revista papo jovem

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1 Papo Jovem Papo Jovem Papo Jovem Acerte na escolha. Originalidade é o mais importante na entrevista Ideias + Criatividade = Empreendedor Fábio Seixas Um sonho para muitos, um desafio para tantos e vontade para poucos As 12 (possíveis) perguntas feitas numa entrevista de emprego Ideias + Criatividade = Empreendedor Edição 01 - Novembro - 2010

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Revista desenvolvida para TCC do curso de Comunicação Social - Jornalismo

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Page 1: Revista Papo Jovem

1Papo Jovem

Papo JovemPapo JovemAcerte na escolha.Originalidade é omais importantena entrevista

Ideias +Criatividade =

Empreendedor

Fábio Seixas

Um sonho paramuitos, umdesafio paratantos evontade parapoucos

As 12(possíveis)

perguntas feitasnuma entrevista

de emprego

Ideias +Criatividade =

Empreendedor

Edição 01 - Novembro - 2010

Page 2: Revista Papo Jovem

2 Papo Jovem

Page 3: Revista Papo Jovem

3Papo Jovem

Revista Papo JovemAno 2010 | nº 01

Editora:Aline Nascimento

Conselho Editorial:Adriana Marcon;

Aline Nascimento;Carla Rosana

Arte Gráfica:Aline Nascimento

Diagramação:Aline Nascimento

impressão:Gráfica Rápida

Orientador:Prof ª Lurdes T. Guerra

Coordenador de Jornalismo:Cezar R. Versa

Tiragem:2.000 exemplares

A Revista Papo Jovem é umapublicação para o trabalho deconclusão de curso, do curso de

Jornalismo, da Faculdade deCiências Sociais Aplicadas de

Cascavel – UNIVEL

Papo JovemPapo Jovem

A revista Papo Jovem em sua primeiraedição tem reportagem com pessoas que jápassaram pela dificuldade de encontrar o pri-meiro emprego e eles comentam sobre o queestão fazendo para estar sempre buscandoqualificação para o mercado.

Conquistar a primeira vaga de trabalhonão é fácil. A pouca qualificação profissionalé um dos obstáculos para o jovem conseguiruma oportunidade de trabalho. Para ter umdiferencial uma boa dica para quem está àprocura do primeiro emprego é: persistência,preparação, além de ter conhecimento emoutros idiomas, conhecer informática, falar eescrever corretamente o português são al-guns dos requisitos.

Hoje, a internet contribui para a divul-gação de diversos tipos de informação. E omercado de trabalho está exigente, então, pro-fissionais e estudantes que buscam meiospara adquiri r infor mação e a lcançar acapacitação profissional, podem usar destatecnologia muitos cursos são oferecidos pelainternet, e vale lembrar que muitos deles sãogratuitos.

Editorial

Boa leitura e até a próxima ediçãoEquipe Papo Jovem

Page 4: Revista Papo Jovem

4 Papo Jovem

Ideias + Criatividade =Empreendedor 18

Dificuldades para estudar nãodesanimam quem tem um objetivo

Um sonho para muitos, um desafiopara tantos e vontade para poucos

09

08Dificuldades

06Voluntários à disposição dos jovens

10A vida pelo olhar do Intercâmbio

11 Realizações, metas cumpridas, espíritoempreendedor

12Relato de um intercambista

13Experiência de trabalho e de vida

16As 12 (possíveis) perguntas feitas numaentrevista de emprego

20A era da tecnologia vem com tudo

24Jovens: nunca é tarde para (re) começar

novembro 2010

Page 5: Revista Papo Jovem

5Papo Jovem

Acerte na escolha.Originalidade é omais importante

na entrevista

Informática, cada dia maispresente em nosso cotidiano

A importância de um técnico emsegurança de trabalho na empresa

14

22

21

25Jovens tem a oportunidade de estartrabalhando e estudando

26Você tem um hobby?

28Projeto de lei pode levar à prisão quemfalsificar dados profissionais no currículo

28Empregos temporários uma boaoportunidade

31Está procurando emprego?

32Motivos para estar sempre lendo página 28

34Tenha uma boa Leitura 30

Papo JovemPapo Jovem

Page 6: Revista Papo Jovem

6 Papo Jovem

Grupo Escoteiro Cascavel

Voluntários à disposição dos jovensAtividades realizadas pela entidade contribuem para a formação do caráter decrianças e jovens

Adriana Marcon

Em 1908, foi escrito o pri-meiro manual do escoteiro, porLord Robert Baden-Powell(1857-1940), britânico e funda-dor do escoteirismo, uma orga-nização de educação extra esco-lar, a qual tem como objetivoauxiliar no desenvolvimento físi-co, social, intelectual e espiritu-al de jovens.

Em Cascavel, os trabalhostiveram início em 22 de novem-bro de 1982, data da fundaçãodo Grupo Escoteiro Cascavel, edesde esta data suas atividadessão desenvolvidasininterruptamente, e hoje contacom aproximadamente 160 cri-anças e jovens entre sete e 21anos.

O Grupo está localizado noParque Ecológico Paulo Gorski,o zoológico, área esta cedida pelaPrefeitura Municipal de Casca-vel, para a realização desse tra-balho, os quais ocorrem todos ossábados das 14h30 às 17h30.

Todas as atividades são re-alizadas de acordo com a faixaetária das crianças. Os Lobinhos,formada por um grupo de crian-ças de sete a 11 anos, nesta faseé feito um trabalho especiíficoem que os instrutores utilizam afantasia para facilitar o aprendi-zado.

Dos 11 aos 15 anos pas-

sam para a Tropa Escoteiro, paraesta idade são feitos diversostrabalhos como jogos educativose cooperativos, atividades deacampamento, e também um sis-tema de especialidades, distinti-vos que eles conquistam ao lon-go do período de Escoteiro e issofaz com que futuramente eles te-nham facilidades na escolha daprofissão.

São diversas especialida-

des como cozinheiro, química,enfermagem, segurança, primei-ros socorros, são especialidadesque fazem com que a criança aolongo de sua vida no escotismopossa descobrir por meio de ati-vidades lúdicas informaçõespara uma futura profissão.

A partir dos 15 aos 18anos a Tropa Sênior, são desen-volvidas atividades ligadas àaventura, são elas o rapel, bóiacross, canoagem, acampamen-tos volantes. São atividadesmais radicais para atender essafaixa etária, e acima dos 18 anosaté os 21, ingressam na TropaPioneiros, o lema deles é servira comunidade, trabalhando emvários projetos.

Reportagem

“Quando não se tem oprofissional de umadeterminada área

recorre-se a comunidadeem busca desse”

divulaçaoFoto: Divulgação

Page 7: Revista Papo Jovem

7Papo Jovem

De acordo com OsmairNeros Pereira de Souza, chefe detropa do Grupo Escoteiro Casca-vel, onde atua desde a sua fun-dação, já passaram pelo Grupodiversas pessoas que hoje atu-am em variadas profissões, “vá-rios jovens, hoje adultos, quepassaram pelo Grupo são médi-cos, advogados, engenheiros flo-restais, bombeiros dentre outrasatividades, ou seja, nós desen-volvemos esse espírito para quea criança possa descobrir qual éa melhor profissão”, destacaOsmair.

O treinamento desses jo-vens é feito por profissionais vo-luntários de várias áreas. Sãomédicos, engenheiros, policiais,psicólogos, e quando não se tem

o profissional de uma determi-nada área recorre-se a comuni-dade em busca desse.

Para ingressar no Grupotanto a criança quanto o profis-sional, todos devem ser voluntá-rios, no caso das criançasOsmair lembra que “quando o paitraz seu filho para ingressar noGrupo Escoteiro a primeira coi-sa que perguntamos é se a cri-ança é voluntária por que essacriança não pode ser forçada, elatem que gostar disso, o que é es-sencial para o seu ingresso”.

Devido às diversas brinca-deiras todas com um fundo edu-cacional, a criança participa e ge-ralmente gosta, são atividadesessenciais para o desenvolvi-mento do caráter da criança queé o maior objetivo doescoteirismo, formar bons cida-dãos para atender a sociedade.

São vários os projetos de-senvolvidos pelo Grupo Escotei-ro Cascavel, chamados de ciclode programas que são desenvol-vidos para auxiliar a comunida-

Paulo Augusto Gaspar da Silva, de 15 anos, participa daetapa Tropa Escoteiro, mas conheceu o Grupo de Escoteiro hánove anos junto com seu irmão, ele soube desse trabalho pormeio de amigos de sua família.

“Mudou muita coisa, no escoteiro eles ensinam aformação de líderes, minha mãe percebeu que mudeibastante, me ajuda na escola, o meu psicológico, fizmais amigos, eu recomendo, são atividades quemelhoram a auto-estima”.

“Nós desenvolvemosesse espírito para que acriança possa descobrir

qual é a melhorprofissão”

Reportagem

de, por exemplo, o trabalho rea-lizado juntamente com o Corpode Bombeiros na catástrofe ocor-rida em Santa Catarina.

Como o escoteirismo écomposto pelo voluntariado,Osmair salienta, “temos hojecerca de 20 crianças inscritas noGrupo, mas estão na fila de es-pera, isso ocorre por causa dafalta de profissionais voluntári-os”.

Dessa forma, a solicitaçãopara profissionais que possamcontribuir ao trabalho voluntário,compareça no Grupo EscoteiroCascavel, localizado junto ao zo-ológico de Cascavel para obtermais informações, bem como arealização das inscrições, lem-bramos ainda, que os encontrosocorrem todos os sábados noperíodo da tarde.

“O lema deles é servira comunidade,

trabalhando em váriosprojetos”

Adr

iana

Mar

con

Page 8: Revista Papo Jovem

8 Papo Jovem

Vida de estudante

Dif iculdades para estudar nãodesanimam quem tem um objetivoMuitos estudantes passam pela correria de trabalhar e estudar ao mesmo tempo,agregando uma experiência considerável na vida profissional e pessoal

Aline Nascimento

A necessidade de estudo e detrabalho faz com que muitos estu-dantes procurem um emprego an-tes mesmo de terminar a faculda-de. E às vezes o estudo não estána cidade natal, sendo assim, oaluno tem que viajar todos os dias,ou mesmo morar em outra cidadepara conseguir estudar.

A vida corrida da estudanteKatiane Ferreira dos Santos, 18anos, não é diferente da correriade muitos outros estudantes. Mo-rando na cidade de São José dosQuatro Marcos em Mato Grosso,diz com orgulho do que conseguiu“Estou hoje aqui em MT pelo fatode ser um dos privilegiados a con-seguir uma bolsa pelo PROUNI”,no curso de enfermagem. Mas avida dela não é tão fácil como elaesperava, pois sua família moraem Rolim de Moura - RO, e mata asaudade de forma hoje, um tanto

normal “meus pais me ligam to-dos os dias, sem falar as horasque passamos no Messenger”.

E a dificuldade que ela passaalém de estar longe da família, ése adaptar a vida acadêmica “Pos-so dizer que não é nada fácil, ain-da mais quando se trata demorar sozinho em outro es-tado e cidade, enfim, tudomuda na vida dagente ,principal-mente oaumentoda res-ponsabi-l i d a d eque de-vemost e r ” .T r a -b a -lhan-

Reportagem

do de forma informal na faculda-de, ela aprende cada vez mais so-bre o seu curso. Passa horas emais horas estudando e tentandoesquecer um pouco a saudade quebate no peito. Mas ela já sabe queé temporário, e diz “Sou apaixo-nada pelo meu curso, sem falarque na área da saúde temos certafalta de profissionais de enferma-gem( RO e MT) , é um curso queoferece diversas áreas para setrabalhar dentro da saúde” E con-clui já pensando no seu futuro“Pretendo depois de formada tra-balhar com povos indígenas”.

Todos os dias é uma corri-da contra a dificuldade para

conseguir ad-ministrar avida acadêmi-ca e solitária,mas ela nãod e s a m i n a ,sabe que nãohá vida demordomia,que temque estu-dar paraconseguiralcançar oseu so-

nho, e trabalhar parapossibilitar que não demore tan-to para se concretizar.

Fotos: Divulgação Arte Gráfica: Aline Nascimento

Fotos: Arquivo Pessoal

Page 9: Revista Papo Jovem

9Papo Jovem

Uma busca duvidosa

Um sonho para muitos, um desafiopara tantos e vontade para poucosCom pouca ou nenhuma experiência muitos jovens procuram emprego nas agências dotrabalhador, ou nas empresas que oferecem estágio

Carla Rosana

As dificuldades para conse-guir o primeiro emprego aparecemuma vez que muitos não sabem aprofissão que desejam exercer,enquanto os jovens que traçamsuas metas com determinação al-cançam seus objetivos.

Um  exemplo de jovem deter-minado é o professor e coordena-dor do curso de jornalismo daUnivel , Cézar Roberto Versa, 28.Com 18 anos, ele conseguiu o seuprimeiro emprego em uma escolade idiomas em Cascavel onde leci-onava aulas de espanhol. Cézarcursou a faculdade de letras jun-tamente com o curso de jornalis-mo, onde hoje é coordenador docurso com aproximadamente 160alunos. Além de fazer as duas fa-culdades ao mesmo tempo, eletrabalhava no período da tarde.

Hoje, com 28 anos, já temconcluído seu mestrado. Ele co-menta sobre os percursos dessadeterminação “as dificuldadesaparecem em todos os momentose é com elas que devemos apren-der”.

Cezar diz que foi uma fasedifícil, precisava de muita leitura,tinha diversas tarefas, mas seuobjetivo era terminar, e com forçade vontade e determinação seudesejo foi cumprido.

A escolha para a profissãodocente surgiu por que gosta defalar, de se comunicar, o jornalis-mo entra na sua vida pela questãoda comunicação, e em sua concep-ção é algo fantástico. Sua experi-ência com o jornalismo é ser pro-fessor do curso. Há 10 anos, exer-ce essa profissão, “Eu não me

vejo sem ser professor, adoro mi-nha profissão”, afirma.

Hoje tem 40 aulas horas nafaculdade, além de trabalhar emuma escola durante o dia, mas dizque ensinar  tanto adultos na fa-culdade, quanto jovens na escolaé sempre uma renovação.

Sobre a questão do não di-ploma de jornalista afirma que jor-nalista é um comunicador sociallogo deve se buscar a formação.“O mercado dá experiência, masé na faculdade que o aluno apren-de técnicas que farão diferença(...). Se na Rede Globo abre va-gas, por exemplo, é exigido diplo-ma, quem tem já faz diferença”.

No entanto, é por meio dasexperiências e do conhecimentoque o profissional deve buscar sercada dia melhor.

Reportagem

Foto

s: A

rqui

vo p

esso

al

Page 10: Revista Papo Jovem

10 Papo Jovem

Experiência

A vida pelo olhar do IntercâmbioQuando entramos em contato com outra cultura nos é proporcionada uma experiência devida que será o grande diferencial.

Para receber uma boa propos-ta no trabalho ou ter um salário maisatrativo, além de perfilcomportamental estar de acordocom os valores da organização, énecessário estar preparado paraatender ou superar as expectativasda empresa. Um intercâmbio podeajudar nas dificuldades que venhamsurgir na carreira e ser a oportuni-dade de ampliar a sua vida profissi-onal.

Os benefícios de umavivência no exterior vão além dafluência em um idioma novo.Quando entramos em contatocom outra cultura nos é propor-cionada uma experiência de vidaque será o grande diferencial. Épreciso se adaptar aos diferen-tes costumes, e como resultadose tem o crescimento pessoal.

Sabrina Heinzen, 30, forma-da em Turismo e Hotelaria, pas-sou uma temporada em Londresonde realizou cursos e tambémtrabalhou, conta sobre a vida noexterior, “Primeiro você percebeque é tudo muito diferente, o cho-que é grande”, ressalta.

Uma viagem para o exterioré o sonho de muitos jovens, e aSabrina conta que quando foi para

Lon-dres,ima-g i -nou aexperi-ência, oinglês -que ela jádominava,- alem dasv i a g e n sines quec í -veis que o in-tercâmbio lheproporcionaria.Porém, o queela percebeu foique longe dassuas raízes o es-sencial era a línguae a cidadania. Oscursos e graduaçãorealizados no Brasilnão tinham muito valorlá fora. Ela completaque, “É preciso primei-ro ter o essencial lá (alíngua), depois o restovocê consegue fazer e desenro-lar conforme as regras e costu-mes locais.”

“Aprendi o inglês, fiz cur-

sos, traba-lhei e depois de três

anos voltei ao Brasil.”Na volta, ela se surpreende

com a reação do mercado de tra-balho brasileiro em relação à suavivência no exterior. Quando che-gou, com toda bagagem adquiri-

Adriana Marcon

Reportagem

“Aprendi o inglês, fizcursos, trabalhei edepois de três anosvoltei ao Brasil.”

Page 11: Revista Papo Jovem

11Papo Jovem

da ao longo dos três anos fora,logo foi à busca de uma coloca-ção profissional, porém o entusi-asmo com a tão sonhada oportu-nidade de trabalho deu lugar auma frustração. “Para minha sur-presa, o que ouvia nas entrevis-tas não era algo que me alegras-se, e sim algo que me decepcio-nou ainda mais com o mercadobrasileiro de trabalho.”

As expressões queela ouvia comumente eram:

“Seu currículo é muito bom,não podemos pagar o que vocêmerece.” Ou então, “Você falainglês fluente? Que bom! É di-fícil conseguir alguém quefale e que tenha essavivência.” Ou seja, Sabrinafoi barrada pelo fator eco-nômico.

Hoje, continua embusca de um diferencial de-

pois de realizar uma pós gradua-ção, um curso técnico adminis-trativo e um bacharelado, agoracursa um tecnólogo. E ela finali-za com um alerta para quem estáingressando no mercado de tra-balho, “mesmo tendo muitas ex-periências profissionais, e umasegunda língua, nada nunca é osuficiente.”

Divu

lgaç

ão A

rqui

vo p

esso

al

Ma io r capac i ta çã o ,conhecimento , experiên-cia, e boa índole são algunsdos requisitos exigidos pe-los empresários na horado preenchimento de va-gas.

Marcílio Souza é ge-rente em uma loja de ele-trodomésticos em Cascavele comenta que os empresá-rios sentem falta de pesso-as capacitadas em váriossetor es do comércio .“Estamos carentes destesjovens com conhecimento evontade de aprender”, ex-plica.

De acordo com Souza,em alguns setores do co-mércio os empresários con-seguem ensinar os jovenspara determinados postosde trabalho, mas na maio-ria das vezes é preciso tero mínimo de conhecimento.As vagas existem, mas fal-ta preenchimento”. Con-clui.

O empresár io IvoPegoraro  é dono de um su-permercado na cidade deCascavel, e comenta que re-cebe currículos todos osdias, mas antes dacontratação é feito todo umprocesso para avaliar al-guns critérios, para que aempresa ao oferecer vagasnão venha a sofrer prejuí-zos.

“Supermercado é um

dos primeiros lugares queos jovens procuram empre-go, então ao contratar essesmeninos já explicamos deque forma a empresa traba-lha quais normas sãoadotadas , para que eles nãotirem o lugar de outros”.Conclui.

Entidades como SESCe SENAI oferecem cursos dequalificação para os que de-sejam ampliar seu conheci-mentos nessa área.

Anderson Lima, hojecom 17 anos,já trabalhacom carteira assinada. Eleiniciou como estagiário eeste há um não trabalha namesma empresa. Comeceicomo estagiário, eles gosta-ram do meu trabalho e gra-ças a Deus fui contratado”.Comenta.

Com força de vonta-de para aprender e mos-trar que são capazes derea l izar as tarefas pro-postas, os jovens, na suamaioria, se destacam nasempresas com uma boaprod ut iv ida de, se mos -tram interessados e comempreendedorismo nato,com gar ra e vontade devencer, realizando assimum sonho tão almejadoaté mesmo pelos pais. Épreciso influencia los abuscar com mais interes-se , conhecimen tos queirão somar para a vida in-teira.

Realizações, metas cumpridas,espírito empreendedor

Carla Rosana

Reportagem

Realizações

“Mesmo tendomuitasexperiênciasprofissionais,

e umasegundalíngua,

nada nuncaé o

suficiente.”

Page 12: Revista Papo Jovem

12 Papo Jovem

Intercâmbio

A brasileira Virna Leite conversa com a equipe do Papo Jovem e fala sobre asconquistas e os desafios de morar em um país totalmente diferente de sua naturalidade

Adriana Marcon

A psicóloga Virna Leite, 33 anos, formadaem psicologia desde 1999, está em Londres e con-ta para a equipe do Papo Jovem os detalhes davida de um intercambista e o entusiasmo pelasconquistas adquiridas desde que chegou ao lugarque, em 1800 era considerada a maior cidade domundo, e hoje é um dos maiores centros finan-ceiros do planeta.

“Ainda estou em Londres. No início foi bemdifícil no que diz respeito à língua, pois não falavainglês. Mas além da língua tive dificuldade em meadaptar com trabalhos. Aqui como você não fala alíngua, você só consegue subemprego como gar-çonete por exemplo.

Trabalhava muito, às vezes até demadrugada, tinha que levan-tar cedo e ir para escola,onde assistia três horasde aula todos os dias. Ga-nhava muito pouco, pou-co mesmo, por isso tinhaque trabalhar dobrado.Acredito que essatenha sido a maior dificuldade.

Em casa tive muita sor-te, morei com uma america-na por um ano, tinha umquarto só pra mim,não more icom brasileiros,por queq u e r i aapren-

der a língua rápido, pois só iria ficar um ano. Apósum ano aqui, decidi que meu inglês não estava aoponto que gostaria, então resolvi ficar maistempo, estendi meu visto.

Foi bom, a cidade tem as facilidades de metrô,transporte público em geral. A saudade, foi outra coi-sa que me pegou, morria de saudades dos meus ami-gos e de minha família.

 Hoje, estou bem melhor, já há três anos aqui,estive no Brasil para ver minha família, estou casa-da, muito feliz com o Brian. Nos conhecemos apósquatro meses que estava aqui através de amigos emcomum. 

Vamos ao Brasil todos os anos, porque precisover todos, mas num futuro ainda distante

pretendemos morar no Brasil. Mas, ago-ra iremos ficar aqui mais tempo.

Hoje estou batalhando minhacarreira como psicóloga, para reco-meçar minha vida profissional aqui,assim como o fiz quando termineiminha graduação.

Trabalhei em uma empresabrasileira aqui, e fui ao Brasil por ummês a trabalho em São Paulo. Quan-do estava lá percebi o quanto é im-

portante a língua e a experiência noexterior.

Tive propostas de ficar, mas nãoaceitei pelo fato de estar casada

e hoje fazendo minha vida poraqui. Mas lembro que o meu

salário, por exemplo, se-ria praticamente o do-

bro, pois a fluênciaem inglês e a expe-

riência nas em-presas daqui

seriam um“plus”.”

Bate Papo

Relato de um intercambista

Page 13: Revista Papo Jovem

13Papo Jovem

Reportagem

Primeiro emprego

Experiência de trabalho e de vida“Valorização do que tem é o mais importante, lógico que tem que pensar no futuro equerer crescer, mas não pode desdenhar o que já conseguiu” diz empresário.

Aline Nascimento

Sobram vagas de emprego.Então por que eles não conse-guem entrar no mercado de tra-balho? A resposta é simples.

A falta de experiência é aresposta na maioria das vezes.Algumas empresas até buscamjovens para trabalhar, mas bus-cam também jovens com experi-ência, e é o que dificulta na maio-ria das vezes para aqueles queestão com vontade e garra paratrabalhar, mas não conseguemnenhuma oportunidade para co-meçar a carreira profissional.

O empresário Aldemir A.Nascimento, 50, conta que é com-plicado dar um emprego para umapessoa que não sabe mexer emum computador, ou mesmo quenão tem uma boa fala. “As vezesa pessoa diz que tem curso técni-co, já contratei uma moça para tra-balhar com venda e a jovem nãosabia nem escrever direito. É com-plicado queimar cliente com pes-soas sem experiência.”.

A comerciante Ana A. dos

Santos, 46, diz que contrata mes-mo sem experiência para trabalharcomo vendedora, mas a maioria nãopassa dos primeiros meses, “Quan-do começam, é uma folia só, gos-tam de mostrar serviço, de estardispostas, mas com o tempo elasperdem o entusiasmo, pois tem quecumprir metas, horários e queren-do ou não tem que estar sempre debom humor”, e continua “Muitosjovens procuram emprego pensan-do só no dinheiro, e quando perce-bem que realmente tem que traba-lhar, que não podem ficar de “cor-po mole” querem sair. É complica-do em um certo ponto.”.

A busca do primeiro empregoé complicado para qualquer pessoa.O jovem Marco Antonio de Luz, 18,procura emprego desde 16 anos, “Jáfui em busca de emprego em várioslocais. Hoje tenho CNH e procurovaga como motoboy de empresas, amaioria me olha de cima a baixo, econclui que não tem vaga ou que jáfoi preenchida. Descobri que não soucontratado porque além de não ter

experiência sou “miudinho”.”. Elecomenta que tem garra, e sabe queo emprego não é só dinheiro e temque mostrar serviço, mas desanimaem pensar que outro que conseguiua vaga não deu a devida importânciapara o cargo ofertado.

A experiência conta muito naprocura de um emprego. A importân-cia de fazer cursos técnicos para aárea que procura dá alguns pontos amais na hora da entrevista. Mas nãoadianta ter curso profissionalizantese na hora do trabalho não produz.“O jovem que procura empregotem que estar ciente de que o tra-balho não é um parque de diversão,que pode entrar e sair a qualquerhora, e sim um local em que mui-tas pessoas conta com a colabora-ção dele.E que da mesma forma elefoi contratado, outro, poderia tersido contratado. Valorização do quetem é o mais importante, lógico quetem que pensar no futuro e querercrescer, mas não pode desdenharo que já conseguiu.” completa oempresário Aldemir.

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ento

Page 14: Revista Papo Jovem

14 Papo Jovem

Entrevista de emprego

Acerte na escolha. Originalidade é o mais importante na entrevista

Comportamento

Aline Nascimento

Quem nunca passou por umaentrevista de emprego, um dia vaipassar. O nervosismo, a preocu-pação com todos os detalhes, des-de o currículo até a roupa, o tem-po de espera para ser entrevista-do e o tempo que se espera parareceber a ligação indicando acontratação ou não pela empresa.

Muitas pessoas apostam cer-to que a primeira imagem é a quefica. E não está errado. É na entre-vista de emprego que você é ava-liado se tem todos os requisitosque a firma esta pedindo. Cada em-presa busca por uma pessoa dife-rente, um comportamento diferen-te, as vezes mais extrovertido, oumesmo, uma pessoa mais quieta.

Mas dicas que valem tantopara uma empresa como para ou-tras é o comportamento na hora

da entrevista, a PsicólogaOrganizacional, Giseli Cristina daSilva Schneider, que é gerente derecrutamento e seleção da empre-sa InteliGente RH, dá algumas di-cas para a entrevista de emprego.

Algumas dicas de como sevestir e se comportar numa entre-vista de emprego sempre é bom,mas, tem que se preocupar com oque realmente você quer. “O queserá avaliado no processo de se-leção não é só a aparência da pes-soa, é claro que ela tem que terconteúdo, não adianta ela ter umaboa aparência, mas se vai conver-

sar com ela e fala tudo errado,cheio de gírias, ou não tem nadaacrescentar, e se tem o perfil davaga. Tudo isso é avaliado.”

Ser original é a melhor op-ção para quem está procurandoemprego, pois, mesmo que vocêfaça de tudo para mudar o seu jei-to para estar apto para uma em-presa, não vai conseguir manter ocomportamento que teve no pri-meiro dia, e isso pode acabar pre-judicando, já que pode não passardo período de experiência.

E agindo de maneira original,poderia conseguir algo que encai-xe melhor no perfil que procura.Roupas, acessórios e posturasempre é bom dar uma cuidada,mas não tente mostrar que você éperfeito, pois isso não ajuda emnada na hora da entrevista.

Divu

lgaç

ão

Cada empresa busca poruma pessoa diferente,um comportamento

diferente

Dicas para ficar confiante na hora da entrevista de emprego

Page 15: Revista Papo Jovem

15Papo Jovem

é o mais importante na entrevista

Dicas

Certo Errado

Treinar em casa em frente aoespelho e ver como é o seu com-portamento, para assim não fazerfeio na hora da entrevista

Controlar a respiração, avoz, isso pode baixar a ansieda-de.

Para mulheres: Roupas maissociais é o melhor, sem decotes esem vulgaridades.

Maquiagem mais leve, semmuitas cores, e sem muitos bri-lhos.

Cabelo o mais natural possí-

vel, não precisa de um penteadode casamento para uma entrevis-ta de emprego.

Acessórios mesmo que vocêutilize bastante brincos grandes eanéis chamativos, o ideal é deixa-los em casa.

Sapatos e sandálias não mui-to altos.

Para homens: O mais socialpossível, não precisa ir de terno egravata, mas umacamisa social é muito melhor.

Calças largas e camisas comcaveiras ou desenhos pesados,devem ser evitados.

Se tiver tatuagens e piercingtente não mostrar na entrevista,mas fale que possui.

Bonés e chapéus podem ficarem casa no dia da entrevista deemprego, passar um “gelzinho”ou cortar o cabelo para ajeitar é amelhor coisa a fazer.

Ao sentar, não sentar relaxa-do, ainda mais se for mulher, per-nas abertas para constranger oentrevistante é caminho certo paramais rodadas a procura de empre-go. Os dois pés no chão e joelhosmais próximos um do outro, nãohá erro.

Não falar gírias, e não que-rer falar difícil e querer impres-sionar pois, pode acabar dandotudo errado.

E o mais importante: Ser ori-ginal.

Estar social

Maquiagem leve

Treinaremfrente aoespelho

Penteados ejóias chamativas

Cueca amostra

RoupasInadequadas

Fotos: Divulgação

Comportamento

Page 16: Revista Papo Jovem

16 Papo Jovem

As 12 (possíveis) perguntas feitasnuma entrevista de emprego

Entrevista de Emprego

Foi selecionado para uma entrevista de emprego, e está nervoso, pois não tem uma idéiado que o entrevistador pode perguntar? Então leia com atenção as possíveis perguntas quepode surgir na hora da tão esperada entrevista

Aline Nascimento

Comportamento

4. Qual foi a decisão maisdifícil que tomou até hoje?

O que se pretende comessa pergunta é saber se vocêjá teve que tomar alguma deci-são difícil, e como você lidoucom tal momento complicado.Nessas horas de dificuldade ecomo que é lidado faz umagrande diferença na hora dapressão.

1 - Fale sobre siEssa é a pergun-

ta que esta na lista detodos que estão procu-

rando pessoas qualifica-das. Dica: A resposta de-

verá ser direta, sem rodeios,e sem desabafos da vida pessoal.Quando falar sobre suas qualidadesseja breve e o também modesto quevalorize o seu perfil profissional.Lembre-se não existe perfeição!

2 - Quais são seus objetivos a curto prazo? E alongo prazo?

Todo mundo sonha com o futuro, mas também temque estar com os dois pés no chão. Ao ouvir essa per-gunta fale de seus projetos, o que pretende com o seucrescimento profissional. Dica: Resposta de “ganharbem” e “aposentar com uma conta gorda” estão excluí-dos do pensamento.

3. O que o levou a enviar o seu currículoà esta empresa?

Essa é a pergunta que na-turalmente o entrevistador quersaber o seu grau de interessepelo cargo pretendido. Conversemostrando que você entende doque esta procurando e que natu-ralmente você esta qualificadopara o emprego.

5. O que procura num emprego?Cuidado com a resposta, dependendo de quem está fa-

zendo pode até ser uma pegadinha. Você pode falar sobre oseu interesse profissional e pessoal, falar que entende dosdesafios e que não tem medo de enfrentá-los. Dica: Respostacomo “ Estou procurando emprego para pagar as minhas con-tas” mostra o quanto você não se importa com a empresa.

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17Papo Jovem

Comportamento

Saber o que o entrevistador pode perguntar e organizar osseuspensamentos para fazer com que você tenha mais chancespara dar uma boa resposta é a melhor coisa. Mas não pode emhipótese nenhuma mentir. Pois da mesma forma que ele tecontratou, com o tempo ela vai perceber que você mentiu e issonão é muito bom para o seu futuro na empresa. Seja sempreoriginal e nunca mentir.

6. Você é capaz de trabalharsob pressão e com prazos

definidos?A melhor resposta para

essa pergunta é um grande econfiável “Sim” com exemplos desituações vividas em outros em-presas.

7. Dê-nos ummotivo para oescolhermos emvez dos outroscandidatos.

O candidato precisa saber “vender”o seu trabalho, é nessa hora que orecrutador tem a possibilidade de sabercomo você argumenta e como você lidasobre aspectos de outras pessoas. Dica:Nunca desmereça outros candidatos.

9. Quais são as suasmaiores qualidades?

Perfeição existe? Não elanão existe. Então não esqueçaque você é humano e tem defei-tos, fale apenas algumas quali-dades que tem e sempre de umexemplo objetivo do porquevocê tem aquela qualidade.

12. Até hoje, quais foram as experiênciasprofissionais que lhe deram maiorsatisfação?

 Ao falar das suas experiências, mos-tre entusiasmo, e dê bastante detalhes so-bre como ocorreu e o porque. Mas é melhorainda, que você mencione coisas que tem com-patibilidade com o que a empresa procura. Enão esqueça, nunca mentir, talvez omitir.

11. Que avaliaçãofaz da sua últimae x p e r i ê n c i aprofissional?

Ao falar mos-tre os lados positi-vos da empresa .Ninguém gosta deouvir coisas ruinsdo trabalho, mesmoque seja da empresaconcorrente.

10. E pontos negativos/defeitos?

Respostas como “ Hum, nãosei te responder” está fora de co-gitação. A melhor dica é quandoo defeito também pode ser umaqualidade. Como perfeccionaista,auto critico e etc.

8. O que você faz no seu tempo livre?

Não precisa mentir, mas não se es-queça que os hobbies mostram o que vocêmais gosta de fazer. Fale o que você maisgosta de fazer e porque de tais coisas.

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“Persistência sem insistência. Acho que devemos perseverar nas nossas ambiçõesmesmo quando tudo dá errado” Fábio Seixas

Empreendedorismo

Para ser um empreendedoré necessário lançar novas ideiasutilizando a criatividade e a ima-ginação. Assim, o empreendedoradquire responsabilidades e setorna independente.

Para ser um empreendedorde sucesso, é preciso aliar ima-ginação, determinação, gerir no-vas ideias ou produtos e ainda fa-zer diferente aquilo que já exis-te e ser um constante pesquisa-dor.

Deve ter a percepção dasnecessidades do mercado. Foi oque fez Fabio Seixas, 34 anos,que é analista de sistemas, for-mado pela PUC-Rio. Ele junta-mente com seu sócio RodrigoDavid, que é Designer Gráfico,aplicaram uma ideia que Davidconheceu fora do país.

Esta ideia que, aliada a ca-rência de negócios deste gêneroos tornou empreendedores reco-nhecidos.

Fabio que já desfilou, porexemplo, nas capas da revistaExame PME e do caderno de eco-nomia do Jornal do Brasil, é oidealizadordo siteCamiseteria,que trabalha comestampas em cami-setas, hoje contacom oito funcio-nários e umfaturamento

anual cobiçado por muitas pes-soas, o valor já ultrapassa a mar-ca de 2 milhões de reais.

No site o internauta ajudanos projetos, ele participa de vá-rias formas com comentários esugestões, ou ainda em um con-curso de estampas, em que o

internauta cria o desenho e en-via para o Camiseteria e estassão colocadas em votação entreos membros do site onde a me-lhor é premiada.

O grande diferencial da em-presa que trabalha unicamentepela web é o bom atendimento eos produtos de alta qualidade quea marca oferece.

Um verdadeiro exemplo deempreendedorismo de sucesso aser adotado por milhões de jo-vens que enfrentam a dificulda-de do emprego formal.

E para o jovem empreen-dedor Fabio deixa uma dica,

“Persistência sem insis-tência. Acho que deve-

mos perseverar nasno ss as a mb ições

mesmo quando tudodá e r ra do . Mas

também precisa-mos aprender

a hora de de-sistir quan-do não há

mais motivospara cont inu-

ar”, finaliza.A seguir você

acompanha na ínte-gra a entrevista rea-

lizada com o idealizadordo site Camiseteria, Fá-bio Seixas, que há cincoanos vem conquistan-do clientes.

Adriana Marcon

Divulgação

Ideias + Criatividade = Empreendedor

Reportagem

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19Papo Jovem

Papo Jovem - Com que idade começou o projeto equal foi o start, para que você decidisse trabalhar comcamisetas?

Fabio Seixas - Quando lançamos o Camiseteria eu ti-nha 30 anos. A ideia surgiu quando o Rodrigo David, um dossócios, participou de um concurso de estampas de camisetafora do país e, em cima dessa experiência, decidimos trazero modelo de negócios para o Brasil. A formação do RodrigoDavid é Designer gráfico e como profissional da área elepercebia a carência do mercado em oferecer um “espaço”para formação de uma comunidade, troca de ideias, exposi-ção de trabalhos, etc. Em cima disso e de olho no que esta-va rolando fora do país, foi que surgiu a ideia. Em agosto de2005 o site entrou no ar.

Papo Jovem - Como foi esse início em termos deestrutura? E como foi o progresso?

Fabio Seixas - O investimento inicial foi da ordem deR$ 28 mil, sendo cerca de R$ 7 mil aporte direto dos sóciose o restante através de uma ação de levantamento de recur-sos que hoje chamamos de financiamento criativo. Lembroque antes de lançar o site, ficávamos conversando sobrecomo seria a receptividade do público e da imprensa, quantascamisetas venderíamos, etc. Erramos todas as previsões.O público abraçou a ideia e mudou completamente oCamiseteria. E cinco anos depois, a imprensa continua acom-panhando de perto a evolução da empresa, ou seja, ainda éuma agradável surpresa.    

Papo Jovem - Enfrentou alguma dificuldade no iní-cio, ou na trajetória do mesmo?

Fabio Seixas - Para levantar o capital inicial, fizemosuma pré-venda das camisetas para amigos, cerca de 5 me-ses antes do site ser lançado ou das camisetas sequer exis-tirem.

Papo Jovem - Qual a sua visão em relação aos jo-vens que estão ingressando hoje no mercado de traba-lho?

Fabio Seixas - Acho que esses jovens estão muito maisfamiliarizados com as tecnologias atuais e podem fazer adiferença no mercado de trabalho. Eles estão acostumadosà mudança constante, diferente da geração anterior. Isso éuma grande oportunidade.

Papo Jovem - Como jovem empreendedor, qual é adica imprescindível para o sucesso na carreira?

 Fabio Seixas - Persistência sem insistência. Acho quedevemos perseverar nas nossas ambições mesmo quandotudo dá errado. Mas também precisamos aprender a horade desistir quando não há mais motivos para continuar.

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20 Papo Jovem

Reportagem

A era da tecnologia vem com tudoA busca por aprimoramento é registrada pelas instituições queoferecem cursos de graduação para este setor

Adriana Marcon

Apesar de não ser uma profissãoregulamentada, a área de informáticateve um aumento significativo nos últi-mos tempos, em função dos avançostecnológicos, e também pela dependên-cia que essas tecnologias causam. Jun-to com a tecnologia, cresce também abusca por profissionais com conheci-mentos na área.

Em Cascavel, algumas institui-ções de ensino superior oferecem cur-sos na área de informática. Esses cur-sos formam profissionais tecnólogose bacharéis. O que difere essas duasmodalidades de curso é a duração e asua especificidade, ou seja, o curso detecnólogo tem uma duração menor e oseu foco é mais direcionado para o mer-cado de trabalho abrangendo um setorespecífico, já os cursos de bachareladotêm abrangência e duração maior.

Com uma sociedade cada vezmais tecnológica, a procura pelos cur-sos relacionados à informática temsido grande nos últimos anos.

E, para atender o aumento da de-manda, as instituições oferecem umaampla estrutura de ensino que vai des-de professores e mestres conceitua-dos até os laboratórios com equipa-mentos e ferramentas modernas

atualizadas e bibliografias específicas.E vista como uma das chamadas

profissões do futuro, os salários pagospara profissionais da área de informáticaestão bem acima da média comparando-se às atividades mais bem remuneradas,como medicina e magistrado.

A exemplo disso, um profissional queatua na função de Gerente de e-commerce,em que seu trabalho é gerenciar, coorde-nar e controlar tudo que está relacionadoa projetos eletrônicos, a disponibilidadede um determinado produto no site, co-brança on-line, logística até a distribuiçãodos produtos aos clientes é de sua res-ponsabilidade, para essa função os salári-os variam de 12 mil a 20 mil reais.

Já outra especialidade que vem cres-cendo, devido o aumento do uso daInternet é a de webdesigner, esse profis-sional é responsável pela criação visualdas páginas de Internet, e está semprebuscando atualizar-se sobre novastecnologias utilizadas no desempenho doseu trabalho.

As remunerações oferecidas sãosatisfatórias, elas têm um valor mínimode três mil e podem chegar a aproxima-damente seis mil reais, valores esses quemodificam de acordo com o nível de co-nhecimento de cada um.

Informática

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Claudinei Zancanaro é mes-tre em Ciências da Computaçãopela Universidade Federal de San-ta Catarina. Ele possui experiên-cia na área de Ciência da Compu-tação, com ênfase em Metodologiae Técnicas da Computação. Hojeatua como analista de sistemas ecoordenador no desenvolvimentoe aplicação de novas tecnologiasna Coopavel CooperativaAgroindustrial. Abaixo segue a en-

I n for mát i ca , cada d i a ma ispresen te em nosso co t i d iano

Era da informação

Adriana Marcon

aplicações e pela maior utilizaçãodos serviços computacionais nasempresas devido à agilidade e pre-cisão que a informática oferece.

É uma área bastanteabrangente, pois abre diversoscampos de atuação profissional,em que temos diferentes exigênci-as de perfil profissional.

Papo Jovem - O que te levoua decidir pela área?

Claudinei Zancanaro - Atuona área de informática desde 1991.A opção ocorreu devido à oportu-nidade na época. A informática erauma coisa desconhecida na região,não se tinha cursos nem profissio-nais formados, era um mercadomuito pequeno que somente algu-mas poucas empresas utilizavamcomputação. Quando ingressei naárea o aprendizado aconteceu comajuda de outros profissionais querepassaram os conhecimentos ecom estudo e pesquisa individual.Só mais tarde tive oportunidade deme especializar.

Papo Jovem - Suas expecta-tivas com relação à profissão fo-ram atendidas?

Claudinei Zancanaro - Achoque atuando na área foi possívelcrescer, em várias situações nãose consegue acompanhar toda a

evolução tecnológica, mas as ex-pectativas foram atendidas e acada dia temos um novo desafio eisso é bom.

Papo Jovem - Como vê omercado de trabalho atual?

Claudinei Zancanaro - Atual-mente o mercado de trabalho paraos profissionais de informática ébom, pois existe grande de-manda para as diversasáreas. Na verdade, fal-tam -profissionais qua-lificados.

Claro que omercado busca pro-fissionais bemqualificados ecomprometidos.Então quem sepreparar pro-f i s s i o n a l -mente temsua vagagaranti-da nomerca-do.

“É uma área bastante abrangente, pois abre diversos campos de atuação com diferentesexigências de perfil profissional”,comenta Claudinei Zancanaro

Bate Papo

trevista com Claudinei Zancanaro:Papo Jovem – Como está o

desenvolvimento da profissão,já que a cada dia há inserção denovas tecnologias? ClaudineiZancanaro - A área de infor-mátcatem se desenvolvido a cada ano,impulsionada pelas novastecnologias que possibilitam novas

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A importância de um técnico emsegurança de trabalho na empresa

Segurança no trabalho

O colaborador que não fizer uso dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual) podesofrer sanções por parte da empresa

O Brasil gasta hoje cerca de56 milhões de reais com aciden-tes de trabalho, sendo que os se-tores de transporte earmazenamento de produtos e osetor de construção lideram oranking. A parte do corpo maisafetada é dos membros superio-res. Para que haja uma diminuiçãono número de acidentados é neces-sário que as empresas invistamem segurança, treinamento depessoal, além de fiscalização. Uma

das iniciativas já adotadas por al-gumas empresas, e que muitasoutras ainda precisam se adequaré a contratação de um profissio-nal de segurança do trabalho, en-genheiro, técnico, ou médico dotrabalho, o qual tem uma funçãoimportante dentro de uma empre-sa, pois a segurança do trabalha-dor e da empresa depende de suaatuação.

De acordo com Mário de Sou-za Bueno, Técnico de Segurança

do Trabalho que presta consultoriaem empresas de Cascavel, a fun-ção que este profissional exercena empresa é: analisar cada pos-to de trabalho, para descobrir osprováveis riscos de exposição aotrabalhador, e criar meios criarmétodos para neutralizar ou elimi-nar possíveis acidentes ou doen-ças ocupacionais; realizar treina-mentos; elaborar relatórios diári-os ou periódicos, referentes aoque está em desacordo com a le-

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gislação vigente, sugerindo meiospara a regularização; acompanhara realização das atividades nossetores de trabalho, orientando ecertificando que o colaboradorexecuta as atividades em confor-midade (correta) com os procedi-mentos de segurança do trabalho;definir de acordo com o risco daatividade e auxiliar na aquisiçãodos Equipamentos de ProteçãoIndividual necessária e obrigató-ria, assim como uso e conserva-ção dos mesmos; dar atendimen-to, fazer os primeiros socorros,levar ao hospital ou pronto socor-ro quando necessitar, e acompa-nhar o funcionário quando houveralgum acidente; auxiliar o médicodo trabalho, fornecendo subsídiosnecessários para resolver proble-mas relacionados à saúde do tra-balhador, no ambiente de trabalho.

Além de outras atribuições

previstas na legislação, como ge-rir as CIPAs – Comissão Internade Prevenção de Acidentes, e tam-bém manter controles estatísticosde acidentes ou ocorrências e di-vulgar para a direção da empresae também para as áreas, essesíndices.

A presença de um profissio-nal de segurança do trabalho, in-dependente da obrigatoriedade dalegislação, mostra que o empresá-rio tem uma visão clara de seusobjetivos, no que se refere à valo-rização da mão de obra que fazcom que sua empresa esteja sem-pre na frente, capacitando seuscolaboradores de forma a produ-

zir melhor, com mais qualidade,num ambiente mais saudável, livrede doenças e riscos a acidentes.

Mario informa que as cir-cunstâncias para que um acidenteseja considerado acidente de tra-balho é: ocorrência imprevista nolocal de trabalho, ou no ambientede trabalho, ou ainda em outro lo-cal a mando da empresa, que cau-se ou não lesões físicas ou per-turbação funcional ao trabalhador;ou ainda o acidente de trajeto tam-bém pode ser considerado aciden-te de trabalho, desde que a ocor-rência se der no deslocamento desua casa para a empresa ou viceversa, sendo este um trajeto ha-bitual rotineiro.

Para que esses acidentesocorram, as causas são muitas,mas as principais, ou seja, as maiscomuns são:

·Negligência- Desleixo, ou

É necessário que asempresas invistam em

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Segurança

N e g l i g ê n c i a -Desle ixo , ouinobser vância dodever, em realizard e t e r m i n a d oprocedimento, comas precauçõesnecessárias

I m p r u d ê n c i a -Falta de cautela,de cuidado,excesso econfiança

Imperícia- Falta detécnica necessáriapara realização decertas atividades, nãoconhece osp r o c e d i m e n t o snecessár ios eobrigatórios

Arte gráfica: Divulgação

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Segurança

inobservância do dever, em re-alizar determinado pro-cedimento, com as precauçõesnecessárias;

· Imperícia- Falta de técni-ca necessária para realização decertas atividades, não conheceos procedimentos necessários eobrigatórios;

· Imprudência- Falta de cau-tela, de cuidado, excesso e con-fiança.

O tipo de acidente mais co-mum hoje depende muito da ati-vidade exercida, mas em geralos mais comuns são osFerimentos na mão, dedos, bra-ço, batida contra alguma coisae as quedas.

E o colaborador que não fi-zer uso dos EPIs (Equipamento

de Proteção Individual) podesofrer sanções por parte daempresa . Mar io de SouzaBueno alerta que “o não cum-primento das disposições le-gais e regulamentares sobresegurança e medicina do traba-lho acarretará ao empregadora aplicação das penalidadesprevistas na legislação.

Podendo ser seqüencialcomo: 03 advertências verbais,a quarta poderá receber uma,advertência por escrito. Maisuma advertência verbal, pelo

“Cabe a cada empresaadotar o sistema que

melhor lhe convier(...)”

mesmo motivo, na seqüênciapoderá aplicar-lhe uma suspen-são do trabalho por 03 dias oumais dias, dependendo da situ-ação e da gravidade. Se o fun-cionário receber 03 suspensõesdo trabalho pelo mesmo moti-vo, a empresa poderá demitir ofuncionário por justa causa”,adverte.

“Cabe a cada empresaadotar o sistema que melhor lheconvier, dentro da legislaçãopertinente. Lembrando sempreque somente poderão ser apli-cadas essas penalidades se oempregador tiver comprovanteassinado pelo funcionário querecebeu treinamentos e foi ori-entado sobre os procedimentosobrigatórios”, finaliza.

Jovens: nunca é tarde para (re) começar

Com muita alegria, entu-siasmo, e determinação quemuitas pessoas como VolneiJosé Calcagnotto 55, trabalha.Com mais de cinco décadasmas com o espírito de um me-nino Volnei trabalha em um su-permercado em Cascavel. Suafunção é operador, mais conhe-cido como caixa.

 Seu primeiro empregofoi aos 18 anos, em uma lojano comércio de Concórdia - SC.Depois ele trabalhou no bancoBradesco, onde fazia serviçosde escritório e lá permaneceupor muitos anos. Com os afa-zeres da vida pessoal e do tra-balho ele formou sua família.Mas como ele mesmo contaseu primeiro casamento não

deu certo e acabou se separando.

Com o convite da irmãVolnei decidiu vir para cascaveltrabalhar, ele reside na cidade ape-nas 3 meses ao chegar logo foiprocurar emprego, e na primeiraentrevista que fez foi contratado.

“ È muito bom trabalhar en-tre jovens e adolescentes, pois oambiente no mercado é  agradávele para mim uma nova experiência”.

“A juventude no Brasil evo-luiu muito esta tudo muito moder-no, a informática por exemplo éalgo que no meu tempo nãoexistia”.Observa.

Volnei deixa ainda umadica para os jovens:

“Força de vontade euma boa oportunidade fazemdiferença na vida de cadaum, não importa a idade,pois nunca é tarde pararecomeçar”. 

Carla Rosana

“A juventude noBrasil evoluiu muito esta

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 A lei  10.097 de 2000 re-gulamentada pelo decreto5.598, estabelece que todas asempresas de médio e grandeporte estão obrigadas a con-tratar adolescentes e jovensentre 14 e 24 anos. A lei domenor aprendiz é uma  espéciede contrato especial de traba-lho por um tempo determina-do de no máximo dois anos.

 Os jovens são contrata-dos pelas empresas comoaprendizes de oficio previstona classificação brasileira deocupações (CBO) do Ministé-rio do Trabalho e do Empre-go, ao mesmo tempo que es-tão matriculados em cursosde aprendizagem, em institui-ções reconhecidas.

O SENAC oferece estescursos aos aprendizes, queestão começando sua entradano mercado de trabalho,

Vanderson Zanello de Oliveira,15 trabalha como  repositor emum comércio da cidade há 7 me-ses. E conta que um  amigo fa-lou para ele sobre estes cursosoferecidos pelo  SENAC, entãofoi atrás para saber o que  eranecessário  para participar.

A jornada de trabalho esti-pulada por lei é de no máximo 6horas por dia, mas ele trabalhaem uma empresa apenas 4 horaspor dia, três vezes por semana,nos outros dias ele faz curso decapacitação e qualificação noSENAC em Cascavel, para parti-cipar do programa os jovens de-vem estar estudando. As inscri-ções são feitas no SENAC (Ser-viço Nacional de AprendizagemComercial) , osinteressados devem estar comRG, CPF, carteira de trabalho, de-claração do colégio, em mãos.

“Eu gosto de trabalhar aqui

Aprendizagem uma conquista de muitas pessoas que estão começando a vida profissional.

J o v e n s t e m a o p o r t u n i d a d ede estar trabalhando e estudando

Carla Rosana

Primeiro Emprego

Experiência

esta sendo um bom aprendizado,mas quando o meu contrato termi-nar quero fazer um curso deeletrecista e atuar nessa área, de-pois quero fazer uma faculdade deeducação física”. ExplicaVanderson.

Nos dias que não trabalhamos aprendizes participam de cursosde ética no trabalho,empregabilidade informática, dentreoutros cursos que são oferecidospelo SENAC , Vanderson  recebemeio salário mínimo.

De acordo com alegislação,a cota de aprendizesestá fixada entre 5% no mínimo e15%no máximo por estabeleci-mento, calculada sobre o total defuncionários.

Cabe as empresas dentro doquadro de funcionários e de seuslimites contratar o número deaprendizes que melhor atender assuas necessidades. 

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Você tem um hobby?“Hoje, as pessoas ganham dinheiro e não são felizes”

Escrever, fotografar, praticarum esporte, ou seja, ter um hobbytorna a vida muito melhor. Temosverdadeira paixão por determinadaatividade, e quando a praticamos océrebro libera o hormônio que pro-porciona a sensação de bem-estar, aserotonina, ela desempenha um pa-pel importante no nosso sistema ner-voso.

No início o indivíduo pode ape-nas achar interessante, ou tem al-guém do seu círculo de amizade quetambém pratica tal atividade, porémalgumas pessoas se tornam tão in-tensas que acabam se especializan-do no assunto.

Mas e quando se percebe queaquele hobby está se transforman-

do em profissão. Isso é possível?Quando se pensa em seguir

uma profissão, há sempre alguémque diz: você deve fazer aquilo quevocê gosta. Muitas pessoas já ouvi-ram esta frase ao longo de suas vi-das. Dessa forma, quem faz dohobby uma profissão seguramenteestará fazendo o que gosta não émesmo?

Os hobbies podem ser trans-formados em fonte de renda, umaprofissão. A Revista Papo Jovemconversou com Anderson Camargo,30, que como muitos jovens, tinhaum passatempo.

Anderson começou a andar deskate aos 14 anos, em Cascavel, suacidade natal. Isso ocorreu na déca-

da de 90, quandoo esporte aindaera marginaliza-do. Ou seja, algu-mas pessoas ti-nham em menteque quem andavade skate estavaatrelado ao usode entorpecentes,ou que eram arru-aceiros.

M e s m ocom todas as di-ficuldades e pre-conceito emtorno destee s p o r t e ,Anderson

Adriana Marcon

Profissão

Skate

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27Papo Jovem

não desanimou, ele aprimorou suastécnicas, e com o passar do tempopercebeu que aquela mera ativida-de que lhe rendia momentos deconforto poderia ser muito mais,ela seria sua fonte de renda. Emuito mais do que isso, era oesporte preferido dele.

Muitas pessoas ingres-sam em uma profissão por in-fluência de familiares e aca-bam frustradas por não fa-zer aquilo que as satisfa-

zem. Escolher uma carreirapara seguir só porque é uma vonta-de da família, ou por que esta ouaquela profissão é significado destatus financeiro e social. Sobre esseassunto Anderson ressalta, “hoje,as pessoas ganham dinheiro e nãosão felizes”. Pois os jovens acabamrealizando o sonho dos pais, e dei-xam os seus de lado.

Formado em Educação Física,atualmente Anderson reside emCuritiba onde pratica o esporte pro-fissionalmente. O jovem deixou ooeste do Paraná rumo à capital doestado por ver uma possibilidademaior de crescimento, pois naquele

local o esporte já é disseminado. Jáque em Cascavel o esporte ainda nãoé reconhecido e tem pouco apoio.Além de skatista profissional, ele mi-nistra palestras em projetos sociaise mantém o blogskatenoparana.blogspot.com, umcanal de notícias utilizado para difun-dir o esporte, realizando a cobertu-ra de campeonatos por todo o esta-do e informações sobre personalida-des ligadas ao esporte. E hoje, eleafirma convicto que vive daquilo quemais gosta de fazer.

Passatempo, mania ou hobbycomo você desejar, um entretenimen-to que as pessoas desenvolvem so-zinhos ou em grupo.

Este passatempo pode se ma-nifestar de diversas maneiras, naculinária, no humor, na dança, ou até,em simples atividades como ler ecantar. Um bom recurso, então, sevocê tem um hobby, esteja prepara-do para quando uma oportunidadesurgir, amplie seus conhecimentose responda a seguinte questão: Nasua vida profissional, você realmen-te se sente realizado naquilo que faz?Reflita.

Profissão

Fotos: Arquivo pessoal

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Com a proximidade do natale todas as comemorações de fimde ano, o comércio mais uma vezabre as portas  para novas vagasde empregos temporários, maisuma oportunidade para quem pro-cura uma vaga.

As empresas contratam es-ses funcionários, pois o aumentodo movimento e das vendas  tendea aumentar, para evitar problemase prejuízos muitos empresáriosoptam por essa prática que já écomum no comércio.

Conforme o desempenho dapessoa em certa função muitastem a sorte de serem efetivadas,

uma vantagem pra aqueles que sededicam e uma oportunidade aosjovens na procura do primeiroemprego.

Luiz Antonio é proprietáriode um estabelecimento comercialem cascavel e afirma que traba-lhar com o povo e com vendas aomesmo tempo é um serviço queexige muito do profissional é sem-pre um desafio. O empresário co-menta que é preciso ter pessoascapacitadas a contribuir com aempresa para que as duas partespossam obter sucesso.

Com a chegada do natal e aespera do papai Noel as lojas e ata-

cados trabalham em pleno vapor naexpectativa de um bom resultado,fruto de um trabalho árduo deambas as partes. Para que assimo cliente possa sair satisfeito.

“trabalhar no comércio épreciso ter jogo de cintura, temque ser simpático, educado tratarbem o seu cliente para que essevolte maias vezes”. Explica o em-presário.

Todas as pessoas interessa-das em uma oportunidade de em-prego mesmo sendo temporáriadevem procurar a agencia do tra-balhador de cascavel para confe-rir as vagas disponíveis.

Empregos temporários uma boa oportunidadeCarla Rosana

Você fala outro idioma? Temcurso superior? Tem experiênciana função? Essas são as pergun-tas mais comuns e que muita gen-te mente para passar no processoseletivo e ser admitido pela em-presa. Muitas vezes o candidatomentiroso pode se sair melhor deque o honesto na hora dacontratação, porém, em determi-nado momento dentro destacorporação a verdade pode vir àtona, o que deixará o mentiroso emmaus lençóis.

Mas para quem, ainda assim,preferir a mentira fica o alerta: afalsificação do currículo poderá le-var o profissional à prisão, quevaria de dois meses a dois anos.

Pense bem antes de colocar algu-ma inverdade no documento, poisum projeto de lei de número 6561/2009 que tramita na Câmara dosDeputados, de autoria do deputa-do Carlos Bezerra, do PMDB doMato Grosso, pretende punir todoe qualquer indivíduo que faça usode mentiras.

“Falsidade de currículo Art.301-A. Falsificar, no todo ou emparte, o currículo, ou alterar o teorou dados de currículo verdadeiro,inserindo informação falsa nele ouem banco de dados que armazeneou disponibilize para consulta, orespectivo conteúdo, para satisfa-zer interesse ou sentimento pes-soal, causar dano a outrem ou fa-

zer prova de fato ou circunstânciaque habilite alguém a obter cargo,emprego, função, título, bolsa deestudos, isenção de ônus ou deserviço de caráter público, ou qual-quer outra vantagem. “Pena – de-tenção, de dois meses a doisanos.”

O projeto de lei está na Co-missão de Constituição e Justiçae de Cidadania da Câmara dosDeputados, onde aguarda votação.Então, para que não haja compli-cações, seja cauteloso na hora decolocar informações no seu currí-culo, e lembre-se só informe aqui-lo que você realmente pode com-provar. Dessa forma, os constran-gimentos serão evitados.

Projeto de lei pode levar à prisão quem falsificar dadosprofissionais no currículoAdriana Marcon

Emprego

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On Line

Mercado de trabalho

Conheça alguns locais on-line que facilitam a sua entrada nomercado de trabalho.

O mercado está competitivo? Então sair na frente é a melhor opção, entregar currículos e gastar a solade sapato hoje pode ser bem menos do que antigamente. Pois, com a possibilidade de entregar currículoson-line facilita a vida tanto do empregador como da pessoa que procura uma vaga no mercado de trabalho.

E para não ficar pra trás conheça alguns sites que possibilita a sua entrada no mercado de trabalhomuito mais rápido do que você possa imaginar.

www.balcaodeempregos.com.brMuitas empresas buscam o

Balcão de Empregos para divul-gar vaga na empresa, e muitaspessoas colocam seus currículospara a mostra. Assim, se você ti-ver interesse em uma empresavocê pode se candidatar a vaga,e se o empresário achar interes-sante o seu currículo ele podechamar você para uma entrevis-ta.

www.sine.pr.gov.brSecretaria do Estado do Tra-

balho, Emprego e Promoção Soci-al também está on-line que alémde mostrar oportunidades de em-prego, mostra exatamente o quevocê procura, apenas preenchen-do algumas informações como emqual área quer atuar, escolaridadeque tem e o cargo, e em poucossegundo mostra as empresas queestão precisando de trabalhador.

www.mte.gov.brO Site do Ministério do Tra-

balho e Emprego, do Governo Fe-deral, trás informações que todoempregado tem que saber, e o queuma pessoa precisa saber paraconseguir um emprego. Mostran-do cursos profissionalizantes enoticias relacionado aoemprego.Navegar nesse site é in-teressante até mesmo para quemja está empregado

Aline Nascimento

Está procurando emprego?

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32 Papo Jovem

Livros

Aline Nascimentoe Adriana Marcon

Motivospara

estarsempre

LENDO

Já lhe faltaram palavras nahora em que você mais precisavadelas? Algum dia lhe faltou assun-to quando estava conversandocom aquele paquera? Na hora daentrevista de emprego você ga-guejou e falou errado várias ve-zes? É meu amigo, está mais doque na hora de você começar a lerde tudo.

Como a escritora e colunistaElisabeth Camilo diz, “A crisepode ser vista na hora da entre-vista para o emprego. Questiona-dos sobre alguma coisa, o candi-dato gagueja, fica mudo, não con-segue se comunicar.

A crise sevê novest i -b u -lar,

principalmente na prova da reda-ção ou de interpretação de texto.

Onde se localiza o problema?Na falta de leitura, uma do-

ença grave quecontamina muitasescolas brasilei-ras. As pessoasleem cada vez me-nos e, sendo as-sim, interpre-tam cada vezmenos. Es-crever de-pende deler, inter-pretar de-pende deentender

e

só entende quem conhece vocabu-lário. De onde vem o vocabulário?Do livro...”

A leitura é muito importanteem qualquer fase da vida. Mesmono séc. XXI em que muitos dizemque os livros vão acabar, é impres-cindível mostrar aos jovens queisso é apenas um discurso fa-lho daqueles que não tem noçãoda importância da leitura.

Hoje com a possibilidade deencontrar de tudo um pouco nainternet, o “devorador” de livrospode encontrar acervo digital semprecisar sair de casa.

Ler é bom, é necessário!Veja na próxima página algumasdicas e na importancia que tem aleitura.

“A crise pode ser vistana hora da entrevista

para o emprego.Questionados sobre

alguma coisa, o candidatogagueja, fica mudo, não

consegue secomunicar.(...)”

“ Paquera”

“Gaguejou”

“Emprego”“Vestibular”

Arte gráfica: Aline Nascimento

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33Papo Jovem

Viagem pelopensamento

Livros de ficção fazcom que a gente solta aimaginação e estimula a

criatividade

Aumenta ovocabulário

Com um ricovocabulário não

vai lhe faltar“Vocabulário”

Ler e escrever bemAo ler, você acaba

agregandoconhecimento também

na escrita

MatutoLendo, nos torna-mos reflexivos, ou

seja, formamosuma ideia própria emadura dos fatos

Leitura dinâmica

Quem lê muito, começa a refletirmais rápido. Logo, adquire maisagilidade na leitura

Leia na próximapágina algumasdicas de livro

EntendimentoUma boa leitura leva apessoa ao entendimentode assuntos distintos.

Informação

Você começa aentender o que

acontece pelo mundopor outra forma

Livros

Arte gráfica: Divulgação

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34 Papo Jovem

Livros

ENSAIO SOBRE ACEGUEIRA

Um motorista para-do no sinal se descobresubitamente cego. É o pri-meiro caso de uma “trevabranca” que logo se es-palha incontrolavelmente.Resguardados em qua-rentena, os cegos se per-ceberão reduzidos à es-sência humana, numa ver-dadeira viagem àstrevas.O “Ensaio Sobre aCegueira” é a fantasia deum autor que nos faz lem-brar “a responsabilidade de ter olhos quando os ou-tros os perderam”

A CABANA

A filha mais nova deMackenzie Allen Philip foiraptada durante as fériasem família e há evidênciasde que ela foi brutalmenteassassinada e abandonadanuma cabana. Quatro anosmais tarde, Mack recebeuma nota suspeita, apa-rentemente vinda de Deus,convidando-o para voltar air para aquela cabana parapassar o fim de semana.Ignorando alertas de quepoderia ser uma cilada, elesegue numa tarde deinverno e volta a cenáriode seu pior pesadelo

 EMPREGO DE A A Z

O livro foi inspirado nasérie de televisão para o“Fantástico”, que conquis-tou o público pela linguagemprecisa e sem maneirismose pelo humor. Os acessos aosite do programa o torna-ram recordistas entre osquadros apresentados porespecialistas no programa.Foram 250 mil em um únicodia.

Gehringer mostra queentende mais do quede empresas. Entende degente. E sabe identificar,com um olhar curioso, qua-se de antropólogo, os tiposhumanos e as relações coti-dianas das corporações.

A REVOLUÇÂO DO AFETOO cotidiano tumultuado do mundo atual transforma os

seres humanos em meros cumpridores de rotinas ebuscadores do sucesso profissional. Sem desdenhar da im-portância do trabalho, este livro recoloca a ordem de impor-tância das atividades humanas através de reflexões necessá-rias. A obra oferece conceitos e práticas simples que poderãoser incorporados com facilidade na vida do leitor, proporcio-nando a transformação positiva de hábitos e crenças.

O sucesso profissional e financeiro só pode ser real-mente considerado “sucesso” se é obtido com a paz de espí-rito e a contemplação de outros setores essenciais para o serhumano. O afeto é elemento essencial para a felicidade, eatravés dele – e só por ele – pode-se conseguir uma verdadei-ra revolução pessoal. A revolução do afeto.

Divulgação

Tenha uma boa LEITURA

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