saudavel enfermo herlihy parte 1
DESCRIPTION
parte 01 do livro Saudável EnfermoTRANSCRIPT
F=-
'ãT€-;; -=*.*.ì:
&Manole
TABELAS DE FISIOPATOTOGIA
AlcroçõesdoDesenvolv imentoCelu lor . . . . . .51AlcroçõesdoMetobol ismo . . . .71A l te roçõesdosTec idosedosMembronos . . . . . . . . . 89A l t e r o ç õ e s d o S i s t e m o T e g u m e n t o r . . . . . . . . 1 0 5AleroçõesdoSis temo Esquelét icoeArt icu lor . . . . .135Alteroções do Sistemo Musculor . . . .l 59A l te roçõesdoTec idoNervosoedoEncé fo lo . . . . . . 185Afteroções do Medulo Espinol e dos Nervos Periíbricos . . .209Al teroçõesdosOrgõosdosSent idos . . . . . .233Al ieroçõesdosGlôndulos Endócr inos . . . . . .258A l te roçõesdoSongue . . . . . . 279Af te roçõesdoCoroçõo . . . . . . 299Afteroções dos Vosos Songüíneos e do Circuloçõo . .329AfteroçõesdoSisbmo Linfot ico . . . . .340Alteroções do Sistemo lmune . .358Alteroções do Sistemo Respirotório . .383Afteroções do Sistemo Digestório . . . .414Al |eroçõesdoSis temoUr inór io . . . . .433Afteroções Resultcntes de Desequilíbrios de Fluido e Eletrólitos . . .447Af teroçõesdoSis temoCzeni to l . . . . . .470Afteroções do Desenvolvimento Humono . . . .494
Copfiub 3Copitulo 4Cçltulo 5Cçitub 6CoÉtub 7Cçitub 8CoÉtub 9Copítulo lOCçnub I ICçltub 12CoÉrtl|o 13CoÉtub | 4CoÉtub | 5CoÉtub tóCodtub | 7co$tub | 8Codtub 19Cçítulo 20CoÉtrio 2tdqr\/r 22
QUADROS - ENGIUANTO VOCE ENVETHECE
C é l u l o s . . . . 5 1Metobol ismoCelu lor . . . .71Tec idoseMembronos . . . . 89Tegumento Comum e Temperoturo Corpóreo . .104S i s t e m o E s q u e l é t i c o e A r t i c u l o r . . . . , . . 1 3 5S i s l e m o M u s c u l o r . . . . . . ] 5 9Sistemo Nervoso: Tecido Nervoso e Encéfolo . .184Sistemo Nervoso: Medulo Espinol e Nervos Perifêricos 209Orgõos dos Sentidos . . .233GlôndulosEndócrinqs . . .258Songue . . .279Coroçõo . .299VososSongüíneoseCircu loçõo . . . . . . .328Sistemo Linhtico . .339Sis temolmune . . .357SislemoRespirofório . . . .382Sisfemo Digestório . . . . .414S i s t e m o U r i n ó r i o . . . . . . 4 3 3Equilíbrio Hídrico, Eletrolítico e Ácido-Bósico . .446Sistemo Genitol . .470
I
t t ì ] a | l I l
lì^r-elolltte e l-'tstotoS'Le
t , ^ ì
c.'o \-ot'l )o- . t Liurtü,tto
1 ì 1 Y I l - t { t -
)c,ud-tYcl g |.. Lll'grtlto
Barbara Herlihy' PhD' RNDocente da Escola de Enfermagemda University of the Incarnate WordSan Antonio, Têxas
Nancy K. Maebius, PhD' RNProfessára do The Health Institute of San AntonioSan Antonio, Têxas
Ilustrações de Caitlin H. DuclrwallDuckwall ProductionsBaltimore, Marvland
Manole
Tínlo dn original: The Human Body in Health and lllness, l" edição, de Herlihy e Maebius
Copyright @ 2000 by VlB. Saunders Company, Philadelphia, pennsylvania
Coordtnador daTíadução e Reaisor Científco:EdsonAparecido LibeniProfessor Liwe-Docente em Ánatomia - Instituto de Ciências Biomédicas - Universidade de São paulo
Tiadutores:
Cíntia Bovi Binotti
DorivalTêrra Manini
&lson Aparecido LibertiMárcia Sanae Mizuno
Míriam Celeste Sanaiote BrandãoRainer Guilherme Haetinger
Sflvia de Campos Boldrini
Capisa:
Mauricio Girar d (Mazz Design)
Foto da Capa:
Tonystone
Todos os direitos reseryados.Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, por qualquerprocesso, sem a permissão expressa dos editores.É proibida a reprodu@o por xerox.
Este livro foi catalogado na CIP.
ISBN 85-204-1297-l
la ediÉo brasileira - 2002
Direitos em língua portuguesa adqúridos pela:Editora Manole Ltda.Avenida Ceci, 67 2 - Tamboré.06460-120 - Barueri - SP - BrasilFone: (0__1 I ) 4196-6000 - Fax: (0__ I I ) 4t96-6007www.manole.com.br
Impresso no BrasilPrinted in Brazil
ü !
!r
t
À minha família:meu esposo, Jeremiúmeus filhos, Joseph e Kellieminha irmã, Jeanminha amiga peluda, Pretzyl
BH
À minha família:meu pai, Robert C. Kingslandmeu esposo, Jedmeus filhos, Stephen, Maria, Elizabeth, Tom, Brian, Andrewmeus netos, Allison e Sarú
NKM
Ao Professoir
Sim! Mais um livro de Anatomia e Fisiologia... Mas este é diferente - muiro, mútodiferente. Por uma razÁo: ele é interessante e algumas vezes divenido . Anatomia e Fisiolngiado Corpo Humano Saudáuel e Enfermo conta a história do corpo humano, com todas assuas partes e como elas trabalham em conjunto. E uma história que nós temos contadovárias vezes em nossas aulas. E também uma história que vai melhorando a cadanarrati-va, porque o corpo humano continua a revelar os seus mistérios e o modo como foi mara-villiosamente criado. É nosso desejo que você aprecie contaÍ esta história tanto quantonós. Este livro foi feito com amor; ele é o fruto de umavida dedicada ao ensino daAnato-mia e da Fisiologia, amando cada minuto dela.
Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano Sauüuel e Enferrno é um texto básico deAnatomia e Fisiologia destinado ao estudante que se pÍeparapaÍa ser um profissional desaúde. E escrito para estudantes com um preparo mínimo em ciências, sem a necessidadede um conhecimento prévio de Biologia, Química ou Física, proporcionando, assim, to-do um embasamento científico necessário ao entendimento da Anatomia e da Fisiologia.Os princípios fundamentais da Química são apresentados em dois capítulos e estabèle-cem as bases para o entendimento da função celular, do equilíbrio hídrico e eletrolítico, eda digestáo. Noções básicas de Microbiologia estão incluídas no Apêndice A.
O conteúdo daAnatomia e da Fisiologia é apresentado em uma ordem tradicional,do simples para o complexo. O texto se inicia com a descrição de uma simples célula eevolui pelos vários sistemas orgânicos. Existem dois temas muito irnportantes que percor-rem o texto. O primeiro éarelaçáo entre aestrutura e afun$o- o estudante deve enren-der que um órgão é anatomicamente projetado para executar uma determinada tarefa fi-siológica. O segundo tema principal é a homeostase - o papel que cada sistema orgânicodesempenha para a manutenção davida, e o que acontece quando esse delicado equilíbrioé alterado.
Pontos Fortes do Livro
Acreditamos que o texto apresenta muitos pontos fortes:' A Anatomia e a Fisiologia são explicadas claramente e de maneira simples.
Uma bela série de ilustrações, complementada com caricaturas, auxilia o tex-to. De fato, a história do corpo humano é contada tanto pela arte como pelaspalavras. Uma promessa: você ficará satisfeito com a reação de seus estudan-tes a esse espetáculo!
r Este texto realmente integra a Fisiopatologia; ela não é meramente incluídaem quadros ou no final do texto. A Fisiopatologia integrada é utilizada prin-cipalmente para reforçar a Anatomia e a Fisiologia normais. O texto descreve,por exemplo, a função da medula óssea na produção de células sangüíneas. AFisiopatologia integrada descreve os efeitos da depressão da medula óssea re-lacionada a anemia, infecção e hemorragia. A Fisiopatologia da depressáo damedula óssea amplia a função da medula óssea e auxilia o estudantè a prepa-rar a transiçáo para as aplicaçóes clínicas.
' Além da Fisiopatologia, outros tópicos sáo amplamente integrados ao texto.Estes incluem os procedimentos comllns de diagnóstico, como contagem decélulas do sangue, punçáo lombar, análise de urina e eletrocardiograma. Osagentes farmacológicos estão também incluídos e, como a Fisiopatologia, são
vi r Ao Professor
Desfoques
utilizados para reforçar a Anatomia e a Fisiologia. Como exemplo temos adiscussão sobre a junção neuromuscular acrescida de uma descrição dos efei-tos dos agentes de bloqueio neuromuscular. Em virtude dos esforços para sefazer as correlaçóes clínicas, o presente texto estabelece as bases para os cursosde ciências da saúde mais avançados, incluindo a Farmacologia e a Enferma-gem médica, cirurgica e obstétrica.A terminologia médica é introduzida, definida e utilizada ao longo do texto.Têrmos clínicos comuns como vasodilataçáo, hipertensão e diagnóstico sãodefinidos e reutilizados de forma a permitir que o estudante adquira gradual-mente um vocabulário médico considerável. O Aoêndice B é uma lista resu-mida de eoônimos e termos médicos.O texto irrcorpora diversas particularidades divertidas da história da Medicina.Embora o corpo humano seja perfeitamente previsível e lógico, nós - seres hu-manos - pensamos, fazemos e dizemos algumas coisas estranhas. As históriasdas catacumbas proporcionam algumas boas risadas e muito respeito.
() ble*vos
Os objetivos identificam a finalidade do capítulo.
. . . Pcrlavr^crs-cl4crveEsses termos estão totalmente explicados no capítulo e definidos no glossário.
Muitas dessas vinhetas se referem a situações clínicas;históricos interessantes-
outfas relatam eventos
Identifica as principais alteraçóes fisiológicas que ocorrem com o envelheci-mento.
Resu,rt oAo final de cada capítulo há um resumo que serve como uma excelente revi-são e auxilia o estudante a extrair o conteúdo do caoítulo.
Essas questóes de "respostas curtas" revisam os pontos principais do capítuloe convidam o estudante a integrar os conceitos principais.
\
I
-
Ao Professor e vii
*RESUflltltDO!
São parágrafos que aparecem regularmente nos capítulos e auxiliam o estu-dante a integrar os conceitos principais.
Essas tabelas descrevem as alterações relacionadas a sistemas específicos docorpo humano.
Apêndices. Os três apêndices fornecem informações suplementares de Mi-crobiologia, terminologia médica e valores laboratoriais.
O Apêndice A inclui a Microbiologia básica. São definidos termosprincipais como patógeno, infecção nosocomial (hospitalar), infecção opor-tunístita e flora normal. Uma lista de palavras-chave é resumida em uma ta-bela. Os tipos, as características e as identificações laboratoriais de microor-ganismos èomo bactérias, vírus, riquétsias e fungos são detalhadamentedescritos. Os patógenos e as doenças por eles causadas estão incluídos emuma extensa tãbela. O conteúdo desse apêndice fornece as informaçóes bá-sicas necessárias para tópicos como a assepsia e as terapias farmacológicas e
" antimicrobianas.O Apêndice B inclui uma introdução à terminologia médica e uma
relaçáo de èpônimos. Uma tabela de prefixos, sufixos e raízes das palavrasfornece uma ampla informação, para um iniciante de curso, sobre a termi-nologia médica.
O 'Apêndice C é uma seçáo sobre valores laboratóriais, onde estão lis-tados os valores dos testes comuns dos componentes do sangue como a he-moglobina, contagens diferenciais dos glóbulos brancos e de eletrólitos dosangue. Inclui também uma tabela de valores laboratoriais utilizados naanálise de urina de rotina.
Glossário. O extenso glossário inclui uma breve definiçáo de todas as pala-vras-chave e de diversos outros termos do texto.
,. ,, - &* ffi#?#ffieruYãEste l ivro iró conduzi- lo por um coniunÌo de estruiuros do Anotomio e do Fisiolooio do ser humqno.desde o mois simples oté o mois coÀplexo. Você tombém iró oprender o que o.oït"." quondo o s.eihumono odoece em rozõo de olteroçóes dessos estruturos. Poro'tornor esse oprendizodo'ogrodóvel edivertido, destocqmos os seguintes corocterísticos especiois:
'As polovros-chqve obrem co-do copítulo. Elos estõo em negritono fexto e esÌõo definidos noGlossório. O que se enlende por codgulo songüíneo :
no cérebro?Ernbora o cérebro seja bem protegido, uma lesão na
cabeça pode causar hemorragia. Boxeadores, por exemplo, lsão constantemente golpeados na cabeça. Como a cabcça. ( m n \ c h ' u . L J m ( n r ( . , , ( , " ' r u n y g p l q ç 4 c l q , v ; ' e .
sangüíneos e conseqüente henorragia.
e As coixos Você sobio?, Íre-qüentemenfe ilustrodos, desper-tom seu inleresse com inusitodosconhecimenlos relocionodos oAnotomio e Físiologio.
t .
2.
3.
()b1.n u.,'
Definir as duas divisõ€s do sistema neÍvoso.
Descrever as três funções gerais do sistemâ nervoso.
Comparar a estrutura e as Íunçoes do s is lema nervoso.
Os Obierivos de estudo no início de| , , | .
codo copítulo propõem os metos quevocê deve fer em mente enquonto lê otexto.
e Coricqturos coloridos tornom moispróximos de você o Anqtomio e o Fi-siologio, com humor, clorezo e discer-nimento.
, Ilustrqções originqis e colo-ridqs ouxil iom-no o compreen-der os conceitos, o estruturo e ofunçõo dq Anotomio e dq Fisiolo-g io.
l. O número de neurônios começa adiminuir por voÌta dos 30 anos de idade.Contudo, o número perdido é somenteuma pequena porcentagem do número
,s Enquonto Você Envelhececonlém descrições sobre como oAnotomio e o Fisiologio humonossõo ofetodos pelo processo deenvelhecimento.
Doenço dê
Alzheimer
,fitaxa;*eàâre :ntêitÕrÕ:rrrr,i,::r'i:":'i.'Neurctoxi.idode A inge$ôo crôni€o e excessivo de ólcool couso donos irevêrsívêls oo s siemo nervoso
induzido pelo O resuliodo é umõ derêrioÍoçõo mêniõ, perdo da memórÌo, perdo do copocidode
ól.ool poro se conc€ntoÍ, itrilobilidode e movimentos descoordenodos. A síndrome de
Wernicke Korsokoff ê um iioo dê encêÍoloootio relocionodo oo ólcoo .
É umo doenço degenerotivo do encéÍo o que ocorre gerolmenle em pessoos idosos
Esso doenço é coroclerizodo pelo perdo progressivo do memório e preiuizo do
Íuiçôo lnlêlectuol. Evldêncios sugefem ohofio encefóllco, especio menie dos obos iesÍ'',tnoA funçõo do sistemq nervoso é conduzir informoçõooo sìstemo nervoso centrol, interpretóìo e copqcìtoro corpo o responder ò inÍormoçõo.
l. Sistemo Nervoso: Visõo Gerol
A. Divisões do Sisfemo Nervosoì . O sislemo nervoso centrol (SNC) inclui
o encéfolo e o medulo esoinol .
c O Resumo no finol de codo copítulo ser-ve como umo ferramento de estudo. Utili-ze-o poro rever seus conhecimentos e sepreporor poro qs provos.
l. Como o sistema nervoso central é diferente dosistema nervoso periférico?
2. Qual é a diferença entre neuróglia e neurônio?Cite as funções dos astrócitos e das células doeDêndima.
. As questões de Revise Seus Conhecimen-los se encontrom no finol de codo copítulo.
s AlÍeroções do... sõo tobelos de fisiopotologioque descrevem os olteroções relocionodos o sis-temos orgônicos específicos do corpo humono.
Í.RESU|iÃINDO! O SNC, especialmente o en-
céfalo, executa brilhantemente as funções decondução. Ele coordena eficientemente os di-versos sistemas orgânicos do corpo. com
e'Os porógrofos *RESUMINDO! oo longode codo copítulo ouxiliom o oluno o exomi-nor e revisor ropidomenie os conceitos-chove.
Glose úrío
Adrenalina Ver epinefrina.Fibra adrenérgica Uma fibra que secreta
norepinefrina no terminal do axônio; fibraspós-ganglionares do sistema nervoso simpá-tico são fibras adrenérgicas.
Hormônio adrenocorticotróflco (^ifCTH)Um hormônio secretado pelo lobo anteriorda glânduìa hipófise; estimula o córtex daadrenal a secretar esteróides, especialmen-te o cortisol.
^âpêndices*Microbiologio Bósico*ïerminologio Médico e Epônimos*Volores Loborotoriois
Agrodecimertúos
Escrever, ilustrar, editar, publicar e comercializar um novo livro de Anatomia e Fi-siologia envolveu os esforços combinados de diversas pessoas competentes. Nossos agra-decimentos ao pessoal da \(8. Saunders, especialmente para:
. Robin Levin Richman, Editora Sênior de Desenvolvimento, pelo seu ex-traordinário esforço na coordenação. Não existem palavras que possam ex-pressar nossa gratidão por sua simpatia, paciência, persistência, sinceridade ebom humor;
. Terri \íood, Editora de Livros de Enfermagem, pelo seu grande esforço emacompanhar este livro até a conclusão;
. Debrâ Osnowitz, Editora de Desenvolvimento, por sua edição e estímulo;
. Caitlin Duckwall, da Duckwall Productionr, pèl"r marauiÍhosas ilustrações.'Suas caricaturas, criadas com o auxílio de seu esposo, Rob, deram um impor-tante toque final de arte;
. Annette Ferran, Editora de Reprodução;' Jonel Sofian, Designeryo Pete Faber, Gerente de Produção Sênior.
Além desses, gostaríamos de agradecer a Ilze Rader, ex-Editora Sênior de Livros deEnfermagem, que deslanchou este projeto, e Marie Thomas, Assistente Editorial Sênior,que forneceu um apoio extraordinário.
Nós gostaríamos de agradecer aos diversos revisores que colaboraram com suas va-liosas sugestóes: Cynthia Amerson, MS, BSN, RN, Northeast Texas Commu,niry Col-lege, Mt. Pleasant, Texas; Mary Snipes Armstead, MA, BSN, RN, New Horizons Re-gional Education Center, Hampton, Virginia; L. Adrienne Bowlus, MSN, RN, ApolloCareer Center, Lima, Ohio; Reiúa Cabaniss, MSN, RN, Bevill State Community Col-lege, Sumiton, Alabama; Cynthia D. Casey, BSN, RN, Hinds Community College,Jackson, Mississippi; Anne M. Comiskey, BSN, RN, Nassau BOCES,'l7estbury, NewYork; Justine Ann Coppinger, MS, CGC, Conselheira de Genética, Divisão de GenéticaReprodutiva, The University of Utú, Salt Lake City, Utah; Monica G. DeCarlo, MSN,RN,C, Indiana County Area Vocational-Technical School, Indiana, Pennsylvania; JuliaC. Dent, MEd, EdS, BSN, RN, Coastal Georgia Community College, Brunswick,Georgia; Kathleen Dolin, BSN, RN, Monroe County Area Vocational-TechnicalSchool, Bartonsville, Pennsylvania; Delores L. Garner, MS, BSN, RN, Hinds Commu-niry College, Jackson, Mississippi; Lois Harrion, MS, RN, Simi ValleyAdult School, Si-mi Valley, California; M. Rita Hejtmanek, MS, RN, TulsaTechnology Center, Tülsa,Oklahoma; Phyllis S. Howard, BSN, RN, KentuckyTechnical Institute, Ashland Cam-pus, Ashland, Kentucky; Donna Leach Kane, BS, RN, Louisiana Technical College,South Louisiana Campus, Houma, Louisiana; Janice M. Kilgallon, MSN, RN'C, Passa-ic Counry Technical Institute, \Vayne, New Jersey; Patricia Laing-Arie, RN, MeridianTêchnology Center, Stillwater, Oklahoma; Valerie I. Blickos Leek, MS, RN,C, Cum-berland CounryTechnical Education Center, Bridgeton, NewJersey; Carolyn MorrisonMaÉee, PHN, BSN, RN, Citrus College, Glendora, California; Marion ElizabethMonúan, MAEd, RN, Jefferson County Vocation-Technical School, Reynoldsville,Pennsylvania; SallyJ. O'Neil, MSEd, BS, RN, \LF. Kaynor Regional Vocation-Gchni-cal School, \íaterbury Connecticut; Donna N. Roddy, MSN, RN, Chattanooga StateTechnical Community College, Chattanooga, Tennessee; Ruth A. Speakman, MEd,BSN, RN, Apollo School of P"ractical Nursiri , Lima, Ohio; Kaúleen G. Stilling, MS,
xii r Agrodecimentos
RN'C Johnston School of Practical Nursing, Baltimore, Maryland; DonnaWelty Stoner,BSN, RN, Amarillo College, Amarillo, Texas; Barbara G"yl" Talik, MEd, BSN, RN,NorthwestTechnical Institute, Springdale, Arkansas; Kiska H. Varela, MSN, RN, ANBTexas Careers, San Antonio, Texas; e Loretta Lucillelüíhite, MSN, RN, IvYGchnicalState College, Greencastle, Indiana.
Barbara Hedihy agradece a seus estudantes e amigos da University of the Incarnare\íord. Durante três anos eles perguntaram sempre a mesma coisa, "Você terminou o seulivro?" Sim! E muito obrigada. Agradeço aJerry Herlihy pela digitação das tabelas e poragüentar as mesas cheias de papéis e as salas lotadas de livros. Obrigada a meus filhos Jõeye Kellie e à minha irmã, Jean, que, como meus amigos, iniciava toda conyersa telefônicacom "Ele está pronto?" Obrigada à Dra. Susan Hall pela leitura das provas e pelo encora-jamento. Obrigada a todos os meus amigos que se sentavam ao redor da piscina em Har-mony Hills e me diziam: "Depressa, para que nós possamos nos divertirl" Obrigada aosmeus companheiros de raquete no ginásio de Incarnate \7ord pelas horas de exercícios ediversão... Não posso dizer o suficiente sobre exercício e saúde mental. Em último, porémde não menor importância, muito obrigada à minha pequena amiga peluda, Pretzyl, pelascentenas de horas que esterre sentada perto do computador enquanto eu digitava.
Barbara Herlihy
Nancy Maebius agradece a seus amigos, estudantes e colegas do The Health Insti-tute of San Antonio. Os estudantes de Enfermagem, com quem eu aprendi muito, meproporcionaram muita inspiração e numerosas idéias que foram incluídas no texro; osamigos e colegas que contribuíram com o seu estímulo: Bev Halter, Kiska Varela, LeaAnn Loftis, Donna Albee, Beryl Pixley, Collette Moreno, Michael Pleuger, Mary EllenProscia e Peggy Richardson.
NancvK. Maebius
\
\
Sumúrio Resumido
t TNTRODUçAO AO ESTUDO DO CORPO HUMANO 22 0uírtttcA BAstcA t 8g cÉruns 344 METABOLISMO CELUIAR 54
5 TECIDOS E MEMBRANAS 74
6 TEGUMENTO COMUM E TEMPERATUR,A CORPOREA 92
z srsrEMA rsourÉrco E ARTtcutAR t og8 SISTEMA MUSCUIAR I38
9 SISTEMA NERVOSO: TECIDO NERVOSO T TNCÉTRTO 162
TO SISTEMA NERVOSO: MEDULA ESPINAL E NERVOS PTruTÉRICOS I88
' ' ORGAOS DOS SENTIDOS 212
lz oúNourAs ENDocRTNAS 236
13 SANGUE 262
le conaçÃo 2s2rs vAsos snNoüÍNros E crRcunçÃo 302ró srsTEMA uNrÁrco 332T7 SISTEMA IMUNE 342
18 SISTEMA RESPIRATORIO 3óO
19 srsTEMA olcrsrónro 3gó20 S]STEMA URINARIO 418
z l eourrígRro HÍonrco, ELETRorhco E AcrDo-BASrco 43622 SISTEMA GENITAL 450
23 DESENVOLVIMENTO HUMANO E HEREDITARIEDADE 474
orossÁno A97npÊNorcr l, MrcRoBroLoGrA BAsrcA 5r 9,apÉNolcr s TERMrNoLoorR ruÉorcl r rpôNnaos s27,apËruprcr c vALoREs rABoRAToRrArs 53ríNarcr Rru,ssryo 53s
Sumúrio l)etalhado
dfidffimtu,Wh*:#gn tNTRoDuçÃo lo EsruDo Do
#õ CORPO HUMANO 2
ANATOMIA E FISIOLOGIA: O QUE SÃO 4os NÍvrs or onclNrzlÇÃoDOCORPO HUMANO 4onoÃos E srsTEM,As onoÂNrcos 5
Definições: Órgõos Tornondo-se SistemosOrgônicos 5
Mois Definições: Principois SistemosOrgônicos 7
HOMEOSTASE: "PERMANECER IGUAL" 7TERMOS INITÔUICOS: FALANDO SOBRE O CORPOHUMANO IO
Posiçõo Anqtômico 10Posições Relotivos
'l 0
Plqnos e Secções do Corpo Humono I 1Termos Regionois I I
CAVIDADES DO CORPO 14Covidode Dorsol 14.Covidode
Ventrol 14
*14fffiã'.tì r* L:r GIUIMICA BASICA | 8-ï'-'"'tt'"
MATÉRIA, ELEMENToS E ÁToMoS 20Motério 20Elementos 20Ábrot 20
LGAçÕES OUíM|CAS 22Ligoções lônicqs 22Ligoções Covolentes 23
. Pontes de Hidrogênio 24loNS 24
Cótions, Ânions e Eletrólitos 24Formoçõo de Íons 24lonizoçõo 25
MOLÉCULAS E COMPOSTOS 25Moléculos 25Compostos 25Alguns Compostos e Moléculqs lmportontes 26
REAçOES QUTMTCAS 27ACIDOS E BASES 27
Ácidos 27Boses 28Neutrolizoçõo de Acidos e Boses 28Medido: A Escolo de pH 28
ENERGIA 29Formos de Energio 30Conversõo de Energio 30
Tronsferêncio de Energio: O Popel do AdenosinqTrifosfoto 30
MTSTURAS, SOLUçÕES E SUSPENSÕES 3l
.-@ffiüúffi ̂ !---- - -esdilú$.g fFl ilt Âq q4'ruffififfi" IUMACÉLUÁTÍPICA 36
Membrono Celulor 37O Interior dq Célulq 37No Superfície do Membrono Celulor 41
MOVIMENTO ATRAVÉS DA MEMBRANA CELUIÁR Á1Meconismos de Tronsporte Possivo 43Meconismos de Tronsporte Ativo 47
DIVISÃO CELULAR 48lntérfose 49Prófose, Metófose, Anófose e Telófqse 49
DTFERENCTAçÃOCrtUUqn 50oRGAN|ZAçÃO, ALTERAçÃO E MORTE 50
*ff#ffi;;*'ffi#rü..#"" METABOUSMO CETUTAR 54
METABOLISMO: ANABOLISMOE CATABOLISMO 56CARBOIDRATOS 5Z
Monossocorídeos 57Dissocorideos 58Polissocorídeos 58Utilizoçõo do Glicose 58
. A Produçõo de Glicose 59LrPrDtos (GoRDURAS) ó0
Utilizoçõo dos Lipídios ó0Metobolismo dos Lipídios ó1
PROTEINAS 62Aminoócidos 62Utilizoçõo dos Proteínos 62
TNFORMAçÃO GENFilCA E SíNTESE DE PROTEíNAS ó4Hereditoriedode 64DNA: O Proieto do Vido 64
"& r'crDos E MEMBRANA' 74TECIDO EPITELIAL 76
Epitélio Simples 78Epitélio Estrqtificodo 78Epitélio Glondulqr 79
TECIDO CONJUNTIVO 80Tecido Coniuntivo Frouxo 80
xvi . Sumório Detolhodo
Tecido Coniuntivo Fibroso Denso 82Tecido Coniuntivo Reticulor 83Cortilogem 83Osso 84Songue 84
TECIDO NERVOSO 84TEC|DO MUSCUIÁR 84
Músculo Estriodo Esquelético 84Músculo Liso 84Músculo Estriqdo Cordíoco 8ó
REPARO TECIDUAL 8óMEMBRANAS 87
Clossificoçõo dos Membronqs 87MembrqnosEpiteliois 87
ia. " '
- . -t
O TEcUMENTo coMutì4 ETEMPERATURACORPOREA 92
ESTRUTURAS DA PELE 94Comodos do Pele 94Cor do Pele 96
ESTRUTURAS ACESSORIAS DA PELE 97Pêlos 97Unhos 99Glôndulos 100
FUNÇÕES DA PELE lOOReguloçõo do Temperoturo Corpóreo 101Quondo o Pele é Queimodq 102Um Lembrete Sobre os Cuidodos com o Pele 104
SISTEMA ESQUELETICOE ARTICULAR I08
DrsPosrçÃo E FUNçÕES DOS OSSOS 110O Sistemo Esquelético: O Que Ele Foz 1 10
Ossos de Diversos Tomqnhos e Formos 1 10
TECIDO OSSEO E FORMAçÃO OSSEA 1 1O
Osso Compocto e Osso EsPonioso 1 l0
Osso Longo 112Ossificoçõo I 13Crescimenb Ósseo 114
DMSÕES DO SISTEMA ESAUELÉÏCO 117
Esqueleto Axiol 117EsqueletoApendiculor 125
ARTICUIAÇOES I30Articuloçõeslmóveis 130Articuloções Semimóveis
'l 30
ArticuloçõesMóveis 130Dores Articulores 133Tipos de MovimenÌos Articulores
'l 33
ffi slsrEMA MUscuLAR ta8TIPOS E FUNçÕES DOS MÚSCULOS 140
Músculo Estriodo Esquelético 140Músculo Liso 141Músculo Cordíoco 141
ESTRUTURA DO MUSCULO COMO UM TODO 141
ESTRUTURA E FUNçÃO DE UMA FIBRA MUSCUIAR
lsoLADA 141COMOOSMÚSCULOS SE CONTRAEM I43
Controçõo e Reloxomento: O Popel do CólcioedoATP 143
Músculos Esqueléticos e Nervos 143RESPOSTAS DO MUSCULO COMO UM TODO 146
Resposto Porciol Versus Tudo-Ou-Nod o 146
Controçõo, Somoçõo e Tetonio 147Tônus Musculor 148Fonte de Energio poro o Controçõo Musculqr 148
Descrevendo o Movimento Musculor 148
Uso dos Músculos Acimo e Aboixo do Normql 148
CLASSTFICANDO OS tvtÚSCUtOS ESAUELÉÏCOS 149
Tomonho 149Formo 149Direçõo dos Fibros 149Locolizoçõo 1Á9Número de Origens 149Origem e Inserçõo
,|50
Açõo Musculor 151MUSCULOS DA CABEÇA AOS PÉS 154
Músculos do Cobeço 154Músculos do Pescoço
,|55
Músculos do Tronco 155Músculos do Ombro e
do Broço l5óMúsculos que Movimentom o Antebroço 157
Músculos que Movimentom o Mõo e os Dedos 157
Músculos que Movimentom o Coxo,o Perno e o Pé 157
S|STEMA NERVO$O: TECIDONERVOSO E ENCEFALO 162
O SISTEMA NERVOSO: ESTRUTURA E FUNçAO 164
Divisões do Sistemo Nervoso 164Funções do Sistemo Nervoso 164
CÉLULAS AUE COMPÕEMO SISTEMA NERVOSO 164
Neuróglio 164Neurônio 166Substôncio Bronco e Substôncio Cinzento I ó8
o NEURONIO CONDUZINDO INFORMAçÃO 1ó8
lmpulso Nervoso: O Que é lsso? I ó8lmpulso Nervoso: O Que O Origino? 169
lmpulso Nervoso: O Que Deïerminoo Suo Propogoçõo 171
ENcÉFALO: ESTFiUTÚRA E FUNçÃO 174Cérebro 174Diencéfolo 179Tronco EnceÍolico 179Cerebelo 180Estruturos que Atrovessom os Divisões do Cérebro
1 8 0Protegendo o Sistemo Nervoso Centrol 181
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e EnÍermo . xvi:
SISTEMA NERVOSO: MEDUTA ESPINAI OUTROS HORMÔNOS 257E NERVOS PERIFÉRrcOS | 88 Hormônios Associodos o Sistemos Oroônicos
O QUE E A MEDULA ESPINAL? I90Cinzo Internomente, Bronco Externomente 190Nervos Espinois Conectodos ò Medulo Espinol 193
AS FUNÇOES DA MEDUIÁ ESPINAL I93O Que Sõo os Reflexos 194O Arco Reflexo 195
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 197O Que é Um Nervo? 197Clossificondo o Sistemo Nervoso Periférico
,l98
I 1., oRcÃos Dos sENnDos 2rzRECEPTORES E SENSIBILIDADE 214
Célulos que Detectom Estímulos 214O Que é Sensoçõo 214Experimentondo umo Sensoçõo 214
OS SENTIDOS GERAIS 216Dor 216Toto e Pressõo 217Temperoturo 218Propriocepçõo 218
OS SENTIDOS ESPECIAIS 218Sentido do Olfoto: O Noriz 219Sentido do Gustoçõo: A Línguo 219Sentido do Visõo: O Olho 220Sentido do Audicõo: A Orelho 228Sentido do Equilíbrio: A Orelho 232
::.:::_..t â. Z GIANDUIAS ENDOCR.INAS
GúNDUIAS E HoRMÔNIos 238HORMÔNIOS 238
Clossificoçõo dos Hormônios 238Alvos 238Receptores Hormonois 238Controle do Secreçõo Hormonol 241
A HIPOFISE 242A Hipófise e o Hipotólomo 242Adenohipófise 243Neurohipófise 247
GIANDUIATIREOIDE 247FolículoTireoideono 248O Que Fozem os Hormônios Tireoideonos
GúNDUIAS PARATIREoIDES 25oGúNDUIAs SUPRA-RENAIs 251
Medulq do Supro-renol 251
^ Córiex do Supro-renol 252PANCREAS 254
Insulino 254
^ Glucogon 256GONADAS 256
Ovórios 256Testículos 256
T|MO 257GIANDUIA PINEAL 257
Específicos 257Prostoglondinos 257Hormônio Estimulonte do Melonino 257
ffisANe* 262O QUE O SANGUE FAZ 264coMPosrçÃo Do SANGUE 264
Origem dos Célulos Songüíneos 265Depressõo do Medulo Osseo 2ó5Hemogromo Completo (Contogem Completo do
Songue) 272HEMOSTASIA: PREVENçÃO DEPERDA SANGÜíNEA 272
Esposmo do Voso Songüíneo 273Formoçõo do ïompõo de Ploquetos 273CooguloçõoSongüíneo 274
TIPOS SANGUINEOS 276Antígenos e Tipos Songüíneos 276Anticorpos e Tipos Songüíneos 276InteroçõoAntigeno-onticorpo 276Compotibílidode e Incompoiibilidode dos Tipos
Songúineos 276Sistemo de Clossificocõo Rh 278
rt'\r,Ë.if ^üll'r
&*w coRAcÃo ,'82':ã€F'
ESTRUTURA DO CORAçÃO 284Tomonho e Locolizoçõo 284
236 Comodos do Coroçõo e de Revestimento 28ÁUmo Bombo Duplo e Duos Circuloções 286As Cômoros Cordíocos e os Grondes Vosos 286As Volvos do Coroçõo 288Os Sons Cordíocos 290Fluxo Songüíneo Atrovés do Coroçõo 291Suprimento Songüíneo poro o Miocórdio 291
FUNçOES DO CORAçAO 293Complexo Estimulonte do Coroçõo 293O Coso do Morcoposso Vioionte 294Eletrocordiogromo 295Ciclo Cordíqco 296Débito Cordíoco 296
249.-#=lF'+h..t 4 , VASOS SANGÜÍNEOS
1q,** E C|RCUIAçÃO 3O2
ESTRUTURA DO SISTEMA CIRCULATORIO 304Ciclos, Circuitos e Circuloções 304Vios Principois e Cominhos Secundórios:
Nomeondo os Vosos Songüíneos 305Poredes dos Vosos Songüíneos 30óVosos Songüíneos: O Que Fozem? 30óPrincipois Artérios do Circuloçõo Sistêmico 307Principois Veios do Circuloçõo Sistêmico 310
l -Circuloções Especíois 3l I
xviii t Sumório DeÌolhodo
FUNçÕES DO SISTEMA CIRCULATORIO 31ó
Pressõo SongÜíneo 31 ó
OlrniUuitaoão Fluxo SongÜíneo 322
Pulso 323Troco CoPilor 324
srsïEí|rA LlNrÀnco 332
o ssftmnLlNFATlCO 334- - l- info:OQueéedeOndeVem 33^
\losos Linlóticos 335
fU."''t""" a" Linfo AÌrovés dos Vosos Linfóticos
ORGÃOS LINFATICOS 33ó
LinÍonodos 338
Tonsilos 338Timo 339Boço 339
-"€E-c+*-lF; slsïEmA u,tuNE 342nËryHF-
cüËirrrcnçÃo oo slsTEMA IMUNE 344lmunidodelnesPecíÍico 344
lmunidodeEsPecífico 3A7
TIPOS DE IMUNIDADE 353
lmunidode Genêtico 353
lmunidodeAdquirido 354
OUTRAS RESPOSTAS IMUNES 355' Reoções Alérgicos 355
Doenço AuÌo-imune 35ó
Reieiçõo de Órgõos 357
srsïËiilAnEsplRAïÕR|o 3ó0
rsïilÜrunR: oRcÃos Do slsrEMA
Estômogo 393
IntesÌino Delgodo 397
lnÌestino Grosso 398 L -. ̂onóÀós ÁNEXos Do slsTEMA DlGEsToRlo 401
Fiqodo 401Váículo Bilior 404
Pôncreos 4OA
Ouondo os Órgõos Anexos do Sistemo Digestorio
NõoFuncionom-Direiïo 4O4
DIGESTÃO E ABSORçÃO 406
õorboidrotos e Enzimos que Quebrom
os Corboidrotos 40ó
Proieínos e Enzimos Que Quebrom os Proteínos 407
ilil; e Enzimos Que Quebrqm os Lipídios 4o7
uNr-rïóôo slsTEMA DlGEsToRlo 408Nuìnlçno, coNcElTos BAslcos 409
CqrboidroÌos 409
Proteínos AO9
Gorduros(LiPídios) 4Og
Vitominqs 4O9
Minerois 410
Soúde e Dieto Bolonceodo 411
Energio CorPóreo Á11
ffi':=#FË stsÏEtúA uRlNARlo 418qffitr -
nrús, nrouinçÃo e rxcnrÇÃo 420Locolizoçõo dos Rins 420
Esïruturo do Rim 421iuori."nto SongÜíneo Poro o Rim 422
Funções dos Rins 422
coNinórr HoRMoNAL DE AGUAE ELETROLITOS 425
Aldosterono 425
HormônioAntidiuréÌico 426
Foïor Atriol Notriurâico 426
HormônioPqrotireóideo 426
coMPOSlçÃo DAURINA Á27OUANDO OS RINS FALHAM 427
üÃs oo slsTEMA uRlNÂRlo:ESTRUTURAEFUNçÃo 430
Ureteres y'30
Bexigo Urinório 430Micçõo 432Uretro 432
RESPIRATORIO 362
Nqriz e Covidode Nosol 362
Foringe 362Loringe 3ó5Troquéio 367
Âruoru Brônquico : Brônquios'
Bronquíolos e Alvéolos 3ó8
Pulmões 3ó8Pleuro 3ó9
FUNÇÃORESPIRATORIA 372' - Á t e, EtoPos do ResPiroçõo 372 ^--Volume e Copocidode dos Pulmões 3/ /
Controle do ResPiroçõo 379
Vorioções e Anormolidodes Comuns
nos ResPiroções 381
srsïEl,lADlctsïÓruÔ 38ô
VMO GERAL DO SISTEMA DIGESTORIO 388
Cqmodqs do TroÌo Digestório 388 - -
EOUILiBRIQ HiDRlco, EtEÏRotiÏlcoÉ Âcroo-sAslco 43ó
DrsTRlBulçÃo DOS FLUIDOS DO CORPO 438
Comportimenïos de Fluidos 438. ,.o
p"rltánio (Membronqs Peritoneois) 390
Boco 390Foringe 392Esôfogo 392
è;;;'i;à. dos Fluidos CorPorois 438
EOUIL|BRIO H|DRICO 439Inqestõo de Aguo 439
Eireçao de Aguo 440
EOUIL|BRIO ELETROLiTICO 440
Referênciq RóPido 440
ions Mois lmPorÌonles 4A1
EOUILIBRIOACIDO-BASICO 4Á2
Referêncio Rópido 442De Onde Vem o Acido (H*) 442Como o Orgonismo Regulo o pH 442DesequilibriosAcido-Bósicos 444
d u,rrrÍü oEN*Ar e'oSISTEMAGENITALMASCULINO 452
Testículos 452Vios Condutoros de Gometo s 455Glôndulos Anexos 455Sêmen 456Genitois Externos 456Reoçõo Sexuol Mosculino: Ereçõo, Emissõo,
Eioculoçõo e Orgosmo 456Hormônios Sexuois Mosculinos 456
SISTEMA GENITAL FEMININO 458Ovórios 458Troto Genitol 460Orgõos Genitois Externos 4ó2Reoçõo Sexuol Feminino 463Controle Hormonol dos Ciclos Reprodutivos 463
_ Dois Ciclos Reprodutivos 4ó3METODOS DE CONTROLE DE NATALIDADE 467
Métodos de Controle dq NotolidodeCom Borreiros 467
ControceptivosHormonois 4ó8Métodos Cirúrgicos de Conirole de Notqlidode 469Dispositivos Intro-uterinos 468Métodos Comporiomentois de Controle
de Notolidode 468RU-48ó 468Escolhos do ControÍe de Notolidode 468
UESE NVOLYIfrTËHTO H UftTÂNOE HËNTDMAHEDITDË 474
FERTTL|ZAçAO 476Quondo Ocorre o Fertilizoçõo 476Onde Ocorre o Fertilizoçõo 47ó
AnoÌomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e EnÍermo r xix
Como Ocorre o Fertilizoçõo 476DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL 476
Período Embrionório Iniciol 477PeríodoEmbrionório 478Período Fetol 482
ALTERAÇÕES HORMONAIS DUMNTEA GRAVIDEZ 485
GonodotrofinoCoriônicoHumono 485Estrógeno e Progesterono 485
ALTERAçOES NO CORPO DA MULHERDURANTE A GRAVIDEZ 485O NASCIMENTO 486
Trobolho de Porto 486MAMAS E TACTAçÃO 488
Estruturo dq Momq: As Glôndulos Momórios 4gBHormônios do L,octoçõo 488
ALTERAçÕES POS-NATAIS E ESTÂGOSDE DESENVOLVIMENTO 488
Aiustes lmediotos 488Desenvolvimento Duronte o Vido 4gO
HEREDITARIEDADE 490DNA, Genes e Cromossomos 49OÉ Menino, É Menino: Como o Sexo do
Crionço é Determinodo 493Doenços Congênitos e Hereditórios 494
GrossÁRro {lç7
ArÊNDrcE Àl ffit€ROFtsrSG|ÀBASICA 5Iç
ÁPÊNDrcG Br ïER*uNoLGiA rçÊorce rËpoHrütos 527
APÊHDrcE €; VALORüSIÁBORATORIAIS 537
inprcr nrffilsslvo sgs
Anatomiae Fisiologia
do Corpo Humano
Saudável e Enfermo
lNrRoDUçÃOAO ESTUDO DOCORPO HU ANOO bjetivos
l. Definir os termos r4z atomia e Fisiologia.
2. Listar os níveis de organizaçáo do corpo humano.
3. Descrever os onze principais sistemas orgânicos.
4. Explicar o termo homeostase.
5. Definir o termo posição anatômica.
6. Explicar os termos comuns utilizados para descrever as posiçóeshumano.
7. Descrever os três principais planos de secção do corpo humano.
8. Listar os termos anatômicos para as regióes do corpo humano.
9. Descrever as principais cavidades do corpo humano.
relativas do corpo
3
4 r COPíIUIO I / INTRODUçÃO AO ESTUDO DO CORPO HUMANO
.o.rrirr.r. vivendo por aproximadamente 75 anos'
xo-: "O que é isso? Por que eu disso? Como elexo: "O que é tssoi I'or que eu Preclso-olï"t ",funcionà? Por que .u não tenho um?" A medida que
lrá.e .t..td" Anàtomia e Fisiologia, você aprenderá as
respostas para essas questóes.
Muitos de nós temoì curiósidade em relação ao nosso
corpo - como ele ftrnciona, por que ele não funciona'
o q.r. not deixa doentes. Ao estudar o corpo humano'
lf"-"t vezes você se sentirá como no.deselho abail
Por que este túmulo estó sendo violodo epor ciue o lodrõo meleu'se em umo
ironãe complicoçõo?
A dissecação do corpo humano durante o período
medieval náo era permitida nem pela igreja e nem pelo
Estado. Assim, a única maneira que os antigos anatomis-
tas tinham de conseguir corpos humanos Para dissecar
era roubando túmulos. Os cientistas medievais contratâ-
vam p€ssoas para essa tarefa. A punição pâra quem era
p.eoioub"rrdo os túmulos enrâpidae\evera- Esse rapaz
ìeã ,étiot problemas se ele for Pego' e parece que será'
quer fornecer aos seus pacientes os melhores,cuidados
possíveis, portanto uo.è d.,r. ter um profundo conhe-
èimento do corpo humano'A Anatomia e a Fisiologia estáo intimamente rela-
cionadas. Quando você eliamina a anatomia de uma
parte do corpo, Pergunta a si mesmo como sua estru-
iura rel"ciona-t. à tú" funçáo. Por exemplo, a estrutu-
ra da mão está relacionada à função de segurar um
obieto (Fie. 1-l). O coraçáo bombeia o sangue e a
."úd" lott[", forre e flexível do macaco permite que
ele s. p.niure em uma árvore. Em todos os animais' a
estrutura e a função caminham juntas'
os NivEls DE ORGANIZAçÃoDO CORPO HUMANO
O corpo humano está organizado desde o muito
simples "ié
o .o-plexo; do átomo microscópico ao
co-pl."o organismo humano. Note essa progressão
ANATOMIA E FIS-IOLOGIA:O QUE SAO
Anatomia é o ramo da ciência que estuda a estru-
tura (ou morfologia) do corpo humano' Assim' a
Anatomia descrevé a forma do coração, qual é o seu
t"-"nho, a sua constituição, como está organizado e
onde se situa. A palavra a'ndtumiavem do grego e sig-
nifica dissecar. Â ciência anatômica originou-se das
observaçóes feitas pelos cientistas enquanto disseca-
vam o corpo numano.Iisiologia é o ramo da ciência que clescreve como
o .ãroo hrï-"rro funciona, ou as suas funções' A fi-
siolofia descreve, por exemplo.' como o coração atua
comõ bomba e por que o bombeamento do sangue e
essencial p"r" "'-"tt.ttençáo-
da vida' A Fisiopatolo-
sir é a prrt. d" ciência que descreve as conseqüências
ão f.ttt. ion"mento inadequado de partes do corpo
humano - como .ss"s paites funcionam q.uando a
Dessoa está doente. Ela descreve, por exemplo' o que
à.orrr... durante um ataque cardiaco, quando o cora-
cão funciona precariamente ou não tunctona'
Por aue o ãstudo da Anatomia e Fisiologia faz pat'
t. do ,.r', currículo profissional? Você precisa saber es-
sas matérias. Se voiê não adquirir um bom conheci-
mento da Anatomia e Fisiologia normais, você não
poderá entender as doenças e os distúrbios aPres€nta-
ão, po, seus pacientes e nem compreender as bases
d", àiu.rr", fãrmas de tratamento, como as terapias
com drogas ou os Procedimentos cirúrgicos' Você
Por que este fqmoso loborotório deqnqlomiq foi construido sobre umpequeno rio no ltôlio?
Como a dissecação de corpos humanos era ilegal naIdade Média, os laboratórios de anatomia eram rotinei-rament€ invadidos pela polícia. Nessas invasões, os cor-pos parcialmente dissecados eram colocados, através deuma abertura no assoalho do laboratório, em uma barca-
ça que ficava no rio. Então, o corpo (e a prova incrimina-dora) flutuavam para longe.
FIGURA l-l r Estrutura efuncão: aestruturaeafuncão estãointimamente relacionadas,
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 5
na Figura 1-2. Átomos formam moléculas que, porsua vez, constituem moléculas maiores. Finalmente asmoléculas maiores estáo organizadas em células, aunidade básica da vida. Grupos especializados de cé-lulas formam os tecidos que então se arranjam emórgãos como o coração, o estômago e o rim. Cadaór-gáo possui uma função como a digestão, a excreção ea reprodução. Grupos de órgãos formam os sistemasofgânicos. Todos esses sistemas se unem para formaro corpo ou organismo humano. Assim, do simplesao complexo, o corpo humano está constituído desdeo minúsculo átomo até o ser humano.
ónoÃos E srsrEmAs oRcÂNrcos
Definições; Órgõor Torntrndo-seSistemos 0rgônicos
Um órgão é um grupo de tecidos arranjados paraexecutar uma determinada função, como por exemploos tecidos do coração, que se organizam de tal maneiraque ele possa desempenhar a sua função de bomba dosistema circulatório. Um sistema orgânico é um gru-po de órgáos que se auxiliam mutuamente para de-
ó r COPiIUIO 1 / INTRODUçÃO AO ESTUDO DO CORPO HUMANO
p (u*^*\N r\,V
\--)
W.{ tpÌ\)Ï,'Q/ Moléculas
FIGURA f -2 . Níveis de organizaçáo: do simples ao complexo, do átomo ao orgânlsmo humano'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 7
sempenhar uma função específica. Assim como o co-raçáo é um órgão que bombeia o sangue, os vasos san-güíneos são órgáos que recebem o sangue do coração, .distribuem-no através do corpo e o rrazem de volta aocoração. Ambos, o coração e os vasos sangüíneos, sãonecessários para o desempenho da função do sistemaorgânico do qual fazem parte. Esse sistema orgânico, osistema circulatório, leva oxigênio e outros nutrientespara as células do organismJ(você irá aprender sobreo sistema circulatório no Capítulo i5).
Mnis Definições: PrincipEis Sisfemas()rgânicos
Onze sistemas orgânicos principais constiruem ocorpo humano, cada um desempenhando uma funçãoespecífica. Observe a Figura 1-3 e identifique a locali-zaçáo e a distribuição dos órgãos de cada sistema.
. O sistema tegumentaÍ ou tegumento comum, éformado de pele e estruturas anexas como os pêlos eas unhas. O sistema tegumentar executa funções im-portantes: ele forma o revestimento do corpo, auxiliana regulação da temperatura corpórea e contém algu-mas estruturas relacionadas à sensibilidade eeral.
. O sistema esquelético e articular for-"ã estruru-ra básica do corpo humano e é constituído de ossose articulações. O sistema esquelético protege e for-nece sustentação aos órgãos.
. O sistema muscular é composto por três tipos demúsculos. Os músculos estriados esqueléticoJ se in-serem nos ossos e são os responsáveis pelos movi-mentos do esqueleto e pela manutenção da posturado corpo. Os outros dois tipos musculares são en-contrados nas paredes de determinados órgáos e sãoresponsáveis pelos seus movimentos.
. O sistema neÍvoso é formado pelo encéfalo, pelamedula espinal, pelos órgãos dos sentidos e pèlosnervos. Os nervos sensitivos recebem informaçóesdo meio e as conduzem para a medula espinal e pa-ra o encéfalo, onde são interpretadas. As decisõestomadas no encéfalo e na medula espinal são rrans-mitidas ao longo dos nervos morores para as diver-sas estruturas do corpo.
. O sistema endócrino (glândulas endócrinas)consiste de numerosas glândulas que secretam hor-mônios e substâncias químicas que regulam as ativi-dades do corpo, como o crescimento, a reproduçãoe o equilíbrio hídrico.
. O sistema circulatório é formado pelo coração epor vasos sangüíneos e é o responsável por bombeare transportar o sangue através do corpo. O sanguetransporta nutrienres e oxigênio às células do corpoe também os produtos de metabolismo das m€smaspara os órgãos de excreção.
. O sistema linfático consiste de linfonodos, vasoslinfáticos, linfa e órgãos linfoides como as tonsilas eo baço. Esse sistema desempenha uma função im-
portante na defesa do organismo contra microorga-nismos patogênicos e outras substâncias estranhas.O sistema respiratório é formado pelos pulmóes epor outras estruturas que conduzem o ar dos pul-mões e para eles. No interior dos pulmóes, os gasesrespiratórios (oxigênio e dióxido de carbono) aúaves-sam uma delgada membrana. O oxigênio penetra nosangue dos pulmões e é levado para as diversas estru-turas do corpo. O dióxido de carbono passa do san-gue para os pulmóes e é eliminado para o extenor.O sistema digestório consiste de órgãos destinadosa ingerir (comer) os alimentos, rransformá-los emsubstâncias que possam ser absorvidas pelo organis-mo, e eliminar os resíduos da digestão. Fazem partedesse sistema o estômago, os intesrinos e os óigãosanexos como o fígado e a vesícula biliar.O sistema urinrírio é formado pelos rins e por ou-tras estruturas que auxiliam na excreção de produtosde metabolismo do corpo através da urina. O sistemaurinário auilia no contqole da quantidade e compo-sição da águae de outrassubsrâncias do organismo.O sistema genital é constituído por órgãos e estru-turas que capacitam o organismo humano à repro-dução. O sistema genital feminino produz o óvúlo eos hormônios necessários à gravidez. O sistema se-nital masculino produz espãrmatozóides e hornïô-nios e é formado por estruturas cuj.as secreções sãonecessárias à deposição dos espermatozóides no sis-tema senital feminino.
HOMEOSTASE:''PER'VIANECER IGUA[''
Homeostase significa literalmente "permanecerigual" (homea- semelhante; estãse- estável). O termorefere-se à capacidade do corpo de manter o equilí-brio do meio interno em resposta às alteraçóós domeio externo. Quando o seu corpo rcalizaa homeos,tase, as condiçóes internas do organismo permane-cem as mesmas, a despeito das diversas modificaçóesdo_ exterior. Por exemplo, a temperatura do seu corpoé de aproximadamente 37"C (98,6"F) mesmo que atemperatura ambiente se eleve a 100"F ou diminuapara 60"F. A quantidade de água no interior de suascélulas se mantém estável mesmo que você beba dois,três ou quatro litros de água por dia. O nível de açú-car do seu sangue permanece nos limites normaismesmo que você jante um peru ou jejue durante seishoras.
Homeostase significa que o corpo possui uma ma-neira de manter-se inalterado independentemente dasalterações ocorridas nas condiçõesìxternas. Os meca-nismos que auxiliam na manurenção da homeosrasesáo denominados mecanismos homeostáticos. Ocorpo humano possui centenas desses mecanismos,incluindo aqueles para o controle da temperatura, donível de açúcar no sangue, do equilíbrio hídrico, dapressão sangüínea e dos níveis de sódio no plasma.
Quando os mecanismos homeosráticos não funcio-
g O (qPitUIO I / INTRODUçÃO AO ESTUDO DO CORPO HUMANO
Tegumento comum Sistema esquelético e articular
Sistema nervoso
Sistema muscular
Sistema endócrino(Glândulas endócrinas)
FIGURA I'3 ' PrinciPais sistemas do corpo humano'
Sistema circulatório
l--
Sistema linfático
Sistema urinário
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o 9
Sistema dioestório Sistema resoiratório
FfGURA l'3 t ContìnuaÇão
Sistema genital
I O T COPit UIO 1 / INTRODUçÃO AO ESTUDO DO CORPO HUMANO
nam corretamente' o resultado pode ser um-a disfun-
A;;;" doença. Portanto, o desequilíbrio ho-
il"ostático está asiociado a diversos distúrbios'
TERMOS ANATÕMIÇOs: FATANDOÉOBRE O CORFO HUMANO
Termos específicos descrevem alocaliz,açáo' a posi-
cão e as reeióËs das partes do corpo' Devido a esses ter-
il;t ;.; freqüentemente utilizados ao longo deste
i.". t..- todô, o, cursos médicos e paramédicos)' vo-
.ê áeà se familiarizar com eles a partir de agora' Pessoas
que atuam em áreas médicas são freqüentemente censu-
i"d^ ót falarem a sua própria linguagem' De fato' nós
o fazemos! Sempre utilizamos esses termos como se o
.orpo h.r-*o .ìtirresse em posição anatômica'
Posiçõo Anqtômittr
Na posição anatômica, o corPo humano está ere-
,o.o-^" faée voltada para a Frente' os membros para
;t ffit .;t dedos dos pés e a palma das mãos dire-
cionados para a frente (Fig' 1-a)'
Posiçõer RelEtivos
Termos específicos descrevem a posição de uma
parte do .otpô .- relação a outra' Esses são os termos
àe direçáo . rão .o-o ãqt"ltt aos quais estamos fami-
liarizados como norte' sul, leste e oeste' -bnquanto vo-
.ã pod. dizer corretamente que o Canadá está situado
ro ïor,. dos Estados Unidos, soaria estranho se voce
ã"t.t*.tt. que a cabeça se localiza ao norte do tórax'
Assim, parulocaliza.r as partes do corpo humano' utl-
lizamos outra termlnologia' Os termos normalmente
sáo descritos aos pares e"os dois termos de cada par
normaÌmente são oPostos'
FIGURA l'4 I Posiçáo anatômica'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r | |
Por q.ue o orticuloçõo do punho pode seroescrrto oo mesmo lempo como proximole disrol?
_ Os rermos proximal e distal são termos de relação.
Em outras-palâvras, esses termos descreva-, por.r.-_plo, a localização do punho em relação
" ouiá p"ri. ao
corpo. Assim, o punho é proximal em relação "o.
d.dor,ou seJa, o punho está mais próximo ao tronco do que osdedos. O punho é distal em relação
"o .o,ou.lol Err"
descrição significa que o punho éstá mais "Ar."ao
aotronco do que o cotoveÌo.
I N. do T.: O termo mediano se aplica para estrururas si-tuadas nessa linha. Dessa forma, á ,r".i, é lr-" .rtrrrt.rr"mediana do coroo.2 N. do T.: O termo raiz normalmenre se aplica para a re_gião dos membros (superiores e inferiores) áu..Jn*"_
"otfonco.
Existem termos específicos para descrever as d.ife-
1;11es reB'Oes ou áreas do corpo humano. A Figura I-6
rlustra esses rermos utilizados para identificar as re-giões das faces anterior e posteriàr do corpo.
-^-lob* a face posterior, idenrif ique as seguinres
reglões:
Aidomirr"L logo abaixo das costelas
. Superior e inferior. Superior significa que a parredo corpo esrá acima deìma outrã ou pró1xima'à ca-beça. Por exemplo, a cabeça é superioi ao tórax. In_Ìenor srgnlfrca que uma determinada parte está si_ruaoa abarxo de ourra ou próxima aos pés. O rórax,por exempÌo, é infe rior à cìbeça.
. .{nrerior e posrerior. fua.4"I sìgnifica volrado para arrenre ou para a face ventral. posterior sígnifica voka_do para trás ou para a face dorsal. Dessa"forma, o co_raSo.é posterior ao osso esterno. Outro termo corres_pondente para anterior é ventral e, para posterior,dorsal. Se você gosta de peixes, ,rroêi. esie últimorermo com a nadadeira doisal ou, se você costuma na_dar no mar, imagine apryedorsal do tubarão que po-de ser vista movimentando_se rapidamente e sem ne-nhum esforço em direção à sua prancha de surfe!
. \{edial e lateral. Imagine .r-á li.rh" desenhada nomeio do_seu corpo, dividindo-o em merades direitae esquerda. Essa é a linha mediana do corpo. portan_to_, medial significa esrar voltado prr" .rü linha. Osolhos são mediais em.relação às orèlhasl. Lateral sig-nifica estar afastado da linha mediana, coÀo é o c"_so das orelha.s, que são laterais em relação ao nariz.. l)roximal e disral. proximal significá que uma de-rerminada esrrurura esrá situadã próxinia ao rroncoou próximo a sua raiz2. Como o cotovelo situa_semais próximo do rronco do que o punho, ele é des-crito como.proximal. O punËo é proximal em rela_
:í,o "o: dedos, o que signìfica que'ele está mais pró_
x.rmo do rronco do que os dedos. O termo diìtatsrgnrtrca que uma parte do corpo está mais afastadaclo rronco ou da sua raiz. por exemplo, o punho édistal.em relação ao cotovelo, . o, dàdo, sai distaisem relação ao punho.
. Superficial e profundo. Superficial significa queuma.parte está situada.na sup^erfície dó corpo oupróximo
" :1". I pele é ,up,.if i . i" l em relação aosmúsculos. Profundo signìfica que uma parte docorpo está afasrada da suã superdcie. por Ëxemplo,os ossos são profundos em relàção à pele.
. Central e periferico. O,termo ..rrtà significa queuma estrurura esrá lo.calizada.ro ..rrtro;"periféricosignifica estar afastado desse cenrro. eriiio, o cora_ção encontra-se em posição central enquanro os va_sos sangüíneos são perifericos (afastado, do..nrro.se estendend.o para os membros).
rR;fUillÌ{DOl Têrmos específicos descre_vem a posição de uma parte do .oipo .- relação aoutra. Geralmente os termos sao pares e opostos e in_cJuel sup.erior e_ inferior, anteriá. (".n,ál) . posre_rior (dorsal), medial e lateral, proximal . disíal, super_ficial e profundo, central . p.iiftri.o.
Flqnog e Serçôer do Ëorpo Humqno
Quando nos referimos ao lado esquerdo do corpo,à sua metade superior ou à sua part. ár,t.rior, esramosnos refenndo aos seus planos ou secções. Cada planodivide o corpo humanò através de uma ü"t;ã;;ì_nária em uma determinada direção. A Figura 1ï5mostra os três importantes planos de secção ão .orpo.. Plano sagital (Fig. 1-5A). O plano sagital divide o
cofpo f.um,ano nas parres direita e esquerda. Se o cor_
re e reatlzado exatarnente na linha mediana do corpo,as merades direita e esquerda são iguais. Essa secção édenominada _sagrtal -ãdi"r,. (ou"median.a).
r t'lano frontal. O plano frontal divide o corDo hu-mano nas parres anrerior (venrral) e posterioi (dor-sau, cletermrnando a frente e o dorso do corpo. Oplano frontal também é conhecido.o-o pl"rro.o_
I"".1. Por quê? Coronalsignifica .oro"'. a l inha,-llStnartl clesse plano se inicia na parre da cabeçaonoe geralmente repousa a margem de uma coroa.o l'lano rransversal. O plano trãnsversal divide ocorpo humano de maneira horizontal, criand.o umaparte superior e outra inferior. euando o corpo hu-manll o.u,um órgão.são cortados horizontalmenre, asecção é denominada secção transversal.
ïurmEr RegÍonaie
12 r COPíIUIO 1 / INTRODUÇÃOAO ESTUDO DO CORPO HUMANO
A - Plano sagitalffOUm l'5 r Planos.do corPo humano' A'
S"aJ g, frontal (coronal); C' transversat'B - Plano frontal (coronal)
C -Plano transversal
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | 3
FIGURA f -ó r Termos regionais. A, Vista anterior; B, vista posterior
Cubital anterior: área anterior ao cotoveloAxilar: fossa axilarBraquial: braçoBucal: área da bochechaCef;ílica: cabeçaCervical: pescoçoCranial: próximo à cabeçaDigital: dedosFemoral: área da coxaInguinal: área onde a coxa encontra o tronco do corpoOral: área da bocaOrbital: área ao redor dos olhosPatelar: na frente do ioelhoPodálica: oé
Púbica: área genitalEsternal: área média do tórax (anterior)Umbilical: umbigo
Sobre a face posterior, identif ique as seguintesregióes:
Caudal: próximo à região inferior da coluna vertebralDeltóidea: área arredondada e lateral do ombroClútea: nádegasLombar: área do dorso entre as costelas e o quadrilOccipital: área posterior da cabeçaPoplítea: área posterior do joelhoEscapular: área posterior do ombro
I4 r COPítUIO I / INTRODUçÃO AO ESTUDO DO CORPO HUMANO
Cavidadeabdomino-pélvica
DiaÍragma
Cavidadeabdominal
Cavidadepélvica
FIGURA l -7 r Principais cavidades do
corPo.
CAVIDADES DO CORPO
Cqvidade Dorsql
Os órgãos' denominados vísceras' estão localiza-
a"rl"-iïãior das cavidades do corpo' q"t ti",,:::
;;;;;ü; rÃs'^.' I .:lp' l31ll,E:j'ï:tiï:ïd:Ë;;i;.ï;ïJ ; dorsal'e a ventral !li-q ]í];1ior do.ooione"eorsálestási tuadanaParteposterrorCroõ;; ;."i" a"". *'lkó :': -1,"nï Y!."^:::^" :::!ï ".i"iaïaï ìlìt"ti"r ( espinal)' a; clvi dade 111
' X. ao f., Essas cavidades são conhecidas na Anatomia co-
mo Paquímeros.
""Ã.ifà."lizada no interìor do crânio e contém o
;.if"l":;-;;;iJade vertebral se inicia na base da
;;;ü;il l.".ti"l e se estende. pelo interior da coluna
vertebral; ela contém a mtdula espinal' Essas duas
cavidades formam um espaço contínuo únlco'
Covidode VenÍrtrl
A ampla cavidade ventral está localizadanarcgiáo
anterior do corpo t "p"""t"
duas divisóes: a cavidade
il;;i; "'
.ània"àtt abdominal e pêlvica' denom-
inadas no coniunto como abdominopélúca' A cavi-
;;ï-;-á.t* ir.a aai-it"da pelas to'ftl"t e é.separada
ã".á"iá"a.abdominopét"t:in-'^l^1ï:-'ït**iãff;um importante músculo da resptraçao' n '
iorá.ica está situada acima do músculo diafragma e os
purmóesocupam"-1ï"ïilïi'::lr:'r'i:l;"d",,,"Quatro Pequenas
."Uà"ãin.ï.rè'- " cavidade oral' a cavidade nasal' as
;il;;;;"üã"a' a" ãLrha média (essas cavidades
serão descritas em capítulos posteriores)'
Covidode TorácicqA cavidade torácica está dividida em dois comPar-
,i*J;Ëil -"ãit"titto' um espaço que contém o
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r | 5
-,rração, o esôfago, a traquéia, o timo e os grandes va,.,rs da base do coração. Os pulmóes (direito € csquer-.lo ) estão situados de cada lado do mediastino.
Covidqde Abdominopêlvico
A cavidade abdominopélvica está localizada infe-: r , ì rmente ao d iaFragma. A par te super ior dessa cavi -.lade é a cavidade abdominal que contém o esrôma-ir). â maior parte dos intestinos, o fïgado e a vesículariliar, o pâncreas, o baço e os rins. A parte inferior da..r ' idade abdominopélvica é denomìnada cavidadepélvica. Ela se estende inferiormente, ocupando o in-:crior da pelve (ou bacia) e inclui o rero, a bexiga uri-:rriria e os órgãos genitais internos.
Devido à amplitude da cavidade abdominopélvica,rla é subdividida, para estudo, em áreas menóres de-:rominadas quadrantes e regióes. Observe na Figura 1-: os órgãos localizados em cada quadrante ou região.
DrvrsÁo EM QUADMNTES. A cavidade abdomino-i.cÌr'ica pode ser dividida em quarro quadrantes que
são denominados de acordo com sua localização emq.uadrante superior direito (QSD), quadrante supe-rior esquerdo (QSE), quadrante inferior direito(4ry) e quadrante inferior esquerdo (QIE) (Fig. 1-BA). Observe, por exemplo, que o fígado está loãiza-do no quadrante superior direito.
. Um pacienre que se encontra na sala de emergên-cia com dor aguda no QID pode ser diagnostiCadocomo apresentando um quadro de apendicite. Notena figura que o QID esrá do seu ladoèsquerdo, comoquando se olha no espelho. Tenha isso em menrequando você estiver estudando as figuras do texto.
DnrsÁo EM REGróES. Um sesundo sisrema dividea cavidade abdominopélvica eri nove regiões sepa-radas que lembram oi quadrados do jogã da .t.iha
(f1g. t-p B).As três regiões cenrrais (de súperior parainferior) são a epigástrica, a umbilical . a pftbica (ouhipogástrica). A região epigástrica está locJizada infe-riormente ao osso esterno e o termo epigástrico sig-nifica literalmenre sobre (epi) o estômago-(glstricò.4regiáo umbilical é a região mais central e circunda o
Resião j;inggkHldireit{t
BA
FIGURA f -8 * Áre"s do abdome. A, Quatro quadrantes. B, Nove resiões.
ló r copítulo 1 / INTRODUçÃo AO ESTUDO Do coRPO HUMANO
umbigo.Aregiáohipogástr ica,cu jotermosigni f ica latera i r0 ,conhecime^nto l ï : ' ree ióesoa'udaráaabaixã (hipo) ào esta^iç9 \s,awico)'
está'n.ifJ"'fï ,.:Iõ,*'o'r
termos como dor epfiástrica e hérnia
riormente à região "qïtff-Oas nos lados dessas rc- *REgUnlNDOl Os órgãos (ou vísceras) estão
Seis regióes estão I
eióes cenrrais e são o.rï.Ãi""a* hipocondríac:-tï:- ,ir""iiJ"ï i"'.'.'rã ã", t"t'id"'dts do corpo' As duas
ït"gïÏr*Ï.ï#,ïï.!",ï:',l.,?.,fr,1ï{i.,ifi ""'"'ï'#:'Ïri',*x-'i#í.p*Ëp!'li$;1i1:lado da regiáo episástrï1".,.u* ": "?"'li'ï.,ft.ï:";;:: ;íljl;ídï"ï.ã1"'-."ìe' A cavidãde dorsal é sub-
o termo hipoconoriaà'ú;ifi* "q1* @'P!),:,::i Ji"íaia"ïï.;;ià;d;; ""nial
e vertebral que contêm
Y,rÇ,^G":"a'"1"1'ji,:,È':,ï**:-'çï1"ï{Ë ïïtrïkïïr:,','ffi:,:ïtr'.*;'xi:iaff:ï:unem as costelas ao (
direita e esquerda.J;;;ì;Jas d9 ca{1l*:ij:_ ."ria"aËïËaã-i".pJr"i." A cavidade torácica. con-
eiãoumbilicâl"ao"'ïËiili$;qió^lilipoconona-
i#âïïfrtr*lfÏï,t'i'1ffi.':ïã:'1ilïÏl'Ë r?Írïïïï:'.ï"ï'trÍ:t*nwo esôra''' ' 'li'
cada lado da região f'fïit" t i"ftriormente is regiões mo e os
'sümíD
Anoïomio ê o estudo do estruturo; o Fisiologio ê o estu-
do do funçõo.
l. Niveis de Orgonizoçõo
A' Do simples oo complexo izodo desde o simples,olé
l. OcorPohumonoe:' ã'..-tilf"xo, d"dq o óÌo--mo òs molêculos' òs^molecu-
i.;;;t;;òs célulos' oos tecidos' oos órgõos' oos
sisÌemos o'ganito'ã-oã o'gonltto hutt':Ï:?l:^-
2. A estruturo e o runçõo estõo intimomente reloctono-
dos.
B. órgõos, sisremcrs orgônicose H:Tï:yt"
1. Um órqõo é ut gtupã de ïecidos orroniodos poro
reqliã umo determinodo tunçoo'
z. ilï''"Li' úônico ê um sruPo d":'!:^ï o:''-::
ouxiliom mutuomente poro reolizor ury i"-:tÏlïã. fu"ça"'Exisïem I I sisiemos orgônicos prlnclPors'
3. O sistemo regumentor çoi"o" o rJvestimento do cor-
Ë T;'''é'; :,ï,:ï:ïffi'üïff:;." o su porte e4. O sisÌemo esquele
o Proteçõo' r :r^ -..^ ^ .^r^ô5. O sislemo musculor permite que o corpo se movr-
menÌê. I r. ^^--^-Ã,
o. ô-riiìL.. neryoso esÌó relocionodo ò sensoçõo' o
interPretoçõo e ò integroçoo
,. ô tìï"*; tndottino-ttcreïo hormônios que ouxt-'
n-.t no conÌrole dos otividodes do corpo' como o
crescimenïo e o reProduçõo'
8. ôï;; ciic'lotorio tronsporto nutrientes e oxrge-
nio Pelo orgonismo'c ò titËr"ã Ëifati"o estó relocionodo ò defeso contro' '
*bstôncios estronhos e pológenos' ^ r: '
rO.õïtËt. respirotório obsorve o oxigênio e elrmrno
o qós corbônico',,.ã',ïìi"'ãü-"-uÍ.,["5ï;"ï:"iJffi *i:rveoori'
mento; em segulclo' ele excr Eru ,vJ
'-':::^ ^ ' '
I2. ô slil; urinario excreÌo residuos' como o urrno'
e regulo o óguo ot t"'ft "
substônciqs nelo conti-
r g.3tìrï"to genitol esÌó relocionodo ò produçõo de
ll. Termos Anqlômicos e Govidodes do Gorpo
A. Posiçõo Anotômics^' ì .- N; posiçõo -onotômico ffïifinïiJt$: ;ï::
com os broços Pe.ãt.t ptffivohodos Po'o o ['"nt-"'---^^
,2. õ; i"tttt onoïômicos d"ttt"u"t o corpo humono
no Posiçõo onotômico'
3. os termos po'"' quJï""revem o situoçõo e direçõo
dos eslruïuros 'nt'iãi t'p"'ior e inferior' qnterior e
oosïerior, |n"diot ""Ëi"'J['pt"*itol
e distol' superfi-
, Ë1 ;5J'lül3i ï:",:ff;':::ï, prono' sositor'- '
i ; "ú l i t t rono l )e t ronsverso l ' . , E : -5. Os termos '"gionoi;ã'tõo 'elocionqdot no Figuro
'l -ó'
B. Govidode Dorsol"' ì:;:;Joã" t'oniono conÌêm o encéfolo'
2. A covidod" ""n"rtãtìãtpìnol)
contém o medulo es-
pinol.
G. Goüdode VentrolI - A covidode ventrol conlém qs cqvidqdes torócico e
obdominoPélvico'2. ï;;;ìi"ie torócico estó siÌuodo superiormenÌe oo
músculodiofrogt;;td;spulmõLs;nelotomhÉmse enconïro o t"aio'tino (coroçõo' Ìroquâo' esôfogo'
i#ã-.t gì*aes vosos do.bose docoroçõol'
3. A cqvidod" "bd;;;á"itt "tta
situodo inÍerior--
;""t" oo músculo diofrogmo' :--a. Àï""1ããa" ãbdominol è o porte superior ï:;:::
tém o estômogo, o moior poit" dot intestinos' o tigo-
ì 4. Homeosïose significo permonecer iguol' O lermo re-
fere-se ò copocrdooe do corpo em monïer ïT T"l:
ff;:.tóï';lem resposÌo òs mudonços do mero
externo.
do, o boço e os rins's. ï"iir''aïJ"-oeüco é o oorte inÍerior e conïém os ge-
nitois internos, o oe^'gfourinório e o porte interior
dos inÌestinos'ó. Poro referêncio, o cqvidode "lttlL:tÍI"co
estó
descendentes.
r u l q l s r e r v ' t Y ' - , - |
' -
aviãiao em quotro quodronïes e nove regloes'
1. Especifique se as descrições a seguir se referem àAnatomia ou à Fisiologia:a. Com o que se parece o coraçãob. De que se constitui o coraçãoc. Onde se localiza o coraçãod. Como o coração bombeia o sanguee. Por que o bombeamento do sangue é necessá-
rio para a manutenção da vida
2. Como a estrutura anatômica de uma parte docorpo está relacionada à sua função?
3. Estabeleça os níveis de organização do corpo hu-mano, desde o simples até ao complexo.
4. Explique.a diferença entre um órgáo e um siste-ma organrco.
5. Denomine os 11 sistemas orgânicos e as princi-pais funçóes de cada um.
6. Qual termo se refere à capacidade do corpo emmanter estável o meio interno em resDosta a umaalreração do meio externo?
7. Defina a posição anatômica.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . l7
8. Cite os termos opostos aos seguintes termos dedireção e de posição:a. Inferiorb. Anteriorc. Caudald. Laterale. Distalf. Superficialg. Periftrico
9. Q""1 é o plano do corpo humano que correspon-de às seguintes descrições:a. Divide o corpo em partes direita e esquerda.b. Divide o corpo em anterior e posterior.c. Divide o corpo em superior e inferior.
10. Defina os termos cauidade dorsal e caaidade uen-tral.
11. Denomine as nove regióes da cavidade abdomi-nooéÌvica.
neuirwcAr gÁstcA'A bje*vos
l. Definir as palavras rnatéria e elemento.
2. Citar os quatro elementos que compõem 960/o do peso corporal.
3. Caracterizar os üês componentes de um átomo.
4. Descrever o papel dos elétrons na formação das ligações químicas.
5. Diferenciarligação iônica, ligação covalente e pontes de hidrogênio.
6. Estabelecer a diferença entre íons, cátions e ânions.
7. Descrever a relação entre um eletrólito e um íon.
8. Explicar a diferença entre uma molécula e um composro.
9. Apontar cinco razóes pelas quais a á.gua é essencial à vida.
10. Descrever o processo de reação química.
11. Diferenciar energia mecânica e energia química.
12. Explicar aaçáo de catalisadores e enzimas.
13. Diferenciar ácido e base.
14. Citar três mecanismos reguladores do equilíbrio ácido-base.
15. Definir o pH em termos de concentração do íon hidrogênio.
16. Dar exemplos de mistura, solução, suspensão e suspensão coloidal.
l 9
rinios nõsso alimento, movemos nossos corpos' sentl-
mos emoçóes e elaboramos grandes pensamentos em
razáo de ieaçóes químicas. Para-compreendermos o
.o1po, devemos arite. conhe.er alguns princípios quí-
mrcos gerars.
MATÉRN, ELEMENTOSE ATOMOS
íüslÕric
A Química é o estudo da matéria' Nlatêúa.é qual-
q,r., .oìr" que ocupe um lugar no espaço e tenha mas-
ã r"ao o ô,r. ,ro.è vê, tudõ o que está ao seu redot é
matéria; sejá em estado sólido, líquido ^ou gasoso'
A matéria em estado sólidoìem forma e volume
definidos. Pele, ossos e dentes são exemplos de matéria
sólida. A matéria em estado líquido toma a forma do
recipiente que a contém. Matéria líquida inclui san-
guel saUu, Ë ,r'r.o, digestivos' Um gás, ou matéria em
Ërt"do gasoso' não tJm forma nerrrvolume definidos'
O ".
q,i. nós respiramos é matéria em estado gasoso' .A inatéria poãe sofrer transformaçóes físicas e quí-
rriicas. Um trõnco' usado como lenha para uma fo-
l*.i.", ilusrra a diferença entre os dois tipos de trans-
Íorma@o (Fig. 2-l). O tronco sofre uma ÚansroÍmaçao
física ao ,er-cort"do em pequenos pedaços com um
machado. Os pedaços são menores.queo tronco' mas
.à"ii"""- ,.rrdo -"d.ira. A matéria (madeira) não
foi essencialmente transformada; apenas sua aparência
física mudou. Uma transformaçáo química ocorre
20 . Copítulo2/QUíMICABASICA
or oue um capítulo sobre Química? Porque nos-
,or'.o.po, sao formados. por diferentes substân-
cias qu?micas, como o alimento que ingerimos'^ ^, , - | - oho-ôc c ô âr r t l le resDtramos. l \os Olge-a âgua que bebemos e o ar que resprramos' lge-
TRANSFORMAÇÓES NA MATERIA
A TransÍormaçáo Íísica B TransÍormaçáo química
FIGURA 2'l r Tiansformaçóes na matéria' A' Tiansformaçáo
irr["-O ."J.ita ainda é madeira). B, Tiansformação química (a
madeira não é mais madeira).
ouando a madeira é queimada' Nesse caso' a madeira
á;;J. ser madeira, pois a composição química das
.in ^, é essencialment. dif.t.t t. da composiçáo quí-
mica da matéÍiausada como lenha'
No corpo ocorrem vários-exemplos de transforma-
cóes Íìsicas'e químicas. Um deles é o fenômeno da di-
e.stao, q,.r. .trrolrre ambas as transformaçóes' A mas-
íieaçao q,t.bt" o alimento em pedaços menores -
"ilJ i*""f.rmação física. Substâncias químicas cha-
madas enzimas digestivas transformam o alimento
em substâncias mais simples; trata-se de uma trans-
formação química.
flementos
Toda matéria, viva ou morta' é formada por ele-
mentos. Um elemento é uma substância fundamen-
ta l , que não pode ser decomposta em f .ormas mars
,i-pÏ.s "trrrrË,
de reaçóes químicas comuns' Mesmo
u-à qr ;ant idade mui to pèqtr tna de um elemento
.o"reÀ milhóes e milhoes dè átomos idênticos' Por
.*.-plo, todos os átomos do elemento sódio são
idênticoi. (Note que o mesmo nome, sódio' é usado
Dara o e lemento è p" t . o átomo') Embora ex is tam'mais
de 100 elemenios, apenas cerca de 25 estáo pre-
sentes em organismos vivos.
ATabelJ2-l apresenta os elementos mais abun-
dantes no corpo. (i.t"t.o deles - carbono, hidrogênio'
oxieênio e nitrogêÀio - compõem 960/o da massa cor-
oóËa. Os elemãntos-traço (ou vestigiais)' cuias por-
i.nr"q.t, não aparecem na tabela, estão Presentes em
ourrrfid"d., ínfimas. Apesar dessas pequenas quanti-
ird.r, tais elementos sãõ essenciais à vida'- Cadaelemento daTabela 2-1 é representado por
um símbolo. Por exemplo, o símbolo-O representa o
.1.-..r,o oxigênio; N, õ nitrogênio;.Na, o sódio; K' o
potárrio e C,ï carbono. A primeira letra do símbolo é
i.-ot. maiúscula. Esses símbolos sáo usados com fre-
"tiêit.i". Você deve memorizar os símbolos dos ele-
-.rr.o, principais, pois vai utilizálos'
Âtomos
Estruluro AtômicqOs elementos são compostos por átomos' Um
átomo é a menor unidade que mantém as mesmas ca-
i".t.rírti.", químicas do sãu elemento; é a unidade
básica da matéria. O átomo é composto por três par-
tículas subatômicas: prótons, nêutrons e elétrons'
A organizaçáo dal partículas subatômicas asseme-
lha-se à"organí"açáo dì sistema solar (Fig' 2-2A)' O
Sol está no centro. Os planetas movem-se constante-
mente ao redor do Sol èm órbitas ou trajetórias circu-
lares. O átomo compóe-se de um núcleo (isto é' o
Sãii. a. camadas, oü ótbi."t elétricas, que envolvem
o núcleo (Fig.2-28).- O.td.'r."1 ocalizam as partículas subatômicas? Os
prótons e os nêutrons locãlizam-se no núcleo (Fig' 2-
Cinzas
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humqno Soudóvel e Enfermo o 2 |
ETEMENTO
Oxigênio
Carbono
Hidrogênio
Nitrogênio
Cálcio
Fósforo
Potássio
Enxofre
Sódio
CÌoro
Magnésio
Iodo
Ferro
Cromo
Cobalto
Cobre
FÌúor
Selênio
Zinco
srMBoro
oL ,
H
N
Ca
P
K
S
Na
CI
Mg
I
Fe
Cr
Co
Cu
F
Se
Zn
PORCENTAGEM DOPESO CORPORAT65,00/o
18,5o/o
9,5o/o
3,2o/o
2C). Prótons têm carga elétrica posiriva (+); nêu-trons não têm carga elétrica. Os elétrons encontram-se em camadas eletrônicas, ou órbitas, ao redor donúcleo, assim como os planetas ao redor do Sol. Oselétrons têm carga elétrica negariva (-). Em cadaâto-mo, o número de prótons (+) é igual ao número deelétrons (-). O átomo é, portanto, eletricamente neu-rro; náo tem saldo positivo ou negarivo de cargas.
Todos os prótons são semelhantes, todos os nêu-trons são semelhantes e rodos os elérrons são seme-lhantes. Sendo assim, o que rorna um átomo diferen-re de outro? A diferença ã.rr.-r. primordialmenre aosnúmeros de prótons e elétrons em cada átomo. Porexemplo, o átomo de hidrogênio é o menor átomo e omais simples; tem um próton e um elérron. O átomode hélio tem dois prótons e dois elétrons. O átomo delítio tem três prótons e três elétrons. Os átomos de hi-drogênio, hélio e lítio são diferentes porque têm dife-rentes números de prótons e elétrons.
Dois números caracterizam áromos isolados. Onúmero atômico corresponde ao número de prótonsno núcleo. Desse modo, o número atômico do hidro-gênio é 1, o número atômico do hélio é2 eo númeroatômico do lítio é 3. A massa atômica é determinadapela soma dos números de prótons e nêurrons presen-tes no núcleo. Assim, a massa atômica do hidrogêniorambém é um, como seu número atômico, pois o nú-cleo deste átomo contém apenas um próton e ne-
nhum nêutron. A massa atômica do hélio é 4, poisseu núcleo contém dois prótons e dois nêutrons.
O que é um isótopo? Um isótopo é uma forma di-ferente de um mesmo átomo. O hidrogênio, porexempÌo, tem número atômico 1 e massa atômica 1,isto é, um próton e nenhum nêutron no núcleo. Umasegunda forma menos comum de hidrogênio é cha-mada de hidrogênio "pesado"; tem um próton e umnêutron em seu núcleo, ou seia, seu número atômicoé 1, mas sua massa atômica é aproximadamente 2.Como o número atômico é l, ainda rrara-se de umátomo de hidrogênio. Entretanto, o nêutron extra nonúcleo torna o átomo mais "pesado", pois aumentasua massa atômica. O "hidrogênio pesado" é um isó-topo do hidrogênio. Lembre-se: um isótopo rem omesmo número atômico de um átomo, nlas massaatômica diferente. Um isótopo difere de um átomoapenas no número de nêutrons.
Isótopos pesados, em geral, são instáveis. Seus nú-cleos decompõem-se emitindo partículas, ou liberandoenergia na forma de ondas eletromagnéticas, para ad-quirir estabilidade. Isótopos instáveis são chamados ra-dioisótopos. O processo de decomposição espontâneaé chamado radioatividade. Radioisótooos danificamtecidos vivos e são usados clinicamentá para destruircélulas. Por exemplo, iodo radioativo é usado para des-truir excesso de tecido tireoideano. Outros radioisóto-pos são usados para destruir células cancerosas.
22 . Copitulo2 louiMICA BASICA
ATOMO
Cqmodqs de Elêtrons
Os elétrons circundam o núcleo em órbitas' cha-
madas níveis ou camadas de energia (Fig' 2-2C)' O
número de camadas varia de um átomo para outro'
Alguns átomos, como o hidrogênio' têm ap^enas uma
camada; outros' como o sódio' têm três' Cada cama-
da pode conter um número específico.de elétrons' A
;;tl;J;t"*r,tl, -"it próxima do núcleo' pode con-
ter somente dois elétrons' A segunda €. a tercelra ca-
madas podem conter, cada uma' oito eletrons'"'-õ
?;ì;;t elétrons que participam das l igaçóes
auímicas são os pertencentes à camada externa' ou se-
iïÏil;; -"ït""i"tt"aa do núcleo' Se esta camada
ff;;;;-fl..", se náo contiver o número máxi-
-J ã. .fãrt"n, q,r. lhe é possível conter' ela se torna
il;.i-ô;;r.,tiodo, " t"""d" externa procura ceder
,..r, .létro.r, para esvaziar-se' ou receber elétrons para
"àÃol.,"r-r.. Essa tendência da camada externa à es-
;;bìiiá;J. constitui a base das ligações químicas'
BLrGAçoEsouiMlcAs
c
F|GURA2.2rEstruturaatômica.A,Partículassuhatômicas;iil;; à. -oa. análogo ao sistema solar' B' Núcleo.(Sol) e ca-
;td;';i.;ó"tcas (órbita"s pì"t"tn'i"')' C' Prótons : lê""tÏ]::
Os átomos se atraem mutuamente' para obter a es-
tabilidade de suas camadas externas' Em outras pala-
;;;;;-;;;;os tendem a completar ou esvaziar essas
;;;á"t. A força de atraçáo entre os átomos é seme-
lhante àatraçáo entre dois ímãs' Quando tentâmos se-
;;;ãã:, pod.-o'sentir a resistência' A atração
5Ë;;;;.ti,i. ot átomos constitui a ligaçáo.qrrí
-ì...ïa i'e; ;ú"' de ligaçóes qyiTi'T' ligação iôni-
ca, ligação covalente e pontes de hldrogento'
Ligoções lônicos
A ligação iônica ocorre com a transferência de
elétrons de um átomo para outro' A interação de um
átomo de sódio com um átomo de cloro e um exem-
;ì;'ã;';. tipo de ligaçáo (Fig' 2-34)' O átomo de só-
ãìã i.--rl 'próton"s Ë- ttú.it leo e l1 elétrons em
Ï;t';;;"i. rìã á"it elétrons naprimeira camada (a
ilr ;tóila do núcleo), oito elétront 11.ttg""q
camada e apenas um elétron na camada externa' O
.r.,t-t rìilì;ì;; dttt- parelhado) .tor na a ca m ada
.-r.ì"" i"t.*.l. P"t" adqüirir estabilidade' o átomo
ãïJfi;;; isa doa*stè ' lét 'on' A doação do elé-
;;fbt"ï; aligaçáo entre os dois átomos' conforme
será visto mais adiante'"'^ C; ;;;;. de cloro (Cl) tem 17 protons em seu nú-
cleo e 17 elétrons em suas camadai' Os elétrons estáo
áìt;"t;t da seguinte forma: dois elétrons na primeira
;""i;ã;, ;t,o .ié.,o"t na segunda e sete elétrons na
camada externa. Os sete últimos elétrons torn^m a ca'
;;à;;;.;"a instável' o átomo de cloro precisa rece-
ber um eÌétron p"," to"t"'-se estável' Aãtraçáo ele-
trostática ocorre entre as camadas externas dos
átomos de sódio e de cloro'*-- ó-.tJ..on desemparelhado na camada externa do
sódio é atraído ou "aìrancado" para juntar-se aos sete
Camadainterna
2acamaoa
3acamadaOUcamadaexterna
Oiüf@
Elétron (-)
Próton (+)
Nêutron (o)
Ïïtïïaã, #ÏiìLà (s"il:Ë'"* (pl""'t"$ em órbitas ao redor
do núcleo.
A
Atomo de sódio (Na) Átomo de cloro (Cl)
Átomo de hidrogênio (H)
F|GURA 2'3 t Ligaçóes químicas. A,Ligrção iônica. O elé-tron, que ocupa sozinho a camada mais externa do sódio, deixa osódio para juntar-se ao átomo de cloro, produzindo cloreto de só-dio. B, Ligação covalente. Cada átomo de hidrogênio tem um elé-tron em sua camada externa; os dois elétrons são compartilhadoscom o átomo de oxigênio. C, Ponte de hidrogênio. Tãrminais demoléculas com cargas opostâs se unem por atração eletrostática.
elétrons da camada externa do átomo de cloro. Sódioe cloro formam ligação iônica porque o elétron de-semparelhado da camada externa do sódio deixa o só-dio, e a camada mais externa do cloro aceita esse elé-tron. Assim, os átomos de sódio e de cloro ligam-seionicamente, formando NaCl, o sal de cozinha.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o 23
-----+
lon sódio (Na) íon cloreto (Cl)
Molécula de água(Hzo)
B
c
Atraçáo entÍe as moléculas de água
ligoções Covcrlentes
Um segundo tipo de ligação química é chamadoligação covalente. A ligação covalenre ocorre com ocomPartilhamento de elétrons por parre dos átomosenvolvidos. A expressão "mãos dadas" caracteriza bem
Cloreto de sódio (NaCl)
Átomo de oxigênio (O)
24 o Copitulo2 louiMlcABASlCA
esse tipo de l igaçáo (Fig' 2-38)' Na água' formada por
;;;;;t d. hídiogcniã e oxigênio' os átomos estão
unidos por l igações covalentes ' O oxtgênto tem ol to
;È;;;"t: dois"na primeira camada e apenas seis na ca-
Á"J"-."..t"a. U- átomo de oxigênió precisa de dois
.k ;;. ;;;;.o-pl.t"' tt'" t"-"ã" extèrna' o !id:ïsênio tem apenas um eÌét ron ' e Preclsa de mals um
;; ; ; ; ; ; ;1 . ï r r ru" . " - ,da mais Próxima do núcleo '
ãue também é sua camada €xterna't-ÏE;;;.
forma quando dois átomos de hidrogê-
nio, c"ã" um com um elétron, compartilham eÌétrons.cãtrm
átomo de oxigênio' Desse modo' cada. átomo
de hidrogênio completa sua camada externa (cuJa capa-
;td"d; é"d. doi, elétrons)' O átomo de oxigênio' por
;;;;, ao compartilhar elétrons com os dois átomos
de hidrogênio, .õmpl.ta sua camada externõ que passa
;;;;;;ã;il".;'. À âsua e representada pelo símbolo
hrõ taár. etomos de Ëidtogettio e^um de.oxigênio)'-
O átomo de carbono sempre forma ligações cova-
I.";tt it; q;"tro .lét'o"' t'o ttt" camada externa' o
: ; ;È;" . . . t ' ^ do. pr inc ipais e lementos.que const i -
tuem o corpo' pode ligar-se ao htdrogënro' ao oxtge-
,rio, "o
nitiogênio . "ã"t'ot
átomos de carbono' Li-
;;;ã;; .o,rdãr,t.s.do carbono com hidrogênio' com
ã*igênio e com nitrogênio formam moleculas com-
plexas como as prot.í'-'"t e os carboidratos' As liga-
iõ. , .ou" l .n tes são l igaçoes for tes ' que náo se.que-
L;;;ì"i l".- toluiaó aquosa' A resistência dessas
lieaçõeì e importante para que certas substanclas pro-
;i;ìã;; ;; i ; ' . . 'p" , ' i"* p""'vadas e não se desin-
tegrem quando exPostas a agua'""ï;;&l-plo,
-"it"s põteínas' como os hormô-
nios, são tranìportadas através do corpo pelo sangue'
que se constrtul prrncipalmente de águ.a' Se as l iga-
Ëó., .orralentes fossem rompidas em melo aquoso' os
il;-ô"i;; seriam incapa"es de cumprir suas funçóes'
No corpo, as reações químicas envolvendo lt*t ltï 1:
carbono são tantas, que existe um ramo esPeclrlco.qa
química para o .rar',ão das substâncias que contêm
à.bo.to.'E.re ramo é a química orgânica' Em con-
;;;ilü;;química inãrgânica oõupa-s' das subs-
târrcias que nãã contêm carbono'
Pontes de Hidnogênio
O terceiro tipo de ligação é chamado ponte de hi-
drocênio (Fie. 2-3C). Ésia l igação difere das l igaçoes
ïá-'ãïà.ïtr?ni.' ptlo fato dã não enuolutt a transfe-
rência ou o compartilhamento de elétrons entre as ca-
-"a"t externas ãos átomos' A ponte de hidrogênio é
melhor descrita como sendo a átração -entre duas mo-
iã"" X"7il"' devido à particular distribuição dos
elétrons no iÃterior das moléculas' surge uma peque-
iã.ü;;;;itiva (+) ao redor dos átomos de hidrogê-
nio, e uma p.q''r.á" carga negativa (-) ao redor do
;;;;" d. o"igenio. Conseqüentemente' a porção po-
,itiva (*) de ,im" molécula de água auai a porção ne-
gativa (-) de outra' Essa atração.entre duas moleculas
ã. an,t" constitui uma ponte de hidrogênio'
Embora sejam fracas, as pontes de hidrogênio de-
sempenham funçóes importantes no oÍganlsmo' con-
tribuindo para dar forma a muitas moléculas' como o
DúÀ. Ao determinar a forma do DNA' as pontes de
t iãrúe"i. alteram suas funções' As pontes de hidro-
ã;;"|"'[6ãã.,.r-it'",,' álg"-"t èaracterísticas da
?; ; ; . Ã;* ; " e considerada o io luenre universal ' Tsso
ïr"*rn.ìï*,rÃ" i"n"iaade de substâncias é solúvel
.til;ì;.H" op".id"dt de dissolver substâncias de-
;;-r;i;i*ib.tifão d^ cargas elétricas na molécula,de
água. Um exemplo de como ocorre o processo e a ctls-
,ãtuçao da albumina em água: a albumina' uma p.ro-
teíná do plasma, tem uma carga negatlva que atral os
oólos poiitivos das moléculas de água' A atração entre'".
.".à", eÌétricas opostas - ou s.eja' a atração -que.a; . -Éïú; ; '^ ìúu* int exerce sobre as moleculas de
igu -possibilita a dissoluçáo da substância'
iotts
Cótions, Ânions e Eleïrólifos
Outros termos são usados para descrever a ativida-
de dos elétrons na camada t*ttttt" do átomo' Se os
.ú*o.tr, negativamente carregados' sáo perdidos ou
adcuiridos õ.1" ."-"d" mais ãxterna ' a carga elétrica
ilã;; tá "ii.r".
n'- outras palavras' a catga eléui-
." Jo a,o-o ou elemento passa.de neutra.(isto é' au-
sência de carga) patapositiva !+) ou negativa (ì' Ele-
mentos eletricamentt ta"tgados são.chamados íons'
Se o íon tem carga positiva, e chamado cátron; se tem
carea negativa, e chamado ânion''--ïà 8r"t"ólito e uma substância que forma íons
quando dissolvida em água'.Os eletrólitos' como o
;;;; i^'-;;;;r-ráo "p'Z's de conduzir correnre ele-
; ; ; . ; :Ã;ãt . " . d . eïet rocardiograma (ECG) e de
.i.i.t."..fdograma (EEG) registiam ocorrências de
natvÍezaelétriéa no coração e no cérebro' respectlva-
mente. A causa dessas ocorrências é o movlmento de
íons através dos tecidos'
Formoção de ions
Os íons se formam quando a camada externa de
'-ãioã. perde ou g"tth" elétrons' Por exemplo' o
j,orno de ródio tem 1"1 prótons (cargas positivas) e 11
.iJtottt (cargas negativás)' Se um único elétron é per-
áiü. tàilJfic" éo- II cargas positivas. e apenas 10
carsas negativas. O saldo de carga do sodto passa a ser
*1."Port"ïto, o íon sódio é um cátion, representado
pelo símbolo Na+'t-ô;;;;;J. .lo,o tem 17 prótons (cargas pos.itivas)
e 17 elétrons (cargas negativas)' Se este á19mo adqutrtr
um elétron, passãrá a íer 17 cargas positivas (+) e 1 8
carÊas negat ivas ( - ) , ou seia, umialdo.de carga igual ,a
-ì:;;;;-" ';J. ";
ânion' O ânion cloro e chamado
cloreto. e é representado pelo símbolo Cl-' Alguns áro-
mos podem perder mais de um elétron' resultando sal-
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 25
NOMECátionsSódio
Cálc io
Ferro
Hidrogênio
I)otássio
Ânions(- Ìoreto
Bicarbonato
Foslato
stMBoto
Na*
Ca2*
Fe2*
H+
K-
CIHCO3HPOa2
FUNçÃO
Equilíbrio hídrico (principal cátion extracelular); função dos neryos e dos músculos
Componente dos ossos e dos dentes; coágulo sangüíneo; contração muscular
Componente da hemoglobina (transporte de oxigênio)
Importante no equilíbrio ácido-base
Função dos nervos e dos músculos; principal cátion intracelular
Principal ânion extraceluÌar
Importante na regulação do equilíbrio ácido-base
Componente dos ossos e dos dentes; componenre do AIP (energia)
Jo positivo de carga maior que +1; o cálcio é um exem-plo disso. O cátion cálcio é represenrado pelo símbolo(-"r-. AT"b.la2-2 apresenta oïtros íons importantes.
lonizoçõo
Quando um eletrólito se divide, ou se quebra em.oluçáo, dizemos que o eletrólito foi dissociado (Fig.l-4). O cloreto de sódio (sal de cozinha) é um exem-plo de eletrólito. Em estado sólido, o sal apresenra atorma de pequenos cristais brancos. Entretanto,quando dissolvido em água, o sal se dissocia. Comoisso acontece?
NaClsaÌ
Quando o sal é colocado em água, enfraquecem-se.rs ligaçóes iônicas que manrêm o sódio e o cloroLrnidos. Os cristais de NaCl se dividem em Na' (íonsódio) e Cl (íon cloro ou cloreto). Em outras pala-\ ras, o NaCl se dissocia. Como os produtos dessâ dis-
sociação são íons, esse processo é chamado ionizaçío.A ionização ocorre apenas com eletrólitos.
MOIECUIAS E COMPOSTOS
Moléculos
Uma molécula é formada quando dois ou maisátomos se unem. Dois átomos idênticos Dodem seunir. Por exemplo, um áromo de oxigênio pode ligar-se a outro, para formar uma molécula de oxigênio (re-presentada por 02). O mesmo vale para o nitrogênio(Nz) . para o hidrogênio (Hr) (Fig. Z-5).rJma molé-cula pode formar-se também pela combinação de áto-mos de elementos diferentes. Por exemplo, quandodois átomos de hidrogênio se unem a um átómo deoxigênio, forma-se uma molécula de água (HzO).
Composfos
Um composto é uma substância que conrém mo-léculas formadas por dois ou mais átomos diferentes.
Na+íon sódio(cátion)
+ CÌ-íon cloro(ânion)
FIGURA 2-4 e lonizaçáo. O. lerró l i to (NaCl) d issocia-se em:ons (Na* e Cl-), quando colocadofnì água.
RB.sgffiË#6F=y*+
26 . Copitulo2/ aUÍMICABASICA
Oxigênio
Oxigênio
ffiww-Hidrogênio
B
ffiHidrogênio
ffi- Hidrogênio
-.+.
-----r.
FIGURA 2 '5^ ' . .Molécuìas e
.àÃoor,or. A, oxigênio (Oz)' B'
ììu'I.*e'i. (Hz). c' Água' A água
é umaïolécula e um comPosto'
Molécula de água (H zo)
Quando 1" i' 1.?:: $ï,T:i,",ïï:. ff :* ËïÏcom um átomo T^?ïlíi;,'ãï"-úe- um composto'além de ser uma molec
Alquns ComPortos e
úãte..rtq5 lmPortontes
Aguo
- A água é " "iï:ï:#ï:ït:ir*"ü lï'iliïï-Constitu i aProxrmaoamtl::^ :.--i"',ì,.' á r rn
"i o r d^pã'." q. "; "1ïl:'-::iiïnï,:*ïÏ'oË"i; " "'0"
Ëfiï"*""Ëï:Ï;"J"ffi 'r;; ;;;;"' sem ari m en-to, ãáo podemos p^'ãt *"it do que-alguns dias sem
água. O que torna aeigtrtáo especiaÌ?
WK-v,:,'ï,r::,i,:i,i:i';*ffi:ï1""'i*ïum grande
"i'-t'o ãt suÈstâncias' A utilização co-
il 3;ï;;;;; é uma de suas mais importa^ntes carac-
terísticas' Sendo 'ot"uãi' em âgta' muitas substân-
cias podem "t
'1"tlpá*"d"'"tom mais rapidez e
facilidade. "fe* at'pãtiitip""*, dt várias reaçóes
Ëu"Ë;'Ãtii'""f ïãf Ë"'-plo' dissolve-se no
,"tg,r. (qt: Í t"*i'íiá-basiËamen-te de água) e
move-se '*p'o"t"t'i* p'" tod^t as células do corpo'
t A tisua é um regulador de rcmp'eratura,-lt;yryarcn a-' *;;;ïi^d{q: :*:*{*** iïïï^ï:f:j: ::-ir.ü,ïiliï13ïll;' ;;áJ,.' ':r?"'io de ce*ostecidos, como os músc'ìlos em atividade' enquanto
o corPo mantém "'"
it"'ptt"tura normal A âgua'
Dortanto, tem um papel impottante na mânuten-
.'i',i:-:7?'fiï^r:,*ïiï^::"ïtïï.ï"ïiï;ll#comPonentef:,ili;;d;;;o xrito entre duas es-
::Ï:'*Ë: :':"ï'"H'ã;il,
-d"r i'""' uma sob re a
outra' '. ' re reações químicas. \eg""F::.?l-^o A água Portt-':!:t?*r,d"*.rrr"l .* r.^.çot'"químicas
iï:: ïi tl5'ilil:ï;;i;* de carboidrâtos du-
#ã;'d;;."t'' h;il"-;"*bém é necess árta para a
formação de certas ]3Ë,,a''.i"'., como aS proteínas.
* A água d'tua c0r7o'*ttì";t*o de proteção' 'A água po-
- ;.3;;;t; dt p'ottçao.a uma ttitututa importante'
ï;;.;;i": " rrq'"úã cerebroespinal (que é cons-
tituído b"'it"*tâit de água) envolve^e protege a
delicada t"'*"t"tio"'I-t"JÍ pttt encefalo e pela me-
dula espinal' ton'o lhoqt'ei me-ciii;o;',Do mesmo
modo, o líquido amniótico ttt"oll:^t protege o feto
no útero materno durante a gestaçao'
Molecula de oxigênio (Or)
Molecula de hidrogênio (H 2;
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 27
OxigênioO oxigênio (O2), uma molécula composra por dois
.ìromos de oxigênio, aparece na natureza sob a forma de:rm gás. O ar que respiramos contém aproximadamenteI19/o de oxigênio. O oxigênio é essencial à vida; sem umJontínuo fornecimento desse gás, morreríamos rapida-rìente. fu células utilizam o oxigênio para extrair, ou li-'r.erar,
a energia dos alimentos que ingerimos, possibili-:ando que o corpo entre em atividade. Como umar.ráquina, se não dispuser de energia, o corpo pâra de:uncionar. A importância do oxigênio para o corpo é or.rotivo da urgência de um procedimento como a res-\uscitação cardiopulmonar (RCP). Se o coração pá'rade:'ì:ìrer, cessa o transporte de oxigênio para os tecidos. ARCP deve, portanto, ser iniciada imediatamente. Caso;ontrário, o cérebro pode sofrer lesões irreversíveis.
Dióxido de CqrbonoO dióxido de carbono (COz) é um composto for-
nrado pela uniáo de um átomo de carbono com dois.itomoi de oxigênio - daí o seu nome (o sufixo di sig'nifica dois). O dióxido de carbono é um produto de:retabolismo, que deve ser eliminado pelocorpo. Sua:ormação ocorre quando o alimento é decomposto:.lra a obtenção de energia.
'RESUIIIINDO! A química é o estudo da ma-irjria. A matéria é composta por elementos como o hi-.irogênio, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio. Cada.lemento é composto por milhões de átomos idênticos.t)s átomos são compostos de partículas subatômicas-hamadas prótons, .rè.rtron, ..Ïét.onr. As ligações quí-n.ricas são formadas pela interação de um áromo comrìurro, particularmente através dos elétrons. Os três ti-:.os de Ìigações químicas são: ligação iônica, ligação co-i alente e ponte de hidrogênio. A transferência de elé-:rons é responsável também pela formação de íonscátions e ânions). Moléculas e composros são formados
quando os átomos interagem de maneira específica.
REAçÕES OUirnlCaSUma reação química é o processo de interação
.los átomos unidos em moléculas ou compostos, para
.r fbrmação de novas combinações. Por exemplo, a gli-cose interage com oxigênio para formar dióxido de;arbono, âgua e energia. Essa interação química ca-:acteriza-se pela quebra das ligaçóes químicas da gli-;ose e do oxigênio, e pela formação de novas ligaçóes,
;',roduzindo dióxido de carbono e água. A reação é re-presentada da seguinte forma:
CcHrzOe + Oz COz + H2O + Energiaglicose oxigênio dióxido âgua
de carbono
A velocidade das reações químicas (isto é, a rapi-.lez com que elas ocorrem) é um fator importante.\'Íuitas delas processam-se muito lentamente. Os ca'
úalisadores são substâncias capazes de aumentar a ve-locidade de uma reação químièa. As proteínas que de-sempenham o papel de catalisadores são chamadasenzimas. Muitas reações químicas ocorrem apenas napresença de um catalisador ou de uma enzima.
Ácroos E BAsEsO funcionamento normal do corpo requer um
equilíbrio entre substâncias classificadas como ácidase básicas. Certas reações químicas ocorrem apenas emmeios em que há o equilíbrio ácido-base, daí sua im-portância. A ausência desse equilíbrio no corpo podelevar a problemas clínicos fatais. O entendimento daquímica dos ácidos, das bases e dos tampóes é funda-mental para a compreensão do equilíbrió ácido-base.
Ácidos
Todos nós reconhecemos o gosto azedo de um áci-do. Suco de laranja, suco de limão e vinagre são áci-dos. Além do gosto azedo, ácidos muito fortes, comoo ácido clorídrico (HCl), podem causar queimadurasgraves. Acido espirrado nos olhos, por exemplo, podelesar os tecidos dos olhos, a ponro de cegá-los.
Um ácido é um eletrólito que se dissocia em umou mais íons hidrogênio (H') e um ânion. Essa disso-ciação é representada da seguinte forma:
H C I J H + +ácido íon
clorídrico hidrogênio
ct-íon
cloreto
Nessa reação, o ácido clorídrico (HCl) dissocia-seem íon hidrogênio (H.) . íon cloreto (Cl-). Para nos-so estudo, o componente mais importante é o H*. Aquantidade de H* é o que determina o grau de acidezde uma solução.
Um ácido forte é aquele cujo grau de dissociaçãoé elevado, ou seja, aquele que produz grande quanti-dade de íons hidrogênio (H*) (e, conseqüentemenre,grande quantidade de ânions). O ácido clorídrico, en-contrado no interior do estômago, é um exemplo deácido forte. Conforme iá mencionado, ácidos fortespodem causar lesóes graves, dependendo dos tecidosatingidos. Um ácido fraco, ao contrário, tem baixograu de dissociaçáo. O vinagre, ou ácido acético, é umácido fraco; permanece em sua maior parte na formanão-dissociada, produzindo pouco H*. A dissociaçáoestá representada abaixo:
Vinagre + H++acetato
A seta mais escura (apontando para a esquerda) in-forma que a maior parte do vinagre náo se altera e, emconseqüência, que a produção de H* é baixa. Como onúmero de íons hidrogênio (H*) determi na a acidez dasoÌução, o vinagre é classificado como um ácido fraco.
9 .
o*o\
ì v ,ô l- oo
28 r Copítulo2 louiMlcA BASICA
AntiácidoO
H* 1íon hidrogênio) j
Poro que servem os ontiócidos?
Pacientes com úlcera costumam ter excesso de ácido
,ro orôrn"go. O ácido estomacal (ácido clorídrico) pode
,., n.urr" i1.rdo com drogas que contenham uma base
em sua composição. Por neutralizarem o ácido' estas
ãroe"r rao .orrh..id", como antiácidos' O hidróxido de
iltil;; é uma das bases mais usadas em antiácidos' o
ãnio.t nia.o"ita (OH-) combina-se com o cátion H* do
l.-i^ao .r,ã-".al e produz sal e água: o ácido. foi neutrali-
zado peio antiácidà. O sal e a água produzidos sáo excre-
tados pelo organismo. Dessa forma, o ácido que lrrltava
. f.rir'", p"r.ã.. internas do estômago' causando a úlce-
ra, foi eliminado.
O íon hidroxila (OHì é um íon consumidor de
íon, hidrosênio. Em outras palavras' o íon OH- é
"ìr"fa" ô.fã íon hidrogênio e a ele tt."l: ' "envolven-
;;:;;. Ü;; ,àl,rçao tJrna-se menos ácida com a adi-
ção de uma base.
Neutrqlizqçõo de Ácidos e Bqses
Quando um ácido se mistura a uma base' o H* do
ácido- combina-se com o OH- da base' formando
;il". Alãdirro, o, outros íons também se combi-
nam e formam um sal. Por exemplo' O Na* e o Cl-
.Ãbirr"--re formando um sal, o NaCl' Aìm-portân-
.1" ã" r."çao está no consumo do H' (e do OH-) e sua
conversão em água, ou seja, o ácido é neutralizado'
Érr" t."çao quírãi.a é representada da seguinte forma:
HzO + NaClágua saÌ
HCI + NaOHácido base
Essa "fraquezd' explica Porque náo nos quelmamos' ao
manipulaì o vinagie. O HCI' entretanto' é táo torte que
õ;:J. â., quãimar a ponto de atravessar nossa pele'
Bcses
Uma base tem gosto amargo e é escorrega{" ".o-
-.; ;;ütt. As base"s são substãncias que têm afinida-
ã..o- o H'(positivo), pois geralme.nte contêm um
r"" úìã-"if a inegativo)' "pt"tttttttdo .pelo símbolo
õür. ô-hie;d*id"o d. sodió (NaoH) é um exrcmplo
J. ú"t.. õ ú"OH dissocia-se em íons sódio (Na.) e
íons hidroxila (OH-) da seguinte forma:
Em uma reaçáo de neutralização' um ácido se
combina com uma base formando sal e água'
Medidql A Escolo de PH
O pII é uma unidade de medida que indica a
ournriã"d. de íons H* presentes em uma solução' A
escala de pH var ia de 0 a 14 (F ig ' .2-6) ' No ponto
-gaio da e'scala' pH7 ' o número d9 H' e1 âguapura
é ieual ao númeìo de OH-' A solução é' portanto'
;;;;;. Ú- pH menor que Z l-a e-scala indica que a
;;ü;ã ã- it"it H* do que oH-' Neste caso' a solu-
cáo é âcida.*'õb;;;., na escala, o pH do suco de limão e do vi-
naere. Ambos são menores que 7' Um pH maior que
7ìïãi.Á"ior quantidad. de Ort-' Essas substâncias
ra. U"t.t, . tuas'soluçóes são chamadas brísicas ou al-
calinas. .bm resumo, a escala de pH mede o grau de
acidez ou alcalinidade.
Leiturq do Escqlq de PH
Cada unidade de pH representa uma diferença de
dezvez.esn".o.t..rr,r"çao dË Ht' lor exemplo' uma di-
il;il..ma unidaáe d: pÏ (digamos' de7 para6)
indica uma concentração dË H. dei vezes maior' tJma
;ifèt*ç" de duas unidades (de 7 pata 5) indica uma
"t".""i*ça" de H* cem vezes maiôr' O g".t se conclui
á;;;;d: Jiferenças muito pequenas na leitura do pH
;ã;";gt*des variações dfconcentraçáo de H*'
pH dos Liquidos do CorPo
Observe o pH de alguns líquidos do corpo' Os lí-
ouidos estomaèais são muito ácidos' com pH varlando
à.-i" a. O pH da urina normalmente é ácido' varian-
J" ã. i a 8, embora uma série de fatores' como a die-
i", oort" alterá-lo. A urina pode tornar-se até mesmo
"l.alin", em função de uma dieta' As secreçóes lntestl-
nais sáo alcalinas, com pH variando de 8 a 10'N a O H r N a + + O H -
FIGURA 2'ó . Escala de pH. A escala indica a concentracãode H-. Um pH igual a 0 é o mais ácido (tem gr"nd..on.ent."çãode H*), enquanto um pH iguala14 é o menos ácido (baixíssimaconcentração de H.). A cor rosa indica acidez, e a cor azul basici-dade (ou alcalinidade). Observe o pH de algumas substâncias co-nhecidas.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudovel e Enfermo . 29
do sangue desempenharem melhor suas funçóes emcondições de pH normal, tanto a acidose como a al-calose são problemas clínicos sérios e devem ser corri-gidos. A necessidade de manter a alcalinidade normalé a razáo pela qual se monitora cuidadosamente o pHdo sangue de um paciente, no transcorref de umadoença.
Reguloçõo do pH do SongueO pH do sangue é regulado minuto a minuro, por
três maneiras: por um sistema tampáo, pelos pulmõese pelos rins. O sistema tampão é a primeira linha dedefesa contra variações do pH sangüíneo. Um tam-pão é uma substância química que previne grandes va-riações de pH; ele age de dois modos. Se a concentra-
ção de H* no sangue aumenta, o tampão remove oexcesso de íons hidrogênio, de modo que o pH volta aseu nível normal. Se, ao contrário, a concentração deH* diminui, o tampão cede H* ao sangue trazendo opH ao nível normal. (Uma descrição mais detalhadada atuação do tampão será feita no Capítulo 21.) A se-gunda e a terceira liúas de defesa na regula$o do pHsangüíneo são os pulmóes e os rins. (Estes processos deregulação serão descritos nos Capítulos 18,20 e2l.)
*nEgUtll|DO! Milhões de reaçóes químicasocorrem no corpo a cada minuto. Reações químicassão processos que convertem uma substância químicaem outra. As reaçóes químicas absorvem ou liberamenergia. A velocidade das reações químicas pode seraumentada com o auxílio de catalisadores ou enzi-mas. O funcionamento normal do corpo requer umequilíbrio entre ácidos e bases. A concentração do íonhidrogênio é medida pela escala de pH. O pH normaldo sangue varia de 7,35 a7,45, sendo, portanto, ligei-ramente alcalino. Quando o pH cai abaixo de 7 ,35,diz-se que apessoa éacidótica; quando o pH sobe aci-ma de 7,45, a pessoa é alcalótica. O pH do sangue émantido nos níveis normais por três mecanismos:tampóes (ou soluções-tampão), pulmóes e rins.
ENTRGIA
Ao contrário da matéria, a energia, definida co-mo a capacidade de realizar trabalho, não pode servista ou pesada; ela pode apenas ser medida, atravésde seus efeitos sobre a matéria. O corpo depende deum suprimento constante de energia. Mesmo em re-pouso, ele está continuamente trabalhando e consu-mindo energia. O músculo cardíaco, por exemplo,contrai e relaxa sem cessar, bombeando o sangue atra-vés de uma extensa rede de vasos sangüíneos. Célulasnervosas e musculares estáo continuamente bom-beando íons sódio paraforado corpo celular, dandoinício à formação do impulso nervoso. As células dopâncreas produzem enzimas ininterruptamente paraque possamos digerir nossos alimentos. Em resumo:sem energia, o corpo deixaria de funcionar.
Valordo pH
0
Exemplos desoluções
Ácido hidroclorídrico
Suco de limão
Conteúdo gástrico (1
Vinagre, vinho
-4)
; Ì Í : :
,-lt"nn'" v'35-7'45)
]conterioo
:J ,:"(8-10)1 1
12 Amônia doméstica
1 3
14 Hidróxido de sódio
O pH do sangue é mantido nos limites de uma es-treita variaçá o de 7 ,35 a 7 ,45 , sendo, porranto, leve-mente alcalino. Desse modo, um pH sangüíneo me-nor que 7,35 é mais ácido que o normal. Neste caso,diz-se que o paciente é acidótico. Se o pH do sanguede um paciente é maior que7,45, o paciente é classifi-cado como alcalótico. Devido ao fato de as proteínas
\.
3O r Copitvlo2 / aUíMICABASICA
formsE de fnergitl
Existem seis formas de energia' apresentadas naTâ-
brl; ;-à: Ãenergia mecânica*m""iftsta-tt em forma
de movimento. Por exemplo, quando os. músculos das
suas pernas se contraem' u"tê p"dt caminhar' A cami-
;ï;i; ;á Ã",',if.,t"ção da energia mecânica' A
enersia qúmica é armaz'enada nas ligações químicas;
âïã.;gÌ;;; -",,té"' os átomos ttttidot' Quando as
iin""o.Jq,rí-icas são quebradas' a energia química é
iiil;à;,;;ilJo ser utilizada para desempenhar ou-.t,,ï i;üá.t, como digerir alimèntos' Esse processo é
semelhante ao movimento do motor de um automo-
;iï;;;;ãlib.r"d" na queima ou decomposição do
.ombrrstírrãl é usada para movimentar o motor' e o
movimento do motor faz o automóvel andar'
{onv*r*ão d* Ênergio
A energia pode, facilmente' ser convertida de uma
for-".À"o*ira. Por exemplo' quando um.tronco de
madeira é queimado, a energia química.nele armaze'
;;; ; .; "-'';;rid"
.m c'lo'ie'ãrgia térmica) e l uz
i"""tni" luminosa). De modo semelhante' a energra
;;í-i;;;;;enada nos músculos é convertida em
;.;ni; mecânica, quando o músculo se contrai e mo-
vimáta um membro''"^A^;;;.rsão de energia no corpo ge.ralmente é
".o-o-h"da de produçãã de c^lot' Q"*+" músculos
...on,r".- duraÃte a reilização de exercÍctos lntensos'
"."ã*i" química é convertida tanto em energiarnecâ-
;t* i:,'l.,1;.rrio; q""",o em calor' Basta lembrar o
quanto seu corpo esquenta quando você se exercita' O
.';;; à;; .orpo (. à **uiençáo de sua temperatura)
Z p..J"riaà p.fa co""tr'ão de energia' (Arnanutenção
da temperatura corpórea é descrita no Capítulo 6')
ïrnnsferêntin de frergiu: O Popel
d*r Adenosintl TriÍogÍüto
A energia usada para ativar nossos corpos vem dos
di-;;;;;ï;. ingerìmos (F.is' 2-7A)' Com a decom-
;;; i;;" doJ di-ãntos na dig"estão' a.energia é l ibera-
ã;:il;;t*i^, .",*o"to,"não pode ser usada dire-
;;;;;-;;1"ï .el,'I"' do corpó' A energia deve'
or imeiro, ser t ransFer ida para um outro comPosto
:h;;;à; ;.ttotitt" trifosfato' ta mbé m co n h ec ido
oela abreviação AIP.t"'õATP; uma molécula transferidora de energia'
composta de três partes: uma base' um açúcar e três
;;;i^*j;i",o,(FË. 2-78)' Em nosso estudo' os sru-oos tostato serao a parte principal do ATP Os grupos
t tf"i"-.tia. unidás poittt tipo especial de ligação
qìi-i.". Os traços o"d"l"do"ttttt ót grupos fosfato'
i"-nn"t", indicam a existência de ligãções de alta
;#i;. ô;"ndo."" ligaçóes são rompidas' uma
nr"^ã. quÀtidade de energia é liberada; en€rgra essa
A;;^;;i. ;.; util izada dire"tamente pela célula' para
desemPenhar suas runçoes' . r r.A enersia ̂r^ ,,nàd^nesse tiPo de ligaçáo (dt 4-
." ;.,g;Ë;il;;'; -?a'ada à en e'g ia ar mazenada
em uma ratoeira "t-"d"'
A energia é armazenada
;il;";;I" d" r".o'i'" é,P",'.1; q*ïdl "
rato de-
sarma a ratoelra' a mola é solia' liberando energia' De
Ããão ,.^.thante, quando o corpo necessita de ener-
sia, o ATP é rompido e a energia que estava aÍmaze-
i"á" e liberada. 'E*
o,ltttt-palavras' a ligação,que
mantinha unidos os gruPos fosfato e quebrada' ÌlDe-
;;;ã; ;;;úia. Comã qi'^'bl3 da ligaçã"o o.ATP pro-
a"" Àop ("adenosina difosfato) e-P (fosfato)' Esse
processo está rePresentado abaixo:
FORMA DE ENERGIAMecânica
Química
Elétrica
Luminosa
Térmica
Nuclear
DESCR'|çÃoEnergia que causa o movìmento
Energia que é armazenada nas ligaçóes químicas
Energia que é liberada a partir do movimento
de partículas carregadas
Energia que v ia ia em ondas
Energia que é transferida devido à diferença de
tempefatura
Energia que é liberada durante a decomposição
de substâncias radioativas como os isótopos
AIP' Energia + ADP + P
EXEMPTOMovimento das pernas na corrida e na caminhada;
contração do músculo cardíaco' provocando o
movimento do sangue
Combustível para reabzar trabalho' como PoÍ
exemplo correr
Sinal elétrico envolvido na transmissão da
informação Pelos nervos
Luz: estimula os olhos para a visão; radiação
ultravioleta do Sol que causa o bronzeamento
Responsável pela temperatura corporal
Sem uso fisiológico
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 3 f
+J\b
BEstrutura do ATP:
Ligaçoes dealta energia
F|GURA 2-7 " Energia. A,\iis obtemos a energia dos ali-:Ììcntos. B, A energia é armazena-.:.r nas ligações de alta energia do\.fP (adenosina trifosfato). C, A-:rergia armazenada na mola da ra-: . 'c i ia é l iberada cuando a raroeirar .lesarmada.
c
O ADP é idêntico ao AIB excero por rer um sru-p,o fosfato a menos. O ATP é restaurado quanão acnergia obtida na queima dos alimentos liga nova-mente o último grupo fosfato ao ADB conforme re-presentado abaixo:
A D P + P + E n e r g i a - A T P
Il/U STt J RAs, SOt{rçOEsË SUSPENSOES
Você encontrará,vários termos químicos em situa-ções clínicas.
Misturas sáo combinações de duas ou mais subs-tâncias, que podem ser separadas por processos físicossimples. Quando separadas, as subsrâncias manrêmsuas propriedades originais. Por exemplo, imagineuma mistura de açúcar e limalha de ferro à qual você
Energia armazenada
| '"tt''
Fosfato
.\ ,,' L i
\____ì-__J
Açúcar
i,=í' iÊì
,7-<:Ç*.$1
aproxima um ímã. Ele atrairá todo o ferro, afastando-o do açúcar, ou seja, separando as duas substâncias.Note que as duas substâncias mantiveram suas pro-priedades originais; o açúcar conrinua sendo açúcar, eo ferro continua sendo ferro.
Soluções são misturas. Em uma solução, as partí-culas que são misturadas, ficam igualmente distribuí-das. A mistura de sal e âguaé um exemplo de solução.Uma solução compõe-se de duas parres: um solvenree um soluto. O soluto é a substância presenre em me-nor quanddade; é a substância que esrá sendo dissol-vida. Na solução de sal e âgua, o sal é o soluto. O so-luto pode r.. iólido, líquidã ou gasoso.
O solvente é o componente da solução presenreem maior quantidade; é o responsável pela dissoluçáo.Na solução de sal e âgua, a água é o solvenre. O sol-vente geralmente é um líquido ou um gás. SoluçãoaÍluosa é aquela que tem água como solvente. Se osolvente é um álcool, a solução é chamada tintura.
32 r Copítu1o2/ouítrtlcaBAslcA
Uma solução é sempre límpida, sem partículas visí-
veis; o soluto se dissolve completamente, isto é, elenão se deposita.
Suspensões também são misturas. Em uma sus-
penúo, as partículas sáp relativamente grandes' e ten-
dem a se depositar no fundo do recipiente' a menosque a mistura seja agitada continuamente. Se areia eágua forem misturadas e agitadas e, posteriormente,déixadas em repouso, a areia gradualmente se deposi-tÃrá.
Em uma suspensáo coloidal, as partículas não se
dissolvem, porém, elas são tão pequenas, que se man-
têm em suspensão no líquido, mesmo se não forem
dodrr. Um colóide é uma substância pegajosa, pa-
recida com gelatina ou muco. O corpo contém mui-
tas substâncias coloidais. O plasma sangüíneo é umasuspensão coloidal, onde as proteínas estão suspensas.Outros exemplos de suspensões coloidais são a maio-nese, a clara de oYo e as geléias.
TR.ESUilINDO! Energia é a capacidade dereafizar trabalho. Sem um suprimento adequado deenergia, o corpo não pode funcionar, e morre. A ener-gia é obtida dos alimentos e transferida para as liga-
foes d. alta energia do ATP. Quando necessária, a
energia é liberada do ÂIP e usada para ativar o corpo.Combinaçóes químicas incluem misturas, soluçóes e
suspensões.
Msso corpo é conslituído de dibrentes subdôncios quÊmicos. Poro compreendê-lo é necessório conhecer olgunsprincipios quimicos gerois-
l. teiiêrio, Elenrenlos c Áiomos
A. tolêriol. lúolério é quolquer coiso que ocupe lugor no espoÇo
e que |enho mosso. A mqlério exisle em kês esbdos:solido, liquido e gososo.
2. A molério pode sofrer ronsbrmoções físicos e quí-micos.
B. Elemennosl. Um elemenlo é umo subslôncio frrndomentol, que
nõo pode ser decomposüo em formos mois simplesolrcìós de rco@es quimicos comuns-
2. Quotro elernentos (corbono, hidrogênio, oxigênio enihogêniol compõem 9ó% dos élulos do corpo.
c.Ârcnrosl. O ólomo é o unidode bósico do molério; é o menor
porte de um elemenlo que monlém os suos corocfe-
2. As ligoções iônicos se brmom quondo ocorre lrons-brêniio de elétrons poro estobilizor os comodos dosólomos envolvidos.
3. As ligoções covolentes se formom quon4o, no inte-roçõó enhe ótomos, ocorre o comportilhomento deelétrons dos comodos externos.
4. Ponles de hidrogênio sõo ligoções intermoleculores,que nõo envolvem o tronsbrêncio ou o comportilho-mento de eléhons.
B. Formoçõo de ionsl. Um íon ê um ótomo com elékons o mois ou o menos,
Íicondo, porlonto, com um soldo posiÌivo ou negoti-vo de coigo elétrico. Um cótion é um ion corregodopositivomenle, e um ônion um íon corregodo negoti-vomenle.
2. Um eletrólito é umo substôncio que formo íons,quondo dissolvido em óguo. Este processo é chomo-do ionizoçõo.
G. llolêculos e Compostosl. Umo moléculo é umo subsfôncio formodo por dois
ou mois ólomos (poro<emplo: 02, H2O).2. Um composto ê umo subslôncio Íormodq quondo li-
gom-se dois ou mois ótomos diferentes (por exem-plo: HzO).
3. Moléculos e compostos importontes: óguo, oxigênioe dióxido de corbono.
O. Âcidos e Bqsesl. Acido ê um eletrólito que se dissocio liberondo íons
hidrogênio {H*) e ônions. A quontidode de H* emumo soluçõo determino suo ocidez.
2. OólomoécomposlonârlÍìons e pólons,
íslicos químicos.O ólomo é composlo de três portículos subolômicos:nârtÍìons e oólons. locolizodos no núcleo do ótomo,ólomo,e elé{rons, que circundom o núcleo em órbitos elétri-cos.O número olômico é o número de prólons presenles
no núcleo. A mqsso olômico é o mosso dos nêutrons
e póbns no núcleo.Um iófopo é um ólomo com o mesmo número olô-
mico, mos com difurenle mosso olômico. Um rodioi-
ólopo é um iótopo inslúvel que se decomPõe, lor-nondo-se umo subsfôncio mois simples olrovés do
enrissõo de ondos elelromognélicos ou de porlículos.
3.il. hneruções GluimicosA. NÍreis Elefrônicos e ligoções
t. C.odo comodo, ou órbito detónicq, pode conler um A.número especiftco de elétrons. O níre| mois próximodo núcleo pode conler dois elé{rons; os oulros níveis,oito elârons codo um.
Umo bose é umo subslôncio que se combino com oH*, consumindo-o. A neuholizoçõo de um ócido porumo bose produz sol e óguo.A escolo de pH mede ocidez e olcolinidode. Um pHiguol o 7 é neulro; um pH menor que 7 é ócido, e umpH moior que Z é bósico ou olcolino.O pH do songue normol vorio entre 7,35 e7,45.Umo pessoo cuio songue tem pH menor que 7,35 échomodo ocidótico; se o pH do songue for moiorque7,45, elo é olcolótico.
2.
i lcÊLUO bjetivos
2.3.4.
Elaborar um diagrama das partes principais de uma célula típica, com a membranacelular, o citoplasma, o núcleo e as organelas.
Descrever as funções das principais organelas celulares.
Explicar a função do núcleo.
Identificar a estrutura da membrana celular, incluindo as camadas lípídicas, as proteínase os pofos.
Distinguir Íansporte ativo de üansporte passivo.
Descrever o movimento das substâncias através da membrana celular: difusão. difusãofaciliada, osmose, filtração e transporte ativo.
Comparar as soluçóes isotônica, hipotônica e hipertônica.
Descrever os cinco estágios da mitose (divisão celular).
Explicar o que se entende por diferenciação celular.
5.6.
7.8.9.
35
3ó . Copftulo3/cÉLuÁs
rì rm= J: ïï: il i:"ÌÍ ïlï^ï:ïÏJ:;\--,.""-i"""" com um microscópio um frag-
*Ão de cortiça, Robert Hooke observouestruilrras
;úi;;t q". l.-br"'t "-
os quartos'.ou as células' ocu-
pããtt pá.t monges t- t'- mosteiro' Assim' Hooke
.h"-ol essas estruturas de células'
uMA CÊlun rincl
Embora ocorram diferenças, as células em.geral
Dossuem diversas semelhançás' A Figura 3-2 i lustra
uma célula típica com todos os seus componentes co-
nhecidos. Cada célula especializadaL tgmo Por exem-
oto ,r-" célula nervor"tt' tt-" célula vermelha do
il;g*,;;t;*.- "lg"-"
ou todas as propriedades de
uma célula tíPica.
A célula é a unidade morfofuncional de toda a
-";;;;i";. As células variam de maneira considerá-
;;ï;;;;nho, forma e função' tu células vermelhas
do sangue, por exemplo, são minúsculas ' enquanto
um, ,i i-,plei célula nérvosa pode uÌtrapassar um me-
tro de comprimento. (Fig' 3-l) ' As to.l1nas e as estru-
ì"t^ a^ .áulas tambéni são muito diferentes' A cé-
i"i" ".i-.fna
do sangue é de aspecto globuloso. e
possui a capacidade de se dobrar' Essa torma Permlre
ã; ; ; i ; ; : tprema no inter ior dos capi lares sangüí-
ìã"t.ìi".iUïa o oxigênio para todas al células do or-
l""it-.-efgumas céiulas t**ot"t são muito lon-gas e
il;;;. aísemelham a arbustos ou árvores' Essas
formas permitem que elas transportem sinais elétricos
J. for-" rápida' em longas distâncias'.4 estrutura e a
função celular estáo intimamente relacronadas'
FIGURA 3'l r Células de diferentes formas e tamanhos'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' 37
ESTRUTURA CELUTAR
\Íembrana celular
Citoplasma
\úcleo
\ucléo1o
Retículo endoplasmático (RE)
RugosoLiso
\Íirocôndria
.\parelho de Golgi
Ribossomos
Lisossomos
Ciroesqueleto
Ce ntrío1os
(. í l ios
Flagelos
FUNçÃOContém as estruturas celulares; controla o que entra e o que sai da célula
Envolve e fornece suporte às organelas; meio através do qual se movimentam os nutrientes e
os resíduos celulares
Contém a informação genética; centro de controle da célula
Forma os ribossomos
Tiansporta material através do citoplasma
Contém os ribossomos, onde a proteína é sintetizada
Local de síntese de esteróides
Converte a energia dos nutrientes em ÂIP ("usina de forç1' da célula)
Acondiciona a proteína envolvendo-a com uma membrana; dá os retoques finais à proteína
Local de síntese de proteína
"Varredores" do interior da célula; fagocitose através de enzimas Potentes
Proporciona o suporte celular e dá forma à célula
Auxiliam na separação dos cromossomos durante a mitose
Criam movimentos sobre a superfície externa das céluìas
Produzem os movimentos celulares (permitem que os espermatozóides nadem)
À célula é envolvida por uma membrana, e diver-..ts estruturas minúsculas sáo encontradas em seu in-:crior. A Tabela 3-1 resume as funções desses compo-::cnres celulares.
Membrqna Celulcr
-\ célula é envolvida Dor uma membfana celulaf,{re separa o material do-interior da célula (intracelular)jrqueie situado fora dela (extracelular). Além de man-:cr o conteúdo celular, a membrana realiza outras fun-..res importantes. lJma das principais é a de selecionar-i: substâncias que entram ou saem da célula. Por sele--ionar, ou dar preferência às substâncias que a atraves-.rm, a membrana pode ser seletivamente permeável,u semipeÍmeável. Somente substâncias selecionadas
rüem penetrar ou passar através da membrana celular.O que compóe a membrana celular? A membrana
-clular é composta principalmente de fosfolipídios,'-,rganizados em duas camadas, e proteína. (Fig. 3-3).\ moléculas de proteína da membranarcalízamvárias::rnçóes importantes: proporcionam o suporte estfu-:-rral da membrana, atuam como sítios de ligaçáo para.,. hormônios e delimitam orifícios, ou poros, nas ca-nadas lipídicas. Esses poros formam canais através dos.t uais cirèula m a ágtra e substâncias nela dissolvidas.
Âs substâncias atravessam a membrana seletiva-:rlente permeável dissolvidas na sua parte lipídica, co-:ìo o oxigênio ou o gás carbônico, ou fluindo pelos
foros. Substâncias carregadas eletricamente, como o'.'idio e o cloreto, não podem penetrar na membrana
lipídica e uti l izam os poros. O tamanho dos porostambém auxilia na seleção de quais substâncias irãoatravessar a membrana. Substâncias maiores que osporos não podem atravessar a membrana, .ttqü"ntoiubstâncias menores, como o sódio e o cloreto, fluemfacilmente através deles.
O Inferior du Cólulo
O interior de uma célula é semelhante ao de umovo cru, e está dividido em dois compartimentos: onúcleo e o citoplasma. A gema é o núcleo e a clara, ocitoplasma.
NúcleoO núcleo é o centro de controle de toda a ativida-
de celular (Fig. 3-2). A maioria das células adultasDossui somente um núcleo. As células vermelhas ma-ãuras do sangue não apresentam núcleo, enquantoque outras, como algumas células brancas do sangue,apresentam vários núcleos.
Envolvendo o núcleo existe uma membrana deparedes duplas, â membrana nucleaÍ, que apresentaporos grandes. Estes permitem o livre movimento dedeterminadas substâncias entre o citoplasma e o nú-cleo. Por exemplo, uma molécula grande, o ácido ri-bonucléico mensageiro (RNAm), é produzida no nú-cleo mas atua no citoplasma. Assim, os poros grandesda membrana nuclear permitem que o RNAm se mo-vimente do núcleo paÍao citoplasma.
3g . copítulo3/cÉLuÁS
Mitocôndria
Membrananuclear
Nucléolo
Aparelhode Golgi
MicrotúbuloMembrana celular
Centríolos
Ribossomo llvre
Citoplasma
Lisossomo
Retículo endoPlasmáticorugoso (comribossomos aderidos)
Retículo endoPlasmático liso
FIGURA 3-2 ' Uma célula tíPica'
O núcleo é preenchido por umasubstância gelati-
nosa denomináda nucleoplasma' Ele também con-
aé- orra.", duas pequenasïstruturas: (1) o nucléolo'
or o.o.r."" ,r.i.ieo, relacionado à síntese ou produ-
;;'d.-';b.ttomos e (2) a cromatina, composta de es-
,r'.r,.r.", filamentosas que contém os genes'
CitoplosmoGnl Ctropi-asMÁTlco. O citoplasma é uma subs-
tância selatinosa situada no inteiior da célula e fora
Jo ,tú.i.o (como a clara, no ovo)' Esse gel é composto
principalmente de água, eletrólitos, nutrientes- e pro-
ã;;". 'ã. -.tabolism"o' O citoplasma contém diversas
ofgan€las e corpos de inclusão' As organelas' ou pe-
quenos órgãos, possuem cada uma a sua função espe-
àf.". O, iotpoï de inclusáo sáo estruturas temporá-
l"t 0". ,p"r.ia- e desaparecem constantementel são
o, u".úolãt, as vesículas secretoras e os dtterentes gra-
nulos. Localize as organelas naFiguta3-2'
ORc,qNPras CtroPr-tsluÁtrcesMitocôndrias. As mitocôndrias são organelas
minúsculas, em forma de sapato ' que var iam em
õ;ttá;J;;.-".o.do com a "ii"id"dê
metabólica da
.'é1rrl", ou seia, o quáo difícil é o trabalho celular'
ô"""i" Ã"ir'.Í.u"d, a atividade metabólica da célu-
È, ;;ì;;; número de mitocôndrias' O fígado' por
exemplo, é muito ativo e, Portanto' aPresenta multas
mito iôndr ias por célu la. As célu las ósseas ' que sao
Cadeia decarboidratos------\
Glicoproteína
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 39
Espaço extracelular
Citoesqueleto
Espaço intracelular(citoplasma)
Íol ipídio
Fosfato -
^ ^ À ^ i ^
de l ipídios
Fos
t_l t_L
Proteína(que Íorma
poros)
FIGURA 3-3 * Estrutura da membrana celular. Observe a camada dupÌa fosfolipídica e as proteínas espalhadas enrre os fosfolipídios.\. proreínas criam os ooros.
Enz imas
Membranain te rna
Mitocôndria
FIGURA 3-4 r Mitocôndria' Como a maior parte do AIP é produzida nas mitocôndrias, elas são conhecidas como as "usinas de força'.i.r célula.
4O . coPítulo3/cÉLULAS
menos ativas metabolicamente' apresentam um nú-
;#;;;' d*'ï:l#ï\ïo.ond,i" possui duas ca-
- "â"Ï,'ff;ï:ô liïffi ì'*i""" á l isa' e ne,lllt^o-
;;J;;i.;"""ryÌ'::ï,tJ,'"ïï:t'.'tr;ï.,:ïï;Ï3ï:cristas' As enzimas'
{rP) estáo situadas ao longo das
:1'',ï:,ïËJ"tf;'i:t[iãiï'ãi'"'a'i^'fi prõduzi-
rem a maïor Parte oa lïJ;;À;orpo (ATP)' elas sáo
Ëü.:ïiüi:Ki,ï:ilkH::i':,",fl', ;;' Ribossomos'':ï:ï;.ú d.r.ri-," no Capítulo
nadas à síntese pt::t]::*t;irão, ao retículo èndo-
Íi#gxÏ,x'm#rarumïfl 'ïth-' Retículn Endopwlnal'"" Ïij-* '., interór do
qtìF (-RE)": :ïi;''t,1;i*üifl J''. 1'r", . 0'.-citoPlasma \|rg' )-L)
Retículo ándoPlasmátlcorugoso
AParelho de Golgi
lnterior da célula Pr<
; l i l i i : :;rf ' tìr"7' G'
Membrana celular
oO O
@
@
@ @
Exterior da célula
írouRA g-s ' Apate\ho deGotgi
do corPo humano'
s Para serem exportadas Para outras Pâr
gueadas formam canais através dos quais as substân-cias se movimentam. Existem dois tipos de RE. O quecontém ribossomos ao longo de sua superftcie é deno-minado retículo endoplasmático rugoso (RER) porpossuir uma superfície semelhante a de uma lixa. ORER está relacionado principalmente à síntese protéi-ca. O RE que não contém ribossomos em sua superft-cie apresenta uma superftcie lisa, sendo por isso deno-minado retículo endoplasmático liso (REL). O REL serelaciona à síntese de lipídios e esteróides. A proteínasintetizada ao longo do RER é transportada pelo apa-relho de Golgi para processamento posterior.
Aparelbo de GoQi. O aparelho de Golgi é for-mado por uma série de sacos membranosos achatadossobrepostos (Fig.3-5). As proteínas sintetizadas noRER são transportadas para o aparelho de Golgi atra-vés dos canais formados pelo RE. O aparelho de Gol-gi dá os retoques finais nas proteínas. Por exemplo,uma molécula de glicose pode estar aderida a umaproteína no interior do aparelho de Golgi. Entáo, umsegmento de membrana do aparelho enrola-se ao re-dor da proteína e se destaca, formando uma vesículasecretora. Dessa forma, o aparelho de Golgi acondi-ciona a proteína para ser secretada.
Lísossomos. Os lisossomos são sacos membrano-sos que contêm enzimas hidrolíticas potentes, e sãoconsiderados como organelas digestórias. As enzimasdos lisossomos decompóem os fragmentos e resíduosintracelulares, auxilianão a "mantei a casa limpa". Es-sas enzimas desempenham diversas outras funções,como"participar da destruição de bactérias num pro-cesso denominado fagocitose. Elas também auxiliamno processo de diminuição do tamanho de um 6rgiao,como acontece com o útero nas semanas subseqüen-res ao parto.
Citoesquelela. O citoesqueleto é composto pormicrofilamentos e microtúbulos. O citoesqueletoparticipa na manutençáo daforma da célula e auxilianos diferentes tipos de movimento celular. O movi-mento celular é particularmente evidente nas célulasmusculares, que possuem uma grande quantidade demicrofilamentos.
Centríolos. Os centríolos possuem o aspecto deum bastão e são estruturas pares, microtubulares, quedesempenham uma função importante na reprodu-
fo celular.
Anolomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 4l
No Superfície do Membrqno Celulqr
CiliosOs cflios são pequenas projeções em forma de pê-
los visíveis sobre a superfície externa da célula. Os cí-lios apresentam movimentos em ondas que vão con-duzindo as substâncias ao longo da superftcie celular.Sáo abundantes nas células que revestem as vias aé-reas, auxiliando na eliminação do muco e de partícu-las de pó que penetram nessas vias, para fora dos pul-móes, em direção à faringe. Dessa forma, os cíliosajudam a manter limpas e livres as vias respiratórias.A fumaça do cigarro danifica os cílios, privando os fu-mantes desse benefício.
FlogelosOs flagelos são similares aos cílios uma vez que
ambos se assemelham a pequenos pêlos. Todavia, osflagelos aparecem em menor número, sáo mais espes-sos, mais longos e estáo relacionados à movimenta$odas células. A cauda do espermatoz.óide é um exemplode flagelo, que o capacitaanadar no sêmen.
*nESUtllllDO! A célula é a unidade morfo-funcional de toda matéria viva. Enquanto as célulasvariam consideravelmente, elas também apresentammuitas semelhanças. A célula é envolvida por umamembrana celular. O interior da célula é dividido emnúcleo e citoplasma. O núcleo é o centro de controlecelular: ele comanda o trabalho interno da célula. Ocitoplasma contém vários órgãos pequenos, ou orga-nelas, cada qual com uma tarefa especial para cumprir.
MOVIfrIENTO ATRAVÉS ONMEMBRANA CELUTAR
Como mostra a figura abaixo, as celulas são banha-das por um líquido extracelular que é rico em nutrientescomo oxigênio, glicose e aminoácidos. Essas subsúnciassão necessárias ao conteúdo da célula e dwem porantoatravessar a membrana celular. Os resíduos Éelulares,como o dióxido de carbono que se acumula ho interiorda célula. dwem também atravessar a membrana da ce-lula sendo, por conseguinte, eliminados do organismo.
42 e Cspitulo3/CELUIÁS
MECANISMOPassivoDifusãoDifusão facilitada
Osmose
Filtraçáo
Alivo
Bombas de transPorte ativo
EndocitoseFagocitosePinocitose
Exocitose
DESCRIçAO
Movimento de uma substância de uma área de alta concentração para outra de baixa concentração
uma molécula auxiliar no interior da membrana celular participa do movimento de substâncias de uma
área de alta concentração parâ uma área de baixa concentração
Movimento de água(solvente) de uma área onde há mais água para outra onde existe menos água
Movimento de água esubstâncias dissolvidas de uma área de alta pressão para outra de baixa pressão; a
água e as substâncias sáo impelidas
Movimento ascendente de uma substância (de uma área de baixa concentraçáo para uma área de alta
concentraçáo). Necessita de adição de energia (AIP)
Ineestão de substâncias através da membrana celular"'ïË;;;;;;.c;;,
,oiia". através da membrana celular (ato de comer da célula)
Inlestão de gotículas líquidas (ato de beber da célula)
Secreção de produtos celulares (p' ex', proteína' fragmentos) para o exterior da célula
Existem mecanismos que Participam do- movtmen-
to de áeua e substâncias dissoividas aìravés da membra-
na celiar. Eles podem ser divididos em dois grupos: os
mecanismos dË tratttpotte passivo e os mecanismos
de transporte aúvo. ATâbela 3-2 aptesenta um resu-
mo d.ss.i dois tipos de transporte celullr'Os mecanismos de transPorte passivo náo necessr-
tam de energia adicional sob a forma de ATP Esse tipo
de t."nsporie se assemelha ao movimento de descida
de uma bol" pot um declive, com a bola se enconÚan-
áo ,ro ,opo dessa superfície inclinada (Fig' 3-6)' Uma
vez liberâda, a bola ãesce pela superfïcie, sem a neces-
sidade de ser emputrada; ela se movimenta passrva-
Ã.",., ..- absoirr.r energia. Portanto, os mecanis-
B Atrvo (ac\ive)A Passivo (decììve)
ff imosdetransporte:ât ivoepassivo.A,Mecanismosdetransportepassivo-nãonecessitamdeabsorçáodeener.gia. A bola rola pelo decÌive, por si mesma. n, o *"nrfr.i.l ìt"
""..rri " d. .n.rtà'rdiciJnal. A bola deve ser empurrada pelo aclive'
õom a energia emPregada'
. c1e transporte passivo determinam o movimento.rqua e de substâncias dissolvidas sem energia adi-:ral, como uma bola rolando por um declive.()s mecanismos de transporte ativo necessitam de
-:gia sob a forma de AIP E um tipo de transporte,,.llh"nte ao movimento de se empurrar uma bola: um aclive (Fig. 3-6). Para que a bola se mova para::.r. e1a deve ser empurrada, o que requer a adição:nergia.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 43
Nlecsnismo* de Trcn*porte Pusrivo
Os mecanismos de transporte passivo, que movi-mentam substâncias através da membrana, incÌuem adifusão, a difusão facilitada, a osmose e a filtração.
DifusõoA difusão é o mecanismo de transporte mais co-
mum, e é definida como o movimento de uma subs-
FIGURA 3'7 ü Difusão. A, Um tablete é colocado no
recipiente 1. Após algum tempo, ele se dissoive e se espa-
lha de maneira uniforme no recipiente 3. B, O cheiro do
gambá se difunde rapidamente. e , Ont.o exemplo de di-
fusão: o oxigênio se difunde do pulmáo (alvéolos) para o
sangue, e o dióxido de carbono se difunde do sangue para
o interior dos alvéolos.
;,ÈÉï"u.I 3.
@Oxigênio
oDióxido de carbono
Alvéolos Vasos sangüÍneos
44 . CoPitulo3/cÉLUAS
tância de uma âtea dealta concent taçáo pata outra de
b;;.;;;.;r^çáo' Por exemplo' um tablete de cor
;;JiltJ."do t"' um rËcipiente de vidro com
a""" ffi*. 3-7A)' O tablete se dissolve e o corante se
t#;';;il ^iir ond'ele está mais concentrado (re-
cioiente l) parauma área onde ele está menos con-
.;ïì;;à; ('á.ipientes 2 e ï' A difusão.continua até
que o corante ieia uniformemente distrtbuÍdo em to-
do o recipiente.-" ô;ã; d" e"mbá também ilustra a difusão (Fig'-3-
?B;õ;úi,á ïào dt-ota para saturar o ambiente! A
âd"ã ãtrã."""r"iaa em dive"os eventos fisiológicos'
;;;;, ;t.xemplo, na determinação do movimento
ã;;Jê;t. Jo p'd-ao para o sangue' através.da mem-
##ãïì;;ã Gú. aizcl. o oigênio se ditunde doalvéolo para o sangue porque a concentração de oxigê-
;;;:i;; ""1"ï.'i'i'
dó aluéolo que no.sangue' Ao
contrário, o dióxido de carbono' um resÍduo que se
..,r-rrl" no sangue, se difunde na direção oposta' ou
seia, do sangue p," o alvéolo' Dessa Forma' os pul-
-ã.r.íiÀi"ãt" o dio*iao de carbono do organismo'
Difusõo FocilitcrdoA difusão facilitada é um caso especial.de difu-
sáo. Como na difusáo, as substâncias se movlmentam
i.*,rÃ" at." de alta concentração Para outra de baixa
;;";;;;çto (Fig. 3-B)' Todavia' nesse tipo.de difu-
;;;;t;ü;ân.i""(p' ex', a glicose)' é auxil iada por
;;;;lé."la da membt"ttã - uma molécuÌa trans-
ilJ;;;. Ã;rirr,, , gú'o'e "pula" Pi'i " interior da
"#Ë."h ,;"ïtp.t, iatt" n' t ' ' tpttfície externa da
;;ú;;;", é co'nduzida através dã membranâ e então
;il;;;;;ì',.'io' da célula' A difusão facilitada é
;-ti;;;-ã a. transporte muito comum no,inte-
rior do organismo. Lembre-se: uma vez que a gllcose
,...ú. "uií l io
para atravessar a membrana' a difusão
ã;ilã; .on'rid.r"d" como transPorte passivo'
OsmoseOsmose significa a difusáo da água através de uma
membrana selËtivamente permeável' ou sef a' que Per-
mite a passagem de algumas substânctas enquanto
").A,Comona$lÏ:- 'substânciassedifundemdeumaáreadeaItaconce:
traçáo para outra de b"i-" #..;;;Ë. il; -oieJ,rt" de proteína auxiriar ""
-;J;;;-;i;à" ". movimenro' B' A molécula auxili
c"ri.g" "
gli.ote Pelo declive'
restringe a passagem de outras. Durante a osmose, a,igua se difunde de uma área onde ela está mais con-.ã.rtr"da para outra onde se encontra em menor con-centração. Entretanto, as substâncias dissolvidas nãose movimentam.
Duas soluçóes diferentes no recipiente da Figura
-l-9 ilustram o fenômeno da osmose. O recipiente es-rá dividido em dois compartimentos, A e B, por umamembrana semipermeável. O compartimento A con-rem uma solução de glicose diluída, enquanto o com-partimento B contém uma soluçáo de glicose maisconcentrada. Lembre-se de que a membrana é per-meável somente à água; a glicose não pode ultrapassara membrana e fica, dessa forma, retida em seu com-
Dartimento.Durante a osmose, a âgua se move do comparti-
mento A para o compartimento B, ou seja, daquelecom maior concentração de água para o de menorconcentraçáo. Assim, ocorrem dois efeitos: (1) aquantidade (ou volume) de água no compartimentoB se torna maior que a do compartimento A e (2) asconcentraçóes das soluçóes se alteram nos dois com-partimentos. A soluçáo no compartimento A ficamais concentrada, enquanto a do compartimento Br€ tottÌâ mais diluída.
Sempre que substâncias dissolvidas como glicoseou protèína estiverem confinadas em um determinadocspaço por uma membrana seletiva, elas podem atrairìgua para o interior desse espaço, por osmose. A essa;apacidade das substâncias denomina-se pressáo os-mótica. A intensidade da pressão osmótica está direta-mente relacionada à concentração da soluçáo. Quanto:rraior a concentração, maior aforça da pressão osmó-rica. Como a pressáo osmótica atrai água para o inte-:ior de um compartimento, ela pode causar inchaço.
Por exemplo, a lesão de tecidos determina perdaJe líquido e acúmulo de proteínas no interior dos es-
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humqno Soudovel e EnÍermo ' 45
Por que um coógulo songüineo pode _continuor o se expondir mesmo quandocesso o hemorrogio?
Os comDonentes do coágulo são substâncias osmoti-carnente
"tirr.". O coágulo
"It*i ,ig,r" prt" si, e dessa for-
ma se expande. Se o coágulo se localiza no interior doencéfalo, ele pressiona o tecido cerebral, determinandouma série de deficiências neurológicas.
FIGURA 3'9 . Osmose. O recipiente de vidro é dividido nos
.i.los A e B, por uma membrana seletivamente permeável (a
:rembrana é permeável somente à ág""). A água se move do lado
\ para o lado B criando, dessa maneira, volumes desiguais.
paços teciduais. As proteínas confinadas atuam porosmose, atraindo aâgmem sua direção. Esse processocausa um acúmulo de água nos espaços dos tecidos,conhecido como edema. O fluxo de água induzidopor osmose determina o inchaço do tecido inflamadoou lesado.
TonicidodeNote o que ocorre quando dois compartimentos,
com diferentes concentrações de soluto (substâncias
dissolvidas), interagem (Fig. 3-10). Para descrever omovimento daâgua, três termos são utilizados: isotô-nica, hipotônica e hipertônica.
Soruçóes IsotôNIcas. Uma solução isotônicaapresenta concentração semelhante àquela com a qualestá sendo comparada (isa significa a mesma). Porexemplo, o interior de uma célula vermelha do sangue(glóbulo vermelho) possui uma concentração similarà concentraçáo salina normal (0,9o/o de sal). Se umglóbulo vermelho é colocado em um recipiente comsolução salina normal, as concentrações em ambos oslados da membrana são iguais; portanto, a solução dorecipiente é denominada isotônica em relaçáo ao inte-rior do glóbulo vermelho. Devido ao fato de ser isotô-nica, não ocorre movimento de água e, portanto, a cé-lula nem ganha nem perde água.
Por que o movimento da água é um fator impor-tante a ser considerado? Se a célula ganha água, suamembrana se rompe, ou sofre lise; se a célula perdeág:ua, ela encolhe. Em ambos os casos, a função doglóbulo vermelho é severamente comprometida. Umasolução isotônica não determina nem o rompimentoda membrana e nem o encolhimento do glóbulo ver-melho. Elas são normalmente administradas por viaendovenosa, sendo a mais comum a solução salinanormal (0,9o/o de NaCl), a de 5o/o D/A (dextrose ouglicose em água) e a soluçáo de Ringer.
Soruçórs HtpotôNtces. Se um glóbulo verme-Iho é colocado em água pura (isto é, uma solução semadiçáo de sal), aâgua se move para o interior da célu-la, por osmose (do local com mais âgua para o localcom menos âgta). A água pura, sendo mais diluídaque o conteúdo do interior da célula, é denominadasoluçáo hipotônica. As soluções hipotônicas deter-
Membrana seletivamentepermeável
Lado B:soluçãoconcentrada
46 , Copitulo3/cÉLuus
Membranacelular
Solução salinanormal
Solução sal inaconcentracla
Hipotônica Hipertônica
FIGURA 3'lO ' Efeitos daosmose: soluçóes isotônica, hiPo-tônica e hipertônica.
lsotônica
minam o rompimento do glóbulrygtTtlh?'.um pro-
..rro.o.rh..iáo como h.rão[te. É devido à hemólise
que não se administraáguapor via endovenosa'---U-"
salsicha qu. coãté- muito sal, e é fervida em
água pura, pode também ilustrar esse efeito de rompi-
;.;à. Co-o a águaé hipotônica em relação à saìsi-
.À", "
água se diFunde pãra o seu interior' e ela se
romPe.
Sot-uçóes HplntÔNtcas. Se um glóbulo verme-
lho é imerso em uma solução salina muito concentra-
da, a ásua se difunde para fora da célula em direçáo à
r"í"iaã salina, farendà com que a celula se encolha' A
,ol,tçao salina concentrada é conhecida como uma
soluôão hipertônica (sob condiçóes especiais, as so-
lucóËs hipJtônicas ou hipertônicas podem ser admi-
"iJ*"d"t por via endoven"sa. T"da"ia, a maioria des-
sas soluçóes são isotônicas).
O que oconteceÍio se óguo puro fo-sseodministrodo Por vio endovenoso?
A áeua pura é uma solução hipotônica (ela possui
-.ro, í"rtí.olas de soluto do que o interior de um gló-
Ltilolre.-.lho do sangue). Se a água pura fosse introdu-
,ú" rr".o...nte sangüÌnea' ela poãeria entrar no glóbulo
vermelho, determinando o seu aumento e a conseqüente
hemólise. Entre outros efeitos, a hemoglobina que é libe-
rada do glóbulo vermelho rompido poderia danificar se-
riamente os rins.
FiltroçõoCom a difusão e a osmose' a âguae as substâncias
dissolvidas se movem através de uma membrana em
,.rpora" a uma diferença entre as concentraçóes' Po-
,ãá, .o- a filtração, i águ^ e as subsrâncias.dissolvi-
ã", "ar"rr.rr"- "
-.-bt"-tta em resposta às diferen^ças
nas pressões. Em outras palavras, uma pressão' ou tor-
"", a'-ourr" as substâncias através de uma membrana'
' ' U-" seringa pode ilustrar o fenômeno da filtração
(Fie. 3- i1) . ÃsËr inga 1 está cheia de água' Se uma
Èotï" Z aplicada ,to ê"-bolo, a âgua é empurrada para
f"ii a" "gulha.
A água se move ém ttsposta à diferen-
ca de preïsão, .o-ì pressão do êmbolo sendo maior
à;. "
ã" ponta da agulha. Na segunda seringa' ̂ÊoramË.iior otili.ios minrísculos laterais' Quando a força é
"pti."a" no êmbolo, a âgtaesguicha dos lados da se-
,ing". da ponta da agulha.bnd. á o.orr. a Ãltraçao em nosso corpo? O mo-
vimento dos fluidos através da parede dos capilares
oode ser comparado ao movimenro da água na seringa
io- o, oriÊíci,os laterais (seringa 2)' O.cupilar é um va-
so sangüíneo minúsculo, e su1 parede é formada por
u-" ã?f*"a" camada de células que apresentam orifí-
cios, ou-poros. A pressáo nos capilares empurra' atra-
vés dos poror, âgua e substânciãs dissolvidas do san-
gue para os espaços dos tecidos' A esse processo
Por que umo soluçõo hiperrô-nico podeser qãministrqdq por vio endovenoso.ã-ìfi""lidode àe diminuir um eCgmo
"ü i*hãç" cerebrol (liquido no tecido
cerebrol)?
Como uma solu@o hipertônica contém mais soluto do
que o que está presente no líquido intersticial do cérebro' a
,igu" páa. d.ü"t o tecido cerebral (em resposta à osmose) e
,ã-áu., em direção ao sângue. Como o sangue é levado
oara fora do encéfalo' o inchaço ou edema diminui'
! r . . o
a
Ia
ìrrina-se filtração (a filtração capilar, Capítulo 15).
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 47
será exolica-A
Meconisrnos de Trcnsporte AÍivo
' )s mecanismos de transoorte ativo incluem as'::,.r ' de transporte ativo, a endocitose e a exocitose.
Bombos de Tronsporte Ativo(. ()mo já mencionado, o mecanismo de transporte' necessita da adiçáo de energia (AIP) para atin-' .cLr objetivo. Por que isso é necessário para bom-
.: . leterminadas substâncias? Como a quantidadei,gumas substâncias na célula é muito grande, a-.r fbrma de mover substâncias adicionais oara
:r:r,r das células é bombeando-as. Por .*.-oio. "...r normalmente contém uma grande qu"ntìd"d.
-,rt issio (Kt), . o bombeamento é a maneira de se. ir mais potássio para o interior da célula. Para
Serinoa 1
Seringa 2
Glóbulosvermelhos
F IGURA 3' | ì . Filtração. A água se move porque é empurra-:-. C) êmbolo da seringa 1 é empurrado, fazendo com que a, ,eia pela ponta da seringa. B, Furos são feitos nos lados da:g.r 2, e quando o êmbolo é empurrado, a água esguicha por(-. Como a seringa 2, os capilares apresentam orifícios. As-quando o sangue é empurrado através dos capilares, parte da
, Jo.sangue esguicha pelos orifícios, em direção âos espaços
FIGURA 3'12 . Transoorte ativo. A. Bomba de transoorrea r i vo ( no ac l i ve ) . O po ráss io (K ' ) p rec i sa se r bombeado po rqueele está se movendo em aclive, de uma área de baixa concentraçáopara outra de alta concentração. Portanto, é necessário o empregode energia (ATP). B, Endocitose. Uma célula absowe uma partí-cula envolvendo-a com a própria membrana. C, Exocitose. Umavesícula no interior da célula ìe move e se funde à membrana ce-lular. O conteúdo da vesícula é eliminado da célula.
BEndocitose
CExocitose
Hzo
Vaso sangüíneo
4g r copítulo3/cÉLulAs
movimentar o K* de uma área de baixaconcentração
Ë".oì;* de alta concentração (bombeamento no
aclive), emprega-se energia Gig' a-tZn): l1n Ï't:Ï"
""Aitl,, "..t.tfr" provém do alimento que lngenmos'
EndocitoseA endocitose é um mecanismo de transporte que
."""ì". "
i"**ra" dt p"nit"l"t de alimento ou líquido
"Ïi""-.-ut""""ãr"ri tnig' 3-l2B)' Na endocitose' a
;;;; t-uito gnnde púF mover por ditusão atra-
iâ -d"ïJr"ì"ã"rã,"t"a"
pott-to env.olvi{a rylamembrana celular' que ttbso*t^Pf o inleriot.e d!:
i". Hira._ duas foimas de endocitose^: a tagocrtose e a
;i,'Ëi.tt. N" fu "tit" se, Va.g si gnifi ca
-comer)' uma
ã..r"r."f. rOfida é"envolviai iïto õtot"' por exemplo'
ffi;ilil;t Lt*-', que fagocitam as bactérias' au-
ï#ïJ;.ó;;' " " ã'f'"ï.' conffa as infecçóes'
il;t-n"óinocitose ("to d: beber da celula) o pro-
ãt" à.*J-tn"" dt t'.n" gotícula de água pela celula'
ExocitoseEncuanto a endocitose capta substâncias para o.rn-
rcrio, d'a célula, a exocitose leva substânclas Para rora
ï.r" ins 3-izôl' Por exemplo' as células do pâncreas
;;;";-..í""" qt" serà utilizadas fora do órgáo'
A
fu células pancreáticas sintetizam a proteína e a envoÌ-
vem em uma memDrana' Essa vesíclla encapsulada se
;;;. ; t. funde à membrana celular' e entáo aproteí-
Ï;ï".*.ltd" J" ".tr""t"
para os esPaços intercelulares'
*RESUlì,llNDO! A água e substâncias dissot
vidas devem estar aptas a se mover de um comPartl-
mento do corpo para outro' Esse movimento geral-
mente envolve "
p"""!J-ï'ã"À à" membraria das
;ú;. O movimento ãa tígua e das substânti"t é 1:i:
iir"áo.* rtíao de mecanismos de transporte passrvo
;;;;. õt mecanismos de transportt p.Tji"-o náo ne-
;.rr; d.;.rgi" (ATP) e incluem *ifusao' a dìfu-
rã" ?".ifi."a*, "
ã,*o" e a filtraçáo' Os mecantsmos
d.;;;;ativo incluem as bombas de transporte'
a endocitose e a exocitose' Os mecanismos de trans-
port. .rtáo resumidos naTabela 3-2'
D|VISÃO CELULAR
A divisáo celular, ou reprodução. celular' é neces-
,ari" p"r^ o crescimento t o "p"io
(regeneração) do
;;;Ë;;. À fl.qiiê"cà da divisão celular varia consi-
Ë?;;il;;;. J.l* "'iJo
p"'" outro' Algumas célu-
lr, ,. ,.produzem com freqüência' tlqo"t::-otüas se
;;p;;à;;- muito lentamË"tt ott não se reproduzem'
@\cerura-mãe
INTÉRFASE PROFASE METAFASE ANAFASE
-::plo, as céÌuÌas que revestem o tubo digestório-:.-.s renovadas em poucos dias, e cerca de dois-. .le céÌulas vermelhas do sangue são renovadas'.qundo. Entretanto, as células neryosas do en-. .la medula espinal não se reproduzem.
. . lois t ipos de divisão celular são a mitose e a.. . .\ meiose ocorre somente com as células se-: se rá explicada no Capítulo 22. A mitose está...ìa no crescimento e na regeneração do orga-
e significa a separação de uma célula-mãe em- clulas-filhas" idênticas. A oalavra chave e idên-.i :eja, uma cópia exata da informação genética,
.. rrì iìda nos cromossomos, deve ser passada para
. r. células-fi lhas.' t lLle ocorr€ durante a mitose? Ela possui cinco
.: rirrérfase, prófase, metáfase, anáfase e telófase- .ì- I 3). E lembre-se de que o carárer mais impor-'. . l .r mitose é que, com ela, uma célula se separa. r . r \ ourras genet icâmente iguais.
n te rfose
-. célula passa a maior parte do tempo na intérfa,-:.rrante a qual ela cresce e exerce suas atividades
t
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 49
diariamente. Essa fase é às vezes chamada de fase derepouso, um termo impróprio porque, na intérfase, acélula está muito ativa. Esse termo foi sugerido por-que, nessa fase, a célula não se encontra em divisão.Durante a intérfase, os cromossomos do núcleo se du-plicam. Os cromossomos contêm os genes e, dessamanerra, armazenam e transmitem nossas característi-cas hereditárias.
Frófqse, {kïetófose,Anôfose e Telófose
Durante três fases da mitose (prófase, metáfase eanáfase), os pares de cromossomos idênticos se ali-nham na parte média da célula onde os fusos neles seinserem. Como os fusos tracionam os cromossomos,cada par se separa e é levado para o lado direito ou es-querdo da célula. O resultado é a separação dos cro-mossomos em dois grupos idênticos, um em cada ex-tremidade da célula, fazendo com que cada umcontenha a mesma inFormação genérica.
Durante a telófase, a superÍÌcie externa da membra-na celular se contrai e comDrime a célula em sua mera-de, formando duas células ìndividuais e genericaÌnenre
FIGURA 3'| 3 n Mitose. A, Tâl mãe, tais filhasl Durante a mitose, a céÌula-mãe se sepaÍa em duas células-filhas idênticas. B. Arranio-:,)nlossomos que determinam a formação das células-filhas idênticas. C, Divisão celúlar: estágios da mitose. A célula-mãe p"rr" p.lâ,::tres estágios ao se sepâtar em duas céÌulas-filhas idênticas: intérfase -+ prófase -+ metáfase janáfase -+ telófase.
TELOFASE CÉLULAS-FILHAS
50 . CqPírulo3/CÉLUÁS
izuais. O interior da célula então se reorganizaaté-que a
.?lula "dq.rir"
um asPecto semelhante ao da intérfase' A
telófase .á-pl.t^ "
rt ito.., separando as células-filhas'
DTFERENCnçAo cEtulÁR
A mitose nos assegura que a divisão de uma célula
oroduza duas células- idênìicas. Como pode mos ava-
[i", ",
diferenças entre as células, como as células
musculares, ",
órr."t e os glóbulos vermelhos do san-
eue? Em outras palavras, ão*o "t
células se diferen-
ãi".rr, on desenvólvem diferentes características?
Úm embrião inicia a vida como uma única célula'
o ovo. Através da mitose, essa simples célula se divide
oor diversas vezes em células idênticas' Então, em um
àeterminado momento durante o seu desenvolvimen-
to, as células começam a se especializar, ov se diferen-
ciar (Fig. 3-14). Amaneira exata como a especìalDaçáo- olr'dife""ttciação - ocorre permanece ainda desco-
nhecida. Uma célula, por exemplo, pode acionar (li-
sar) enzimas que prodlzem glóbulos vermelhos' Ou-
ïras .nri-rs são ationadas e produzem céìulas ósseas'
Seia qual for o mecanismo, você inicia sua vida como
,r-" âd-iráuel célula e termina com bilhóes de células
especializadas.
oRGANIZAçÃo, AITERAçÃO E MORÏE
A maioria das células cresce de maneira ordenada'
Normalmente reproduzem o mesmo padrão e se ali-
nham em posições corretas. Algumas vezes' entretan-
,o, o .r.r.ï-ento celular t. ptõ..tt" de maneira des-
controlada e desorganizada. Esse processo é sentido
pelo paciente como um inchaço ou tumor''
d, tumores podem ser classificados como benig-
nos (não-cancer?genot) ou malignos (cancerígenos)'
As células ."t..tÌg.tt"s crescem rapidamente e inva-
dem o tecido circJnjacente' Essas células recebem essa
Jenominaçáo de forma apropriada, pois câncer signifi-
ca" caranguejo", e as células cancerígenas' como um
,"r"tg.r.io, êmitem expansóes semelhantes às suas
garr"JA; .élulas cancerígenas também se desprendem
ão arr-o, de origem e súisseminam pelo corpo' Fssa
invasão ampla p"elas células cancerígenas, conhecida
como metástasè, com freqüência conduz ao óbito'
Nas mulheres' o teste de Papanicolaou é um pro-
cedimento diagnóstico no qual-uma amostra de célu-
las é obtida, ge"ralmente da periferia do colo do útero'
Essa amostrã é então examinada sob microscopia a
fim de detectar alteraçóes cancerígenas' Um resultado
positivo Para esse teste pode detectar,precocemente o
iârr..r, o qu. ertá associado a uma alta possibilidade
de cura. Eisa é a razío pelaqual se recomenda às mu-
lheres a realizaçáo desse exame anualmente'
Aleumas ,rèr., "t
células são lesadas de maneira
tão grïe que elas morrem' ou sofrem necrose (pala-
ur" ã. orieem qrega que significa morre)' Por exem-
olo. as célílas õod"em-sofrei restrição de oxigênio por
Lm'período muito longo, podem ser envenenadas (p'
.*., pot mercúrio), lesúnadas por toxinas produzidas
por t".térias, ou podem sofrer os efeitos nocivos da
radiaçáo.
#-, írcItr, l \ ffi_ \w
Célula esPecializada(célula ePitelial)w
Célula especializada(célula óssea)
FIGURA 3- | 4 . Diferenciação celular: a capacidade das células de se especializar em diferentes formas e tamanhos para desempenhar
diferentes funçóes. No,. q.r" iod", as células, diierentes entre si, se originaram de uma única céiula'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' 5 |
O que significo quondo o biôpsio de umiecido opresento diversqs célulospobremènte diferenciodos?
Uma biópsia se refere à remoção cirúrgica de um:ìaqmento de tecido tumoral para exame, e que pode re-'. rlar células "pobremente diferenciadas". As céìuÌas do
. ",',-ro.
fracassãram na diferenciação ou especiaiização;J:lì outras palavras, as células pobremente diferenciadas
,i. u- tu--or do fígado não seìssemelham aos hepatóci-
:,)s normais. Essa condição é característica de céÌuÌas
-.rncerígenas.
*RESUMINDO! A união do espermatozóide e,: , ór'ulo forma uma única célula que se divide, por mi-r 'c. erÌÌ bilhões de células idêndcas. As células então se-.r.ccializam, ou se diferenciam, em diversos tipos de-.'-r,las, necessárias para desempenhar uma grande va-
..lade de funções. A maioria das células cresce orde-:..;.Jamente: todavia, elas podem se desenvolver de ma-::.rra anormal. O resultad-o às vezes é a formação de um..!Ììor, que pode ser benigno ou maligno.
AÌrofio
Displosio
Hiperplosio
Metoplosio
NecroseNeoplosmo
ênqu,onÌoVocê€rcvLlhec,e
1. Todas as células sofrem alterações enquantoenvelhecem. tornando-se maiores e diminuin-do sua capacidade de divisão e de reprodução.As células normais possuem mecantsmos rn-üínsecos câpazes de reparar pequenas lesóes; es-sa capacidade diminui com o envelhecimento.
Qurirdo o DNA é danificado, ocorrem altera-
çóes nas membranas e enzimas da célula. Mu-danças no transporte de íons e nutrientes tam-bém acontecem na membrana celular. Oscromossomos nucleares sofrem alteraçóes comoâgrupamento, encolhimento e fragmentafo.Determinadas alterações genéticas como asíndrome de Down sáo mais comuns em fi-lhos que nascem quando a mãe é idosa.
5. Organelas * como as mitocôndrias e os lisos-somos - estão presentes em número reduzidoà medida que a pessoa envelhece; o firnciona-mento das células também se torna. menosetlcaz com o temPo.
2.
3.
4.
Sem nutriçõo. A otrofiq é o diminuiçõo do Ìomonho dos célulos, levondo o um enfroqueci-mento de tecidos e órgõos.
Crescimento onormol. A displosio é umo oheroçõo no tomonho, no formo e no orgonizo-
çõo do célulo. A preocupoçõo é o de que essos olteroções possom resultor em côncer.
Crescimento excessivo. A hiperplosio é um oumento do número de célulos, resultondo emum oumento no tomonho de'tecìdos e de órgõos.
TronsÍormocõo de um tipo de célulq em outro (p. ex., o mudonço dqs célulos colunores dosvios respiroiórios de um fumonte, em um tipo diferente de célulo).
Morte celulor ou de um grupo de célulos.
Um novo crescimento celulor, onormol, tombém denominodo tumor. Um neoplosmo.molig-no é um ïumor conceríqeno, e um benigno, um tumor nõo-concerígeno. Os neoplosmosmolignos tendem o sofór meÌóstose, orise disseminorem, de um locol originol (primório)poro outro (secundório).
52 r Copítu|o3/cÉLUAS
ffi"trÍrt,ol. A Célulcl Ípico: Estruturqs e Funções
A .Clulo é o unidode estruÌurol e funcionol de Ìodo
ò sinïese proÌéico " o tJtit'tà endoplosmóÌico liso
I Ëii.ãtrl'"* de lipidios e esterôides'
,. ô;ï*"li;á" c"ti7i dó os retoques finois nos Pro-' ' úi^àt recém-sinteïizodos e os envolve em umo mem-
brono.g. õ, hrorromos sõo orgonelos digestórios que otuom
como "vorredores" inÌrocelulores'
9. õ'ã";iliãoãtottoao por microfilomeltro-s e mi-''
.rúUutot que proporcionom o suporïe e o tormoto
celulor.I0. Os centríolos sõo esÌruturos microtub-ulores em for-
-'Ão d" bosïõo que otuom no reproduçõo celulor'
C. Eslruüurqs sobre o Superficie dq Membrqnq
CelulorI . Os cílios sõo proieções curtos' semelhontes o pêlos'
sobre q superfície de olgumos célulos'Í -. r2. õ;i6i;; sõo proieçõãs longos em formo de pêlos
ou" oúiliot no movimenïo de olgumos celulos'
moÌêrio vivo que conlém Proteíno'
A. Membrsnq Gelulqr (Plosmótico) - -,..^'i.Ï;;;-úroio t"l'loie composïo pot yTo duplo co-
modo de fosfolipidios que. conïém proterno' ,2 ÀË;br;-;; áulor é'seletivqmente permeóvel; elo-
;ó;ú o que entro e o que soi do célulo'
B. Estruturos do Interior do Célulo-' ï.
-õ
"ú.1* é o cenïro de controle do célulo; ele ormo-
zeno o informoçõo qenéÌico'
2. O citoplos'no a "Ë
'ubsïôncio gelotinoso do inte--
Ji.r" aï.ctulo, e exïerno oo nÚcleo'
3. 'iïã;õnú
dif"'"nt"s esÌõo imersos no ciÌo-
plosmo: titotond'üt"ibo"oto" reticulo endo-
olosmótico, oporelho de Golgi' lisossomos' citoes-
queleÌo e centriolos'4. As mitocôndtiot ão os "usinosdeÍoço" do célulo'
oois sõo os locois de moior Produçoo oe rlr r '
5. ó;;ú;-tt;;t porticipom do sinïese de proteinos'
ã. É.ji"i a.is ripos de ieticulo endoplosmóÌico' O re-
Ìicu lo en dopl o'*atã i' gãto ( RE Ri' estó t"!:l -t:ïi:
ll. Movimentos de Substôncios Atrovês do Mem'
brqnq
A. Mec<rnismos de TrqnsPotr: Pot:i-t-o-=^.- -- ì . Ot meconismos de tronsportepossivo noo necessr-
út do odiçõo de energio (ATP)'
2. A difusõo p"'tit"'qiJ'ìo s'bstôntio 11 1"vo de
umo óreo d" g'onj" concentroçõo poro outro de
menor concentroçõo'3. Aï';;tõ. i"fiíiitia" se ossemelho ò difusõo' porém-'
, i i t i to umo moléculo ouxil ior poro oumentor o po-
drõo do difusõo'4. A osmose é um coso especiol de difusõo oïrovés de
umo membron" t"t ipàtt"avel' Envolve o.difusõo
ã" ogro de umo óreo onde elo se encontro mors
concentroclo, poro outro de menor concentroçõo' As
ián."nt,oço"t de umo soluçõo sõo. expressos como
t""ì. ia.aá.Assoluçõessõoisotônicos'hipotônicosou hiPertônicos'
5. A filtroçõo ê o movimento de óguo e substôncios dis-
solvidos de umo a'* d" olto p-ressõo poro ouÌro de
boixo Pressõo'
B. Mecqnismos de Trqnsporte Ativo ----:r
1. Os meconismos de tránsporte oÌivo necessiïom do
odiçõo de energio (ATP)'
2. As bombo, a" t 'on'po'te otivo movimentom subs--'
ran.iot de umo óreo de boixo concentroçõo poro
ouïro de olto concentroçõo'3. A endociïo'" tou"
"ústôncios.poro,o inÌerior do
célulo; pinocitt* ;;;;i;ie beber" do célulo e fo-
gocitose, o "oto de comer"' Í - -- )^ -,4. A exociÌose move substôncios poro foro do célulo'
lll. Divisõo Celulor (Reproduçõo Celulor)
A. Mitose'l . A mitose é o seporoçõo de umo célulo-mõe em duos
célulos-filhos idênÍicos'2. As cinco foses do tìü'" tao o inïérfose' o próÍose'-'
o meïófose, o onófose e o ïelófose'
B. Meiose e Diferencioçõo -, , ,-I . A meiose ocorre somente nos celulcls sexuqrs'r.
z. À áif"t"n. ioçõo celulor refere-se ò espectoltzoçoo
celulor.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 53
l. As células variam consideravelmente em tama-nho, forma e função. Como os glóbulos verme-lhos do sangue e as células nervosas diferem emestrutura e função?
2. Explique o significado do termo semipermeáuelque se aplica à parede celular.
3. Relacione três funções da proteína na membranacelular.
4. Quais são as substâncias que não podem penetrarna membrana lipídica de uma célula e devem uti-lizar os poros?
5. Relacione duas estruturas encontradas no núcleo.
6. O que é encontrado na suspensão coloidal do ci-toplasma?
7. Explique por que o ftgado possui mais mitocôn-drias por célula do que as células ósseas.
8. Qual parte da célula produz NIP? Qual é a fun-
çáo do RER e do REL? Quais organelas acondi-cionam a proteína para ser secretada pela célula?
9. Relacione três funções dos lisossomos na célula.
10. Qual parte da célula atua na manutenção de seuformato e auxilia na movimentaçáo celular?
Qúais são as funçóes dos cílios e dos flagelos?
11. Explique como as substâncias se movimentarn atra-vés da membrana celular por üansporte ativo, difu-são, osmose e filtrafo. Definapinocitose efagocitose.
12. Explique como a glicose se movimenta através damembrana celular.
13. Descreva como a pressão osmótica está relaciona-da ao inchaço.
14. O que acontece aos glóbulos vermelhos do san-gue que são colocados em uma solução hipertô-nica? E em uma soluçáo hipotônica?
15. Explique por que a âgtapura não é administradapor via endovenosa.
16. Explique como a filtração atua como uma seringano movimento do sangue através dos capilares.
17. Como o movimento do potássio para o interiorda célula é similar à ação de uma bomba?
18. Defina mitose. Quais são as cinco fases no ciclo devida da célula?
19. Qual palavradefine o processo pelo qual as células(como as musculares, as ósseas e os glóbulos ver-melhos) desenvolvem características diferentes?
20. Como as "células pobremente diferenciadas" es-tão relacionadas às células cancerígenas?
METABOTISMOCEtUtAR() bje*vos
1. Definir metabolismo, anabolismo e catabolismo.
2. Explicar a rtilizaçáo dos carboidratos pelo organismo.
3. Estabelecer as diferenças entre metabolismos aeróbico e anaeróbico dos carboidratos.
4. Explicar a utilização dos lipídios pelo organismo.
5. Explicar autilização das proteínas pelo organismo.
6. Descrever â estruturâ de um nucleotídeo.
7. Descrever os papéis do DNA e do RNA na síntese de proteínas.
8. Explicar o que significa projeto da vida.
9. Estabelecer as diferenças entre pareamento e seqüenciamento de bases.
10. Descrever a síntese de proteínas.
55
5ó . Copítulo 4 lMETABOLISMO CELULAR
ara desempenhar suas funçóes' a célula'.como
uma fábriéa, deve receber e utilizar materla-Prl-
-" pt"*"i.nte do alimento q"t tlg-t-i,tÏt,gi
tf"i "t "ïtUoiãr".ot,
as proteínas é as gorduras (Fig'
4 - r ) .
Aminoácidos
B
METABOLISMO: ANABOLISMOE CAÏABOLISMO
lJma vez no interior da célula' a matéria-prima so-
fre milhares de reaçóes químicas necessárias para a sua
X@ . @ . @
\ '
ProteÍna
)JV
45 oer {De *od-1--,> s g,: @{pRminoácioos O
tuProteína
c
FtGuRA 4-r r Metaborismo. A, Matéria-prima (arimento) sendo revada para afábrica(corpo). B, Anaborismo ou construção' c' ca-
tabolismo ou quebra.
-' -..i.Ìçáo. Esse processo é o metabolismo, que pode.:: "::r ' idido em anabolismo e catabolismo (Fig.4-1).
r ) anabolismo inclui as reaçóes que constróem-:-.: incias grandes e complexas, a p^rtir de outras
' -,-. 'imples. A construção de proteínas longas a par-: jc aminoácidos individuais é um exemplo de ana-
" .-:rÌìo. Esse processo é semelhante à construçáo de- :. :nuro utilizando-se tijolos individuais. As reações., ,::rilicas geralmente necessitam de adição de energia. :. -r torma de adenosina trifosfato (ATP). (A transfe-. ::. :.r de energia e AIP está descrita no Capítulo 2.)
t ) catabolismo inclui reaçóes que degradam ou.,-: ir,rm as substâncias maiores e mais complexas,:.: l\formando-as em substâncias mais simples. A..-r'ora de uma molécula protéica grande em aminoá-
*,'. individuais é um exemplo de catabolismo. Esse. r rtsso é semelhante ao que ocorre quando se derru-' r -:nr muro. O catabolismo geralmente está associa-: -()m a liberação de energia que é finalmente con-. : : ida em ATP
CARBOIDRATOS
Ibdos nós ingerimos alimentos com açúcar e ami-.: . I'ão, batata, arroz, massas e doces estão entre nos-. . .rlimentos favoritos. Todos eles são carboidratos,.- rcla. compostos ofgânicos formados por carbono
. hidrogênio (H) e oxigênio (O). Os carboidratos.. ' classificados de acordo com o tamanho (Fig.4-2).rr rflonossâcarídeos sáo açúcares (sacarídeos) sim-
. ":\ tÌtono); os dissacarídeos são açúcares duplos (d); '. polissacarídeos possuem muitos (poli) açú,cares.
r. nlono e dissacarídeos são menores e são chamadosecúcares; já os polissacarídeos, maiores e de cadeia
NO}TE\Íonossacarídeos (açúcares simples)
CÌicose
Frutose
GaÌactose
Desoxirribose
fubosei )issacarídeos (açúcares duplos)
Sacarose
Maltose
Lactose
I'olissacarídeos (vários açúcares)
Amido
Glicogênio
Celulose
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 57
Monossacarídeo
--Glicose
Polissacarídeo
FfGURA 4-2 o Carboìdratos. A, Monossacarídeos. B, Dissa-carídeos. C, Polissacarídeos.
longa, são denominados amidos. Os carboidratos es-tão relacionados naTâbela 4-1.
MonossocErideos
Os monossacarídeos contêm de três a seis átomosde carbono. Os açúcares simples com seis carbonosincluem a glicose, frutose e galactose (Fig.4-2Ì\). Aglicose é o mais importante dos três e é utilizada pelascélulas como umâ fonte imediata de energia.
A
DissacarÍdeo
-
c
FUNçAO
A fonte de energia mais importante
Convertida em gÌicose
Convertida em glicose
Açúcar no DNA
Açúcar no RNÁ
Divide-se em monossacarídeos
Divide-se em monossacarídeos
Divide-se em monossacarídeos
Encontrado nos alimentos vegetais; é digerido e transformado em monossacatídeos
Amido animd; o excesso de glicose armazenado no Íïgado e nos músculos esqueléticos
Não digerida pelo homem; constitui a dieta de fibras
58 . Copitulo 4 /METABOLISMO CELUTAR
Tâmbém existem monossacarídeos com cinco car-
bonos; eles incluem a ribose e a desoxirribose' Esses
açúcaies são utilizados na síntese dos ácidos nucléicos- o R N A e o D N A .
Dissscarideos
Os dissacarídeos também são produzidos quando
dois monossacarídeos se unem (Fig' 4-28)' Os dissa-
carídeos incluem a maltose e a lactose e estão presen-
tes nos alimentos que ingerimos. Eles devem ser dige-
ridos, ou quebrad'os, .Ã -ottott"carídeos antes de
,...- "broruidos
no tubo digestório, para serem utili-
zados pelas células. Por exemplo, a sacarose é quebra-
da nos^ monossacarídeos gficòse e frutose, ambos ab-
sorvidos. A glicose é utilizada imediatamente pelas
células, -", ã f.trto.. é primeiro transformada em gli-
cose e depois é utilizada pelas células'
PcllssÊcoridecs
Os polissacarídeos são constituídos de diversas
moléculas de glicose l igadas entre si '.Algumas são
unidas por c"dãias t.t"t é outras por cadeias ramifica-
das (F ie. 4-2C). Os t rês pol issacar ídeos de in teresse
p"r" ' r ,ã , são o amido, o-g l icogênio e a celu lose ' O
amido é um depósito de polisiacarídeo encontrado
nas plantas e é cônsrituído por uma série de moléculas
d. gii.o.. l igadas entre si de forma ramificada' Os ali-
Por que este cupim pode digerir modeirqe você nõo?
Diferentemente dos humanos, os cupins possuem
enzimas que digerem a celulose. A capacidade de produ-
zir essa enzima capacita o poderoso cupim a comer uma
casa de madeira, tábua Por tábua.
mentos vegetais como batatas, ervilha, grãos e massas
contêm esse tiPo de amido'O glicogêirio, também conhecido como "amido
".rim"Ï", é im polissacarídeo altamente ramificado,
similar ao amid^o vegetal. O glicogênio é a forma na
qual os seres humanos armazenam gltcose' bsse esto-
q.r. .n.o.trra-se no fígado e nos músculos estriados
esqueléticos. Quando os níveis.de açúcar tornam-se
b"Lor, o elicogìnio é convertido em glicose no fíga-
do. A eliõse é1ntão liberada no sângue' onde resta-
beleceãs níveis normais de açúcar.
A celulose é um polissacarídeo de cadeia reta en-
contrado nas plantas. Embora não tenhamos enzimas
que d igerem a celu lose para aprovei tá- la como uma
forrt. d". nutrientes, ela ãesempenha uma função im-
Dortante na nossa digestão. A èelulose fornece a fibra
à" ,rorr" dieta e -.lÉora as funçóes digestivas de di-
versas maneiras.
Urilizoçõo ds Glicose
O que acontece com as balas e doces que você co-
me? A glicose é utilizada pelo corpo principalmente
.o-o ún combustível. Asiim, ela fornece energia sob
a forma de ATP que a célula necessita pata realïzat o
seu trabalho. A glicose é utílizada de três maneiras:(1) oode se. qu.i;ada imediatamente como combus-
tírreÏ pa." et.rgi"; (2) pode ser armazenada como gli-
coeê.rio para q"ueima posterior e (3) pode ser armaze-
n"ã" .o'b a forma de gordura, também para seÍ
queimada posteriormentã' A ftate "armazenada como
so.dura" é a mais desoladora de todas!" A nli.o.. é quebrada em duas condiçóes diferen-
t.s, nír.rsência de oxigênio (em um Processo conhe-
cido como catabolismo anaeróbico) e na presença
de oxigênio (catabolismo aeróbico). Na ausência de
oxigên1o, "
gii.or. é quebrada através de uma série de
,."ãó., q.,í;ti."r, s.ndo ttansformada inicialmente
em ácido pirúvico e depois em ácido lático' Esse pro-
..rro "rr".róbico
é a giìótise e ocorre no citoplasma'
Como a maioria da energia ainda está contida na mo-
lécula de ácido lático, a glicólise produz somente uma
pequena quantidade de ATP (Ftg.4-.34).' 'S.
o o*igêttio está disponível,-a glicose e completa-
mente cu.Lt"da para formar d ióx ido de carbono'
ásua e.Âersi" (ATP) (Fie. 4-38). Primeiro, a glicose é
,i"rrrFor-"ãa em ácido pitúrrico no citoplasma e en-
tão as moléculas desse áCido sao levadas para as mito-
côndrias, as "usinas de força" da célula' Na presença
de oxigênio e de enzimas especializadas das mitocôn-
drias, ãs fragmentos de ácido pirúvico sáo completa-
mente cuebiados em dióxido de carbono e água' Esse
pro..r.ô é acompanhado pela liberação de uma gran-
àe ouantidade de energia-(ATP). As enzimas nas mi-
tocdndrias incluem tqú.lat do ciclo do ácido cítrico'
tambem conhecido como ciclo de Krebs'
Tiês pontos importantes sobre o catabolismo aeró-
bico dúm ser relêmbrados. Primeiro, as reaçóes quí-
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 59
.- que ocorrem nas mitocôndrias necessitam de:r:rio. Se as células são desprovidas de oxigênio,, 'go ficam sem energia e não podem realizar suas. ',:s.
Essa necessidade de oxigênio é a razáo pela. .. :rós respiramos continuamente - para assegurar
..:primento contínuo de oxigênio para as células.- .:'..1o, quando a glicose é quebrada completamen-
::: CO2 e H2O, toda a energia armazenada é libe-. , \ssim, a quebra aeróbica da glicose produz mui-::.. is ÀTP que a quebra anaeróbica. Terceiro, se o*:rio não está disponível para a célula, o ácido pi--, , não oode entrar na mitocôndria e então é con-
'' J() em ácido lático no citoplasma. O acúmulo de: l,ítico é a razáo pela qual a falta de oxigênio em:'.iciente crítico causa a acidose lática.
& Produç&c de Glieose
Como t€mos visto, os carboidratos podem serquebrados nas células, como uma fonte de energia. Ascélulas podem também fabricar ou sintetizar glicose apartir de outras substâncias. As proteínas, por exem-plo, podem ser quebradas, e os produtos da quebrapodem ser utilizados na fabricação de glicose. A sínte-se de glicose é um mecanismo importante na regula-
ção do açt3car do sangue. Se os níveis de açúcar san-güíneo caem, proteínas são convertidas no fïgado emglicose, que é liberada na corrente circulatória, resta-belecendo assim os níveis normais de açúcar.
Os clínicos observam as condiçóes anormais envol-vendo a utilizaçáo e a síntese da glicose. Nas pessoas
FIGURA 4'3 * Quebra da glicose (carboidrato). A, Araerobicamente (sem oxigênio), em ácido 1áti-co (gÌicólise). B, Aerobicamente (com oxigênio) em dióxido de carbono e água. Observe a grande quan-tidade de energia (AIP) associada com a quebra aeróbica.
óO . Copítulo4 /METABOLTSMOCELULAR
diabéticas, a faka de insulina afeta o metabolismo daglicose de duas formas. Primeiro, como a insulina é ne-cessária para o rransporre de glicose para o interior dacélula, a falta de insulina priia as céiulas de glicose e,dessa maneira, da energia por ela proporcioãada. Se-gundo,_ a falta de insulina determina a quebra das pro_teínas do or_ganismo.para serem.ono.nid", em $iàse.Como as células diaEéticas não podem utilizâ-lï, a gli_cose se acumula no sangue, tornando a pessoa hiperfii_cêmica, isto é, com excesso de açúcar,ro ,"rrguË. pãr_tanto, um indivíduo diabético possui a maior"parte daglicose. de seu organismo no sangue e não nas'células,onde ela é necessária para a produção de energia.
A glicose é arryazrnadarõb a foim" de glicãgênio. Seocorr€ o excesso de glicose, suas molécul"ir. un.- .-uma longa e ramificada cadeia de glicogênio (um polis_sacarídeo. representado na FiguraZ-Z)I O glicogêìio eencontrado principalmente no fígado..ro, ãl,j"úo, o_queléticos. Quando necessário, ele pode ser quebradoem moléculas individuais de glicose, como sJobrerua,por exemplo,.em lun músculoiob er<ercício intenso, on_de o AIP é liberado rapidamente. O glicoeênio aÍmuÊ_nado no mrjsculo constirui uma fonúmeãiata de glico-se, que pode ser queimada como combustível.
UP|DIOS (GORDURAS)
A maioria dos lipídios é ingerida por meio de carnesg.gtdttltq: gemas de ovos, laticínios e diversos tipos deóleos. Os lipídios mais comuns encontrados no nossoorganìsmo são os triglicerídeos, os fosfolipídios e os es_teróides. Outros derivados dos lipídios estão relaciona_
dosnaTabela4-2.Como.os carboidratos, os lipídios são compost
ofSâ1co; formados.por carbonõ, hidrogênio e'oxignio. Porém, os lipídios são longos .
"pi.r.rrt"- u
arranjo mais complexo que os carboidrãtos. Os blocconsrrutores de lipídios são as longas cadeias de á<dos graxos e glicerol.
..O lipídio ilustrado.na Flgura 4-4Aé um triglicrídeo. EIe apresenta très (n[ cadeias lonsas de ãcid,gfa*gs unidas a uma pequena moléculJde glicercUm fosfolipídio é formado quando ,rrn *rtroõforf",se une a um dos sítios do gliãerol (Fig. 4:48). Os fofolipídios são important.r-.o-porr.n"tes das membr,nas celulares.
O esteróide é o terceiro tipo de lipídio, sendomais importante o colesterol Gig. 4-4C). Enquanromaior parte do colesterol é coniumida por meio dcarne, ovos e queijo, o corpo também poãe sintetiz:colesterol no fígado. Embora eústa toda uma pressãnegativa sobre ele, o colesterol desempenha dìrrers,funções importantes. Por exemplo, o'colesterol estpresente em todas as membranascelulares e é necessãrio pl1" a síntese de vitamina D na pele. Ele tambéré utilizado pelos. ovários e testículàs na síntese donormontos sexuars.
Utilizoçõo dos Lipidios
O qle ocorre com o bacon quevocê come no almoço? Coisas boas e coisas ruins-. A boa é que os lipídios são necessários paÍa o organismo (l) càmo font,
TIPO DE IIPiDIOTiiglicerídeos
Fosfolipídios
Esteróides
Colesterol
Sais biliares
VtaminaD
Hormônios do córtex dasupra-renal, ováriose testículos
Substâncias lipídicas
Vitaminas lipossolúveis(A, D, E, rgProstaglandinas
Lipoproteínas
ruNçÃoNo tecido adiposo: protege e isola os órgãos do corpo; principal fonre de energia armazenadaEncontrados nas membranas
Utilizado na síntese de esteróides
Áuxiliam na digestão das gorduras
Sintetizada na pele quando exposta à radiação ultravioleta; contribui para a homeosrase do cál-cio e do fosfato
Os hormônios corticais da supra-renal são necessários para a vida e têm influência sobre todosos sistemas do corpo; os ovários e os testículos produzem hormônios sexuais
Variedade de funções (identificadas em capítulos posteriores,)
Encontradas nas membranas celulares; influenciam na contração muscularAuxiÌiam no ffansPorte de ácidos graxos. Lipoproteína de alta densidade (HDL) é o "colesterolbom"; lipoproteína de baixa densidade (LDL) é o "colesterol ruim',
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r ól
B FosÍolipídio
r '.glicerídeoGrupo Íosfato
Acidos graxos
Por que umo pessoo em como opresenloum odor de fruto no respiroçõo?
Àr r'.r.., o catabolismo de ácidos graxos sofre distúr-bios. Em uma pessoa diabética, por exemplo, a glicosenão está disponível para o metabolismo celular. Com is-so, as gorduras são quebradas rapidamente, de maneiraincompleta. Os ácidos graxos são produzidos mais rapi-damente do que eles são transportados para o interiordas mitocôndrias, formando os corpos cetônicos, quesão encontrados no sângue.
Existem três tioos de coroos cetônicos: a acetona cdois ácidos muito iortes (cetoàcidos). Os ácidos são res-ponsáveis pelo desenvolvimento da cetoacidose diabéti-ca. A acetona não é um ácido; ela forma um gás que éexalado dos pulmões. A respiração de uma pessoa diabé-tica em cetoacidose Dossui um odor suave de fruta, emrazão da acetona. Ocheiro da acetona na respiração éum forte indício de que o metabolismo dos ácidos graxosestá forâ de controle.
I Esteróide(colesterol)rem nas mitocôndrias e tomarem parte do ciclo doácido cítrico (de Krebs). A queima aeróbica das uni-dades de ácido graxo nas mitocôndrias libera umaenorme quantidâde de energia (ATP).
Como as moléculas de ácido graxo são muitomaiores que as moléculas de glicose, a quantidade deenergia liberada na queima dos ácidos graxos é muitomaior do que aquela liberada na queima da glicose.
Conhecendo o metabolismo dos lipídios, a mã.eNatureza encoraja o urso cinzento a comer muito eganhar peso. Com isso, ele está apto a hibernar du-rante os meses de inverno, pois ele é capaz de viver da
CHg
CHs
.:: cnergia, (2) como um componente das membranas
...ulares e (3) na síntese de esteróides. A coisa ruim é;,:c a gordura pode frcar armazenada por um longo.'.riodo - a gordura pode tornáJo gordo! Além disso,...i rambém pode ser depositada em áreas onde não é.:;rejada, como no interior dos vasos sangüíneos.
Metqbolismo dos Lipídios
Como os ácidos graxos sáo quebrados? Como a:.icose, os ácidos graxos e o glicerol podem ser que-:.rados para liberar a energia neles armazenada. Po-:-rm, por serem estruturas de cadeia longa, eles devem.cr cortados em unidades pequenas antes de penetra-
62 . Copitulo 4 lMETABOLISMO CELULAR
so rdura ar mazerada ob tida da fat ta alime ntaçáo do
ï;;t; ; do outono. Enquanto o utso hib*erna' a sua
;"'dt;; q;.ú."a" gr"dïd-tttte' e o ÂIP liberado é
íuficiente para mantê-lo vivo'""
óã-ãïa. produzidos os ácidos gt1*:t? Como bem
sabemos' a gordura pode também ser fabrtcada' ou sln-
;;;;à; Ã"q"ã",i.i'ae extra de. guloseimas ingerida
i'';Ë é d;p"itada no seu quadril am*li! a"-11-11::consome um excesso de calorias (energra)'. as enzlmas
ã".-t-i.,ir"m gordura são estimuladas,lA' gordura é
ã."".ii"a" no tãcido adiposo do corpo' Nos homens'
;á;;t;;ã. quantidade dt gotdura é depositada na re-
eiao ;'bdomiÃal, enquanto que nas m.ulheres' a malor
iart. d" gordura acumula-se no quadrll e nas coxas'
PROÏE|NAS
A proteína é.a matériaorgânica mais abundante
em nosso organlsmo. Por estai presente nos inúmeros
compostos fisiológicos importantes' t-orna-se correto
;fi;"ï; q". ela píticipa de todat as funçóes do cor-
;;. i';;.Ì".*pr.i, qu"sè todas as reações químicas do
nosso organlsmo sao reguladas Por uma enzima' que é
r-" pt. 'a.ita. A maioiia dos hormônios são proteí-
,r"r; á h.-oglobina, que transPo.rta oxlgênro para as
células do cãrpo, é uma proteína'. -Frnalmente' os
músculos ,. .dntr".- em ìirtude de suas proteínas
contráteis, a actina e a miosina' Como você pode ver'
as proteínas sáo essenciais para a vida'
Aminoócidos
Os blocos construtores de proteína sáo os ami'
ttoa.idot. Cerca de 20 aminoácidos são utilizados. pa-
ra formar uma proteína' A maioria dos aminoácidos
orovém dos alimentos como carne' lerte e ovos' que
íã L".a."tt fo.rr., de proteína' Mais da metade dos
aminoácidos pode ser sintetizada pelo organismo' Por
.-f-of., ,. nà di.," não existir o ãminoácido alanina'
ãi. oJa. t.t sintetizado no interior do fígado''-- 'Toá",ri", alguns aminoácidos não podemser sinte-
,ir"ããt f.fá .ãrpo . devem ser obtidos da dieta' Por
,.i t...ïtatia a ingestáo desses aminoácidos na dieta'
;Ì;r ã;h"-"doJd. aminoácidos essenciais' Aqug-
i;ú;; úJ.- ser sintetizados no fígado são os ami-
noácidos náo-essenciais, ou seja, não são.absoluta-
Ã.rr,. necessários na dieta' Obóerve naTabela 4-3 a
t.f"ta" dos aminoácidos comuns (nota: o ie rmo não-
;;;.i"inão significa que esses aminoácidos não se-
iam necessáriosão organismo' O termo refere-se à ca-
;;. iJ;á. á".orpo.ít sintetizá-los quando eles náo
ãstão incluídos na dieta).*"õ;;;;carboidratos e os lipídios' os aminoáci-
dos sáo compostos por carbonoihidrogênio e oxigê-
"i.. Áe* desres trêt elementos, eles também contêm
nitrogênio, que aparece como um gruPo amina
NH;).Na outra extremidade da molécula de ami-
ìoa.ído está o grupo ácido (COOH) (daí o nome:
"Ãi"ããiatl. OËr.*. o gruPo amina e o grupo ácido
na Figura 4-54, que inclui o aminoácido alantna''^.^ ó?l-i""áciàos são unidos entre si por ligaçóes
o.oúáüt. Úm" ügação pepúdica ocorre quando o
srupo amina (NH) de um aminoácido se une com o
?;õ;;tJ; (cobH) de outro aminoácido' um
ilp'.rai" Jf"i-,1do quando alguns aminoácidos se
unem atrave, oe rtgaçó'., peptídiãas (Fig' 4-58); a for-
;;A; i; .t- potïpLptíãiõ ocorre 9]and,o diversos
"Áitoá.idor rátrttJ-. Rt proteínas úo polipeptídios
^uïrã *tt"aes, sendo què a maioria das proteínas é
:;õË por mais de,,-a cadeia de polipeptídios'
Utilizoçõo dcrs Proleincrs
As proteínas são utilizadas de três maneiras' A mais
i-pori"nt. é na síntese de hormônios' enzimas' pro-
;iã;;;i;áticas, proteínas musculares e a maioria
ã"t -ÀU*n"s.eliatts' De um jeito ou de outro' as
;;;;;il desempenham um papel fundamental em
Leucina
Lisina
Metionina
Fenilalanina
Prolina
Serina
Tieonina
Tliptofano
Tirosina
Vaìina
O que é ovqliodo oo se determinqr -tiã""-"Í"t"dos de uréiq no songue?
A uréia é fabricada no fígado e vai para a corrente
sangüínea. Como a uréia é excretada na urina' se os Ílns
.rraïi"."p*itados de fitrâ-la, a uréia náo pode ser eli-
minada dà ,angrr., permanecendo na corrente sangüí-
nea. Assim, ,t-ìíl.l elevado dessa substância no sangue
é indicativo de uma doença renal'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Squdóvel e Enfermo r ó3
AAlanina
Aminoácidos Peptídio Polipeptídio
B
reURA 4-5 r Aminoácidos e proteínas. A, Estrutura geral::::inoácido com o grupo amina em uma extremidaãe e o
' .-:Jo na outra. A alanina é um exemplo de aminoácido. B,r. de diversos aminoácidos para formar um peptídio. Um
, .ir'cad.eia longa é um poÌipeptídio. Os peptídios longos:::.idos de proteínas.
. - .' r funçfes fisiológicas. Os diversos ripos de pro-- .. . suas funções estão relacionados na Tâbela 4-4.
:'. -:o à grande demanda de proteína, a maior parre,i :ninoácidos é cuidadosamenre conservadJpelo
'r.:::\mo paÍaavtilização na síntese de proteínas-.!.i-irrem duas outras formas menos comuns de se uti-
--' .i. proteínas. Na primeira, a proteína pode ser que--.:-. ( usada como combustível, como fonte de energia
.'- .l produfo deATP Todavia, esse processo não é ãe-.- . -'.. pois as fontes de energia preferidas são os carboi-
-' '. c :ls gorduras. Na segunda forma, menos comum,. : ':cína pode ser quebrada e convertida em glicose.
" :recanismo é utilizado pelo organismo para assegu-. .:.rc os níveis sangüíneos de glicose não se tornem
..:,, baixos pa,ra a manutenção da vida. O uso da pro-' :.1 para a síntese de glicose ocorre quando or ní*i.
ee OC------------- e{ -----------*o @ |
Ligação peptídicawLigações peptídicas
sangüíneos dessa substância não podem ser manridospela dieta de carboidratos e pelo gliiogênio aÍmazenado.
Gluebro do ProteinoA quebra das proteínas apresenra um problema
em particular pois, além de os aminoácidorio.rt.re-carbono e oxigênio,_elestambém possuem o nitrogê-nio e, embora a quebra de um aminoácido seja serãe-lhante à da glicose, a presença do nitrogêni o Faz umagrande diferença._Carbono, hidrogênio e oxigêniop.fdqm ser quebrados em dióxido dúarbono e á"gua eeliminados do organismo; porém, o nitrogênioãeveser controlado de maneira especial pelo iíeado. Elepode ser reciclado e utilizado pãra sinietiza, ãif....rt.,aminoácidos ou ser convertido em uréia e excretado.
Aminoácido
9r.po--ìacrdo
çeerllr,^,1-ó -'
À l
OrrUâ Wamrna
nP'O' :línas estruturais
LìmporÌeÌÌtes das membranas celulares
, .olágeno
r. )ueratina
: : :mônios peptídicos (p. ex., insulina,:mônio do crescimento)
: : . :noglobina
r, : : : icorpos
: ,reínas piasmáticas
. : r1gi125 musculares
: : ì z lmas
FUNçAO
Desempenham diversas funções: determinam o diâmetro dos poros; auxiliam os hormô,nios no "reconhecimento" celular
Componente estrutural dos músculos e tendões
Parte da pele e do pêlo
Muitos hormônios são proteínas e exercem efeitos sobre diversos sistemas orsânicos
Tiansporte de oxigênio
Protegem o corpo contra organismos causadores de doenças
Coágulo sangüíneo; equilíbrio de líquidos
Tornam o músculo capaz de conrrai r
Regulam os padrões das reações químicas
ó4 I Copítulo 4 / MEIABOLISMOCELUIAR
Urina(uréia)
síntese de diversas substâncias vitais como os hormô-
nios, as enzimas, os anticorPos' as.proteínas plasmáti-
cas e os component€, e'ttui'-"ai' dàs células' Metabo-
iirrrro ,.f.r.-re ao grande número de reaçóes químicas
;;i;;; " "orpã
f.r,"ionar' As reaçóes anabólicas
H;;;;l"iá"ï"" construçáo, ou síntese' de subs-
;Ã;J"; complexas, a partir dã substâncias simples' As
,."f oo ".,"Ëó1i.",
neìessi ta m geralmente^ de. energia'
As reações catabólicas quebram as substânclâs com-
plexas em substâncias mais simples' geralmente em
ffi;tf.;;;;"t" iiÚ.t"t a energia armãenada nos ali-
mentos. Ëráqti.rrr.rnente'-a eiergia lib-erada das rea-
çã.ïì"i.Uãilcas é utilizada para- reaçóes an abólicas
potentes.
minada pela urina.
FIGURA 4'6 t lhéïa-Conversão de nitrogênio.(que é tóxico)
""-gã"a" .- Jtei". í uréi" flui pelo s'ngot aié o rim' onde é eli-
INFORMAçÃo ornÉnclE SiNTESE DE PR.OTEINAS
Hereditoriedode
Tipos específicos de proteínas sintetizadas lmpla-
"r."rJ ú;'àuhs deter-minam a estrutura e a funçáo
do cotpo' Essas proteínas.estão presentesrnas mem-
br"rr"r'..lrll"r.r''.o-o enzimas, còntrolando milhares
ã;,ãçó* ;..íólicas, e como hormônios"tg"1"ï:
ão " "i iula"de
dos órgáos' Embora a maior parte da
estrutura e função seja comum para todas as Pessoas'
alqumas características, ou traços' sáo herdaclos'"
A hereditariedade faz com que pats. e tllhos se as-
semelhem. Você se parece com seus pltt P911"ï"?t
;;;;";; são semeihantes às deles (Fig' 4-7)' Cada
Ëi,ã;i".L"n'rd" g.t'ttitamente pode'-por exemplo'
i*; lh"t aruis, cabËlos castanhos e pele clara' A esta-
;;"";;;;-.i"r,ç" bem como su1 ap-arflcia também
serão semelhantes às dos pais' A simïaridade é deter-
minada pela ação de proteínas especíhcas'
DNA: O Proiero do Vidq
A informaçáo referente à síntese protéica é armaze'
t *J" ""
núclèo da célula, mais especificamente nos
"io-otto-os (Fig. 4-7)' Cadacromossomo é com-
oor," pot uma séiie de genes' Cada-gen:r um seg-
il;;.'ã; áciao desoxírribonucléiõo (DNA)' que
;;;;;- a informação para fabricar uma determinada
"tàì.t*. O DNA é o p'ojeto para a síntese de proteí-
il;;;;-; ," prot.ín"' cãntrolam as atividades vitais
ã" á"f", ele é considerado o proieto da vjda (lembre-
se de que a síntese protéica esà relacionada à união de
;.tì;JãJ.t, ,..,do que, em uma proteína' cada um
J.Ëá;;. .ttar .nfiltiiado numa otdtm exata)'- Cadagene transporta informação em sua banda
de DNA. Por e*emp'lo' um g€ne pode carregat, i19'
;-çãú;;tolhos ajzuis e t'- outto' para cabelo liso'
Esse armazenamento de informação ão gene é deno-
minado informaçáo genética'
Gonversõo de Proüeinct em Uréio
Parte do nitrogênio liberado pela quebra dos ami-
noácidos é removião do organismo' O processo ocorre
cuando o grupo amina (NHJ é removtdo do amlnoa-
:til;;í;;ãã .o"".t,. o "o-potto.tm
uréia (Fig' 4'
6). O saniue então transPorta a uréia do.fígado para
;lÃr;;d. J-.iit";""aa n" u'in"' A maior parte do
.ritrogérrio, porém, é reciclada pelo organismo'
*RESUIWNDO! O corpo' como uma fábrica'
necessita de matéria-prima para cresclmento.' reparos
;fu;;it;"-ento. A matéria-prima é provenìente dos
il;;;;;t - carboidratos, pioteínas e gorduras' os
;;b"ã;"t.., gord,r,"' iáo o combustível princi-
;;ì;; ;t p.ot.ínaï sáo utilizadas principalmente na
Por que o folêncio do figodo pode olteror
o n'rvbl de consciêncio?
Sob condiçóes normais' o Fígado extrai a iT:"i'
(NH:) do sângue e a converte em uréia' Com a lalêncta
il;;;l;;"..;tação da amônia do sangue diminui', ele-
;fi;; niu.i. i. amônia' Por ser tóxica para as células
do encéfalo, a Pessoa tornâ-se desorientada e pode per-
der a consciência.
A Estruturq do DNA, ) f)NA é um ácido nucléico; os ácidos nucléicos
. -()mpostos por unidades menores, os nucleotí-icos Fig. 4-BA). lJm nucleotídeo apresenta três par-
.:n.r açúcar, um grupo fosfato e uma base. Os nu-:rJeos se unem para formar longas cadeias. Duas
Ff GURA 4'7 : Cromossomos, genes e o projeto da vida.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o ó5
cadeias de nucleotídeos estão organizadas em uma es-cada em forma de espiral para estruturar o DNA (Fig.4-88). Observe a estrutura em escada do DNA. Osdois lados são compostos por moléculas de açúcar/fos-fato, e os degraus da escada são compostos pelas bases,sendo uma de cada lado.
Ás bases do DNA são a adenina (A), citosina (C),guanina (G) e timina (T). Note as diferentes formas(cores) das bases nos degraus da escada e que elas apre-sentam uma organização particular. A adenina podeunlr-se, ou parear-se, somente com a ümlna, enquantoa citosina une-se somente à guanina. A adenina e a timi-na, assim como a citosina e a guanina, são denominadasbases pares. Esse sistema é um paream€nto de bases.
O Gódigo GenêticoO código genético refere-se à informação sobre a
síntese de proteína no DNA. Mais precisamente, a in-formaçáo é armazenada, ou codificada, na seqüênciade bases ao longo de uma cadeia (um lado da escada)do DNA (Fis.4-9).
LsNoo o CóDIGo GENÉrlco. Uma simples ca-deia de DNA é lida no sentido vertical (de acordocom as bases nos degraus) da seguinte maneira:CTCGCCCTT. Uma seqüência de três bases (GTC)é o código de um determinado aminoácido, assim co-mo GCC é o código de outro e CTI o código de umterceiro. A lista de bases triplicadas é chamada de se-qüenciamento de bases. Assim, o DNA é o códigopaÍa a união dos aminoácidos e, como conseqüência,da síntese protéica.
Nota: não confunda Dareamento de bases com se-qüenciamento de baseJ. O oareamento descreve amaneira pela qual as duas cadèias de DNA são ligadasentre si pelas bases. O seqüenciamento descreve a or-dem das bases ao longo de uma cadeia simples doDNA. O código genético é armazenado no interiorna seqüência de bases.
CopraNoo o CoDrco GeNÉrrco: o RNAm. Ocódigo genético para a síntese de proteína é armaze-nado no núcleo da célula, no DNA, que não sai donúcleo. A síntese protéica, porém, o.orie nos ribosso-mos do citoplasma. Como o código passa do núcleopara o citoplasma? A cópia e a liberação do código ge-nético são realizadas por um segundo tipo de ácidonucléico, o RNA (ácido ribonucléico) (Fig.4-10).
O ácido ribonuclóico (RNA) é um ácido do nú-cleo composto por nucleotídeos semelhante ao DNA,do qual difere em três pontos:
. O açúcar do DNA é a desoxirribose, enquanro adoRNAéar ibose .
. O DNA apresenta duas cadeias, e o RNA somenreuma.
r Tânto o DNA como o RNA contêm citosina (C),guanina (G) e adenina (A), porém a quarta basedo DNA contém timina (T), enquanto a quarrabase do RNA contém uracila (U), que realiza opareamento com a adenina.
] N A
Gene paracor de cabelo
Gene paracor oa pete
óó r Copítulo 4 /METABOLISMO CELULAR
A o
"=@fu;Fosfaroo
CHz
l-a----'
Açúcar+
Base
Nucleotídeo
CHz
o-6\
roo
o
CHe
Po@oo*(
roo
QHzCHe
o
"É"
FIGURA 4-8 r Estrutura do DNA' A' Nucleotí-
;;;õ;r,i.;fato e base'. B, A estrutura "- :'-".,*i @
Ad"nin"qkGuanina
qkrimina @citosina;;"DïìÃ.õtüdos da escada sáo formados por açúcar
e componentes fosfatados dos nucleot jdeos' (Js oe-
"r .* ã" . t*aa são formados pelas bases' + '
qÏ : l t :
Ëases sáo a adenina (A). t imina ( I ) ' c l tos lna \ \ - r c
n"""i"" (G). As bases formam os degraus por parea-
irento de bases.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o ó7
QG'URA 4'9 t DNA. Um pedaço do DNA sePara-se em
....rr. Uma faixa simples do DNA mostra uma seqüên-
.'..: GTCGCCCTT. Tiês bases (triplicadas) codifi-
.:linoácido. Observe o código para três aminoáci-. .i chamado de seqüenciamento das bases; ele
- ' código genético.
ó8 . CopïIuIo4/METABOLISMOCELUIAR
FIGURA 4-lO' Transcrição:-a cop]a d1
"ãa-ig;- s."e.i"" 4" ?f* P:t: }|AF;?; ï;ï;.-;,"' ï;i;;' ãã oNn'e Grcccccrr'ïjË"ri"
". tt*amento das bases' a faixa de
RNÂdeve sèr CAGCGGGAA'
lcucar
Brse
( :deias
DNADesoxirribose
Adenina
Guanina
Citosina
ïmina
Duplas
RNARibose
Adenina
Guanina
Citosina
Uracila
Simples
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' ó9
Como qs droqqs utilizodos contro ocôncer qlteroïr o sintese de proteinos?
Diversas dessas drogas interferem na síntese protéica.
Se uma droga pode bloquear a síntese de proteína em uma
célula cancerosâ, o seu funcionamento será prejudicado,
ocasionando a morte celular. As drogas contra o câncer in-
terferem em diversos pontos ao longo do percurso da sínte-
se protéica: elas podern (1) interferir na síntese do DNA
saudável, (2) bloquear a síntese do RNAm ou (3) interferir
no agrupamento de aminoácidos ao longo do ribossomo.
Enquanto as drogas contrâ o câncer são eficazes no
bloqueio da síntese de proteínas, impedindo o cresci-
mento das células cancerosas, elas também podem fazer
o mesmo em muitas células saudáveis de crescimento rá-
pido. A destruição das células normais é a causa de mui-
tas reações tóxicas sérias associadas a esses âgentes.
'\.. diferenças entre o DNA e o RNA estão resumi-. ,. 'ra Tâbela 4-5.
i,ristem três tipos de RNA; porém, iremos nos refe-' .()rÌlente a dois deles: o RNA mensageiro (RNAm) e
:.\-\ transportador (RNAt). O RNAm copia o códi-
^ icrìérico do DNA no núcleo e o transporta para os' .-,.566s5, no citoplasma.
t ) RNÂt é encontrado no interior do citoplasma,. .. io a aminoácidos individuais. Ele transporta os, ::rnoácidos para os ribossomos e auxil ia na união- - ...Ìs esrruturas na seqüência correta para a fofmação.: . ixì polipeptídio (proteína). (Lembre-se de que a
::i je protéica está relacionada à associação correta. ' .rminoácidos. Cada proteína deve apresentar seus. :::roácidos arranjados em uma ordem específica.)
Foses dq Sintese de Proleinos
r. ) controle da síntese protéica pelo DNA e pelo' \,\ envolve cinco fases (Fig. 4-11).
l: lsE 1. Quando uma determinada proteína está
.:.ì ser sintetizada, vmacadeia de DNA separa-se de
,., crdeia complementar (o outro lado da escada). A.. .:riência de bases exposta (o código genético) da ca-
., :.i separada é copiado, por pareamento de bases, em
.,:'..i cadeia de RNAm. Por exemplo, se a primeira se-
..-. 'r 'rcia de bases do DNA for GTC, as únicas bases.-. p.'odem parear com ela são CAG. Se a segunda for
,t.(-. ela realizará. o pareamento com CGG. Essa é ai:reira pela qual o RNAm copia o código cla cadeia
: l)NA, e é chamada de transcriçáo (Fig. 4-10).F rse 2. O RNAm deixa o núcleo e segue Para os
' :,,ìssomos, no citoplasma, transferindo assim o códi-
- ienético.i lst 3. O código no RNAm (agora em um ribos-
. :ro) determina quais aminoácidos podem unir-se a
.. Por exemplo, o código pode especificar que so-rri:ìre o aminoácido alanina pode unir-se ao sítio nú-
r.::o 1 e somente o aminoácido cisteína pode unir-se: .ít io número 2.
Como a alanina (localizada no citoplasma) sabe.,.i ela deve mover-se para o ribossomo para montar
uma proteína? A alanina está fixada ao RNAI quecontém as bases que podem reconhecer e parear com
as bases do RNAm (ribossomos). Por exemplo, se o
RNAm contém a seqüência de bases GCA, entáo, so-mente o RNAI com a seqüência CGU pode unir-se aesse sítio. O RNAI transfere os aminoácidos do cito-plasma para o ribossomo, onde eles são colocados na
òrdem exata determinada pelo código genético' A lei-
tura do código genético do RNAm pelo RNAI é cha-mada de translaçáo. Nota: a transcrição refere-se à có-
pia do código genético do DNA no núcleo pelonNn-. A tránslação refere-se ao reconhecimento do
código genético do RNAm pelo RNAI. Esse processoocorie junto aos ribossomos, no citoplasma.
Fass 4. Os aminoácidos são alinhados em uma se-
qüência específica, ao longo dos ribossomos' Forma-
sè ,rma lifaçáo peptídica entre cada aminoácido,criando uma cadeia peptídica em desenvolvimento.
Fasr 5. Quando todos os aminoácidos estiveremagrupados em uma seqüência exata determinada pelocódigo genético, terminou a cadeia protéica; uma
proteína completa foi criada. A proteína está prontapara ser utilizada pela célula ou ser transPortada paraoutro local fora da célula.
*nESUftllNDO! A estrutura e a funçáo do cor-
po são amplamente determinadas, por proteínas espe-
cíficas sintetizadas pelas celulas. E certo dizer que vo-
cê é o que as suas proteínas são. Em razáo de funções
fundamentais desempenhadas pelas proteínas, ummecanismo celular elaborado direciona a reuniáo dos
aminoácidos para formarem as proteínas. Seu código
senético está armazenado no DNA (no núcleo da cé-Iula). Quando requisitado para a síntese protéica, o
código deve ser transportado para o ribossomo' onde
ocori. a reunião dos aminoácidos. A formação de
79 r Çopírulo 4 /METABOLISMO CELUIAR
uma proteína ocorre em cinco fases: (1) sepaÍação.das
duas cadeias de DNA e cópia (transcrição) do código
pelo RNAm; (2) movimánto do RNAm do núcleo'p"r"
o, ribossomos no citoplasma; (3) translação do
iAdlgo no RNAm pelo RNAI que leva os aminoáci-
Núcles
dos para os ribossomos; (4) formação de ÌigaçÓes pep-
tídicas entre os aminoácidos organizados em uma se-
qüência específica iunto aos ribossomos e (5) o térmi-
no de uma nova cadeia Protéica.
Citoplasma
o RNAm deixao núcleo e seguepara o ribossomo
Aminoácido
)@)'rPpwd
@T..(kre
)
, - /
íÀ Começa a formaçãov de ligação peptídica
l
í-'.@\--l ffi-@@u'.p.9;"'q@g
compleÌaé criada
RNAt comaminoácidos liga-sea sítios especÍficosdo RNAm (translação)
Ribossomo
FIGURA 4- l I r Fases da síntese de proteína: (1) transcrição, a cópia do código genético pelo RNAm; (2) o RNAm transfere o código
do núcleo para o ribossom"ì.ì;;ú;"i;faiì'""ìrjçà. tã |Net relnt';c;:
::tl*.-:*:. o-RNAm); (4) formação de lìgaçóes peptídìcas
;,;^r-""1{;;,i.idor r.""ido. "Jlongo
do ribossomol (5) término da criaçáo da proteína.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r Zl
ênqworaÌo Voc è ênv el h-c-
l . O envelhecimenro promove uma diminuicãodo número e da funçao das organelar, .o-o
",mitocôndrias. Como elas são õndamentais pa-ra o metabolismo, a diminuição d. rrr"r fuó..altera diretamente o metabolismo.Em geral , o merabol ismo rorna-se mais lentocom a idade. Esse efeito é secundário à diminui-ção da secreção hormonal, particularmenre dos
hormônios da tireóide. Um metabolismo dimi-nuído determina vár ios efe i ros como a menortolerância ao frio, uma tendência a ganhar peso
_ e diminuição da eficácia em utilizar !li.or..3. O padrão de síntese proréica diminú. O cresci-
mento dos tecidos e a sua repançáo tornam-selentos, bem como a síntese dì ouiras proreínas,como as enzimas digestivas.
Envenenomento porciqnureto
O cionureto é um veneno qu.e inotivo olgumos dos enzimos dos mitocôndrios. Comoresultodo, o oxigênio nõo póde ser utilizoJo, o produçõo a" arp pe ro
" à ourroo rnorr".
umo,drogo normolmente utilizodo em trotomentos cordíocos produz ciqnureto como efei-to coloterol. Ao ser odministrodo o um pocienÌe, este deve ser rigorosomente moniiorodo,pois ele pode morrer enuenenodo pelo cionureto.Muitos doenços sõo cousodos pelo folto de umo enzimo ou por umo enzimo imperÍeito(deteituoso). A tenilcetonúrio é cousodo pelo deficiêncio de umo enzimo que mebbolizo oominoócido fenilolonino. Este é excretodo no urino, produzindo f*it l"ton,i lo, umo con-diçõo que couso retordo menrol severo. A Íibrose .í;i;" ã .;;;"do ooi a"t"io, no prorei-no dos membronos tronsportodoros. Esso deficiêncio determino o óroduçõo de u, mrcoespesso e solgodo, sudorese e enzimos poncreóticos. O muco
"rpàri" noïortÃã"i aiiiãrÈ
to o respiroçõo; no pôncreos, ele tompo os ductos poncreóticos'diminuindo ossim o fluxod.e enzrmos. digestivos. A doenço do ormozenomento do glicogênio se deve o umo defi-ciêncio enzimótico que foz com que o excesso de glicogênìo seio depositodo no fígodo eno musculoturo esquelético.
Como o metobolismo é muito ofetodo pelos hormônios, os olteroções dessos substônciostombém determinom olteroções metobólicos. por exemplo, or
"rúão. dãÊi"-
" ro..n"
"r-tõo ossociodos o diversos oiustes hormonois. um del'es é um oumenio à; h;À;i; á;crescimento. Esse hormônio estimulo o síntese de proteínos, determino o mobil izoçõo degorduros e reduz o utilizoçõo de corboidrotos. A infecçõo couso o lib;r;cilil;i,;."";;que, por suo vez, estimulo os vios meÌobólicos do figodo poro utilizor prot"ino
""piãJü.i,oçúcor. O estresse determino o liberoçõo de diversoi hormônios do esti.esse, como o corti-sol e o epinefrino, que provocom ruionço, profundos
". rn"tãú.tlr..----
Todos os doenços hormonois sõo corocterizodos por olteroções metobólicos. No diobetesmelito, o tolto de insulino ofeto o metobolismo de corboidrotos, proteínos e lipídios; o or-gonismo.queimo gorduro e nõo oproveito proteíno e corboidrotos. O hipertireo;disro ele-vo o.podrõo metobólico; o corpo ocelero seu metobolismo, olgumos vezes o ponto de de-Termrnor o rotencto cordioco.
Esses estodos tombém se desenvolvem em pocientes que suportorom queimoduros seve-r9l, 9m pocientes com infecções sérios e em pocientes coquéticos (pocientes com côncer edebil itodosl.
A quontidode de oxigênio diminui de formo severo nos tecidos de pocientes em choque.Esse decréscimo determino.umo olteroçõo do metobolismo qr" potro de oerobico (coÀoxigênio) poro onoeróbìço í:".r oxigênio). { queimo onoeróbicq'do glicose proJr;ó;id;roflco. \J ocumuto de octdo tottco couso um distúrbio severo no pH do songue denominodoocidose lótico.
DoenÇos cousodqspor deficiênciosenzimóticos
Alteroções hormonois
Doenços hormonois
Estodoshipermetobólicos
Acidose lôrico
72 e Copitulo 4 / METABOLISMOCELULAR
ffi"o,-,oPoro desempenhor suos fu.nções, o célulo deve. meÌobo-
lizor seu combusïível: os corboidrotos, os proleinos e os
gorouros.
l. Metobolismo
A. Anobolismol. O onobolismo inclui os reoções químicos que Ìor-
mom subsïôncios grondes e complexos, o portir de
substôncios simPles.2. ó, pro."rsos de síntese ou onobólicos necessitom de
energio (ATP).
B. Cotobolismo-- i. ó..t"bolismo inclui os reoções químicos que de-
otJot, ou quebrom, os subsiôncios mois comple-
ios, ïronsformondo-os em substôncios mois simples'
2. Àt r."oço"s cotobólicos sõo ocomponhodos gerol-
menïe pelo liberoçõo de energio.
ll. Motério'primo
A. Gorboidrotos: Estruturo e Funçõo1. Sõo compostos por monossocorideos, dissocorídeos
e oolissocorideos.2. O tonossqcorídeo mois importonte é o glicose' O
orqonismo uti l izo o glicose como o principol Íonte
de-energio. A glicose tombém pode ser ormozenodo
como glicogênio e convertido e ormozenodo comoqordurq.
3. Á ribose e o desoxirribose sõo monossocorídeoscom cinco óÌomos de corbono utilizodos no síntese
do RNA e do DNA'4. Os dissocorídeos sõo oçÚcores duplos e devem ser
tronsformodos em monossocorideos'5. O qlicogênio é um polissocorídeo; ele ê o formo qr-
toi"noão do glicose. O glicogênio.é ormozenodoprincipolmente io figodo e not mÚtculos esqueléticos'
ó. A qlicose pode ser cotobolizodo pelos processos oe-
róËico e onoeróbico. Pelo processo onoeróbico suo
or"bro (qlicólise) é incompieto, sendo lronsformodo
"t ã.iao"tati.o spequenos quontidodes de ATP' Pelo
processo oeróbico, elo é quebrodo completomenÌeiolicôlise e o ciclo do ócido ciÌrico) em COz e HzO eq-rondes quonÌidodes de energìo (ATP)'
7. Á glicose pode ser sintetizodo o portir de outros
substôncios.
B. Lipidios-- i.'ótlloidios mois comuns sõo os triglicerídeos, Íosfoli-
pídios e esteróides.Z. õt lipidiot sõo uïilizodos principolmente como fonïe
de energio e no síntese dos membronos'3. Á, longãs codeios de ócidos groxos sõo quebrodos,
no citJplosmo, em duos unidodes de corbono' As
unidodes menores sõo utilizodos pelos mitocôndrios,
onde os enzimos do ciclo do ócido cítrico (de Krebs)
ouxiliom o cotobolizó-los cômpletomenïe em COz e'HzO, liberondo grondes quontidodes de energio'
4. Os lipldios podem sêr ormozenodos no ïecido odi-
poso como gorduro.
C. Proteinos1 . As proteinos sõo formodos por umo série de omi-
noócidos unidos por ligoções peptidicos em umo se-
qüêncio esPecifico.2. As proteinos sõo utilizodos principolmente no sínïese
de'hormônios, enzimos, onticorpos, proteínos plos-
móticos, proleinos musculores, hemoglobino e mem-
úrono, .Llrlores. As proteínos tombém sõo usodos
como combustível e motério-primo poro o produçõo
de glicose.3. As iroteínos sõo metobolizodos de umo formo simi-
lor ò glicose. Ho umo coptoçõo especiol de niÌrogê-
nio otrovés do ciclo do urêio.
lll. lnformoçõo Genêtico e Sintese de Proteino
A. DNAl. O ócido desoxirribonucléico (DNA) é o "proieto do
vido".2. A informoçõo referente ò síntese protéico é ormoze--
nodo no ONI dos genes (umo série de genes formo
um cromossomo).3. O DNA ê umo codeio duplo de nucleotideos orron-
iodos numo formoçõo de duplo hélice'4. Úm nucleotídeo é composÌo por um oçúcor, um gru-
oo fosfoto e umo bose. Poro o DNA, o oçÚcor é o
desoxirribose, e os boses sõo o odenino, t imino, ci-
iosino e guonino.5. Codo foï"o d" DNA estó ligodo de ocordo com os
boses poreodos (o odenino ligo-se ò Ìimino; o ciÌosi-
no l igo-se ò guonino).O. O cOïigo gJnéti.o é ormozenodo no seqÜêncio de
três boús ão longo do codeio de DNA'
B. RNA1. A estruturo do ócido ribonucléico (RNA) é similor ò
do DNA, com os seguintes diferenços: no RNA o oçú-
cor é o ribose; o RNA é umo codeio simples e suos
boses sõo o odenino, urocilo, ciïosino e guonino'
2. Os dois tipos de RNA incluem o RNA mensogeiro(RNAm) e o RNA ïronsportodor (RNAï)'
C. Sintese Protéico: Ginco Fqses- 1. O código genéÌico do DNA é copiodo pelo RNAm'
Esse processo é o lronscriçõo.2. O RúAm fonsfere o código genético do núcleo poro
os ribossomos do citoPlosmo.3. O códiqo senético do RNAm é lido pelo RNAI (one-
*odo o"otìnoócidos individuois no ciloplosmo)' Esseprocesso é o tronsloçõo.
4. Úmo liqoçõo peptídico entre codo ominoócido no
fod"ioï" peptíàios desenvolve-se oo longo do ri-
bossomo.5. A codeio protéico é completodo (terminodo)'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o 73
I . r ]Lrais são as duas fases do metabolismo?
l. t ire os três elementos que produzem os carboi-. : : i Ì tOS.
ì. -)g5ç1str a estrutura do açúcar e do amido.
t. t]uais são os três açúcares simples? Qual monos-.-rcarídeo é uti l izado pelas células como fonre.nediata de energia?
i. t - ire três dissacarídeos.
6. t]ual polissacarídeo encontrado nas plantas não é.iigerido, mas constitui a fibra da nossa dieta?
-. t]uais são as três formas pelas quais o organismo'.:rrl iza a glicose?
t. t]uais sáo as três maneiras pelas quais se diferen--ia o catabolismo aeróbico do anaeróbico? Qual é.ì causa da formaçáo do ácido lático?
c. ( -ire duas maneiras pelas quais a falta de insulina.ilrera o metabolismo da glicose.
10. t]uais são as três formas mais comuns de lipídioscncontradas no nosso organismo? Cite três ma-:reiras nas quais os l ipídios são uti l izados pelo.orPo.
1 l. t]uaÌ é a matéria orgânica mais abundanre en-.ontrada em nosso corpo?
11. (-omo os aminoácidos essenciais diferem dos:ráo-essenciais? Como os aminoácidos se unem
lìrìra formaf as proteínas?
13. Cite sete componentes do corpo que são consti-tuídos po_r proteínas. Qual é a relação da proteínacom a ufelaÍ
14. Como os cromossomos, os genes e o DNA estãoenvolvidos na síntese protéica? Qual é a esrrutru-ra do DNA?
15. Diferencie pareamento de bases de seqüencia-mento de bases.
16. Descreva como o código genético é copiado paraque possa sair do núcleo em direção ao citoplas-ma.
17. Explique como a alanina (localizada no citoplas-ma) sabe que ela deve se mover para o ribossomopara a formação da proteína. Cite as cinco fasesda síntese proréica.
18. Como o odor de frutas da respiração de uma pes-soa está relacionado ao metabolismo de ácidosgraxos?
19. Qual é o significado de uma determinação de ín-dices elevados de uréia no sangue?
20. Quais são as três maneiras pelas quais as drogascontra o câncer podem afetar a síntese de proteí-nas?
TECIDOS EfYIEfYIBRANASC) bje*vos
l. Citar os quarro tipos básicos de tecidos.2' Descrever as funções dos tecidos epiteriar, conjuntivo, muscular e rÌeryoso.3. Explicar como é classificado o tecido epitelial.4' Estabelecer a diferença entre glândulas endócrinas e exócrinas.5. Citar os tipos de membranas epiteliais e conjunrivas.6. Estabelecer a diferença entre as membranas mucosa e serosa.
75
76 o Copitulo 5 /TECIDOS EMEMBRANAS
ì. To Capítulo 3, estudamos uma célula típica;
l\l *ptiiamos como ela se divide em milhóes de
I ì céiulas idênticas e como elas se diferenciam
em formas, tamanhos e funçóes distintas. Neste capí-
tulo, veremos como essas células estáo organizadas
para que realizem funçóes específicas. . ..^ O; tecidos são grupos de células similares em es-
trutura e função. Como as cerâmicas individuais ar-
ranjadas em um belo piso, as células são agrupadas de
diversas maneiras para constituírem os diferentes ti-
pos de tecido. Os quatro principais tecidos do corpo
ião o epitelial, o cónjuntivo, o nervoso e o muscular(Tâbela 5-1).
TECIDO EPITEIIAI
O tecido epitelial, também chamado simples-
mente de epitélio, forma lâminas amplas e contínuas'
Ele particióa da constituiçáo da pele e reveste toda a
superfície ê*t.ttt. do corpo. As lâminas epitelias tam-
bém revestem a maioria das cavidades internas como
a boca, as vias respiratórias e reprodutoras (Fig' 5-1)'
Os tipos de tecidõ epitelial estão relacionados na Tâ-
bela5-2.O que o tecido epitelial faz? Esse tecido está relacio-
nado pìincipalmentè com proteção, absorção, filtração
e secrèção. À pele, por exemplo, protege o corpo dos
raios dè tol . da invasão de bactérias causadoras de
doenças. O tecido epitelial que reveste as vias respirató-
rias sécreta muco e apresenta muco em sua superftcie, o
que auilia a limpar o ar inalado. O muco capta a poei-
ra suspensa no ar, e as ondas de batimento, promovidasp.lo. .íliot, conduzem a poeira aderida ao muco em di-
reção à faringe, onde é ellminada pela tosse ou degluti-
da e posterioimente eliminada com as fezes.
"U'u,".#
FIGURA 5'l r União de cerâmicas idênticas, formando um
belo piso. Esse arranjo é semelhante à união de células idênticas
p"r" fot-"t uma lâmina de tecido.
O tecido epitelial também atua no transporte de
substâncias através das membranas. O epitélio é abun-
dante em órgãos como os do trato digestório,-os quais
absorvem grãndes quantidades de água e de alimento'
Finalmentã, o tecido epitelial forma glândulas queproduzem uma variedade de hormônios e enzimas.'
O tecido epitelial apresenta as seguintes caracterís-
ticas:
r Forma membranas contínuas. As células se unem
de forma bem organizada, como a cerâmica de um
piso.. Àpr.senta duas superfícies. Uma é livre, como a
superfïcie externa da pele ou o revestimento inter-
,ro d" bo.". A superfície inferior do epitélio está
aderida à membràna basal, uma estrutura muito
delgada que ancora o epitélio às estruturas subja-
centes.I Não possui vasos sangüíneos próprios, ou seja,.eÌe
é avaicular. Portanto, para sua nutrição, o tecido
epitelial depende dos uasos sangüíneos do tecido
cóniuntivo situado i nferiormente.r Em virtude do bom suprimento sangüíneo pro-
porcionado pelo tecido conjuntivo subjacente, o
èpitélio e c pa, de regenerar-se' ou reparar-se rapi-
damente. cuando lesado.
O tecido epitelial é classificado de acordo com sua
forma. qtt"ttio ao número de camadas. Existem três
formas dé tecido epitelial: pavimentoso' cúbico e pris-
mático (Figura 5-2). As células pavimentosas sáo
deleadas e ãchatadas, semelhantes às escamas de peixe
A
B
PRINCIPAIS TIPOSTêcido eoitelial
Tecido conjuntivo
Têcido nervoso
Tecido muscular
TrPOS ESPECÍFICOSSimples pavimentosoSimples cúbicoSimples prismáticoPseudo-estratifi cado prismáticoEstratifi cado pavimentosoDe transição
Frouxo (areolar)AdiposoFibroso densoReticularCartilagemOssoSangue
NeurôniosNeuróglia
Estriado esqueléticoLisoEstriado cardíaco
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 77
nFo- : ' - c s. : . :mentoso
.- : ico
: .nár ico
.< :do-estratifi cado prismático
' ' : : r i ìcado- :'. imentoso
- ì: transição
rocAuzAçÃo
Paredes dos vasos sangüíneos (capilares)AÌvéolos pulmonaresRins
Revestimenro dos túbulos renaisDiversas glândulas (tireóide, pâncreas,salivares)liato digestório
Revestimento das vias respiratóriasRevestimento das tubas (uterinas)
Camada externa da peleRevestimento da cavidade bucal,
esôfago, ânus e vagina
Bexiga urinária
FUNçAO
Permite a troca de nutrientes e de resíduosPermite a difusão de Oz e COzFiÌtração de água e eletrólitos
Âbsorção de água e eletrólitosSecreção de enzimas e hormônios
Proreção. absorção e secreção dos sucos digesrivos:treqüentemente conrém células caliciformes(produzem muco)
Proteção e secreção; limpeza das vias respiratórias;conduzem o ólrrlo para o útero
Protege o corpo contra microorganismos invasores;resistenre à fricção
Permite a expansão de um órgão sem se romper
Seínelhante a: Forma da célula Tipos decamadas celulaÌes:
Pavimentoso (escamoso) Simples Estratificado
,z--Ãr- ,*; # r y\.iry
Cúbico
ã
rffiHPrismático (colunar)
FIGURA 5-2 * Classificação do tecido epitelial de acordo coma fo_rma das células (pavimenioso, cúbico e p.ir-áticoi. o núme_ro de camadas (simples ou estratificado).
:È :€ xe
78 . Copítulo 5 /TECIDOS EMEMBRANAS
O que cquso o úlcero de decúbito?
A úlcera de decúbito, ou úlcera por pressáo' é causada
por uma interrupçáo do suprimento sangü,íneo de um te-
:ii.: Ã. ,it..."i àe decúbito se desenvolvem com fre-
qüência em pacientes que ficam acamados por um longo
Ë.r-ã". ir"i sáo cauraàas pelo peso do corpo sobre a pele
ã". t.u.r,. uma região óssea (p' ex" cotovelo' calcanhar'
quadri l) . O peso do corpo comprime' ou presslona' os
vasos sangüíneos . in re r rompendo^ o supr imento de san-
g.r. p"r" ã. tecidos, que morrem, formando uma úicera'
(de onde deriva um outro nome Para esse tipo de epi-
ìJrì", .t.À.so). As células cúbicas são comparadas
;;; ã"J;, e as células prismáticas sáo altas e estrei-
tas como colunas (uma denominação para €sse tlpo
de eoitélio leva em consideração o aspecto dessas ce-
lulas: epitélio colunar)'- ' Ãt ãJltits epiteliais esrão organizSd":.tT camadas
simoles ou múitiplas. Uma camada de celulas caracte-
rir"ï.prierio simples; duas ou mais camadas for-
mam o ãPitélio estratificado'A forma e o.número de camadas são utilizados pa-
ra descrever os diferentes tipos de epitelio' Por exem-
olo, o epi té l io pavimentoso s imples refere-se a uma
.^ * rd r ' ún i ca ãe cé lu las pav imen tosas ' enquan to o
epitélio pavimentoso estratif icado contém dtversas ca-
rï"ã"t d'.rr", celulas. Observe que a Figura 5-2 evi'
dencia o epitélio pavimentoso estratlficado mas nao o
cúbico ouï prismático, pois esses epitélios são encon-
rados em Poucos oÏgâos'
Ëp*têflio $imPles
Por ser muito delgado' um epitélio simples está
relacionado principalmente com o movlmento ou o
;;""rü; d: àirr.i."' substâncias' através de mem-
brarrâ, de um compartimento do corPo Para outro
lrrs.. )-t).'"b
"íi.efio simples pavimentoso é uma camada
ú"i; i. ;ì"1* pi"i-;ntosas com uma membrana
ü"tJt"Èir..nt.. h.lo fato de ser tão delgado'.esse epi-
télio e observado onde as substâncias se movlmentam
."fia"tt.n.., por difusáo ou filtraçáo' Como exem-
plà, pod.-s. .iìa. a. paredes dos capilares sangüíneos'
to. i-"o formadas pôr epìté\ìo sirnp\es pavirnentoso'
À, *t.a.t dos alvgoloi (pequenoì sacos aéreos dos
p"fLo.O também estão iormadas por esse^tipo de
ioitélio. Nesse caso, esse tecido permite a difusáo rá-
pida do oxigênio dos alvéolos Parâ o sangue'
Quql ê o diferenço entre um Gqrcinomq e
um sqrcoma?
O epitélio simples cúbico é uma camada única de
.el,rl"r'.i,bi.as que^ rePousa sobre uma membrana tra-
sal. Essa .am"dã epitèlial é majs freqüentemente en-
.""""a" em glândllas e nos túbulos renais' onde atua
no transporte e na secreçáo de diversas-substâncias'
O epitélio simples prismático refere-se a uma ca-
mada única de celu las pr ismár icas sobre uma mem-
brana basal. Essas céluÌãs altas e firmemente compac-
i"J", ,.u.rr.m toda a extensão do trato digestório e
Jo.-p."tt"m uma funçáo importante na.úsorçáo
dos produtos da d igestão. Um muco lubr t t lcante e
produzido pelas célúlas caliciformes' comuns nesse
tlpo cle ePltello.' O epiìéüo pseudo-estratificado prismático é uma
delsada .rrnadã de celulas prismáticas' Como apresen-
;#?;t"t"t irregulares, essâs células dão. a aparência de
i;.-"t um .pitZlio com diversas camadas; daí a deno-
Ãn çao prrudo-estratif cado, q'1e significa "falsamente
.rrr"rìfi.âdo". A sua funçao è tt-ìlhtttte aqt'ela do
ãpiiJfi. simples prismáticó, ou seia' facil i tar a absorção
ãï r..t.ça.l Unì epitelio pseudo-estratif icado cil iado
,*..,. ",
,ri", respiratórias' O muco produzido pelas
células especializãdas desse tecido auxilia a capÍar a
óeira e pàrtículas contidas no ar inalado' Os cílios en-
tão empurram o muco em direção à faringe'
Epirélio HsfrofifiçEdo
Os epitélios estradficados caracterizam-se por
,".;;";;;;;r, ou -"it camadas' sendo-por isso mais
'5;;;;;; ãá 0". os epitélios simples' Eles desempe-
nham uma função protetora e estáo presentes nos te-'.'t'à;;^õ;;;
;;;á*s"'tes do dia-a-dia' c,omo a bo-
ca, o esôfago. , pt ' l t ' O epi té l io .est rat i f icado
oavimentoú é o mais comum dos eptteltos estratlrt-
ã;i;; i ; irr. Ãul,o bem a Fricçãó e é encontrado
revestindo a cavidade bucal e sobre a superficte exter-
na da pele."- õ ãír.aio d,e transiçáo é encontrado principal-
mente Ëm órglaos que necessitâm ser esticados' Rece-
be esse.ro*Jporqoe suas céluÌas deslìzam umas sobre
as outras qrl"ttdo .1. se estica' As células parecem es-
tratificadai quando a bexiga urinária está vazia (con-
traída) e simples quando elã está cheia (esticada)'
Ambos sáo tumores malignos (câncer)' A diferença
.rtá-no, ,ipo, de tecido envolvìdo' Um carcinoma envol-
ue o tecido epitelial e um saÍcomâ, o tecido conjuntivo'
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 79
Boca e pele:estratiÍicado pavimentoso
Vias resoiratórias:pseudo-estratificado prismático
Suoerfície do ovário:simoles cúbico
Alvéolos:simples pavimentoso
Bexiga urinária:de transição
Trato digestório:simples prismático
FIGURA 5'3 t Localização do tecido epitelid. Esse tipo de tecido forma a pele e o revestimento das cavidades internas do corpo como. :ratos digestório, respiratório e urinário.
Epitélio Glondulor Existem dois tipos de glândulas: as exócrinas e asendócrinas. As glândulas exócrinas possuem ductos,ou rubos delgados, no interior dos quais suas secreçõessão lançadas antes de atingirem as superftcies ou as ca-vidades corpóreas. As secreções exócrinas incluem omuco, o suor, a saliva e as enzimas digestivas. Como
Uma glândula é constituída por um ou mais tiposje células que produzem uma substância específica.t ìrande parte do tecido glandular é formado pelo epi-:.rl io simples cúbico.
Poros
80 . Copitulo 5 lTECIDOS EMEMBMNAS
atleta sabe, uma lesão d'essas estruturas geralmente leva
muito tempo para regenerar' A segunda característica
.'i.;;;ti é i ab,r,td"a ttcia de matriz ext racel ular'""'4";;;i;"ã"t"l"l* é o que diferencia os diver-
sos tipos de tecido conf untivo' A matrtz é o materlat
io."lir"do fora da célula e que preenche os esPaços'i*ïïít
ret"l"t À té1"1" p'od"' â matri' e a libera no
meio extracelular. A consistência da matrlz varla ce
"- ii". a. célula para outro' Ela pode ser líquida (co-
i ; ;5"J;*;;: ;ã;'-"'" ( como no. tecido adiposo)
ou dura (como nos ossos)'A quantidade de matriz
;";bã varia. No tecido adiposo qceJulis estão pró-
ximas, com Pouca mat\z entre si' -Itrdavra' no osso e
;;;;,Í;g.;, .*i"t* poucas células e uma grande
ouantidade de matriz extracelular'"-ï^ãü;; p,oteit"t também sáo encontradas na
^^rrnda maiãr parte do-tecido conjuntivg' Os tipos
;;fiút;t incluem as colágenas (brancls)' elásticas
ï"-"'a^l'. ì..ú"i.' ('olãg.''1 d'!*-lflì :f^Tj:'colágenas são resistentes e flexíveis' Porem.ltgelrqott-
te eüsticas. As fibras elásticas não são multo reslsten-
tes, porém Possuem uma grande capacidade de disten-
são, como uma tlra de Ëorracha'-Após a distensáo'
essas fibras retornam ao seu comprimento ^otigt"d' .,-"--nã1.",.*ente, inieções de colágeno têm sido utt-
lizadas para remove'ás ì"de'ejá"eis-marcas (linhas) de
#ïá*í;;ü;; J; pele' o colágeno é.ob.tido de bo-
vinos ou, -"r, ,."t"ãÃt""' do^[uadril' da coxa e do
"ilàï-ã'a" p.óptio pãtit"it' o colágeno injetado
;;ü;;. á"'p*iitttté atua como um preenchimento
oue estica as rugas' õ to"o amigo Têx' desenhado
lü;;Ï; que"poderia utilizar este método'
Glândulasexócrinas
FTGURA 5'4 t Glândula exócrina' A glândula secretâ sua
ffi;,'.ã (-p. o., ,oot) em um ducto queãireciona a secreção
para fora do corPo.
exemplo, pode-se citar as glândulas sudoríferas' que
;r;."il, ;í;"é" á;;.;' du'"tos' a sua secreçáo-(o suor)
;; il;fí." Jo .o,po, para evaPoração (Fig' 5-4)'' - ïilIâ";"int
"hdii"*inas ìecretam ho rmô nio s'
.";;;;;oãã da"d"la tireóide' As glândulas en-
dócrinas não apresentam ductos e por isso são tam-
Ëãà .t"n*idai como glândulas sem ducto' Pelo fato
ã;;;;;;;lr.- do"ï', os hormônios dessas glân-
dulas sáo lançados diretamente na corrente sangur-
nea, que os transport aparaos seus sítios de açáo' A'hi;àil.,
",it.oiaL e as suPra-renars sao exemplos de
glândulas endócrinas'
TECIDO CONJUNTIVO
O tecido coniuntivo é o mais abundante e o mais
"*;;;;; ãiráib,tido dos quatro.tipos de tecidos
ilïfïã;; .;'p' hu-ano' Ele é enco-ntrado no
l""g;';ú " p.1.,
"'o'.
t"'o' e ao redor de diversos ór-
sãoï. Como õ .ro*. indica, ele conecta' ou une' as
3;;;t;;.;rpo. outras funçóes incluem sustentação
Ë;;'õ' ít '-;ea3' "'t"'ã""*tnto de gordura e
transPorte de substanctas'"''ilÏ;;;. iipot de tecido conjuntivo,possam não
sermuitosemelËantesentresi 'e lestêmduascaracte-ilt.át^ãÀ.-;;mrr-' Primeiro' a maior parte do tecido
coniuntivo - exceto os ligamentot' ttÀdótt e cartila-
;#:;;:;"i ;; b;- ..,f i-'nto sangüíneo' os liga-
ir.rrroi e os tendóes apresentam uma lrrlgaçao sangur-
ï."^pãU..' . a cartilagem não é irrigada' Como um
Os diversos tipos de tecido coniuntivo são frouxo
(-;Ëi; ;dtp. rã, fi b'o' o denso' reticular' cat tilagí'
neo, ósseo e o sangue lFig' 5-5)' ATabela 5-3 descre-
ve esses tiPos de tecido'
ïecido Coniuntivo Frouxo
O tecido conjuntivo frouxo' ou tecido areolar
(Fis:5--ii, Jf--"a" por fibroblastos e-uma matrrz
à"i?"árííit g.I".i".t"''os fibroblastos sáo células es-
I
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 8 |
Fibroso denso
Reticular
Adiposo
Ligamentos
Cart i lagem
Frouxo (areolar)
ï '
Pele
Membranabasal
FIGURA 5'5 e Tipos de tecido conjuntivo e suas localizaçóes.
treladas grandes que secretam colágeno e fibras elásti-cas para o espaço entre as células. O tecido conjuntivofrouxo é macio e envolve, protege e funciona comoum coxim de amortecimento para diversos órgãos.Ele também atua como '.r.n "t..ìdo-.ola". oois .Ë é oresponsável por manter os órgãos em suas posições. Otecido conjuntivo frouxo é o tipo de tecido conjunti-
vo mais amplamente distribuído pelo corpo. lJma ca-mada desse tecido está Dresente sob as membranasmucosas, revestindo a suã superfície interna.
O tecido adiposo, ou gorduroso, é um tipo de teci-do conjuntivo frouxo no qual os fibroblastos aumentamde tamanho e armazenam gordura (Fig. 5-5). O tecidoadiposo forma a camada que revesre internamente a pe-
82 r Cqpitvlo 5 lTECIDOS EMEMBRANAS
TIPOFrouxo (areolar)
Adiposo
Fibroso denso
Reticular
CartilagemHialina
Eìástica
Osso
Sangue
rocAuzAçÃoAbaixo da pele e da maioria das camadas epiteliais;
entre os músculos
Sob a pele (subcutâneo)
Ao reior do rim e do coração
Posteriormente ao bulbo do olho
Tendóes, ligamentos, cápsulas e fáscia
Pele (derme)
Têcido linfóide como os linfonodos' baço
e medula óssea
Extremidades dos ossos longos, nas articulações
União das costelas ao esterno
Anéis da traquéia do trato respiratório
NarizEsqueleto fetal
Discos intervertebrais
Meniscos dos joelhos
Meniscos entre os ossos púbicos (sínfise púbica)
Orelha externa, Parte da laringe
Ossos do esqueleto
Vasos sangüíneos Por todo o corPo
FUNçAOUnir, proteger, amortecer; "tecido-cold'
Amortecer, isolar, armazenar gordura
União das estruturas
Forma a malha interna dos órgáos linfóides
Sustenta (suporta) e protege; forma estrutura (armação)
Amortecer e Proteger
Sustenta e forma estrutura (armação)
Sustenta, Protege e forma estrutura (armação)
Tlansporta nutrientes, hormônios, gases respiratórios
(Oz e-COz) e resíduos
Por que um torniquete mol oPlicodopode cousqr gongrenq?
A gangrena é a morte, ou necrose iocalizada' dos te-
. idori loËr. Se o suprimento sangüíneo de uma.regiáo
for bloqueado Por um período muito longo' o tecido lo-
.alizadódistalmente ao torniquete é privado de oxigênio
e nutrientes, e morre.
mada de gordura que os mantêm em posição no inte-
rior do aËdome. Ém indivíduos extremamente ma-
;r;t;;;;;dura pode estar ausente-' permitindo que
3 ;;.. ":""a
de s'ua Posiçáo normal' Essa condição^é
;";ï..já;;o-o ti-h"tüante (ilustrado abaixo)' o
áho t"mbé- aPresenta um coxim gorduroso.que de-
sempenha uma função Protetora: ele acondlclona o
olho no interior da órbita'
ïecido Coniuntivo Fibroso Denso
O tecido coniuntivo fibroso denso é formado
por fibroblastos e matriz extracelular qu€ contém fi-tb;;t^;ü;;"t
e elásticas, s€ndo o seu principal com-
pã".",. ãs fibr"s colágenas' Os fibroblastos secretam
le, conhecida como camada subcutânea' Em virtude de
r"" f..Air"çáo, o tecido adiposo pode isolar o organis-
mo das temperaturas extre-mas do meio externo' Por
;;;;t, # um ambiente frio, o tecido adiposo previ-
;;;ï;;ãJe calor do corpo' Essa proteção é melhor
""Aiiaã q"-ì" se observa à qua"tidãde de gordura dos
animais ôue ninem nos pólos' O leão-martnho possul
enormes ã"-adat de gordura que' em Íazão de suas ca-
,".i.ritai."t isolantes,"permitem que o animal mergulhe
em águas geladas profundas sem congelar'-'^ cíì..iãá Jip'oro t"-bém se deiposita ao redor de
certos órgãos. Oi rins' por exemplo' Possuem uma ca-
I
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o 83
Por que o excesso de Peso do homem edo mulher "orredondà" locois diferentesdo corpo?
O excesso de alimentaçáo resuÌta em um armazena-
mento de gordura sob a forma de tecido adiposo. Pelo
fato do metabolismo das gorduras ser afetado pelos hor-
mônios sexuais estrógeno e testosterona, os locais onde a
sordura se acumula diferem no homem e na mulher. No
Éo-.-, esse acúmulo ocorre principaimente na regiáo
abdominal, enquanto na mulher ele ocorre nas mamas e
no quadril.
sionando dor severa e perda da mobilidade. Um ten-
dão calcâneo (de Aquile$ rompido é uma lesão muito
séria. Como ele fixJos músculos da parte posterior da
perna na região do calcanhar,,sua lesão pode determi-
nar a perda dos movimentos do Pé.
Tecidn Coniuntivo Reticulsr
O tecido conjuntivo reticulaÍ caracteriza-se Pelapresença de uma delicada malha de fibras colágenas
delgadás. Ele forma a rede interna que cons^titui o te-
cidã l infOide encontrado no baço, nos l infonodos e
na medula óssea.
Cnrfilogem
A cartilagem consiste de condrócitos, ou células
car t i lagíneai que secretam uma matr iz ext racelu larproté iã f i rme,- l isa e f lexível . Embora sól ida. a marr iz
õartilagínea náo étáo dura quanto a,do osso. Existem
três tipis de cartilagem: a hialina, a elástica e a fibrosa.
Aìarti laeem hialina é encontrada somente em
poucas regiõãs do corpo, como a laringe,. as extremi-
ãades doJossos longos que participam das articula-
çóes, o naríz e a regiío entre o esterno e as costelas' A
Fieura 5-5 ilustra a união do osso esterno com as cos-
tel"as, através de cartilagem hialina (cartilagens cos-
tais). A cartilagem hialina também é encontrada em
grandes quantidades no esqt'eleto do feto; porém, à
ãredida qìe ele cresce, a cartilagem sofre ossificação,
ou seia, é convertida em osso.O .rqtr.l.to do tubarão é inteiramente composto
por carti lagem hialina e, ao contrário do esqueleto
hn-"tto, ele não se ossifica. Recentemente, a cartila-
sem de tubarão tem sido comercializada como um
óroduto que combate o câncer. Devido ao fato de os
iubaróes ìão d...tt,rolverem esse tipo de doença'
acredita-se que a carti lagem do seu esqueleto conte-
nha uma substância . pír' d, inibir o tumor. Todavia,
não existem ainda infàrmações científ icas que sugi-
ram que a cartilagem de tubarão desenvolva a imuni-
dade contra o câncer.
Por que o cqrne cozidq em umo soPo émqis tenro?
A grande quantidade de fibras colágenas PreseÌìte na
carne a tornam compacra. Quando o colágeno é fervido,
as fibras se transformam em uma substância gelatinosa,
tornando a carne mais macia.
as fibras paraamauizextracelular, que formam estru-
turas de ir'rpott. resistentes, como os tendóes, os liga-
mentos, asìápsulas e a Fáscia.Os tendões são estruturas em forma de cordão que
unem os músculos aos ossos. Os ligamentos cruzam
as articulaçóes e unem um osso a outro. Por conterem
mais fibras elásticas do que os tendóes, os ligamentos
distendem-se mais facilmente. Essa capacidade de dis-
rensão é importante ' pois e la prev ine o rompimento
dos l ieamento, qurndo a ar t ièu lação é f le t ida. As f i -
bras d"ensas ,"-bé- formam cápsulas resistentes ao
redor de certos órgãos como os rins e o fígado. Final-
mente, o tecido fiúoso denso forma faixas, ou bainhas
de tecido, denominadas fáscias, que revestem os mús-
culos, os vasos sangüíneos e os nervos; afáscíaenvolve,
suporta e ancora oi órgáos às estruturas adjacentes'^ Se o estiramento é excessivo (como em lesões de
atletas), os tendóes e ligamentos podem romPer' oca-
O tecido ósseo é formado pelos osteóciros. oueprodrsem uma marriz e*tracehilar que inclui coligr-no, sais de cálcio e outros minerais. Essa matriz mine,ralizadatorna o osso duro, o que o capacitaa protegeros órgãos como o encéfalo e suporrar o peso do corpona postura ereta e quando nos movimentamos. O os-so também atua como um reservatório de sais mine-rais, especialmente o cálcio (a estrutura do osso seráexplicada no Capítulo 7).
Quando a mineraTízação do tecido ósseo diminui,como^na oste.oporose, o osso torna,se fraco e quebracom facilidade. A ingestão diária de cálcio na ãieta éessencial para que se tenha ossos forres. O ciílcio é ne-cessário por toda a vida mas é especialmente impor-tante durante a inÍância, quando os ossos estão ères-cendo, e após a menopausa, quando os níveis deestrógeno diminuem. Como se sabe, os níveis normaisde estrógeno proporcionam a deposição de cálcio notecido ósseo. Os exercícios ftsicos também são impor-tantes para que o cálcio seja depositado nos ossos.
84 r copftulo 5 /TEC|DOS EMEMBRANAS
Osso TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso forma o encéfalo, a medula es-pinal e os nervos e consiste de neurônios e neuróglia(Fig. 5-6).
Os neurônios são as células nervosas que transmi-tem os sinais elétricos que chegam e saem do encéfaloe da medula espinal. Essas células apresenram diversostamanhos e formatos. Um neurônìo típico apresenratrês partes: (1) os dendritos, que recebem a informa,çá9 4e outros neurônios e a rransmitem para o corpocelular; (2) o corpo celular, que conrém o núcleo è éessencial para a manutenção da vida da célula; e (3) oaxônio, _que transporta a informação para longe docorpo ceìular.
A neuróglia, ou glia, são células que suporram,nutr.em e p.rotegem os neurônios. A palavra glia signi-fica "semelhante a cola" e refere-se à iapacidãde deisascélulas em sustentar ou unir a vasra redè de neurônios.Diferentemente do que ocorre com os neurônios, ascélulas da neuróglia não rransmitem impulsos elétricos(o tecido nervoso será descrito de formá detalhada nosCapítulos 9, 10 e 11).
TECIDO MUSCUTAR
O tecido musculaf é formado por células quetêm a capacidade de se encuÍtar, ou conrrair. Dessaforma, elas produzem os movimentos de uma deter-minada parte do corpo. Por serem longas e delgadas,elas são consideradai mais fibras do qïe célulís. Ostrês tipos de tecido muscular são o estriado esqueléti-co, o liso e o estriado cardíaco.
Músrulo tstritldo Ësquelético
O músculo esquelético normalmente está fixadoao osso. Por ser controlado sob a ação da vontade ("Eudecido mover minha perna"), ele é conhecido comomúsculo voluntário. Em razáo da presença de faixas,ou estrias, proporcionadas pela organizaçáo das proteí-nas em suas fibras, ele também é chamado de músculoestriado. Esse tipo de músculo movimenra o esqueleto,mantém a postura e estabiliza as articulaçóes.
Músculo Liso
O músculo liso está presenre nas paredes das vísce,ras, como o estômago e a bexiga urinária. Ele também éencontrado em estruturas tubulares como os bronquío-los e os vasos sangüíneos. A função do músculo liso estárelacionada ao órgáo onde ele se encontra. Por exem-plo, o músculo liso do estômago participa dos proces,sos de mistura e agitação do alimento, énquanio o dabexiga urinária atua na eliminação da urina.
Songue
O sangue_é o único tipo de tecido conjuntivo queconsiste de células imersas em uma matriz líauida ãe-nominada plasma. Diferentemente do que rê observanos outros tipos de tecido conjuntivo, que possuemfibras colágenas e elásticas erÌr sua mat;iz, ô plasmapossrri proteínas não-fibrosas. O sangue desempenhauma função importante no transporie de substãnciasatravés do corpo. Além disso, o .á.tglt. está envolvidona regulação ãa t.-per"tura corpóïea (o sangue serádescrito com mais deralhes no Capírulo l3).
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Squdóvel e Enfermo r 85
A Neurônio B Neurógl ia (gl ia)
Dendritos q]
Corpo celular
FIGURA 5'ó r Os dois tipos de tecido do sistema nervoso.A, Neurônio; B, neuróglia.
Estriado cardíacoFfGURA 5-7 r Tioos eloceliza-çóes dos tecidos musculares estriadoesqueÌético, Ìiso e estriado cardíaco.
Estriado esquelético
8ó r Copítulo 5 /TECIDOS EMEMBRANA'S
O músculo liso não é controlado voluntariamentee por isso é chamado de músculo involunt:írio. Por
eiemplo, normalmente você não se esforça de manei-
ra consciente para diminuir a sua pressão sangüíneaquando praticâ exercícios físicos. O músculo liso é di-
f.r.nt. d^o estriado esquelético pois não apresenta fai-
xas ou estrias em sua estrutura.
Músculo Estriqdo Cqrdioco
O mrísculo estriado cardíaco é um tipo de mús-
culo estriado e involuntário encontrado somente no
coraçáo, onde atua bombeando sangue para uma am-pla rede de vasos sangüíneos. As fibras desse tecido
ião células com ramificaçóes longas que se unem fir-
memente entre si, em junções especializadas denomi-nadas discos intercalares. Essas junçóes permitem a
FIGURA 5'8 t Fases do reparo
tecidual. A, Uma ferida Profundana oele Drovoca lesáo dos vasos
,"rrgiiítt.ãt, preenchendo a ferida
com sangué. B, Forma-se um coá-
eulo sangüíneo que. ao secar '
ãonsr i tu i i - r . tor i " . C e D. Tem
início o processo de reParo. Um
tecido cicatricial se forma nas ca-
madas profunòas. E, Ào mesmot.*po, ,t céiulas epitelìais superfi-ciais se multìplicam e Preenchem areeião entre õ tecido cicatricial e acõsta. F, Quando o epitélio estácompleto, a crosta é destacada. Oresul^tado é uma camada regenera-
da e ínregra de epitélio sobie a re-
giáo da cicauiz.
condução râpidade impulsos elétricos através do co-.ação. Ò)s três tipos de músculo estão ilustrados na Fi-
gura 5-7.
REPARO TECIDUAT
Como um tecido consegue reparar-se após uma le-
são? Através de dois tipos de reparo: a regeneração e a
fibrose. A regeneraçáo refere-se à substituição de te-
cido por célúlas que sã9 idênticas às originais. Ela
ocorre somente em tecidos cujas células sofrem mito-
se, como a pele.A fibroie é a substituição do tecido lesado por
meio da formação de tecido conjuntivo fibroso, outecido cicatricial. As fibras desse tecido unem as mar-
gens da lesão e reforçam a área. Os tecidos muscularesestriados esquelético e cardíaco e o tecido nervoso não
sofrem mitose, e devem ser reparados por tecido cica-
: , jel. As fases envolvidas no reparo tecidual estão... iradas e descritas na Figura 5-8.
'RESUilIINDO! Tecidos são grupos de células:r'.:lares entre si em estrutura e função. Os quatro ti-. . .le tecidos são o epitelial, o conjuntivo, o nervoso
r.ruscular. O tecido epitelial reveste e forra; ele está". ..i;ionado principalmente aos processos de secreção,' ::.rção e absorção. O tecido conjuntivo é o mais di-' .::Jido e diversif icado dos tipos de tecido; ele une' ,::cs do corpo. O tecido nervoso é encontrado no
-ctàlo, na medula espinal e nos nervos e está reÌa-r.rdo à transmissão de informaçóes por todo o cor-l)ois tioos de células constituem o tecido nervoso:
. r:eurônios e a neuróelia. O tecido muscular está' :::rado por células qtt.ï,ê- a capacidade de encurtar
.- :c COtìttâlt e assrm Íe llzaf OS movlmentOs OaS par--. Jo corpo. Os três tipos de tecido muscular são os
:.:: iedos esquelético e cardíaco, e o l iso.
ME'VIBRANAS
Clossificqção dos Membrqnqs
.\s membranas são lâminas de tecido que reves-'-'::r as superfïcies, forram as cavidades do córpo e en-
.', em os órgãos. Elas podem ser epiteliais ou de teci-.: conjuntivo. As membranas epiteliais incluem a::rnbrana cutânea (pele) e as membranas mucosas e.::()sas. São membranas conjuntivas a membrana si-
,'. ial e as relacionadas na Tâbela 5-4 (as membranas.:: recido conjuntivo serão descritas posteriormente.. r exemplo, a membrana sinovial será descrita no
"ipítulo 7).
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Squdóvel e Enfermo . 87
Membronqs Epireliqis
As membranas epiteliais, embora tenham essa de-nominação, são formadas por uma camada epitelial euma camada subjacente de tecido conjuntivo (Fig. 5-9).
Membrqnq Cufôneo
A membrana cuúnea é a pele que, com sua cama-da superficial (epiderme) formada por epitélio estrati-f icado pavimentoso, protege o corpo da invasão demicroorganismos. Ela também previne o ressecamento(ou a desidrataçáo), pois suas células contêm umasubstância impermeabilizante. A camada interna (der-me) é compoìta de tecido conjuntivo fibroso densoque reforça e auxilia a ancorar a epiderme (a membra-na cutânea será melhor descrita no Capítulo 6).
Por que os lumores devem sersubmetidos q umo biópsio?
Uma biópsia significa a remoção de tecido de umtumor para exame microscópico. Observando-se o espé-cime colhido em um microscópio, o patologista podedeterminar se um tumor é maligno (cancerígeno) ou be-nigno (não-cancerígeno).
TIPOlvle mb ra n s s E pítelío,i s\Íembrana cutânea\ Ícmbrana mucosa
l' Íembranas serosasPleuraPericárdio
Peritônio
Membranas de Tecido Coniuntívo:inoviaÌ
.'eriósteo
t'ericôndrio
\ Íeninges
Fáscia (diversos tipos)
rocAlrzAçAo
Pele (camada superficial)Revestimento do trato digestórioRevestimento do trato urinánoRevestimento do trato genitalRevestimento do trato respiratório
Cavidade torácica
Cavidade torácica ao redor do coração
Cavidade abdominal
Reveste as cavidades articulares; produz o líquido sinovial
Reveste os ossos; contém os vasos sangüíneos que suprem os ossos
Reveste a cartilagem; contém os capilares que nutrem a cartilagem
Revestem o encéfalo e a medula espinal
Em todo o corpo
88 r Cqpítulo5 /TECIDOSEMEMBRANAS
Membrana mucosa
Pericárdio visceral
Pericárdio parietal
Pleura visceral
Pleura parietal
Membranacutânea
Membrcrnqs Mucosqs
As menbranas mucosas revestem todas as cavi-
dades corpóreas que se abrem para.o meio externo
(Fie. 5-9).^Elas inciuem os tratos respiratório, digestó-
rioiurinário e genital. Por exemplo' o trato digestório
abre-se para o meio externo pela boca e. pelo ânus, en-
quanto ã respiratório, pelo natiz e pela boca. As mem-
b'."t "t
-.r.oì"s, freqüentemente referidas somente co-
mo mucosa, gerdmènte contêm epitélio estradficado
pavimentosJou simples prismá,tico. A maioria das
membranas mucosas são adaptadas Para a absorçao e
secreção e também produzem muco' O muco não so-
menË torna a -.rrrbt"t" úrnida, como também a lu-
brifica. Por exemplo, no trato digestório, o muco per-
mite que o alimento Percorra o seu trajeto com um
mínimo de atrito com as paredes da víscera.
Membrqnqs Serosqs
As membranas serosas revestem as cavidades
ventrais do corpo, que não se comunicam com o
meio externo. Eìsas membranas são passíveis de se-
rem observadas somente em cirurgias das cavidades
abdominal ou torácica. As membranas serosas produ-
zem uma deleada camada de líquido (fluido seroso)
que permite ã, -.mbranas deslizarem umas sobre as
ó,tttãt, com um mínimo de atrito.Uma membrana serosa é composta de epitélio
simples pavimentoso sobre uma dèlgada camada de
tecião coniuntivo frouxo (areolar). As membranas se-
rosas forram uma cavidade e então se refletem Para a
FIGURA 5'9 r Membranas epiteliais: membrana cutânea (pe-
le), membranas mucosas e -.ttt6t".t", serosas (pleura, pericárdio
e peritônio).
superfïcie dos órqãos que nela se encontram. Assim, a
p"ït. d" me-bt"'na qú. t.rr.tt. a parede da cavidade é
ãenominada camaúapatretal, enquanto a outra Par-te, ao revestir os órgãos dessa cavidade' constitui a ca-
madavisceral.fu três membranas serosas são a pleura, o pericár-
dio e o peritônio (Fig. 5-9).
r ,{ pleura está situada na cavidade torácica' Aplàt. parietal reveste a face interna da cavidade
iorácica e a pleura visceral, a superfície de cadapulmão.
. 'O
pericárdio localiza-se no tórax e está relaciona-
doìo coração. O pericrírdio parietal reveste in-
rernamenté o periõárdio fibroJo, responsável pela
sustentação dã coração, enquanto o pericárdio
visceral forma a camada externa do órgão'. O peritônio situa-se na cavidade abdominopélvi-
Por que o pleurisio é tõo dolorosq?
A pleurisia refere-se a uma inflamação da pleura e a
um detréscimo no líquido seroso que ela produz' A me-
dida que as membranãs pleurais inflamadas e "secas" des-
lizam uma sobre a outra nos movimentos respiratórios, a
pessoa sent€ muita dor.
visceral
Peritônio parietal
:Jve stido internamente peÌo peritônio pane-I :nquanto o peritônio visceral reveste as vísce-
,l.dominais e pélvicas (isso será descrito no Ca-, r 1 9 ) .
.r ir-rfecção da cavidade abdominal freqüente-
.'nr.olve o peritônio. Por exemplo, o rompi--rc um apêndice permite que o conteúdo intes-
- :cio de bactérias, extravase para o interior da.:: lbdominal. Esse derrame determina uma in-..e rigosa, conhecida como peÍitonite, que ne-.1c um tratamento agressivo com antibióticos.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo u 89
Ocasionalmente. o Dus deve ser drenado da cavidadeabdominal.
*ffi€#l$ffiãF#F#$ As membranas são lâminas detecido. As membranas revestem as superfícies, forram ascavidades do corpo e envolvem os órgãos. As membra-nas são classificadas em epiteliais e conjuntivas. Asmembranas epiteliais incluem a membrana cutânea (pe-
le) e as membranas mucosas e serosas. As membranas detecido conjundvo incluem a membrana sinovial encon-trada nas cavidades das articulações móveis (livres).
dura até os 60 anos, quando então começa aocorrer um decréscimo, também gradual. Namulher, a gordura acumula-se continuamentenos tecidos, não evidenciando um declínio co-mo no homem.A quantidade total de água do organismo dimi-nui de forma gradativa. A alteração da gordurado corpo e a diminuição de água são as princi-pais razões pelas quais os indivíduos idosos rea-gem às drogas de forma diferente daquela verifi-cada nos jovens.A atrof ia dos tec idos determina uma diminui -
ção da massa da maioria dos órgáos.
gÉ?--
íF;);a
4-:s
ênqwantÌo Você€rcvelhec.e
i'clo fato de os tecidos serem formados por célu-.rs. o envelhecimento celular altera os tecidos.ìue, por sua vez, afetam as funções dos diferentes,rrgáos. Por exemplo, por volta dos 85 anos de.Jade, a capacidade pulmonar estará diminuídaJm torno de 50o/o; aforçamuscular, aproximada-stente 45o/o e a função renal, perto de 30o/o.t) colágeno e a elastina diminuem no tecidoionjuntivo. Como conseqüência, os tecidos tor-:ram-se rijos, menos elásticos e menos eficientescm realizar suas funçóes.(J conteúdo sorduroso dos tecidos é alterado.\o homem, Ëá tt- aumento gradativo de gor-
l .
4.
5.
Adesõo
Côncer
Doenços do Cológeno
Umo uniõo onormol de tecidos determinodo por um tecido cicotriciol f ibroso. As odesõespodem grudor o.u e,sÌreiÌor os órgõos (especiolmente os do obdome), cousondo obstruçõo,e d tm tnu t r o l t ex ro i l t oooe .
CrescimenÌo onormol que pode ofetor todos os tipos de tecidos e membronos. Os tumoressõo denominodos de ocordo com o tipo de tecido envolvido. Um corcinomo envolve o teci-do epiteliol (p. ex., odenocorcinomo - côncer que se origino do tecido glondulor). Um sor-como envolve o fecido coniuntivo (p.
"t., osteossorcomo - um côncer dos ossos).
Por rozões desconhecidos, o colóqeno pode ser destruído, ocqsionondo lesões do tecidoconiunÌivo do corpo. Pelo foto do ãolóqeno ser o componente fundomentol do Ìecìdo con-junf ivo, os efe i tos desse i ipo de doeúo sõo omplose generol izodos. Os exemptos oedoenços do cológeno incluem o ortrite reumotoide, o lúpus eritemotoso sistêmico (LES) e oesclerodermo. A moiorio dos doenços do cológeno sõo outo-imunes, nos quois o sistemoimune do pocienÌe otoco e destrói o cológeno do seu próprio orgonismo.
--
9O o Copítulo 5 /TECIDOS EMEMBRANAS
Gongreno
Neoplosmo
É o necrose (morie) dos tecidos moles de umo porte do corpo, como os dedos dos pés edos mõos, ou dos intestinos. A gongreno ocorre quondo o suprimento songüíneo de umdeterminodo tecido é interromoido. Pocientes diobéticos oodem ooresentor oonoreno dosdedos dos pés quondo suqs ortérios tornom-se obstruídos por depositos de g"ordïro. A in-fecçõo tombém pode impedir o fluxo de songue poro umo regiaá do corpo e cousor gon-greno.
Um neoplosmo (tumor) pode ser moligno (concerígeno) ou benigno (nõo-concerígeno).Sõo exemolos de neoolosmos benionos do Ìecido coniuntivo o odenomo ítecido olondu-lor), osteomo (osso), condromo (coõilogem), f ibromo (fibroblostos), l ipomo (tecido"odipo-so) e pólipos (odenomos gerolmente encontrodos em óreos vosculorizodos como o noriz,oretoeoútero) .
5
4.
o
A funçõo principol do tecido coniuntivo é o de uniros portes do corpo. Outros funções incluem sustento-çõo (suporte), proieçõo, ormozenomento de gorduroe tronsoorte de substôncios.O tecido coniuntivo possui umo motriz extrocelulorque preenche os espoços enire os célulos. Esso mo-Ìriz pode ser líquido, gelotinoso ou duro. A motriz éformodo por fibros protéicos que sõo secreÌodos pe-los célulos. Os principois tipos de fibros sõo os coló-genos (broncos), os elósÌicos (omorelos) e os reticu-lores (delgodos).O tecido coniuntivo Írouxo (oreolor) é mocio e envol-ve, protege e otuo como um coxim que omortece di-versos órgõos (oÌuo como colo).C tecido odiposo (gorduroso) é um tipo de tecidoconiunÌivo que ormozeno gorduro. Ele formo o co-modo subcutôneo (sob o pele) e funciono como co-xim poro os rins e os olhos.O tecido coniuntivo fibroso denso é composto por fi-broblostos e motriz extrocelulor oue contém fibroscológenos e elósticos. Ele formo os tendões, os l igo-mentos, os cópsulos e o fóscio.O tecido con juntivo reÌiculor é corocterizodo pelopresenço de umo tromo delicodo de fibros reticulo-res (delgodos). Ele formo os molhos de tecido exis-tentes nos orgõos l infoides.A cortilogem é um tipo de tecido conjuntivo formodopor condrócitos. Os três tipos de corti logem sõo ohiolino, o elóstico e o fibroso.O osso (tecido ósseo) é um Ìipo de tecido coniuntivoformodo oor osieócitos. As célulos ósseos secretomumo moiriz extrocelulor que inclui cológeno, sois decólcio e ouiros minerois.O songue é um tipo de tecido conjuntivo consÌituídode célulos songüíneos envolvidos por umo motriz lí-quido denominodo plosmo.
Reru;lrr,ç,Os tecidos sõo grupos de célulos similores entre si em
estruturo e Íunçõo. As membronos sõo lôminos delgodos detecido que revestem os superfícies, Íorrom os covidodes docorpo e envolvem os órgõos.
I. Tipos de Tecido
A. Tecido Epitelioll. O tecido epiteliol reveste os superfícies e forro os co-
vidodes.2. O epitélio simples povimentoso é formodo por umo úni-
co comodo de célulos ochotodos, gerolmente encontro-do onde o Ìroco de goses e de nutrientes é importonte(como nos olvéolos pulmonores ou nos copilores).
3. O epitélio simples cúbico é formodo por umo únicocomodo de célulos em formo de cubo e é encontrodoprincipolmente nos glôndulos e nos túbulos renois.
4. O epitélio simples prismótico é formodo por umo únicocomodo de célulos olongodos e é encontrodo princi-polmente no revesÌimenÌo interno do troto digestório.
5. O epitélio pseudo-estrotificodo prismótico é umo úni-co comodo de célulos prismóticos e que oporentopossuir diversos comodos. Ele otuo no obsorçõo e nosecrecõo.
ó. O epitélio estrotif icodo povimentoso possui diversoscomodos e desempenho umo íunçõo protetoro nos te-cidos expostos oos desgostes noturois (como o revesti-mento interno do boco e o superficie externo do pele).
Z. O epitélio de tronsiçõo é umo modificoçõo do epité-l io estrotif icodo povimentoso e é enconÌrodo princi-polmente em órgõos que necessitom distender-se(como o bexigo urinório).
8. O epitélio glondulor gerolmente é formodo pelo epitéliosimples cúbico. O epitélio glondulor formo os glôndulosexócrinos (com ductos) e endócrinos (sem ductos).
B. Tecido ConiuntivoI . O tecido conjuntivo é o mois obundonte dos quotro
in:* tecidos e estó omplomente distribuído pelo
r 0
C. Tecido Nervosol. O tecido nervoso é encontrodo nos nervos periÍéri-
cos, no encéfolo e no medulo espinol.2. Os neurônios (que tronsmitem impulsos elétricos) e o
neuró-glio (que suporto, nutre e protege os neurô-nios) fozem porte desse tecido.
D. Tecido MusculorI . As célulos musculores sofrem encurtomento, ou con-
troçõo, cousondo ossim o movimento.2. Os três tipos de tecido musculor sõo o estriodo es-
queléÌico, o liso e o estriodo cqrdíoco.
ll. Reporo lìeciduql
A. Reporo por Regeneroçõoì . Regeneroçõo significo reposiçõo de tecido por célu-
los idênticos òs célulos originois.2. A regeneroçõo ocorre somente nos célulos que so-
trem mitose.
B. Reporo por FibroseI . Fibrose refere-se ò reposiçõo de tecido lesodo por
meio do formoçõo de tecido coniuntivo fibroso, ouiecido cicotriciol.
2. A fibrose ocorre em célulos que nõo soÍrem mifose.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 9l
l l l . Membronos
A. Membrqnos Epitelioisl. A pele é umo membrono cutôneo formodo pelo epi-
derme (exÌerno) e pelo derme (interno).2. ,A membrono epiteliol que forro todos os covidodes
do corpo que se comunicom com o meio exterior éumo membrono mucoso (p.
""., os trotos respirotó-
rio e digestório).3. Membronos serosos sõo membronos epiteliois que
revestem os covidodes ventrois do corpo, e qr" n'õose comunicom com o meio exÌerior.
4. As membronos serosos formom duos comodos: umoporietol, que reveste o porede do covidode, e outroviscerol, que reveste o superfície externo de um órgõo.
5. As três membronos serosos sõo o pleuro (enconhodono covidode torócico e ossociodo oos pulmões), o pe-ricórdio (presente no covidode torócico e ossociodooo coroçõo) e o peritônio, do covidode obdominol.
B. Membronos de Tecido Coniuntivol. A,s membronos sinoviois sõo membronos de tecido
con juntivo.2. Ouiros membronos de Ìecido coniuntivo estõo rero-
cionodos no Tobelo 5-4.
l. Defina tecido. Quais são os quarro diferentes ti-pos de tecido?
2. Quais são as quatro funções do tecido epitelial?Qual é o delgado material que ancora o tecidoepiteliaÌ às estruturas subjacentes?
-ì. Dos,quatro tipos de tecido, qual regenera maisraPloamenteí
+. Cite duas maneiras pelas quais o epitélio é classi-tìcado. Qual o tipo de epitélio que conrém múlti-plas camadas de células delgadas e achatadas?
i. Q". tipo de epitélio é encontrado onde ocorre omovimento de substâncias por difusão rápida oufìltração? Onde o epitélio cúbico é encontiado nocorpo? Qual t ipo de epitélio desempenha umafunção importante na absorção de produtos dadigestão? Onde o epitélio pseudo-estratif icadoprismático é encontrado no corpo?
6. Qual é afunção do epitélio de transição?-.
Como as glândulas exócrinas se diferenciam dasendócrinas?
8. Dos quatro tipos de tecido, qual é o mais abun-dante e mais amplamente distribuído pelo corpo?
9. Qtr. tipo de tecido conjuntivo frouxo é mais co-mum no corpo e que forma a base de todas asmembranas mucosas e mantém os órgãos em po-sição? Que tipo de tecido conjuntivo frouxo atuacomo um isolante?
f 0. Qual é a diferença entre tendóes e ligamentos?
1f . Quais sáo os três tipos de cartilagem?
12. Qual é o nome da condição na qual a mineraliza-ção do tecido ósseo diminui?
13. Quais são as três partes de um neurônio?
14. Quais são os três tipos de tecido muscular?
15. Que tipo de reparo tecidual ocorre somente nostecidos cujas células sofrem mitose?
16. Qual é a diferença entre as membranas mucosa eserosa?
f 7. Qual membrana pode ser afetada quando o apên-orce se romDeí
1.
TEGUfúENTOcofYlufYlE TEMBERATURACORPOREA() bjetivos
1. Descrever as duas camadas da pele: epiderme e derme.2. Definir lâmina basal e esrraro córneo.3. Citar as duas funçóes principais da tela subcutânea.4, Citar os farores que influenciam a cor da pele.5. Descrever as esrrururas acessórias da pele: pêro, unhas e grândulas.6. Citar seis funções da pele.
7. Descrever como a pele auxilia a regular a remperarura.8. citar três fatores que alteram a quantidade de calor produzida pelo corpo.9. Explicar quarro processos pelos quais o corpo perde calor.
10. Descrever os fatores que alteram as variações na temperatura corpórea.ll. citar rrês estrururas na pele que participam da reguraçáo da temperarura.12. Descrever as maneiras pelas quais a pele é afetadapelas queimaduras de primeiro,
segundo e terceiro graus.
93
94 I COPitUIO ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
^ h, não, uma espinha! Quantas vezes você olhou
I lno espelho para ver uma espinha, erupçóes na
\,/ pele , ìugas bu um cabelo desarrumado? Ne-
nhum outro órgão do corpo é táo examinado, esfrega-
do, esticado orimaquiladì como a pele. Além disso,
ano após ano, a pele resiste aos efeitos severos das in-
tempÈries, dos raìos quentes do Sol, lavagem, fricção e
lesóes constantes e microorganismos que constante-
mente estão tentando penetrar por sua superfícte.
A pele, as estruturas acessórias (glândulas sudoríferas,
sebácêas ou oleosas, pêlos e unhas) e a tela subcutânea,
situada abaixo da pele, formam o tegumento comum(ou sistema tegumentar). Esse sistema desempeúa di-
versas funçóes, a maioria das quais protege o corpo con-
tra lesóes ór't "trr"
como urna barreira contra agentes do
meio externo.
ESTRUTURAS DA PELE
A pele, ou cútis, é considerada um órgão (define-
se órgão como sendo formado por dois ou mais tiposde teãido agrupados, a fim de rèalizarem tarefas espe-cializadas). A pele apresenta duas camadas distintas: aexterna (ou súperfièial), denominada epiderme' e ainterna, a ilerme que está fìxada à tela subcutânea.
Comodos dq Pele
EpidermeA epiderme é a fina camada extella da p-ele; é for-
mada pelo epitélio escamoso estradficado. Como to-
do tecido epitelial, ela é avascular - náo apresenta su-
primento sãngüíneo próprio. Oxigênio e nutrientes se
difundem para a face profunda da eptderme a partlr
do rico suprimento situado na derme. A eoiderme
oode ser dividida em cinco camadas - duas delas são a
iâ-in" basal (estrato germinativo) e o estrato córneo.
O que ê um colo?
Um calo é uma resposta à pressáo excessiva ou irrita-
ção. Se a pele é submetida à pressão, o padrão de mitose
aumenta na lâmina basal, criando uma epiderme espessa'
Esse espessamento é denominado calo.
Foi o sopo quem fuz isso?
O sapo tem alguma coisa a ver com â verruga no na-
riz de Hèlga? Náo. Uma verruga é um crescimento da
epiderme è é causada Por um vírus. O sapo é inocente
dessa acusaçáo!
A tâmina basal situa-se próximo à derme e, dessa
maneira, tem acesso a um rico suprimento sangüíneo'
As células dessa camada estão em constante divisão,produzindo milhóes de células diariamente. À medi-
ã" qt. as células se dividem, elas empurram as mais
velhas para cima, em direçáo à superfície do epitélio;
arrq,r"nto isso ocorre, observam-se duas transforma-
cóes. Primeiro, enquanto as células se afastam da sua
Èorrt. d. nutrição, èl"t .o-.ç"m a morrer. Segundo,
as células sofrem um processo de queratinizaçáo, on-
de uma proteína consiìtente, a quefatina, é deposita-
da no inïerior da célula. A queratina endurece e acha-
ta as células enquanto elas se dirigem Para a
i rc do pêlo
Anqtomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r 95
Estratocórneo
Epiderme
Estratobasal
- 'èrdula
:-'nrnaçaoDerme
Terminaçõesnervosaslivres
.3:eptor:É 3ressão
Telasubcutânea
Nervo (dor)
Glândula sudorífera
Tecido Tecido conjuntivoadiposo
RGT RA ó-l t Apele. Aepiderme e adermesão as duas camadas dapele. Aderme situa-se sobre a telasubcutânea, ou hipoderme.
-rcrfície. Além de endurecer as células, a queratina':-i-iza outra imporranre função: ela impermèabilizaa':.r. Você já observou que sua mão não se dissolve
.rlqo você a mergulhá na água? Uma pele imper-- .-rbilizada nem absorve nem perde muitã água.
() estraúo córneo é a camada superficial da epi-:.:me e é composto por cerca de 30 camadas de célu-i. nlortas, achatadas e queratinizadas. O estrato cór-'.,ì compreende cerca de três quartos da espessura da,i:derme. As células mortas descamam, iìto é, são
rrinuamente eliminadas de maneira natural, e são':fostas por outras que se movem constantemente, a: irrir de camadas mais profundas.
Como a pele está .*pott" continuamente aos efei-' \ nocivos do meio ambiente, ela tende a desidratar-,c c deteriorar-se. A pele pode ser cortada, queimada-: congelada. Ela também pode sofrer irritãções por
- : t r iu le5 químicos e pode ser invadida por patóge-- ,'. Thlvez-o mais recenre e dramático.*e-plà deïr,-. -isáo patogênica da pele seja o da bactéria carnívora. :rptococcus (Grupo A).
. A pele pode também refletir processos patológicosdo organismo. Ìor exemplo, umã pessoa aÌèrgica ã pe-nicilina pode desenvolver urticáriã. Uma peiro" co-herpes zoster (cobreiro), uma inflamação-dos nervoscausada pelo vírus da catapora, desenvolverá lesóesdolorosas da pele, ao longo da via suprida pelo nervo.
O que é umq bolhq?
Uma bolha é uma bolsa cheia de fluido entre a der-me e â epiderme. Quando a pele é lesada por fricçãoconstânte ou irritação, parte do plasma vasa dos vasossangüíneos para a derme e se acumula entre essâs camâ-oas.
9ó . Copítulo ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
O que sõo estriqs?
Se a pele está muito esticada por gravidez ou obesi-dade, ela pode ser danificada. A derme entáo forma li-
nhas rosadas que gradualmente se toÍnam brancas. Essas
linhas são as estrias.
€omo você inietq um medicomento nqfelo subcutôneo?
Quando se injeta um medicamento na tela subcutâ-nea, é necessário que se utilize uma agulha de tamanho
adequado e que a mesma seja inserida em uma angula-
ção correta. A agulha penetra na epiderme e na derme de
tal maneira que suâ ponta se situe na tela subcutânea,
onde o medicamento é depositado.Derme
A derme, ou cório (ver p. 105), também é chama-da de pele verdadeira; está localizada sob a epiderme eé mais espessa que ela. A derme é composta de tecidoconiuntivo denso e contém numerosas fibras coláge-nas e elásticas, que são envolvidas por uma substânciagelatinosa. As fibras tornam a derme resistente e elás-iica. A espessura da epiderme e da derme varia deacordo com a região do corpo. Observe a pele da paÌ-ma das mãos e da planta dos pés; ela é muito mais es-pessa do que aquela que recobre a face interna do bra-
ço ou a superfïcie das p:ílpebras.Embora derivem da epiderme' as estruturas aces-
sórias como pêlos, unhas e c€rtas glândulas estão in-cluídas na derme. Vasos sangüíneos, tecido nervoso ealgumas fibras musculares também estáo localizadosnessa camada. A maioria dos nervos possuem termi-naçóes especializadas denominadas receptores sensiti-vos, çlue detectam dor, temperatura, tato e pressão.
De que ê feito seu blusõo de couro?
O seu blusão ou jaqueta de couro é a derme de um
animal. O colágeno dessa camada s€ tornâ muito duro e
resistente quando tratado com ácido tânico.
Telo SubcuÌôneoA derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta
última camada não é considerada como pertencente àpele; ela fica sob a pele e por isso é chamada de telasubcutânea, ou hipoderme. A tela subcutânea écomposta principalmente por tecido conjuntivo frou-
ro . ,.J,\o "[,poro.\\"
\.r.^p.n\t \ursluniuesprincipais: auxilia a ïsolar o corPo das variações extre-
^"t dt meìo ambìente e fixa a pe\e às estruturas sub-
iacentes. Poucas áreas do cotpo Àão Possuem tela sub''cutànea; nestes locais , a pele está fixada diretamente
no osso. Olhe pârâ â pele sobre âs ârticulações dos de-dos. Ela
"pr....tt" dãbr"s e é enrugadâ Porque está
aderida "o
orro. Imagine como você seria se toda sua
pele estivesse inserida diretamente nos ossos'
Cor dq Pele
Por que existem diferentes cores de pele? A cor dapele é determinada por diversos fatores: alguns são ge-néticos, outros fisiológicos e alguns são relativos adoenças. Quando consideramos a cor de pele, geral-mente consideramos somente o negro, o amarelo e obranco; mas e as diferentes tonalidades que existementre eles? As cores e tonalidades da pele são determi-nadas geneticamente.
Profundamente, na epiderme, existem células de-nominadas melanócitos, que são responsáveis pela se-creção de um pigmento que escurece a pele, chamadomelanina. E a melanina quem determina a coloraçãodas células ao seu redor, dËterminando o seu escuréci-mento. Quanto mais melanina é secretada, mais escu-ra é a cor da pele. O interessante é que todos nós te-mos o mesmo número de meÌanócitos. Porém, o quedetermina a cor da nossa pele náo é o número de me-lanócitos, mas a quantidade de melanina produzida.
Os nrt\xr(trrss çs{trs l'lrserrvrr t sce\cÉs demelanina? Siml QuaÀdo expostos à radiaçáo ultravio-
\eta òos taros òe-so\, os mà\anocìtos ptoòuzem mars
melanina. A pele escuÍece na tentativa de-proteger as
camadas proFundas dos efeitos nocivos da radìação.
Pessoas dè pele clara freqüentemente "assam" ao sol
durante hoìas, na tentativa de aumentar a produção
de melanina. Esse esforço é recompensado com a ob-
tenção do famoso bronzeamento.
E
i,_iumas condiçóes envolvem disfunções dos me,. ,,:()s. O que acontece se os melanóèitos deixam- : ,Juzir melanina completamente? Nessas pes_
. l.ele, os pêlos e a parrè colorida dos olhos (ïris). ,:.i:ìcas. Essa condição é conhecida como albinis_
r,s ', ).11165 indivíduos desenvolvem uma condicão, ,:..Ja de vit i l igo. Nesse caso, há a perda d" pìg_
: , meÌanina) em determinadas áreas da pel..'foï-' . .: , porções de pele branca. O pigmento m.lanina, , r . :.in.rbém corar a pele de formã ãesieual. pintas e
rrrrugâs são exemplos de melanina .oãcentrad" em. : r . r r i ras de pele.:, ';orrência de pintas na pele é comum; normal_
' :.. rs pessoas apresenram de 10 a 20 pintas. Infe_-:ìrc. Llma pinta pode sofrer uma alteraçao maligna
. -r:osâ), formando um melanoma maÍigno. Uïrra'- -ira Que Se torna escUra, e apresenta Um cOntofno" ,. : , ()Lr denteado, deve ser imèdiatamente avaliada.
...lnoma maligno tende a sofrer metástase (se espa--' ::ruiro rapidamente, e é um dos tipos de câncer
. .:itÌceis de se trarar. A exposição "o
iol "umenta
o. .ic se desenvolver um m.lanoma maligno.
:..:rn da melanina, a pele também posïui um pig_: :,ì amarelo, o cafoteno. A coloração
"-"r.Là'"... :ìlqmento não é notada, em razáo dos efeitos da.:r. ina. Como a pele dos asiáticos possui pouca::ìrna, o caroteno é o responsável pela cor amarela.--i\ peles. O que .ontribui paraì cor rosada da
.' Í lo,-g alguns indivíduoì produzem pouca
. ,:::idade de melanina, a derme se torna visív.l, .r.r_.. . ..rr.,são os.capilares os responsáveis por essa tona-, -,:r- rle cor da pele.
r ;epacidade do sangue da derme em alterar a cor. .'ric rambém depende de outras condições. O san-. :ì()bre em oxigênio determina a coloráção azul da
: -' .rma condição conhecida como cianose. euan_1. pessoas ficam envergonhadas, os vasos sangüí-. Ja pele dilatam, aumêntando o fluxo sangüáeo' i pele, o que determina o rubor e o calor dãssa si_
.. ".tr. Por que se diz "Ele está branco como uma fo_.:c papel"? Um indivíduo que se assusra sofre uma.:ricão dos vasos da pele. Ìsso determina um de_
:.-lmo na quanddade de sangue para a pele e a per-- .:.i .or rosada.
r cor da pele pode também se alterar em resDosra a'- :-.cas. A avaliação da cor da pele fornece dadios im_
, ::.ìnres em relação a determiÀadas patologias. Uma:..rra com doença hepática é incapãz de ãxcretar o::Ììenro bilirrubina. Ao invés de ser eliminado, ele é,..,rsirado na pele, causando a icterícia. Um indiví_
.om um funcronamento precário da elândula su_. .,:enaÌ pode depositar o .*cèsso de melaïina na pele' -:ìresentar uma cor bronzeada. Uma coloraçao nãgra. --':rlada, que aparece com uma contusão, indica óe. ::ìque escapou dos vasos e coagulou sob a oele.
,\ cor da pele pode ainda se alïer", de "cordo
com ".:r. Por exemplo, é.possível adquirir uma coloração
. ...rreÌada da pele, determinada-pelo caroteno, se a..:oâ corrÌ€f muitos vegetais que contenham o pig_- : r to , como a cenoufa.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humqno Soudóvel e Enfermo . 97
ESTRUTURAS ACESSORIAS DA PELE
A pele apresenta diversas estruturas acessórias co_mo os pêlos, as unhas e as glândulas.
Pêlor
Há milhares e milhares de anos atrás, nós huma-nos eramos seres peludos. Como nossos animais deestimação, dependíamos de uma espessa cobertura depeto para nos mantermos aquecidos. Hoie, a maiorparte do revestimento.piloso à. ro.ro .o.po . esparsa,e os pêlos são muito dèlgados, excero o, ào .otrro ."_beludo (r.ldg que para ãlgurrr, esres são muito raros).A pnncipal função dos pêlos do nosso corpo é a dedetectar a.presençade insetos sobre a pele, antes queeles nos piquem- Algumas parres do iorpo nao pãs_suem pêlos e incluem a. palma das mãos, à pl"r,tJ do,pés, os lábios, os mamilãs e parres de órgãoì do siste-ma genital.
, Alg.r-"j regiões que apresentam pêlos desempe-
nham fu.nções importante.l. po1 e*emplo, os supeicí_tlos-e cil los proregem os olhos da poeira e da tránspi_ração; os pêlos do nariz impedgm que a po.ir" sãjainalada para os pulmões, e os cabeloi aiudàm a man_ter a cabeça aquecida - e, é claro, têm uma importân_cia imensa sob o ponro de visra esterico.
O crescimentô dos pêlos é influenciado pelos hor_mônios sexuais, o estrógeno e a progesrerona. O iní_cio da puberdade é pr..ãdido pelo cËscim.nro d. pé_los nas axrlas e na região púbica, ranto nos indivídüosdo sexo mascuÌino como nos do sexo feminino. Noshomens, o aumento da testosterona também determi_na o aparecimenro da barba e dos pêlos do tórax. Oestrógeno não possui esse efeito.
f p".rt.r principais do pêlo são o eixo do pêlo, si_
yado acjml da superficie da pele, e a Íaiz, a parre quese estende.da derme para a superfície (Fig. e_D. Câa^pêlo se or ig ina de um grupo-de célu lasïa .p id. r rn.que se projeta inferiormenre, ou penetra .r" p.1.. Err"extensáo inferior forma o folícuio piloso. Às célulasepidérmicas da base do Folículo ...Ëb.- um rico su-primento de sangue.proveniente dos vasos sangüíneosda derme. A medida que essas células se divldem ecrescem, as células velhas sáo empurradas para cima,em direção à superficie da pele. Como .l"r^r. afastamcte seu suprlmento sangüíneo, essas células morrem.pomo ourras célula. q.t-. form"- a pele, as células pi_tosas rambém sofrem queradnização. O cabelo que es-covamos, secamos e penteamos todos os dias é, na rea_Irdade, uma coleção de células querarinizadas morras.
A cor dos pêlos é controlad-a genericamente e de_terminada pelo r ipo e pela quani idade de melanina.Uma abundância de melanina produz o cabelc_, negro,
f lguanto pouca m-elanina é responsável pelo caÈ-elolorro. Lom o envelheclmento, os melanócitos se ror_nam menos ativos; assim, a ausência de melanina pro_duz o cabelo branco. O cabelo grisalho se deve à mis_
98 . Copítulo ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
Músculoerelordo pêlo
Glândulasebácea
Folículo pi loso
Raiz do pêlo
Vaso sangüÍneoda derme
Eixo do pêlo
Epiderme
tura de cabelos com e sem o pigmento. E interessanteressaltar que o cabelo ruivo se deve a um tiPo modifi-
cado de melanina que contém ferro.Crespo, ondulaão ou liso - a forma do eixo deter-
mina a ãparência do pêlo. Um eixo circular produzum cabelo liso, enquanto que um eixo oval determinaum cabelo ondulado. Um pêlo crespo e retorcido é oresultado de eixos achatados. Pode-se produzir um ca-belo crespo, achatando-se o seu eixo pelaaçáo de pro-dutos químicos.
Como um gatinho assustado pode eriçar os pêlos?Aderido ao folículo piloso, existe um feixe de célulasmusculares lisas queTormam o músculo eretor do pê-lo, responsável pela elevação de sua extremidade livre.
Quando assustado, o encéfalo do gato leva a mensa-
gem de pânico pelos nervos que suprem os músculoseretores do pêlo (Fig. 6-2). A contração desses múscu-
los traciona o pêlo e estica a sua extremidade. O gatoolha mais ferozmente com os pêlos eriçados, o qu€ o
ajuda a espantar o agressor. A extremidade livre dopêlo do gato também se eleva quando ele está comfrio. Dessa forma, ele aprisiona calor em meio aos pê-los, o que o ajuda a se manter aquecido.
Embora os seres humanos não sejam muito benefi-ciados com seus pêlos quanto os nossos amigos pelu-
FIGURA ó'2 r Folículo pilo-Tela so. O pêlo é formado por um eixosub- . tr-"'."ir. Observe a relação doscutânea vasos sangüíneos, glândulas e
músculos com o folículo piloso.
dos, nós respondemos da mesma forma ao medo e aofrio. A contiação dos músculos eretores dos pêlos tam-bém determina a elevação de suas extremidades livres.Ao se eriçar, o pêlo determina, próximo à sua base, pe-quenas elevaçóes na pele. Essa reação é o que explica apele arrepiada. O pêlo eriçado não serve muito paramanter o nosso calor, mas a contração dos músculoseretores dos pêlos determina um aumento na produçáode calor. Essa resposta desencadeia o arrepio e o tremor,uma das ações interessantes que os pêlos realizam.
Sob o aspecto estético, os pêlos são importantes. Aperda dos pêlos é denominada alopecia. Perder os ca-belos, ao ponto de tornar um indivíduo calvo, é mui-to desagrádável e às vezes desolador para algumas_pes-soas. O tipo mais comum de calvície é a masculina,uma condição hereditária caracterizada pela perdagradual dos cabelos com o envelhecimento. lJma se-
[unda causa comum é a perda de cabelo relacionada à
toxicidade de drogas, como aquelas utilizadas na qui-mioterapia. As drogas contra o câncer sáo tão tóxicasque freqüentemente destróem as células produtorasdos pêloì. Quando a terapia termina, as céluias se re-generam e voltam a produzir os pêlos. Curiosamente,õ cabelo regenerado pode apresentar cor e textura di-ferentes do cabelo original.
Lúnula
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo o 99
A
ffit RA ó-3 r Unha. As três. ,. .i.r unha são a margem li-
. . ' r po da unha e a ma r r i z, - t - : .
Margemlivre
Corpo da unha
Unhos
\r unhas são placas delgadas de células epiteliais- * "i:!osas estrarificadas que contêm um tipo de que-. :r,ì cxrremamente dura (Fig. 6-3).As un-has são en-
,:::rdas nas exrremidades distais dos dedos dos pés- : '. mãos e protegem essas estruturas de lesões.
r eda,unha apresenta as seguintes estruturas: uma-'ì::cm llvre, um coÍpo e uma matÍiz. As células do
::"u,, da unha se desenvolvem e se tornam queratiniza-
das na matÍiz da unha. A extensão da matrizda unha érepre_sentada por uma região em forma de meia lua, ahinula, que está localizada na base da unha. À medidaque o corpo da unha cresce, ele percorre uma camadasituada inferiormente denominada vale da unha, umaparte da epiderme. Á cor rosada das unhas se deve àpresença dos vasos sangüíneos da derme, situados in_ternarn€nre. O eponíquio (cutícula) é uma prega do es-trato córneo que cresce sobre a parte proximJdo co._po da unha.
RGURA ó-4 r Glândulas da pele. Os'
1., , ' de glàndu.las da pele são as glân-. ;. .:báceas e as glândúlas sudoríieras.
:.-:r dois tipos ãe glândulas sudorífe-- .. -ipócrinas e as merócrinas. Esse tênis
:: ie um pé suado.
lEpiderme
Glândulasebácea
Telasub-cutânea
Corpo da unha Matriz da unha
I OO . Copítulo ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
O que é seborÉio?
A seborréia ocorre como decorrência da secreçáo
exagerada das glândulas sebáceas localizadas na cabeça,
formando â caspa.
Glôndulos
Duas glândulas exócrinas importantes estão asso-ciadas à pele: as glândulas sebáceas e as glândulas su-doríferas (Fíg.6-q.
A maioria das glândulas sebáceas (ou glândulasoleosas) estão associadas aos folículos pilosos e sáoencontradas em todas as regióes do corpo onde exis-tem oêlos. Elas secretam uma substância oleosa deno-mináda secreçáo sebácea (sebo) que flui para o folí-culo piloso e daí para a superfície da pele. Somenteum pequeno número de glândulas sebáceas se abre di-retamente sobre a superfície da pele.
A secreção sebácea lubrifica e auxilia na impermea-bilizaçáo da pele e dos pêlos. Essa secreção tambéminibe o crescimento de bactérias sobre a suoerfície dapele. Com a idade, a secreção sebácea d iminui gra-dualmente, sendo essa alteração em parte responsávelpela pele seca e cabelos quebradiços das pessoas idosas.Os recém-nascidos apresentam um revestimento quelembra muito a consistência do requeijão. E o vernizcaseoso, que é produzido pelas glândulas sebáceas.
Algumas vezes, as glândulas sebáceas podem entu-pir pelo acúmulo de secreçáo e outros resíduos.
Quando a secreção sebácea é exposta ao ar e seca, elese torna negra, formando um cÍayo; quando a secre-
ção se torna infectada, desenvolve-se uma espinha.Você iá deve ter observado o conteúdo de uma espi-nha. O cravo e a espinha são comuns em adolescenìesporque as glândulas sebáceas respondem ativamenteàs mudanças hormonais decorrentes da puberdade.
As glândulas sudoríferas (glândulas do suor) es-táo localízadas na derme e na tela subcutânea (Fig. 6-4). EIas são encontradas em todas as regióes da pele esão oarticularmente abundantes na oalma das mãos en" pl"nt" dos pés. Como o nome indica, essas glân-dulas produzem o suor. lJma pessoa apresenta aproxi-madamente três milhóes de glândulas sudoríferas.
Existem dois tipos de glândulas sudoríferas - as apó-crinas e as merócrinas. As glândulas apócrinas estãogeralmente associadas com os folículos pilosos e são en-contradas nas regióes axilar e genital. EÌas respondem aoestresse emocional e tornam-se ativas cuando a Dessoafica assustada, perturbada, sente dor ou'fica sexualmen-te excitada. Como o desenvolvimento dessas elândulas éestimulado pelos hormônios sexuais, elas sáoLais ativasdurante a püberdade. O suor produzido pelas glândulasapócrinas não possui um cheiro forte; porém, se ele se
acumula sobre a pele, as substâncias nele contidas sãotransformadas, por ação de bactérias, em substânciasquímicas com odor desagradável. Esse "cheiro do cor-po" é a ruzáo pela qual utilizamos desodorantes.
Em animais como o cão, as secreçóes dessas glân-dulas atuam como atrativos sexuais. Observe o cuãoimpacientemente um cão cheira quando um acaiala-mento em potencial está por perto!
As glândulas merócrinas são as glândulas sudo-ríferas mais numerosas e mais amolamente distribuí-das. Elas estáolocalizadas em todo o corpo e são espe-cialmente numerosas sobre a fronte, lábio superior,palma das mãos e planta dos pés. Ao contrário dasglândulas apócrinas, essas glândulas não estão associa-das aos folículos pilosos.
O suor produzido pelas glândulas merócrinas de-sempenham uma função importante na regulação datemperatura corpórea. Enquanto o suor evapora dasuperÍÌcie da pele, ocorre perda de calor. Estas são asglândulas que nos fazem suar profusamente em diasquentes ou durante períodos de exercício extenuante.Diferente do que ocorre com as glândulas apócrinas,que se tornam ativas durante a puberdade, as glându-las merócrinas funcionam durante toda a vida. A se-creção das glândulas merócrinas é composta princi-palmente por água e alguns sais.
As elândulas mamárias e ceruminosas são slândulas,trdoríãr", modificadas. As glândulas mamária*s, produ-toras de leite, estão situadas no tórax (a secreção do leiteserá discutida no Capítulo 23). As glândulas cerumi-nosas são encontradas no meato acústico externo e Dro-duzem uma secreçáo amarelada, o cerume (ou cerã doouvido), que repele insetos e retém material estranho.
*R.ESUilIINDO! O tegumento comum é for-mado por pele e estruturas acessórias (pêlos, unhas eglândulas). A pele é composta por duas camadas: aepiderme e a derme. A derme situa-se sobre uma ca-mada denominada tela subcutânea ou hiooderme.
FUNçOES DA PErE
A pele é um 619áo complexo que desempenha di-versas tunções:
. Mantém substâncias nocivas fora do corpo e auxi-lia na retençáo de á'gua e eletrólitos; ela tambémprevine a perda excessiva de água. Um pacienteque sofreu queimaduras extensas desidrata-se rapi-damente em razão da ausência da pele.
t Protege as estruturas e os órgãos internos de lesóesdeterminadas por queimaduras, cortes, substân-cias químicas, luz do sol e microorganismos pató-genos. A pele atua como uma barreira Íïsica e a suasecreção ácida,impede o crescimento de patógenosem sua superllcre.
. Executa uma função excretora. Embora essa funçãoseja pequena, a pele é capaz de eliminar água, sais epequenas quantidades de resíduos, como a uréia.
' ',:...Ì como uma glândula sintetizando e secretan-
, ,. ' i tamina D. As células da pele contêm uma,,.'cula que é convertida em vitamina D quando
:.()sta aó sol. A vitamina D desempenha uma. -::..-ro importante nautilizaçáo do cálcio pelo te-
. .:() ósseo.' - 1:..mp€flha.uma função sensorial por abrigar re-
:"ìlof€s sensitivos para tato, pressão, dor e tempe-' .:.rr,r. Dessa formã, a pele auxilia a detectar infor-' .r;ões sobre o meio ambiente.
' - -:Ìr um papel fundamental na regulação da tem-'J:.ìtura corDórea.
t eg u loçõo dr: Temperoturq Corpóretl
lemperoturo Corpóreo: Produçõo de Color' -.r lor é uma forma de energia (termica) e é produ-
- :..rr milhóes de reaçóes químicas que ocorrem nas
- .. Jo corpo. O calor produzido pelo metabolismo. - .:: e a base da temPeratura corpórea. A maior parte
. -i.,rr do corpo é produzida nos músculos e no ffgado.
::oouso, oì músculos produzem cerca de 25o/o do
. , :,,r.1 do corpo, enquanto o figado produz até25o/o.
,::-.;fãlo .m .èpouto produz somente cerca de l5o/o
-..-or do.otpo. É inteiessante salientar que o encéfalo
. ,.itr durantè o estudo náo produz muito mais calor
..,:c quando está em repouso'.. quantidade de calor produzida pode ser afetada
, , .iiversos fatores: consumo de alimento, quantida-
. :ipos de hormônios que são secretados e ativida-
:..ica. Com o exercício, a quantidade de calor pro-
- '.J,r oelos músculos pode aumentar muito
,,,,.nm de vezes). O calor produzido pelas células é
.. '::Jo e distribuído pelo corpo através do sangue.. -.'.:indo: o calor produzido pelo metabolismo celu-
. : . .r base da temperatura corpórea.
Íemperoturo Corpóreq: Perdcr de Colort ) corPo produz e perde calor constantemente' A
,.,,, p"it. ãa perda de calor ocorre através da pele' ,). O restante (20%o) é eliminado pelo sistema
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo t | 0 |
Por que os orelhos se lornom vermelhqsem côndições de temperoturq muito frio?
Normalmente, quando a temPeraturâ do corpo di-
minui, os vasos sangüíneos sofrem constrição de.forma a
consefvar a temPeratufa quente nas câmadas lnternas
dos tecidos. Entretanto, quando a temperatuÌa cai mut-
to, os vasos se diÌatam no intuito de prevenir lesões irre-
versíveis dos tecidos. Os lobos da orelha dilatados tor-
nam-se avermelhados em razão do aumento do fluxo
sangüíneo nessa região.
O que ê suor frio?
A sudorese é regulada pelo sistema nervoso simpáti-
-.,. Quando .t-" pitto" é perturbada (por medo, difi-
-,:ldades ou nervosismo), o sistema nervoso simpático é
-.rimulado. Esse estímulo resulta em um tipo de sudore-'c que náo está associado a exercício físico nem à conse-
.:iiente elevação da temperatura. Por isso essa condiçáo é
-.rnhecida como "suar frio".
respiratório (pulmões) e por produtos excretados (uri-
na'e fezes). À petd" de calor^ocorre de quatro manei-
ras: radiação, condução, convecção e evaporaçáo.A ouantidade de sangue nos vasos dérmicos in-
fl,r.t.à a quantidade de ãalor que pode ser eliminada
ou dissipada pela radiação, condução e convecção. Ra-
diaçãoiignifica que o calor é eliminado de uma estru-
t,r.iqn..t-.. (p. .*, o corpo) para o ar frio que o envoÌ-
,re. dsi-, trÁ ittdi ríd.to pe.d. calor em uma sala fria.
A condução é aperda de calor de um corpo quente
para um objeto fiio que está em contato com ele. Por
è*e-plo, r.rt t" pestoà (corpo quen-te) esfrìa quando
,e.rt"è- um bloco de gelo (objeto frio). Clinicamen-
te, uma manta fria pode ser utilizada para reduzir uma
febre alta e perigosa. A convecção é a perda de calor
po, .orr.rrteì dúr que se movem sobre a superfïcie da
pele. Por exemplo, um ventilador movimenta o ar so--b.e a superficie da pele, removendo constantemente a
camada de ar aquecido próxima ao corpo.Finalmente, a perda de calor pode se Processar
através da evaporação, que ocorre quando um líqui-
do é transfor-ìdo .- gái. Por exemplo, quando o ál-
cool é esfregado sobre apele, ele evapora e resfria a pe-
le. Do mesmo modo, durante exercícios extenuantes'
o suor da superfície da pele evaPora e esfria o corPo.
Note que a á.aporação ãe água èstá associada à perda
de caloì. Em um dia quente e úmido, a água não pode
evaporar da superfïciê da pele; assim,- a eliminação de
calór diminui. Essa é a razáo pela qual sentimos inten-
samente o calor de um dia quente e úmido.A temoeratura normal do corpo oscila entre 36,2C
e37,6"C, com uma média de 3TiC.Ilmatemperaturaacima do normal é denominada hipertermia ou febre,
e geralmente acompanha uma infecção. A hipotermia
,.ï.r.-.. a uma temperatura abaixo do normal e se de-
senvolve mais freqüèntemente quando um indivíduo é
exposto a temperaturas ambientais frias.^A temperãtura corpóreavaría em diferentes re-
g iões do corpo. Se vocè medir a temPeratura de um
f,aciente peli boca (sob a língua), axila ou reto, irá ve-
iifi."r p.(n.nas diferenças nas leituras. Assim, a tem-
peratuia na axila é menor quea oraÌ, que por sua vez é
menor que a temperatura retal.
I 02 . Copítulo ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
A temperatura do corpo também varia de acordocom o período do dia. As alteraçóes na temperatura es-
tão relàcionadas com a atividade física e alimentação.Por exemplo, a temperatura corpórea é mais baixa no
iníc io do-d ia porqúe est ivemos em repouso e a inda
não comemos. À medida que nossa atividade fïsica e o
consumo de alimento aumentam no decorrer do dia, a
temperatura do corpo se eleva, de tal forma que ela é
mais elevada no final da tarde e início da noite.
Temperoturo Corpóreo: ReguloçõoComo já mencionado, a temperatura corpórea
normalmente é mantida em torno de 37"C. O ter-
mostato do corpo é uma parte do encéfalo denomina-
da hipotálamo. Quando a temperatura.co-rpórea des-
via dõ normal, a informação é enviada do hipotálamo
para a pele, onde três estruturas participam da regula-
çao d"ì.-peratura: os vasos sangüíneos, as glândulas
iudoríferas e os músculos eretores dos pêlos (Fig. 6-5).
Com o exercício e a elevação da temperatura' os
vasos sangüíneos dilatam, permitindo assim um fluxo
maior de sangue para a pele. Essa atividade transfere
calor das estrutuias profundas para a superfície do
coroo. Note o rubor na face da corredora em virtude
do maior aporte sangüíneo nessa região (Fig. 6-5). A
elevação de temperatura também estimula a atividade
das eiândul"s súdoríferas. À medida que o suor eva-po.""d" superfície do corpo, o calor é êliminado. Sob
iondições ã".r.-", de calor, até 12 litros de suor po-
dem ser eliminados em um período de 24 horas. Essas
duas atividades abaixam a temperatura do corpo.O que acontece com o cavalheiro que está espe-
rando o ônibus enquanto está nevando? A temperatu-ra de seu corDo está diminuindo. Então, como o cor-
po respondã? Primeiro, os vasos sangüíneos se
.o.tt."é-, reduzindo o fluxo de sangue para a pele.Essa resposta mantém o sangue e o calor nos tecidosprofundos, prevenindo a perda de temperatura. Se-
gundo, as glãndulas sudorí^feta. totna--se menos ati-
,ras, o que também previne a perda de calor. Terceiro,
oco.re ì contraçáo dos músculos eretores do pêlo,
ocasionando arrepio e tremor, e um aumento na Pro-dução de calor. Essas três atividades elevam a tempe-ratura corpó Íea para níveis mais normais.
Glusndo o Pele ê Queimqdu
De maneira trágica, amplas áreas de pele são fre-qüentemente perdidas como conseqüência de quei-
madur"s. As queimaduras são classificadas de acordo
com a profundidade e a extensão da área lesada (Fig.
6-64). Baseando-se na profundidade, as queimadurassão classificadas em queimaduras de primeiro' segun-
do e terceiro graus. Uma queimadura de primeiro
grau é vermelha, dolorida e ligeiramente edematosa(inchada), quando somente a epiderme é envolvida. Aqueimadura de sol é um exemplo desse tipo. Uma
FIGURA ó'5 . Regulaçãoda temperatura. O termostatodo corpo é o hiporálamo. Dois
i -mecânrsmos esrao envorvtdosna diminuição da temperaturaaté o normal : a vasodi laração e
a transpiração. Os três mecanis-mos que restauram umâ tempe-
ratura baixa para níveis nor-
mais são a vasoconstricção, a
ausência de suor, o arrepio e o
tremor.
Termostato
HIPOTALAMO
TEMPERATURADIMINUíDAI
Os vasos sangüíneoscontraem-se e o calore mantido nos tecidos
sudoríferas tornarn-semenos ativas. Osmúscutos eretoresdos pêlos contraem,causando arrepio.
TEMPERATURAAUMENTADA:
Os vasos sangüíneosdilatam-se, produzindouma aparênciaavermelhada. Asglândulas sudoríferastornam-se mais ativas.
o " o o v ;o o o o ' oo o o o n
ï 's ' , ' ï
Nïï..M".'.i
' 0 "
a , . n L
utr:Ò .1ro l 'o.Q no.0,. ;.:."o . e "
' 0 . ^ "
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . I 03
Queimaduras del a e 2 e g r a u s
Queimadurasde 3e grau
FIGURA ó-ó r A, euei-maduras: partes da pele le-sades por queimaduras.
Queimaduras ãe primeiro esegundo graus e queimadu-ras de.terceiro grau. B, Aprova dos nove para avaliara extensão das qúeimaduras.
Epiderme
Telasub-cutânea
-Ombros, braços,-antebraços e mãos
18%
Anterior
;.:cimadura de segundo grau envolve lesóes tanto na--?rtlerme quanto na derme. Com uma pequena lesão:-: derme, os sintomas desse tipo d. qúeiÀ"dura in_--rem vermelhidão, dor, edemâ e formação de bolha.
Posterior
Com uma lesão maior da derme, a pele pode parecervermelha, bronzeada ou branca.
Queimaduras mais profundas são chamadas de ter-ceiro grau. Nesse caso, a epiderme e a derme são des-
-tF
I O4 * Copítulo ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
truídas e, com freqüência, as camadas mais profundastambém. As queimaduras de terceiro grau possuem corbranca, bronzeada, marrom, negra ou vermelho-cereja.
A extensão da lesão por queimadura é avaliada ini-cialmente de acordo com a prova dos nove (Fig. 6-68).Por esse método, a área total da superfïcie corpórea é di-vidida em regióes. As porcentagens determinadas sáo re-lativas ao número 9. Por exemplo, a cabeça e o pescoçosáo considerados como 9o/o do total da superÍÌcie corpó-rea; cada membro superior corresponde a 9%o, enquan-to cada membro inferior equivale a IBo/o (9 x 2). Noteque as porcentagens correspondem a cada região especí-fica do corpo. Para determinar o tratamento adequado,o clínico necessita avaliar tanto a profundidade quantoa extensáo da lesão causada pela queimadura.
#m"e fu*mbs'wÈ* S*ëps.w esffiwãdmdms {ffiË}'s ffi ffi&ffffi
A pele é constantemente exposta a toda sorte demaus tratos, como o fessecamento provocaclo por sa-bão, os efeitos nocivos da radiação ultravioleta do sol,numerosas erupçóes e a exposição a objetos pontiagu-dos. Como não se pode evitar o desgaste natural, nóspodemos proteger a pele de diversas maneiras. Porexemplo, podemos diminuir a exposição da pele à ra-diaçáo ultravioleta; banhos de sol são nocivos para apele. A exposição ao sol tanto resseca quanto produzlesóes irreversíveis à pele. Ela também endurece a pelee, o mais importante, aumenta o risco do câncer e domelanoma malisno.
Cuidados .o-rn "
pele são pârticularmente impor-tantes nas pessoas idosas, qrÌe possuem uma pele geral-mente seca, que pode ser lesada com mais facilidade e émais diÍÌcil de cicatrizar. Como a pele é seca, o uso ex-cessivo de sabâo deve ser evitado a fim de prevenir umressecamento adicional da oele. Mais ainãa. a manu-tenção da superf íc ie ác ida da pele serve para ev i rar aproliferação de bactérias (o que será discutido poste-riormente no Capítulo 17). AÌém disso, tornando-seressecada com a idade, a pele sofre também uma outtaalteração importante, com a derme e a tela subcutâneatornando-se delgadas. Como resultado, o idoso temuma maior propensão a lesões porque os vasos sangüí-neos náo estão bem protegidos. Além disso, o calor dosvasos sangüíneos é eliminado mais facilmente, de ma-neira^gue as pessoas idosas freqüentemente sentemmals tno.
*RË5UÍilINDO! A pele é um órgão complexoque desempenha diversas funçóes: fornece proteção pa-ra todo o corpo, atua como uma barreira, regula a tem-peratura, detecta sensações (tato, pressão, temperaturae dor), sintetiza vitamina D e atua como um órgão ex-cretor. Como nos protege do meio ambiente, devemostomar muito cuidado com esse órgão maravilhoso.
l. O envelhecimento provoca um adelgaça-mento generalizado da epiderme; as célulasda epiderme se reproduzem mais vagarosa-mente e são maiores e mais irregulares. Essasalterações resuÌtam em uma pele fina e maistransparente.
2. A arívidade dos melanócitos diminui, resul-tando em uma diminuição da proteção con-tra os raios ultravioletas e uma maior susceti-bil idade às cueimaduras de sol e ao câncer.Alguns melanócitos aumentam a produçãode melanina, o que resulta em pintas oumanchas marrons, ou manchas da idade, emparticular nas áreas expostas ao sol.
3. A derme se torna delgada, com uma dimi-nuição na quantidade de colágeno e do nú-mero de fibras elásticas. O resultado é um au-mento na fragil idade da pele, bem como doaparecimento de rugas. A pele também de-mora mars pafa se regenerar.
4. A vasculaúzaçáo da derme diminui (pela di-minuição do número de vasos sangüíneos),com um padrão mais lento de reparação. Essaalteração faz com que a pele se torne maissuscetível a pequenas hemorragias e úlceraspor pressão.
5. A vascularízação e a circulação da tela subcu-tânea diminui, de tal forma que drogas admi-nistradas por essa via são absorvidas mais len-tamente.
6. A quantidade de tecido adiposo na tela sub-cutânea diminui, resultando em uma pelepregueada e enrugada que tem reduzida a suacapacidade de manter a temperatura corpó-rea. A nessoa tende a sentir frio.
7. A atívídade das glândulas sebáceas diminui,resultando em uma pele seca, áspera e cheiade sardas.
8. A atividade das glândulas sudoríferas dimi-nui, resultando na diminuição da capacidadede regular â temperatura corpórea e na into-lerância ao frio.
9. O padráo de produçáo de melanina pelos fo-lículos do pêlo diminui. Como resultado, ocabelo se torna mais claro, desde cinza atébranco. Os pêlos não são repostos com fre-qüência e se tornam mais delgados.
10. O suprimento sangüíneo para o vale da unhadiminui. Como conseqüência, as unhas tor-nam-se fracas, quebradiças, duras e espessas;o padrão de crescimento também diminui.
ênqwonÌoVocêêravelhec.e
FÉ-de-Atf erq (" Í rieiro" I
Íurúnculo
lfroGsfo
Dcrmotite
Cczemo
uakório
fnperigoÈoríqse
Câncer de pele
) tegumento comum inclui o pele; elo reveste o corpo,: '€e os órgõos internos e desempenho umo Íunçõo im-
,: -rnle no reguloçõo do temperoturo corpóreo.
l- Esiru?uros: órgõos do Tegumento Comumi sistemo legumenlor inclui o pele, os estruturos oces-
":,' rs e o telo subcutôneo, oboixo do pele.
t- PeleA pele é chomodo de cútis.
. A pele possui duos comodos, umo externo, o epider-me, e outro interno, o derme.
: A epiderme opresento cinco comodos. A lômino bosolé o comodo onde ocorre o divisõo celulor. As célulosnovos produzem querotino (impermeobilizonle) e mor-rem ò medido que elos sõo empurrodos poro o super-
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . | 05
fície. A comodo superficiol é o estroto córneo e consis-te em célulos ochotodos, mortos e querotinizodos.
4. A derme é o cório, ou pele verdodeiro. Elo estó si-tuodo sobre o telo subcutôneo.
5. A cor do pele é deÌerminodo por diversos fotores: ol-guns sõo genéticos, outros fisiológicos e outros sõorelocionodos o doenços. A melonino escurece o peree o coroteno lhe confere umo coloroçõo omorelodo.A quontidode de songue no pele oltero suo cor (p.ex., rubor), bem como o oporecimento de substôn-c ios onormois como o b i l i r rubino ( ic ter íc io) e umboixo conteúdo de oxigênio (cionose).
B. Estrufurqs Acessôriqs do Pele1 . O pêlo estó distribuído desiguolmente pelo superfí-
cie do pele. A locolizoçõo ão pêlo determino suo
Umo oÍteroçõo do pele em que os glôndulos sebóceos produzem suo secreçõo de moneiroexcessivo. A secreçõo sebóceo e os célulos querotinizodos mortos entopem um folículo pi-loso e oporecem como crovos. O foliculo entupido pode ser infectodo por boctério. produ-zindo ossim, umo espinho. A formo mois comum de ocne é o ocne vulgoris, que ocorre du-ronÌe o ooolescencro_
Umo infecçõo por fungos corocterizodo pelo presenço de vesículos, fissuros, úlceros e pru-rido (coceiro). .Esso condiçõo normolmente'ofeto os dedos dos pés, mos tombém podeocorrer nos dedos e polmo dos mõos, e no regiõo do virilho.
Umo porçõo locolizodo de pus provocodo por infecçõo por Stophvlococcus nos folículospilosos e nos glôndulos sebóceoi. Um corbúnculo sõo Íurúnculos'múltiplos, conectodos en-tre si.
Umo porçõo de vesículos oquosos, cousodos pelo infecçõo com o vírus do herpes simples.Esfruturos soculores contendo líquido ou moteriol semi-sólido e envolvidos por umo cópsu-lo resistente.
Inflomoçõo do pele que pode ser cousodo por umo gronde voriedode de ogentes irritoniescomo os químicos, os plontos e os ócidos. A dermotite é corocterizodo põr eritemo (ver-melhidõo), pópulos (lesões semelhontes o espinhos), vesículos (bolhos) e crostos. A irrito-çõo com sunogre venenoso é umo formo de dermotite de contoto. A irritoçõo do peleocorre pelo contoto com o substôncio irritonte.
Polovro derivodo do grego, que sig.nifico erupçõo. o eczemo é umo condiçõo inflomotó-rio corocterizodo por vermelhidõo, lesões populores e vesiculores, crostos e escomoçõo.A urticório ocorre devido o umo reoçõo olérqico corocterizodq por reqiões overmelhodos(vergões), e é gerolmente ocomponhodo porioceiro intenso (prürido).-
Umo infecçõo contogioso do pele normolmente cousodo pelo bociério Staphylococcus.Do polovro gre€o que significo "coçor" . É umo condiçõo crônico corocterizodo por lesõesque sõo vermelhos, secoi, elevodos e cobertos por escomos de ospecto proteodo.Exìsfem diversos tipos de côncer de pele, Ìodos eles relocionodos ò exposiçõo excessivo oosol. Os dois tipos mois comuns sõo o corcinomo de célulos bosois e o corcinomo de célulosescomosos. O corcinomo de célulos bosois é locolizodo e seu trotomento é reolizodo comsucesso. O mois sério deles e que tem menor chonce de sucesso no irotomento é o melono-mo moligno, um côncer dos melonócitos.
Resumo
t Oó . Copitulo ó / TEGUMENTO COMUM E TEMPERATURA CORPOREA
funçõo. Os pêlos esporsos do corpo fozem poucomois que deÌector o presenço de insetos sobre o pe-le, enquonto os cilios e supercílios protegem o olhocontro o poeiro e o tronspiroçõo.
2. As portes principois do pêlo sõo o eixo, o roiz e oÍoliculo.
3. A cor do cobelo é determinodo pelo quontidode epelo tipo de melonino.
4. As unhos sõo plocos delgodos de célulos epitelioisescomosos estrotificodos que conlêm umo formo en-durecido de querotino.
5. Existem dois tipos principois de glôndulos exócrinosno oele: os sebóceos e os sudoriferos.
ó. As glôndulos sebóceos (oleosos) produzem umo se-creçõo no interior do folículo piloso ou sobre o su-perficie do pele. A secreçõo sebóceo ouxilio no im-permeobilizoçõo do pele e dos pêlos. No feto, essosglôndulos produzem o verniz coseoso (umo substôn-iio semelfronÌe oo requeiiõo) que reveste o pele dorecém-noscido.
Z. Existem dois tipos de glôndulos sudoríferos: os opó-crinos e os merócrinos. As glôndulos merócrinos de-sempenhom um popel fundomenïol no reguloçõo dotemperoturo corpóreo.
8. As glôndulos momórios (produzem leite) e os ceru-minósos (produzem o cero do ouvido) sõo glôndulossudoríferqs modificodos.
C. Telo Subcutôneol. Ancoro o derme nos estruturos subiocentes.2. Atuo como um isolonÌe térmico prevenindo o perdo
de color.
ll. Reguloçõo do Temperoturq Corpóreo
A. Produçõo de Golorl. O color produzido pelo metobolismo dos célulos
constitui o temperoturo do corpo.2. A moior porte do color é produzido pelos músculos
e pelo fígodo.
B. Perdo de Color1. A moior porte do color (80%l é eliminodo otrovés do
pele.2. A perdo de color ocorre otrovés do rodioçõo, con-
duçõo, convecçõo e evoporoçõo.3. A temperoluro corpóreo normol é conÌrolodo pelo
termostoto do corpo, situodo no hipotólomo. Quon-do o temperoturo corpóreo elevo-se ocimo do nor-mol, o color é eliminodo otrovés do suor e do voso-dilotoçõo. Quondo o temperoturo do corpo coioboixo do normol, o color é montido pelo vosocons-triçõo e pelo orrepio e tremor.
lll. Quondo o Pele é Queimodo
A. Efeitos FisiolôgicosIncluem efeitos de curto prozo (perdo de fluidos e ele-
trólitos, incopocidode poro regulor o temperoturo corpó-reo, infecçõo) e os de longo prozo (cicotrizoçõo, perdo dofunçõo e problemos esÌéticos e emocionois).
B. Clqssificoçõo dos Glueimqdurosl. Queimoduros de primeiro e segundo grous.2. Queimoduros de terceiro grou (mois profundosf .3. A provo dos nove é umo formo de se ovolior os
queimoduros.
1. Qual é a diferença entre epiderme e derme?
2. Q""l é aproteínaque impermeabiliza a pele?
3. Em qual camada da pele são encontrados_os vasos
,"ngüírr.ot e os nervìs? Q""l é o nome da cama'da situada abaixo da derme?
4. Como a quantidade de melanina produzida alte-
ra a cor da pele? Q""l é a relação de albinismo, vi-
tiligo, sardas e verrugas com a melanina?
5. Como os vasos sangüíneos da derme estão rela-
cionados com a cianose, o rubor e a aparência de"branco como uma folha de papel"?
6. O que faz com que a pele se torne arrepiada?
7. Quais são as duas câusas da alopecia?
8. Q""l camada da epiderme forma a cutícula?
9. Qual é a diferença entre glândula sudorífera e
glândula sebácea? Qual glândula secreta uma
iubstância que forma o verniz caseoso que se veri-fica nos recém-nascidos?
10. Qual é a diferença entre glândulas apócrinas e
merócrinas?
11. Cite seis funçóes da pele.
12. Quais sáo as quatro maneiras pelas quais o corpo
perde calor?
13. Quais fatores afetam as variações na temperaturacorpórea?
14. Explique a relaçáo entre a vasoconstriçáo e ava'
sodilaiação na regulação da temperatura corpó-rea.
I
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . lO7
I \- tfual é a diferença entre queimaduras de primei-:o. segundo e terceiro graus? O que é a "prova dos:ove"?
16. Qual é o efeito sobre a pele da exposiçáo repetidaaos raios solares?
17. Como o envelhecimento age sobre a pele?
SISTEMAa
ESGIUETETICO EARTICULAR() bletivos
l. Enumerar as funçóes do sistema esquelético e articular.
2. Descrever a estrutura de um osso longo.
3. Diferenciar medula óssea vermelha e medula óssea amarela.
4. Descrever as funções dos osteoblastos e dos osteoclastos.
5. Comparar o esqueleto axial com o esqueleto apendicular.
6. Relacionar os ossos do esqueleto axial.
7. Relacionar os ossos do esqueleto apendicular.
8. Definir os pontos de referência importantes em determinados ossos do esqueleto.
9. ReÌacionar os principais tipos de articulações.
10. Descrever as funçóes das articulaçóes.
11. Descrever os tipos de movimentos que ocorrem nas articulações sinoviais, oudiartroses.
r09
I lo . copitulo 7 / slsTEMA ESOUELÉÏCo E ARTlculAR
Jo"iZãgt""de quantidade de material i
como cáÉio e fósforo, parece morto ou re:Ì c l e q u a l Ì [ r q a ( l ç u ç r r r é L L r ! 4 r r r r v à b É - - ^ - - l
.?r?lto, parece morto ou ressecado' Deinorgânico,
Ossos planos' Os ossos planos são delgados' chatos
. .utiot. Eles formam as costelas' o esterno e o
crânio.Ossos irregulares. Os ossos irregulares apreserÌtam
formas diferentes e não são classtttcados-em ne-
;í;" á", for-", precedentes' Eles incluem as
vértebras e vários ossos do crânio'comof;r;,;;; es que leto' otigina-se. de uma palavra gre-
ãã; rilnifi." t'.otPo resãecado"'
Entretanto, o slstema esquelético pode ser tudo'
menos morto. Ele contém 206,ossos que estão murto.rri',oot . desempenham diversas funçóes importantes'
DrsPoslçÃo r FUNçÕES DOS OSSO5
Como pode ser visto na Figura,T-1' os.ossos do
sistema esquelético estão dispostos de manetra a pto-
;;;;;;;-'; "r."bo.'ço
p"t" o nosso.corpo' forne-'..ndo-ttos
a nossa forma básica' Imagtne com o que
você se pareceria sem os ossos!
O Sislemq Esquelêrico: O Que Ele Ftrz
Além de nos dar uma forma, o sistema esquelético
desempenha outras funçóes:
o Os ossos sustentam e Protegem os órgáos moles do
;;;' O crânio, poi t*ttitplo ' aloia o encéfalo'pto?.s.rrdo-o de lesóes'
. 'o.
osãos dos membros inferiores sustentam o Peso
do corpo.. Co- J
".oílio dos músculos, o sistema esquelético
permite que o corPo se movimente'o Os ossos armazenam vários minerais' sendo os
mais importantes o cálcio e o fosforo'
. A meduia óssea vermelha produz células sangüí-
neas.
Ossos de Diversos Tqmqnhos e Formtrs
Os ossos aPresentam muitos tamanhos e formas'
existindo d.sdã osso, com o tamanho de uma ervilha'
;ü;"h";;J o ft-tt, na coxa, podendo chegar a60
.rn d. .o*primento. O tamanho e a forma de um os-
r.ì.n.,. aiua funçao (Fig'7-2)' O longo e resistente
il;;, ;.;.*.mplo, ,.r,ttãt" uqa gralde-parte do pe-
rc. . JJa. úorï", forç", consideúveis' Por outro la-
do, "ier'rt,
ossos do crânio sáo delgados' chatos e cur-
;;;,;ïd" como funçóes alojar e piottgtt o encefalo'
Os ossos sáo classificados da seguinte manelra:
o Ossos longos. Os ossos longos possuem o comp.ri-
mento maior que a larguã' Eies são encontrados
nos membros superiores e lnterlores'o Ossos curtos. Os ossos curtos aPresentam-se sob a
forma de cubos, e encontram-se prlncrpalmente
nos punhos e nos tornozelos'
ïEClDo óssro E FORMAçÃo ossra
O osso é também chamado de tecido ósseo' Célu-
las ósseas, denominadas osteócitos' secretam uma
*brÃ;t; intercelular, a matriz óssea' que.contem
cálcïo eoutros minerais' Esses minerais são depos.tta-
dos ao redor de fibras protéicas, as quêls proPlclam
elasticidade ao tecido ósseo' Os minerats' por sua vez'
;";;;;tto duro e resistente, fazendo dèle o tecido
mais duro dos tecidos conjuntivos'
Osso ComPocto e Osso EsPonioso*
Os dois tipos de osso ou tecido ósseo existentes
são o compacto e o esponjoso (Fig'7-3)' O osso com-
;;;;ãido ort.o dttio e den-so' encontrado prin-
ü""ì"-;il;t h*.t dos ossos longos e na superfície
;;t;;ã;;,ri-t ottot' o osso esfonjosoou trabe-
.J"t g *.".s denso, e está localizaão principalmente
rr, ""r..-idades
dos ossos longos e no interior de
outros ossos.Os ossos compacto e esponioso têm aparências di-
ferentes ao microscópio. O osso compacto apresenta-
se firmemente comprimido, de modo que.essa densi-
ã"J. p"a. lhe pràporcionar muita iesistência' A
;;iJ"á. microscàpicã do osso compacto é o osteônio
ou sisúema de Havers, que se assemelha a um longo
;ú;ã;", e consiste de osteócitos maduros disposto.s
concentricamente' ao redor de grandes vasos. sangül
;;. Ã âreaadlacente aos osteóõitos é preenchida por
fibras protéicas, cálcio e outros mlnerals'O àsso compacto consiste de muitos sistemas de
Havers, dispostos paralelamente uns aos outros' Vasos
t""gtii".ot'.o-.rii.""tts dirigem'sef ate^ralmente' e
conectam os sistemas de Havers entre sl e com o pe-
riósteo que reveste a superficie externa do osso' A rede
de vasoJsangüíneos asseguÍa.ao tectdo Ósseo um su-
f ri*ento saí güíneo ade"quado, .responsável por for-
;;;;;t t..iá'os oxigênio e nutrientes necessfuios'
O osso esponjoso, ou trabecuìar' tem.uma estruffa
-uúìif.t.tì,. áo .o*p"tto (Fig' 7 -38)'Ao contrário
do osso compacto, o osso esPonjoso.não contem slste-
à* [. H""."s. Nele, o tecidã ósseo dispóe-se em lame-
itt .ËÁ"d* trabéculas ósseas' Essas lamelas ósseas es-
,ã-t.p;;;i"s Por esPaços irregulares. ou cavidades'
dando ao osso .rpottjàtã uma alarência perfurada se-
; N^ Nr*i* Att"rô*t*- Substância comPacta e esponjosa'
I IO . COPitUIOT/ SISTEMA ESOUELÉÏCO EARTICULAR
do ósseo é vivo e metabolicamente ativo, mas comocontém grande quantidade de material inorgânico,como cál-cio e fós-foro, parece morto ou ressecado. Defato, o termo esquelerobrigina-se.de uma palavra gre-ga que significa "corpo ressecado"." Èrrrr.","rrto, o sistema esquelético pode ser tudo,menos morto. Ele contém 206 ossos que estão muitovivos e desempenham diversas funções importantes.
DrsPoslçÃo r FUNçÕES DOS OSSOS
Como pode ser visto na Figuta 7 -1, os .ossos do
sistema esquelético estão dispostos de maneira a Pro'porcionar um arcabouço para o nosso corpo, forne-
èendo-nos a nossa forma básica' Imagine com o que
você se pareceria sem os ossos!
O Sistemo Esquelérico: O Gluê Ele Foz
Além de nos dar uma forma, o sistema esquelédcodesempenha outras funções:
o Os ossos sustentam e protegem os órgãos moles docorpo. O crânio, poi exemplo, aloia o encéfalo,protegendo-o de lesões.
. 'Or
orïo, dot membros inferiores sustentarn o pesodo corpo.
o Com ó auxílio dos músculos, o sistema esqueléticopermite que o corpo se movimente.
. Cìs orsoJ atm""enam vários minerais, sendo osmais importantes o cálcio e o fosforo.
. A medula óssea vermelha produz células sangüí-neas.
o Ossos planos. Os ossos planos são delgados, chatos. .t'rr'uos. Eles formam as costelas, o esterno e ocrânio.
o Ossos irregulares. Os ossos irregulares apresentamformas diferentes e não são classificados em ne-nhuma das formas precedentes' Eles incluem asvértebras e vários ossos do crânio.
TECTDO óSSEO E FORMAçÃO óSSrn
O osso é também chamado de tecido ósseo. Célu-las ósseas, denominadas osteócitos, secretam umasubstância intercelular, amatriz óssea, que contémcâlcio e outros minerais. Esses minerais são deposita-dos ao redor de fibras protéicas, as quais propiciamelasticidade ao tecido ósseo. Os minerais, por sua vez,tornam o osso duro e resistente, fazendo dele o tecidomais duro dos tecidos coniuntivos.
Osso Compocto e Osso EsPonioso*
Os dois tipos de osso ou tecido ósseo existentessão o compacto e o esponjoso (Fig.7-3). O osso com-pacto é o tecido ósseo duro e denso' encontrado prin-ãipalmente nas hastes dos ossos longos e na superfície.o.ttr" de outros ossos' O osso esponjoso ou ffabe-cular é menos denso, e está localizado principalmentenas extremidades dos ossos longos e no interior deoutros ossos,
Os ossos compacto e esponjoso têm aparências di-ferentes ao microscópio. O osso compacto apres€nta-se firmemente compiimido, de modo que essa densi-dade pode lhe prõporcionar muita resistência. Aunidade microscõpica do osso compacto é o osteônioou sistema de Havers, que se assemelha a um longocilindro, e consiste de oJteócitos maduros dispostosconcentricamente, ao redor de grandes vasos sangüí-
Í€cíAltríadfaccarcaanantcaàtancpzcczzcb)àapasfibrl"s protéicas, cáIcio e outros mínerars
O ãsro comPacto consiste de muitos sistemas de-FIavers, dispostos paralelamente uns aos outros' Vasossangüíneos comuÃicantes dirigem-se lateralmente, e
conectam os slstemas de Havers entre si e com o pe-riósteo que reveste a superfície externa do osso' A rede
d. lraroJ r"^güíneos "úeg.tt"-"o
tecido ósseo um su-
primento saãgüíneo adequado'.responsável por for-
,r..., "o,
tecid-os oxigênio e nutrientes necessários'O osso esponjoso, ou trabecular, tem uma estrutura
muito difereÀt. áo compacto (Fig.7-38). Ao contrário
do osso compacto, o osio esponjoso-não contém siste-
mas de Havers. Nele, o tecidõ ósseo dispõe-se em lame-
las chamadas trabéculas ósseas. Essas lamelas ósseas es-
tão separadas Por espaços irregulares. ou cavidades'dando ao osso èsponjãso uma aparência perfurada se-
Ossos de Diversos Ïstrsnhos e Formas
Os ossos apresentam muitos tamanhos e formas,existindo desdè ossos com o tamanho de uma ervilha,no punho, até o fêmur na coxa' podendo chegar a 60
"- d. .o-primento. O tamanho e a forma de um os-
so reflete a sua função (Fig.7-2). O longo e resistente
ftmur, por exempló, susteíh uma grande parte do pe-
,o, . pód. ,r.porì"t forças considerãveis. Por outro la-
do, iguns ossos do crânio são delgados, chatos e cur-
uor, ,ádo como funções alojar. pioteg.t o encéfalo'Os ossos são classificados da seguinte maneira:
o Ossos longo.s. Os ossos longos possuem o compri-mento maior que a.l"rguã. pes são encontradosnos membros superiores e intertores'
o Ossos cartos. Osïssos curtos apresentam-se sob a
forma de cubos, e encontram-se principalmentenos punhos e nos tornozelos.
I
* Na Nomina Anatôrnica - Substância compacta e esponjosa'
Anotomiq e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' I I I
Crânio
Ossos da face
Mandíbula
OssoscarpaisOssos Osso do
quadrilmetacarpais
Falanges
ffin
EsqueletoaxialEsqueletoapendicular
OssostarsaisOssosmetatarsaisFalanges
RGURA 7-l . O esqueleto humano. Esqueleto axial (vermelho) e esqueleto apendicular (marrom).
I 12 . COPíIUIO Z / SISTEMA ESQUELETICO E ARTICUIAR
Osso irregular
Osso longo
Osso Plano
Ossos cunos
FIGURA 7'2 t Tryosde ossos: Iongo' curto' plano e irregular'
melhante ao "queijo suíço"' Os espaços existentes no
,..iao-Orr.o ,ãà i*po't""tes- Por áois,motivos: dimi-
;;;;" peso do or,ó, to"'*tló-o mais leve' e contêm a
r*ã"f" ãrr.".'.r-.lha' Esta supre- abundantemente o
osso espon.ioso com sangue e tâmbém Pi:.lY células
sangüíneas para serem usadas por todo o corpo'
Osso Longo
A disposição dos tecidos ósseos compado € esPon-
irr;.;t; àrto lo"go é responsável por sua resistên-'.i".
Ot ossos longos contêm locais de cresclmento e re-
modelaçáo, e esüuturas associadas às articulaçóes (Fig'
7-ãõ. fu;"rtes de um osso longo sáo as seguintes:
o Diáfi.se.A iliáfrse é a haste longa.do osso' Ela é
constituída principalmente de tectdo Ósseo com-
;;, "il;Jr.ioná"do,
Po rtanto' considerável re-
sistência ao osso longo'. E;;i;;.kextremidídes alargadas de um osso lon--
;[";;;rp]ìt.t-eepífise ãt tt- osso o articula'
ou o une' a um segundo osso' em uma articulação'
ó;iõ{fi";-.onJir,. de uma fina camada de osso
compacto que reveste o osso esponjoso' As epífises
são recoberias Por cartilagem'
Cartilaçern tpífitial' Um osso longo. em. crescrmen-
:;;;;:;;" í":"f"i*" d' cartilageà hi^alina localiza-
;;;';;;;r;emidades, enüe"a epífise e a diáfise'
Ëï*^i"üae c".tilagem é também denominada
disco epifisário ou zona de crescimento' tl nesse
local que ocorre o crescimento ósseo longitudinal'
, 'ë)ï;ììd""*t;"t
, Ãcavidade medular-é a cavida-
dr";;;;t da diafise. Na infância' a cavidade me-
;;il-;;;nchida com medula óssea vermelha
t.t*"táta pela produção de células sangüíneas'
i,;Ié*;"á"t.o, e preËnchida-com medula óssea
;;;;Í" e funciona to*o ,'- local de reserva de
eordura, não estando' nesse estágio' associada à
3;;il;;^d..ãi"ut sangüíneas' o interior da ca-
irid"d."-.dular é revestido por um tectdo conJun-
tivo denominado endósteo'. ìiíìt*.õìã"iott"o é uma membrana de tecido
coniuntivo d.ttto, muito fibroso' que reveste a su-
Anqtomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . I t 3
:.o'riície externa da diáfise, fixando-se firmemente a:, üa a sup_erftcie externa do osso, exceto à cartilagem-i:licuÌar. O periósteo protege o osso, serve como um:\ìnro de fixação para os músculos e contém os vasos':rgüíneos que nutrem o osso subjacente. Como o:.<riósteo transporra o suprimento sangüíneo para o
rro subjacente, quaJquer lesão dessa é.tr,rtuia tr"".rrias conseqüências à saúde do osso. Como qual-.:rer outro órgiao, aperda do suprimento sangüíneo:\xJe causa-r sua mofte.
;rtilagem articular. A cartilagem articular é en-.,,nrrada sobre a superfïcie exrerna da epífise. Ela-,'nsritui uma superfície lisa e polida què diminui
o atrito no interior da articulação (por isso é deno,minada cartilagem articalar).
Ossificoçõo
Como o osso se forma? Um feto de três meses deidade tem um arcabouço premaruro, semelhante aum esqueleto, composro de carti lagem e membranade tecido con juntivô Gig.7-4). A riedida que o fetose desenvolve, a cartilagem e o tecido coniuntivo sãosubstituídos por osso. Ã formaçao óssea é ãenomina-
A úmero
Cartilagem
i : ' s e
l r í f i c a
OssoesponJoso
Cavidades damedula ósseavermelhaOssocompacÌo
Endósteo
Medula ósseaamarela (nacavidade medular)
Periósteo
Vasosangüíneo
Visão ampliada dosossos compactoe esponjoso
Periósteo
B
Canalículos
Canal deHavers
Sistema deHavers(osteônio)
Osteócito
Cart i lagemarticular
epif isial Cart i laoem
=;. ,/ articula"r
wÍIGURA '€ ' Ossos. A, Anatomia de um osso longo. B, Tipos de tecido ósseo (osso compacto e osso esponjoso).
I I4 . COP|IUIO 7 / SISTEMA ESOUELÉÏCO E ARTICULAR
Ossificação damembrana detecido conjuntivo
Ossificação decartilagem
qem do corpo apresenta-se substituída por osso. So-
ir..rt. peças isolàd"s de cartilagem, tal como no septo
do narize partes das costelas, permanecem.
Crescimento ósseo
O desenvolvimento de uma pessoa' desde a infrnciaaté a idade adulta, é caracterizado por dois tipos de cres-cimento ósseo. Os ossos crescem em comprimento e de-terminam a altura do indivíduo. Por outro lado, os ossostambém aumentam em espessura, tornando-se mais lar-gos, a fim de sustentarem o peso do corpo adulto.
Crescimento em AIfurq
O crescimento ósseo longitudinal ocorre na cartila-gem epifisial (também chamada dezonade crescimen-,"1 fptg. 7-3A).4 cartilagem adjacente à epífise conti-,rr.r"'" í. multiplicar . .rá.. em direção à-diáfise. Porsua vez, ̂ c rtílagrm próxima à diáfise é invadida porosteoblastos e se òssifica. Enquanto a cartilagem conti-nua a se formar dentro da cartilagem epifisial, o ossocontinua crescendo em comprimento. O crescimentoósseo longitudinal cessa quando a cartilagem epifisial seossifica.
A cartilagem epifisial é sensível aos efeitos de certoshormônios, espeèialmente ao hormônio do cresci-mento e aos hormônios sexuais. O hormônio do cres-cimento estimula o crescimento na cartilagem epifi-sial, deixando a criança mais alta. Entretanto, oshormônios sexuais - estrogênio e testosterona - cau-sam o selamento ou a fusáo dessa cartilagem, inibindoassim o crescimento longitudinal dos ossos. Como acaftilagem epifisial é partícularmente sensível aos efei-tos do hormônio sexual feminino, o estrogênio, asmeninas tendem a ser menores que os meninos' Apósa puberdade, que está associada com o aumento dosníveis plasmáiicos dos hormônios sexuais, o cresci-mento ósseo longitudinal cessa definitivamente'
Por que qs mulheres gerolmente sõomenores que os homens?
A cartilagem epifisial geralmente é mais sensível aos
efeitos do estrogênio do que aos da testosterona. Duran-
te a puberdade, os níveis elevados de estrogênio promo-
vem o selamento da cartilagem epifisial mais cedo nas
mulheres do que nos homens. Os efeitos do hormônio
masculino, testosteÍona, someÍÌte sáo petcebiòos em
uma idade mais avançada' Conseqüentemente' âs mu-
lheres oaram de crescer mais cedo do que os homens.
FIGURA 7'4 t ïpos de ossificação: na membrana de tecidoconjuntivo (crânio) e na cartilagem.
da ossificação. Esta ocorre de maneira diferente, nos
ossos planos e longos.
Ossificoçõo dos Ossos PIqnos
No feto, os ossos planos (como, por exemplo, os docrânio) constituem-se de uma fina membrana de tecidoconjuntivo. Quando os osúeoblastos, ou células for--"áot"t de osìo, migram paru a regíáo dos ossos pla-nos, a ossificaçáo dos mesmos se inicia' Os osteoblastossecretaln cálcio e outros minerais dentro dos espaços en-tre as delgadas membranas de tecido-conjuntivo, for-mando asiim o osso. Esse tipo de ossificação implica nasubstituição da delgada membrana conjuntiva por osso.
Ossificoçõo dos Ossos Longos
A ossificação dos ossos longos ocorre quando o te-cido ósseo sutstitui a cartilage-"m. O esquéleto do fetoé composto, em grande parie, de cartilagem, e a dis-oosicãã da cartilagem, no feto, proporciona um mo-à.lo p"t" a formaç?o óssea (Fig' i-4). Lmedida que of.to i. desenvolvé, os osteoblástos invadem a cartila-gem, e ela é gradualmente substituída por osso. Esseprocesso continua em cada osso longo até que tudo,è*ceto a cartilagem articular e a cartilagem epifisial,seja substituído por osso. Quando o feto a.tinge seu
desenvolvimento completo, a maioÍ parte da cartila-
Como a cartilagem epifisial tem um papel decisivo' ;rescimento ósseo longitudinal, as lesões a esta caÍ--:gem podem retardar severamente o crescimento ós-
. . U-" criança que lesa a cartilagem epifisiai em um'".' da perna, por exemplo, pode permanecer com es-
". :..rna consideravelmente mais curta que a outra.
Cnscimenlo em Espessuro e Lqrgurqi'or muito tempo, depois que o crescimento ósseo
:.: irudinal cessa, os ossos continuam a crescer em..:.ìrrura e largura. Os ossos estão continuamente.::. io remodelados, e esse remodelamento ósseo é'.:-izado por uma ação conjunta dos osteoblastos,- -r sáo células formadoras de osso, e dos osteoclas-taí. que são células destruidoras de osso. Os osteo-r . isros, situados no periósteo, depositam continua--':1re osso sobre a superfïcie óssea externa.
.\ Figura 7-5 mostra a maneira como os osteoblas-: .irüâÌÌÌ; comparando o trabalho deles ao de um pe-
:::::o. Enquanto os osteoblastos depositam osso no-os osteoclastos, encontrados na superfície óssea
-:.ina, circundando a cavidade medular, destróem o:-:Jo ósseo, escavando assim o interior do osso. A
: r,'. idade dos osteoclastos é comparada a de um escul-' :. O pedreiro e o escultor gradualmente criam um
''., gà.de, com uma "-pi"
cavidade, tornando-o".:.:r€nt€ mas não muito pesado.
Um dos fatores que estimulam o crescimento ós-
": r' a sustentação de peso. Os exercícios mantêm o.:-;io nos ossos e aumentam a massa óssea. Por outro.: jr. os ossos de pessoas sedentárias ou acamadas ten-:::: a perder massa e se fraturam facilmente quando-:metidos a tensóes.
AnoÌomio e Fisiologio do Corpo Humqno Soudóvel e Enfermo . | | 5
FIGURA 7-5 . Remodelação óssea. Os osteoblastos (parede
com tijolos) depositam tecido ósseo na superfície externa do osso.Os osteoclastos (escultor), no interior da cavidade medular, des-troem o tecido ósseo.
Sqliênciqs e Depressões
A superfície do osso apresenta-se irregular e aci-dentada. Essa aparência deve-se a numerosas cristas,projeções, depressóes e sulcos denominados acidentesósseos. As projeções ósseas (os acidentes ósseos quesão salientes) servem como pontos de fixação paramúsculos, tendóes e ligamentos. Os sulcos e depres-sões representam o trajeto percorrido pelos vasos san-güíneos e neryos ao passarem sobre e através dos ossose articulaçóes. As projeções e depressóes também au-xiliam na formação das articulaçóes. A cabeça do ossodo braço, por exemplo, encaixa-se dentro de uma de-pressão de um osso do ombro, constituindo assim aarticulação do ombro. Os acidentes ósseos específicos
ACIDENTES óSSTOSProieções/Processos
,::rdilo
:: : ;ôndiÌo
.:5eça
. : :5 ta
, : r c e s s o
:.:pinha
-':bérculo (tuberosidade)
-:ocanter
Depressões/Aberlurasi o rame
i : ssa
\ learo\€lo
DEFTNTçÃO
Uma grande saliência arredondada, que geralmente se articula com outro osso
Uma dilatação próxima ou acima de um côndilo
Uma extremidade dilatada e arredondada de um osso
Uma pequena superfície aplainada
Uma aresta sobre um osso
Uma projeção proeminente sobre um osso
Uma projeção aguda
Uma projeção semeÌhante a uma maçaneta
Um grande tubérculo (tuberosidade) encontrado somente no fêmur
Uma abertura através de um osso que geralmente serve como uma passagem para nervos, vasossangüíneos e ligamentos
Uma depressão ou entaÌhe
Um túnel ou passagem, semelhante a um tubo
Uma cavidade ou espaço oco
I ló | copíïulo 7 / slsTEMA ESOUELÉÏCo E ARTlculAR
estão resumidos na Tabela 7-1' Note os vários aciden-
tes ósseos existentes nos ossos quando eles forem des-
critos individualmente'
Frqturqs ósseqs
Ocasionalmente' ocorre uma fratura-óssea- (Fig' 7-
O. õ;f;'"'i*pt.s é aquela na-q:l,111'sobre-iacente permanece Intacta è o dano tecidual local é
;;;": Po, ,u" vez' uma fratura composta é uma
il;;;;t;;q".."t"6e- perfura a pele' As extremi-
dades dos ossõs fraturados geralmente causam uma
Ërã" ...iaU extensa t, "t"ã
t"'o' o risco de infecção
é uma PreocuPação constante'- Urri" fr"tú" ãr,, galho verde é uma fratura óssea in-
.o-ot.it ot. ge,aLãentt ocorre em crianças' Ela rece-
úl'.ilã;";mïn"ção Porque' se você fosse tentar cur-
;;t; !"tno a. .,-"ã*o" nova' este não se racharia
õ;.f;.nte, e não se separaria completamente'
Por que o osteoPorose ê tõo grove?
A osteoporose é uma doença óssea comum' espe-
.i"lrn.rrt. ,ri, ,nrrlhe"t após a menopausa' Eìa se carâc-
;.;i;" p";.,ã Jeclínio na^formaçáo óisea e pela perda do
tecido ósseo. Como o tecrdo é perdido' os ossos se"enfra-
quecem e fraturam' Os locais mais comuns de Ìratura
Dor osteoporose são o quadril' o punho e. as vértebras' A
ï;;;il;úe- poa' "f'àr "
coluna vertebral'
ô"ìïtaï* tet,.ú,""oì'p"t' os nervos podem ser pin-
*''il, ;r;io .r-" doi intensa' As vértebras colapsa-
das também causâm um encurtamento da colunaverte-
ü";;;" mudança em sua curvatura' Essas mudanças
na forma, por sua vez, freqüentemente prejudicam o
funcionamênto de órgáos, tais como os pulmoes'
A Fechada (simPles) B Exposta (comPosta)
C lncompleta (em galhoverde)
(
F|GuRA7.órTiposcomunsdefraturas:simples,compostaeemgalhoverde.
' :,' tlisso, ele se curvaria, e talvez se quebrasse in-- -'.írÀmente. O galho responde dessa maneira por-
. - - -' t)\'€ÌÌÌ e flexível, muito semelhante ao osso de
. . -:i.rnça. Os ossos das crianças ainda têm material
- :r.o€o suficiente para tornáJos fleíveis.
'RESUMINDO! O sistema esquelético e ardcu-
- ::.iste de ossos e articulaçóes, bem como de cartila-
"- . l iqamentos encontrados no interior e ao redor
.,- -'-.Jo ósseo: compacto (osso denso) e esponjoso (os-
" ' .r'cuìar). Os osios apresentam-se em uma varieda-
' :. :lmanhos e formas. Eles são classificados como
- .. curtos, planos e irregulares. Nós.iniciamos a vi-' r,itero, com um arcabouço semeÌhante a um es-
. - .:rì constituído de cartilagem e fina membrana de' : -onjunrivo. Com o crescimento' o,processo de
'...rcão substitui a maior parte das cartilagens e cer-
. ,,rnrbranas de tecido coniuntivo. A medida que
. - :ìcssoa se desenvolve, o esqueleto cresce' e os ossos
.' ::r.Ìm mais longos, mais largos e mais espessos.
O que é umq luxoçõo?
L'ma luxação é o deslocamento de um osso de sua
-::.-ulação. Quando um osso sai de sua articulação, Ìiga-j:'ros e tendóes geralmente são rompidos. As luxações
. ,:.r.mente ocorrem em resposta a um trauma. Algumas
... porém, o peso de um membro pode causar uma
,r:;ão. Um paciente com paralisia envolvendo o ombro'nraço
pode, por exemplo, ter uma subluxação, na
--,- o pesã do braço paralisado puxa o úmero parafora
, .ncaixe do ombro.
Anqtomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' I 17
ossosEsqueleto Axial (8O)Crânio (29)
Crânio (B)FrontalParietalTemporalOccipitalEsfenóideEtmóide
Face (14)MaxilaZigomáticoPalatinoMandíbulaLacrimaÌNasaIConcha nasa.l inferiorVômer
Ossículos da audiçáo (6)
MarteloBigornaEstribo
Osso hióide
Coluna vertebral (26)
Vértebras cervicaisVértebras torácicasVértebras lombaresSacroCóccix
Caixa torácica (25)Costelas verdadeirasCostelas falsas + flutuantesEsterno
Esqueleto Apendicular (l 2ó)
Cíngulo do membro superior (4)
EscápulaClavícula
Parte livre do membro superior (60)
umeroRídioUlnaOssos carpaisOssos metacarpaisFalanges
Cíngulo do membro inferior (2)
Osso do quadril
Parte livre do membro inferior (60)
FêmurI t D l â
Fíbula
Patela
Ossos tarsais
Ossos metatarsais
Falanges
Total do núrnero de ossos
rúmrno
ìz2111
DtusÕEs Do slsrEtúA ESQUEIÉilCO
t) esqueleto é dividido em esqueleto axial e esque-
:' , .Ìpendicular (Fig. 7 -l). O esqrrel€to axial abran-
- -- ,. àrro, do crânió, o osso hióide, os ossos da orelha
..i ia, a coluna vertebral e os ossos do tórax. O es-
pcleto apendicular inclui os ossos das partes livres-,:::ì como os cíngulos dos membros superiores e in-
."-..)res. Os nomes dos 206 ossos do esqueleto estão
:..r- ionados naTabela 7 -2.
Esqueleto Axiql
CÉnio
O crânio é formado por dois grupos de ossos: os-. do crânio ("neurocrânio") e ossos da face ("es-
'..ìncnocrânio") (Fig. /-/). Nguns desses ossos tam-'.::ì1 contêm espaços aéreos denominados seios.
222Ì2221
2221
71 251I
22
222
T61 028
2
2222
141 028
206
--
I l8 * Copítulo 7 / SISTEMA ESAUELETICO E ARTICULAR
Osso Írontal
Osso esfenóide
Osso nasal
Osso lacrimal
Osso etmóide
Ossozigomático
Maxila
A
Osso parietal
Sutura escamosa
Osso temporal
Sutura lambdóidea
Osso occipital
Meato acústicoexterno
Articulação temporo-mandibular
Processo mastóide
Mandíbu la
Processo estilóide
Processo zigomático
Ossoparietal
Osso nasal
Ossolacrimal
Vômer
Foramemagn0
Côndilooccipital
B Ossofrontal Osso
occipital
Ossoesfenóide
Ossoparietal
Ossotemporal
Ossozigomático
Processomastóide
Ossoesfenóide
Mandíbula
Sutura coronal
FIGURA 7'7 * Ossos do crânio. A, Vista lateral. B, Vista anterior. C, Base do crânio.
' . .rìs Do CnÂNIo. O crânio é a estrutura óssea-' i"ria e protege o encéfalo. Ele é composto por oi-
. 't frontal. O osso frontal forma a fronte , parte: tariz e parte da estrutura circunjacentè aos
. _ - ! ' J ,
,.1t parìetais. Os dois ossos parietais formam a^'.-:ior parte da regiáo mais alta da cabeça, e parte:. rua repião lateral.
. .:,j-i temp7rais. Os dois ossos temPorais estão si-'.--:Jos lateralmente, nas proximidades das ore-^.-:-.. Diversos acidentes ósseos importantes são
,:.-onrrados nos ossos temporais. São eles:
\Íeato acústico exteÍno, que é a abertura da ore-, ì ,1 .
Processo zigomático, que forma parte da maçã do:osto.
Processo estilóide, que é uma projeção aguçada,'sada como ponto de fixação para diversos mús-
:.rlos associados à língua e à laringe.
Processo mastóide, que constitui um ponto de fi-uçáo para alguns dos músculos do pescoço.
. ìtiü occipital. O osso occipital está localizado na:-ise do crânio. Nele encontra-se um grande orifí--..ì que recebe a denominação de forame magno.-;re ralmente ao forame magno existem projeções
..eas (os côndilos occipitais) que se articulam-.'n1 a primeira vértebra da coluna vertebral (Fig.
. I j!0 esfenóidc. O osso esfenóide é um osso em for-::e de borboleta, que constitui parte da base e da:.siáo lateral do crânio (FiS.7-7C). O osso esfenói-.:.1 rambém forma parte dãs órbitas, circunjacentes:,.rs olhos. Na linha mediana do osso esfenóide, há:n-ra depressáo chamada sela turca, o local onde se-i-oja a g1ândula hipófise (não mostrada).
s ' )::0 etmóide. O osso etmóide é um osso de forma.:regular, que auxilia na formação da estrutura ós-.c.r da cavidade do nariz.
t)ssos DA FACE. Existem 14 ossos faciais, cuia-":"çrriâ é par; somente a mandíbula e o vômer são os-. , -:rìpâres (Fig.7-7).
. ."lmdíbula. A mandíbula é a única articulação;ompletamente móvel do crânio. A porção ante-:ior da mandíbula forma o mento (queixo), e osientes inferiores estão inseridos nela. Duas proje-
;óes verticais posteriores da mandíbula contêmSrocessos ósseos.que se articulam com os ossos:emporais, constituindo a articulação temporo-mandibular. Esses processos também representampontos de fixação para os músculos da mastigação.Tensão ou estresse freqüentemente causam doresna articulação temporomandibular (AÏM), sendoessa condiçáo comumente associada com o rangerdos dentes (bruxismo) durante o sono.
Anotomiq e Fisiologio do Corpo Humono Squdóvel e Enfermo . | | 9
O que é disfunçõo dq AïM?
A articulação temporomandibular (AIM) é a articu-lação entre a mandíbula e o osso temporal. Ela pode serpercebida como uma depressão imediatamente à frenteda abertura da orelha. A disfunção daATM é freqüente-mente atribuída ao estresse, porque pessoas "estressadas"
tendem a ceÍÍaÍ a mandíbula, apertando os dentes.
o Maxila. As duas maxilas se unem oara formar oque alguns denominam maxilar superior. A maxi-la contém os dentes suDeriores e um de seus Dro-longamentos, o pro..rro palatino, forma a po?çãoanterior do palato duro ("céu da boca") (Fig.7-
7C). Esses ossos também formam partes da cavi-dade do narize das órbitas.
o Ossos ?alatinos. Os dois ossos palatinos formam aparte posterior do palato duro e do assoalho da ca-vidade do nariz. Falhas na fusão dos ossos palatinoscausam uma fenda palatina, tornando o ato de ma-mar muito difícil para um bebê. Felizmente, umafenda palatina pode ser tratada cirurgicamente.
o Ossos zigomáticos. Os ossos zigomáticos são os os-sos das maçãs do rosto, e também formam umaparte das órbitas.
o Outros ossosfaciais. Vrírios outros ossos completam aestrutura facial. Esses ossos são os ossos lacrimais, osossos nasais, o osso vômer e a concha nasal inferior.
Spros. Os seios, cavidades preenchidas de ar, locali-zadas em alguns ossos do crânio, desempenham duasfunçóes importantes. Primeiro, diminuem o peso docrânio porque são cavidades vazias em vez de osso sóli-do. Segundo, amplificam e aumentaln o som davoz.
Existem quatro seios (Fig. 7-8). Eles sáo chamadosde seios paranasais porque circundam e se relacionamcom a cavidade do nariz. Os nomes dos quatro seiosrefletem suas localizações dentro dos vários ossos docrânio: seio frontal. seio etmoidal, seio esfenoidal eseio maxilar.
O que é umo fendq polotino?
Ocasionalmente, um bebê nasce com uma aberturano teto da cavidade da boca (palato duro), uma condiçáochamada fenda palatina. Esta é causada por uma falha nafusáo dos processos palatinos das maxilas e/ou dos ossospalatinos. Com essa abertura no palato, o bebê apresentacerta dificuldade para marnar.
I2O r COPíiUIO Z / SISTEMA ESAUELÉTICO EARTICULAR
SeioÍrontal
Seiomaxilar
FIGURA 7'8 r Seios: frontal, etmoidal, maxilar e esfenoidal'
Como os seios relacionam-se com as vias nasais e a
sarganta, infecções podem se disseminar do nariz e da
i^íg^"t^ p"t" d..ttio dos seios. Tais infecçóes, deno-
ãriã"d"t sinusites, são sentidas como um entupimen-
to e dor nas regióes faciais adjacentes.Copto os ôssos Do CRÂNIo MaNrÊv-sp, UNr-
oos. Os ossos do crânio adulto formam um tipo ex-
clusivo de articulação denominado sutura (Fig' 7-7)'
A sutura une os ossos do crânio de maneira muito se-
melhante aumzíper. As suturas de maior interesse
são a sutura coronàl (que significa coroa, do Iatim ro-
rona), asutura lambdOideã e a sutura escamosa' Ao
contrário dos outros ossos do corpo, nenhum movi-
mento significativo ocorre entre os ossos do crânio'
O CnÂNro lNreNrlr. As duas principais diferen-
ças entre o crânio infantil e o crânio adulto são os
fontículos e as suturas abertas.O crânio infantil apresenta áreas que ainda náo se
ossificaram. Em vez disso, elas apresentam-se recober-
Por que os olergios, olgumos Yezes'fozem suq foce doer?
As alergias freqüentemente fazem com que âs mem-
branas que revestem os seios da face secretem muco em
excesso. O muco, por suâ vez' forma um excelente meio
oata o desenvolvimento bacteriano. À medida que o mu-
.o .. ".,t-,rl"
e a membrana incha, pressão e desconfor-
to sáo freqüentemente sentidos na região facial adjacente
aos seios (ão redor dos olhos e do nariz).
tas Dor uma membrana fibrosa. Como essas áreas são
-oi., "o
toque, elas sáo chamadas de "moleiras"'
Além disso, o ritmo do pulso do bebê pode ser senti-
do nessas áreas, que ...éb.- a denominação de fon-
úculos, cujo signìficado é "fonte pequena''
Os dois fonïiculos principais são um grande fontí-
culo anterior, e- forma de-losango' e um fontículo
posterior, pequeno e triangular (Fig.7-9). Até que a
..i"nca atiÂia ãois anos de ìdad.' esses fontículos váo
er"dà-.tte se transformando em osso e' nessa idade,
iá não pode- ser mais sentidos.' OsTontículos são um motivo pelo qual os ossos do
crânio infantil são móveis em relação aos do crânio
adulto. Outro motivo é que as suturas dos crânios in-
fantis náo são fundidas. Ètt"t suturas abertas permi-
tem que o crânio seja comprimido durante o nasci-
-..rtã, e também possibilitam o crescimento
contínuo do encéfalo e do crânio após o nascimento'
e oor toda a inância.Ocasionalmente' as suturas do crânio infantil fun-
dem-se muito cedo, impedindo o crescimento do en-
céfalo. Essa condição é ãenominada microcefalia e se
caractetizaPor um crânio pequeno e por uma ativida-
O que um fonticulo qfundcldo ou solienlerepresento?
Se uma criança sofre um grave trauma na cabeça, o
encéfalo pode inchar. Como o fontículo consiste de teci-
do mole, ele se tornará saliente em resposta ao aumento
da pressáo intracraniana. Conseqüentemente' o exame
dos fontículos pode proporcionar informações valiosas
quanto ao grau de edèmj cerebral. Inversamente, os fon-
t?.ulos pod.rn se tornar afundados' Se uma criança fica
desidratada, o volume sangüíneo é diminuído e' em res-
posta à desidratação, os fontículos apresentam-se afun-
ãados. Assim, os fontículos podem indicar aumento otr
diminuição da pressão intracraniana.
b
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Squdóvel e Enfermo . l2l
Osso frontalFontículo anterior
Osso frontal
Ossoparietal
FIGURA 7-9 e Fontículos do crâniorr rma criança. Os dois maiores fontícu-
. .io o anterior e o oosterior.
OssoFontículoposterior
occipital
.:r intelectual deficiente. Outras vezes, o crânio ex-'.:.nde-se muito. Se, por exemplo, um excesso de lí-:::ido acumula-se dentro do encéfalo de uma criança,l. nrros são forçados lateralmente e o crânio se dilaia.'s,r condição é chamada hidrocefalia (ou o que os
.rgos chamam de "água na cabeça").
Vértebrascervicais
Osso HróroE. O osso hióide é um osso em forma:. U, localizado no pescoço. Ele fixa a língua e está cvl.rociado à deglutiçáo. O hióide é o único osso do TIÌ:po eue não se articula com um ourro osso.
Óssos DA ORELHA MÉon. Cada orelha conrém:r'\ pequenos ossos: os minúsculos ossos da orelha:-:e sáo denominados ossículos da audicão (eles serão::.critos mais adiante, no Capítulo 11).'
TI I
Ti l lTIV Curvatura
torácicaTVTVITVII
Colunq Vertebrql
-\ colunavertebral, ou espinha dorsal, estende-se do-:inio até a pelve (Fig. 7-10). Ela consiste de uma série.:. ossos chamados vértebras. As vértebras estão sobre-:',)sras em forma de uma coluna, daí o termo coluna,.:rebral. Situando-se entre uma vértebra e outra existe.-:n disco cartilagíneo que atua como um amortecedor.:c choque. A coluna vertebral desempenha quatro fun--.'cs importantes: constitui um suporte estrutural para a--rbeça e o tórax; forma uma conexáo com o cíngulo do::rcmbro inferior; aloja e protege a medula espinal, .já: rc esta se estende desde o encéfalo até a reaáo lombar-- rroporciona flexibilidade para o corpo.
As vértebras são denominadas de acordo com iuas'caìizações no corpo. As sete vértebras cervicais (CI a\lI), por exemplo, estão localizadas na região do pes-
-rrÇoi as doze vértebras torácicas (TI a T)CI) estão loca-.:zadas no tórax, e as cinco vértebras lombares (LI a L$
TVI I I
TIX
TX
TXI
Curvaturalombar
Curvaturasacral
tf GURA 7'lO . Coluna vertebral, formada por sete vértebras..:r'icais, doze vértebras torácicas, cinco vérte-bras lombares, oirro e o cóccix. A coluna vertebral apresenta quatro cu.rvaturas:
-.n'ical, torácica, lombar e sacral.Cóccix (ossoda cauda)
I22 . COPíTUIO 7 / SISTEMA ESOUELÉTICO E ARTICUIAR
estão localizadas na região dorsal mais inferior' Além
disso, cinco vértebras úcrais fundem-se em um único
osso, o sacro' que forma a parede posterior da pelve'Normalment., d. tt*" a quatro pequenas vértebras
coccígeas fusionam-se em urn cóccix, o osso da cauda'
Assirã, pode-se afirmar que a coluna de .um adulto é
formadá por 26orros, ,errão 24 vértebras livres'Cunvirunns. Quando vista de lado, a coluna verte-
bral apresenta quatro curvaturas normais (Fig' 7-10): a
.rr*"'rrrr" cerviàal, atorácica, a lombar e a sacral, cujas
direções têm grande importância'.As curvaturas cervi-
cal e lombar Jão .otu.*àt, de modo que elas se curvaln
anteriormente em direção à superfície anterior do cor-
po.As curvaturas torâcicae sacral são côncavas, de mo-
ào qr;. elas se curvam posteriormente, isto é, para lon-ge d^a superfície anterior do corpo. Essas curvaturasË.rrtrdirã- a cabeça sobre o corpo proPorcionando,assim, o equilíbrio necessário para andar em uma posi-
cáo ereta.' A curvatura da coluna vertebral fetal é diferente'
Sua única curvatura é côncava e se curva posterior-mente, isto é, para longe da superfície anterior do
corpo. A curvatura cervical desenvolve-se aproxrma-
damente três a quatro meses após o nascimento,quando os bebês io-.ç"- a maniet suas cabeças ele-
,r'"d"r. A curvatura lom-bar desenvolve-se em torno de
um ano de idade, quando a criança começa a andar'A Fisura 7-11 iiustra diversas curvaturas anormais
da coluía vertebral. Escoliose é uma curvatura lateral
anormal que envolve, geralmente, as. vértebras toráci-
cas. Se for grave, essa curvatura lateral Pode comPrlmrrórgáos abdãminais e também pode diminuir a expan-
saã da caixa torácica prejudicando, portanto, a respira-
çáo. Cifose é uma.rrirrtt.tr" rctácica acentuada, sendo
chamada de corcunda' Lordose é uma curvatura lom-
bar acentuada que, algumas vezes, recebe a denomina-cáo dedorso curvo. Eisas anormalidades podem decor-,., d. .r* defeito genético, ou podem se desenvolverem resposta a uma doença ou à má Postura'
Ca^necrsRÍsrlcAs DAS VÉnrpsRAs. A vértebra é
um osso irregular, que contém diversas estruturas di-
ferentes (piel l -tZ)-. O corpo da vértebra é protegidopor um àisão cartilagíneo e sustenta o Peso da vérte-
Lra situada acima dãle. Vários Processos proporcio-nam locais de fixação para ligãmento,s e músculos
eiou articulaçáo com outros ossos. O f-orame verte-
bral é a "bertlt"
para a medula espinal..As vértebrasestáo alinhadas dámodo que' se você deslizar sua mão
ao longo de sua coluna, vócê sentirá os processos espi-
,rhoroí. Por esse motivo, a coluna vertebral é tambémchamada de espinha. Note como as vértebras tor-
nam-se maiorei, à medida que se desce pela colunavertebral. As maiores vértebrãs, situadas inferiormen-te, sustentam uma carga mais pesada.
A vértebra t.- o-ã lâminâ semelhante a uma bar-
ra e um procedimento cirúrgico chamado laminecto-mia podl ser realizado p"t" i.-orrer um disco lesado'
Ocasionalmente, diversãs vértebras são fundidas umas
às outras para estabilizar vma parte da coluna verte-
bral. Esse procedimento é uma fusão espiúal' ,Duas VÉnrEBRAs EsPECIAIS: ArLAS (CI) e Axrs
(CII). A primeira e a segunda vértebras cervicais têm
ài',,.ir"r àracterísticas eõpeciais (Fig' 7 -12) ' A primei-ra vértebra cervical (CI), chamada atlas, não tem cor-po, mas tem depressóes dentro das quais se encaixam
projeçoes ósseai do osso. occipital do crânio' A vérte-
Lr"'",i", sustenta o crânio, e permite que você incline
sua cabeça, como quando se diz "sim" acenândo com
A Escoliose B Cifose c Lordose FIGURA 7'll t Curvaturas anormais da
coluna vertebral. A, Escoliose. B, Cifose("corcunda"). C, Lordose (dorso curvo).
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humqno Soudôvel e Enfermo t | 23
Atlas (Cl)
Foramevertebral
Foramevertebral
FIGURA 7-12 . Anatomia de uma vértebra: o atlas (CI), o rixis (CID e uma vértebra torâcica.
a cabeça. Ela recebeu essa denominaçáo a partir da fi-qura mitológica grega, Atlas, que carÍegava o mundo
sobre seus ombros.A segunda vértebra cervical (CII), chamada áxis,
rem uma projeção, o dente do áxis, que se encaixadentro do atlas, e atua como um pivô ou um eixo para
o atlas. O áxis permite que sua cabeça rotacione deum lado para o outro quando você diz"náo".
Drscõs lNtpRlnRtnsnArs. Uma camada de cartila-
sem chamada disco separa uma vértebra da outra' Co-ilo os discos estáo loóalizados entre as vértebras, elessáo denominados discos intervertebrais. Eles criamum espaço para os nervos espinais e também atuam
como amortecedores, impedindo qualquer atrito entreas vértebras e amortecendo o choque associado aos
atos de correr, saltar e andar.Ocasionalmente, um disco sai do lugar e pressiona
um nervo adjacente. Essa pressão causa uma dor intensa
e pode exigir a remoção cirírgScado disco saliente.
Cqixo TorôcicoA caixa torácica é uma caixa óssea, em forma de
cone, que circunda e protege os pulmões, o coração egrandes vasos sangüíneos (Fig. 7'13).Ela tem um Pa-pel importante na respiração e ajuda a sustentar os os-
Vértebra torácica
124 t Copítulo Z/ SISTEMA ESQUELETICO EARTICUIAR
Costelasverdadeiras
Costelasfalsas
flutuantes
O que ê umo punçõo esternol?
Como o esterno é um local de produçáo de células
sangüíneas vermelhas, e como também é acessível por
meio de punção, esse osso é um locaÌ comum PaÍa a rca-
Iização de biópsia de medula óssea. Nesse procedimen-
to, uma agulha é inserida dentro do esterno, € uma
amostra de medula óssea é aspirada, ou retirada desse lo-
cal, e analisada sob um microscópio. A análise da amos-tra de medula óssea proporciona informações sobre nú-
m€ro, tipo e saúde geral das células sangüíneas.
Esterno
FIGURA 7'13 t Caixatorácica. Oesterno é composto pelo manúbrio, pe-lo corpo e pelo processo xifóide. Ascostelas podem ser verdadeiras, falsas eflutuantès.
sos do ombro. A caixa torácica é constituída pelo es-terno, pelas costelas e pelas vértebras torácicas'
EstpnNo. O esterno, ou osso do peito, é um ossoem forma de punhal, localizado anteriormente, no tó-rax. As três partes desse osso são o manúbrio, o-corpoe a sua ponta, o processo xift,ide. O processo xifoide é
a pont; do esteÀo. Ele serve como um ponto de refe-
rência para a RCP (ressuscitaçáo cardiopulmonar).Cosrpras. Doze pares de costelas fixam-se, poste-
riormente, nas vértebras torácicas. Anteriormente, asextremidades de sete pares de costelas fixam-se direta-mente ao esterno através das cartilagens costais. Elassão chamadas costelas verdadeiras. Os próximos cin-co pares fixam-se indiretamente ao esterno ou não sefixam de modo algum. Estas sáo denominadas coste-las falsas. Os dois pares inferiores de costelas falsas
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo t 125
FIGURA 7'14 t Ossos do membro superior'.4' Cíngulo do membro.superior'
l.õ"ïàUr"ç., .oto*lo . -ã.. g, P"rição'do rádio e da ullna durante a supinação e a
Pronaçao.
A
Cavidadeglenoidal
Ossoscarpais
OssometacarPais
Falanges
Cíngulo domembrosuperior
Fossa doolécrano
Olécrano(da ulna)W
Cotovelo,vista posterior
não se fixam ao esterno e são, Por isso' chamadas cos-
telas flutuantes. Em razáo de sua localização e por
náo se fixarem ao esterno' as costelas flutuantes são
facilmente fraturadas.Localizados entre as costelas estão os músculos in-
tercostais. A contraçáo desses músculos auxilia na
-orri-.tta"çáo da caixatorâcica durante a respiraçáo'
S. ,ro.ê .olà.", sua máo sobre seu peito e fizer uma
r*pit"ça. profunda,.você sentirá sua caixa torácica
movimentar-se para clma e para rora'
Cotovelo
Antebraço
Esqueletr Apendicuhr
O esqueleto apendicular é composto. pelos ossos
dos cíneülos dos membros superiores e lnferlores' e
p.lo, oisos das partes livres dos membros-superlores
iU."i"t, ""r.brJço, e mãos) e membros inferiores (co-
xas, pernas e Pé$ (Fig.7- l) '
Clavícula
126 . Copítu|o7/S|STEMAESeUELEIICO EARTTCULAR
ےngulo do Membro Superior
9 .--S"1" do membro superior é também cha_mado de cíngulo peitoral. Caãa ombro contém dois'ossos: uma clavícula e uma escápula (Fíg.7-14). Oombro sustenra.a parte livre do membrJ rrlp.rio, .serve como um local de fixação para os músculos. Ocíngulo _do mgmbro superior é projetado para umagrande flexibilidade. Movimeni. í.r, o-Ëro e seubraço em círculos e nore quanros movimentos dife-rentes você pode fazer. Compare-os com os movi_mentos limitados que você .onregue fazer no cotove-lo e no ioelho.
Cr-qúcuLA. A clavícula é às vezes chamada de ossodo colarinho. Ela se parece com um longo bastão, earticula-se tanto com o esterno como com a escápula,auxiliando na estabilização do ombro. Entreranto, afixação da clavícula é frág1l e esse osso é facilmentedeslocado ou fraturado. Àclavícula é o osso mais fre-qüerrtemente fraturado no corpo.
Eso{pur-q. A escápula é também chamada de ossoda paleta ou da asa. Dois grandes processos da escípu-la permitem que ela se ariicule .o-
" clavícula, e ier-
vem como pontos de fixação para a parte livre domembro superior e para os músóulos do tórax. A cavi-dade glenoidal da eicápula é o local onde a cabeça doúmero (osso do braço) se encaixa, permitindo
"rri- "rotação, no ombro, da parte livre dõ membro superior.
Porte Livre do Membro Superior
. I p".t. livre do membro superior, conrém os ossosdo braço (úmero), do antebraço (ulna e rádio) e damáo (ossos carpais, metacarpais e falanges).
UveRo. O úmero é o õsso longo-do braço. Elepossui uma cabeça, que, como referido anteriormen_te, se encaixa na cavidade glenoidal da escápula, per_mitindo a rotação do braçõ na articulaçáo dï o-tro.Na outra extremidade do úmero (extremidade distal),existem dive rsos processos que lhe permitem articu_Iar-se com os ossos do antebraço. A hssa do olécranoéuma depressão do úmero qué contém o olécrano daulna, quando o corovelo é esìendido.
R{oIo. O rádio é um dos dois ossos do antebraco.Ele está localizado lateralmente (no "lado do polegari'),quando a palma da mão está voltada
"rrt"rior'rnerrte. A
cabeça do rádio articula-se tanto com o úmero quanrocom a ulna. A tuberosidade do rádio, na sua extremi_dade proximal, é o local de fixação para o músculo res-ponsável pela flexão do antebraço nõ cotovelo.
UrNa. A ulna é o ourro osio do antebraço. Maislonga do que o rádio, a ulna está localizada-medial-mente, isto é, no lado do dedo mínimo. Ela tem pro_cessos e depressóes que lhe permitem articular-se como úmero, com o rádio e com os ossos do punho (ossoscarpais). O olécrano da ulna é o que rro.è ,.r,r. .o-oa ponta óssea do corovelo.
.Note a relação enrre o rádio e a ulna, quando amão se movimenra de uma posição com a pjma vol_tada para cima (supinação)-pari tr-" por4ão com a
p"lT" voltada para baixo (pronação). euando a pal-ma da mão está voltada para cima, os dois ossos estãoparalelos. Enrreranro, qúando a palma da mão volta-se para baixo, os dois oìsos se .rlr"-, para concluiresse movimento.
MÁo. A mão é composta pelo carpo, pela palma edorso e pelos dedos. Oìarpo-contérnoità orsãs, ch"-mados ossos carpais, gue estão firmemente unidosatravés de.ligamentos. Cinco ossos metacarpais for_mam a palma e o dorso da mão, sendo que iada umenconrra-se alinhado com um dedo. Os i4 ossos dosdedos são chamados falanges, ou ossos dos dedos. No,te que cada dedo tem trêsìssos, excero o polegar, quetem somenre dois ossos. As cabeças das falangeúão no-tadas como os "nós" dos dedos, quando.e f.ãh" amão.
Gingulo do Membro Inferior
. .O cíngulo do membro inferior é composto pelosdois ossos do quadril; estes, mais o sacro e o cóccix,constiruem
I p9lve, ou bacia (Fig.7-l5A). A pelve de_sempenha três funções: sustentaó peso do corpo; servecomo um local de fixaçáo para aparte livre do -.-_bro inferior e prorege os óqgãos localizados na cavida-de pélvica, como a bexiga urinária e os órgãos genitais.
DrEEnrNças ENrnE o HoMEM E a Ã4urnpn. Asdiferenças enrre a pelve feminina e a pelve masculinaestão relacionadas ao papel feminino ãa gravid ez. Emgeral, a pelve feminina é maior e mais ãs" do qu. apelve masculina (Fig. 7-15C e D).
Osso oo Qunonrl. O osso do quadril é tambémchamado de osso coxal (Fig. 7-15È). Cada osso doquadlil é constituído por trêi partes: o ílio, o ísquio eo púbis. Os três ossos unem-i. ent.e si para foìmaruma depressão, chamada acetábulo, qu. é irnport"rrt.por alojar a cabeça do Íèmur, permitindo, porranro, arotaçío da coxa na ardculação do quadril.
'
Ilio. O flio constitui a maior paìte do osso do qua_dril. Forma a parre superior e alargada desse osso, e suamgge-m superior, a crista ilíaca, pode ser facilmentepalpada sob a pele. O ílio articulã-se posteriormenrecom o sacro, formando a articula$o sairoilíaca. Comoo esterno, o ílio produz células sangüíneas, e é um localcom_urn paraarealização de biópsiide medula óssea.
kqyh. O ísquio é a partemais inferior do osso doquadril. Ele contém trêJestruturas importantes: o rú-ber isquiátic? a.espiúa isquiática e aìncisura isquiá-tica maior. O túber isquiático é a parte do orsò doquadril sobre a qual vocè se senra. A espinha isquiáti-ca projeta-se para dentro da cavidade pé[ui.", e^reduza abertura inferior da pelve. Se as espiàhas isquiáticasdos dois ossos ísquioi d. uma -uih.. esrão muitopróximas uma da outra, a abertura inferior da pelvetorna-s_e muito pequena para permitir o nascirnentode um bebê. A dimensão da distância enrre as duas es_pinhas.isquiáticas proporciona, porranto, informa-ções vaÌiosas quanto àadequaçãó da pelve na gravi_dez. A incisura isquiática maiór é o lócal ond."varossangüíneos_e o nervo isquiático (ciático) passam dacavidade pélvica para a rigiáo posrerior da coxa.
I
I
-
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo t 127
Osso do quadril,vista lateral direita
Pelve
Osso do quadri l
Crista ilíaca
Acetábulo
C ,",u" feminina Pelve maior
Aberturasuperior dapelve menor(verdadeira)
Pelve maior(falsa)
Estreitosupenor Abertura
inferior
Forameobturado
Pelve masculina
(da pelveverdadeira)
,1 ' - "
Túberisquiático
Aberturasuperior dapelve menor(verdadeira)
FfGURA T-lS c Cavidade pélvica. A, Ossos que delimitam a cavidade pélvica. B, Osso do quadril (ílio, ísquio e púbis). C' Pelve femi
nina. D, Pelve masculina.
lncisura /,isquiáticamalor
Espinha
I28 C Copítu|oZ/SISTEMA ESoUELÉÏco EARÏICULAR
Púbh. O púbis é a parte mais anterior do osso doquadril. Os dois ossos púbis unem-se entre si, anre-riormente, arravés da sínfise púbica, e um disco de fi-brocartilagem situa-se entre ambos os ossos. Na mu-lher, este disco se distende em resposta aos hormôniosda gravidez, ampliando assim a cavidade pélvica, paraproporcionar um espaço maior para o desenvolvi-mento do feto.
Um grande orifício, chamado forame obturado, éformado à medida que o osso púbis funde-se com umaparte do ísquio. O forame obturado é o maior do cor-po e, através dele, vasos sangüíneos e nervos passam dacavidade pélvica para a regiáo anterior da coxa.
O que se entende por pelve maior e pelve menor?Enquanto a pelve maior (pelve falsa) é a ârea circun-dada pelas partes alargadas consriruintes dos doisílios, a pelve menor situa-se abaixo da primeira, e émuito menor (Fig.7-l5C). Apelve menor, um anelformado pela fusão dos ossos pélvicos, é também cha-mada pelve verdadeira. Ela possui uma aberrura su-perior e uma abertura inferior. Na mulher, as dimen-sões dessas aberturas são importantes, porque elasdevem ser suficientemenre grandes para permitir apassagem de um bebê durante o parto.
Pqrte Livre do Membro Inferior
A parte livre do membro inferior é constituída pe-los ossos da coxa (Íêmur), do capuz do joelho (patela),da perna (tíbia e fïbula) e do pé (ossos tarsais, meta-tarsais e falanges) (Fig.7-16).
FÊttun. O fêmur, o osso da coxa, é o osso maislongo e mais resistente do corpo. Ele se articula com oosso do quadril para formar a articulaçáo do quadril,e com os ossos da perna para formar a articulação dojoelho. A cabeça do ftmur articula-se com o acetábulodo osso do quadril, e permite a rotação da coxa sobrea articulação do quadril; é contínua com o colo do ft-mur. O Íêmur apresenta numerosos processos ósseos;os mais importantes são o trocanter maior e o trocan-ter menor, que proporcionam locais de fxação paramuitos músculos.
Em pessoas idosas, o colo do ftmur freqüente-mente se fratura, originando uma fratura de quadril.Nesses casos, a imobilização pode causar sérias com-plicações. [Jma pessoa imobilizada, que fica acamada,pode, por exemplo, devido ao peso da perna, ter umarotaçáo lateral do quadril. Se for permitido que essarotação progrida, o andar poderá se tornar muito dift-cil retardando, assim, a reabilitação. Para prevenir arotação lateral do quadril, deve-se colocar um roletesob o quadril, na região do trocanter maior.
ts [-''L
Trocantermaror
Osso doquadril
Cabeça
Tuberosidadeda tíbia
MaléolomedialMaléolo
lateral Ossostarsais
Ossosmetatarsais
FalangesF|GURA 7-16 . Ossos do membro inferior (coxa, perna epé). O Íèmur possui uma cabeça, um colo, os trocanreres
^maior e
menor e os côndilos (lateral e medial). A tíbia (osso da "canela")epresenta uma tuberosidade e o maléolo medial. O maléolo late-raÌ pertence à Íïbula.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo " 129
Parp,ra. A patela (ou rótula) é o capuz do joelho'
Ela se localiza no interior de um tendão que passa so-
bre o ioelho.---.flere E FÍBULA. A tíbia e a fíbula são os ossos da
Derna. A tíbia é o osso da "canela", que se articula
io- o fêmur na articulação do ioelho' Ela é o osso da
Derna responsável pela sustentação do peso do corp9'
Ürn" p.oìuberância anterior, chamada tuberosidade
d" tíbì^, é o local onde se fixam os ligamentos da co-
xa. Na extremidade distal da tíbia, uma projeçáo cha-
mada maléolo medial articula-se com a face medial
dos ossos tarsais.A fíbula é o osso mais delgado da perna, e está si-
tuada lateralmente à tíbia. A extremidade proximal da
fíbula articula-se com a tíbia, enquanto a extremidade
distal constitui o maléolo lateral, que se articula com
a face lateral dos ossos tarsais. Os esquiadores fre-
oüentemente torcem seus tornozelos e traturam a tl-
bula, .to maléolo lateral'PÉ. Cada pé (Fig. 7-I7) está,formado por uma^regiáo
do tornozelo, um dótto (e planta) e cinco dedos' Os sete
ossos tarsais constituem ô tornozelo' Estes incluem o
calcâneo, ou osso do calcanhar, e o tálus, o único osso
comoletamente móvel do tarso. O tálus articula-se com
a tíbia e a fíbula. O peso do corpo é sustentado princi-
palmente pelo calcâneo e pelo t:ílus' O dorso e a planta
ão oé são fotm"do. pelos cinco ossos metataÍsais' A par-
t. proe-in.nte e airedondada do pé. situada anterior-
-Ënr., é formada pelas extremidades distais dos ossos
metatarsais. Os ossós tarsais, metatarsais e os tendóes e li-
gamentos a eles associados formam os arcos do pe Se os
ii*"rn.n,o, e tendóes se enfraquecem' os arcos do pé po-
dãm "cair" e, nesses casos, diz-se que a Pessoa tem pé
chato. Os dedos do pé contêm 14 falanges'
Uma pessoa poãe des.nvolver um esporão no cal-
canhar, que é um crescimento ósseo excesstvo na face
inferioi do calcâneo. Este esporão causa uma inflama-
3alcâneo
Tíbia
Fíbula
Maléolo medial
Maléolo lateral
Tálus
Ossosmetatarsais
FalangesOssostarsais
F IGURA 7 -17 .pé :ossos ta r sa i s ( i nc l u i ndooca l câneoeo tá l us ) , ossosme ta ta f sa i se fa l anges .A rcossuPo f t amaes t ru tu radopé ' sapa -
tos inadequados: formaçáo de joanetes'
T 30 . COPítUIO 7 / SISTEMA ESQUELÉÏCO E ARTICUIAR
cáo dos tecidos subiacentes, tornando o andar muito
àolorido. Por sua vez' uma condição que multas mu-
lheres conhecem muito bem são os joanetes'. que se
ã.r.rrrrol'0.- em resposta ao abuso contínuo de sapa-
tos de salto alto inadequados' Estes fazem com que.o
ü;;;Ë.-"primidã e forçado contra o segundo
ã.aï ãJ pe. Cà- o Passar. do tempo' essa.posição
oiorro." uma lesáo naãrticulaçáo' taìs"ndo dor e de-
iormidade (Fig'7-17).
*R.ESUIì,IINDO! O esqueleto está dividido em
esqueletos axial e apendicular' Os 206 ossos do esque-
L.tL "o"r...-
naTãbela 7-2 e naFigura7-l '
ARTICULAçoEs
Uma articulação é o local onde dois ossos se en-
.orri."Ã. Ãt articúaçóes desempenham duas funçóes:
;;;;il ";"rro,'.r'ido'
e propôrcionam flexibilidade
".rÀ.tq".leto rígido. Sem as articulações' nós nos
;;Ëil;;i"-oíd. maneira rígida' como se fosse-
-átì"Uãt. Imaginem como seriã sem graça assistir-
;;; ";;
iogo dï basquere se o esqueletõ inteiro fosse
tì*iaãr fu ariiculaçoes'podem ser classiÍìcadas em.três
eúpot, de acordo com o grau de To}lldld:' artlcu-
il.ilil;r;is, semimóveii e móveis (Tabela 7-3).
Arriculoções lmóveis
As articulaçóes imóveis são chamadas sinartro'
ses. As suturas Presentes no crânio são articulaçóes
imóveis. As suturas se formam quando as margens ir-
..-"ì"t.t a.t ossos do crânio se encaixam' e sáo uni-
d"ï pot tecido conjuntivo fibroso'
Articuloções Semirnóveis
As articulaçóes semimóveis são chamadas anfiar-
t"otãtl út"i-entos limitados são geralm ente rcaliza'
;;;; ãr*, '.tttidot por um disco cartilagíneo' obser-
;. ;;; ;;;ol;, o, ioo"i-.''tos da colúna vertebral
ot'ra'oaorra- nos discos intervertebrais' Durante a gra-
;ã;. ;.í;fise púbica também permite que a pelve se
amplie.
Arriculoções Móveis
As articulaçóes móveis sáo chamadas diartroses;
elas proporcionam mais flexibilidade e mobilidade do
;;. ;. á.rrro, dois tipos de articulação' A maior parte
ã"t ,"i."ftçóes do ri,,t*" esquelético sáo móveis' e
;;;;t ".ti.,tl"çó.,
móveis sâo articulações sino-
;;il iFi;. 7-18) Uma articulaçáo sinovial típica
apresenta as segulntes estruturas:
o Cartilagem articular. A superfície articular dt :i1,"
,rm doïdois ossos é revestida pelacartilagem artr-
cular' formando assim uma superfícte lrsa no rnte-
rior da articulaçáo..
'òíotìto articulàr.A cápsula articular é.constituída
de'tecido conjuntivo fibroso' EIa envolve a artlcu-
lação como uma cobertura resistente' semelhante
a um mangulto.o Membranã sinouial' Revestindo internamente a
.aft"U articular, encontra-se a membrana sino-
.riâl, que secreta a sinóvia no interior da cavidade
articuÌar.. ilnduia.A sinóvia ou líquido sinovial lubrifica os
ossos de uma articulação, diminuindo asstm o atrr-
to em seu interior.
TIPOSinartrose
Anfiartrose
Diartrose
GRAU DE íì'TOBILIDADEImóveis
Semimóveis
Móveis
DESCRIçÃoSutura / "ZíPer"
Disco de cartilagem
entre dois ossos
Articulaçáo esferóidea
Gínglimo
Articulação trocóidea
Articulaçáo selar
Articulação Plana
Articulação eliPsóidea
EXEMPLOSOssos do crânio
Discos intervertebrais; sínfise Púbica
Ombro (escáPula e úmero);
quadril (osso Pélvico e ftmur)
Cotovelo (úmero e ulna); joelho (fêmur e tíbia);
dedos
Atlas e áxisl Permite a roração
(movimento de um lado Para o outro)
da cabeça, indicando "náo"
Polegar (articulaçáo carpometacarpal)
Articulações carPais
Osso temporal e mandíbula;
"nós dos dedos"
IL
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . I 3 |
Fêmur
Patela
Cavidadearticular(preenchidacom sinóvia)
Membranasinovial
Meniscolateral
Tíbia
ÍIGURA 7-18 t Articulaçáo sinovial (joe-:irrutura e constituição.
t 3olsas sinouiais. Muitas articulaÇóes sinoviais con-:em bolsas sinoviais, que são pequenos sacos de si-rór' ia, situados entre a articulação e os tendóesque a cruzam. Essas estruturas peimitem o desliza-:r 'Ìenro dos tendões durante a movimentação dosossos. O uso excessivo de uma articulação poderausar uma inflamação bastanre dolorida da boka.inovial, chamada bursite. O cotovelo,de-tenista é:rma bursite causada pelo uso excessivo e inade-.1uado da arriculação d'o cotouelo.
t Lìgamentos. Próximo ou no interior da articulaçãoeristem ligamentos, que unem os ossos entre si e es-rabilizam a articulação. Algumas vezes um ligamen-ro é estirado ou rompido, causando dor e pérda demobilidade.
Joelho: Umq Articuloçõo SinoviqlLarticulaçáo do joelho é um exemplo de articulaçáo
.::oviaÌ (Fig. 7-18). Além de todas as esrrururas conri-.rrr eÌÌì uma arriculação sinovial, a articulação do ioelho- nrem amortecedores exrras, sob a forma-de blocos de.-:rrilagem. Esses blocos amortecem o choque do andar. Jo saltar. Dois blocos de cartilagem em forma de::cia-lua, o menisco medial e o menlsco lateral, repou-.*n sobre a tíbia. Como ourras arriculaçóes sinoviãis, a::riculação do joelho é reforçada por ligamenros, em:'.inicular pelos ligamento cruiados, interïamente.
O menisco medial e o menisco lateral são freqüen-Jmente lesados ou rompidos por aderas. Uma èarti-
lagem rompida (geralmente o menisco medial) podeser removida por uma cirurgia artroscópica. IJm ar-troscópio é um pequeno telescópio que pèrmite ao ci-rurgião examinar o interior da articulação do joelho.O ligamento crvzado é outra esrrutura que freqüente-mente requer tratamento cirúrgico.
Movimentos dqs Articuloções SinovioisHá muitos tipos de articulaçóes sinoviais móveis.
O tipo de movimenro e o grau de flexibilidade variamde um tipo de articulação para outro. Se você movi-mentar o cotovelo, por exemplo, o antebraço irá oupara cima ou para baixo, como duas tábuas unidas poruma dobradiça. Esse movimenro é muito diferente domovimento giratório do braço, na articulação do om-bro. Ambas as arriculações, do corovelo e do ombro,são móveis, porém os dpos de movimento diferem.
Seis tipos de articulações móveis são classificadasde acordo co_m o tipo de movimento permitido pelaarticulação (Fíg. 7 -I9 ; Tâbela 7 -3). Tr€s dessas articu-Ìaç_óes são o gínglimo, a arriculação esferóidea e a arri-culação trocóidea.
GinglimoO gínglimo permite um movimento semelhante
àquele de duas tábuas unidas enrre si por uma dobra-diça. A dobradiça permite movimento em uma dire-ção, onde o ângulo, no nível da dobradiça, aumenra
@Articulaçãoesferóidea
132 t Copítulo 7 / SISTEMA ESOUELETICO E ARTICUIAR
FIGURA 7'19 o Articulaçóes móveis (diartro-ses):.esferóidea, gínglimo, plana, selar, elipsóidea etrocol(lea.
Articulação docotovelo
Articulaçãointercarpal
Articulaçãocarpometacarpal
Articulaçãometacarpofalângica
Articulaçãodo ombro
L*W*Articulação plana
> @Articulação selar
@Articulaçãoelipsóidea
ou diminui. São exemplos de gínglimos as articula-
çóes do cotovelo e as articulações interfalângicas. Mo-
vimente cada uma dessas articulaçóes para esclarecero movimento aqui descrito.
Arficuloçõo EsferóideoUma articulação esferóidea é formada quando
uma extremidade em forma de esfera de um osso seencaixa dentro de uma concavidade em forma de taçade outro osso, de modo que o movimento de um dosossos possa ocorrer em várias direções, ao redor de umporrto central. As articulaçóes do ombro e do quadrilião articulaçóes esferóideas. Enquanto a cabeça doúmero se encaixa na cavidade glenóidea da escápulana articulação do ombro, a cabeça do ftmur se encai-xa no acetábulo do osso do quadril, na articulaçáo demesmo nome.
Movimente seu ombro em círculos (como no lan-
çamento de uma bola de beisebol) e note a liberdadede movimento. Compare-o com o movimento limita-do das articulaçóes do cotovelo e do joelho. Ao mes-mo tempo em que o arranjo da articulaçáo esferóideapermitJuma grande variedade de movimentos, eletambém permite o fá.crl deslocamento das estruturasarticulareì. Quando uma força extrema é aplicada aoombro, por exemplo, um deslocamento da articula-
ção pode ocorrer. Isso ocorre freqüentemente quandojogadores de futebol são derrubados no gramado.
Articuloçõo Trocóideq
Uma articulação trocóidea permite somente a ro-tação ao redor do longo eixo de um osso. IJm exem-plo é o movimento da cabeça de um lado para o ou-iro, indicando que "não". Essa rotação ocorre quandoo atlas (a primeira vértebra cervical) gira sobre o áxis(a segunda vértebra cervical).
Dores Articulqres
Diversos problemas de saúde afetam as articulaçóes,causando geralmente desconforto e prejuízos à mobili-dade. A inflamaçáo de uma articulação é denominadaartrite. Com o passar do tempo, a articulação pode sedegenerar, a ponto de precisar ser substituída. Articula-
çóès sintéticàs têm sido utilizadas para a substituição damaioria das articulaçóes, inclusive as do quadril, joe-
lho, ombro e cotovelo. A gota também pode afetar asarticulaçóes. Com essa doença, o corpo produz, em ex-cesso, uma substância chamada ácido úrico. Este seacumula nas articulaçóes, formando pequenos cristaisafiados como navalha. Esses cristais lesam a articulação,e podem também prejudicar o rim, à medida que o
Anotomiq e Fisiologio do Corpo Humqno Soudóvel e Enfermo ' | 33
corpo se esforça para excretar o ácido úrico na urina.
Tipos de Movimentos Articulqres
Os movimentos ocorrem nas articulações sinoviaisquando os músculos que se situam próximos a elas secontraem e exercem pressao soDre os ossos aos quarsestáo fixados. Esses movimentos são ilustrados na Fi-
gura7-20.
o Flexão: é o movimento no qual há a diminuiçãodo ângulo entre os ossos de uma articulação (por
exemplo, dobrar a perna no joelho ou dobrar osdedos).
c Extensão: é o movimento no qual há o aumentodo ângulo entre os ossos de uma articulaçáo (por
exemplo, endireitar a perna no joelho e esticar osdedos para abrir a mão).
o Flexão plantart é o movimento no qual o pé é in-clinado para baixo, tal como o que é feito quandose pisa no acelerador de um carro, ou se dança naponta dos dedos do pé.
o DorsiÍlexã.o: é o movimento no qual o pé é incli-nado para cima, em direção à perna.
o HiPerextensão; é a extensão excessiva em uma arti-culação, como a que ocorre quando se movimentaa mão em direçáo à superfÏcie superior do punho.
o Abduçã.o: é o movimento para longe do plano me-diano do corpo (por exemplo, movimentar a per-na lateralmente, afastando-a do corpo).
o Aduçã.o: é o movimento em direção ao plano me-diano do corpo (por exemplo, retornar a perna emdireção ao corpo).
c Inaersão: é a rotação medial da planta do pé, demodo que ela se volta para o pé do lado oposto.
o Euersão: é a rotaçáo lateral da planta do pé.o Supinação: é a rotaçáo da mão, de modo que a
palma se volta superiormente.c Pronação: é a rotação da mão, de modo que a pal-
ma se volta inferiormente.o Circundução: é uma combinação de movimentos,
assim como a que ocorre no movimento circulardo braço que é feito por um arremessador de bei-sebol ao lançar uma bola.
*nESUl,llNDO! Uma articulaçáo e o local on-de dois ou mais ossos se encontram. Os três tipos dearticulaçóes existentes são: as articulaçóes imóveis (si-
nartroses), as articulaçóes semimóveis (anfiartroses) e
as articulaçóes móveis (diartroses). Estas últimas sãotambém denominadas articulaçóes sinoviais. Os tiposde articulaçóes móveis incluem o gínglimo, as articu-laçóes esferóidea e trocóidea. Devido aos diversos ti-pos de articulaçóes, o esqueleto é capaz de realizar vá'rios movimentos.
I34 T COPíÌUIO 7 / SISTEMA ESAUELETICO E ARTICULAR
Hiperextensão
FIGURA 7'2O o Tipos de movimentos nas articulaçóes.
Anoiomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo * | 35
Artrite
Bursite
Côncer
Luxoçõo
Osteomqlqcio
Osfeomielite
Osfeoporose
Entorse
Distensõo
Cotovelo-de-fenistq
É o inflomoçõo de umo orticuloçõo, gerolmente ocomponhodo de dor, inchoço e oltero-ções estruiuiois. Existem oproximodo"mente 25 formos de ortrite. A osteoortrite, tombémchomodo de ortrite deqeneroÌivo ou ortrite do "desqoste pelo uso", é o formo mois co-mum, e resulto do deqóneroçõo do corti loqem ortiãulor. À ortrite reumotóide, tombémchomodo reumoÌismo."é umo inflomocõo do"membrono sinoviol e consiste no mois debil i-tonte dos formos crônicos de ortrite. A ortrite qotoso, ou qoto, é um distúrbio metobólico eocorre quondo crisÌois ofiodos de ócido úricoie deposito-m em umo orticuloçõo.
É o inflomoçõo de umo ou mois bolsos sinoviois, provocondo dor, inchoço e restrições demovimentos. As formos mois comuns sõo o bursite'subocromiol (ombro dolorido), o bursitedo olécrono (coïovelo-de-minerodor ou cotovelo-de-tenisto) e o bursite pré-potelor (ioelhode empregodo doméstico).
Vórios tipos de côncer podem ocorrer no sistemo esqueléÌico. Exemplos,deles incluem oosteossorcomo, um tumor ósseo, e o condrossorcomo, um tumor que envolve o cortilogem.A formo mois comum de côncer ósseo é o mielomo, no quol tumores molignos do meduloósseo inlerferem no produçõo de célulos songüineos vermelhos e cousom o destruiçõo ós-seo.
É o deslocomento de um osso de suo orticuloçõo, com rompimento de ligomentos, tendõese cópsulo orticulor. A orticuloçõo do ombro é'deslocodo mois focilmentJque ouÌros orticu-loções. O retorno do osso poro denfro de suo orticuloçõo é chomodo de reduçõo. Umo lu-xoçõo porciol é chomqdo iubluxoçõo. Quondo o termo subluxoçõo é oplicodo ò orticulo-çõo temporomondibulor, ele refere-se oo estiromento do cópsulo e dos l igomentos dessoorticuloçõo, o que resulto em estolos quondo o mondíbulo é movimentodo.
É ,ro doenço corocterizodo pelo omolecimenïo dos ossos, devido ò desminerolizoçõo(perdo de cólcio e fósforo), que é cousodo pelo deficiêncio de vitomino D. O omolecimen-to dos ossos resulÌo em deÍormidodes esqueléÌicos. A osteomolocio em ossos em cresci-mento é chomodo roquitismo.
É umo inflomocõo dos ossos e/ou infeccõo do medulo ósseo mois Íreqüentemente couso-do pelo boctério Slaphylococcus. A osteomieliÌe gerolmente ocorre como umo complico-çõo de umo froturo ósseo e cirurgio ortopédico.
É ,mo perdo de mosso ósseo que torno o osso Ìõo poroso que ele se esforelo sob o es-tresse normol dos movimentos. A osÌeoporose esió relocionodo ò folro de estrogênio emmulheres idosos, ò dieto deficiente em cólcio e vitomino D e oos boixos níveis de exercicios.
É umo lesõo cousodo pelo torçõo de umo orticuloçõo. Umo entorse provoco dor, perdo demobilidode. inchoco e umo coloroçõo orroxeodo devido oo hetoiomo que se fotto noregiõo lesoáo. Os Íigomentos podem ser rompidos mos nõo hó dono ósseo ou orticulor.
É umo lesõo o um músculo ou tendõo em umo orticuloçõo. Umo distensõo ocorre devidooo uso ou estiromenio excessivo e é menos grove gue umo entorse.
Tombém chomodo de epicondilite loterol, é umo inÍlomoçõo dos tecidos odiocenles oo epi-côndilo loterol do úmero (cotovelo).
1 .
2.
ênqwantto Voc ã êmv elhece
Em decorrência da perda de cálcio e de matériaorgânlca, os ossos se tornâm menos reslstentes emais quebradiços. Muitas mulheres mais idosasdesenvolvem osteoporose e, conseqüentemente,os ossos se fraturam mais facilmente. AÌém dis-so, os ossos fraturados regeneram-se incomple-tamente e mais lentamente.Os tendões e ligamentos tornam-se menos flexí-vers e, com lsso, as artlculaçoes apresentam uma
diminuição da amplitude de movimentos. lJmdesgaste da cartilagem articular e um cresci-mento ósseo excessivo na articulação contri-buem para o enrijecimento articular.
3. Os discos intervertebrais se contraem. Devido àcompressão dos discos e à perda de massa óssea,a altura do corpo diminui, e a região torácica dacoluna vertebral se curva (causando a cifose).
I3ó . Copítulo Z/ SISTEMA ESaUELÉTIco EARTICUIAR
'sÚ',m,o,
O sistemo esquelético e orticulor suporto o peso do cor-po, susÌento e protege os órgõos do corpo, permiie que ocorpo se movimente, otuo como um locol de reservo de mi-nerois (especiolmente cólcio e fósforo) e produz célulos son-güíneos.
l. Ossos: Umo RevisõoA. Tomonhos e Formq5
l. Os ossos sõo clossificodos em quotro grupos: longo,curto, plono e irregulor.
2. Os ocidentes ósseos indicom locois de fixoçõo mus-culor e de possogem de nervos e vosos songüíneos.
3. Um osso longo tem umo longo hoste (dÍófíse) e duosextremidodes (epífises). A corÌilogem orticulor ê en-controdo sobre o superfície externo do epïfise. Adiafise e revestido pelo periósteo.
4. A dióÍise é constituído de osso compocto ou ouro, esuo covidode contém medulo ósseo omorelo. As eoifises consistem de osso esponioso ou mocio, e o me-dulo ósseo vermelho é encontrodo nos covidodes doosso esponioso.
B. Formoçõo e Crescimenfo ósseol. Os ossos se formom, ou se ossificom, de duos mo-
neiros. No crônio, os osteoblosÌos substituem o finomembrono de tecido coniuntivo, formondo os ossosplonos. Outros ossos se formom sobre modelos decorfi logem hiolino, ô medido que os osteoblostossubstituem o cortilogem por osso.
2. Os ossos crescem longitudinolmente poro determi-nor o olluro, mos tombém crescem em espessuro elorguro poro sustentor o peso do corpo. O cresci-mento ósseo longitudinol ocorre nos cortilogens epi-fisiois, que sõo foixos de cortilogem locolizodos nosexfremidodes do diófise. Por outro lodo, o cresci-mento em lorguro e espessuro é decorrente do oçõoconiunÌo de osteoblostos e osteoclostos.
3. O crescimento e o remodeloçõo ósseo ocorrem portodo o vido, e dependem de muiios foÌores, incluin-do dieto, exercícios e hormônios.
ll. Divisões do Sistemo EsqueléticoOs nomes dos 20ó ossos do esquelelo estõo relociono-
dos no Tobelo 7-2.
A. Esqueleto Axioll. O esqueleto oxiol inclui os ossos do crônio (crônio,
foce, osso hióide e os ossos do orelho médio), oo co-luno vertebrol e do coixo torócico.
2. O crônio de um recém-noscido contém fontículos.que sõo óreos membronosos que possibilitom o cres-cimento do encéfolo.
3. O crônio conlém covidodes preenchidos por or, cno-mqdos seios.
4. A coluno vertebrol é formodo por 24 vértebros, pelosocro e pelo cóccix. As vértebros estõo seporodospor discos intervertebrois. A coluno vertebrol doodulto tem quotro curvoturos: cervicol, torócico,lombor e socrol.
5. A coixo torócico é umo coixo ósseo, em formo decone, formodo pelo esterno, por
'l 2 pores de coste-
los e pelos vértebros torócicos.
B. Esqueleto Apendiculor1 . O esqueleto opendiculor inclui os ossos dos portes li-
vres dos membros superiores e inÍeriores, bem comode seus respectivos cíngulos.
2. O cíngulo do membro superior é formodo pelo escó-pulo e pelc clovículo.
3. O cíngulo do membro inferior é formodo pelos doisossos do quodril, e conecto-se oo esqueleto oxiol pormeio do socro.
lll. ArliculoçõesUmo orticuloçõo é o locol onde dois ossos se enconirom.
A. Tipos de Articuloções (Boseodos no Grqu deMobilidode)i. As orÌiculoções imóveis sõo chomodos sinortroses
(por exemplo, os suturos encontrodos no crônio).2. As oriiculoções semimóveis sõo chomodos onfiortro-
ses (por exemplo, o sínfise púbico).3. As orticuloções móveis sõo chomodos diortroses ou
orticuloções sinoviois. As estruturos presentes emumo orticuloçõo sinoviol, tol como o ioelho, incluemo corti logem orliculor de codo osso, o cópsulo orti-culor, o membrono sinoviol, o sinóvio, os bolsos si-noviois e os ligomentos.
4. Os iipos de orticuloções móveis sõo o gínglimo e osorticuloções esferóideo, trocóideo, plono, selor eelipsóideo.
B. Movimentos Articulqresl. As orticuloções móveis permifem diferentes tipos de
movimento.2. Os tipos de movimenfos êm umo orticulocõo móvel
sõo: Ílexõo e extensõo, obduçõo e oduçõo, inversõoe eversõo, supinoçõo e pronoçõo e circunduçõo.
1. Quais são os quatro tipos de ossos, classificadosde acordo com a forma?
2. Quais sáo as diferenças entre osteócitos, osteo-blastos e osteoclastos?
3. Explique alocalízaçáo dos ossos compactos e es-ponjosos (trabeculares). Descreva diáfise, epífise ecartilagem epifisial.
4. Defina os seguintes termos: cauidade medular, en-dósteo, periósteo e cartilagem articular.
5. O que ocorre quando a cartilagem epifisial é lesa-da?
6. Quais são as diferenças entre fraturas simples,compostas e em galho verdeì
7. Q""l a diferença entre o esqueleto axial e o apen-dicular?
8. Denomine os oito ossos do crânio. Cite quatroacidentes ósseos encontrados no osso temporal.Quais são os quatro ossos que constituem os seiosparanasais? Qu"l é o único osso móvel do crânio?
9. Identifique os ossos das seguintes regiões:a. Fronteb. Maçã do rostoc. Maxilar suDeriord. Queixo (rnento)
10. Quais são as quatro funçóes da coluna vertebral?
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humqno Soudóvel e Enfermo . 137
11. Explique a função do atlas e do áxis.
12. Quais são as diferenças entre costelas verdadeiras,falsas e flutuantes?
13. Quais são os dois ossos do cíngulo do membrosuperior? Qual é o nome da estrutura óssea docotovelo?
14. Qual é o osso mais longo do corpo?
15. Dê um exemplo de sinartrose, anfiartrose e diar-trose. Quais são as quatro estruturas encontradasem uma diartrose?
16. Dê um exemplo de gínglimo, um exemplo deuma articulação esferóidea e um de articulaçãotrocóidea.
17. Explique os termos empregados para os seguintesmovimentos:
a. Dobrar a perna no joelhob. Endireitar os dedos para abrir a mãoc. Dançar na ponta dos dedos do péd. Movimentar a perna lateralmente, para longe
do seu corooe. Rodar a plãnta do pé, lateraÌmentef. Rodar amáo, de modo que a palma se volte su-
periormente
18. Qual osso é um local comum para realizaçáo debiópsia de medula óssea?
SISTEMAMUSCUTAR@bjetivos
1. Identificar os três tipos de tecido muscular.
2. Descrever a estrutura de um músculo esquelético.
3. Descrever a hipótese do filamento deslizante da contração muscular.
4. Descrever os eventos que ocorrem na junção neuromuscular.
5. Explicar o papel do cálcio e do trifosfato de adenosina na contração muscular.
6. Identificar as fontes de energia para a contração muscular.
/. Traçar a seqüência de eventos desde a estimulação nervosa até a contração muscular.
8. Definir fasciculação, somaçã.o, tetania e recrutdmento como características da
contração muscular.
9. Descrever os tipos comuns de movimento.
10. Explicar a base para denominar os músculos.
11. Identificar os principais músculos.
12. Relacionar as açóes dos principais músculos.
r39
| 40 r Copítulo 8 / SISTEMA MUSCUIAR
^ palavra músculo se origina do termo em latimLl mus, que significa pequeno camundongo.
J- IQuando os músculos se contraem, o movi-mento muscular abaixo da pele lembra o movimenrode ratos correndo. Daí o termo mus, oumúsculo.
T|POS E FUNçÕES DOS rnÚSCULOS
Os três tipos de músculos são o estriado esqueléti-co, o liso e o estriado cardíaco (Fig. 8-1). O músculoliso é discutido ao longo do livro e o músculo estriado
cardíaco, no Capítulo 14. Este capítulo trata princi-palmente do músculo estriado esquelético.
Músculo Esfriqdo Esquelêtico
O músculo estfiado esquelético geralmente sefixa ao osso. Pelo fato de o músculo esquelético poderser controlado por açáo davontade (isto é, ett qaeromover meu braço), ele também é chamado de mús-culo voluntário. As células do músculo esqueléticosão cilindros ou tubos longos, sáo bem delineadas ecompostas por proteínas organizadas de tal forma queo músculo parece listrado, ou estriado. Os músculosesqueléticos produzem movimento, mantêm a postu-ra corporal e estabilizam as articulaçóes. Eles tambémproduzem calor considerável e, por isso, ajudam amanter a temperatura do corpo.
Aparência da célula:
Músculo estriado esquelético
Localização:
Descrição:Estriado
Voluntário
Músculo liso
Não-estriadoInvoluntário
Juncões aderentes
Músculo cardíaco
EstriadoInvoluntário
FIGURA 8'l r Os três tipos de músculo: esquelético, liso e cardíaco. O músculo esquelético é estriado (listrado) e voluntário. O mús-culo liso não apresenta estrias e é involuntário. O músculo cardíaco é estriado e involuniário, possui junçóes
"d.r.ni., chamadas de discos
interca.lados.
Músculo liso
O músculo liso é geralmente encontrado nas pa-redes das vísceras (órgãos como o estômago e a bexi-ga) e é chamado de músculo visceral. Tâmbém é en-
ãontrado em tubos e vias, como os bronquíolos (vias
respiratórias) e os vasos sangüíneos. Por funcionar au-
tomaticamente, o músculo liso é denominado mús-
culo involuntrírio. Diferente dos músculos esqueléti-
cos, o músculo liso não tem aparência listrada ou
estriada, daí a sua denominação.A contraçáo do músculo liso permite à víscera rea-
lizar suas funçóes. A contração dos músculos do estô-mago, por exemplo, permite ao estômago triturar o
aliÃenio sólido transformando-o em pastoso, e de-
pois empurrá-lo em direção ao intestino, onde a di-
gestão continua.
Músculo Cordícrco
O músculo carúíaco é encontrado apenas no co-ração, onde atua bombeando sangue através do cor-po. Semelhante ao músculo esquelético, o músculocardíaco também é estriado. As células do músculocardíaco são longas ramificaçóes que se unem firme-mente em junçóès denominadas discos intercalados.Estas junções aderentes promovem a conduçáo rápidados sinais elétricos através do coração. O músculocardíaco não está sob controle voluntário e é classifi-cado como músculo involuntário.
ESTRUTURA DO Mú5CUIOCOMO UM ÏODO
Se você toca sua coxa, você sentirá um grandemúsculo. Esse músculo é formado por milhares de fi-
bras musculares isoladas (células musculares). A estru-
tura e â função dos músculos como um todo diferemem vários aspectos da estrutura e da função de uma fi-
bra muscula? isolada.Um músculo esquelético grande é circundado por
camadas de tecido cãnjuntivo resistente denominadofiíscia. A camada externa da f;íscia é chamada de epimí-sio. A f;íscia se prolonga e se fixa ao osso como um ten-
dáo, uma estrutura semelhante a um cordão ou fita. Ou-tra camada de tecido conjuntivo, chamada perimísio,envolve feixes menores de fibras musculares, denomina-dos fascículos. Fibras musculares individuais são encon-tradas dentro dos fascículos e são envoltas por uma ter-
ceira camada de tecido conjuntivo, o endomísio.Os músculos se fixam a outras estruturas, de três
modos. Primeiro, o tendão fixa o músculo ao osso. Se-
zundo, os músculos fixam-se diretamente (sem um ten-áao)
"o osso ou a um tecido mole. Têrceiro, uma fáscia
plana e laminar, chamada aponeufose, pode fixar ummúsculo a outro músculo ou um músculo a um osso.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo r l4 |
ESTRUÏURA E FUNçAO DE UMA FIBRAÍì[usculÂR lsotADA
A célula muscular é uma fibra muscular alongada(Fig. S-28). Algumas fibras musculares chegam a me-
dir mais de 30 centímetros. A fibra muscular possuimais de um núcleo e está envolta por uma membranacelular. Em vários pontos, a membrana celular pene-tra profundamenttno interior da fibra muscular, for-
mando túbulos tratrsveÍsos, ou túbulos T. Dentro
da fibra muscular existe um retículo endoplasmáticoespecializado, o reúculo safcoplasmático.-
Cada fibra muscular é composta por longas estru-turas cilíndricas chamadas miofibrilas. Cada miofi-
brila é formada de uma série de unidades contráteis,os sarcômeros (Fig. 8-2C). Cada sarcômero estende-se da linha Z paraa outra linhaZ e é formado por umarranjo únicode duas proteínas contráteis , a,aictrlna e
a miósina. As linhas Z ficam nas extremidades de ca-
da sarcômero (Fig. 8-2C). Os finos filamentos de ac-
Por que o corne bovino é vermelho e ocqrné de golinho é bronco?
AÌgumas fibras musculares contêm um pigmento
marrom-avermelhado chamado mioglobina. A mioglo-
bina armazena oxigênio no músculo e o libera gradual-mente, quando o músculo começa a funcionar. Fibras
que contêm mioglobina são vermelhas em rtzáo do pig-
mento mioglobina, por exemplo, a carne vermelha bovi-
na. Fibras que não contêm mioglobina são brancas, co-
mo a carne branca do peito de galinha.
142 c Copítulo 8 / S|STEtu\AMUSCULAR
A o rurúscur_o coMo uM ToDo
B FrgRA MUscuLAR(cELULA)
Membrana celular(sarcolema)
Miofibrilas
G sancôíaenoda miosina
Miosina
Sarcômero relaxado
Músculotríceps (cortado)
Osso
Tendão
Retículosarcoplasmático
Endomísio
Fibra muscular(célula)
Sarcômero contraído
Perimísio
FascÍculo
Vasossangüíneos
Epimísio(Íáscia)
Túbulo TI
F|GuRA8.2rBtruturadeummúsculocomoumtodoedeumafibra-,. , .u
Ë::ïi":ft*:(ft 'ïïïïTfffiï)T:u:::'r*:[ïÍ:"ì:,:*1y]:,i:d$'il".ï;ó#"ËïË"à". sarcop,asmá,icoi;Èlïïïi,iï:i.tffií;i*i.Í]
mostrando o a'anjo das proteínas contráteis, ;ã";;;;;';i'Ëô:;;;.;."ï.i#iljtïlï;
tina se estendem em direçáo ao centro do sarcômero,a partir das linhas Z. Os filamentos mais espessos demiosina estão situados entre os filamentos de actina.Estendendo-se a Dartir dos filamentos de miosina es-tão estruturas denominadas cabeças da miosina. Oarranjo da miosina e da actina em cada sarcômero de-termina aos músculos esquelético e cardíaco sua apa-rência estriada.
COMO ()5 MÚSCULOS SE CONTRAEM
Quando músculos se contraem, eles encurtam. Is-so ocorre porque os sarcômeros encurtam, e os sarcô-meros encurtam porque os fi lamentos de actina emiosina deslizam um sobre o outro. Note o quanto osarcômero contraído aparece encurtado (Fig. 8-2C).
Como o sarcômero encurta? Quando estimuladas,as cabeças da miosina fazem contato com a actina,formando conexóes temporárias chamadas pontestransversas. lJma vez que as pontes estão formadas,as cabeças da miosina rodam, puxando a actina emdireção ao centro do sarcômero. A rotação das cabeçasda miosina causa o deslizamento da actina sobre amiosina. O relaxamento muscular ocorre quando aspontes transversas são quebradas e a actina e a miosi-na retornam a suas posições originais. Em decorrênciadessa atividade deslizante da actina e da miosina, acontração muscular é conhecida como hipótese do fi-lamento deslizante da contração muscular.
Lembre-se: os sarcômeros encurtam não porque asproteínas actina e miosina se contraem ou retraem,mas porque as proteínas deslizam umas sobre as ou-tras. O deslizamento é como um trombone de vara. Otrombone encurta porque as partes desÌizam uma so-bre a outra, não porque o metal retrai ou contrai. A ac-tina e a miosina fazem a mesma coisa - elas deslizam.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo s 143
*mnnËr'mçã* * ffieê*x*xretec?*õ:& Pwpeã dm ffiffifreiç w ffim ÃïF
O composto adenosina trifosfato (AIP) e o cálciodesempenham papéis importantes na contração e norelaxamento de um músculo (ver o Capítulo 2 parauma explicação sobre o AIP). O ATP auxilia as cabe-
ças da miosina a formar e quebrar as pontes transver-sas com a actina. O ATB no entanto, pode desempe-nhar seu papel apenas se o cálcio estiver presente.
Quando o músculo está relaxado, o cálcio é armaze-nado no retículo sarcoplasmático, distante da actina eda miosina. Quando o músculo é estimulado, o cálcioé liberado do retículo sarcoolasmático e causa intera-
ção entre a actina, a miosinã e o AIB ocorrendo, en-táo, a contração muscular. Quando o cálcio é bom-beado de volta para o retículo sarcoplasmático, longeda actina, da miosina e do AIB as pontes transversassão quebradas, e o músculo relaxa. Not. q'.t. a dispo-nibilidade do cálcio para as proteínas contráteis actinae miosina é necessária para a contraçáo muscular.
O que ê rigor mortis?
Tanto a formação de pontes transversas (contraçãomuscular) como a quebra de pontes transversas (reÌaxa-mento muscular) dependem de AIP Quando uma pes-soa morre, cessa a produção de ÂTP. A deficiência deAIP promove a quebra das pontes transve.rsas, assim osmúsculos permanecem contraídos e tornam-se rígidos.Esta alteraçáo é chamada rigor mortis, ou "rigidez damorte" (rigidez cadavérica). A avaliação do rigor mortismuitas vezes ajuda a determinar o tempo exato de morte.
&{*seu$ms ffisqe*efit#*tmffis * ru#rv€g
A contração do músculo esquelético pode ocorrerapenas se o músculo é primeiramente estimuÌado porum nervo. O tipo de nervo que supre o músculo es-quelético é um nervo motor ou somático (Fig. B-34).lJm nervo motor origina-se na medula espinal e iner-va, ou supre, várias fibras musculares com estimulaçãonervosa. A área onde o nervo motor encontra o mús-culo é chamada de iunção neuromuscular (JNM)(Fig. 8-38). Estruturas dentro da JNM incluem amembrana da terminação nervosa, o espaço ou fendaque existe entre a terminação e a membrana muscuiar,e os sítios receptores na membrana muscular.
A Junçõo Neuromusculqr
O que acontece na junção neuromuscular? O ner-vo estimulado causa a liberação de substâncias quími-
Medula espinal
Nervo motor
Axônio doneurônio motor
Junçãoneuromuscular(JNM)
Fibrasmusculares(celulas)
FIGURA 8-3 " Inervação do músculo esquelético e junçáo neuromuscular (lNM). A, Fibras musculares são ine_rvadas_, ou supridas, por
um neurônio moror. B, JNNrÍ mostrando (1) o sinal elétrico; (2) a liberaçáo do neurotransmissor (ACh); (3) a difusáo de ACh através dajunção (espaço); e (4) a fixação de ACh aos receptores e a destruiçáo de ACh pela acctilcolinesterase.
cas, que se difundem através da JNM e estimuÌam amembrana muscular. Quatro fases estão envolvidasna transferência da informação do nervo para o mús-culo naJNM (Fig. 8-3).
* Fase 1.' a estimulação do nervo causa um sinal elé-trico, ou impulso nervoso, para mover-se ao longodo nervo até a terminação do nervo. Armazenadasdentro das terminaçóes do nervo estão as vesícu-
Ias, ou bolsas membranosas, preenchidas por umasubstância química denominada neurotransmis-sor. O neurotransmissor na junção neuromuscu-lar é a acetilcolina (ACh).
" Fase 2: o impulso nervoso causa um deslocamentodas vesículai e uma fusão com a extremidade daterminação nervosa. A ACh é liberada pelas vesí-culas para o espaço entre a terminação e a mem-brana muscular.
Músculo
,r\ \\\ $ \ 1
ì \ \$ V \\ Neurônio
V \- motor
Acetilcoli- \:-/ \J* \
nesterase Sítios receotores
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo t | 45
* Fase 3: a ACh se difunde através do espaço e une-
se aos sítios teceptores, na membrana muscular.* Fase 4: a ACh eitimula os receptores e gera um si-
nal elétrico, que se desenvolve ao longo da mem-
brana musculãr. A ACh então se dissocia ou aban-
dona o sítio fixador e é imediatamente destruídapor uma enzima que é encontrada dentro da JNMpróximo à membrana muscular. O nome dessa
ãrrrima é a acetilcolinesterase. Os sítios de fixa-
ção livres estão, assim, Prontos. para ACh adicio-
nal, quando o nervo é estimulado novamente.
A Membrono Musculor EstimulqdqO oue acontece com o sinal elétrico na membrana
muscuiar? Ele percorre toda a extensão da membrana
muscular e deiencadeia uma série de eventos que re-
sultam em contração muscular (Fig' 8-28). Especifi-
camente, o sinal elétrico percorre a membrana mus-
cular e penetra em seu interior através dos túbulos T'
O sinal elétrico estimula o retículo sarcopÌasmático a
Iiberar cálcio. O cálcio inunda os sarcômeros e permi-
te a interaçáo da actina, da miosina e do ATB produ-
zindo a contração muscular. Em conseqüência, o cál-
cio é bombeado retrogradamente para o reticulo
sarcoplasmático, longe da actina e da miosina, cau-
sando o relaxamento muscular.
Alteroções do Junçõo Neuromusculqr
Certas condições podem causar problemas à JNM(Fig. 8-a).
MnsrENn Gnavn. Miastenia grave é uma doençaque afeta a JNM. Acredita-se que os sintomas da
do..tç" sáo causados por sítios recePtores da membra-
na muscular danificados. Os sítios receptores estão aÌ-
terados, de modo que não podem fixar a ACh' Con-
seqüentemente, a contração muscular está impedida,
e o paciente sente uma fraqueza muscular extrema (a
palavra miastenia significa literalmente fraqueza mus-
A
B
lmpulsonervoso '----//
Infecção porClostridiumbotulinum
Contraçãomuscular enfraquecida
Bloqueio neuromuscularpor curare
Infecção porClostridium tetani
lmpulso <---?_\nerVOSO
-___=___L--
. lo
c l
a l
n
lmpulso \-\ / .nervoso _______r,- \@
FIGURA 8'4 r Funcionamento enfraquecido na JNM' A,
Miastenia grave. B, Bloqueio neuromuscular-por-cì.Ìrare' C, Infec-
Çáo por Cltrtani (tétanã ou bloqueio mandibular)' D, Infecçáo
por C. botulinu;w (botulismo).
Estimulação exagerada damembrana muscular
Miastenia grave
Õa
Contração
Funcionamentoprejudicado na JNM
146, Copí tu lo8 /SISTEMAMUSCUIAR
cular). Afraqueza muscular evidencia-se como baixatolerância ao exercício, dificuldade para elevar as pál-pebras e dificuldade respiratória.
Broquero MusculeR Ceusaoo poR CuRARE. Ocurare é uma droga classificada como um bloqueadordo músculo esquelético. Bloqueadores do músculosão freqüentemente utilizados durante cirurgia, parapromover o relaxamento muscular. O curare ãtuablo-queando os sítios receptores na membrana muscular.Pelo fato de os receptores esrarem preenchidos peladroga, a ACh não pode se unir aos sítios receprores, ea contraçáo muscular é impedida.
Como os músculos respiratórios estão tambémafetados pelo curare, é necessário que se ventile meca-nicamente o paciente, até que os efeitos da droga de-sapareçam. Caso contrário, o paciente pára de respirare morre. Antigamente, o curare era utilizado comoum veneno para caçar animais. A ponta da flecha eraembebida em curare e, quando ela perfurava a pele doanimal, a droga era absorvida e, conseqüenremente,determinava um bloqueio fatal do músculo esqueléti-co, quando a paralisia do músculo respiratório levavaà sufocação.
Eprrros DE NEURoroxrNAS NA FuNÇÁo Muscu-L,nR. As neurotoxinas são substâncias químicas que,de alguma forma, impedem o funcionamento norirraldo sistema nervoso. Elas são produzidas por determi-nadas bactérias, por exemplo, o Clostridium tetani se-creta a neurotoxina que causa uma estimulaçáo exces-siva dos nervos motores. Isso acarreta uma liberaçãoexcessiva do neurotransmissor, estimulando de ma-neira exagerada a membrana muscular, determinandoespasmo muscular severo e contrações tetânicas. Daí aorigem do termo têtano. Como os músculos da man-díbula são freqüentemenre afetados primeiro, a doen-ça muitas vezes é chamada de bloqueio mandibular.
lJma outra neuroroxina é secretada pela bactériaClostridium botulircam. Essa bactéria apaiec. mais fre-qüentemente em alimento impropriamente processa-do e enlatado. Uma infecção còmìste organiimo cau-sa uma doença conhecida como botulismo, umaforma grave de envenenamento alimentar. A neuroto-xina age impedindo a liberação de acetilcolina das ter-minaçóes nervosas naJNM. Sem acetilcolina, as fibrasmusculares não podem se contrair e os músculos, in,cluindo os da respiração, ficam paralisados.
*RE9UMINDO! Os três tipos de músculos sãoo estriado esquelético, o liso e o esiriado cardíaco. Ummúsculo é composto de fibras musculares (célulasmusculares). Cada fibra muscular contém as oroteí-nas contráteis actina e miosina, arraniadas numa sériede sarcômeros. De acordo com a hipótese do filamen-to deslizante, a interação da actina è da miosina causacontração muscular. A Figura B-5 resume as fases en-volvidas na contração e no relaxamento do músculoesquelético. Note o papel fundamental desempenha-do pelo nervo motor
O relaxamento muscular ocorre quando o cálcio ébombeado retrogradamente para o retículosarcoplasmático, longe da actina e da miosina.Quando o cálcio se move dessa maneira, a actinae a miosina não podem interagir e o músculo relaxa.
FIGURA 8-5 r Fases na contração e no relaxamento do mús-culo esquelético.
RESPOSTAS DO MUSCUTOCOMO UM TODO
A hipótese do filamento deslizante explica a con-tração e o relaxamento de uma única fibrã muscular.Um músculo esquelético como um todo, entreranro,é composto por milhares de fibras musculares. A res-posta contrátil de um músculo, portanto, difere da-queìa. de uma fibra muscular isolada numa série demanelras.
Resposto Psrcinl Versus Tudo-Ou-Nodn
Uma fibra muscular isolada sofre contração numaresposta tipo tudo-ou,nada. Em outras palavras, a fi-bra sofre contração máxima (a mais fortápossível), ou
A estimulação dos sítios receptores causa umimpulso eletrlco formado na membrana muscular.O impulso elétrico percorre a extensão damembrana muscular e penetra no interior domúsculo através do sistema tubular T.
O cálcio permite que a actina, a miosina e o ATppossam interagir, causando formação de pontestransversas e contração muscular. Esse processocontinua enquanto o cálcio estiver disponível para aactina e a miosina.
Íláo se contrai. Ela nunca se contrai parcialmente.Um músculo como um todo, entretanto, é capaz dese contrair parcialmente, podendo ser de maneira fra-ca ou muito forte. Por exemplo, apenas uma pequenaporção de contração é necessária para levantar um lá-
pis. Uma força muito maior é requerida para levantarum peso de 40 quilos.
Como pode um músculo variar sua intensidade de;ontraçáo? Levantar um lápis pode exigir a contraçãoJe várias centenas de fibras musculares. Estas fibras serontraem à maneira do tudo-ou-nada, porém, apenasrlgumas fibras estão contraídas. Levantar um peso de+0 quilos, no entanto, reçluer a contração de milharesJe fibras, todas contraindo na forma do tudo-ou-nada.\ força muscular maior é atingida por usar, ou recrutar,:ìbras adicionais. Este processo é chamado recruta-mento. Assim, aforçade contraçáo do múscuÌo esque-.ético pode ser variada por recrutarnento de fibras mus-.Lllafes a(llclonals.
Controçõo, Somoçõo e Tetoniq
Muitos termos importantes descrevem a contraçãoJo músculo como um todo. Eles incluem a contra-.ao, a somação e a tetania. Dos três, a tetania é o mais:mPortante.
CoNrnaçÁo. Se um estímulo único é enviado alrm músculo, o músculo contrai e depois relaxa total-:.Ì1ente. Essa resoosta muscular isolada é chamada decontraçáo (Fig.-8-64). lJma certa quantidade de for-
ça é produzida na contração. Contraçóes não são úteistìsioÌoeicamente.
SoúaçÁo. Se a freqüência de estimulação aumen-ra (por exemplo, três estímulos em sucessáo rápida), omúsculo não pode relaxar totalmente antes que inicie
a contração por uma segunda ou terceira vez. Essa ha-
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' 147
O que ê tetqnio hipocolcêmico?
A tetania é causada por níveis baixos de crílcio (hipo-
calcemia). A hipocalcemia desencadeia uma excitaçãocontínua dos nervos que suprem os músculos esqueléti-cos, resultando em contraçáo muscular sustentada. Em
razão dessa condição, ela é chamada de tétano ou teta-nia. A tetania leva a risco de morte e necessita de trata-mento imediato, porque envolve todos os músculos es-
queléticos, inclusive os músculos da respiraçáo. O
tratamento imediato inclui suporte ventilatório mecâni-
co e administraçáo intravenosa de cálcio.
bilidade do músculo para contrair, sem antes experi-mentar um relaxamento completo do estímulo pré-vio, é denominada somaçáo (Fig. 8-68).
TrreNn. Se a freqüência de estimulaçáo é repeti-damente aumentada (por exemplo, vinte estímulosem sucessão rápida), o músculo náo tem tempo pararelaxar, permanecendo então em estado de contração.A essa contração muscular sustentada dá-se o nomede tetania (Fig. 8-6C). Contrações musculares tetâni-cas são regulares e persistentes, exercendo uma açãoimportante na manutenção da postura. Se, por exem-plo, os músculos qu€ mantêm nossa postura ortostáti-ca apenas se contraíssem, seríamos incapazes de nosmanter em pé e, ao contrário, cairíamos ao chão (algo
náo muito agradável). Pelo fato de um músculo sercapaz de se manter em tetania, nós somos capazes demanter uma postura ereta. A fadiga ocorre se o mús-culo não pode descansar (náo confunda a tetania des-crita nesta sessão com a doença conhecida como téta-no, ou bloqueio de mandíbula).
A B
Somação
cTetania
1 estímulo
1 ' , f3 estÍmulos
ïtttltïïil'tttï1ttï1120 estímulos
FIGURA 8-ó r Respostas contráteis do músculo esquelético. A, Contração. B, Somaçáo. C, Tetania.
| 48 " Copítulo 8 / SISTEMA MUSCUIAR
Tônus Mus<ulqr
O tônus ou tono muscular, refere-se a uma contra-
çáo muscular parcial normal em estado contínuo. Otônus é secundário à contração de diferentes grupos defibras musculares dentro do músculo como um todo.Para manter o tônus muscular, primeiramente se con-trai um grupo de fibras musculares. Quando essas fi-bras começam a relaxar, então um segundo grupo secontrai. Esse padrão de contraçáo e relaxamento con-tinua de modo a manter o tônus muscular. O tônusmuscular desempenha várias funções importantes' Porexemplo, o tônus muscular do músculo liso nos vasossangüíneos ajuda a manter a pressão sangüínea. Se otônus muscular diminui, a pessoa pode sofrer umaqueda da pressáo vascular, com risco de morrer.
Fonte de Energitl porq q€ontruçõo Musculnr
A contração muscular requer um rico suprimentode energia (ATP).4 quantidade de AIP armazenadadentro de um músculo em repouso é muito pequenae é suficiente para manter a contração de um músculoesquelético por cerca de seis segundos. Quando onfp e consumido pela contração muscular, ele é re-posto de três maneiras:
. Metabolismo aeróbico. Na presença de oxigênio,combustíveis como o glicogênio, a glicose e as gor-duras podem ser completamente transformadosem dióxido de carbono, âgua e energia (ATP). Aprodução de ATP é alta (ver Capítulo 4 para umarevisão do metabolismo aeróbico e anaeróbico).
. Metabolismo anaeróbico. O organismo pode tam-bém metabolizar combustível na ausência de oxi-gênio. Quando o oxigênio não está presente, umatransformação completa do combustível não épossível e, então, ácido lático é produzido. O acú-mulo de ácido lático pode ser responsável por al-gumas das queixas de dor muscular que acomPa-nham um exercício pesado.
. Metabolismo do fotfon de creatina. O fosfato decreatina contém energia que o organismo pode usarpara repor a AIP rapidamente, durante a contraçãomuscular. Como uma forma armazenada de ener-gia, o fosfato de creatina garante que o músculo es-quelético atue por longos períodos.
Descrevendo o Movimenfo Museulor
Origem e InserçõoOs termos origem e inserção se referem aos locais
de fixação do músculo. Quando um músculo se con-trai por meio de uma articulação, um osso permanecerelativamente estacionário ou imóvel. A origem domúsculo está fixada no osso imóvel. A inserção está
FIGURA 8'7 r Origem e inserçáo/antagonistas. A locaiizaçáo
do bíceps braquial no membro superior mostrando a inserção no
rádio e a origem (dois locais na escápula). O tríceps braquiaÌ exer-
ce efeito antagonista no bíceps braquiaÌ.
f ixada no osso que se movimenta (Fig. 8-7). Porexemplo, a origem do bíceps braquial está localizadana escápula, enquanto a inserção se dá no rádio. Du-rante a contração do bíceps, o rádio (inserção) é puxa-do em direção à escápula (origem).
Agonisto, Sinergisto e AntogonisfoEmbora a maioria dos movimentos seja acompa-
nhada pela cooperação de grupos musculares, um mús-culo isolado geralmente é o responsável pela maior partedo movimento. O "músculo chefe" é chamado de ago-nisúa. Ajudando o agonista, estão os "músculos auilia-res" chamados de sinergistas. Sinergistas são os quecooperam com outros músculos. Ao contrário, antago'nisúas são músculos que se opóem à ação de outromúsculo. Por exemplo, na contração do bíceps braquiaÌ,o agonista puxa o antebraço em direção ao ombro. Otríceps braquial (no braço, em situação posterior) é oantagonista. Ele se opóe à ação do bíceps, tracionando oantebraço para longe da escápula (Fig. 8-7).
Uso dos Músculos Acimoe Abqixo do NormEl
HipertrofioMúsculos utilizados acima do normal aumentam
em tamanho. Esta resposta ao trabalho excessivo é cha-mada de hipertrofia. Os atletas provocam a hipertrofiados seus músculos intencionalmente. Os halterofilistas,por exemplo, desenvolvem músculos maiores do queum "comedor de batatas" o faz assistindo televisão.
Tríceps braquial(antagonista)
Bíceps braquial
Inserção
O que hó de errqdo em oumenlor omosso musculor?
\áo há nada de errado em aumenrâr a massa muscu-: .lo corpo, se isso for feito com levantamento de peso. .rercício. Porém, aumentar a massa muscular com o
.. de esteróides é perigoso. Considera-se que os esterói-r -. podem causar câncer de Íïgado, atrofia dos testícuios,
:.írrensão e oscilaçóes mentais psicóticas severas, além:. ìurros efeitos nocivos àsaúde.
,:,;; ;;;;;;; .,;;;;;.;; ;;.;.:-.iro rambém pode hipertrofiar. A hipertrofia cardiaca
,:rnalmente é indesejável e é indicativo de uma doen-. ,. .ausando excesso de trabalho cardíaco. A hipenen-. r. por exemplo, leva o coração a bombear o sangue
,'.:r.Ì \'âsos sangüíneos que são muito resistentes ao flu-Itzenqo o coraçao crescer.
Atrofio
Se os músculos não são utilizados, eles podem di-: ' , inuir de tamanho, ou até mesmo definhar. Uma.'r\soa com uma perna quebrada e engessada, por-.''cmplo, é incapaz de exercitá-la ou suportar peso so-':c ela. oor vários meses. A falta de exercício causará.:na atiofia nos músculos dessa perna. Quando a.'.rna volta a suportar peso e os exercícios são retoma-.:..)s. o tamanho e a força do músculo são recuperados.
Conlrqfurq
Se um músculo é imobil izado por um período;.rolongado, ele pode desenvolver uma contfatufa.\ contratura é uma formação anormal de tecido fi-:.roso dentro do músculo. EIa geralmente "congeld' o::rúsculo em uma posição fletida e restringe severa-:ììente a mobilidade articular.
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 149
CLASSTFTCANDO OS MUSCUTOSESOUELÉTICOS
Os nomes dos músculos esqueléticos são geral-mente baseados em uma ou mais das seeuintes carac-terísticas: tamanho, forma, orientação ãas fibras, lo-calização, número de origens, identificação da origeme da inserção e ação do músculo.
Tomqnho
Os seguintes termos indicam tamanho: vasto(enorme), máximo, longo, mínimo (pequeno) e breve(curto). Como exemplos, pode-se citar o m. vasto la-teral e m. glúteo máximo.
Forms
Várias formas são utilizadas Dara dar nomes aosmúsculos: deltóide (triangular), latíssimo (grande),
tapézio (trapezóide), rombóide e redondo. Exemplosincluem o m. traoézio. o m. latíssimo do dorso e o m.redondo maior.
Direçõo dos Fibrog
As fibras são orientadas, ou alinhadas, em váriasdireções: reto, oblíquo, transverso e circular (orbicu-lar). Sáo exemplos dessa classificação o m. reto do ab-dome e o m. oblíquo externo do abdome.
Locolizoçõo
Os nomes de músculos muitas vezes refletem sualocalizaçáo no corpo: peitoral (tórax), glúteo (náde-gas), braquial, supra (acima), infra (abaixo), sub (infe-rior) e lateral (lado). Exemplos: m. bíceps braquial,m. peitoral maior e m. glúteo máximo.
Número de Origens
O músculo oode ser denominado de acordo como número de loôais nos quais está fixadol: bíceps indi-ca dois locais, tríceps indica três e quadríceps, quatro.Exemplos incluem o m. bíceps braquial, o m. trícepsbraquial e o m. quadríceps femoral.
I N. do T.: As origens musculares são conhecidas como "ca-
beças"; bíceps: duas cabeças.
| 50 . Copítulo B / SISTEMA MUSCULAR
Origem e Inserçõo*
Alguns rnúsculos sáo denorninados pelos locaisde fixaçáo, tânto na orïgem como na ïnsetçâo. O m.
esternocleidomastóideo, por exemplo, tem sua ori-
gem no esterno e na clavícula, e sua inserçáo no pro-cesso mastóideo do osso temporal. Essa informaçãopermite que se determine a ação do músculo, ou se-ja, o m. esternocleid.omastôideo (\et.e o pescoço e ghaa cabeça.
Temporal
Orbicular dos olhos
Zigomático
BucinadorOrbicular da boca
Masseter
Esternocleidomastóideo
Deltóide
Bíceps do braço
Reto do abdome
Obìiquo ìnterno
Oblíquo externo
Transverso do abdome
l l iopsoas
Adutor longo
Adutor magno
Peitoral maior
Serrátil anterior
Linha alba
Sartório
FIGURA 8-B o Músculos maisimportantes do corpo. A, Vista an-teÍlor.
o,o"-l-quadríceps
L
Reto da coxa
Vasto lateral
Vasto medial
Tibial anterior
Fibular longo
* N. do T.: na Termìnologìa Anatômica atu-al, utiliza-se somente o termo inserção. Ex.:inserçáo proximal, inserçáo distal.
A
Vista anterior
Ação Musculqr
Aaçáo de um músculo pode estarincluída em seu
nome. Por exemplo, um músculo abdutor afasta o
membro da l inha mediana do corpo, enquanto um
edutor o aproxima dessa linha. Da mesma forma' um
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo ' | 5 |
músculo flexor determina a flexão' enquanto um
músculo extensor estica, retifica. Um músculo levan-
tador eleva a estrutura; o músculo masseter permiteque você mast igue. Bons exemplos são o m. adutor
Àrgno, o -. fl.ïo, superficial dós dedos e o m. levan-
tador da pálpebra superior.
frapézio
Deltóide
Tríceps braquial
Latíssimo do dorso
Glúteo medio
Glúteo máximo
Adutor magno
Grácil
FIGURA 8'8 t ContinuaçãoB. Vista posterior.
Bíceps femoral-----I
Semitendíneo I GruPoI Posterior
Semimembranáceo J da coxa(do janete)
Gastrocnêmio
Sóleo
Tendão do calcâneo(de Aquiles)
BVista posterior
152 . Copítulo I / SISTEMAMUSCUIAR
r$ÚscuLoCabeça
Músculos da face
Frontal
Orbicular dos olhos
Levantador da pálpebrasuperior
Orbicular da boca
Bucinador
Zigornâtico
Músculos da mastigação
Tèmporal
Masseter
PescoçoEsternocleidomastóideo
Tiapézio
lroncoMúsculos envolvidos narespiração (músculos dotórax)
Intercostais extefnos
Intercostais internos
Diafragma
Músculos da parede do abdomeOblíquo externo do abdomeOblíquo interno do abdomeTiansverso do abdomeReto do abdome
Músculos da coluna vertebral
Músculos do assoalho da pelve
DESCRTçAO
Músculo plano cobrindo a fronte
Músculo circular ao redor do olho
Da face posterior do olho à pálpebrasuperior
Músculo circular ao redor da boca
Músculo da bochecha
Estende-se do canto da boca ao ossozigomático
Músculo plano em forma de lequesobre o osso temporaÌ
Cobre a parte lateral da mandíbula
Estende-se pela lateral do pescoço;músculo forte e estreito que se estendeobliquamente do esterno e da clavículapara o processo mastóide do osso temporal
Músculo triangular, plano, estendendo-seda face posterior do pescoço e da partesuperior do dorso para os ombros
FUNçAO
Eleva as sobrancelhas; olhar de surprese; enruga a
fronte
Fecha os olhos; pisca os olhos
Abre os olhos
Fechar/enrugar os lábios; músculo do beijo
Comprime a bochecha; músculo do trombeteiro;
músculo do assobio; auxilia na mastigação
Eleva o canto da boca; músculo do sorriso
Fechar a boca/morder
Fechar a boca/morder
Flete e roda a cabeça; músculo da oração
Estende a cabeça, como ao olhar para
cima; eleva os ombros e os traciona
para trás; encolhe os ombros
Espaços intercostais (entre as costeÌas)
Espaços intercostais (entre as costeÌas)
Músculo em forma de cúpula (domo) que
separa as cavidades torácica e abdominal
Os músculos estão organizadosverricalmente, horizontalmente e
obliquamente, de modo a tornaÍ
a parede abdominal rígida
Músculos fixados nas vértebras
Lâminas musculares planas
Respiração (aumenta a cavidade torácica)
Respiração (diminui a cavidade torácica na expiração
forçada)
Respiração: m. principaÌ da inspiração(aumenta a cavidade torácica)
Como um grupo, os músculos da parede
do abdome comprimem o abdome; o reto
do abdome também flexiona a coÌuna
vertebral
Movimento da coluna vertebral
Suportar as vísceras pélvicas; ajudar na função
dos genitais
Estender a cabeça, olhar para cima; elevar os
ombros e puxáJos para trás; encolher os ombros
Tiaciona as escápulas para a frente;
ajuda a elevar os braços
Aduz e flete o braço na frente do tórax;
traciona o ombro para a frente e para baixo
Aduz e roda o braço para trás;"músculo do nadador"
Mítsculos que Movem'hapézio
Serrátil anterior
Peitoral maior
Latíssimo do dorso
oOmbroeoBraçoMúscuÌo grande e forte na face
posterior do pescoço e dos ombros
Forma a parre superior da parede
torácica, abaixo das axilas
Músculo plano que cobre a parte
superior e anterior do tórax
Grande e forte músculo plano na linha
média e na parte inferior do dorso
Anotomio e Fisiologio do Corpo Humono Soudóvel e Enfermo . 153
MUSCUTODeltóideMúsculos do manguito rotador
Supra-espinhaÌSubescapularInfra-espinhalRedondo menor
Músculos que MovemBíceps braquial
Tiíceps braquial
BraquiaÌ
BraquiorradiaÌ
Grupos flexores e extensoresdo carpo
Grupos flexores e extensoresdos dedos
Músculos que Movem dGlúteo máximo
Glúteo médio
Glúteo mínimo
Iliopsoas
Grupo adutorAdutor longoAdutor curtoAdutor magnoGrácil
Músculos que Morem
Quadríceps femoralReto femoralVasto lateralVasto medialVasto intermédio
Sartório
JarreteBíceps femoralSemitendíneoSemimembranáceo
DESCR.TçAOMúsculo espesso que cobre o ombroUm grupo de quatro músculos quefixam o úmero à escáoula; formam umabainha sobre a parte proximal do úmero
oAntebraçoeaMãoPrincipal músculo da face anterior dobraço
Face posterior do braço
Profundamente ao bíceps
Músculo do antebraço
Das regióes anterior e posterior doantebraço para a mão
Das regiões anterior e posterior doantebraço para os dedos
CoxaO maior e mais superficial dosmúsculos glúteos; localizado nasuperfïcie das nádegas
Músculo espesso parcialmente atrás esuperiormente ao glúteo máximo
Menor e mais profundo dos músculosglúteos
Localizado na superfície anterior davirilha; cruza a articulação do quadrilpara o fêmur
Região medial interna da coxa
d PernoLocalizado na superfície anterior elateral da coxa; forma um tendãocomum que se insere na tíbia
Músculo longo que cruza obliquamentea face anterior da coxa
Localizados na superfície posreriorda coxa; como um grupo, eles se fixamna tíbia e na fíbula
FUNçÃOAbduz o braço em posição de espantalhoRotacionam o braco. no ombro
Flete e faz supinação do antebraço;usado para "exibir o músculo"; age em sinergiacom o braquial e o braquiorradial
Estende o antebraço; "músculo do boxeador"
Fìete o antebraço
Flete o antebraço
Fletemeestendemamáo
Fletem e estendem os dedos
Forma as nádegas; estende a coxa;múscuÌo para sentar e subir escadas
Abduz e roda a coxa; lugar comum parainjeçóes intramusculares
Abduzerodaacoxa
Flete a coxa; antagonista do glúteo mríximo
Aduz a coxa; músculos usados peloscavaleiros para manter-se sobre o cavalo
Grupo usado para estender a perna(p. ex.: chutar uma bola); o reto femoralpode fletir a coxa; o vasto lateral é um localcomum para injeções intramusculares em crianças
Permite que você sente de perna cruzada ouem posição de lótus
Fletem a perna; estendem a coxa;antagonistas do quadríceps femoral
Flete o pé dorsalmente; inversão do pé
Flexão plantar; eversão do pé; mantém o arco
Flexão plantar do pé; músculo da dançarina
Flexão plantar do pé
Músculos que Movem oTibia.l anterior
Fibular
Gastrocnêmio
Sóleo
Íornozelo e o PêFace anterior da perna
Face lateral da perna
Face posterior da perna; músculo grandede duas cabeças que forma a panturrilha
Face posterior da perna