: 03

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FECOOPACEANO I - Nº 03 - DEZEMBRO, 2009 | Fortaleza-CE

Federação das Cooperativas

de Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará|Revista

Ronda em CascavelA COOTACE participou da solenidade de implantação do programa Ronda do Quarteirão naquela cidade da Região Metropolitana de Fortaleza.

Pág. 04

Atenta à missão de fortalecer o ramo de transporte complementar no Ceará, na busca de oferecer serviços de qualidade à sociedade através das cooperativas filiadas, a FECOOPACE enviou ofício ao Governo do Estado e uma comissão foi formada para discutir assuntos da maior urgência relacionados à classe. O entendimento teve início logo após a entrega das propostas de licitação, em setembro de 2009.

Entendimento DETRAN/FECOOPACE

Por um novo modelo de transporte público

SESCOOP/CE

OCB/CE

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Ceará

Faixas refletivasNova resolução do CONTRAN: a partir de janeiro/2010 as faixas refletivas serão obrigatórias em veículos de passageiros acima de 9 pessoas.

Pág. 06

Vinte validadoresEm dezembro a FECOOPACE, através de convênio com o Sindiônibus, recebeu 20 equipamentos de bilhetagem, comprados em São Paulo.

Pág. 05

Taxa administrativaAssembleia da FECOOPACE, de 8 de dezembro/2009, deliberou pela alteração da taxa administrativa, que será de 43% do salário mínimo.

Pág. 04

Da esquerda para direita: Rogenilson Nogueira (Suplente do Conselho de Ética da FECOOPACE), Rugero Lima (1º Vice-presidente da FECOOPACE), Núbia Furtado (Diretora Administrativa da FECOOPACE), Dr. Joaquim Costa Rolim (Engenheiro do DETRAN-CE), Higor Thibério Sales (Engenheiro Civil do DETRAN-CE), Danton Lopes Alves (Engenheiro Civil do DETRAN-CE), César Nobre (Presidente da FECOOPACE) e Gutemberg Machado (Diretor Financeiro da FECOOPACE)

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2 | Revista FECOOPACE

Lôra, trabalho e luta no transporte de passageiros

Lôra é o apelido carinhoso de Francisca Marlide Feitosa Pereira. Cooperada da COOPTRATER - Cooperativa Intermu-

nicipal dos Proprietários do Transporte Alternativo do Maciço de Baturité e Região - essa “mulher bata-lhadora”, como ela mesma se denomina, nasceu em Tauá, tem 46 anos de idade e trabalha há nove anos no ramo de transporte complementar. Permissioná-ria e motorista, Lôra faz a linha que liga o Conjunto Novo Maracanaú a Fortaleza.

O Presidente da COOPTRATER, Xilon de Sou-

za, entrevistou esta mulher que acredita em Deus e na sua capacidade de superar as dificuldades da vida.

Xilon de Souza: Como tudo começou?Lôra: Eu era comerciante, em vias de insolvência.

Daí procurei por uma atividade onde a liquidez era imediata, porque o comércio tinha muito fiado, conse-quentemente, a inadimplência estava me deixando lisa. Optei pelo Complementar porque havia muitos ami-gos no Sistema. O início não foi muito animado, mas com garra e luta, consegui me reequilibrar.

Nesse início eu sofri bastante com a clandesti-nidade, era muito perseguida pelas autoridades da época. Eu me fortaleci diante das dificuldades e hoje, graças a Deus, estou em processo de instalação dos validadores.

Xilon de Souza: Quais suas expectativas para 2010?

Lôra: Minhas perspectivas são de crescimen-to e realização. Creio em Deus, creio na minha capacidade pesso-al e estou muito otimista com as boas intenções do Governo do Esta-do. Trabalho com a Rafaelle (minha filha) e a Andréa, como cobradoras, e divido a direção do veículo com o Gilson.

EDITORIAL

As matérias dessa edição podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Os artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião do jornal e/ou da Federação.

De início os agradecimentos a todos que estiveram conosco no ano de 2009 – diretores, funcionários, permissionários, parceiros do cooperativismo,

colaboradores diversos, anunciantes, motoristas, cobradores e tantos outros que se mobilizaram pelo crescimento profissional e humanizado do segmento de transporte complementar no Estado do Ceará.

Que no ano de 2010 possamos continuar a lutar, juntos, por um modelo de transporte de massa que atenda às exigências da população, fazendo-nos não apenas o ‘complemento’ ao transporte comum, mas leais parceiros da sociedade e dos Governos na garantia de bem-estar geral. Nossa meta, conforme consagrado no estatuto da FECOOPACE, é a prestação de serviços de qualidade e a satisfação dos usuários.

Continuemos a luta não só pela renovação da frota, mas por motoristas, cobradores e coordenadores treinados para bem servir, por linhas regulares cobrindo de forma eficiente e abrangente o Estado, com segurança e pontualidade. Que a intercooperação seja intensificada em 2010. E, abraçando o 7º Princípio do Cooperativismo, possamos atender os pleitos mais urgentes da comunidade.

Também destacamos, neste espaço, duas questões da maior importância, frutos de nosso esforço ainda no ano passado. O primeiro é o entendimento com o DETRAN, no tocante à criação da Comissão (de representantes do DETRAN, da FECOOPACE e das cooperativas) para tratar da melhoria do Transporte Complementar no Estado. O outro é a Assembleia

Geral Extraordinária ocorrida no dia 8 de dezembro.O encontro foi muito positivo, teve boa participação dos

federados. Na ocasião, discutimos democraticamente todos os pontos de pauta constantes do edital de convocação. Em relação à taxa administrativa, ficou acertada nova conversa sobre o assunto em março de 2010. Até lá o valor estabelecido é de 43% sobre o salário mínimo vigente.

Ainda na AGE, mencionamos a prestação de contas feita pelo contador, Marcelo Fialho, recebida positivamente por todos. A boa notícia decorrente daí é que, em 2010, o trabalho de prestação de contas será estendido às cooperativas filiadas a FECOOPACE.

Ao nosso ver não existe mais espaço para amadorismo. A cooperativa dever ser tratada como empresa, visando ao lucro, com profissionalismo na gestão. Essa é uma visão que pretendemos passar para o federado. Nosso papel é exatamente este: mostrar que podemos constituir uma empresa cooperativa de forma responsável e profissional.

Mas, para realizarmos mudanças, é preciso coragem. Mudanças que vêm após um grau razoável de segurança, quando amparados por pesquisas, para sabermos onde estamos pisando. É necessário, também, analisar e ponderar cada decisão tomada. Vamos nos preparar para um Ano Novo de muitas conquistas.

A DIREÇÃO

A Revista FECOOPACE é uma publicação da Assessoria de Imprensa da FECOOPACE - Federação das Cooperativas de Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará.DiretoriaDiretor Presidente: Marcos César Bezerra NobreDiretor 1° Vice-Presidente: Rugero Lima de FreitasDiretor 2° Vice-Presidente: Agostinho Cleson de Sousa LimaDiretora Administrativa: Francinúbia Furtado do ValeDiretor Financeiro: Gutemberg Machado PinheiroDiretor Secretário: Ricardo Oliveira de Lima Diretor Social: Giovane Bernardone XavierConselho Fiscal

1° Conselheiro Fiscal: Antônio Pádua Chaves2° Conselheiro Fiscal: Ademir Vasconcelos Barroso3° Conselheiro Fiscal: Antonio Ivanildo Siqueira de OliveiraSuplentes do Conselho Fiscal1° Suplente: Cícero Antônio Bezerra Gomes2° Suplente: José Roberto Lourenço3° Suplente: José Wellington da Silva Conselho de Ética1° Conselheiro: Antônio Pereira de Sousa2° Conselheiro: Xilon de Sousa3° Conselheiro: Edilberto Rufino Barroso Júnior Suplentes do Conselho de Ética 1° Suplente: Francisco Rogenilson Rodrigues Nogueira2° Suplente: Pedro Henrique da Silva

3° Suplente: Carlos Leônidas Albuquerque de Rego BarrosEndereço FECOOPACEAvenida Presidente Costa e Silva, 4007 A - Passaré - CEP: 60.761-190 - Fortaleza-CEFone: (85) 3291.2100

Editora: Julyanna dos Santos Albuquerque (Mtb CE 2292). Colaboração: Pedro Henrique da Silva, Edvaldo Nunes, Xilon de Sousa. Consultorias: Saúde: Dra. Eliane Pinheiro; Jurídico: Dr. Carlos da Escóssia. Fotos: Imprensa FECOOPACE.Conselho Editorial: Cézar Nobre, Pedro Henrique da Silva. Contatos: telefone (085) 8892.5155. E-mail: [email protected]ção e impressão: Expressão Gráfica Editora.

A TOPIQUEIRA

EXPEDIENTE

Coragem, discernimento e humildade para realizarmos as mudanças necessárias em 2010

Cooperada da COOPTRATER é homenageada

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Sempre atenta à missão de fortalecer o ramo de transporte complementar no Ceará, na perspectiva de oferecer ser-

viços de qualidade à sociedade através das coo-perativas filiadas, a FECOOPACE enviou ofício ao Governo do Estado, solicitando a indicação de uma comissão para discutir assuntos relacio-nados à classe.

O entendimento teve suas bases lançadas logo após a entrega das propos-tas de licitação, em setem-bro do ano passado.

A ideia de enviar o documento ao órgão ges-tor partiu de um grupo de diretores da FECOO-PACE que, observando as grandes dificuldades que a categoria enfrenta, tomou para a si a responsabilida-de de fazer frente à situa-ção. Surgia a necessidade de discutir com o DE-TRAN questões de máxi-

ma urgência referentes a um novo modelo de transporte a ser implantado.

Na mesa de discussõesA Comissão foi criada e está composta

por representantes do DETRAN (Dr. Joa-quim Rolim, Dr. Nertan Alencar Lacerda e

Dra. Maria Auxiliadora Silva Abraão) e dos transportes complementares (três diretores da FECOOPACE e um diretor de cooperati-va). Ressalte-se, ainda, a importância da pre-sença do representante da cooperativa, é ele quem leva pautas relacionadas à realidade em que atua.

“As discussões estão sempre embasa-das em melhorar a qualidade do transporte complementar. Já nos reunimos três vezes com a Comissão do DETRAN, e os resulta-dos têm sido os melhores”, informa o presi-dente César Nobre, que destaca os seguintes itens debatidos:

• plano operacional• layout• renovação de frota

Discussões e avançosAs discussões na Comissão são de fun-

damental importância para o futuro dos transportes complementares no Estado, além do que aproxima a categoria do órgão gestor e da sociedade.

O planejamento estratégico da FECOO-PACE para 2010 já começou. E tem por meta fazer deste um ano melhor do que

foi 2009. Nessa busca, decisiva é a participação das Cooperativas de Transportes Complementares den-tro da Federação. Para estreitar vínculos e fortalecer a luta de todos, endereçamos convite às cooperativas para o engajamento.

No momento que idealizamos a constituição da Federação, para que a entidade tivesse força perante o Estado, fazia-se necessária a união do conjunto das cooperativas cearenses. Por ocasião da Assembleia do dia 8 de dezembro, o companheiro Rugero Lima

foi feliz em sua intervenção ao dizer que juntas as cooperativas serão mais fortes.

Com certeza, desta forma, temos condições de melhorar preços de carros, de seguros e outros ser-viços ofertados. Quanto ao Estado, teremos, unidos, um nível de organização que facilitará responder aos pleitos dos usuários e do próprio órgão gestor.

Hoje, já existem dezoito cooperativas filiadas à Federação. Esperamos que em 2010 o restante das cooperativas legalizadas do Estado filiem-se, para que a nossa Federação siga em ascensão, visando sempre à melhoria e progresso de todos.

Por um novo modelo de transporte a ser implantado no Ceará

Um convite à filiação

ENTENDIMENTO DETRAN/FECOOPACE

Redução dos custos de operação

Controle de infraçõesGerenciamento de frotas

Acessoria logística

www.mobilecomm.com.br85-3224-8690

PALAVRA DO PRESIDENTE

César Nobre

Comissão reunida no DETRAN-CE: transporte complementar dá a sua contribuição

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4 | Revista FECOOPACE

SEGURANÇA

A COOTACE - Cooperativa do Transporte Complementar e Turismo do Estado do Ceará -

participou, em Cascavel, dia 9 de dezembro, da solenidade de implantação do programa Ronda do Quarteirão naquela cidade praiana da Região Metropolitana de Fortaleza.

Presentes ao evento o governador Cid Gomes (PSB), o Secretário de Segurança

Pública e Defesa Social do Estado, Roberto Monteiro, o prefeito de Cascavel, Décio Munhoz, o Secretário da Fazenda Estadual, Mauro Filho, e o Presidente da COOTACE, Agostinho Cleson.

Saudação ao GovernadorDemonstrando todo apoio e

preocupação com a segurança da região, a Diretoria da COOTACE se fez presente

com corpo de cooperados e a frota de veículos. O Governador do Estado reconheceu a participação dos cooperados e leu em voz alta uma das cinco faixas feitas especialmente escritas para ocasião. “Obrigado pelo compromisso cumprido e o empenho na implantação do Sistema de Transporte Complementar no Estado”.

Agostinho Cleson dirigiu-se ao secretário Mauro Filho para falar a respeito da isenção do IPVA para carros do Sistema de Transporte Complementar do Estado. Em discurso, ressaltou que aquela foi uma excelente oportunidade de mostrar ao poder público estadual que o Sistema de Transporte Complementar está cada vez mais participativo.

Ao final da cerimônia, os carros enfileirados, saíram acompanhando a comitiva do Governador.

Dia 8 de dezembro, no auditório da OCB – CE, federados e colaboradores da

FECOOPACE reuniram-se para a última Assembleia de 2009. Na pauta, os seguintes pontos: recomposição de membro da Diretoria; eleição e posse do tesoureiro; alteração da taxa administrativa; filiação da COOTRASC - Cooperativa de Transporte Complementar do Sertão Central do Estado do Ceará; e outros assuntos.

A totalidade das deliberações foi aprovada, ficando decidido, de mais importante, que:

• O novo Tesoureiro da FederaçãoGutemberg Machado foi indicado

pela COOTRALIN – Cooperativa de Transportes Alternativos Intermunicipais e Fretamento do Ceará para assumir o cargo de Tesoureiro da FECOOPACE. O nome foi aprovado por todos os presentes. Para o presidente César Nobre a escolha foi acertada. “Gutemberg é administrador de empresas e atua na área”.

• Nova taxa administrativa: 43% do mínimo

Marcelo, contador da FECOOPACE,

explicou o demonstrativo de contas para, em seguida, ser colocado em votação um novo valor para a manutenção da Federação. Foi decidido, de maneira unânime, 43% sobre o salário mínimo - R$ 200,00.

O diretor Rugero Lima pediu a palavra para destacar que o trabalho da Federação tem sido árduo, incansável, e que o novo valor permitirá ao Sistema de Transporte Complementar ter ainda mais fôlego para crescer. Aproveitou a ocasião para chamar as cooperativas que não são federadas a perceberem a importância das realizações da FECOOPACE.

• Filiação da COOTRASCPedro Henrique, filiado da

FECOOPACE e da recém filiada COOTRASC, foi quem apresentou a cooperativa. Segundo ele, a empresa pretende agregar, ao máximo, os companheiros que já trabalham na região central do Estado.

• Outros AssuntosO presidente da FECOOPACE leu a

carta que seria enviada ao Governador Cid Gomes parabenizando-o pela lisura no processo de licitação no Estado. A carta agradecia pela postura correta e incansável no trabalho de democratização do transporte público no Estado.

Ao final, Agostinho Cleson agradeceu por tudo que aconteceu no ano de 2009 e, em oração, desejou a todos “um 2010 com Deus no coração”.

Depoimentos de quem esteve presente

“Quero deixar claro a importância da conscientização deste grupo. Cada decisão é importante e quem não acompanha fica para trás. Não tem sido fácil chegar a esse momento. A Federação

deve marchar para dar visibilidade e credibilidade à categoria. Não dá para brincar de cooperativa e de Federação”. Agostinho Cleson

“Eu vou assumir a Tesouraria da FECOOPACE com muita tranquilidade, buscando ao máximo ajudar essa diretoria que já vem trabalhando há bastante tempo. Tenho a sorte de conhecer todos;

o convite foi bem vindo”. Gutemberg Machado

“Não tem mais espaço para amadorismo. Quem faz parte do sistema deve ver, cada vez mais, a cooperativa como empresa. O planejamento é fundamental. Aproveito a ocasião para agradecer a

OCB e dizer que ela foi fundamental nesse processo”. César Nobre

DECISÃO DE ASSEMBLEIA

Agostinho Cleson (COOTACE), Luiz Carlos Dantas (Superintendente da Polícia Civil), Pedro Henrique (COOTACE), Jean Arruda (Secretário de Obras de Cascavel)

Secretário da Fazenda Estadual, Mauro Filho, Pedro Henrique (COOTACE) e Agostinho Cleson (COOTACE)

COOTACE e Ronda do Quarteirão juntos em Cascavel

FECOOPACE tem nova taxa administrativa

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MELHORIAS

Em dezembro último a FECOOPACE, através de convênio com o Sindionibus,

recebeu 20 equipamentos de bilhetagem. Carros da região metropolitana poderão, agora, dispor da tecnologia e, assim, gerar mais receita. O avanço, segundo o diretor Rugero Lima (foto abaixo), é significativo porque o permissionário deixava de atender ao usuário que possuía o passcard.

Sobre o funcionamento do sistema e os avanços quando da sua implantação, confira a opinião de Rugero Lima.

Fomos à luta e conseguimos o validador

“Esse convênio feito entre a Federação e o Sindionibus é bem interessante. Nós já temos essa parceria com o Sindicato. Com a implantação da metropolitana, fomos à luta e conseguimos que a categoria tenha o validador. O passcard só funciona diante do validador. O equipamento já chegou e agora nós vamos repassá-lo.

Lembramos que o Sindionibus é que gerencia o sistema. Todas as informações vão para lá, mas nós também teremos o controle. O programa lê o cartão, o horário e quantas vezes foi usado. Não há fraude e nem vazamento de informações. Para que nós possamos participar é necessário fazer um convênio para que sejam repassados, assim, os valores referentes ao passcard.

Ter o validador significa um ganho significativo, uma vez que a receita do

transporte complementar só vem do dinheiro pago à vista. Ampliar o sistema de bilhetagem vai trazer mais receita para o permissionário. O usuário também será beneficiado. Esse transportador, diante do vale papel, perdia de 30% a 40%. Sem o passcard nós perdíamos o passageiro que agora vai poder ser transportado. O validador só vem para beneficiar, mas é preciso que o permissionário esteja totalmente legalizado junto ao Governo.

Em relação à dificuldade em instalar o validador em todos os carros, esclareço que cada equipamento custa quatro mil oitocentos e sessenta reais, e que cada permissionário paga o seu. Hoje o único empecilho na compra é o valor alto do equipamento. Está sendo estudada a possibilidade de ampliar, mas é preciso que o Governador faça logo a regulamentação de todos que trabalham na metropolitana. Eu acredito que o Sindionibus tenha interesse nessa questão”.

Trinta de dezembro, véspera de Réveillon. Foi o dia em que Rudemberg Lima de Freitas,

permissionário e motorista da linha Novo Maracanaú, pôde, enfim, comemorar a instalação do equipamento de bilhetagem.

Cooperado da COOPTRATER – Cooperativa Intermunicipal de Proprietários de Transporte Alternativo do Maciço de Baturité e Região, ele acredita que o sacrifício empreendido na compra do validador valerá a pena. A instalação foi no Sindionibus, em dois veículos da Cooperativa. “Vamos atender todo mundo agora”, afirmou o motorista Paulo André, que faz a linha Jereissati/Centro.

Palavra de quem sabe!!!“Consegui juntar

um dinheirinho e fazer o sacrifício. Cada dia que você está parado, acaba perdendo. Sem o validador, nós

perdíamos uma média de 100 passageiros por dia na linha Novo Maracanaú/Fortaleza. O diferencial é a prestação de serviço, porque não adianta ter um carro de luxo se não tem um bom atendimento ao passageiro.”

Rudemberg Lima de Freitas – Permissionário e motorista

“Nós perdemos muitos passageiros e o público fica sem opção. O usuário cobra muito o validador e até tem passageiro que paga pra andar com a

gente. É um amigo fiel. Eu faço a linha Jereissati/Centro. Levo uma média de 280 pessoas por dia. A primeira viagem para ir pro centro era fraca porque a maioria era com o passcard. Já estava na maior expectativa desde novembro pela chegada do validador”.

Paulo André do Nascimento - Motorista

Vinte validadores chegam para atender aos permissionários da Região Metropolitana

Carros da COOPTRATER já rodam com o validador

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6 | Revista FECOOPACE

AGORA É LEI

A partir de janeiro de 2010 as fai-xas refletivas serão obrigatórias em veículos de passageiros acima

de oito pessoas. A nova Resolução do CONTRAN –

316/09 – está em vigor desde maio do ano passado e estabelece que as empresas de ôni-bus/coletivos de pessoas que fazem tráfego intermunicipal, interestadual e entre países deverão afixar, conforme mostra a figura, as faixas refletivas. Do contrário, estarão sujeitos à penalidades previstas em lei.

Os carros novos só serão licenciados me-diante a fixação das faixas refletivas. Não é de hoje que o DENATRAN e órgãos da área de transporte se preocupam com a questão. Des-de 2002 as faixas já estão sendo utilizadas em caminhões. De lá para cá ficou cada vez mais evidente a importância do seu uso em diversas categorias de transporte.

Acompanhe a evolução das resoluções até os dias de hoje.

•N°128–Obrigatodososcaminhõesausarem faixas refletivas nos baús e caçambas, carretas, para-choques etc.;

•N°152–Obrigaoscaminhõesproduzi-dos ou reformados após junho de 2004 usa-rem faixas refletivas nos pára-choques trasei-ros;

•N°203–Obrigatodososmotociclistasde passeio usarem emblemas refletivos nos ca-pacetes;

•N°219/251–Obrigatodososmotoci-clistas de transporte remunerado a usarem fai-xas refletivas nos capacetes e baús das motos;

•N°231/241–Obrigatodososmoto-boys e motos novas a terem placas de licencia-mento refletivas.

• Nova Resolução do CONTRAN -316/09

Entrevista com Adelmo Lima, espe-cialista em refletância

Produtos de altarefletividade evitam

acidentes

A FECOO-PACE, buscan-do estar sem-pre à frente, participou de seminário, dia 25 de novem-bro, na sede do IPREDE, sobre o tema em questão. Adelmo Lima, do Departa-mento de Re-fletivo (45) da

empresa 3M, especialista em refletância, concedeu entrevista para a Revista da FECOOPACE, contando da importância da nova resolução.

Qual a principal motivação da im-plantação dessa nova resolução?

Adelmo Lima – Segurança foi a prin-cipal motivação para que essa resolução tenha sido estendida ao transporte co-letivo. Fica contemplado todos os cole-tivos que fazem fluxo de pessoas. Com isso deverá existir uma redução de aci-dentes. As pessoas ainda não abriram os olhos para a importância do uso da faixa e da regulamentação dessa resolu-ção que entrará em vigor em janeiro de

2010. Esses produtos de alta refletivida-de evitam muitos acidentes.

O que o usuário deve saber na hora de comprar a faixa refletiva?

Adelmo Lima – Existe uma grande quantidade de faixas falsificadas no mercado e isso traz um tremendo im-pacto para a segurança do usuário. A película falsificada tem zero de refle-tância e não tem um miligrama de can-dela (que é a capacidade de refletir). Já a original tem mil candelas e uma grande capacidade de evitar acidentes, principalmente a noite. Se ela é nula ela está contra as normas do DENA-TRAN.

Como reconhecer a faixa falsifica-da?

Adelmo Lima – É importante que as pessoas comprem sempre no reven-dedor autorizado. Existem também a possibilidade de fazer um teste no ato da compra.

Veja a figura:

A COOTRECE - Cooperativa de Transporte e Turismo do Estado do Ceará - saiu na frente e quase a to-

talidade dos seus 15 carros já aderiram às faixas refletivas. A obrigatoriedade e a conscientização do uso de faixas refletivas em veículos de passa-geiros fizeram com que a Cooperativa se anteci-passe à data limite, janeiro de 2010, e colocasse,

de acordo com as especificações, as faixas em seus carros ainda em dezembro de 2009.

“Ainda não atingimos a totalidade mas até a primeira semana de janeiro/2010 todos os ve-ículos da Cooperativa rodarão com as faixas”, explica Núbia Furtado, Presidente da COO-TRECE.

Presentes à palestra do especialista Adelmo Lima, na sede da COOTRECE, os coopera-dos se conscientizaram da importância do uso das faixas, entendendo que a nova resolução veio para dar maior segurança ao usuário e ao motorista. Outro fator a ser considerado é a impossibilidade do licenciamento de novos carros que não estejam dentro dos padrões exigidos.

Tudo por mais segurança

Para Serafim Souza da Costa, 60 anos, motoris-ta da linha Forta-leza/ Itapipoca a faixa “vai ajudar e muito na visibi-

lidade no momento da ultrapassagem”, afirma este ex-taxista, no ramo complementar há dez anos, e que transporta diariamente 60 pessoas.

“Mesmo sem a iluminação pública, só com a luz do carro é possível identificar um outro veícu-lo. Agora é obrigatório o uso das faixas, e o carro que dirijo já está com a faixa dentro da norma exigida”, finaliza.

Nova resolução do CONTRAN obriga a fixação de faixas refletivas

COOTTRECE sai na frente e coloca faixas refletivasVANGUARDA

Núbia Furtado (Presidente da COOTTRECE) parte na frente na colocação de faixas

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7| Revista FECOOPACE

A COOTRASC - Cooperativa de Transporte Complementar do Sertão Central filou-se a FECO-

OPACE durante a Assembléia Geral Ordi-nária da categoria, dia 8 de dezembro.

Em pleno funcionamento e devidamente credenciada à OCB–CE, a Cooperativa terá como sua base um novo modelo de sistema cooperativista envolvido em um conceito inovador de administração no sentido de atender, de maneira eficiente, toda a popu-lação do Sertão Central cearense.

A “Cooperativa das Cooperativas”“Gerada dentro da Federação”, como afir-

ma Pedro Henrique, diretor da COOTRASC e da FECOOPACE, a responsabilidade da nova filiada será grande.

A cooperativa tem como diretrizes, caixa único, padronização de frota, implementação de logística e se espelhará em empresas de grande porte de transporte de passageiro. Gu-temberg Machado Pinheiro, Jadson de Souza, Rogério Lopes, Sidney Martins fazem parte da Cooperativa, que já foi apelidada carinhosa-mente de “Cooperativa das Cooperativas”.

Alegrias futurasPedro Henrique, em nome da COO-

TRASC, antecipa que a cooperativa deverá

pleitear o lote três 3 em Quixadá. “Será aberto o processo e nós estaremos aptos a concorrer juntamente com outros com-panheiros. Queremos ter excelência no serviço. Tenho certeza que o modelo co-operativista atrelado ao pensamento em-preendedor nos darão muitas alegrias” afirmou o jovem presidente.

Nova cooperativa edificada em diretrizes inovadoras

No seu papel de unir forças em torno de causas comuns, a FECOOPACE fez um chamamento às cooperativas não-

filiadas, por meio de correspondência escrita. A carta explicita a importância da comunhão de esforços entre todos aqueles que fazem o Sistema de Transporte Complementar.

“Unidos”, segundo César Nobre, “será pos-sível viabilizar serviços que ampliem, cada vez mais, a qualidade do serviço prestado. Será possível, por exemplo, baratear custos relativos à manutenção da frota”. Politica-mente, ele acredita que a luta é de todos por melhores condições de trabalho, sempre.

Hoje a Federação possui dezoito filiadas e espera que em 2010 o restante das coopera-tivas legalizadas de todo o Estado se filiem. “Lutamos todo o dia para que a nossa Fede-ração siga em ascensão, visando à melhoria e progresso de todos”, afirmou o presidente.

FECOOPACE envia carta às cooperativas não-filiadasEM BUSCA DA UNIÃO DA CATEGORIA

MAIS UMA FILIADA

A FECOOPACE esteve presente à solenidade de lançamento do mais novo carro sprinter modelo

OM-611LA. O evento foi no dia 26 de no-vembro, na Ceará Diesel.

Fortaleza foi escolhida, entre todas as cida-des do Nordeste, para conhecer o novo carro que, segundo Sérgio Galhardo, gerente Nacio-nal de Vendas Sprinter, possui, entre outros di-ferenciais, o airbag de série.

Estiveram presentes César Nobre, Rugero Lima, Agostinho Cleson, Ricardo Oliveira, Geovane Bernadone, Núbia Furtado, Pedro Henrique, além de comitiva, devidamente fardada, da COOPTRASNCRAT. Permissio-nários e representantes de empresas ligadas ao ramo automotivo também compareceram.

O profissionalismo do SistemaSérgio Galhardo agradeceu a presença de

todos e se disse honrado em lançar, no Ceará, este novo veículo que atende às especificações contidas em editais. Também destacou a pre-sença maciça da FECOOPACE e fez referência ao profissionalismo do sistema de transporte complementar do Estado.

César Nobre, durante discurso, destacou

a importância do convite formulado pela Ceará Diesel/Sprinter e acentuou que o Sis-tema Complementar tem crescido significa-tivamente. A prova disso era o lançamento oficial do novo modelo acontecendo aqui no Ceará.

Ao final da solenidade todos foram convi-dados a visitar o carro, estacionado no pátio.

Palavra de quem conferiu

o evento“É bom sempre participar de evento como

este, pois mostra a boa vontade e o interesse que as multinacionais estão tendo com o transpor-te complementar do Ceará. Partimos na frente quando foram legalizadas as linhas e normatiza-do um carro próprio. Até a Mercedes Bens está preocupada em atender o Estado. Hoje, dentre todas do Nordeste, Fortaleza é a menina dos olhos e ela está entendendo que é importante tra-zer carros que façam frente à competição local”.

Carlos Escóssia – Advogado da FECOOPACE

“O mercado cearense é importante por conta da renovação do sistema de transporte e também por termos uma carência de renovação. Claro que é importante termos opções interes-santes, tanto em preço quanto em qualidade. Quando existe competitividade no mercado quem ganha é o consumidor”.

Pedro Henrique – COOTACE

“Estamos lisonjeados de a Mercedes Benz, uma das maiores fabricantes de carro do mun-do, ter nos convidado para o lançamento desse carro exclusivamente aqui. Estamos envaide-cidos”.

César Nobre – Presidente da FECOOPACE

Entrevista Sérgio Galhardo (gerente Nacional de Vendas Sprinter)

“O Ceará é um Estado muito expressivo nesse ramo”

Por que Fortaleza foi escolhida para o lança-mento dessa nova Sprinter?

Porque o Ceará é muito expressivo nesse ramo. Aqui este modelo de carro está volta-do para o turismo e para o fretamento, duas atividades muito locais. Nós convidamos a FECOOPACE e seus federados além do setor de Turismo.

Sobre a evolução do segmento de vans...Outrora o segmento de vans era compos-

to de produtos com eixo traseiro de rodagem simples. Para o segmento de complementares fazia falta um pouco mais de robustez.

Com a linha 413 (tanto a 16 + 1 como a 17 + 1) e o rodado duplo traseiro as vans lhe oferecem um peso bruto total de 4600 kg. Isso quer dizer que você tem 20 pessoas e mesmo tirando, em média, 70 kg por pessoa, o moto-rista ainda terá 1.000 kg.

E com relação as especificações exigidas em editais por todo o Nordeste?

As empresas já começam a se preocupar com detalhes e especificações de segurança e ambientais. Esse carro atende a todos os as-pectos de segurança, mas cada Estado tem suas particularidades. No caso do Nordeste, já está dentro das necessidades.

FECOOPACE participa do lançamento de novo carro Mercedes BenzEVENTO

Rogério Lopes, Jaderson Lima e Pedro Henrique

O diretor Geovane Bernadone, ao centro, discursando

Page 8: Revista Fecoopace Ed: 03

8 | Revista FECOOPACE

PÁGINA VERDE

José Aparecido dos Santos – Superintendente do SESCOOP-CE

Há quanto tempo ele trabalha no sistema cooperativista? “Perdeu até as contas”, res-

ponde bem-humorado. Para falar a verda-de, o superintendente do SESCOOP-CE, José Aparecido dos Santos, ingressou no Cooperativismo em 1982, aqui no Ceará, ainda na época da SUDENE. Participava do Projeto Sertanejo, de desenvolvimento do cooperativismo.

“Eu já tinha vivido um cooperativismo diferente, no interior do Maranhão. Tra-balhava nas comunidades. Lá a gente não vivia a cooperativa, vivia a cooperação. Toda a produção, tudo era feito através da cooperação”, relembra. Bacharel em Administração de Empresas, Aparecido conta que cada um tinha a sua roça e que a roça era de todos.

“Aprendi com as comunidades ecle-siais de base. Foi lá que o processo de coo-peração me encantou. Mas, ter a coopera-ção na forma de cooperativismo mesmo, foi aqui no Ceará”, recorda Aparecido dos Santos, natural de Limoeiro do Norte.

Dando um salto para os dias atuais, o Superintendente explica que, no início, o segmento de transporte complementar no Estado tinha característica bastante rebel-de. Eram os “piqueteiros”, em luta, à épo-ca, para ter oportunidade de desenvolver o transporte de passageiros.

“Hoje, vejo o segmento dentro de ou-tro prisma. Os profissionais são empreen-dedores do transporte coletivo”, explica.

“A caminhada de crescimento do se-tor foi interessante porque começaram a perceber que, como empresários, não bas-ta a vontade de querer fazer. Tem que ter trabalho”.

Aí vem a etapa de planejamento, a percepção de que é preciso capacitar-se, que não basta apenas ter um carro e di-

rigir. De acordo com Aparecido, a criação do jornal da FECOOPACE aponta para algo muito interessante, que é a fase da conquista da clientela. Há uma clara pre-ocupação em fazer com que ela entenda o sentido do transporte complementar.

Momento de descobertasA presente fase do segmento de trans-

porte complementar é muito importante. O momento é de descobertas, de pensar no processo de forma coletiva. Comprar veículos de forma conjunta é uma desco-berta que vai fortalecer bastante o movi-mento.

TendênciaO movimento só tende a crescer. No

futuro, talvez, através da própria Federa-ção, irão descobrir um outro degrau de organização: no lugar de ter uma organi-zação só na cooperativa, passarão a ter a organização das cooperativas, com pos-tos para todas as cooperativas, compras de veículos para todas as cooperativas, aquisições, loja e oficina. O cliente quer preço, segurança, conforto e hoje em dia eles precisam fazer isso. Precisam se capa-citar para se relacionar com o passageiro, obedecendo todas as regras de segurança.

Outra percepçãoOs complementares organizaram licitações,

demonstraram no plebiscito que gostariam de se manterem unidos. Não quero dizer com isso que está tudo resolvido. A caminhada é perma-nente, sempre precisa investir na qualidade de seus motoristas, cobradores.

O convênio firmado com a UNIODONTO para desenvolver o Projeto Sorrisão é uma per-cepção que faz com que o passageiro sinta que está ligado a um movimento preocupado com a comunidade, que favorece à comunidade. Isso é um sinal desses futuros empresários que estão nascendo.

ExpectativasAs melhores possíveis. Começamos

pela qualidade dos veículos. As fábricas já estão preocupadas em produzir veí-culos que se enquadrem na situação dos complementares com qualidade suficien-te. Começaram a implantar o sistema de bilhetagem, que é um procedimento avan-çado. Acho que já há cooperativas com uma espécie de monitoramento, os carros podem ser monitorados. Creio que no fu-turo teremos veículos bem maiores, prin-cipalmente para linhas do interior e isso passa pela análise de custo/benefício que eles provavelmente vão fazer.

A FECOOPACEA Federação deu o passo inicial de

“puxar” todas as cooperativas para a ne-cessidade de capacitação, de organização. É muito recente. Mesmo assim, já avan-çou muito. Minha expectativa é que todas as cooperativas passem a prestigiar, cada vezes mais, a FECOOPACE nesse proces-so. Trata-se de uma ferramenta de contato com o governo e com a sociedade.

Diferenciais no modelo cooperativistaO sistema complementar é muito vivo,

tem atividades todo dia. Isso é diferente de uma cooperativa do ramo da agrope-cuária, que só vai se reunir no inverno para plantar. O segmento de transportes é mais vivo, mais dinâmico. É muito bom porque vivenciam a cooperação todo dia. É um ramo relativamente novo, o ramo dos transportes, com um leque de cresci-mento muito grande.

SESCOOP e capacitação

Temos procurado desenvolver cursos que vão ao encontro das necessidades de-les. São cursos voltados para gestão, por-que eles precisam ter conhecimento para gerir bem a cooperativa, pois ela é uma empresa e um negócio e precisa dar re-sultados. Destinamos um FORMACOOP basicamente para o pessoal do transporte. Buscamos assessorá-los numa dificuldade que tiveram ao participarem de licitações. E também no que se refere ao desenvolvi-mento de assembleias.

PlanosSão 55 cooperativas de transporte

registradas no Sistema OCB/SESCOOP-CE. E pensamos que um seminário de transporte seria bem interessante, dentro do nosso Planejamento. Estamos “namo-rando” essa ideia com eles, de fazer um seminário regional que culmine com um estadual, dando-se oportunidade para que todos os permissionários possam partici-par, sugerir, lançar ideias, no sentido de manter o grupo unido.

Vamos, em 2010, monitorar mais de perto as cooperativas de transporte. A instância da Federação é importante por-que é um centro de aglutinação. O sistema está aberto para atendê-los nesse aspecto e como já se tornou um hábito eles esta-rem bastante reunidos aqui, utilizando as dependências do Sistema para as reuniões.

Transporte complementar: momento é de descobertas, de planejar, de pensar no processo de forma coletiva

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9| Revista FECOOPACE

EU E O COOPERATIVISMO

Em 1997, ele e um grupo de pessoas prestavam serviços de transportes à prefeitura de Maracanaú, como

autônomos, quando veio uma “pressão” do Tribunal de Contas dos Municípios para que a situação fosse regularizada. O então prefeito, através da sua assessoria, chamou os prestadores e contou a situação. Signifi-cava dizer que o serviço era bem executado.

Daí o assessor municipal reuniu o grupo, que tinha à frente Rugero Lima de Freitas, atualmente1°Vice-PresidentedaFECOO-PACE, e colocou-se à disposição para aju-dar. Logo trouxe um grupo de técnicos da antiga OCEC, os senhores Marcelo Luz e Lúcio Flávio e a senhora Maria Iridália, que ministraram palestra sobre Cooperativismo.

“Desse encontro fizemos um Curso Básico de Cooperativismo, e achamos que a melhor ideia era mesmo nos juntarmos para formar uma cooperativa e, assim, continuar a prestar serviços à prefeitura de Maracanaú”, relembra Rugero, hoje diretor do Ramo Transporte do Sistema OCB/SESCOOP-CE.

Uma licitação foi aberta. “Participamos do processo licitatório sob a orientação da OCEC. Concorremos com a cooperativa COOPERVAM”.

Rugero não podia compor a diretoria da COOPERVAM, pois já tinha um irmão in-dicado para outro cargo, a lei não permitia. “Mas assim contribuí para o processo”.

No ano 2000, recebeu convite de outra cooperativa, também em Maracanaú, só que de transporte público municipal, a COOP-TRAM. “Passei dois anos à frente da empre-sa, depois fui para a COOPTRATER com o objetivo de participar de uma licitação de transporte alternativo de passageiros inter-municipais”, explica.

Até os dias de hoje está na COOPTRATER, não como diretor, pois já passou dois man-datos como presidente, mas como sócio e contribuinte da cooperativa e do sistema cooperativista no geral. Acompanhem a en-trevista de Rugero Lima.

Na presidência da Cooperativa, qual a sua principal conquista?

Participar de uma licitação pública esta-dual em 2003 para a exploração do serviço de transporte complementar de passageiros.

O que o Cooperativismo representa na sua vida?

Hoje eu tenho o cooperativismo como uma solução, não só para os excluídos, os que estão fora do mercado, os que não têm oportunidade. Falo de solução para o desen-volvimento de uma sociedade, pela forma de distribuição de renda mais justa, pela valori-zação das pessoas.

Como é ser (o que você faz enquanto) diretor do Sistema OCB do Ceará?

Procuro, da melhor forma, incentivar para que se façam cursos, peço a participa-ção mais frequente nas discussões em rela-ção aos nossos interesses, o envolvimento mais frequente da OCB-CE nas coopera-tivas através da autogestão. Fizemos um seminário que deu uma repercussão muito positiva, em abril de 2009, e já planejamos fazer vários outros seminários regionais, em 2010. O encerramento seria um grande se-minário na capital. A OCB-CE já sinalizou para que possamos envolver mais gente nes-te processo.

Como você avalia o movimento dos transportes complementares no Estado do Ceará nos dias atuais?

Houve um avanço muito grande. Pri-meiro: o governador Cid Gomes deu uma oportunidade muito grande a estas pessoas que trabalham na clandestinidade, fez uma licitação pública para regulamentar o servi-ço de transporte público de passageiro do

interior, as chamadas “linhas regionais”, in-serindo todos no processo. Segundo: todos entenderam a mensagem e participaram; alguns, bem assessorados, tiveram êxito pri-meiro, outros com algumas dificuldades, es-tão em processo ainda.

Qual a sua avaliação sobre o futuro dos transportes complementares no Estado e até mesmo no Brasil?

Não conheço de perto a realidade brasi-leira, isso é muito regionalizado, vai muito pelos interesses públicos. Aqui no Ceará, o governador Cid Gomes encontrou uma so-lução ímpar no modal de transporte para atender o usuário, principalmente nas linhas regionais. O Governador está de parabéns por ter contribuído para um dos melhores serviços de transportes do País. Só pediria a oportunidade e um tempo para profissiona-lizar os nossos operadores e informatizar o nosso serviço. Com certeza a sociedade ga-nhou um grande presente.

Qual o seu papel (o que você faz) como 1º Vice-Presidente da FECOOPACE?

Contribuir para o sistema de transportes como um todo, fazendo com que as pessoas vejam que, quanto mais unidas, mais fortes serão. Quanto mais fortes, mais têm poder de deliberar. E quanto mais deliberativas, mais conquistas.

Qual a importância da FECOOPACE para o desenvolvimento do Estado? O que esperar da FECOOPACE no futuro?

A FECOOPACE é muito nova, está cres-cendo em muitos sonhos, sonhos positivos. Tem ótima visão de futuro, e isso é muito importante para uma instituição ter sucesso. As pessoas acreditam nisso. A maior con-quista da FECOOPACE foi unir lideranças e mudar comportamentos. Espero que com esse diferencial, a Federação marque posi-tivamente a história do transporte comple-mentar no Estado.

Cooperativismo, solução para o desenvolvimento socialRugero Lima de Freitas

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10 | Revista FECOOPACE

SAÚDE TOTAL

Estresse relaciona-se a qualquer tipo de estímulo capaz de provocar al-guma reação no indivíduo que o

tire da sua situação de equilíbrio. Tais reações podem criar sérios danos à saúde da pessoa, quando ultrapassam o estado de alerta e al-cançam o estágio de esgotamento.

As principais alterações que observamos no motorista de transporte complementar de passageiros são dores nas pernas, costas,

cabeça e pescoço; problemas no coração, joelho e no nervo ótico e prin-cipalmente o estresse. Outro fator estressor é a condição climática, pois os dias quentes causam um esgotamento físico e mental muito grande. A falta de sinalização e as condições precárias da pavimentação de ruas e avenidas influenciam negativamente no serviço do motorista.

Já não é de hoje que o trânsito no Brasil tem trazido diversas conse-qüências negativas. Nas grandes cidades, congestionamentos gigantescos diariamente levam o motorista a um nível de estresse muito elevado. O panorama se torna mais crítico em cidades como São Paulo, onde a an-gústia nas ruas e avenidas virou rotina.

“Diante das observações do estresse cotidiano da vida do motorista de transporte de passageiro, é preciso mudar os hábitos para se ter uma melhor qualidade de vida e, com isso, evitar o estresse”, afirma a Drª. Eliane Pinheiro, indicando algumas opções que possam trazer benefícios para se obter uma melhor qualidade de vida para os motoristas.

•Fazersemprealongamentosantesdeiniciarotrabalho;•Beberbastantelíquidoduranteodia;•Dormirbem;•Procurarfazercaminhadas;•Estasempreemdiascomasvisitasaooculistaecardiologista;•Morarpertodolocaldetrabalho;•Procuraralimentar-sedefrutaseverdurasevitandofrituras;

•Osimpleshábitodeapoiaracabeçasobreoencostojápodeajudarmuito a reduzir o estresse muscular de quem dirige. A maioria dos mo-toristas desloca cabeça para frente em vez de repousá-la sobre o encosto para a cabeça, o que aumenta muito o estresse da musculatura cervical;

•Sevocêestáparadonumengarrafamento,procureligarosomdocarro e ouvir música;

•Espreguiçar-seenquantoocarroestáparadotambémajudaaali-viar o estresse muscular;

•Quantomaisevitarficartensocomtrânsitomenosseráarepercus-são do estresse sobre você.

Uma pessoa que dirige muito tempo todo dia deve fazer exercícios diários de alongamento para a região cervical, como forma de prevenir problemas. Diante desta informação, oriento quatro passos para alongar a região do corpo mais acometida de dores referidas pelo motorista:

1 - Alongar a cabeça sobre o pescoço, para a frente e para os lados, usando o braço direito; com a mão, fazer pressão na altura da região parieto-temporal (lateral) esquerda da cabeça; alongar a cabeça, fletindo-a para a direita. Em seguida fazer o mesmo para o outro lado. Por fim alongar, com ambas as mãos apoiadas na região occipital, fletindo a ca-beça para frente;

2 - Circunvolução da cabeça. Rodar a cabeça sobre o pescoço fazen-do um círculo para a direita, começando com o queixo próximo ao hemi-tórax esquerdo (parte esquerda do tórax), em seguida elevando o queixo para cima para terminar o ciclo com o queixo próximo ao hemitórax esquerdo. Repetir em seguida o movimento na direção oposta;

3 - Alongar os braços sobre o peito. Alongar o braço direito moven-do-o na frente do tórax para a esquerda na altura do ombro e ajudando com o dorso da mão esquerda. Em seguida fazer o mesmo exercício e alongamento com o braço esquerdo.

4 - Alongar os braços para trás, apoiando a mão ou o punho numa coluna ou numa reentrância (curvatura para dentro) da parede, com o braço estendido na altura.

Dicas para combater o estresse (Dra. Eliane Pinheiro)

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11| Revista FECOOPACE

Tentando demonstrar as vantagens do COOPERATIVIS-MO, é que em nosso artigo deste mês abordamos as prin-cipais vantagens entre a Sociedade COOPERATIVADA e

o TRABALHADOR cooperado.Segundo o dicionário Aurélio, cooperativa é: “Sociedade ou em-

presa constituída por membros de determinado grupo econômico ou social, e que objetiva desempenhar, em benefício comum, de-terminada atividade econômica.” Já pela definição oficial da ACI - ALIANÇA COOPERATIVA INTERNACIONAL, “é uma associa-ção autônoma de pessoas unidas voluntariamente para atender suas

necessidades, aspirações econômicas, sociais e culturais comuns, por intermédio de uma empresa coletiva democraticamente controlada.”

História do PinheiroO pinheiro: antigamente o pinheiro era tido como símbolo da

imortalidade e da fecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela grande facilidade na sua multiplicação.

O círculo: também o círculo representava a vida eterna, pois não têm horizonte final, não tem começo nem fim.

As cores: o verde escuro das árvores lembra o principio vital da natureza; fundo amarelo ouro simboliza o Sol, fonte perma-nente de energia e calor.

O símbolo completo: somando estas figuras, nasceu o emble-ma do Cooperativismo que é um círculo abraçando dois pinhei-rinhos, para indicar a união e coesão do movimento, a imorta-lidade e a eternidade de seus princípios, a fecundidade de seus ideais, a vitalidade e energia de seus adeptos. Tudo isto marcado na trajetória ascendente dos pinheiros que se projetam para o alto, procurando subir cada vez mais.

HABILITADO

TRABALHADOR COOPERADO TRABALHADOR EMPREGADO

01. Não há grau de subordinação entre os trabalhadores ou destes ao cliente;02. Participa das decisões e regras de funcionamento;03. Recebe antecipação de resultados segundo a produção e não salário;04. É um trabalhador associado, não tem carteira assinada, é considerado contribuinte individual pelo INSS;05. Pode constituir os Fundos Cooperativos para satisfazer os “patamares mínimos” de descanso anual, poupança, seguros comuns, etc.;06. FATES. Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social é obrigatório;07. Os cooperados podem conceder-se quaisquer benefícios, desde que devidamente contemplado nas planilhas de custo.

01. O trabalhador é subordinado a um empregador;02. Não participa das decisões;03. Recebe salário segundo pisos determinados pelos sindicatos ou o mínimo de Lei;04. Seu contrato é individual através de carteira assinada pelo empregador;05. Pela condição de empregado recebe direitos como férias, 13º salário, FGTS, e outros benefícios proporcionais ao salário, tudo calculado nas planilhas de custo e incluído no custo dos produtos ou serviços do empregador;06. Seguro de acidente gerenciado pelo Estado;07. Capacitação profissional, se houver interesse do empregador.

A DIFERENÇA ENTRE AS SOCIEDADESSOCIEDADE COOPERATIVA SOCIEDADE MERCANTIL01. O principal é o Homem;02. Cada cooperado conta com um voto;03. O Controle é democrático;04. É sociedade de pessoas que funciona democraticamente;05. Os resultados retornam aos sócios proporcional às operações;06. Valoriza o trabalhador e suas condições de trabalho e vida.

01. O principal é o capital;02. Cada ação ou quota conta com um voto;03. O controle é proporcional ao capital;04. É sociedade de capital funcional hierarquicamente;05. Os dividendos retornam aos sócios proporcional ao capital;06. Contrata o trabalho como empregado, subordinado.

O QUE FAZ A DIFERENÇA ENTRE OS TRABALHADORES

Por Escóssia & Escóssia

A Diretoria da COOTTRECE fez festa para os cooperados, dia 20 de dezembro, na praia do Ica-

raí, em comemoração ao produtivo ano de 2009. O encontro começou às 11 horas e se estendeu até o final da tarde.

Cooperados, familiares e amigos se confraternizavam ao som da música ao

vivo do violonista Marcelo Mesquita. O prato principal: a deliciosa feijoada bra-sileira. Presentes ao evento, entre outros, Rafael Machado, advogado do Sindivans-Fortaleza; Carla Escóssia, advogada da FECOOPACE; Alberto Nunes, da empre-sa de ônibus COMIL, Ricardo William, da revendedora de carros Cequip; César No-bre, presidente da FECOOPACE.

Para Núbia Furttado, presidente da COOTRECE, 2009 foi um ano de muita luta. A classificação de 29 dos 32 coope-rados foi vitória marcante, mas também o bom fruto colhido de uma luta iniciada em 2003. Para 2010, o maior objetivo da Cooperativa é viabilizar economicamente cada linha para que o permissionário, o motorista e o trocador possam ganhar o pão de cada dia mais tranquilamente.

TestemunhaisA cooperada Vânia Parente (Linha For-

taleza/Itapajé) “adorou a confraterniza-ção”. Para ela, “uniu todos os cooperados da COOTTRECE”. Disse mais: “Entrei esse ano no ramo e acho que é um negócio muito promissor. Sinto que é fundamental ter um bom atendimento, trabalho, perseverança e muita fé em Deus. A concorrência é muito grande e a COOTTRECE tem me ajudado muito. Em 2010, pretendo crescer”.

Para o cooperado Rui Barbosa que estava com filhos e esposa, a confraterni-zação serviu para fechar com “chave de ouro” um ano “muito bom em termos de experiência cooperativista”. Fazendo a li-nha Apuiarés/Fortaleza, acredita que 2010 vai ser um ano melhor do que 2009.

COOTTRECE reuniu cooperados para celebrar o “produtivo ano de 2009”

CONFRATERNIZAÇÃO

Cooperados reunidos no Icaraí

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12 | Revista FECOOPACE

ALTERNATIVA SOCIAL/INTERCOOPERAÇÃO

A parceria entre o Sistema OCB/SESCOOP-CE, a COOTRAPS - Cooperativa dos Transportes

Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará - e a UNIODONTO deu certo e mais de mil crianças já foram atendidas pelo Projeto Sorrisão, cujo principal foco é conscientizar os alunos das escolas pú-blicas sobre a importância da escovação adequada e da higiene bucal. E acontece através de aulas educativas e do atendi-mento às crianças e adolescentes feito pe-los dentistas cooperados da UNIODON-TO.

O trabalho foi iniciado em agosto do ano passado e até o final de 2009 levou a três bairros de Fortaleza dicas importan-tes sobre higiene bucal, pessoal e coopera-ção. “Importante mesmo”, segundo a ide-alizadora da parceria, Jaqueline Palhano,

Conselheira Fiscal da COOTRAPS, “foi ver essas comunidades felizes da vida com a ação desenvolvida em conjunto”.

A ideia surgiu de uma conversa entre Jaqueline e Ilana Maciel de Oliveira, Ge-rente de Capacitação do Sistema OCB/SESCOOP-CE. A UNIODONTO dispo-nibilizou duas dentistas para atender ao público que vai e volta todo o dia na van da COOTRAPS. Por onde passa a linha passa, também passa o Projeto.

As linhas do sorrisoMais de 140 crianças foram atendidas

na Escola Sol, por onde passa a Linha 52 – Caça e Pesca. Em novembro de 2009, 340 crianças e jovens foram beneficiadas apenas no Conjunto Palmeiras, por onde passam as linhas 12 e 59. O ano terminou com 540 crianças atendidas no Palmeiras e nas Goiabeiras, por onde passam as li-nhas 12, 59 e 54, respectivamente. Para 2010 o objetivo é ampliar e fazer com que a ação seja semanal.

Confira entrevista com Jaqueline Pa-lhano.

Como funciona o Sorrisão?Duas dentistas da UNIODONTO

são levadas para cada comunidade visi-tada. Elas esclarecem a população sobre como escovar os dentes. A Cooperativa de Transportes disponibiliza um carro para levar as crianças e adolescentes carentes ao lugar previamente acertado. As den-tistas levam kits para serem distribuídos. Nós levamos as revista da FECOOPACE para que as mães conheçam um pouco do nosso trabalho.

Qual a mensagem passada du-rante as conversas?

Nos filmes exibidos para os mais no-vos, a importância de escovar os dentes. Para os mais velhos, passamos a mensa-gem da prevenção sexual. Eles entendem, são muito receptivos. Todas essas escolas estão abertas ao Projeto.

O que se espera para 2010?Para 2010, pensamos trazer uma en-

fermeira para tirar pressão, glicose e melhor atender aos nossos cooperados. Queremos fazer isso semanalmente. Cada coordenador de linha deverá organizar e procurar a escola para que nos deem es-paço para o atendimento.

Por onde passa uma linha, fica o sorrisão saudável de crianças e adolescentes

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13| Revista FECOOPACE

MEMÓRIA - 1ª PARTE

A realidade dos transportes complementares nos dias de hoje

O Transporte Complementar, anteriormente denominado “Transporte Alternativo”,

teve em seu início uma história de luta. Prefeito de Fortaleza, à época, Dr. Juraci Magalhães, era notoriamente contrário ao novo modal de Transporte Público que se iniciava. No dia 30/12/1997, ele assinava o Decreto nº 10.222, proibindo o Transporte Alternativo em nossa Ca-pital.

Antecipando esse revés, iniciava-se um trabalho de fôlego para a coleta de assinaturas que fossem suficientes no sentido de aprovar uma Lei criando o novo modal: de posse das assinaturas que tinham uma reserva confortável de assinaturas e o apoio dos vereadores Acilon Gonçalves; Luizianne Lins; Nel-son Martins e Sergio Novaes, entre tan-tos outros que contribuíram com a mes-ma importância, e que peço desculpas pela falha da memória se outros deixei de citar.

Legalizando o TransporteAlternativo

No dia 30/09/1997 havia sido apro-vada a primeira Lei de Iniciativa Popu-lar legalizando o Serviço de Transporte Público Alternativo de Passageiros na Capital Alencarina. Foram coletadas 58.000 (cinquenta e oito mil) assinatu-ras. Após análise, foram consideradas 53.000 (cinquenta e três mil), assinatu-ras quando bastavam 51.000 (cinquenta e um mil) assinaturas.

No feito acima, pontuaram as seguin-tes lideranças: Luís Vieira; Rego Barros; Afonso Barbosa; Sebastião Vidal; etc. Importante salientar que os acima cita-dos, todos, eram líderes de Entidades re-presentativas ligadas ao Transporte Al-ternativo e que, no momento do risco de

extinção do modal em seu nascedouro, perceberam que se não se unissem o pior fatalmente aconteceria.

Primeiro Contrato dePermissão

Aconteceu, então, a Licitação para preenchimento dos 20% (vinte por cen-to) da frota do Transporte Convencio-nal; em números redondos chegou-se ao total de 320 (trezentas e vinte) vagas, divididas em 16 (dezesseis) linhas com 20 (vinte) permissionários, conforme re-lação que se segue.

Com apenas 59 (cinquenta e nove) candidatos concorrendo, sendo classifi-cados 55 (cinquenta e cinco) permissio-nários do Sistema Alternativo de Forta-leza, o governo Municipal, com o aval da Procuradoria do Município, concedeu Contrato de Permissão aos 265 (duzen-tos e sessenta e cinco) restantes para que fosse completado o número de vagas em aberto com Concessões. Posteriormen-te, criou-se o mecanismo de legalização para todos, como está até hoje.

Sistema de BilhetagemEletrônica: divisor de águas

Após o breve relato da história do Sis-tema de Transporte Público Alternativo de Fortaleza, passemos para a realidade do Sistema Complementar. Quero dei-xar registrado, porém, que outros fatos tão ou mais relevantes que os menciona-dos tenham ocorrido nesse interregno, e que certamente serão abordados noutra oportunidade.

O grande divisor d’água – e maior responsável pelo crescimento de nosso Sistema – foi, sem dúvida nenhuma, a implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica. O fato, por si, é testemunha do salto qualitativo no serviço prestado pelo modal. Passamos, pois, a ser respei-tados pelo sistema financeiro, que perce-beu, entre outras perspectivas alvissarei-ras, a dupla garantia de se financiar nos-so equipamento de trabalho: a alienação fiduciária do bem e o repasse automático que o sistema propicia.

Nº DE ORDEM

Nº DA LINHA NOME DA LINHA

1 003 Paupina / Pici

2 005 Canindezinho / Iguatemi

3 006 Edson Queirós / Barra do Ceará

4 009 Conjunto Ceará / Centro

5 010 Conjunto Ceará / Bonsucesso / Centro

6 011 Barra do Ceará / Cais do Porto

7 012 Conjunto Palmeiras / Papicú

8 013 Santos Dumont / Perimetral

9 025 Parque Santa Maria / Liceu

10 029 José Walter / Centro

11 052 Caça e Pesca / Centro

12 053 Cidade 2.000 / Sargento Hermínio

13 054 Granja Lisboa / Goiabeiras

14 055 Conjunto Alvorada / North Shopping

15 057 Vila Velha / Centro

16 059 Conjunto Palmeiras / Centro

Xilon de Souza (Presidente da COOPTRATER)

Registro CRC-CE: 016541/O-6 Rua Pedro Borges, 135 - Sala 1601 - Edifício PortugalCentro - Fortaleza – CEFone/Fax: |85| 3226-2144 – Cel: |85| 8722-7139E-mail: [email protected]

Consultoria Contábil para Cooperativas de Transporte

Marcelo Fialho

Continua na próxima edição...

Fac - símile de matéria jornalística à época

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14 | Revista FECOOPACE

NOTÍCIAS DE LÁ!

Quem manda notícias da COO-PRECENSUL (Cooperativa dos

Profissionais em Transportes Alternativos de Iguatu e Região Centro-Sul) é o presi-dente, Antônio Valdenizo da Costa, mais conhecido por “Nizo”. A Cooperativa foi criada em 2001.

Frota em circulação, atualmenteEm torno de 80 carros.

As linhas que esses carros fazemIcó, Orós, Cedro, Várzea Alegre, Jucás,

Cariús, Tarrafas, Saboeiro, Campos Sales, Aiuaba, Acopiara, Catarina, Quixelô.

Maiores desafios enfrentados, hoje

1 - Até a presente data, não houve uma capacitação de trabalho, nem para a diretoria e nem para cooperados;

2 - A concorrência. Após a licitação feita pela o Governo do Estado, espera-mos haver uma fiscalização dos trans-portes que ficaram na clandestinidade. Não há outra cooperativa na Região, mas estamos preparados;

3 - Sempre optar pela qualidade e se-gurança dos transportes para os passa-geiros;

4 - Organização da nossa Secretaria.

Um desafioA licitação. Na proposta técnica, fo-

mos classificados, estamos esperando a posição da PGE para que possamos entre-gar o segundo envelope e, assim, concluir-mos a licitação.

Foco do trabalhoA COOPRECENSUL está focada no

atendimento com qualidade e segurança

máximas. As cidades que fazem parte do

Centro-Sul são de difícil acesso. Também

queremos ter horários flexíveis para toda

a Região.

Considerações finaisA COOPRECENSUL deseja a seus

cooperados e usuários um feliz 2010. Es-

tamos de portas abertas para atender a

todos.

Endereço COOPRECENSUL

Avenida Agenor Araújo, No 709, sala 01

Centro - Iguatu-CE - CEP: 63500-000.

Tel: (88) 3581-0449

COOPRECENSUL, a opção pela qualidade e a segurança do transporte complementar no Centro-Sul cearense

José Neto, Anderlúcio Freitas de Araújo e Antônio Valdenizo da Costa

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OUVIDORIA

“Particularmente (falo apenas por mim), não gosto das cores azul e branca que é o padrão dos transportes comple-mentares. Acho muito acanhado, sem vida. Já pensaram em mudar para algo mais vivo, mais alegre, mais dinâmico?”

(Costa Alencar – Varjota)

OUVIDOR RESPONDE:Na verdade o layout dos veículos do

transporte complementar da cidade de Fortaleza é uma proposta que, comparan-do-se aos padrões estaduais, é uma inova-ção. Já sobre as cores, representam a logo marca das cooperativas que atuam na ci-dade.

“Até poucos anos atrás, a gente ficava na parada esperando o ônibus convencio-nal e, se primeiro passasse um alternativo, a gente dava a mão e entrava. Hoje tá dife-

rente. A gente fica na parada e logo passa o alternativo. O comum demora! Parabéns a vocês que fazem os complementares. Aos poucos estão se transformando na primei-ra opção de deslocamento na cidade”.

(João Ribeiro Neto – Planalto do Pici)

OUVIDOR RESPONDE:O nosso desafio é fazer com que os usu-

ários tenham ao seu alcance um serviço de transporte rápido, seguro e confortável. A frequência de nossos veículos nas paradas é um reflexo da dinâmica de nossa missão, servir com pontualidade com o propósito “complementar” ao sistema convencional.

“Tem uma coisa que eu não gosto nos complementares: todos os veículos são pequenos. Não dá pra vocês botarem na praça ônibus grandes, do tamanho desses das empresas convencionais? É por isso

que os complementares só andam lotados, à moda lata de sardinha!”

(Dona Netinha – São Gerardo)

OUVIDOR RESPONDE:Cara usuária, já existe várias propos-

tas em andamento no que diz respeito ao tamanho do veículo tendo em vista as necessidades de atender o aumento da demanda de nosso serviço, princi-palmente na capital. Mas devemos ser justo que a categoria em parceira com o poder público já avançou muito nos últimos dez anos; os nossos veículos saí-ram do modelo van para hoje operarem com modelos microônibus. Entretanto devemos aguardar brevemente um aper-feiçoamento nos veículos que prestam o serviço complementar.

SÃO PAULO - A partir de 04 de ja-neiro de 2010, a tarifa de ônibus em São Paulo passa a ser de R$ 2,70, valor 17,4% maior do que a tarifa anterior, de

R$ 2,30. Desde 2006, o preço da passa-gem não era reajustado. Em 2008, para cumprir uma promessa eleitoral, o pre-feito Gilberto Kassab (DEM) manteve a

tarifa congelada. Segundo a Prefeitura, o novo valor “corresponde apenas à de-fasagem provocada pela inflação desde novembro de 2006”.

Fonte: Jornal O ESTADO DE S. PAULO

Ouvidoria da FECOOPACE

Tarifa de ônibus sobe para R$ 2,70 em SPNOTÍCIA DO BRASIL

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PRIMEIRA LINHA

Edvaldo Pereira da Silva estava de férias com a família em

sua terra natal, São José do Egito-PE, no Alto Sertão do

Pajeú, a 412 quilômetros do Recife, quando a reportagem

conseguiu falar com ele, já neste início de ano. Na pauta, saber dele

um pouco mais sobre a Linha 03, a militância no movimento com-

plementar de transportes urbanos.

Se você não sabe quem é o Edvaldo de quem se fala, eis uma

dica forte: é o coordenador da sempre bem servida linha que faz

o trajeto Paupina/Campus do Pici. Há 11 anos ocupa a função.

Ele tem carro rodando na praça, como cooperado da COOTRAPS

- Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros do

Estado do Ceará, desde “a greve de fome que fizemos na Praça”,

diz, brincando.

O companheiro de quem falamos é ninguém menos que o

“Jacó”, pernambucano que adotou Fortaleza há duas décadas.

Conta que fundada, em 1997, a COOTRAPS, que se chamava

COOTRAKS, operava com kombis. “Depois vieram as vans, to-

pics, bestas”. Hoje, são os microônibus, de 8,50 metros, a transpor-

tarem milhares de pessoas diariamente.

“E já estamos colocando elevadores em cada carro”, finaliza

Edvaldo, ou Jacó, para os companheiros de trabalho.

Viaje com a gente nesse itinerário de beleza e graça!

Pedro Paulo Silva de Oliveira, 36 anos, sempre quis ser artista. Motorista da linha 12, dedicado ao sistema complementar há 11 anos, ele acaba de realizar o gran-

de sonho: lançar um CD de músicas. O trabalho já está na praça, e se chama Pedro Paulo (cover do Beto Barbosa) – O melhor da lambada, com tiragem de 1.000 cópias.

“Inigualável” na imitação do famoso intérprete de “Adocica”, o motorista cultivava a paixão de há muito: “Imito o Beto desde o tempo da lambada, por volta de 1988”. E atribui a Deus e ao seu esforço a gravação do primeiro disco.

Quem fala assim não é gago!Não bastassem as dificuldades financeiras e estruturais para

gravar o CD, Pedro Paulo tem outro agravante: sofre de proble-ma vocal. É tartamudo, ou melhor, sofre de gagueira. “No come-ço eu não cantava, eu mesmo tinha um preconceito com a minha voz, tinha medo das pessoas não aceitarem, só dançava...”. Mas nada impede Pedro Paulo de superar obstáculos.

Na telinhaAgora, a meta desse motorista de sucesso é ter um empresário

e poder fazer shows e divulgar o seu trabalho, por isso ele parti-cipa de programas de televisão. Já esteve duas vezes no programa Clube do Brega da TV Diário, apresentado pelo Silvino Neves, e afirma que foi sucesso total. Alguém duvida?

Construindo o sucessoPedro Paulo tem um método considerado infalível para estar

na cabeça das paradas: com outro nome, liga pras rádios, diver-sas vezes, e pede suas próprias músicas, tal como fazia o pai de Zezé di Camargo e Luciano no filme “Os filhos de Francisco”.

Não está só nessa empreitada, os amigos também ajudam. “Não é fácil”, garante. “Eu mudo de nome, digo que moro em outro bairro, meus colegas também ligam. Eu já liguei e dei ou-tro nome e eles disseram que não tinham o CD, mas eu deixei um exemplar lá. Fico insistindo mesmo, porque é difícil. Eu tô batalhando.”

Serviço:Pedro Paulo (cover do Beto Barbosa) – O melhor da lambadaContatos: (085) 8775-3181/(085) 8758-5860

Paupina/Pici atravessa Fortaleza com segurança e pontualidade

Das paradas de ônibus às paradas de sucesso!

Coordenador da Linha 03 conhece o assunto Motorista cover de Beto Barbosa grava CD

FAZENDO ARTE