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PSATV 2013.2Língua Portuguesa

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Comissão Permanente de Concursos

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - Comissão Permanente de ConcursosPROCESSO SELETIVO PARA ADMISSÃO POR TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA - 2013.2

LÍNGUA PORTUGUESAPÁGINA 02

Leia o texto 01 e responda às questões de 01 a 05.

Texto 01:A mobilidade urbana

Com as manifestações que começaram em protesto contra o aumento do preço da tarifa de ônibus em São Paulo, algum repórter ou comentarista usou todos os dias a partir da primeira delas, em meados de junho, a expressão “mobilidade urbana” para referir-se ao transporte coletivo na cidade. A bela e antiga expressão caiu no gosto de explicadores papagaiosos.

O que é mobilidade? Basicamente, qualidade do que é móvel ou capaz de se mover. E urbano? Relativo à cidade. Mobilidade urbana, portanto, abrange movimento que se registra na cidade, da superfície ao subsolo: de trens, metrô, ônibus, caminhões, automóveis, motos, bicicletas, esqueites, velocípedes, patins, carrinhos de supermercados, escadas rolantes, cadeiras de rodas e até o andar aflito dos pedestres. Sem contar o movimento sorrateiro de baratas e ratos. Os de quatro patas. Tudo isso compõe a mobilidade urbana. Pode abranger até a mobilidade da própria cidade, se isso fosse possível.

Ao falar em “mobilidade urbana”, repórteres, comentaristas e analistas estão se referindo, como papagaios, a trânsito, circulação, “transporte coletivo”, o que deu início aos movimentos sociais de insatisfação geral. [...]

Josué Machado. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Segmento. Ano 8, nº 94, agosto de 2013, p. 21.

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1ª QUESTÃO

O tema do texto tem predominância no(a):

a) Reincidência de uso e sentido do termo “Mobilidade urbana”.

b) Protesto contra o aumento do preço da tarifa de ônibus.

c) Insuficiência de transporte coletivo na cidade.

d) Movimento contra à falta de qualidade dos transportes

coletivos.

e) Insatisfação dos transeuntes a respeito dos transportes

coletivos.

2ª QUESTÃO

O termo “explicadores papagaiosos” refere-se:

I - Aos repórteres e jornalistas pelo reiterado uso da expressão.

II - Ao rigor do significado da expressão que, como neologismo,

se mostra suficiente semanticamente no contexto.

III - À pobreza vocabular dos repórteres e jornalistas que se

limitam a repetir a expressão antiga, sem conhecimento de sua

significação precisa.

Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta,

apenas, a(s) correta(s).

a) II e III

b) I e II

c) I e III

d) I

e) III

3ª QUESTÃO

A função da linguagem predominante no texto é:

a) Emotiva, uma vez que o autor revela suas impressões subjetivas

a respeito de um tema.

b) Metalinguística, pois o que prevalece é a utilização do código

linguístico, explicando aspectos do mesmo código linguístico.

c) Fática, tendo em vista a informação ser secundária e a expressão

do significado ser imprecisa.

d) Conativa, porque o objetivo do autor é influenciar o

comportamento do leitor.

e) Referencial, pois a informação é repassada objetivamente, não

permitindo mais de uma interpretação.

4ª QUESTÃO

Levando em conta a temática do texto, pode-se afirmar que:

I - O autor ironiza, com certo desdém, o uso desmedido e

indiscriminado da expressão.

II - O autor apresenta argumentos plausíveis para defender suas

ideias.

III - O autor elogia a volta da “antiga e bela expressão que caiu no

gosto” dos repórteres e jornalistas.



a) III

b) I e III

c) II e III

d) I

e) I e II

5ª QUESTÃO

O autor utiliza aspas na expressão “mobilidade urbana” para:

( ) Demarcar a voz alheia no texto, mostrando que ele não julga

apropriado o seu uso.

( ) Demonstrar que a expressão não pertence ao inventário

vocabular de seu discurso.

( ) Citar um discurso direto, preservando a integridade de autoria

da citação.

Analise as proposições e assinale ( V ) para as verdadeiras e ( F )

para as falsas.

Marque a alternativa correta.

a) V F V

b) V V F

c) F V F

d) F F V

e) V F F


LÍNGUA PORTUGUESA PÁGINA 03

6ª QUESTÃONo quadrinho abaixo temos um exemplo de:

a) Coloquialismo sem planejamento prévio, resultando em

construções simples.

b) Erro linguístico ocasionado pela sintonia entre os

interlocutores.

c) Formalismo linguístico com prioridade ao estrangeirismo.

d) Variedade linguística, em razão dos vários contextos de uso da

linguagem.

e) Regionalismo resultante de um gtupo social da mesma

comunidade linguística.


Texto 02:

A biblioteca pessoal

7ª QUESTÃOO texto enfatiza a necessidade de:

a) Rever a limitação da profissão docente no Brasil e suas condições de trabalho.

b) Determinar quantidades de livros para a formação de uma biblioteca particular.

c) Organizar uma excelente biblioteca exclusivamente para alunos.

d) Estabelecer um projeto que convide o professor a fazer da leitura uma prática de vida.

e) Organizar uma biblioteca pessoal, com livros que dizem respeito à área pedagógica.

8ª QUESTÃONo enunciado “A educação brasileira precisa de professores que sejam leitores constantes, com repertório amplo, com linguagem atraente/convincente, com visão de mundo” [...] (linhas 2-4), pode-se afirmar que:

I - A construção do enunciado apresenta repetição exagerada de termos atributivos, tornando as ideias redundantes.

II - As qualidades evidenciadas no enunciado fazem referência a professores.

III - As expressões separadas por vírgulas constituem uma oração coordenada sindética.

Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta, apenas, a(s) correta(s).

a) II c) II e III e) III b) I e III d) I

9ª QUESTÃOA expressão “Não só” destaca um:

( ) Mecanismo de linguagem para realçar uma informação, sugerindo algo que acrescenta nova informação ao que foi dito.

( ) Pronome quantificador que tem valor basicamente informativo.

( ) Registro de uma variante da linguagem popular com o objetivo de marcar a estrutura negativa.

Analise as proposições e assinale ( V ) para as verdadeiras e ( F ) para as falsas.Marque a alternativa correta.

a) F V F c) V F F e) V V Fb) V F V d) F F V

10ª QUESTÃOAs palavras “epidérmicas e cosméticas” foram usadas no texto com sentido:

a) Eufêmico, uma vez que atenua o sentido relacionado ao léxico “questões”.

b) Metafórico, pois consiste em um uso figurado, atribuído por uma relação de semelhança contextual com a palavra “questões”.

c) Hiperbólico, pois é uma ideia exagerada em relação a “questões”.

d) Paradoxal, porque os adjetivos empregados constituem um caso de inadequação vocabular.

e) Antitético, tendo em vista a oposição entre a palavra “questões” e as qualidades que lhe são atribuídas.

A leitura variada e profunda é vital para a formação docente. A educação brasileira precisa de professores que sejam leitores constantes, com repertório amplo, com linguagem atraente/convincente, com visão de mundo fortalecida pela reflexão, com sensibilidade para não prender disciplina alguma em rotinas burocráticas, em fórmulas apáticas, em métodos repetitivos.

Que em cada escola, pública ou particular, houvesse uma excelente biblioteca destinada exclusivamente aos professores. Não só com os livros de pedagogia, essenciais, e os documentos oficiais, os referenciais, as diretrizes nacionais e internacionais, e a legislação, os parâmetros, os projetos, as estatísticas. Mas também com abarrotadas estantes de história, filosofia, antropologia, literatura, arte em geral, sociologia, ciência, tecnologia e outros tantos temas e “logias” necessários para a vida intelectual.

E que na sala dos professores tivéssemos a vontade natural de superarmos as questões epidérmicas e cosméticas. Que tivéssemos tempo e espaço, estímulo e ânimo para conversar sobre temas de fundo, não apenas os (interessantes, sem dúvida) assuntos propostos ou impostos pelas revistas semanais (algumas caras, outras baratas), pelos telejornais que nos globalizam, ou pelas urgentes pautas sindicais. Podemos sempre mais! [...]

Gabriel Perissé. Revista Educação. São Paulo: Segmento. Nº 177, Ano 16, janeiro 2011, p. 52.

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11ª QUESTÃOPercebe-se no texto que o autor prima por uma linguagem com:

I - Rebuscamento, por meio da erudição, revelando em alguns fragmentos esse estilo.II - Contexto ideológico implícito, em que está interiorizada na situação comunicativa a intencionalidade autoral.III - Construção de ideias explícitas por um sujeito social que expõe seu ponto de vista em determinado tempo e espaço.


a) II b) I e III c) II e III d) I e) III

12ª QUESTÃODa tira abaixo, pode-se inferir que:

I - Remete ao contexto econômico, em relação à alta do preço do tomate em determinada época.II - Identifica-se, no texto verbal, expressões que tornam a linguagem próxima dos interlocutores, fazendo-os sentir-se do mesmo grupo.III - Instaura-se o humor do texto, pela criação do diálogo entre uma goiaba e um tomate.


a) I e II b) I e III c) II e III d) I e) II

13ª QUESTÃODa tira abaixo pode-se inferir:

I - Uma denúncia subjacente no discurso da interlocutora.II - Interlocutores que estabelecem no diálogo uma interação conflituosa.III - A resposta da interlocutora contraria a expectativa do repórter, em relação à sua intenção discursiva.


a) I d) I e IIIb) I e II e) IIIc) II e III


LÍNGUA PORTUGUESA PÁGINA 05

14ª QUESTÃO

Pode-se afirmar que o texto indica ser uma construção de teor:

I - Ficcional, pois conta história de dificuldades de oratória do

Rei Jorge VI, que era gago.

II - Reflexivo, tendo em vista que se propõe a gerar

questionamentos sobre o uso da língua oral em público.

III - Científico, uma vez que tem como objetivo discutir questões

do universo da ciência.



a) III

b) I e III

c) II e III

d) I

e) II

15ª QUESTÃO

Em “A história de sua superação foi retratada no filme O discurso

do Rei”, pode-se afirmar que há um caso específico de:

a) Paródia, uma vez que a relação estabelecida entre dois textos ter

como objetivo satirizar ou fazer uma crítica.

b) Paráfrase, tendo em vista o mesmo conteúdo semântico ser

apresentado sob formas composicionais diferentes.

c) Intertextualidade, pois apresenta marcas de referência de um

texto citado, remetidas por um título ou exposição de uma

criação de gênero específico.

d) Redundância, pois se trata da repetição imprópria ou

desnecessária de uma mesma ideia.

e) Citação direta, porque introduz uma informação breve,

transcrita literalmente.

16ª QUESTÃO

Em “Tão importante quanto saber aquilo que deve ser feito é saber

aquilo que deve ser evitado” (linhas 13-14). A expressão em

destaque se caracteriza com:

I - Paralelismo sintático, tendo em vista a recorrência do mesmo

parâmetro morfossintático na elaboração do enunciado.

II - Paralelismo semântico, pois há repetição de termos, no

sentido pretendido do enunciado, com aspectos do mesmo

campo significativo.

III - Paralelismo fonético, porque apresenta recursos fonológicos

com recorrência de rima e ritmo.



a) I

b) I e III

c) II e III

d) I e II

e) II

17ª QUESTÃO

Em “O problema que acomete até reis é um medo comum” [...]

(linha 7), o termo em destaque “QUE” funciona como:

a) Palavra que estabelece a relação entre as orações do enunciado,

indicando o sentido a ser atribuído à articulação das ideias.

b) Conectivo que retoma o antecedente e acrescenta uma nova

informação sobre ele.

c) Elemento de coesão que introduz uma ideia de consequência,

formalmente expressa por meio de estruturas correlatas.

d) Conectivo que exerce, em relação à oração principal, a função

de complemento nominal.

e) Termo integrante que introduz uma informação atributiva sobre

“o problema”.

18ª QUESTÃO

As marcas linguísticas e o modo de organização do discurso que

caracteriza o texto apresentam, respectivamente, predominância

de:

a) Verbos no tempo prospectivo com relevância para o estilo

descritivo/dissertativo.

b) Formulações nominais com ênfase no texto narrativo.

c) Construções com subordinadas adjetivas com forma textual

descritiva.

d) Verbos no presente e passado e t ipologia textual

narrativo/descritiva.

e) Enunciados gerundiais, dando prioridade, apenas, à forma

dissertativa.


Texto 03:Um problema de reis e plebeus

O rei Jorge VI tinha uma missão: precisava fazer um importante discurso para todo o Reino Unido no início da II Guerra Mundial, e para isso tinha de ser confiante, falar bem e demonstrar segurança a toda população, liderando a nação pela guerra via rádio. Mas era gago. A história de sua superação foi retratada no filme O Discurso do Rei, de 2010.

O problema que acomete até reis é um medo comum – para alguns, falar em público supera o temor da morte. Encarar uma plateia ou audiência requer uma série de técnicas apuradas e repetidas exaustivamente (não é um dom natural das pessoas). Mas mais que lições e passos a seguir para fazer um bom discurso, o importante é saber o que evitar.

-Tão importante quanto saber aquilo que deve ser feito é saber aquilo que deve ser evitado, porque normalmente quando evitamos determinados comportamentos e atitudes, a chance de acertar muito forte – afirma Reinaldo Polito, mestre em Ciências da Computação e professor de Oratória.

[...]Carmen Guerreiro. Revista Língua Portuguesa. São Paulo:

Editora Segmento. Ano 8, Nº 94, agosto de 2013, p. 42.

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19ª QUESTÃODa charge abaixo, pode-se depreender que o autor:

( ) Cria uma situação discursiva de contexto escolar para criticar a política educacional do país.

( ) Joga com os papeis sociais dos personagens do texto, representados pelos pronomes pessoais, para repassar ao leitor sua (do autor)

intencionalidade discursiva.

( ) Mostra a construção de humor do texto por meio de uma forma criativa e diferente de estudar os tempos verbais.

Analise as proposições e assinale ( V ) para as verdadeiras e ( F ) para as falsas.


a) F V F

b) V F V

c) V V F

d) F F V

e) V F F

20ª QUESTÃO

Leia o texto de Ziraldo:

A patroa pedia informações para a nova empregada:

- Por que você foi despedida do seu último emprego?

- Porque me recusei a continuar dando banho no filho da patroa.

- Mas, é justo. Você não podia se negar a fazer isto.

- Mas, toda manhã, madame? Antes dele ir para o quartel?

Do texto, pode-se afirmar que:

( ) O tom de humor da piada se dá a partir do acréscimo da última informação.

( ) A falta de conhecimento prévio de um dos interlocutores não prejudicou o entendimento do diálogo.

( ) O modo como se organiza a linguagem está diretamente ligado à intencionalidade discursiva do falante, mas envolve outros aspectos

da interação verbal.

Analise as proposições e assinale ( V ) para as verdadeiras e ( F ) para as falsas.


a) F F V

b) V V F

c) V F F

d) F V F

e) V F V

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