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ESTUDO DE MERCADO SOBRE VOLUMES, PREÇOS, NOVOS PRODUTOS E PRODUÇÃO SOB CONTRATO NA CADEIA DE VALOR HORTÍCOLA NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE 0 Relatório Final Serviço de consultoria para conduzir um estudo de mercado sobre volumes, preços, novos produtos e produção sob contrato na cadeia de valor hortícola no Centro de Moçambique. CLIENTE: MAPUTO: 20 de Junho 2014 MARCO MACHADO

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Relatório Final

Serviço de consultoria para conduzir um estudo de mercado sobre volumes, preços, novos produtos e produção sob

contrato na cadeia de valor hortícola no Centro de Moçambique.

CLIENTE:

MAPUTO: 20 de Junho 2014

MARCO MACHADO

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SUMÁRIO I. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................... 1 II. OBJECTIVOS .......................................................................................................................................................................... 2 III. METODOLOGIA ................................................................................................................................................................... 2 IV. CONTEXTUALIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO ......................................................................................................... 4 V. CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR HORTÍCOLA NO CORREDOR DA BEIRA ........................................... 21 1. Enquadramento ....................................................................................................................................................................... 21 2. Procura ...................................................................................................................................................................................... 22 3. Canais de comercialização ..................................................................................................................................................... 22 4. Constrangimentos à instalação de mercados grossistas formais de produtos frescos ................................................. 23 5. Produção .................................................................................................................................................................................. 24 6. Processamento ......................................................................................................................................................................... 26 7. Modelos organizativos ........................................................................................................................................................... 27 8. Fluxos económicos (bens e serviços): .................................................................................................................................. 27 VI. PRODUTOS HORTÍCOLAS COM MERCADO NO CORREDOR NA BEIRA ................................................. 27 VII. MERCADOS E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO NO CORREDOR NA BEIRA ................................................... 29 VIII. PREÇOS DE HORTÍCOLAS POR CANAL DE DISTRIBUIÇÃO E SUA SAZONALIDADE....................... 30 IX. EMPRESAS RELEVANTES NA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS NO CORREDOR DA BEIRA POTENCIAL PRODUÇÃO POR CONTRATO ......................................................................................................................... 41 X. CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO ................................................................................. 45 XI. CUSTOS DE PRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 45 XII. CUSTOS LOGÍSTICOS E OPERADORES ................................................................................................................... 46 XIII. CONSTATAÇÕES, OPORTUNIDADES, CONSTRANGIMENTOS ACTUAIS AO DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS ........................................................................................................................... 47 XIV. PROJECTOS ÂNCORA RELEVANTES PARA A CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS ....................... 50 XV. PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO E FONTES DE FINANCIAMENTO DISPONÍVEIS NO CORREDOR DA BEIRA ................................................................................................................................................................... 55 XVI. ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR HORTOFRUTÍCOLA ................................................................................... 56 XVII. ABORDAGEM PARA DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS .................. 59 XVIII. MODELOS A ADOPTAR PARA MELHORAR O ACESSO A SERVIÇOS DE EXTENSÃO, A MERCADOS SOBRE CONTRATO E IRRIGAÇÃO PARA PRODUTORES DE PEQUENA ESCALA .............................................. 60 XIX. MODELO(S) A ADOPTAR PARA FAZER CRÉDITO COM SUCESSO............................................................. 63 XX. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................................................... 65 XXI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................... 65 XXII ANEXOS

Anexo 1 – listas de produtos e preços nos principais mercados urbanos informais ......................................................................... 667 Anexo 2 – lista de produtos e preços nas empresas de catering e supermercados ......................................................................... 669 Anexo 3 - listas de associações, contactos e outras informações ................................................................................................... 6680 Anexo 4 – regadios e tecnologias existentes e evolução histórica .................................................................................................. 8668 Anexo 5 – entrevistas com actores relevantes .................................................................................................................................... 662

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I. INTRODUÇÃO

O presente relatório, denominado “Estudo de Desenvolvimento da Cadeia de Valor de Hortícolas no Corredor da Beira”, realizado pelo CONSULTOR foi encomendado e financiado pelo BOM – Banco Oportunidade Moçambique.. O objectivo principal deste estudo é o de proporcionar uma análise geral da cadeia de valor de hortícolas (como foco nos vegetais) e especifica relativamente a um conjunto de variáveis críticas pré-identificadas, para apoiar uma tomada de decisão do BOM de financiamento à cadeia de valor e de como financiar os seus actores, tendo em conta os seguintes aspectos:

1. Contexto do agronegócio e suas tendências em Moçambique e em particular no Corredor da Beira, identificando os principais distritos de cultivo dos hortícolas, seus riscos e formas de mitigação;

2. Retractar a cadeia de valor, desde os produtores, comercialização rural, passando pela indústria, canais de distribuição, perfil do consumidor, análise da demanda e o défice da produção no corredor e as origens internas e externas dos vegetais, até aos fornecedores de insumos, tecnologias e assistência técnica aos produtores, actividades complementares e de apoio;

3. Identificar os fluxos comerciais mais relevantes no corredor da beira, estimar volumes de produção e procura, níveis de preços praticados ao longo da cadeia de geração de valor e sua sazonalidade e identificar potenciais produtos de nicho;

4. Análise dos custos de produção ao nível dos produtores de pequena escala e produtores emergentes; 5. Identificação de projectos âncora da cadeia de valor de hortícolas e programas e linhas de desenvolvimento e

financiamento públicas e privadas; 6. Identificação de oportunidades de desenvolver contractos de produção; 7. Principais constrangimentos ao desenvolvimento da cadeia de valor; 8. Recomendações de abordagens e modelos de desenvolvimento da cadeia de valor e desenho de produtos

financeiros, formas de mitigação de riscos. O relatório está organizado em capítulos começando com a apresentação dos objectivos, metodologia, seguindo-se o conteúdo específico apresentado nos capítulos IV a IX. Inclui ainda as conclusões, bibliografia mais relevante consultada e anexos. O conteúdo do presente estudo inclui secções com textos baseados noutros documentos citados na bibliografia (de autoria do director do projecto) com maiores ou menores adaptações e secções escritas de raiz pelo consultor e ainda gráficos, imagens, tabelas copiadas com as devidas fontes identificadas, e outros também elaborados pelo consultor. LIMITAÇÕES Como limitações à realização trabalho de realçar a dificuldade de acesso a informação, sua coerência, sua actualização, que é normal na realização deste tipo de estudos, mas mais marcante no caso dos hortícolas (por não ser uma cultura alimentar base) e agravado pelo período conturbado de Outubro a Dezembro de 2013, por questões politica de segurança no corredor da Beira.. Dependendo das fontes alguns dados estatísticos variam e podem ser incoerentes mas o consultor fez a opção de manter os dados originais e citar as fontes, não sendo possível ou aconselhável fazer a sua harmonização, mas interpretá-los com as devidas ressalvas. DISCLOSURE: o CONSULTOR e a sua equipa não se responsabilizam pelas fontes de informação citadas, nem pelas decisões que serão tomadas pelo CLIENTE, estando no entanto disponível para melhorar o seu output, para aprofundar pesquizas, apoiar a implementação de eventual investimento.

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II. OBJECTIVOS

As in horticulture production, real time market connections and contract farming are crucial for the economic result. BOM want´s to carry out a Value Chain Assessment for Vegetable and Horticulture. Through this research BOM expects to align its growing horticulture portfolio with market needs and trends. The study intends to identify new crops, clients and markets in Central Mozambique. The results of this study would be used by BOM Agriculture team (and clients and ESPs) to develop new businesses between clients and markets, guaranteeing contract towards a more profitable and sustainable activity, increasing portfolio and client income as well as reducing risk exposure.

1. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar volumes negociados sazonalmente em todo centro de Moçambique.

Identificar os drivers de preços regionais e tendências durante o ano.

Identificar novas culturas com valor acrescentado para nichos de mercado.

Identificar potenciais contratos diretos com compradores, com ênfase para os retalhistas urbanos e megaprojetos.

Identificar oportunidades de empréstimos onde BOM pode fornecer financiamento para os participantes da cadeia de valor. Incluindo eventual necessidade de financiar a instalação de uma "unidade de processamento de vegetais frescos", recomendar serviços a serem prestados, os modelos de propriedade e de organização e site.

2. ÂMBITO DO PROJECTO

O foco geográfico é nas províncias de Sofala, Manica e Tete.

Será avaliada toda a cadeia de valor desde à porta da amachamba até ao Mercado.

Especial atenção será dada aos mercados grossistas urbanos, retalhista e logística de restauração de grandes projetos.

A estrutura de preço do produto final será analisada.

A Qualidade de culturas em diferentes segmentos serão avaliados.

Os custos de Geografia e logísticos serão analisados.

III. METODOLOGIA

ETAPAS METODOLÓGICAS

Desk-work para identificar os principais atores da cadeia de valor da horticultura.

Desenvolver consultas personalizadas e diretrizes para entrevistas.

Antes de realizar o trabalho de campo agendar reuniões com os atores formais relevantes.

Duas semanas missão de campo para realizar reuniões, entrevistas e visitas aos atores formais e informais relevantes, os mercados formais e informais.

Desenvolver uma base de dados e realizar a análise de outputs.

Elaboração de relatórios

Discussão de conclusão e recomendações em uma mesa-redonda com 3-4 atores e representantes de BOM.

EQUIPA DE PROJECTO

Director de Projecto: Marco Machado

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Recolha de Informação: Gianluca Luongo (Senior agronomist, with more than 15th years performing positions and consultancy assignments in development programs, agro industries and cooperatives) and field team.

RELATÓRIOS Project deliverables is project report including all the above objectives when possible per crop, recommendations and initiate contacts with potential business partners for the horticulture clients of the bank:

Progress Report : 2th March

Draft Report: 20th June

Final Report: 1 week after receivable of BOM´s comments.

DIAGRAMA DA METODOLOGIA ADOPTADA PELO CONSULTOR Para análise do desenvolvimento de cadeias de valor agrárias em Moçambique o consultor utiliza nas suas consultorias a seguinte abordagem, que difere de algumas abordagens standard, nomeadamente do Banco Mundial, nos seguintes aspectos:

A comercialização rural, dado a sua importância e peso no escoamento e no preço dos produtos agrários é analisada como uma fase autónoma na cadeia de geração de valor;

O processamento é analisado por 3 níveis, o nível primário desenvolvido ao nível do distrito, o intermediário ao nível de distrito cluster ou capitais de província e o final ao nível das capitais de região (Maputo, Beira, Nampula-Nacala);

Os produtos financeiros disponíveis no mercado são analisados pela sua adequação às diferentes fases das cadeias de valor agrárias, seguindo com algumas adaptações a metodologia da EFR (Estratégia das Finanças Rurais) e PDDA (Plano Director para o Desenvolvimento do Agronegócio).

ESTRUTURA DA CRIAÇÃO DE VALOR: "Hortícolas"

Actividades Directas (Fases e subactividades)

INPUTS(sementes, fertilizantes e agroquimicos, tracção animal,

mecanização, irrigação, electricidade, sacos, combustível)

CONSUMIDOR :Mercado Interno: Rural, Vilas e Cidades médias

Urbano;Mercado Externo: Regional; Ásia; outro

RECICLAGEM

PRODUÇÃO(Camponeses; Emergentes; Médio-Grandes)

COMÉRCIO RURAL (Mercados informais; Intermediários; Retalhistas; Grossistas)

(1º Nível: Postos Admin./Distritos; 2º Nível: Província)

PROCESSAMENTO(Primário: selecção, limpeza, embalamento em caixas/sacos

produto fresco; Intermédio: selecção, embalamento de produto fresco em embalagens individuais para distribuição moderna; Final: produto alterado e embalado em diversas

formas)

DISTRIBUIÇÃO/MERCADOSMercado Interno: Mercados urbanos informais e formais;

Importadores; Armazenistas; Retalhistas: tradicional, médias-grandes superficies/redesMercado Externo: Exportadores

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IV. CONTEXTUALIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO

BREVE APRESENTAÇÃO DO PAÍS

População (milhões) a 24.3 Número da Pessoas Subnutridas (milhões)d

8.1

Rendimento Nacional Bruto (bilhões de US$)d 2.4 Esperança de Vidac 51.7

Área Total (km²)c 786,380 % da População Vivendo abaixo da Linha de Pobreza b

70

Agricultural land (% of land area)d 87.3 Força de Trabalho Feminina na Agricultura (000 pessoas,2011)d

6,155

Clima Tropical e Subtropical (de Norte para Sul)

Sistema Político Multipartidário (Democrático)

Independência 25 de Junho de 1975

Principais produtos agrícolas: Milho, arroz, soja, gergelim, amendoim, feijão, cana de açúcar, citrinos, banana, caju, chá, tabaco e algodão

Principais Parceiros Comerciais Portugal, China, África do Sul, Zimbabwe, Brasil, EUA, Índia

Capital do País Maputo (1.27 Milhões de Habitantes)

Principais Cidades Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Pemba

Principais Portos/ Corredores Maputo/ Limpopo, Beira e Nampula/ Nacala Fonte: a. CIA 2011 est; b.CIA; c FAO; d. World rice statistics/ FAO Country Profile 2013

O país possui no total 79 milhões de hectares (ha), dos quais 1 milhão são águas interiores e 78 milhões de ha são de terra (INE 2000). Desta área são considerados cultiváveis 36 milhões de ha, sendo os restantes 42 milhões de ha ocupadas por florestas (20.3%), imprópria para a agricultura (19.5%), parques nacionais e conservação (12.6%) e áreas urbanas (0.9%). Dos 36 milhões aráveis, somente 5,6 milhões de hectares são efectivamente utilizados para a produção1 e correspondem a 13.8% da terra que é cultivável e a 6.3% da área total do país2. As culturas de rendimento ocupam 5,7% da área cultivada. A área disponível para agricultura com baixo risco agro climático é de 20 milhões de hectares e a área fértil poderá ter tendência a reduzir com a desertificação, má utilização, mudanças climáticas, entre outros factores. O país dispõe de grandes possibilidades em termos de irrigação. Grandes bacias hidrográficas permanecem largamente não exploradas ou ineficientemente exploradas (Zambeze, Save, Limpopo). Na base desta falta de

1 A área que já foi utilizada antigamente em sequeiro foi de 8 milhões de hectares e que provavelmente a população tenderá a ocupar os mesmos espaços.

2 As estimativas oficiais de ocupação de terra não incluem a ocupação sem título de terra, realizada tanto na base das normas e práticas costumeiras previstas na Lei (Artigo 12 da Lei de Terras), como as ocupações ilegais ou resultantes de deslocações devidas à guerra.

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aproveitamento está sobretudo a carência de infra-estruturas: estradas, irrigação e armazenagem, áreas em que se vem intensificando o esforço de investimento. A agricultura, contribui em cerca de 26% na formação do PIB3 e é a fonte sobrevivência da população moçambicana. A estrutura agrária consiste em três sectores fundamentais: sector empresarial, sector familiar-empresarial (emergente) e o sector familiar, este último que se dedica a produção de subsistência. Sendo grande parte da força de trabalho empregada na agricultura, particularmente no sector familiar, de subsistência, o cultivo é feito usando equipamento rudimentar, reduzido uso mesmo de ração animal e extensivo, sendo maioritariamente uma época (das chuvas) ao ano. O sistema de rega é natural, dependendo grandemente da chuva e regadios em deficientes condições de operacionalidade e eficiência. Os espaços de cultivo médio no sector familiar, variam de 6000m² a 8000m², por família, sendo a produção média por hectare de cerca de 1 tonelada (culturas de grão). Em Moçambique, à semelhança do que acontece na maior parte dos países africanos, o agronegócio, como factor dinamizador do sector agrário em geral, não é somente chave para o desenvolvimento económico, é também determinante para a equidade no desenvolvimento e fundamental para a redução da pobreza e da fome. Segundo os “CENSOS AGRO-PECUÀRIOS, 2009-2010, INE” existem no país 3,8 milhões de explorações agro-pecuárias (activas, semi-activas, inactivas), equivalente a cerca de 71,5% dos agregados familiares. Cerca de 99,3% são explorações pequenas (área cultivada menor que 10ha se não irrigados ou 5ha se irrigão, ou que tenha menos que 10 bovinos). A tabela a seguir ilustra o número de explorações registadas no país.

EXPLORAÇÕES AGRO-PECUÁRIAS

3 Documento Estratégico do País, 2011-2015

Unidade

Provincia Pequenas Médias Grandes Total

Niassa 224,577 568 6 225,151

Cabo Delgado 339,391 403 22 339,816

Nampula 828,788 819 35 829,642

Zambézia 828,123 632 47 828,802

Tete 367,977 8,064 96 376,137

Manica 262,692 2,744 53 265,489

Sofala 269,576 1,595 80 271,251

Inhambane 267,322 1,919 65 269,306

Gaza 211,067 5,516 153 216,736

Maputo 147,725 2,729 255 150,709

Cidade de Maputo 54,021 665 29 54,715

Total 3,801,259 25,654 841 3,827,754

Fonte: www.countrystat.org.mz

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Existe um forte potencial agrário nas regiões centro e norte do país, especificamente das províncias de Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa. Existem áreas substanciais nas províncias de Maputo, Gaza e Cabo Delgado que foram cultivadas no passado e são agora tidas como “previamente cultiváveis”. Estima-se em 120,000 ha (3.3 % da área potencial) a terra equipada para a irrigação e desta somente 35,000 ha (cerca de 0.1% da área potencial) estão em operação (informação em constante alteração face ao crescimentos dos regadios do sector da cana de açucar e novos grandes projectos agrícolas surgidos nos últimos 5 anos) . O rendimento por hectare dos produtos agrícolas básicos é praticamente constante desde há cinquenta anos. O aumento da produção tem sido principalmente devido ao aumento da área, que tem crescido quase proporcionalmente ao aumento da população. A seguir apresenta-se a evolução da produção dos principais produtos agrários.

Produção agrícola

A produção agrária no país registou oscilações durante os anos 2002-2008 conforme tabela seguinte. De 2002 a 2003 registou-se uma queda em 66% devido à estiagem verificada no país. Em 2006, a produção atingiu um pico perfazendo cerca de 8.261 mil toneladas. Mesmo com a introdução da estratégia de revolução verde (operacionalizada através do PAPA), os resultados atingidos não foram muito animadores. De 2006 a 2008 tem-se verificado uma queda na produção de 8% e 17%, em média, respectivamente. Apesar de possuírem baixos níveis de produção comparativamente às outras culturas, o girassol e o gergelim registaram as maiores taxas de crescimento (em média 35% e 31%, respectivamente). A produção de milho, uma das principais culturas tradicionais, tem oscilado à volta de 1.100 mil toneladas, tendo registado o valor mais baixo em 2005 (redução de 20%).

Toneladas

Produto 2002 2003 2005 2006 2007 2008

Amendoim 102,070 87,460 85,650 84,590 101,300 102,520

Arroz 93,300 117,400 64,500 97,600 102,900 87,900

Batata-doce 456,330 0 508,840 677,870 861,430 566,050

Outros Feijões 54,300 60,900 45,300 74,800 92,100 76,700

Gergelim 13,910 13,587 20,088 20,561 18,778 40,696

Girassol 3,483 3,929 1,061 2,138 5,957 3,281

Mandioca 3,446,030 0 4,782,420 5,481,340 4,959,260 4,054,590

Mapira 138,200 308,200 114,500 201,800 166,700 126,300

Mexoeira 12,200 21,500 15,200 22,300 24,900 14,700

Milho 1,114,800 1,181,400 941,500 1,395,500 1,133,700 1,214,200

Pimento 105 260 335 283 18 71

Tabaco 42,570 51,131 80,842 93,065 33,595 46,261

Algodão Caroço 84,675 54,144 78,683 109,119 99,949 s/i

Total 5,561,973 1,899,911 6,738,919 8,260,966 7,600,587 6,333,269

Legenda: s/i – sem informação Fonte: www.countrystat.org.mz

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Pecuária A tabela a seguir apresenta a evolução anual da criação de animais entre 2002 e 2010.

Em unidades, a criação de galinhas representa naturalmente, em média, 66% do total da produção pecuária registada, seguida do gado caprino, que representa 16%. De acordo com os dados existentes, a província da Zambézia é a maior criadora destas aves, com uma média de 21% ao ano, seguida de Nampula e Manica com 15% e 14%, respectivamente. A criação de patos e de gado bovino e suíno é ainda incipiente, cada uma representando menos de 6% do total da produção e com taxas de crescimento médias abaixo dos 10%. A criação de gansos no país é ainda insignificante, na baixa produção registada destacam-se as províncias de Maputo, Gaza e Manica. As províncias de Zambézia, Nampula, Tete e Manica são as províncias com maior potencialidade para a actividade agro-pecuária.

TENDÊNCIAS DO SECTOR DO AGRO-NEGÓCIO Desde 2008, o Governo de Moçambique iniciou uma aposta forte no desenvolvimento do sector agrário e dos agronegócios, com a definição e implementação de um conjunto de planos estratégicos, politicas e programas de desenvolvimento gerais, sectoriais e sub-sectoriais, apoiado pelos seus parceiros internacionais e suportado pela crescente dinâmica interna dos agentes económicos presentes no país e no sector familiar, cada vez mais orientado ao mercado (ex.: gergelim, milho), além das culturas de rendimento tradicionais, algodão, tabaco, cana-de-açúcar e castanha de caju, e novas como a soja e banana. A implementação do PPFD, do FIL, do Programa Nacional das Finanças Rurais, PAPA e mais recentemente o PEDSA, PDDA e PNISA, entre outros instrumentos de política, que vieram também contribuir para o desenvolvimento tendencialmente sustentado do mundo rural e ajudar a criar algumas condições básicas para o sector de produção do arroz se desenvolver, como é objectivo do Governo. Também ao nível dos instrumentos de política económica para o desenvolvimento dos agronegócios, as bases estão criadas e muita legislação fundamental foi produzida nestes últimos 5 anos, como, por exemplo, o regime especial aduaneiro para a agricultura, as tarifas especiais da água e energia eléctrica para a agricultura, a legislação das associações e cooperativas, a legislação do trabalho, o planeamento, ordenamento e gestão do território, os benefícios fiscais aos investimentos especiais para a agricultura e para os investimentos nas províncias e, em especial, em Sofala, entre outros listados no relatório.

Unidades

Animal 2002 2003 2005 2006 2007 2008 2010

Bovinos 838,511 1,011,075 1,337,529 1,142,374 1,419,491 1,433,201 1,272,245

Caprinos 4,947,552 4,760,946 4,952,435 3,491,950 4,420,592 4,843,907 3,906,212

Ovinos 202,836 142,964 209,616 161,056 218,881 260,192 220,516

Suinos 1,603,843 1,357,808 1,637,457 1,187,484 1,349,502 1,539,362 1,340,640

Outros Animais 33,137 41,685 24,159 45,914 46,502 33,633 18,297

Galinhas 22,629,444 15,181,311 14,346,161 18,201,796 17,795,839 18,126,856 23,920,938

Coelhos 193,983 220,129 188,702 142,516 147,194 139,209 112,912

Patos 2,128,324 1,538,248 1,507,336 1,253,889 1,671,201 1,865,058 1,881,771

Gansos 5,319 12,517 2,413 2,029 19,054 8,034 15,792

Perus 83,989 61,853 66,041 96,880 78,002 90,303 113,671

Galinhas de Mato 0 0 331,268 306,511 545,136 650,649 769,557

Total 32,666,938 24,328,536 24,603,117 26,032,399 27,711,394 28,990,404 33,572,551

Fonte: www.countrystat.org.mz

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M OÇAM BIQ UE 8

A figura seguinte apresenta no mapa do país por distritos o resultado do cruzamento entre as variáveis potencial agrícola (factores agro-climáticos), população e acesso a mercados (proximidade e tempo de acesso aos mercados urbanos), para determinar o potencial de desenvolvimento dos distritos (num extremo “verde escuro” com maior potencial nas 3 variáveis e no extremo oposto “castanho escuro” com menor potencial também nas 3 variáveis). Cruzando estes factores com outras infra-estruturas gerais foram determinados os corredores de desenvolvimento (PEDSA) e cruzando novamente com a existência de infra-estruturas agrárias e com a existência actual de agro-indústrias foram obtidos os 35 clusters preliminares (PDDA), que orientam as prioridades e politicas do governo para o agro-negócio e as orientações fornecidas aos investidores privados.

Fonte: do MDD Mozambique Development domains, Ragendra de Sousa (PHD), UEM, e iDE

Moçambique possui um enorme potencial agrícola, e se olharmos para a produção específica do arroz, objecto deste estudo, para além da Tanzânia (figura 14), segundo dados da USAID sobre análise do Mercado do arroz na SADC, o país é o Segundo maior produtor e os países vizinhos poderão, com a explosão que se esta a verificar no aumento da capacidade de produção e processamento em Moçambique, ser abastecidos através dos 5 corredores de desenvolvimento para o Hinterland. A tabela abaixo mostra o tipo de canais de transporte, os países de destino e os principais portos associados aos corredores de desenvolvimento que possam impulsionar o escoamento e exportação do arroz das zonas potencialmente agrícolas para os seus respectivos mercados.

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M OÇAM BIQ UE 9

# Corredores Tipo de Canais de Transporte

Países de Destino Portos Rodov Ferrov Aérea Fluvial

1 Pemba-Lichinga X Malawi Nacala

2 Nacala X X X Zâmbia, Malawi Nacala

3 Vale Zambeze X X X X Zâmbia, Malawi Nacala

4 Beira X X X Zimbab, Zâmbia e Malawi Beira

5 Limpopo X X Zimbabwe Maputo

6 Maputo X X X

África do Sul, Swazilândia, Zimbabwe, Botswana

Maputo

ESTRUTURA FUNDIÁRIA4

A estrutura do sector agrário consiste em três grupos: o sector empresarial, o sector familiar-comercial (produtores emergentes), e o sector familiar virado para o autoconsumo (ou sector familiar). Como se pode notar o sector dos produtores familiares compreende ambos, o sector comercial e o sector familiar, representa 94% do total da agricultura. O sector empresarial é pequeno (apenas 5.3% do total), tendo se mostrado particularmente dinâmico e crescido significativamente nos últimos 5-6 anos, embora partindo de uma base quase zero. O sector empresarial tradicional inclui tabaco, algodão, cana-de-açúcar e avicultura, com as cadeias de valor bastante desenvolvidas, o caju (só processamento da castanha),, criação bovina extensiva, e desde início de 2000 a banana no Sul (com produção e processamento, com as cadeias de valor bastante completas) e tem atraído investimento estrangeiro. Mais recentemente têm-se implementado investimentos em sectores como as plantações florestais (eucalipto, pinheiro, teca), soja, retoma do chá, leguminosas, banana no Norte, hortícolas e arroz. A presença de diferentes sectores (empresarial, familiar-comercial e familiar virado para autoconsumo) realça três aspectos importantes:

1. A predominância do sector familiar sugere a necessidade de haver maiores intervenções do governo neste

sector: um por cento de aumento no crescimento do sector familiar é equivalente a mais de 6% de aumento no crescimento do sector empresarial.

2. Dados os seus pesos significativos sobre a estrutura de produção, ambos os sectores (familiar-comercial e virado para autoconsumo) contribuem significativamente para o crescimento total da agricultura.

3. Uma política global de encorajamento ao investimento privado (nacional e estrangeiro) tem aspectos positivos na criação de dinamismo à agricultura como um todo, levando a um rápido crescimento de subsectores específicos e criando as condições necessárias para o surgimento duma agricultura comercial sustentável.

Portanto, uma estratégia de desenvolvimento da agricultura centrada no pequeno sector familiar e na promoção de ligações entre o sector do pequeno agricultor (familiar) e as dinâmicas do sector empresarial poderá acelerar o crescimento e desenvolvimento da agricultura comercial. A tecnologia evolui pouco na agricultura moçambicana: o uso de insumos continua baixo, quase nulo, nos produtos tradicionais, excepto em algumas culturas de rendimento como é o caso da cana-de-açúcar, algodão, tabaco entre outros poucos casos excepcionais.

4 EDA, 2005

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M OÇAM BIQ UE 10

TECNOLOGIA EM USO NO SECTOR FAMIL IAR

1996 2002 2003 2005 2006 2007 2008 2010

Utilizadores de irrigação 4% 11% 6% 6% 8% 8% 3% 5%

Utilizadores de tracção animal 7% 11% 11% 9% 12% 11% 11% n.d

Utilizadores de fertilizantes químicos 1% 4% 3% 4% 5% 4% 3% 4%

Utilizadores de pesticidas 7% 5% 5% 5% 7% 3% 3%

Pertence a uma associação 4% 4% 6% 7% 8% 7% n.d.

Assistido por extensionista 14% 13% 15% 12% 10% 8% n.d.

Emprega terceiros permanentemente 2% 2% 2% 2% 3% 3% 12%

Emprega terceiros temporariamente 16% 16% 18% 24% 21% 19% n.d.

Utilizadores de mecanização e transporte 4%

Utilizadores de crédito 2%

Fonte: TIA (diversas edições até 2008); Ano 2010 – CAP 2009/10

ANÁLISE DA AGRO-INDÚSTRIA5 A agro-indústria está muito aquém das necessidades, isto é, de ser capaz de processar a produção actual, e é muito inferior à capacidade potencial da agricultura. Verificou-se uma tendência de encerramento das agro-indústrias em quase todas as culturas até talvez 2010, mas com maior ênfase nas fábricas de descasque de arroz de média capacidade e, nos últimos 5 anos, nas indústrias de extracção de óleo de coco, nas províncias de Inhambane e da Zambézia6. As agro-indústrias, de um modo geral, enfrentam diversas dificuldades relacionadas com o mercado, elevado custo, baixa qualidade, incerteza da disponibilidade continua das matérias-primas e deficiências graves nas infra-estruturas do país, em particular estradas, energia e comunicações, reduzido nível know-how e ausência de uma cultura industrial entre trabalhadores, estado e outros operadores. Quase todas as fábricas de sumos importam o concentrado e limitam-se a adicionar água e as poucas fábricas que processam a fruta enfrentam diversos problemas que ameaçam a continuidade do processo produtivo. De modo semelhante, as indústrias de refinaria de óleos (em crescimento desde 2005-6) importam óleo bruto ao invés de

5 A falta de dados sobre grande parte das culturas, em particular, frutas e oleaginosas, dificulta a análise da agro-indústria.

6 As indústrias de extracção de óleo de outros produtos como o algodão e mafurra encerraram, quase todas, no período de guerra dos 16 anos.

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M OÇAM BIQ UE 11

transformar a matéria-prima nacional. Não obstante, verifica-se simultaneamente exportações de óleo bruto (copra, com tendência para reduzir) em paralelo com as matérias-primas. O mesmo cenário para a indústria moageira, essencialmente de trigo importado e pouco milho, também muitas vezes importado, principalmente pelas maiores industrias moageiras instaladas no sul. A indústria de rações para o sector avícola, tem registado uma evolução positiva 2003-4, com talvez perto de 10 fábricas ao longo do país (diferentes capacidades, diferentes modelos de negócio, diferentes tecnologias e processos de produção), sendo talvez a cadeia de valor mais integrada actualmente no país (incorporando desde a produção nacional de ovos de incubação e rações, à criação de frangos e galinhas, matadouro, produtos IQF e distribuição por grosso e retalho com rede de frio a crescer lentamente). Outras cadeias de valor com processamento a nível do país são o algodão, tabaco, cana-de-açúcar e o arroz, e a um nível menos expressivo mas em crescimento a banana e hortícolas (selecção, limpeza, embalamento e conservação) e o gergelim (selecção, limpeza e ensacamento). Segundo os dados do MIC, Maputo e Nampula possuem o maior número de agro-indústrias, com destaque para as moageiras. Relativamente às refinarias de óleo, Inhambane concentra actualmente o maior número. Ao nível das agro-indústrias, os principais produtos finais são a farinha de trigo e de milho, o farelo, a sêmea, ração avícola, bem como pipocas, massas e bolachas e ainda, óleo alimentar (à base da palma, soja e residualmente girassol).

ANÁLISE DA COMERCIALIZAÇÃO É muito difícil estimar a produção comercializada por falta de dados credíveis. Dos dados disponíveis, pode se estimar que em média, de 2005 a 2009, dos produtos alimentares com dados registados, o milho contribuiu com 43% dos produtos comercializados, seguido pela mandioca com 20%, feijão e castanha de caju, com 13% e 10%, respectivamente. A tabela 8 ilustra a evolução da comercialização, por produtos.

EVOLUÇÃO DA COMERCIAL IZAÇÃO AGRÍC OLA

Em geral, observou-se uma evolução positiva nos níveis de comercialização. O girassol, por exemplo, evoluiu de um nível de comercialização de 99 t em 2005 para 4.820 t em 2009, depois do pico atingido em 2006. O mesmo já não se verifica com a castanha de caju, cujos níveis de comercialização reduziram de pouco mais de 104.000 t em 2005 para cerca de 64 mil t em 2009.

Ano Milho Arroz Mapira Mandioca Feijão Amendoim Girassol Copra Mafurra C. Caju

2005 252,988 12,273 3,345 101,371 54,068 26,656 99 21,289 171 104,337

2006 305,728 16,671 7,330 116,204 106,548 30,416 6,470 28,892 114 65,990

2008 442,200 25,698 40,690 233,756 140,507 55,464 5,917 35,489 161 95,477

2009 475,530 40,390 39,030 231,855 137,733 54,725 4,820 37,635 280 63,710

Média 369,112 23,758 22,599 170,797 109,714 41,815 4,327 30,826 182 82,378

Fonte: MIC

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M OÇAM BIQ UE 12

INVESTIMENTO PRIVADO A análise do investimento privado baseou-se nos dados de duas instituições:

Banco de Moçambique - que mantém registos sobre crédito dos bancos comerciais e entrada de valores (capital próprio e empréstimos); e

CPI – que mantém registos e produz estatísticas sobre projectos aprovados, agrupados em grandes categorias. Não faz o devido seguimento da realização do investimento.

Neste contexto, os dados existentes não são conclusivos, mas servem para dar uma ideia da tendência do crédito por sector e as intenções de investimento.

Crédito à Economia

O gráfico a seguir ilustra a evolução do crédito ao investimento de 2001 ao 2010.

Fonte: Banco de Moçambique

O crédito à agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal e pescas teve sempre níveis muito baixos relativamente a outros sectores da economia. Segundo o Banco de Moçambique, a agricultura e as MPMEs em geral não beneficiam de crédito comercial pelo seguinte:

Fraca acumulação primitiva de capital;

Falta de registo comercial (alvará) e fiscal (NUIT);

Falta de contabilidade organizada;

Ausência de cultura de auditoria e publicação de contas;

Elevado risco associado a sua grande mobilidade;

Falta de garantias;

Secundarização da figura de contrato.

-

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

16.00

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

MZM 1^9

Evolução do crédito ao investimento por sectoresAgricultura

Pecúaria

Silvicultura e exploração florestal

Pescas

Indústria Extrativa

Indústria Transformadora

Electricidade, Gás e Água

Construção e Obras Públicas

Indústria de Turismo

Comércio

Transporte e Comunicação

Inst. Financeiras Não Monetárias

Outros Sectores

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M OÇAM BIQ UE 13

Os gráficos abaixo ilustram a distribuição do crédito ao investimento e total por cultura.

Fonte: Banco de Moçambique

O crédito total à agricultura está concentrado nas culturas de rendimento e alguns produtos com algum nível de integração da cadeia de valor (açúcar, algodão). Em termos de crédito ao investimento, os sectores do algodão e açúcar consumiram maior volume de investimento. Os sectores que mais se beneficiaram do crédito estão mais consolidados, possuindo activos que os tornam relativamente mais “bancáveis” que os outros.

PROJECTOS DE INVESTIMENTOS

O gráfico seguinte ilustra os investimentos aprovados pelo CPI de 2001 à 2009 por sector.

Os sectores de recursos minerais e energia, agricultura e agro-indústria foram os que registaram maior volume de investimento no período:

Recursos minerais, com um peso de 36%, registou um pico em 2002 com a aprovação do projecto do Corridor Sands e em 2007 com os projectos de carvão de Moatize e Ayr Petro em Nacala Velha;

Chá0.1%

Açúcar19%

Cajú7%

Sisal0%

Copra8%Algodão

25%

Outros41%

Média do crédito ao investimento por cultura, 2001-2010Chá2%

Açúcar37%

Cajú13%

Sisal0%

Copra4%

Algodão10%

Outros34%

Média do crédito total por cultura, 2001-2010

0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

USD 1^6 Volume de Investimentos aprovados por sector, 2001-2010

Agricultura e Agro-Indústria

Aquacultura e Pescas

Banca, Seguradora e Leasing

Construção

Indústria

Outros

Recursos Minerais e Energia

Serviços

Transportes e Comunicações

Turismo e Hotelaria

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M OÇAM BIQ UE 14

Agricultura e agro-indústria, com um peso de 27% do volume total de investimento aprovado, registaram um pico em 2009 com a provação de 2 projectos na área de florestas (Lúrio Green e Portucel).

FINANCIAMENTO AO AGRONEGÓCIO O financiamento ao agronegócio é efectuado principalmente pelos bancos comerciais,instituições de micro-finanças, FARE, FDA, Fundo de Desenvolvimento Pesqueiro, Fundo de Desenvolvimento da Indústria) e alguns outros fundos e por fim Fundos Cataliticos e Outras Linhas de Crédito para a Agricultura, implementados por parcerias do CEPAGRI e MIC (Minsitério da Indústria e Comércio) comBancos Comerciais de Sociedades de investimento com fundos de doadores. BANCOS COMERCIAIS Os bancos comerciais concedem créditos quer através de esquemas normais bem como de linhas de crédito especiais e fundos de garantia. O volume de crédito bancário ao agronegócio é reduzido, principalmente, para os pequenos e médios produtores. Se por um lado, os bancos alegam como principal motivo o alto risco associado às condições climáticas e à falta de garantias, por outro, os pequenos e médios produtores, quando “bancáveis”, recorrem pouco ao crédito alegando produtos financeiros inadequados à actividade agrária, de entre os quais a concessão de montantes reduzidos, as taxas de juros altas e créditos de curto prazo. Além disso, muitas vezes, o crédito solicitado à tempo, é concedido fora da época adequada para agricultura. INSTITUIÇÕES DE MICRO FINANÇAS (IMFS) As instituições de micro finanças surgiram para a disponibilização de crédito, captação de poupanças e outros serviços financeiros com o objectivo principal de ajudar as famílias menos favorecidas a sair da pobreza através de facilidade ao acesso de crédito para desenvolver actividades económicas. Na prática, muitas das instituições de micro finanças (nas zonas rurais e não só) constituem um ponto de entrada no sistema financeiro não só às famílias rurais mas também às pequenas e médias empresas. No agronegócio, o seu papel tem alguma relevância na comercialização agrária, pois a maior parte dos intervenientes da cadeia de valor da produção agrária não possui requisitos necessários para o acesso aos serviços financeiros da banca comercial, recorrendo aos serviços de micro finanças. FUNDO DE APOIO PARA A REABILITAÇÃO ECONÓMICA (FARE) O FARE foi criado com o objectivo de reactivar a economia moçambicana através de financiamentos a actividades produtivas e de prestação de serviços, criação de emprego e inovação, promoção e dinamização do empresariado nacional, em especial, o de pequena e média dimensão. A sua actividade está orientada para o financiamento em investimentos em instituições financeiras e de prestação de serviços. FUNDO DE DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (FDA) O FDA foi criado com o objectivo de:

Fortalecer o mercado de insumos e de produtos para apoio à produção agrária;

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M OÇAM BIQ UE 15

Promover o acesso aos serviços financeiros, por empresas e associações de agricultores assim como na mobilização de outros recursos para o apoio aos produtores;

Promover parcerias entre instituições governamentais e outros intervenientes no sector agrário; e

Promover de actividades que concorram para a implementação da estratégia do Governo e dos serviços públicos agrários.

CONSTRANGIMENTOS7 Assim, identificam-se os constrangimentos transversais ao sector agrário:

o Deficiente rede de infra-estruturas viárias (vias de acesso, pontes e ferrovias) e de comunicações nas zonas de produção;

o Insuficiente oferta de serviços de transporte de carga para escoar as matérias-primas das zonas de produção;

o Fraca rede de serviços bancários nas zonas de comercialização dos excedentes agrícolas; o Elevadas tarifas dos transportes ferroviários, portos e cabotagem; o A inexistência de estabelecimentos para venda de instrumentos e factores de produção nas zonas de

produção; o Insuficientes incentivos param desenvolvimento do sector: taxa de incidências sobre o gasóleo que não

beneficia este sector e altos custos financeiros; o Burocracia e demora no reembolso do IVA (equipamentos, factores de produção pagam direitos aduaneiros

e IVA na importação); o Burocracia alfandegária no processo de importação dos equipamentos que resulta em anulação dos

incentivos de investimentos já adquiridos; o A excessiva burocracia no processo de exportação e o excessivo tempo que demora o despacho da

mercadoria na exportação; o Ausência de mercado interno de algumas matérias-primas ou produtos semi-processados (gergelim, fibra

de algodão, chá), que represente alternativa ou complemento ao mercado internacional; o Imprevisibilidade e instabilidade da taxa de câmbio; o Ausência de uma instituição ou mecanismo de protecção dos produtores e da indústria face à adversidade

do mercado e clima (gestão de choques e crises), como os seguros de colheita ou outro; o Preços altos de insumos agrícolas, principalmente pesticidas e fertilizantes; o Fraca divulgação e implementação do quadro legal; o Ineficiente funcionamento do sistema judicial e consequente fraco cumprimento de contratos e

compromissos contratuais; o Fraco conhecimento da classificação e padrões de classificação da produção orientada ao mercado no acto

da comercialização, resultando em conflitos reincidentes; o Ausência de instrumentos de calibração e metrologia e respectiva fiscalização de balanças, básculas, etc.; o Inexistência de instituições profissionais de prevenção e arbitragem de conflitos entre os produtores e

instituições intermediárias de fomento da produção. o Fracos serviços de apoio a parte considerável da cadeia de produção, comercialização e processamento

das culturas orientadas ao mercado;

7 Baseado num documento interno do CEPAGRI que o consultor actualizou ou alterou.

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M OÇAM BIQ UE 16

o Insuficiência de redes formais de abastecimento de combustíveis, lubrificantes, meios de produção e suas peças sobressalentes nas zonas de produção;

o Insuficiência das redes de fornecimento de energia eléctrica, água e telefones; o Baixos preços ao produtor e preços altamente flutuantes, levando, de forma crescente, os produtores a

reclamarem a fixação de preços (ou preços de referência), tendo em vista minimizar a sua crescente dificuldade de obter preços mais “justos” para a remuneração da sua produção, o que se torna tecnicamente delicado face à economia aberta;

o Mecanismos deficientes de controlo dos volumes comercializados e/ou exportados e falta de vontade dos operadores de aderir voluntariamente ao sistema de informação, com destaque para o sector informal;

o Reduzido número de agro-indústrias na maior parte das cadeias de valor (excepção: milho, algodão, cana de açúcar, copra, trigo, chá, tabaco, castanha de caju, aves e realçar que no óleo alimentar existem apenas em número crescente e suficiente para abastecer o mercado nacional as refinarias de óleo, mas não as extrusoras);

o Reduzido conhecimento das normas HACCP, Standards de qualidade (ISO, SABS), por parte das agro-indústrias existentes;

o Não há em geral no país uma “cultura industrial” (empresários de raiz industrial, classe operária, serviços para a indústria, associações industriais fortes – o CTA não é especializado -, principio de procura constante da produtividade, eficiência e competitividade), beneficiando algumas agro-indústrias de barreiras à entrada que permitem a ineficiência.

Existem também, constrangimentos comuns intrínsecos ao sector agrário, com destaque para as culturas orientadas ao mercado, que são:

o Falta de instituições e/ou pontos focais das culturas orientadas ao mercado nas estruturas centrais e provinciais da agricultura;

o Actividade de Investigação continua incipiente, derivado, de entre outros aspectos, de inadequados níveis de financiamento e à indisponibilidade de capacidade humana especializada e experiente, reflectindo-se de forma particular na falta de material genético melhorado e fracos pacotes de controle de pragas;

o Baixa nível de investimento em obras hidráulicas nos rios e regadios; o Baixo nível de investimento em baterias de silos para armazenamento, reserva alimentar e controle de

preços; o Baixo nível de uso de insumos agrícolas na produção de culturas orientadas ao mercado, resultando em

baixos níveis de rendimentos agrícolas e inadequação das características palatais e ergonómicas; o A ainda baixa qualidade dos produtos nacionais que não são aceites no mercado internacional, agravado

pelos deficientes sistemas de registo e prestação de informação, que dificultam opções de certificação; o A ausência de adequadas redes de vendas (ex. Fábricas para selecção, classificação, empacotamento,

armazenagem adequada para mitigar os efeitos da alta perecidade de alguns produtos). o As dificuldades na transferência de tecnologias e baixos índices de adopção e (deficientes programas de

treinamento e consistente assistência técnica); o Atrasos e baixos preços de comercialização da produção agrícola orientada ao mercado; o O abandono da produção comercial orientada ao mercado pelas empresas promotoras. o Deficiente Sistema de informação sobre a economia das culturas orientadas ao mercado; o Movimento Associativo camponês ainda fraco e com pouca dinâmica de crescimento, como tal, sem

condições de representar de forma legítima e uníssona os interesses dos produtores nas negociações políticas, económicas e agronómicas com as empresas promotoras das culturas orientadas ao mercado;

o Deficiente sistema de fiscalização e monitoria da actividade de fomento, produção e comercialização de culturas orientadas ao mercado (apenas o fomento no algodão e tabaco tem quadro legal definido).

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M OÇAM BIQ UE 17

OPORTUNIDADES OU ASPECTOS FORTES

Apesar dos constrangimentos identificados, há importantes potencialidades solo-climáticas, regulamentares, socioeconómicas e de mercado que é necessário capitalizar, nomeadamente:

o Longa tradição da população rural na produção de culturas como algodão, caju, mandioca, tabaco, milho, arroz etc., que transita de geração para geração;

o Existência de vastas áreas desbravadas que pertenceram às empresas estatais, conferindo espaço para a produção própria do sector comercial;

o A criação e aprovação de quadro regulamentar para algumas culturas que orienta a produção e comercialização, assegurando estabilidade do subsector, protecção dos investimentos privados, bem como existência de entidades públicas profissionais (IIAM, INCAJU, IAM, etc.), ou pontos focais em algumas instituições (CEPAGRI-MINAG), responsáveis pelas culturas;

o Existência de empresas especializadas e experientes com investimentos actuais e outros com interesse de realizar novos investimentos em infra-estruturas, e com capacidade de intervenção na produção, comercialização, e processamento de culturas orientadas ao mercado, ou seja no desenvolvimento do subsector;

o Existência de grande capacidade de processamento de certas culturas orientadas ao mercado, actualmente subaproveitada (arroz, copra);

o A aproximação dos intervenientes de algumas culturas para discussão dos assuntos específicos (algodão, tabaco, caju, cana de açúcar, arroz, avícola);

o A existência de algumas variedades de culturas como algodão, tabaco, hortícolas e fruteiras adaptadas às condições solo climáticas e com tolerância a pragas e doenças;

o Enormes extensões de terra com potencial de regadio, com enfoque às zonas sul e centro do país; o Existência de regadios reabilitados parados ou deficientes usados e outros com relativamente baixo

investimento necessário na reabilitação; o Expansão do fomento do gado bovino nas zonas produtoras, com potencial para tracção animal; o Existência de mercado mundial para vários produtos das culturas orientadas ao mercado como fibra e

semente do algodão, castanha e amêndoa de caju, folha e tabaco processado, açucar, chá, fruta, sumos e etc.;

o A localização dos portos de cabotagem perto das zonas de produção e existência de rede viária e ferroviária magistrais aceitáveis ligando os portos e as zonas de produção;

o Existência de indústrias nacional para absorção de produtos orientados ao mercado e esforços para sua expansão, caso da reactivação da indústria têxtil e de confecções;

o Potencial do país para competir com outros países da África Sub-Sahariana produzindo produtos de alto valor a base da mandioca (incluindo cerveja, amido, etanol, ingredientes para rações e outros usos);

o Potencial de substituição parcial do consumo de trigo nas zonas urbanas e rurais pela farinha de mandioca, para fabrico do pão, bolos etc.;

o Os preços altos para as fontes alternativas de amido criaram um crescente interesse na mandioca, em parte, isto é devido ao crescente interesse internacional pelos biocombustíveis;

o A UE oferece uma quota de 135.000 toneladas de amido nativo para países de ACP que nunca foi satisfeita;

o A mandioca poderá ser uma base para produção de adoçantes a custos mais baixos; o Aumento significativo do consumo do arroz, que é actualmente satisfeito por importações, e preferência em

termos de paladar e aroma do consumidor rural e urbano de todas as classes de rendimento relativamente

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ao arroz aromático (abundante entre as variedade locais que o produtor já está habituado a produzir precisando de alavancagem pouco capital intensiva);

o As oportunidades de mercado para a produção moçambicana estão pois consubstanciadas no acesso preferencial nos mercados da SADC e União Europeia, especificamente:

o Introdução do comércio livre entre 2008 e 2012 o Acesso livre no maior mercado da região (África do Sul) dos produtos agrícolas Moçambicanos a

partir de 2008 o A Iniciativa EBA, da UE, oferece maior acesso ao mercado europeu, livre de direitos a um preço

razoável, a partir de 2009; o O surgimento de grande interesse no etanol e a co-geração de energia a partir do bagaço, como alternativa

à combustível fóssil, coloca uma oportunidade para a diversificação da base produtiva da indústria e do país;

o Existência de fortes indicações de mercados dinâmicos para subprodutos de coco (por exemplo: fibra, pó, carvão activado, biodiesel);

o Moçambique goza de preferências tarifárias nos mercados principais dos subprodutos do coco, através de acordos de comércio internacional como a Iniciativa EBA, o que lhe pode conceder alguma vantagem competitiva sobre países não PMA.

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ANÁLISE SWOT DO AGRONEGÓCIO A análise SWOT constitui um resumo das análises semelhantes realizadas para cada produto e para a cadeia de valor, além da análise de algumas variáveis transversais aos diferentes sectores.

Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças/ desafios

• Existência de rede comercial organizada, em alguns produtos (culturas de rendimento tradicionais, cereais), com fomentadores (indústrias e comerciantes) e concessões;

• Instalação de unidades de acabamento e embalagem de agro-químicos, reduzindo os custos de importação (direitos e importação a granel), acrescentando valor e usando embalagens com dimensões mais adequadas aos diferentes segmentos de produtores;

• Existência de uma capacidade de processamento básico/primário instalada bastante relevante e subutilizada ao nível das seguintes agro-indústrias: Refinarias de óleo; Moageiras de Trigo

• Limitações do IIAM na investigação de sementes, actualmente orientada ao aumento dos rendimentos e da produção;

• Deficiente capacidade de controlo de qualidade das sementes importadas;

• Custos de importação e custos logísticos internos, bem como a reduzida procura encarecem o preço pago pela semente pelo produtor comercial;

• Inexistência de assistência técnica nas zonas de produção para equipamentos agrícolas (ex. tractores e alfaias);

• Dificuldades de acesso aos insumos agrários e aos serviços de extensão nas zonas de produção;

• Oferta de provedores de serviços praticamente inexistente em todas as áreas, situação que obriga à contratação de técnicos a tempo inteiro ou à subcontratação externa de técnicos/empresas especializadas, aumentando os custos, em particular, das MPME´s;

• Inoperacionalidade de parte dos regadios existentes;

• Falta de capital inicial e dificuldades de acesso ao crédito financeiro por parte dos empresários emergentes e pequenos produtores orientados ao

• Aumento da procura interna de produtos alimentares e agro-processados (principalmente, nas zonas urbanas e na região Sul, ambos com forte crescimento, com destaque para a cidade de Maputo; mas também no Centro na Cidade de Tete, e Norte nas Cidades de Nampula, Nacala e Pemba);

• Grande dimensão do mercado regional dos principais produtos agrícolas produzidos em Moçambique e em particular o aumento do comércio fronteiriço com os países vizinhos do Hinterlands, como Malawi, Zâmbia e Zimbabwe;

• Disponibilidade de terra e condições agro-ecológicas adequadas em determinadas regiões para diversas culturas, pecuária e florestas;

• Existência de recursos minerais adequados para a produção de fertilizantes (ex. Sofala, Nampula e Zambézia);

• Investimento público na irrigação decorrente da implementação da “Estratégia de Irrigação” aprovada em 2010 (PROIRRI e outros) e PNISA aprovado em 2013;

• Disponibilidade de energia eléctrica e comunicações em quase todos os distritos e em permanente expansão;

• Isenção de direitos aduaneiros na importação de equipamentos e de matérias-primas para as agro-indústrias com mais de

• Fraco controlo das fronteiras, que dificulta o controlo de produtos importados no país;

• Elevado custo do crédito e dificuldade de acesso a financiamentos para o agro negócio (falta de um sistema financeiro adequado a agricultura);

• Alto preço dos combustíveis e lubrificantes; • Escassez de obras hidráulicas para suporte

à irrigação; • Fraca organização, disseminação de

informação por parte do Governo, Doadores e ONG´s;

• Calamidades naturais cíclicas: seca, cheias e ciclones;

• Conflitos de terras; • Epidemias (HIV e SIDA, tuberculose,

malária, etc.) • Propensão a pragas e doenças de

determinadas culturas como é o caso da mandioca, coqueiro, fruta, bovinos e suínos;

• Escassez de fundos e elevados custos de financiamento da produção, armazenagem e manutenção de stocks;

• Estradas e vias de acesso em más condições e/ou com transitabilidade sazonal;

• Custos de transporte elevados das zonas de produção (Centro e Norte) para as zonas de maior consumo (Sul);

• Legislação não adequada ao desenvolvimento do agronegócio; ex. Leis laborais não prevêem a situação particular da actividade

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Pontos Fortes Pontos Fracos Oportunidades Ameaças/ desafios

e Milho; Rações para animais; Processamento de açúcar; Processamento básico do algodão; Arroz; Extracção de óleo de copra; Processamento de castanha de caju;

• Sinergias decorrentes do crescente número de grandes projectos agrários e agro-industriais: redução do custo dos factores de produção por via de economias de escala; disseminação de tecnologias e know-how; garantia de mercado por via de parcerias (nomeadamente recurso a sistemas de fomento e outro tipo de parcerias mutuamente vantajosas);

• Disponibilidade de alguma informação sobre mercados ao nível do MIC e MINAG;

• Presença de empresas internacionais na área da certificação de empresas e produtos.

Mercado; • Reduzida disponibilidade de recursos

humanos qualificados e experientes; • Baixa integração vertical do sector:

Falta ou reduzido número de agro-indústrias no país, levando à exportação dos produtos em bruto ou apenas semi-processados; as grandes agro-indústrias tradicionais (moageiras de milho e trigo e refinarias de óleo alimentar) não estão ligadas à produção agrícola preferindo importar matéria-prima ou produtos intermédios;

• Mercados e feiras têm condições infra-estruturais e de organização e gestão muito incipientes;

• Falta de silos, o que eleva os custos de ensacagem e armazenagem, principalmente dos cereais e gera uma grande sazonalidade dos preços;

• Desactualização do papel do ICM no âmbito da economia de mercado, resultando em baixa utilização dos seus armazéns;

• Concorrência entre o comércio formal e informal, em prejuízo do primeiro, que tem maior carga fiscal;

• Falta de padrões de qualidade e de sistemas de certificação e falhas nos sistemas de pesagem;

• Informação sobre mercados externos não disponível ao nível dos operadores.

20% de VAB; • Isenção de direitos aduaneiros para

equipamentos da Classe K da pauta aduaneira, para quase todos os sectores e para projectos de investimento registados no CPI

• Benefícios fiscais concedidos a projectos de investimento aprovados no CPI e protecção ao investimento estrangeiro, repatriação de suprimentos e exportação de dividendos;

• Proximidade da África do Sul à região Sul de Moçambique, que facilita acesso a mercado, tecnologias e serviços especializados;

• Crescimento do mercado interno (via aumento da população, melhoria do rendimento per-capita, melhorias das infra-estruturas de comunicação e informação);

• Disponibilidade de transporte marítimo e potencial de transporte fluvial, podem facilitar a mobilidade das matérias-primas e produtos no país, e reduzir os custos de produção; • Disponibilidade de portos e linhas férreas

nos principais corredores de desenvolvimento;

• Existência de acordos comerciais com os grandes mercados de consumo (EUA, Europa, China, SADC) que isenta ou reduz os direitos aduaneiros sobre os produtos com origem em Moçambique;

• Disponibilidade de nichos de mercado de produtos orgânicos e “fair trade" e o facto de a maior parte da produção moçambicana ser feita sem agro-químicos.

agrária (Exemplo: trabalho ao sábado e domingo; transporte de trabalhadores em carrinhas de caixa aberta e tractores);

• Elevado nível de roubos pelas comunidades circunvizinhas e trabalhadores, principalmente, em culturas alimentares;

• Reduzida cobertura da rede eléctrica e elevado custo da sua instalação, reduzido número de obras hidráulicas (barragens, diques, açudes, canais) desincentiva o investimento na adopção destas tecnologias por parte do sector privado;

• Enviesamento e pouca sustentabilidade das intervenções realizadas pelo Estado, ONGs e entidades internacionais;

• Concorrência de produtos importados com preços mais baixos e estáveis, melhor qualidade e melhor embalagem;

• Descrição deficiente de alguns produtos na pauta aduaneira;

• Países vizinhos produzem e exportam produtos agrícolas semelhantes aos moçambicanos e possuem melhores estruturas de comercialização como silos, estradas e operadores com maior experiência e com maior facilidade de acesso ao crédito;

• Custos portuários e fronteiriços elevados agravando os custos de transporte em geral;

• Deficiente formação técnico-profissional em áreas relevantes do agronegócio (ao longo de todas as actividades da cadeia de valor).

Fonte: PDDA – MINAG, 2013

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V. CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR HORTÍCOLA NO CORREDOR DA BEIRA8

1. ENQUADRAMENTO

A instalação de mercados abastecedores de hortícolas, é uma das acções propostas no PNISA9, para fazer face aos problemas actuais na comercialização. As práticas actuais aplicadas na fase pós-colheita de hortícolas levam a perdas significativas do produto desde a colheita até a comercialização. Por outro lado, a deficiente rede de comercialização de hortícolas joga um papel negativo na cadeia de produção. O surgimento de instituições como supermercados e grandes áreas comerciais, em Moçambique vai exigir a curto/médio prazo, uma mudança revolucionária na Hortifruticultura de Moçambique, para assegurar a disponibilidade dos produtos no momento certo, no lugar certo e no preço certo de modo a satisfazer os consumidores cada vez mais exigentes. Para mercadorias, como frutas e vegetais, começam a surgir iniciativas de produção sobre contrato em que alguns operadores adiantam insumos aos produtores, e estes assumem o compromisso de fazer a entrega da produção. Estas iniciativas, ainda que em número e abrangência reduzida estão a revelar-se uma forma eficiente de incentivar os produtores a produzir mais e melhor. No país, não existe ainda um sistema logístico eficiente para a recolha, embalagem, armazenagem, conservação e transporte de hortícolas. A época pós-colheita, é caracterizada por perdas elevadas, devido à deficiência nos sistemas de transporte, conservação e escoamento. No entanto, deve-se notar que o país dispõe de cadeias de valor de hortícolas, nomeadamente de batata Reno, que conseguem comercializar quantidades maciças destes produtos a longa distância. Isso dá uma ideia do dinamismo latente que existe nestas cadeias, apesar do seu atraso evidente, dinamismo que poderia se exprimir em toda sua plenitude se certas condições logísticas e de gestão fossem cumpridas. O país tem um total de 25.000 km de estradas dos quais só 4.300 km podem ser classificados como estradas primárias. As distâncias de viagens em Moçambique de norte a sul são mais ou menos 2.500 km, dependendo se a viagem é aérea, marítima ou rodoviária. Do principal centro nortenho de Nampula a Maputo são cerca de 2.100 km por via rodoviária. A função de transporte é mantida no geral, separada da comercialização, o que não quer dizer que o camionista não tenha uma boa experiência dos assuntos comerciais, sendo que ele é um elo essencial da cadeia de valor e está colocado num posto de observação privilegiado. A cadeia de transporte para hortícolas e culturas de subsistência, produzidas localmente é precária e complexa. Para uma série de produtores de pequena escala, há um sistema informal criado para recolha e distribuição. Os volumes individualmente transportados, são relativamente pequenos com custos elevados por tonelada que devem ser recuperados através de preços de venda elevados. Portanto, a baixa eficiência de escoamento e distribuição de hortícolas é considerada um entrave serio para o desenvolvimento competitivo de toda a cadeia de horticultura.

8 Análise realizada alargando quando relevante o âmbito geográfico à província da Zambézia

9 Plano Nacional de Investimento no Sector Agrário: Plano de Investimento em Horticultura 2013-2017

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As práticas actuais aplicadas na pós-colheita de hortícolas levam a perdas significativas do produto desde a colheita até a comercialização. Por outro lado a deficiente rede de comercialização de hortícolas joga um papel negativo na cadeia de produção.

2. PROCURA10

A economia de Moçambique tem vindo a crescer a uma taxa superior aos 7% o ano. O crescimento da economia contribui para um aumento correspondente no consumo geral, incluindo os produtos hortícolas. Sem contar com o consumo da indústria hoteleira e outros sectores, o mercado potencial global de hortícolas nas cidades de Quelimane, Mocuba, Nampula, Beira, Chimoio, Dondo e Nacala, atingiria as 35.000 toneladas anuais, considerando o pressuposto de um consumo anual per capita de vinte (20) quilos por ano.

Potencial de mercado nos principais centros urbanos vizinhos:

Nr. De Habitantes

Consumo per capita de hortícolas por ano=20 Kg/habit.

Quelimane 193,343 3,866,860

Mocuba 168,736 3,374,720

Nampula 471,717 9,434,340

Beira 431,583 8,631,660

Chimoio 237,497 4,749,940

Dondo 70,817 1,416,340

Nacala 206,449 4,128,980

Total 1,780,142 35,602,840

3. CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO

Na região de Centro, à semelhança das outras zonas rurais do país, a comercialização de hortícolas é principalmente assegurada pelos vendedores ambulantes. Os custos de transacção inter-regionais e inter-temporais ainda são altos, tendo limitado até agora o desenvolvimento dos canais de comercialização. Apesar disto, os produtores, os vendedores ambulantes e os mukheristas, desempenham um papel importante na distribuição de hortícolas na região. Em geral, os comerciantes ambulantes cumprem as seguintes funções nos mercados:

Acumular (comprando aos poucos) produto dos produtores para formação de lotes suficientemente importantes;

Comunicar informação sobre a oferta e procura nas zonas urbanas e rurais;

10 Plano de Negócios para Instalação do Mercado Comissiosta Grossista de Caia – Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze.

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Assumir o risco, sobretudo o risco das mudanças nos preços e o risco de roubo no processo de transporte;

Movimentar capital no processo de compra e em casos que parecem ser raros fornecer aos produtores crédito de campanha;

Armazenar até conseguir quantidades suficientes para viajar; e

Aluguer de transporte Moçambique não possui ainda mercados grossistas formais de produtos frescos, como os encontrados por exemplo, na África do Sul. Apesar disso, existe no país um sector informal vibrante, podendo se destacar as seguintes opções no que diz respeito ao mercado de produtos vegetais:

Mercados de agricultores: tal é o caso do mercado do Zimpeto, nos arredores da cidade de Maputo. Os agricultores trazem os seus produtos para serem eles próprios a proceder à sua venda. Os clientes são uma combinação de comerciantes, sector de hotelaria e até mesmo pequenos consumidores. Embora o mercado esteja aberto de segunda a sábado e os agricultores pagarem uma taxa para usufruírem do direito de venda dos seus produtos, não existem estruturas formais para assegurar uma correcta gestão do mercado e garantir os padrões de qualidade, segurança e higiene dos produtos. Intermediários diversos, maioritariamente informais,

Alguns comerciantes e agentes de hotelaria estabelecem contratos directos com os agricultores na tentativa de assegurar melhor qualidade dos produtos fornecidos. Todavia, a base de fornecimento em termos de quantidades disponíveis é baixa e bastante variável.

Os mercados informais (de rua) são encontrados dentro e na periferia dos centros urbanos. Eles não têm normas de higiene e os vendedores operam de forma ad-hoc.

À porta da machamba/vendas directas: comerciantes, retalhistas, mukheristas compram os produtos directamente aos produtores locais, exercendo um elevando poder de negociação (preço e selecção da qualidade, muitos comprando à unidade de “canteiro”). Estes comerciantes correm elevados riscos de perda se algo correr mal, mas ganham margens/comissões avultadas.

Processamento (desde o primário em fresco, ao final): a compra de produtos vegetais e frutas para efeitos de processamento não tem expressão no país, pois não existem unidades de processamento.

No caso das empresas maiores, como o caso da Companhia do Vanduzi, Metuchira, elas realizam a sua própria produção. A falta de infra-estruturas e de unidades de limpeza e embalamento faz com que as perdas pós-colheita sejam bastante significativas, ultrapassando facilmente os 50% da produção.

4. CONSTRANGIMENTOS À INSTALAÇÃO DE MERCADOS GROSSISTAS FORMAIS DE

PRODUTOS FRESCOS

Para além das opções de comercialização acima elencadas, poderão ser considerados os factores competitivos seguintes:

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Práticas Tradicionais: É concebível que, nos primeiros estágios, alguns agricultores e compradores sejam relutantes em se afastar de suas formas tradicionais de compra e venda. A adesão a tais mercados, se irá consolidando à medida que os operadores se aperceberem dos benefícios da utilização desta infra-estrutura.

Haverá sempre alguns agricultores - especialmente os menores - que preferirão continuar a vender os seus produtos informalmente. Todavia, os grandes agricultores, em especial os organizados em associações de produtores terão neste tipo de mercado, a melhor opção para eles alcançarem os seus objectivos.

Falta de Produção Agrícola Local: Com a maioria da agricultura moçambicana nas mãos dos produtores de pequena escala, a capacidade de alcançar os padrões modernos de produção é limitada. As associações de produtores agrícolas existentes na região, poderão assegurar um fornecimento regular de produtos de qualidade a partir de uma grande variedade de frutas e legumes desde que toda a cadeia de valor seja desenvolvida, desde a disponibilidade de sementes certificadas adaptados às diferentes condições agro-climáticas que se verificam ao longo do ano, serviços de extensão adequados, transporte adequado, informação de mercado (procura, sazonalidade e preços) pagamento imediato com a entrega do produto ao comprador, etc.

Informal (Mukheros) & Mercados dos Agricultores: Os mercados locais descritos acima terão sempre um papel a desempenhar, mesmo com os novos Mercados formais. Eles deverão fazer alterações para se adaptar à nova situação, pois serão sempre actores a tomar em conta na distribuição de produtos frescos. Pode-se esperar que neste processo de adaptação eles acabem por melhorar os seus padrões para se manterem competitivos e atender às demandas dos seus compradores. Isto deve ser visto como um resultado positivo resultante da implantação desses mercados.

Por conseguinte, a competição destes mercados informais será sempre um factor a ter em conta, mas deve diminuir à medida que os anos passarem e os Mercados Grossistas formais se forem consolidando. Não há dúvida, de que mercados grossistas com infra-estruturas de valorização dos hortícolas (ex.: selecção, limpeza, calibragem, embalamento, conservação) podem garantir uma boa qualidade, um fornecimento constante e regular, uma variedade de produtos e bons serviços e irá beneficiar do apoio mútuo dos agricultores e dos compradores, que operam na região.

5. PRODUÇÃO

No caso específico da horticultura, que inclui os produtos hortícolas para consumo humano, as frutíferas e as flores de corte, e cuja actividade se desenvolve fundamentalmente em zonas irrigadas, estão registados 257 regadios, de diversos tipos, ocupando uma área total de 118.120 Ha, dos quais apenas 34% se encontram operacionais e em exploração.

Se bem que não foi possível apurar a população activa a operar nesta área, estima-se, todavia, que esta actividade possa envolver cerca de 500.000 famílias.

No caso dos produtos hortícolas para consumo humano, a rede comercial organizada é quase inexistente, imperando a economia informal. As explorações encontram-se localizadas nas zonas próximas dos principais

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centros de consumo – Maputo, Beira, Chimoio, Nampula – para onde é canalizada a quase totalidade da produção.

Relativamente ao sector frutícola, existem já algumas empresas devidamente organizadas e de diferentes dimensões em termos da área explorada, que produzem basicamente para o mercado externo.

Em termos de financiamento, a agricultura tem vindo a perder sucessivamente peso relativo, representando em 2012 menos de 6% do financiamento total à economia, contra cerca de 14% em 2001.

Uma estimativa feita a partir da informação disponibilizada pelo Banco Central, aponta para que o sector da horticultura não represente, em média, mais de 20% do crédito atribuído à agricultura é centra-se em mais de 90% em produtores emergentes e comerciais.

Neste sector de actividade, existem actualmente em Moçambique menos de 20 empresas comerciais a operar, destacando-se na zona de Maputo – designadamente, Citrum (Citrinos, Bananas, Papaia), Bananalândia (Bananas), Libombos Macadamia (Bananas e Macadamia), J. Spears (Bananas), Horta-Boa (Batata Reno, Tomate, Cebola, outras); na área de Gaza, a Jacaranda (Batata, Banana), a AFC (Banana orgânica); na área de Inhambane, a Mozambique Organics (baby corn, piri-piri)na área de Manica – Companhia de Vanduzi (Chillies, Baby Corn e grande variedade de vegetais para mercado interno), Metuchira Banana Products (Bananas), RDI (Batata); na área de Zambézia ONÇA (Paprika); na área de Nampula a Matanusca (Banana). Com excepção da Citrum, todas as empresas são de capital maioritária ou totalmente externo, principalmente proveniente da África do Sul e Portugal (área de Maputo) ou do Zimbabwe (área de Manica), e a maioria são exportadoras.

Conforme já referido a produção é dominada pelo sector familiar que, durante a época seca, encontra nesta cadeia de valor a oportunidade (já com a Auto-suficiência alimentar assegurada) de produzir para autoconsumo mas também para realizar algum rendimento.

Verifica-se no entanto que com a maior exigência do mercado interno, devida a uma maior informação do cliente e da sofisticação da rede de distribuição (nomeadamente o Shoprite no Chimoio e na Beira) e devida à procura do mercado externo, o sector comercial começou a investir mais nesta cadeia de valor.

Também a chegada à Província em 2002/2003 de empresários e mão-de-obra qualificada oriunda do Zimbabué, permitiu um desenvolvimento maior destas CV.

Segundo o “Estudo Preliminar do PADR – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural”, repare-se que entre as 197 empresas entrevistadas em 2009-10, nas duas Províncias de Manica e Sofala, 46 e 32 (existe sobreposição com outras culturas e entre estas sub cadeias de valor) em Manica responderam que produzem Hortícolas e Frutas respectivamente, e em Sofala pela mesma ordem, 39 e 27 empresas.

A nível distrital existe uma maior concentração em Gondola , Manica e Gorongosa.

Empresas hortofrutícolas por Distrito

Manica Total

Cadeias de Valor Báruè Chimoio Gondola Manica Sussendenga

Hortícolas 5 7 11 16 7 46 Frutícola 4 4 12 8 4 32

Sofala Total

Cadeias de Valor Beira Chibabava Dond Gorongos Nhamatanda

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o a

Hortícolas 6 5 8 17 3 39 Frutícolas 4 11 1 9 2 27

Quanto aos produtos produzidos, denota-se entre as empresas entrevistadas e em conformidade com os documentos de estratégia sectorial do GdM, uma maior frequência em Sofala do ananás, em Manica de banana, lichies, manga e repolho; batata reno e tomate estão bastante próximos da média.

Especialização das Empresas por Produto nas duas províncias

Produtos Nº Empresas ( % )

Manica Sofala Manica Sofala

Ananás 5 12 29.41% 70.59%

Banana 13 5 72.22% 27.78%

Batata Reno 14 14 50.00% 50.00%

Lichies 13 4 76.47% 23.53%

Manga 12 1 92.31% 7.69%

Repolho 26 18 59.09% 40.91%

Tomate 27 23 54.00% 46.00%

Estas culturas são mão-de-obra intensivas quer na produção como no processamento.

6. PROCESSAMENTO11

Quanto ao processamento em termos de unidades de limpeza, selecção e conservação apenas existem as instalações da Companhia do Vanduzi, que no que diz respeito à conservação usa parcialmente as antigas instalações da Cooperativa da Batata no Chimoio, que eram geridas pela CABAM.

A Metuchira Banana Products (Bananas) também tem instalações, mas a equipa não teve acesso a informações concretas. O mesmo aconteceu com a empresa produtora e exportadora de Manga para a África do Sul em Dombe e de Lichies para a África do Sul e Europa, que com certeza terão equipamentos e câmaras de armazenamento.

Existem ainda equipamentos diversos de processamento de frutas instalados nas duas Províncias que processam frutas secas (na Beira), concentrados e sumos de fruta (na Beira abriu uma nova para a produção de “polpa de manga” e fechou por falta de matéria-prima).

A Fábrica de Licores de Moçambique, instalada em Manica é um exemplo de auto-sustentabilidade, que também processa outros derivados da fruta.

Recentemente foi instalada a fábrica de processamento de tomate de TICA e algumas empresas de Catering ou de Distribuição Moderna começaram a instalar pequenas unidade de processamento primário (ver capítulos seguintes).

11 Fonte: “Estudo Preliminar do PADR, 2009-10”

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M OÇAM BIQ UE 27

7. MODELOS ORGANIZATIVOS

Nesta cadeia de valor é conhecida apenas uma experiência de sucesso, o caso da Companhia de Vanduzi que desde o começo tem feito contratos de outgrowing com o sector comercial.

A CABAM, Cooperativa de Produtores de Batata de Moçambique, funcionou como empresa gestora das instalações frigoríficas do Estado durante bastantes anos, mas acabou por perder essa gestão aparentemente por não ser auto-sustentável devido à escassez de matéria-prima.

8. FLUXOS ECONÓMICOS (BENS E SERVIÇOS):

Na cadeia de valor dos Hortofrutícolas é particularmente difícil obter informação económico-financeira por se tratar de um sector muito informal, que até há pouco não tinha empresas formais a actuarem quer no processamento como na produção.

Os estudos a que a equipa teve acesso também não têm informação financeira, excepto análises de custos unitários, seu peso relativo, margens, etc..

VI. PRODUTOS HORTÍCOLAS COM MERCADO NO CORREDOR NA BEIRA

Das visitas e entrevistas realizadas identificou-se até à data a seguinte lista de produtos hortícolas comercializadas no Corredor da Beira e sua origem em termos de produção:

Produto Origem

Alho Angónia/RSA

Batata pequena Afri.Sul

Batata Nacional n.d.

Cebola pequena Afri-Sul

Cebola média Afri-Sul

Cenoura Zimbabwe

Couve Manica

Feijão Verde Zimbabwe

Pepino Tica

Repolho Gorongosa

Tomate Cala J Afri-Sul

Tomate lindo Angonia

Couve-flor Manica

Batata Nacional G.&Vanduzi

Repolho Zimbabwe

Tomate small Afri-Sul

Tomate lindo Afri-sul

Couve-flor Zimbabwe

Abóbora Afri-Sul

Melão Afri-Sul

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M OÇAM BIQ UE 28

Manga Maca Manica

Alface Pac Afri-Sul

Pepino Comprido n.d.

Limão Loise Tica

Batata Nacional Gorongosa

Couve Manica

Pepino Zimbabwe

Repolho Afri-Sul

Tomate Roma Afri-Sul

Couve flor Manica/Zim

Abóbora n.d.

Melancia n.d.

Melão n.d.

Maca Verde n.d.

Maca Vermelha n.d.

Morango n.d.

Pêra n.d.

Laranja n.d.

Pimento (div.cores) n.d.

Abóbora Chimoio

Abóborinha Zimbabwe

Alface Angónia

Alho Normal Angónia

Alho Zambiano Zâmbia

Batata Branca Angónia

Batata Escura Angónia

Batata Vermelha Angónia

Beterraba Vanduzi

Beringela Angó/Malawi

Cebola Branca Maputo

Cenoura Angónia

Couve Angónia

Feijão Verde Chimoio

Gengibre Manica

Melancia Chim/Zobue

Pera Abacate Zobue

Pimento Angónia

Pepino Comprido Angónia

Pepino Grosso Zobue

Repolho Angónia

Tomate Angónia

Manga Angónia

Banana Chimoio

Piri-Piri, Malaguetas Vanduzi

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M OÇAM BIQ UE 29

Baby Corn Vanduzi

Couve de Bruxelas Vanduzi

Couve Chinesa Vanduzi

Patty Pans (div.cores) Vanduzi

Cogumels Vanduzi

Tomate Cherry Vanduzi

Espinafres Vanduzi

Milho Doce Vanduzi

Melão Vanduzi

Ananás Vanduzi

Uvas Vanduzi

Couve Vermelha Vanduzi

Abacate Vanduzi

POTENCIAIS PRODUTOS DE NICHO: Tete: ervilhas, courgete, aipo, pimentão vermelho e amarelo, alho, melância, bróculos, couve-flor e alface iceberg; Sofala: Pepino, morango, melância, couve flor, bróculos

VII. MERCADOS E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO NO CORREDOR NA BEIRA

No Corredor da Beira identificaram-se os seguintes mercados e canais de distribuição:

Mercados Informais mais relevantes (Grossista e retalhista): Maquinino (Beira) que tem 2 contentores

frigoríficos; Catanga (Chimoio); Kwachena (Tete);

Lojas médias e Supermercados

Loja a retalho especializada em hortícolas frescos: “BE-Fresh” na Beira

Shoprite (Beira, Chimoio, Tete)

Empresas de Catering: Beira e Tete (ver capítulos seguintes)

Vanduzi: Produção e venda a grosso a lojas e empresas de catering, além de exportação

Mercado Grossista de Caia-Marromeu-Cheringoma

Catering: Beira e Tete

Hotéis e restaurantes

Fábrica de Processamento de Tomate em Tica (Nhamatanda) e Câmaras Frigoríficas

Fábrica de Sumos de Fruta em Manica

Fábrica de Licores de Fruta na Beira.

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M OÇAM BIQ UE 30

VIII. PREÇOS DE HORTÍCOLAS POR CANAL DE DISTRIBUIÇÃO E SUA SAZONALIDADE

Preços de hortícolas por canal de distribuição

Preço das Hortícolas ao Produtor (Fev.2014)

PRODUTO

CIDADES (Preços/Kg) Preço Médio

% Beira Chimoio Tete

Produtor Produtor Produtor

Batata Reno Nacional 10.00 10.00 0.00

Batata Reno Importado 0.00 0.00

Tomate Nacional 12.50 5.00 12.50 10.00 0.33

Tomate Importado 0.00 0.00

Cebola Nacional 15.00 25.00 20.00 0.50

Cebola Importado 25.00 20.00 40.00 28.33 0.33

Batata Small 18.00 16.00 17.00 0.50

Batata Lilage 18.00 16.00 17.00 0.50

Batata Branca 42.86 42.86 0.00

Batata Escura 35.71 35.71 0.00

Batata Vermelha 35.71 35.71 0.00

Cenoura 37.50 25.00 40.00 34.17 0.33

Couve-Flor 35.00 35.00 0.00

Couve 30.00 15.00 22.50 0.50

Feijão-verde 20.00 15.00 35.00 23.33 0.33

Pepino 20.00 5.00 5.00 10.00 0.33

Repolho* 3.00 5.00 4.75 4.25 0.33

Tomate Calo jota 15.00 15.00 0.00

Melancia* 5.00 50.00 27.50 0.50

Abobora* 3.00 25.00 14.00 0.50

Aboborinha 20.00 20.00 1.00

Beterraba 10.00 50.00 30.00 0.50

Manga* 3.00 3.00 0.00

Alface* 0.00 0.00

Alho Nacional 47.50 50.00 48.75 0.50

Alho Importado 70.00 70.00 0.00

Beringela 25.00 25.00 0.00

Gengibre 50.00 50.00 0.00

* Os preços são por unidade.

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 31

Analisando o preço das hortícolas ao produtor, nas 3 cidades, nomeadamente, Beira, Manica e Tete, mostram uma tendência oscilatória, sendo mais elevados na Beira e Tete, atingindo os máximos de 47.50Mt/ Kg de Alho Nacional na Beira e 70,00Mt/Kg do Alho Importado em Tete. A variação dos preços entre as três cidades ronda entre 33% a 50% na maioria dos produtos. Nota-se que os preços são ligeiramente baixos na cidade de Chimoio, sendo o caso de Tomate que na Beira e Tete, o preço é de 12.50Mt o quilo e em Chimoio custa 5.00Mt/Kg. A Cebola importada na cidade da Beira, o quilo está 25Mt, 15Mt/Kg em Chimoio e 40Mt/Kg em Tete. O Feijão-verde em Chimoio o preço fixou-se em 15.00Mt/Kg, Beira e Tete está a 20Mt/Kg e 35Mt/Kg, respectivamente.

Preços das Hortícolas no Grossista(Fev.2014)

PRODUTO

CIDADES (Preço/Kg) Preço Médio

% BEIRA MANICA TETE

Grossista Grossista Grossista

Batata Reno Nacional 26.67 20.00 23.34 0.5

Batata Reno Importado 29.00 29.00 0.0

Tomate Nacional 15.00 11.50 25.00 17.17 0.3

Tomate Importado

0.0

Cebola Nacional 35.00 25.00 40.00 33.33 0.3

Cebola Importado 40.00 30.00 50.00 40.00 0.3

Batata Small 25.00 23.50 24.25 0.5

Batata Lilage 25.00 23.50 24.25 0.5

Batata Branca 120.00

0.0

Batata Escura 90.00

0.0

Batata Vermelha 90.00

0.0

Cenoura 80.00 50.00 80.00 70.00 0.3

Couve-Flor 45.00

0.0

Couve 40.00 25.00 32.50 0.5

Feijão Verde 30.00 25.00 50.00 35.00 0.3

Pepino 30.00 10.00 7.00 15.67 0.3

Repolho* 10.00 10.00 10.00 10.00 0.3

Tomate Calo jota 20.00

0.0

Melancia* 10.00 125.00 67.50 0.5

Abobora* 10.00 50.00 30.00 0.5

Aboborinha 30.00

0.0

Beterraba 18.00 120.00 69.00 0.5

Manga* 6.00

0.0

Alface*

0.0

Alho Nacional 80.00 80.00 80.00 0.0

Alho Importado 100.00

0.0

Beringela 50.00

0.0

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M OÇAM BIQ UE 32

Gengibre 150.00

0.0

* Os preços são por unidade.

De igual modo ao preço do produtor, a variação dos preços no mercado grossista, nas cidades em análise, fixa-se também em 30 a 50%, sendo o maior destaque para a cidade de Tete que grande parte das hortícolas, oscilam entre 150Mt e 7Mt/Kg. O preço mais alto é de Gengibre, 150Mt/Kg, seguido de Melancia e Batata Branca, a 125Mt e 120/Kg. Na Beira, o preço mais alto é de 80Mt/Kg de Alho Nacional e Cenoura, seguido de Couve-flor a 45Mt/Kg, Couve e Cebola Importada a 40Mt/Kg. Em Chimoio o mais alto preço é da Couve, a 50Mt/Kg, seguido de Cebola Importada a 30Mt/Kg e Feijão-verde a 25Mt/Kg.

Preço das Hortícolas no Mercado Retalhista(Fev.2014)

PRODUTO

CIDADE (Preço/Kg) Preço Médio

% BEIRA MANICA TETE

Retalhista Retalhista Retalhista

Gengibre 167.50 0.00

Alho Importado 135.00 150.00 142.50 0.50

Beterraba 35.00 150.00 92.50 0.50

Batata Branca 150.00 0.00

Batata Escura 120.00 0.00

Batata Vermelha 120.00 0.00

Alho Nacional 85.00 110.00 97.50 0.50

Cenoura 90.00 70.00 100.00 86.67 0.33

Beringela 90.00 0.00

Couve-Flor 65.00 0.00

Cebola Importado 49.00 40.00 80.00 56.33 0.33

Couve 60.00 40.00 50.00 0.50

Feijão Verde 60.00 35.00 65.00 53.33 0.33

Aboborinha 60.00 0.00

Cebola Nacional 40.00 35.00 45.00 40.00 0.33

Batata Small 35.00 35.00 35.00 0.50

Batata Lilage 35.00 35.00 35.00 0.50

Tomate Nacional 35.00 27.50 45.00 35.83 0.33

Batata Reno Nacional 28.00 28.00 0.00

Pepino 35.00 20.00 16.25 23.75 0.33

Abobora* 60.00 20.00 60.00 46.67 0.33

Repolho* 37.50 20.00 17.50 25.00 0.33

Tomate Importado 37.50 37.50 0.00

Tomate Calo jota 37.50 0.00

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M OÇAM BIQ UE 33

Melancia* 60.00 25.00 175.00 86.67 0.33

Manga* 50.00 10.00 30.00 0.50

Alface* 80.00 0.00

Batata Reno Importado 0.00

* Os precos sao por unidade.

Os preços no mercado retalhista, estão estruturados da seguinte forma, em Tete, os preços são altos, atingindo 165Mt/Kg de Gengibre, seguido de Alho Importado, Beterraba e Batata Branca, todas a 120Mt/Kg, decrescendo. O preço mínimo nas hortícolas é de 16.25Mt/Kg de Pepino. A Abobora, Repolho e Melancia, o preço por unidade é de 60Mt, 17.50Mt e 175.00Mt, respectivamente. Em Chimoio, com preços relativamente baixos em comparação com as outras duas cidades centrais, Tete e Beira, os preços variam de 70Mt a 20Mt por Quilo. A cebola importada, o quilo está a 40Mt/Kg em Chimoio, 49Mt na Beira e 80Mt em Tete. A cebola nacional o custo é de 40Mt, 35Mt e 45Mt, na Beira, Chimoio e Tete, respectivamente. Na Beira, o preço mais alto é da Cebola Importada sendo 135Mt/Kg, seguido de Cenoura a 90Mt/Kg e Alho Nacional a 85Mt.

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M OÇAM BIQ UE 34

Sazonalidade dos Preços de hortícolas nos Mercados Retalhistas

De forma intuitiva pode retirar-se dos gráficos seguintes os níveis de preços e a sua oscilação nos mercados monitorizados pelo SIMA (mercados informais e lojas comercias de retalho):

Preço de Hortícolas a Nível do Mercado retalhista (Mt/Kg)

BEIRA

22

24

26

28

30

32

04

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Batata Reno Nac.

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Batata Reno Imp.

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Repolho

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Cebola

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Cenoura

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M OÇAM BIQ UE 35

NHAMATANDA

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Cenoura

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M OÇAM BIQ UE 36

GORONGOSA

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 37

CHIMOIO

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Cenoura

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 38

MANICA (Vila)

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M OÇAM BIQ UE 39

TETE (Cidade)

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M OÇAM BIQ UE 40

ANGÓNIA

ANÁLISE DOS PREÇOS AO LONGO DO CORREDOR DA BEIRA:

Verifica-se ao longo de todo o corredor uma sazonalidade marcante de subida de preços nos meses de Dezembro e Janeiro, menos acentuada na Cidade de Tete e Angónia;

Os preços da batata reno são mais baixos em Tete e Angónia e tendencialmente nos restantes produtos;

Falha em diversos mercados mais rurais de abastecimento de cenoura e outros produtos;

Preços nos mercados mais rurais com alguma tendência para serem superiores aos das maiores cidades.

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M OÇAM BIQ UE 41

IX. EMPRESAS RELEVANTES NA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS NO CORREDOR DA BEIRA

POTENCIAL PRODUÇÃO POR CONTRATO

Na tabela seguinte apresenta-se a lista de empresas mais relevantes na cadeia de valor de hortícolas no Corredor da Beira (não sendo exaustiva), não incluídas as empresas de distribuição a retalho.

Cd

Organização/ Empresa

culturas/ produtos

Província/ Localização

Tipo de actividade Contactos Notas

INFLUENTES NO CORREDOR DA BEIRA

1

Vanduzi/ Mozfood

piri piri, babycorn, vegetais

Vanduzi, Manica, Moçambique, Estrada Nacional no 7, PO Box 433

agricultura comercial e agro-industria

Carlos Henriques (CEO), 82.3000710 [email protected],

Malcolm Austin General Manager Companhia de Vanduzi SA Tel: (+258) 25 122754 Mob: (+258) 84 3103001, www.mozfoods.com

2 SEMOC Chimoio, Mancia

3 MozFer Gondola, Manica

Fabrico de fertilizantes

4 Mozseeds Vanduzi, Manica

Investigação, Multiplicação e distribuição de sementes, incluído hortícolas

5

LUSOSEM Moçambique

Sede em Maputo

Distribuição de Sementes, incluindo hortícolas, agro-químicos. Ana Sofia Rodrigues

6 Agrifocus

7 PANNAR

8

Green Belt fertilizantes de Mocambique

Manga, cidade da Beira (Sofala),.

Fabrico de fertilizantes

director John

Christle-Smith

(Porky), tel

82.8096106porky.cs

[email protected].

mz,

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 42

PROVÍNCIA DE SOFALA

10

Munguambe e Filhos Beira

Loja de insumos e distribuição na província de Sofala

11 Be-Fresh Vegetais e frutas

Manga, Beira

Comércio e pre-processamento

Sr. António Martins, email - antó[email protected]

12 SSS Catering

Significant Site Services (SSS), Dra. Salma Mussa 84.7539787; [email protected] (director Mocambique) Chirs Meyer [email protected] (director South Africa)

PROVÍNCIA DE MANICA

13 Phoenix

principalmente cereais e leguminosas Manica

agricultura comercial

Kevin Gifford, Manager, 82.6867529, [email protected]

14

Trans Tembwe Farm Milho e Gado

Chimoio, Manica: Matsinho_Antenas 12km

agricultura comercial e criacao de gado

BILL CRESSWELL, [email protected],

15 AusMoz Fruteiras Manica agricultura comercial 843055727

16

FruitiManica, Lda.

Banana, Litchi, Manga

Penhalonga 10 km de Manica

agricultura comercial

ISSUFO VALY, 825011340, 82.5094110, 86.2818630

a espera de financiamento de AgdevCo para produção de batatas e tomate

17 Agrisa Litchi e banana Manica agricultura comercial

Malcomm clyde wiggings, 825094110,842042990,[email protected]

18

Semente Nzarayapera

fruta e campos de ensaio varietal de batata para producao de semente

Catandica, Barue, Manica

agricultura comercial

Peter Waziway, 82. 5713699

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M OÇAM BIQ UE 43

19 MacsinMoz

Fruta: Macadamia, Citrinos, Abacate e BATATA

Camba, Sussundenga, Manica

Agricultura comercial

CHRISTO BREYTENBACH, 825662839,823435169, [email protected]

20

RDI_Monthi Hunter

Manga, litchi, abacate e ananas

Sussundenga, Manica

Agricultura comercial

MONTHI HUNTER 82.5095480, [email protected]

21

Montesco Limitada

Batata reno e batata semente de batata com sistema de frio adequado

Barue Serra Choa, Manica

Agricultura comercial

Monthi Hunter, 82.5095480

A companhia West life sul Africana garante grande parte da comercializacao dos produtos.

22 Konade Horticultura

ao lado do ISPM Chimoio, Manica

Agricultura comercial Kota benade, 82.747363

promove actividades e estagio para os estudantes do ISPM, na area de produção de hortícolas.

23 Lucite_fruta Fruticultura Manica Agricultura comercial

GASPAR Pascoal, 825795130,[email protected]

24

Ago Pecuária Pegacho,

Hortícolas e batata, animal e derivados Manica

Agricultura comercial

Ilda PEGACHO. 825955440

a empresa pretende construir camara de frio mas esta condicionada a fundos e instalação de energia eléctrica.

25 Panda Farm Principalmente fruta e feijões. Manica

Agricultura comercial

Lukmann HASSAM, Mafuia group, 825098000,[email protected]

26 Gani_EL fruteiras (mangueiras)

Dombe, Manica

Agricultura comercial Jac SMIT, 843200660

27 AgroMaco

Producao de fejao preto e outras horticulas

Sussundenga, entrada via chicamba, Manica

agricultura comercial

Samuel Guisado, 82.5012010

fejao preto e’ destinado principalmente ao mercados dos consumidores brasilerios em Moz,

28

Farma luz do sol fruteiras

Barue, Manica

agricultura comercial

82.9268316, dono Sul africanos

29

Lopes Quitchine fruteiras (litchi) Manica

agricultura comercial 82,597781

30

Unidade de producao gecua fruteiras Manica

agricultura comercial Sr.Mabatana, 82.3841878

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 44

31

Empresa de fruta Pedro Paulino

fruteiras (mangueiras) Manica

agricultura comercial

Pedro Paulino Dombe, 82.5013390, fruteiras/manga

32

Sociedade Agostinho Filipolis fruteiras Manica

agricultura comercial 82.9909204/82.3215800

33

CZ – Companhia de Zembe Hortícolas

Zembe, Gondola-Manica

Agricultura comercial, distribuição de insumos e sistemas de irrigação (iDE)

34 n.d. n.d. n.d. n.d. SHAWNE BOTHA

35 n.d. n.d. n.d. n.d. GLEN MORGAN

36 n.d. n.d. n.d. n.d. ROMANO

37 n.d. n.d. n.d. n.d. PETER TOMPSON

PROVÍNCIA DE TETE

38

Farm Fresh_ Hortícolas TETE

catering_agroprocessamento

Shaun cafood, 84.4957103

39

Vazal Logistics Hortícolas TETE

catering_agroprocessamento

Brian Mukaira 843617857 email: [email protected].

40 ISC Hortícolas TETE Catering da Vale

Paula Marques

82.3076535,

paula.marques@vale.

com

Não utiliza nenhuns produtos importados. Pretende que exista maior diversidade de produtos produzidos localmente.

41 SERVICO n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

Lista de potenciais empresas já instaladas para desenvolver esquemas de outgrower com associações de camponeses e/ou individualmente com produtores emergentes, no sector de hortofrutícula ao longo do corredor da Beira:

Vanduzi

Be-Fresh

SSS

Farm Fresh

VAZAL Logistics

ISC

Fábrica de Tomate e Refrigeração de Tica

ISC

SERVICO.

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X. CARACTERIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

Neste capítulo será apresentada a composição dos produtores por província, sua caracterização e organização. Em termos de número de explorações agro-pecuárias verifica-se que no Corredor da Beira se situam cerda de 48% do total de explorações de média dimensão (4 a 10 ha; ou mais de 10 cabeças de bovinos), quando o Corredor representa cerca de 24% do total de explorações agro-pecuárias do país. Também em termos de número de “grandes” explorações o Corredor situa-se ligeiramente acima da média.

Explorações Agro-Pecuárias (Nº) - 2008

Província Pequenas Médias Grandes Total

Sofala 269.576 1.595 80 271.251

99,4% 0,6% 0,0% 100%

Manica 262.692 2.744 53 265.489

98,9% 1,0% 0,0% 100,0%

Tete 367.977 8.064 96 376.137

97,8% 2,1% 0,0% 100,0%

Total Corredor - 900.245 12.403 229 912.877

23,7% 48,3% 27,2% 23,8%

Total do País 3.801.259 25.654 841 3.827.754

Fonte: www.countrystat.org.mz

XI. CUSTOS DE PRODUÇÃO

Foram elaboradas e/ou adaptadas cartas tecnológicas e análises de rentabilidade por hectare, para os principais hortícolas produzidos procurados no corredor da Beira, as quais se apresentam em anexo. É de salientar que os pressupostos adoptados aplicam-se a produtores de pequena escala orientados ao mercado e produtores emergentes (e não a produtores comerciais) e a condições agro-climáticos e tipos de solos “médios” (a análise da rentabilidade para efeitos de decisão de investimento pelo produtor ou de concessão de crédito, deve ser aprofundada para a localização especifica, condições específicos do produtor e época do ano). Na tabela seguinte apresenta-se o resumo da informação financeira para 3 culturas de hortícolas:

Cultura Custo Produção

(MzN) Rendimento/há PV/Kg (MzN) Receita (MzN)

Lucro Liquido (*)

LL/RT

Feijão Verde 96.559,48 12.000 20,00 240.000,00 143.440,52 60%

Tomate 71.619,54 22.500 15,00 337.500,00 265.880,46 79%

Batata Reno 160.239,38 20.000 15,00 300.000,00 139.760,62 47% (*) – Só estão considerados juros nos custos do tomate (20%).

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XII. CUSTOS LOGÍSTICOS E OPERADORES

Relativamente aos custos logísticos, devem ser considerados os seguintes: Transporte Ferroviário (informação a completar) A Linha ferroviária de Machipande não é actualmente utilizada para transporte de hortícolas, mas foi usada no tempo colonial. A linha é constituída 50 apeadeiros ao longo de 317 Km, percorridos em cerca de 12 horas entre a cidade da Beira e Machipanda. Este número de apeadeiros potencia a movimentação de produtos agrícolas além de pessoas. Actualmente a frequência diária de comboios oscila entre 1 e 2, mas tem potencial para 3-4. Os CFM têm investimentos em curso para melhorar as carruagens e a longo prazo está planeado aumentar de 1 linha para 2 linhas, aumentando a velocidade de circulação. O tarifário actual (desde Abril 2014) por Tonelada no percurso Beira-Machipanda são 30,55USD. Transporte Rodoviário (informação a completar) Segundo informações de comerciantes/transportadores informais e formais (Befresh) entrevistados, foram apurados os seguintes custos de referência: Custo de transporte de hortícolas do mercado grossista de Zimpeto em Maputo até à Beira é de (cerca de 1.200 km):

4,00 mts/kg batata, cenoura, cebola

5,00 mts/kg tomate Custo de transporte (Na Zona centro por distancia ate' 400-500 km)

0,5 mts/kg cada –por 100 km Do momento não existe na ASTRO transportadoras de cargas especializadas para produtos agrários como

horticultura, fruticultura.

Lista de Transportadoras de carga da ASTRO (associação dos transportadores rodoviários de carga de Sofala

Empresa Endereço

1 Cadeia de Frio Mocambique, Lda Rua Ulterois Quionga- Munhava- tel. 23355050

2 FAZ, Lda EN6 - Chamba

3 Inter Global, Lda Rua Ernesto Vilhana

4 M F Transportes Rua de Estremaduras- Pioneiros

5 Sol e Mar, Lda Auto Estradas Pioneiros- Rua Algarves- 23323643/ 23320793

6 T. Abdul Magid Nizamudine Av. Armando Tivane

7 T. Alberto Argentino Elias Av. Martires de Revolucao

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8 T. Alberto Danhenhua Av. 24 de Julho -9 Bairro

9 T. Chun Liu EN6 Manga- Chamba

10 T. Express Trucking, Lda Av. Centro Comercial- Macuti

11 T. Faizal Abdul Gani Rua Rios de Sena

12 T. Jonas Mauricio Jone Vila Massane - Manga

13 T. Lossane Avelino Chemba

14 T. Mussa Ismail Sulemane Auto Estrada- Descida de Nhangao

15 Transir Logistics, Lda Av. General Vieira da Rocha

16 Transportes ACAI Pioneiros- Rua Algarves

17 Transportes Elson Rua Mouzinho de Alburquerques

18 Transportes Nobre Rua 14- Bairro da Manga

19 Unicargo Rua Costa Serrao, Bairro do Chaimite, tel. 23903247

NB.:

Estas transportadoras transportam produtos diferenciados.

XIII. CONSTATAÇÕES, OPORTUNIDADES, CONSTRANGIMENTOS ACTUAIS AO

DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS

O sector da horticultura ainda apresenta grandes constrangimentos com diversas oportunidades para futuros investimentos ao longo de toda a cadeia de valor.

No sector produtivo existem altas potencialidades de desenvolver modelo de produção tipo outgrower (subcontrato);

Mais de um Milhão de USD em de vegetais frescos são importados cada mês (fonte: dados dos agentes alfandegários), Setembro 2013.

A SEMOC, única uma fabrica/unidade de produção de semente de batata em funcionamento (em Téte encontra-se outra de menor dimensão em fase de instalação) apresenta imensas lacunas de gestão, e portanto as sementes são na sua maioria são importadas de vários países tal como, Holanda, RSA, Portugal entre outros.

Existe uma forte evidência de agro-negócios em investir na época quente com variedades melhoradas e tolerantes as altas temperaturas e humidade, e de diversificar os produtos tradicionais com novas culturas tais como pepino, beringela, rabanete, devido a demanda crescente por parte dos operadores do sector mineiros.

Câmaras frigoríficas instaladas no capital provincial de Sofala, com capacidades de conservar 40 m3 de vegetais, ainda não operacionais, mas que está previsto ter gestão privada.

A Instalação de estufas de sombreamento com sistema de rega, permite produzir plântulas e ter produção de vegetais durante a época quente mesmo praticando as culturas mais sensíveis (IAC, IIAM....), em particular nas zonas com temperaturas mais elevada tal como Nhamatanda, Tica e Beira.

A maioria das hortícolas continua a ser comercializada pelo sector informal e com ausência de processamento primário.

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O acesso ao crédito pelos produtores de pequena escala e produtores emergentes é praticamente inexistente no país e quando possível em geral as condições não são viáveis para os produtores.

Know-how e transferência de tecnologias é essencial para melhorar as produções de produtos de nichos e outros) e portanto é necessário identificar actores que possam garantir a devida assistência técnica de forma a aumentar a planear a produção ao longo do ano de forma continua e consistente, aumentar as produtividades e reduzir as percas por colheitas, e instruir sobre as formas de manuaseamento/embalagem.

utilizar as economias de escala de cooperativas/associações e a oportunidades de mercados oferecido pelo crescimento da industrias mineiras na provincial de tete, mas também no porto da Beira.

Com a excepção de Vanduzi (processamento de nível primário, em fresco), não existem agro-indústrias de hortícolas desenvolvidas a nível do centro do Pais.

Existem potencialidades de agro-indústria crescentes tal como produto fresco, batata (as produções ainda não são suficientes para satisfazer a demanda e a uma tendência populacional a crescer; O Governo da Província de Sofala, esta a financiar a construção de uma unidade agro-industrial no PA de Tica distrito de Nhamatanda, destinada a produção de polpa de tomate (ver detalhe nos capítulos seguintes)

O distritos de Angónia e Tsangano na Provincia de Tete, contribuem por mais de 70% da produção de batata no Pais, e seria interessante a realização de um estudo de viabilidade e verificar que é rentável e sustentável de desenvolver a agro-indústria de batata, cenoura, feijões e cebola.

Concentrar as acções nas empresas que queiram desenvolver modelos de outgrower tal como Vanduzi, Farm Fresh, Vazal, Fábrica de processamento de tomate de Tica (em fase de instalação) e focalizar as actividades de créditos aos actores que já possuem infra-estruturaras, organização, assistência técnica e viabilidade e acesso aos mercados.

RESUMO DOS CONSTRANGIMENTOS DO SECTOR FAMILIAR E ASSOCIAÇÕES DE CAMPONESES NA PRODUÇÃO DE HORTÍCOLAS NO CORREDOR DA BEIRA12

Código Factor chave Principais aspectos críticos para o sucesso da produção de

hortícolas

A Extensão

Os produtores de pequena escala, mesmo os orientados ao mercado e emergentes, utilizam na sua grande maioria práticas tradicionais de maneio agrícola, não estando preparados para a utilização de inputs/insumos adquiridos a crédito, por não conseguirem obter acréscimos de produtividade que compensem o investimento. Os serviços públicos de extensão são escassos (os da rede pública são cerca de um extensionista para mais de 3.800 produtores cada; e a rede privada de empresas concessionárias e ONG´s perfaz em média o mesmo número de extensionistas que o estado, cerca de 1.000 no País, baixando a média nacional para cerca de 1.900 produtores por extensionista). A rede de extensionistas das ONG´s não é estável por depender de financiamentos de programas de desenvolvimento cíclicos.

B Inputs/Insumos Os produtores têm dificuldades de ter acesso a credito, e quando

12 Listas de associações de produtores por província são apresentadas em anexo.

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conseguem os juros aplicados pelas instituições de finanças são altos, e isto dificulta a aquisição de inputs necessários para aumentar a produção e produtividade. Esta limitação e a falta de dinâmica geral dos fornecedores de insumos e tecnologias existentes no País, que procuram apenas satisfazer a procura dos concursos públicos e das grandes empresas concessionárias (Cana de açúcar, algodão e tabaco), fazem com que praticamente existam apenas lojas de insumos e tecnologias nas capitais de província. Os fornecedores de âmbito nacional estão aliás apenas presentes em Maputo, ou nalguns cados na Beira e Nampula. O Acesso a insumos e tecnologias é por isso também uma grande limitante à sua adopção pelos produtores.

C

Volumes/Fornecimento Regular/Qualidade

Os produtores têm dificuldades de abastecer regularmente os compradores, e portanto torna difícil oferecer um serviço de qualidade aos mercados exigentes. A produção apenas na 2ª época, o reduzido uso de insumos e irrigação e o não acesso a serviços de extensão faz com a que a produção seja reduzida e irregular.

D Preços

Os preços aplicados nos produtos moçambicanos são frequentemente mais elevados ou iguais (com menor qualidade) aos produtos importados do Zimbabwe e RSA.

E Sazonalidade A produção local de hortícolas decresce durante a época chuvosa se comparada com a época fria.

F Pesticidas

O uso de pesticidas de forma inapropriada e abusiva comporta resistência de pragas e doenças como também encarece os custos de produção e danos ambientais.

G Crédito

O empréstimo na área de hortícolas é considerado de alto risco, e os produtores tem fraco conhecimento de gestão de crédito para garantir o sucesso do reembolso.

H

Infra-estrutura e ambiente de agro-negócios

Falta de barragens e diques, estradas melhoradas e asfaltadas, pontes e pontecas, acesso a energia eléctrica, e políticas favoráveis não impulsionam o desenvolvimento da produção de hortícolas.

I Agro-ecologia

Apesar das condições agro-ecológicas favoráveis, a alta frequência de cheias durante a época chuvosa em muitos dos distritos maiores produtores de hortícolas provoca percas devastadoras e produções nulas.

J Cumprimento de contratos

Verifica-se em geral um muito baixo entendimento do significado dos contratos e a necessidade de serem respeitados, como forma de aumentar a confiança de potenciais empresas fomentadoras e das próprias instituições de crédito. Os baixos níveis de produtividade, a necessidade de aproveitar todas as oportunidades imediatas para aumentar a renda disponível para a família explicam parcialmente esta realidade (side selling).

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XIV. PROJECTOS ÂNCORA RELEVANTES PARA A CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS

Nos últimos anos têm-se instalado ou estão em fase de instalação diversos projectos que têm e terão impacte estruturante no sector agrícola e em particular na cadeia de valor dos hortícolas no Corredor da Beira. Apresenta-se a identificação destes projectos:

1. GERAL

VANDUZI: a empresa tem vindo a aumentar das vendas para o mercado nacional, nomeadamente a empresa de Catering de Tete, Beira e Pemba, necessitando assim a alargar a gama de produtos hortícolas produzidos. Esta estratégia de reduzir a dependência do mercado externo, levou a empresa em 2012 a contratar um estudo sobre oportunidades de reintroduzir ou expandir o recurso ao outgrowing. Questões de limitação de terras disponíveis, distribuição e redução do risco poderão levar a empresa a aumentar a produção por contrato.

Projecto agrícola da Portucel em Manica: Esta empresa tem em execução o plano para utilização de cerca de 20.000 para produção de alimentos em parceria com empresas privadas e comunidades dos distritos onde está implantada;

Parque Agro-Rural e Mercado Grossista em Caia: infra-estrutura de grande impacto na região estando logisticamente bem localizada entre Tete-Beira-Chimoio-Quelimane. Situação na EN 1, no triângulo entre Cheringoma, Marromeu e Caia. Na 1ª Fase são 10 hectares totalmente infra-estruturados para alugar a empresas agro-industriais e contará com alguns projectos âncora iniciais em regime de PPP, nomeadamente o denominado “Mercado Grossista de Caia”. Prevê-se processar e comercializar cerca de 10.000 Toneladas/ano de vegetais no prazo de 3 anos. O investimento pela ADVZ já iniciou a fase preparatória.

ECA: Empresa situada em Barrue, é participada pela AgDevCo e financiada pelo BAGC. Na corrente campanha abrangeu 2.200 pequenos produtores e tem perspectivas de expandir na próxima para 4.000 produtores. Tem promovido essencialmente a produção de milho (90%), e a soa e gergelim. A sua acção poderá ser estendida para culturas de 2ª época, nomeadamente hortícolas.

Fábricas de Arroz no Buzi e Dondo: Investimento chinês já em implementação que se prevê seguirá o modelo WAMBAO no Xai-Xia, alavancando know-how e rendas dos pequenos produtores, que ficarão assim melhor preparado para investir na produção de hortícolas na 2ª época.

2. EMPRESAS DE CATERING (ACTIVIDADE, MEIOS, PRODUTOS, MERCADOS)

SOFALA

“B-FRESH” A B-fresh é uma empresa que comercializa produtos de horto-fruta, peixe e frangos, recentemente constituída (Abril 2013), esta localizada no bairro Maquinino, Beira. Futuramente, pretende abrir sucursais em Tete e Nacala. Possui 12 trabalhadores, entre motoristas, trabalhadores da loja, marketing. Possui 2 camiões de 7 t e 13 t com contentor . A B-Fresh não faz processamento dos produtos hortícolas que adquire e vende os produtos frescos. A B-Fresh compra produtos com várias entidade de produção /comercialização como:

Horta-boa no distrito de Moamba (Batata e Cebola) MAPUTO

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Casa das frutas (Uvas e Pêra) BEIRA

Importação do Vizinho Zimbabwe (Morango, Melância, Laranja),

Sr. Raine B, sul africano com farma em Gorongosa, providenciava regularmente Tomate, Beterraba,

Cenoura, Pimento, mas actualmente não esta mais a produzir e, portanto a fornecer, pela tensão politico

militar que se vive naquele Ponto do Pais.

Vendedoras informais que trabalham no mercado do Maquinino principalmente na época de fresca e de

pico, providenciam diversos produtos principalmente, tomate, pimento e repolho, proveniente de vários

pontos: Chimoio, Gorongosa.

Sr. Cau Ckinton fornece exclusivamente alho de proveniência da China;

B-Fresh não tem contrato de compra e venda mas apenas forma de parceria e entendimento verbal. Principais culturas de nicho de hortícolas vendidas: PEPINO Evidenciou a experiencia negativa sobre a sua produção de “PEPINO”. Em prática, segundo a sua recente experiencia, o mercado da Beira, nao conseguia consumir (ou com muita dificuldade) os 500 kg de pepino que ele providenciava por dia, na qualidade de produtor/vendedor grossista. Mencionou que do ponto de vista da produção não encontrou dificuldades em termos de adaptabilidade e rendimento, mas que o no de estrangulamento foi a fraca demanda de mercado da Beira, e que claramente desincentiva a produção em larga escala. MORANGO O principal fornecedor de morango é o Zimbabwe, mas a distância e o tempo que leva o produto para chegar no mercado da Beira, já se apresentar na fase final de conservação. Portanto, se ele não consegue vender em 2 dias o produto é perdido. Por isto, não opta pela comercialização do morango. Portanto, as quantidade adquiridas por semana são irrisórias se comparadas aos outros produtos; Em particular lamentavas as condições de viabilidade (estradas cheia de buracos) que provocam percas da qualidade dos produtos transportados e aos próprios meios. Em particular, evidência que estaria interessado na compra de morango numa localidade vizinha mas para tal é necessário que os produtores tenham condições infra-estruturais (estufas e sistemas de rega) para produzir um produto de qualidade e regularmente. MELÂNCIA O caso da Melancia, é mais promissor sendo que consegue vender ate’ 1 tonelada por dia durante a época quente fornecendo directamente a Shoprite e 200 kg vende ao publico directamente no próprio estabelecimento. Também a sua experiência privada na qualidade de produtor constatou que a “Melancia” é uma cultura pouco exigente em termos de tratamentos culturais e relativamente fácil transportar. Entre outras experiencia pilotos de produção/venda de “hortícolas de nicho” conta com a Beringela, Rabanete, mas nao foram bem sucedidas por falta de um mercado atractivo. Por outro lado, encorajou a produção no corredor da Beira, dos produtos hortícolas “tradicionais” tal como Batata, Cebola, Tomate, Cenoura, Feijões e Repolho, embora não negou as dificuldades em termos de produção e produtividades para um farmeiro (médio empresário), mencionados entre os principais problemas, a fraca qualidade de semente (sobre tudo batata), gestão dos recursos humanos, alta custos de produção (se não tiver energia eléctrica a alimentar o sistema de rega), sistema de conservação, e mais de todos Roubos.

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Hoje em dia, os produtores locais não conseguem garantir um produto de qualidade e regularmente e, por isto, os grossistas/comerciantes de horto-fruta, recorrem principalmente a produtores/comerciantes zimbabweano que providenciam a mercadoria com leve flutuações de preços, alta qualidade e periodicamente. Ainda, os mercados locais são muito especulativo e fica difícil estipular acordos/ou contractos de compra-venda, coisa que não acontece com os fornecedores zimbabweanos. A titulo de exemplo, os fornecedores zimbabweanos fornecem semanalmente 2 t de feijões. Estima-se empiricamente que a quantidade media de batata consumida no mercado da Beira é estimada por 100 t/week, e a de Tomate 210 t/week A Be-Fresh, informou ainda que pela determinação do preço de venda tem em conta principalmente os preços de mercado de Zimpeto/Maputo, mas também os mercados principais da Beira/maquinio. Importante considerar que o frete para transportar os produtos hortícolas (ex.batata, cenoura,cebola) é de 4 mts/kg e que no caso de tomate é 5mts.

“SSS - SIGNIFICANT SITE SERVICES Catering Services” A “SSS” é a única empresa formal de catering que esta baseada na Beira, com escritórios e uma cozinha no bairro da Ponta Gea, a oferecer serviços de catering. Oferecem principalmente serviços de refeições (pequeno almoco, almoco e jantar) aos trabalhadores da empresa CORNELDER que operam no Porto da Beira. Actualmente, servem 600 trabalhadores com 2 refeições por dia: almoco e jantar. Indicativamente, duranta a última semana, que precede a entrevista, utilizaram as seguintes quantidades de vegetais e fruta: Repolho 200kg; Cenoura 70kg; Cebola 116 kg; Laranja 323 kg; maçã 3.800 Unidades (11.mts x Un. Importadas da RSA) O Gasto por dia (2 refeições) Pepino 25-30 kg; Abóbora 40-50 kg; Alface ou Repolho 40 kg/por dia; cenoura 25 kg. O aprovisionamento dos produtos horto-fruta é feito através um intermediário local que tem os contactos directo com os produtores e/ou fornecedores. SSS, mostrou interesse em ter ligações directas com pequenos produtores da zonas verdes desde que possam

servir regularmente a quantidade crítica de produtos horto-fruta necessárias para satisfazer a demanda das

refeições.

A SSS reclama a dificuldade em encontrar no Mercado local e a um preço acessível e quantidade suficiente e

regulares, beterraba, beringela, pepino, pimento, nabo, rabanete, feijão verde.

Frisa que a abertura da “caixa 13” do porto da Beira, previsto no primeiro semestre do 2014, irá triplicar a demanda

de refeições e portanto de produtos hortícolas.

Relativamente às potencialidade de desenvolver a cadeia de valor de melancia para o sector de catering, a empresa

diz que se trata de alimentos difíceis para ser utilizados em catering, sendo que os consumidores habituais dos

refeitórios (trabalhadores) tem pouco tempo a disposição, e alem preferem “fruta tradicionais”.

TETE “VAZAL LOGISTICS” As instalações de Compras / Armazenamento e Distribuição de hortícolas da Vazal, está situado atrás “Major Drilling”, e está aberto de segunda a sexta-feira 8,00-16,00 e manhãs de

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sábado 8,00-13,00. Oferece suporte ao negócio de exploração mineira. Sob a marca "Caldo Verde", Vazal fornece frutas e legumes para encher o produto fresco vazio em Tete, que ele também precisa de cumprir os seus contratos de gestão do acampamento. Vazal Logística atualmente importa a maior parte de nossa produção da África do Sul, uma ou duas vezes por mês, e do Zimbabwe, mas 85% da produção é proveniente de Vanduzi (pimento vermelho e amarelo, repolho, brócolo, couve-flor, batata, ervilha, etc ). No mercado de Tete, Kwatchena, geralmente eles compram, alho, pimentão, repolho, alface pequeno, squash, tomate. Vazal logística tem a maior, sempre bom, variedade de frutas e legumes em Tete, com tudo de kiwi com morangos e brócolis para cogumelos. E durante o verão, a vontade gama de produtos incluem vegetais mais exóticos e ervas. Na verdade, o que temos observado durante a visita foram uma grande variedades de produção. Vazal está fornecendo vegetais aos trabalhadores de três empresas de perfuração trabalhando no setor de mineração de Moatize. Os volumes de vegetais comercializadas semanalmente declarados é uma gama de 5,000-10,000 kg de produto vegetais por semana. De qualquer forma, parece estar muito interessada em parceria e pela produção por contrato. Segundo a empresa, sugere-se a promover a nível local, onde é ago ecologicamente possível, ervilhas, curgete, aipo, pimentão amarelo e vermelho, alho, melancia, brócolo, couve-flor e alface * É desejado para comprar mais produtos localmente, com o envolvimento de pequenos agricultores nas províncias de Tete. (*) Os agricultores em Tete (e, geralmente, em Moçambique) usam para colheita da alface, quando ainda está em uma fase de crescimento, mas maduro o suficiente para ser vendido no mercado. Desta forma o agricultor evita roubos e tem um pagamento rápido; Mas, há um novo mercado crescente nicho que está exigindo “alface iceberg”.

“IS_CATERING VALE”

A Senhora Paula Marquez, se ocupa na organização logística e culinária para garantir as refeições aos trabalhadores da empresa “Vale de Moçambique” no distrito de Moatize. Alguns dados sobre as quantidades de hortícolas consumidas diariamente para as refeições desta empresa:

o couve – 150 kg ( crua), 200 kg ( cozida ou refogada) o tomate ( salada) – 200 kg o cebola ( tempero) – 60 kg o beringela ( salada cozida) – 150 kg o quiabo ( vegetais ou na salada cozinha – 130 kg o cenoura ( salada ralada ou cozinha) – 100 kg o pimentos verdes – 50 kg o pimentos vermelhos – 30 kg o alho – 5 kg o pepino – 70 a 80 kg o beterraba – 100 kg o alface - 100 kg o repolho (salada crua) – 100 a 120 kg o feijão verde (salada cozida) – 100 kg o Abobora ( cozida) – 130 kg

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Essas são as hortícolas que mais usam e também porque encontra-se facilmente no mercado moçambicano. Os principais fornecedores são: a) Rute da cidade de Tete, b) Fazenda de Moatize (tete); 3) Masvic (cidade de Tete) Frutas de Ouro ( cidade de Tete, só fruta e não hortícolas); A senhora Marques refere que nenhum produto é proveniente do Zimbabwe. Questionada sobre o consumo de melancia e morango, refere ser insignificante, tendo só servido uma vez no ano. O morango é interessante como produto mas é caro e portanto usam raramente, nomeadamente só como coffee break executivo. O pepino, por outro lado e’ consumido com frequência: 3/4 vezes por semana; A Senhora Marques, encoraja para que o BOM financie a produção das horticulas que a Vale mais consome e estudar formas de parcerias principalmente para a produção dos produtos mais consumidos tal como Tomate, cebola, cenoura, pepino, beterraba, alvo, couve repolho, alface e pimento verdes.

3. FÁBRICA DE PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DE TOMATE EM TICA

Empreendimento em fase inicial de construção uma unidade de agro-processamento, localizada no Posto Administrativo de Tica, Distrito de Nhamatanda. Este empreendimento esta a ser financiado pelo governo de Moçambique, e esta orçado por aproximadamente 500.000 usd (300.000 usd para a construção do o edifício principal e 200.000 usd para a aquisição dos equipamentos e acessórios). A Unidade fabril prevê uma parte dedicada ao processamento de tomate (polpa) e outra para o sistema de frio. A subunidade de agro-processamento terá uma capacidade de 1.5 – 2 t por dia de tomate em polpa. O sistema de frio de uma capacidade de 7.000 kg e garante uma conservação até 150-180 dias). A localização da fábrica no Posto Administrativo de Tica, justifica-se por ser estrategicamente bem localizada e com produtores com experiência na produção de hortícolas e tomate em particular, e maiores produções a nível de Sofala e perto do Mercado principal da beira. A Gestão da Unidade Fabril, será do tipo Privada, e adjudicada através de concurso público. Estima que a construção da unidade irá terminar em Agosto e o seu funcionamento no fim do presente ano. Ainda informou, que a Cooperação Austríaca irá financiar equipamento de rega gota a gota para as associações de produção de hortícolas da província Sofala, em particular o distrito de Nhamatanda, para aumentar o nível de produção e produtividade e garantir as produções ao longo de todo o ano. Também, será organizada uma troca de experiência com Cabo Verde, Pais que possui larga experiência neste sector, como forma de aperfeiçoar os conhecimentos das associações de produtores na área de gestão do sistema de rega e produção de hortícolas, Entre outras intervenções, prevê-se reabilitar o Mercado Hortícola do mesmo Posto Administrativo.

MATRIZ SWOT – FÁBRICA DE PROCESSAMENTO DE TOMATE EM TICA

FORTES OPORTUNIDADES

produtores interessados em participar na produção de hortícolas tomate

Os mercados locais de vegetais dependem muito de importação de produtos durante a maioria do ano

produtores organizados em associações/cooperativas

Existência de projectos para garantir

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assistência técnica e acesso ao crédito a nível dos produtores e outros actores da CV

Proximidades entre os campos de produção e unidade fabril a erguer

Condições climatéricas favoráveis durante a maioria do ano, e possibilidade de iniciar a desenvolver uma agro-indústria na zona centro

Aumento de postos de emprego e desenvolvimento socioeconómico da região

Potencialidade de abastecer os mercados ao longo do corredor da Beira

FRAQUEZAS AMEAÇAS

Falta de semente de qualidade para desenvolver rapidamente uma agro-indústria de processamento de tomate

Altas temperaturas e humidade excessivas promove a difusão e ataques de pragas e doenças, com maior incidência na 1ª época.

Os produtores têm fracos conhecimentos das operações e técnicas de cultivo

Dependência de equipamentos e material de processamento importado

Altos custos de produção se comparado com os vizinhos Países da SADC que também participam ao abastecem dos do corredor da Beira

Dificuldade em encontrar localmente gestores qualificados com capacidades de gerir uma unidade de agro-processamento

XV. PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO E FONTES DE FINANCIAMENTO DISPONÍVEIS NO

CORREDOR DA BEIRA

Os programas de desenvolvimento que directamente beneficiam a cadeia de valor de hortícolas e promovem o desenvolvimento integrado e sustentável da cadeia de valor:

Relançamento do PADR: Reforço de equipa em Março 2013, relançamento de concursos com novos cadernos de encargos para os projectos âncora;

FINAGRO (financiamentos até $100.000,00 para empresários locais) arranca em início de Março com abordagem muito prática;

BAGC/AgDevco: Tem nova administração e direcção procurando apoiar mais empresas tipo ECA em outgrowing e ingrowing e outros modelos inclusivos que envolvam os pequenos produtores;

PROIRRI – Componente hortícolas está em implementação em Manica;

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PRESP II – Abrange as províncias de Sofala, Manica e Zambézia, tem Sede na Beira e financia projectos privados de todas as actividades ao longo das Cadeias de Valor, com crédito bonificado e matching grant;

GAIN: Financiamento para projectos inovadores na área nutricional;

Programas da ADVZ: PIPE; Desenvolvimento do Sector de SEMENTES; F. Catalítico; GROWTH POLES; Financiamento ao GAPI para capacitar associações produtoras de arroz na Zambézia; Centros de prestação de serviços agrário; Projecto para a criação de clusters de produção de hortícolas junto aos mercados urbanos nas quatro províncias do Vale do Zambeze e potenciação da maior produção nas zonas rurais:

MAD II – Desenvolvimento de Agrodealers em Manica, Tete, Sofala e Zambézia;

AGRO-INVEST (AGRO-EMPREENDER E AGRO-GARANTE): Programa holandês para desenvolvimento de cadeias de valor em todo o país, lançado em 2013, tem linhas de crédito para microempresas, fundo de garantia para PME´s (cerca de 13 milhões de USD) a ser usado por via dos bancos comerciais e componente de BDS;

AGRIFUTURO: Programa da USAID extendido para 2014, abrange as Porvíncia de Manica e Tete. Apoia a ligação de associação com empresas comerciais;

Rotary International&Club Rotary Beira: Formação de ADAs (Agentes de Desenvolvimento de Agronegócio) como empresários que prestam serviços de AT/Extensão integrados aos produtores, os quais são remunerados em função de comissões das vendas que conseguem promover de insumos e tecnologias, honorários, comissões da facilitação de microcrédito com sucesso e comissões pela agregação, controlo de qualidade e controlo de “side selling” pagos pelas empresas compradores, em fomento ou sem fomento;

PRODEL: Desenvolvimento de Cadeias de Valor, financiado pela EU, iniciado em 2013 e abrangendo Sofala, Inhambane e Gaza;

PROECOM – Projecto do MIC, abrangendo Sofala;

MIPP – Programa Piloto de Irrigação de Pequena Escala em Messica (Gondola-Manica. Messica é na província de Manica uma área muito produtiva de hortícolas, abastecendo a cidade do Chimoio.

XVI. ANÁLISE DA CADEIA DE VALOR HORTOFRUTÍCOLA

Análise conjuntural:

Relativamente às expectativas de crescimento do mercado e vantagens comparativas, apresenta-se de seguida uma análise mais dirigida aos produtos de maiores volumes, dado que a maioria dos restantes requer uma análise mais localizada no espaço e no tempo.

”Hortícolas: Batata, Tomate, Repolho”

- Grande mercado interno (e.g.tomate e repolho para a Zona Centro; batata para Zona Centro e Sul), particularmente fora de estação e de exportação (e.g. batata fresca para Malawi e Zimbabué);

- Potencial de substituição de importações de batata e seus produtos processados (batata frita pré-congelada; french fries; outros) e tomate processado (concentrados, ketchup)

- Excelentes condições agro-ecológicas em Manica e Sofala para o tomate, repolho, outras, e batata particularmente em Zonas mais altas em Manica (Serra Choa);

- São culturas da época seca que não competem com as culturas alimentares (cereais, oleaginosas) e por vezes quando os stocks daquelas começam a escassear estes produtos completam a dieta alimentar;

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- Existem várias empresas, a Companhia do Vanduzi, Metuchira Investments, Fábrica de Licores da Beira, Fábrica de Processamento de tomate em Tica, que podem actuar como projecto âncora do sector (volumes nas compras de insumos, disseminação de know-how, treino de mão-de-obra, marketing da região, etc.).

“Frutas: Manga, Banana, Lichies, Ananás”

- Grande mercado interno (banana, manga, ananás) na Zona Centro e Sul, particularmente fora de estação, e de exportação (todos os produtos para África do Sul e Europa);

- Potencial de substituição de importações de manga de maior qualidade e principalmente de todo o tipo de produtos processados de fruta (concentrados de fruta; sumos e refrigerantes; compotas; conservas; doces; frutas secas e cristalizadas)

- Excelentes condições agro-ecológicas para a produção em Manica (Banana, Manga, Lichies) e Sofala (Ananás de Mussourize-Chibabava);

- Excelentes vantagens comparativas endógenas da região que permite a exportação em qualquer fase do ano, e em particular no 1ª a 2ª mês da colheita permite satisfazer o mercado sul-africano 1 a 2 meses antes de começar a colheita nesse País;

- São culturas que se colhem todo o ano (banana e ananás) e por vezes quando os stocks de culturas alimentares começam a escassear estes produtos completam a dieta alimentar;

- Existe know-how e experiência dos produtores, terras disponíveis, que necessitam apenas de acesso mais fácil a equipamentos de irrigação, insumos, assistência técnica e unidades de conservação, selecção e limpeza, para aumentarem facilmente para mais do dobro o volume de produção (mais empresas, maiores áreas, maior rendimento por ha e a rentabilidade (aumento do rendimento por ha e redução das perdas na produção na fase pós-colheita);

- Existem várias empresas já organizadas e de média-grande dimensão, a Companhia do Vanduzi para “frutos da horta”, Empresas de Produção de Lichies e Manga em Manica, Metuchira empresa produz Banana em Macate, que podem e estão a actuar como projectos âncora do sector (volume na compras de insumos, disseminação de know-how, treino de mão de obra, marketing da região, etc.);

- São culturas a mão-de-obra intensivas quer na produção como no processamento;

- O investimento em infra-estruturas permite reduzir o forte peso dos intermediários, que compram aos produtores nas épocas de colheita ao mínimo preço e vendem nos mercados urbanos com grandes margens de lucro, retirando margem ao produtor e encarecendo ao consumidor;

- Existem diversas intenções de investimento manifestadas nos últimos anos de grandes empresas, como a COMPAL e outras.

Para resumir o que foi dito nos capítulos anteriores for realizada a análise FOFA para as cadeias de valor hortofrutícola:

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CADEIA DE VALOR DOS HORTÍCOLAS

FORÇAS (F)

• Rendimento alto em comparação com outras

culturas

• Clima favorável em diferentes regiões das províncias para produzir todo o ano

•Presença da Companhia do Vanduzi como agente catalisador da fileira em Manica

FRAQUEZAS (Fr)

• Falta de pesquisa sobre variedades mais

adequadas e para as duas estações

• Falta de ligações formais entre produtores e mercados

•Exíguo nível de extensão prestado aos produtores de pequena escala

•Frágil rede de distribuição de insumos(fraca qualidade, alto preço, sem

stocks na época, sem A.T.)

•Deficiente acesso a equipamentos de irrigação

•Deficiente acesso a energia para rega

•Inexistência de mercados grossistas formais de produtores e infra-estruturas

de processamento primária (fresco) e industrial.

OPORTUNIDADES (O)

• Potencial para parceria entre cooperativas

mais robustas e empresas do sector privado

• Potencial para exportar para o Zimbabwe e Europa

• Produção fora de época

•Empresas de catering e supermercados

modernos

•Conservação e embalamento para reduzir perdas, controlar preços de mercado e

prolongar a oferta para o período fora de

época

ESTRATÉGIA (F/O)

• Apoiar iniciativa da SIWAMA com empresa

do sector privado como um projecto piloto para a real criação de valor

•Apoiar a instalação de unidades de conservação e embalamento e de

processamento de concentrado de tomate e batatas fritas, pré-congeladas, puré e outras

• Estudar as oportunidades de mercado no Zimbabwe e Europa

• Apoiar produção fora de época

ESTRATÉGIA (Fr/O)

• Apoiar pesquisa para obtenção de

melhores variedades

• Incentivar o estabelecimento de comerciantes de insumos ou fortalecer

existentes, como foco no serviço ao

cliente

• Apoiar ligações formais entre

produtores e mercados (mercados grossistas)

• Apoiar investimentos em unidades de conservação e embalamento

•Instrumentos financeiros realmente acessíveis às empresas comerciais e às

micro-empresas

AMEAÇAS (A)

• Falta de coordenação de esforços no sector

•A falta de infra-estruturas públicas, que estejam operacionais e sejam eficazes

(energia, regadios, estradas e pontes)

•Manutenção ou mesmo aumento da informalidade no sector

ESTRATÉGIA (F/A)

• Fortalecer CEPAGRI

•Fortalecer CEPs de Manica e Sofala para

prestarem serviços remunerados aos seus associados e exercerem advocacia activa junto

da Autoridade Tributária, MINAG, sector

financeiro e doadores

•BAGC mais efectivo na promoção de

parcerias com empresários locais e ao seu financiamento

ESTRATÉGIA (Fr/A)

•Eliminar a distribuição gratuita de insumos pelo estado e outras

organizações

FACTORES INTERNOS

FACTORES EXTERNOS

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XVII. ABORDAGEM PARA DESENVOLVIMENTO DA CADEIA DE VALOR DE HORTÍCOLAS

Do resumo do diagnóstico realizado à cadeia de valor dos hortícolas no Corredor da Beira, e com as devidas adaptações generalizável ao sector agrícola em Moçambique, é inequívoco que os principais 4 grandes factores de estrangulamento do desenvolvimento dos produtores de pequena escala e dos produtores emergente são:

1. Acesso a serviços de extensão integrados (procura de insumos, práticas agrícolas, pós-colheita e facilitação das ligações com os compradores formais e com as empresas de crédito) eficazes e eficientes;

2. Acesso a mercados seguros, ou seja a compradores identificados e visíveis, sempre que possível com contrato de produção com mercado garantido e eventualmente indexação ou fixação de preço de compra;

3. Acesso a tecnologias de microirrigação com preços acessíveis, e sistemas de regadio operacionais e eficientes;

4. Acesso a crédito personalizado, com condições à medida da actividade (produção, comércio, processamento) e das culturas.

Para desenvolver a cadeia de valor de hortícolas e fazer chegar de forma sustentável aos produtores de pequenas escala o know-how, insumos, tecnologias, crédito e os compradores com contrato, deve ser adoptado e promovido de forma sustentável o modelo de “Agri-Hub” ao nível de cada distrito descrito no diagrama seguinte:

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XVIII. MODELOS A ADOPTAR PARA MELHORAR O ACESSO A SERVIÇOS DE EXTENSÃO, A

MERCADOS SOBRE CONTRATO E IRRIGAÇÃO PARA PRODUTORES DE PEQUENA ESCALA

ACESSO A SERVIÇOS DE EXTENSÃO E FACILITAÇÃO DE MERCADOS SOBRE CONTRATO A eficácia e a sustentabilidade dos serviços de extensão a prestar aos produtores de pequena escala e emergentes e da assistência técnica em regime de outsourcing com as empresas fomentadores/compradoras da produção, requer a adopção do modelo inovador denominado ADA (Agente de Desenvolvimento de Agronegócio), que é um empresário individual prestadores de serviços, cujos rendimentos dependem directamente da performance dos produtores. A DNEA (Direcção Nacional de Extensão Agrária) prevê modelos de outsourcing no seu programa PRONEA, e tem apoiado a promoção dos ADAs pela iDE (Internacional Development Enterprise), segundo um modelo adoptado em Moçambique, já testado em Maputo, Caia e Mopeia. Os ADAs são apoiados por provedores de serviços privados e com fins lucrativos, numa rede de franchsing, que lhes proporcionam acesso a novas tecnologias, novos fornecedores, formação continua, coach, crédito, informação de mercado e outras. O perfil dos ADA´s varia em função da área especifica de actuação, podendo ser desde os produtores líderes (de contacto), os agentes de vendas free lancer existentes nalgumas zonas urbanas e rurais ou ainda os técnicos agrários de vários níveis. EXPERIÊNCIA EM CURSO: Distrito de Caia (Mbatila Mukene, L.da); Distrito de Gondola (CZ – Companhia de Zembe, L.da); Distritos de Maputo, Boana, Marracuene e Naamacha (CAVA – Centro de Agregação e Valorização Agrária, L.da).

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ACESSO A IRRIGAÇÃO O acesso à água e a sua utilização eficaz e ao mais reduzido custo possível durante todo o ano requer adopção de tecnologias simples como as que se apresentam nos diagramas seguintes, cuja adopção e generalizada em países como o Zimbabue, Zâmbia, Etiópia, India, Bangladesh, Nepal, entre outros:

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XIX. MODELO(S) A ADOPTAR PARA FAZER CRÉDITO COM SUCESSO

O BOM deverá desenvolver produtos com condições personalizadas e processos de aprovação e monitoria adequados, a serem promovidos junto de organizações com fins lucrativos (Cooperativas ou sociedades comerciais locais e inclusivas), segundo modelos semelhantes ao “CAVA”, que permitam a execução de parcerias “win-win” e de reduzido risco onde os seguintes factores essenciais para a obtenção de uma elevada taxa de cumprimento dos contractos de crédito estão salvaguardados (superior a 95%):

1. Mercado seguro e regular durante todo o ano A Gestão do CAVA análise o mercado, estabelece contractos de distribuição e instrui os produtores a produzir o que o mercado precisa (produtos, variedades, qualidade, embalagem), como (orgânico, não orgânico) e quando (dia).

2. Serviços de extensão permanentes Adopção do modelo ADA, que além das outras fontes de rendimento a que tem acesso, obtenha do BOM um fee de gestão em função da performance dos créditos concedidos.

3. Elevados níveis de rentabilidade para o produtor Com o acesso aos serviços de extensão (ADA) permanente, a insumos e tecnologias e ao mercado seguro e com preços de venda em grupo (maior capacidade negocial), os produtores podem assim obter elevados níveis de rentabilidade na produção de hortícolas com reduzido risco.

As organizações CAVA´s, dependendo a sua viabilidade dos ganhos dos produtores e dos ADA´s, são candidatos ideais para outsourcing dos sistemas de fomento de empresas compradoras de diversas culturas. Assim, o BOM na parceria com os “CAVAs”, pode colocar 2 produtos de crédito para hortícolas com reduzido risco:

Crédito aos produtores individuais para produção – Parceria com fornecedores de insumos e ADA´s Crédito aos CAVa´s para comercialização – como os CAVAs promovem a produção de hortícolas em

função da sua análise do mercado e de contratos de fornecimento que possuem. NOTA: o modelo ADA e CAVA aplica-se a qualquer tipo de cultura, sendo mais exequível quando utilizado em culturas de alto valor e margem, ou em prestação de serviços de outsourcing em grande escala, permitindo assim diluir os seus custos de estrutura.

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XX. CONCLUSÕES

Face aos objectivos para a realização do presente estudo definidos pelo BOM, considera-se existirem condições mínimas para o lançamento de produtos de crédito para os produtores de hortícolas emergentes e de pequena escala orientados ao mercado, nomeadamente:

Existência de mercado crescente para hortícolas no corredor da beira, alargando a teté e quelimane, quer pelos mercados informais, como pelos formais (distribuição moderna, empresas de catering, processamento primário e final)

Os actores do mercado formal evidenciam interesse em estabelecer contractos de produção com produtores ou organizações capacitados e que ofereçam segurança de fornecimento regular durante todo o ano e dos produtos, variedades e qualidade requerida pelos seus clientes

Existência de condições agro-climáticas adequadas à produção de hortícolas durante todo o ano

Número reduzido de produtores e suas organizações capazes de satisfazer as exigências de produção por contrato, mas existem programas de desenvolvimento com a cadeia de valor de hortícolas elegível e provedores de serviços capazes de assistir os produtores, devendo ser ressalvada a abordagem usada, que deverá ser sustentável.

Como recomendação final o BOM deverá lançar um projecto piloto em cada província, reunindo em cada projecto todas as condições necessárias ao seu sucesso (modelo "AgriI-Hub").

XXI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEDSA – Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário, MINAG – 2011

PDDA – Plano Director do Desenvolvimento do Agronegócio, MINAG - 2012

PAPA – Plano de Acção para a Produção de Alimentos, MINAG - 2008

ESTRATÉGIA DO GOVERNO E OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NO AGRONEGÓCIO EM MOÇAMBIQUE, Abril 2013

PROIRRI-Relatório Final, Julho 2007

PNISA - PLANO NACIONAL DE INVESTIMENTO NO SECTOR AGRÁRIO 2013-2017 - MINAG, 2013

ANÁLISE SITUACIONAL, CONSTRANGIMENTOS E OPORTUNIDADES PARA O CRESCIMENTO AGRÁRIO-Benedito Cunguara, Julho 2011

CAP 2009-2010

The VAlue Chain of Food Aid Monetization: Benefiits, Risks and Best Practices – Alliance for Global Food Security, November 2012

http://paa-africa.org/pt/countries-partners/mozambique/, Dezembro 2013

http://www.aciml.org.mo/por/psc_mozambique.htm#m2, Dezembro 2013

http://faostat3.fao.org/faostat-gateway/go/to/browse/rankings/commodities_by_country/E, Dezembro 2013

www.minag.gov.mz/ SIMA, Dezembro 2013

www.edm.co.mz, Janeiro 2014

www.nutriconsult.co.mz, Janeiro 2014

www.innoq.gov.mz, Janeiro 2014

www.acis.co.mz Nota: A lista não é exaustiva

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XXII. ANEXOS

ANEXO 1 – LISTAS DE PRODUTOS E PREÇOS NOS PRINCIPAIS MERCADOS URBANOS INFORMAIS

ANEXO 2 – LISTA DE PRODUTOS E PREÇOS NAS EMPRESAS DE CATERING E SUPERMERCADOS

ANEXO 3 - L ISTAS DE ASSOCIAÇÕES, CONTACTOS E OUTRAS INFORMAÇÕES

ANEXO 4 – REGADIOS E TECNOLOGIAS EXISTENTES E EVOL UÇÃO HISTÓRICA

ANEXO 5 – DADOS CARACTERIZADOR ES DA PRODUÇÃO DE HORTÍCOLAS NAS TRÊS PROVÍNCIAS DO CORREDOR DA BEIRA (nºde explorações, nº de hectares explorados, nível de adopção de tecnologias que determinam os ní veis de produção e produtividade)

ANEXO 6 – ENTREVISTAS COM ACTO RES RELEVANTES

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ANEXO 1 – LISTAS DE PRODUTOS E PREÇOS NOS PRINCIPAIS: MERCADOS URBANOS

INFORMAIS; MERCADOS FORMAIS E CONTACTOS DE FORNECEDORES E TRANSPORTADORES

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Tabela 1. Preço da Batata Reno Nacional nos Mercados da Beira, Gorongosa, Nhamatanda, Manica,

Chimoio, Tete e Angónia

QQ Data Beira Gorongosa Nhamatanda Manica Chimoio Tete Angonia

913 4-Jan 30 20 20 11.13 25 58.82 15

914 9-Jan 30 22.22 20 11.13 35 50 15

915 16-Jan 30 25 20 25 35 20 15

916 23-Jan 30 25 20 25 35 20 20

917 29-Jan 25 25 20 35 35 20 20

918 7-Feb 25 20 20 35 35 40 15

919 13-Feb 25 28.57 21.38 11.13 35 40 15

920 20-Feb 25 20 20 11.13 35 10 15

921 27-Feb 25 20 33.33 11.11 35 10 10

922 6-Mar 25 20 27.74 11.11 35 35 13

923 13-Mar 25 20 27.63 11.11 35 20 15

924 20-Mar 25 20 27.71 10.53 30 20 15

925 27-Mar 25 20 27.37 10.76 35 20 15

926 3-Apr 25 20 27.37 10.76 25 20 15

927 11-Apr 25 43.1 30.77 10.76 25 20 15

928 17-Apr 25 20 30.77 10.76 25 20 15

929 24-Apr 25 20 30.77 10.72 25 10 15

930 2-May 25 20 30.77 19.13 25 10 15

931 8-May 25 20 25.3 6.67 25 10 15

932 15-May 25 40 25.3 6.67 25 10 15

933 22-May 25 25 25.3 18.06 25 10 12

934 29-May 25 20 25.3 10 25 10 20

935 5-Jun 25 20 22.22 11.11 25 8.33 20

936 12-Jun 25 20 22.22 11.11 25 8.33 20

937 19-Jun 25 20 22.22 11.11 25 8.33 20

938 27-Jun 25 20 22.22 11.11 28.33 10 20

939 3-Jul 25 20 22.22 10.53 35 20 15

940 10-Jul 25 20 22.22 21.05 35 20 15

941 17-Jul 25 20 22.22 21.05 35 9.09 15

942 24-Jul 25 20 22.22 21.05 35 9.09 15

943 31-Jul 25 20 20.44 10.53 35 20 15

944 7-Aug 25 20 31.66 10.53 35 20 10

945 14-Aug 25 20 31.25 10.53 35 20 8

946 21-Aug 25 20 20.93 10.53 35 20 10

947 28-Aug 25 20 20.83 10 35 20 10

948 4-Sep 25 16.67 20.71 10 35 20 10

949 12-Sep 25 16.67 20.71 10 35 20 10

950 18-Sep 25 16.67 20.71 25 35 5.56 10

951 26-Sep 25 21.88 32.16 25 35 5.88 10

952 2-Oct 25 20 32.16 20 35 10 10

953 9-Oct 25 15 30 20 25 10 10

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 69

954 16-Oct 25 20 31.58 20 20 20 10

955 23-Oct 25 20 25 20 20 20 10

956 30-Oct 25 20 25 20 20 10 10

957 6-Nov 25 20 25 20 20 20 10

Tabela 2. Preço da Batata Reno Importada nos Mercados da Beira, Manica e Chimoio

QQ Data Beira Manica Chimoio

913 4-Jan 30 11.79 40

914 9-Jan 35 11.79 40

915 16-Jan 35 45 40

916 23-Jan 35 45 40

917 29-Jan 35 45 40

918 7-Feb 30 10 40

919 13-Feb 30 10.92 40

920 20-Feb 30 10.92 40

921 27-Feb 30 10.53 40

922 6-Mar 30 10.53 40

923 13-Mar 30 10.53 40

924 20-Mar 30 11.76 40

925 27-Mar 30 10.92 40

926 3-Apr 30 10.92 40

927 11-Apr 30 10.92 40

928 17-Apr 30 10.92 40

929 24-Apr 30 10.92 40

930 2-May 30 25 40

931 8-May 30 12.5 40

932 15-May 30 12.5 40

933 22-May 30 23.16 40

934 29-May 30 10 40

935 5-Jun 30 11.79 40

936 12-Jun 30 11.79 40

937 19-Jun 30 11.13 40

938 27-Jun 30 11.13 40

939 3-Jul 30 10.53 40

940 10-Jul 30 22.22 40

941 17-Jul 30 22.22 40

942 24-Jul 30 22.22 40

943 31-Jul 30 10.53 40

944 7-Aug 30 10.53 40

945 14-Aug 30 10.53 40

946 21-Aug 30 21.05 40

947 28-Aug 30 6.67 40

948 4-Sep 30 6.67 40

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 70

949 12-Sep 30 6.67 40

950 18-Sep 30 20 40

951 26-Sep 30 20 40

952 2-Oct 30 20 40

953 9-Oct 30 20 25

954 16-Oct 30 20 25

955 23-Oct 30 20 25

956 30-Oct 30 20 25

957 6-Nov 30 20 25

Tabela 3. Preço do Repolho nos Mercados da Beira, Gorongosa, Nhamatanda, Manica, Chimoio, Tete e

Angónia

QQ Data Beira Gorongosa Nhamatanda Manica Chimoio Tete Angonia

913 4-Jan 50 20 9.17 20 25 20 10

914 9-Jan 50 20 9.17 20 25 15 10

915 16-Jan 50 20 9.17 20 20 15 10

916 23-Jan 50 13.33 9.17 20 25 15 10

917 29-Jan 50 13.33 9.17 20 25 15 10

918 7-Feb 50 15 9.17 20 25 20 8

919 13-Feb 50 15 9.17 20 25 20 8

920 20-Feb 50 15 9.17 20 25 10 10

921 27-Feb 50 15 9.17 20 25 15 10

922 6-Mar 50 10 9.17 20 30 30 8

923 13-Mar 50 20 9.17 20 30 20 8

924 20-Mar 50 11 9.17 10 25 20 8

925 27-Mar 50 9.09 9.17 20 25 20 8

926 3-Apr 50 8.33 9.17 20 6 15 7

927 11-Apr 50 14.12 9.17 20 10 20 8

928 17-Apr 50 10 9.17 20 15 20 12

929 24-Apr 50 10 9.17 20 17.5 20 10

930 2-May 50 10 9.17 18.15 17.5 15 10

931 8-May 50 200 9.17 20 20 15 15

932 15-May 50 14.29 9.17 20 17.5 25 15

933 22-May 50 9.62 9.17 20 15 15 15

934 29-May 50 10 9.17 20 15 25 15

935 5-Jun 50 10 9.17 20 15 25 15

936 12-Jun 50 10 9.17 20 15 25 15

937 19-Jun 50 10 9.17 20 15 20 10

938 27-Jun 50 10 9.17 20 15 20 10

939 3-Jul 50 10 9.17 20 35 15 10

940 10-Jul 50 10 9.17 20 35 15 10

941 17-Jul 50 10 9.17 20 35 12 6

942 24-Jul 50 6.67 9.17 20 35 12 8

943 31-Jul 50 5.58 9.17 20 35 12 8

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 71

944 7-Aug 50 5.58 12.5 20 35 16.67 8

945 14-Aug 50 5 15 20 35 13.33 8

946 21-Aug 50 50 15 20 25 13.33 8

947 28-Aug 20 3.72 10 20 25 13.33 8

948 4-Sep 20 3.33 10 20 25 13.33 8

949 12-Sep 20 3.33 10 20 25 13.33 8

950 18-Sep 20 3.33 10 20 25 10 8

951 26-Sep 30 3.33 15 20 25 15 15

952 2-Oct 20 3.33 15 20 25 5 15

953 9-Oct 30 3.33 10 20 13 10 15

954 16-Oct 20 10 15 20 10 10 8

955 23-Oct 25 5 45 20 15 5 5

956 30-Oct 25 8.33 10 20 12 5 10

957 6-Nov 25 6.67 10 20 13.67 20 10

Tabela 4. Preço do Tomate nos Mercados da Beira, Gorongosa, Nhamatanda, Manica, Chimoio, Tete e

Angónia

QQ Data Beira Gorongosa Nhamatanda Manica Chimoio Tete Angonia

913 4-Jan 45 33.33 13.33 20 20 100 10

914 9-Jan 45 33.33 13.33 20 20 50 10

915 16-Jan 45 28.57 13.33 32.5 32.5 55.56 20

916 23-Jan 65 28.57 13.33 32.5 20 55.56 20

917 29-Jan 60 33.33 13.33 32.5 20 55.56 20

918 7-Feb 60 44.44 13.33 20 30 50 15

919 13-Feb 50 50 13.33 20 40 50 15

920 20-Feb 50 66.67 13.33 20 30 50 15

921 27-Feb 50 57.14 13.33 20 30 50 15

922 6-Mar 50 57.14 13.33 20 20 20 10

923 13-Mar 50 58.82 13.33 20 20 50 15

924 20-Mar 50 60.61 13.33 20 30 50 15

925 27-Mar 50 60.61 13.33 20 30 50 15

926 3-Apr 50 66.67 13.33 20 11.67 50 12

927 11-Apr 50 17.86 13.33 20 15 50 12

928 17-Apr 50 60.61 13.33 20 20 50 15

929 24-Apr 50 60.61 13.33 20 25 50 15

930 2-May 50 2.86 13.33 18.28 25 50 15

931 8-May 50 50 13.33 20 26.67 35 15

932 15-May 50 33.33 13.33 20 30 40 15

933 22-May 50 25 13.33 20 25 33.33 20

934 29-May 40 40 13.33 20 25 14.29 20

935 5-Jun 40 40 13.33 20 25 33.33 20

936 12-Jun 40 10 13.33 20 25 33.33 20

937 19-Jun 40 10 13.33 20 10 35 20

938 27-Jun 40 40 13.33 20 13.33 50 20

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 72

939 3-Jul 20 30.77 13.33 20 20 30 20

940 10-Jul 35 76.92 13.33 20 25 30 20

941 17-Jul 35 66.67 13.33 20 25 20 20

942 24-Jul 35 62.5 13.33 20 25 20 15

943 31-Jul 20 52.63 13.33 20 25 20 15

944 7-Aug 30 52.63 7.78 20 25 50 15

945 14-Aug 20 21.05 10 20 25 50 12

946 21-Aug 20 1.82 10 20 23 100 12

947 28-Aug 20 20 10 20 23 100 10

948 4-Sep 35 7.55 10 20 15 100 10

949 12-Sep 35 7.55 10 20 15 100 10

950 18-Sep 35 7.55 10 20 15 10 10

951 26-Sep 30 10.45 20 20 15 20 10

952 2-Oct 35 10.45 20 20 50 15.38 10

953 9-Oct 35 10 10 20 10 8.33 10

954 16-Oct 35 12 20 20 15 40 10

955 23-Oct 35 14.29 20 20 15 30 10

956 30-Oct 35 100 20 20 15 30 10

957 6-Nov 35 100 20 20 15 25 10

Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial de Maquinino

Distrito/Localidade: Beira

Produto Preço do

Produtor

Preço do

Grossista

Preço do

Retalhista

Uni/

Kg,

saco,

Período Fornecedor Contacto

Alho 45/50mts 80mts 80/90mts kg Angonia 846574989

Batata small 180mts 250mts 350mts 10kg Out-Marc Afri.Sul 847331097

Batata lilagem 180mts 250mts 350mts 10kg Out-Marc Afri-Sul

Batata Nacional

Cebola small 20mts 35mts 40mts kg Out-junh Afri-Sul 820335210

Cebola média 25mts 40mts 49mts kg Out-Junh Afri-Sul

Cenoura 35/40 80mts 90mts kg Zimbabwe 847343154

Couve 30mts 40mts 60mts kg Manica 844459114

Feijão Verde 20mts 30mts 60mts kg Zimbabwe 847343154

Pepino 20mts 30mts 35mts kg Out-Abril Tica

Repolho 3mts 10mts 25/30mts cada Gorongosa 847336863

Tomate cala jota 15mts 20mts 35/40mts kg Set-Abril Afri-Sul 861083959

Tomate lindo 250mts 300mts 700mts caix

a

Dez-abril Angonia/R

SA

867831294/8

27639237

Melancia

Couve-flor 35mt 45mts 65mts kg Manica 844459114

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 73

Levantamento de Informacao de Mercado

Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial de Supermercado Real

Distrito/Localidade: Beira

Produto Preço do

Retalhista

Uni/

Kg,

saco,

Período Fornecedor Contacto

Alho 135mts kg Afri-sul

Batata small 30mts kg Out-Marco Afri.Sul

Batata lilagem 350mts 10kg Out-Marco Afri-Sul

Batata Nacional 25/30mts kg G.&Vandu

z

Cebola small 40mts kg Out-junho Afri-Sul

Cebola média 49mts kg Out-Junho Afri-Sul

Cenoura 45mts kg Zimbabwe

Cenoura média 60mts kg Afri-Sul

Feijão Verde 60mts kg Zimbabwe

Pepino Nacional 35mts kg Out-Abril Tica

Repolho 30/45mts cada Out-Marco Zimbabwe

Tomate small 35/40mts kg Afri-Sul

Tomate lindo 85mts kg Afri-sul

Melancia 60mts kg

Couve-flor 100mts kg Zimbabwe

Outros Vegetais

Abóbora 60mts kg Afri-Sul

Melão 210 cada Afri-Sul

Manga Maca 50 cada Manica

Alface Pac 80mts kg Afri-Sul

Pepino

Comprido

90mts kg

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 74

Levantamento de Informacao de Mercado Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial de Shoprite Distrito/Localidade: Beira

Produto Preço do Retalhista

Uni/Kg, saco,

Fornecedor Contacto

Alho 90/210mts kg Angonia

Batata small 48mts kg Afri.Sul

Limão Loise 32mts kg Tica

Batata Nacional 35/40mts kg Gorongosa

Cebola small 40mts kg Afri-Sul

Cebola média 49mts kg Afri-Sul

Cenoura 90mts kg Zimbabwe

Couve 60mts kg Manica

Feijão Verde 40mts kg Zimbabwe

Pepino 35mts kg Zimbabwe

Repolho 24/29mts cada Afri-Sul

Tomate Lindo 35/40mts kg Afri-Sul

Tomate Roma 41mts kg Afri-Sul

Outros Vegetais

Couve flor 65mts kg Manica/Zim

Abobora

Melancia

Melao

Bateraba

Manga

Alface Pac

Elaborador por: Rita Orlando

Dados actualizados ao dia 23/02/2014

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 75

INFOCOM

Preços ao Público nas lojas /Mercados da Cidade da Beira……(Capital da Província)

Hassane Tarmaho

med Merceari

a Mercado

do Média Médi

a %

PRODUTO U/M

Comercial, Lda Hashan

Maquinino(a)

Maquini

no Anteri

or Actu

al Variaç

ão

21 Batata reno, nacional

Mt/kg 30,00 30,00 20,00 26,67

26,67 0,0

22 Batata reno, importado

Mt/kg 30,00 32,00 25,00 29,00

29,00 0,0

23 Tomate nacional Mt/kg 35,00 35,00

35,00 0,0

24 Tomate importado Mt/kg 40,00 40,00

40,00 0,0

25 Cebola nacional Mt/kg 35,00 35,00 35,00

35,00 0,0

26 Cebola importado Mt/kg 45,00 45,00 35,00 41,67

41,67 0,0

Favor mandar o presente formulário todas as quarta -Feiras até as 12.00 por fax para o nº- 01 - 30 06 64 / 5 ou 01 - 32 39 36

Obrigado pela atenção!

(a) Mudança de denominação de: Casa Faruk para Mercearia do Maquinino.

Levantamento de Informacao de Mercado Nome do Mercado/Estabelecimento Comercial: MERCADO GROSSISTA DE MAQUININO Distrito/Localidad: Cidade de Chimoio

Produto Preço ao Preço ao Preço ao Uni/K Período Proveniencia Contacto dos

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 76

Produtor Grossista Retalhista g, saco,

transportador/ou comerciante

Alho 60/65mts 90mts 110/180mts kg Angonia

Batata small 160mt 235mts 350mts 10kg Out-Marco

Afri.Sul 821435383 chababe,co

Batata lilagem 160mt 235mts 350mts 10kg Out-Marc

Afri-Sul 846731048Geronimo

Batata Nacional 100mt 200mt 280mt 10kg Janeiro-dez

Manica-tete

Cebola nacional 15mts 25mts 35mts kg Janeiro-dez

Manica 828955119carlo,co

Cebola afrca sul 20mts 30mts 40mts kg Janeiro-dez

Afri-sul 848550139Antonio,comerciante

Cenoura 20/30mts 50mts 70mts kg Manica 824214845Augusto,trasport

Couve 15mts 25mts 40mts kg Manica 826866326Dinis,trasp

Feijão Verde 15mts 25mts 35mts kg Manica 827097368

Pepino 5mts 10mts 20mts kg janeiro-Marcol

Manica –sofala

845590947 pedro,tras

Repolho 5mts 10mts 15/25mts cada Manica 825420558 tomas,trasp

Tomate calojota 827637444 Manuel,trasp

Tomate nacional 100mts 230mts 550mts Caixa (20-25kg)

Angonia

Melancia 5mt 10mt 25mt cada

Outros Vegetais

Abobora 3mt 10m 20mt cada

Beteraba 10mt 18mt 35mt kg

Manga 3mt 6mt 10mt Cada molho

Prepardo por :Flavio Lucas Chicava

Data ultima actualizacao. 24.02.2014 .

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O

CEN TRO D E M OÇAM BIQ UE ” 77

Dados de Pesquisa do

Mercado

Designação: Mercado

Kwachena

Localização: Cidade de Tete - Bairro Sansão Muthemba

Tete,

17.02.2014

Preço ao: Contactos do:

Produtos Produtor Grossista Retalhista Unidades Fornecedor Produtor/es Grossista

Abóbora 25 mt 50 mt 60 mt Cada Chimoio

258

825762824

84149644

3

Abóborinha 20 mt 30 mt 50 /70 mt kg Zimbabwe

258

825762824

84149644

3

Alface 1 mt/2 mt 3 mt/5 mt 10 mt/15 mt Cada Angónia 258 847474380

86445091

8 /

82912536

3

Alho Normal 50 mt 80 mt

100mt/120

mt kg Angónia

84360157

6

Alho Zambiano 70 mt 100 mt 150 mt kg Zâmbia 265 998050202

84360157

6

Batata Branca 3000 mt 120 mt 150 mt

Saco # 7

kg Angónia 258 842009929

84941069

1

Batata Escura 2500 mt

80/ 100

mt 120 mt

Saco # 7

kg Angónia 258 842009929

84941069

1

Batata Vermelha 2500 mt

80/ 100

mt 120 mt

Saco # 7

kg Angónia 258 842009929

84941069

1

Beterraba 50 mt 120 mt 150 mt kg Vanduzi -

84149644

3

Bringela 25 mt 50 mt 80/100 mt kg

Angó/Mala

wi 265 884049082

84747438

0

Cebola 40 mt 50 mt 80 mt kg Afr. Sul -

84605582

4

Cebola Branca 250 mt 400 mt 450 mt 10 kg Maputo

Tel:

0233133100

84605582

4

Cenoura 40 mt 80 mt 100 mt kg Angónia 258 865056743

82291350

0

Couve 2 mt 5 mt 10/ 15 mt Cada Angónia 258 842859828

86445091

8

Feijão Verde 35 mt 50 mt 60/70 mt kg Chimoio 258 820938632

82912536

3

Gengibre 50 mt 150 mt 165/170 mt kg Manica 258 825463599

84149644

3

Melacia 50 mt

100/150

mt 150/200 mt Cada Chim/Zobue -

84149644

3

Pera Abacate 270 mt 350 mt 5/10 mt/cada Saco Zobue -

84528458

1

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E

M OÇAM BIQ UE 78

Pimento 150/200

mt 35 mt/kg 50 mt/kg Cesto Angónia 258 867500798

82310717

5/

82912536

3

Pepino Comprido 2mt /5mt 10 mt 15/17,5 mt Cada Angónia 258 847474380

82912536

3

Pepino Grosso 5 mt 7 mt 10/15 mt Cada Zobue

84747438

0

Repolho 4,5/5mt 10mt 15/20 mt Cada Angónia 863637019/

866291174

84438038

0 /

84291867

0

Tomate 250 mt 500 mt 45 mt / kg Cesto Angónia 258 847474380

82284863

3/

82912536

3

Manga 1/2,5 mt 5mt 10/15 mt Cada Angónia 258 847474380 -

Banana 650 mt 1000 mt 1500 mt Saco Chimoio 258 863316790 -

Elaborado por Manuel Geraldes Dados actualizados no dia 17.02.2014

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M OÇAM BIQ UE 79

ANEXO 2 – LISTA DE PRODUTOS E PREÇOS NAS EMPRESAS DE CATERING E SUPERMERCADOS

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O

CEN TRO D E M OÇAM BIQ UE ” 80

ANEXO 3 - LISTAS DE ASSOCIAÇÕES, CONTACTOS E OUTRAS INFORMAÇÕES

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O

CEN TRO D E M OÇAM BIQ UE ” 81

UNIÃO PROVÍNCAL DE CAMPONESES DE

MANICA (UCAMA) C.P 138 telefax 251-24388 Telef. 23432 Zona Industrial do bairro Tabaco Chimoio-Moçambique.

Lista das principais Associações Agricolas com Recurso Hídrico, produtores de Hortícola e com que operam com bom desempenho, nos distrito de Gondola e Chimoio.

Associacao/Cooperativa Zona Nota

1 de Maio Mudima

16 de Junho Bengo

Nelson Mandela Marera Madaule

Kubatana Marera Nhandoko

Haridema Kusuana Marera

Julio Herere Marera

3 de fevereiro BoaVista

Kennet Kaunda BoaVista

Chibucuto BoaVista

Junta 1 Boavista Junta

Junta 2 Boavista Junta

Ngungunhana Boavista Junta

Mukai Kwaedza Boavista

Kurima Kuanaka Aeroporto

Matole Bok Agostinho Neto

Heroina Mocambicana “Nas Antenas”

Nhatsungo Agostinho Neto

Vura Ykuchema Chissui

Simba Mucaca Hombwua

Taranbua Kusecua Aeroporto

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M OÇAM BIQ UE 82

Relaçao dos grupos envolvidos na horticultura e respectivas tecnologias – ADEL Sofala

Nr Localizaçao (grupo) Nr de membros

Area Tipo de culturas

Tecnologia

1 Nhamatanda sede cled 9Membros 5 - m 4- h

0,5 ha Repolho, couve alface, tomate, pimento, feijão boer

Agricultura de conservação, rega gota gota ecológica, consorciação de culturas, c malching

2 Nhangau – Cristo e a Solução

15 membros m - 9 6 – h

3 ha do grupo e Machambas individuais

Alface, couve, cebolas, tomate, cenoura e repolho.

Produção orgânica, adubos químicos com uréia, compostos orgânicos

3 Nhangau – Poder de Deus

10 membros 2 ha. Alface, couve, cebolas, tomate, cenoura e repolho.

Produção orgânica, adubos químicos com uréia, compostos orgânicos.

4 Epc de Nhanga 1 quarto de há

Alface, couve, repolho e tomate

Agricultura de conservação

5 Escola Secunda de Nhanga

1 quarto de ha

Alface, couve, repolho e tomate

Agricultura de conservação

6 AFLOMO Associação Milha Oito

5 membros 2 -h 3 – m

1 ha Cebola, alface e couve.

Agricultura de conservação

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83

Servicos Distrital de Actividades Economicas da Beira

Organizacao de Camponeses em Associacoes Agrarias na Cidade da Beira

N Nome da Associacao

N. de Membros H M Localizacao

Ano de Fundacao

Nome do Lider

Legal

Nao Legal

DUAT

Tipo de Producao Praticada

Area

Contactos

1 Associacao de Camponeses de Louro 45

20

25

16o Bairro Vila Massane 1987

Ana Maria Chitundo

Sim Nao

Nao Horticolas diversas 8

84572662

5

2 Associacao de Jovens Agricultores A 36

30 6

21o Bairro Chamba 1993

Francisco Mandenga

Nao

Nao Horticolas diversas 11

3

Associacao de Jovens Agricultores B 35

29 6

21o Bairro Chamba 1993

Lindomar Guta

Nao

Nao Horticolas diversas 8

4 Associacao de Camponeses da Sogere 38

32 6

13o Bairro Nhacongo 1987

Joaquim Jone

Nao

Nao

Horticolas diversas, arroz e batata doce 6

84254741

1

5 Associacao de Camponeses de Ndunda 10 5 5

18o Bairro Ndunda 2007

Manuel Francisco

Nao

Nao

Horticolas diversas, arroz e batata doce 11

82600262

1

6 Associacao de Camponeses de Nhapimbe 13 4 9

18o Bairro Ndunda 2002

Vicente Varela

Nao

Nao Arroz e batata 5

7

Associacao … de Camponeses Matadouro A 18

17 1

21o Bairro Matadouro 2006

Amade Maca…

Nao

Nao

Horticolas diversas e batata doce

1,5

8

Associacao de Camponeses Matadouro B 31

16

15

22o Bairro Matadouro 2008

Mambuque Mugamremba Nao

Nao

Horticolas diversas, arroz e batata doce

1,4

9 Associacao Ana Akussara 20 0

20

15o Bairro Chingussura 2006 Maria Aleixo

Sim

Nao Horticolas diversas e arroz

0,1

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10 Associacao Agro-Pecuaria de Nhangao Sede 27

21 6

23o Bairro Nhangao 1999

Madoda Jorge

Sim

Nao

Horticolas diversas, mandioca e criacao de animais 11

11 Associacao Cristo eh a Solucao 30 18

12

23o Bairro Nhangao 2009

Vengai Rufu Chicano

Nao

Horticolas diversas, plantas medicinais, fruteiras e mandioca 3

12 Associacao Agro-Pecuaria do Poder de Deus 30

21 9

23o Bairro Nhangao 2011

Albano Antonio

Sim

Nao

Horticolas diversas, plantas medicinais, fruteiras e mandioca 3

84658473

8

13 Associacao Agro-Pecuaria Nova Vida 15

10 5

23o Bairro Nhangulo Nhangao 2011

Sim

Nao

Horticolas diversas, batata doce e mandioca

0,45

82655194

7

14 Associacao Agro-Pecuaria Uniao Faz a Forca 15

10 5

23o Bairro Nhangulo Nhangao 2011

Sim

Nao

Horticolas diversas, batata doce e mandioca

0,35

15 Associacao Agro-Pecuaria de Nhambira 15

10 5

Nhangao Nhambira 2011

Sim

Nao

Horticolas diversas, batata doce, mandioca e arroz

0,45

82655194

7

16 Associacao Agro-Pecuaria de Tchissungwe 15

10 5

Nhangao Tchissungwe 2011

Sim

Nao

Horticolas diversas, batata doce e mandioca

0,87

82655194

7

17 Associacao Comunitaria de gestao de Recursos Naturais 10 4 6

Nhangao Djalane 2010

Sim

Nao

Plantas medicinais e processamento 10

82412018

0

18 Associacao de Pescadores Djalane 10 10 0

Nhangao Djalane 2011

Sim

Nao

Pesca de peixe variedades diversas

19

Associacao Agro-Pecuaria Goanda Muari 27 5

22 Bairro do Vaz 2010

Sim

Sim

Horticolas diversas, arroz, batata doce costura

0,25

20 Associacao Agro-Pecuaria Mulheres de Chota 33 1

32 Chota 2010

Sim

Nao

Arroz, batata doce e criacao de aves (frangos e patos)

0,25

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21 Associacao Tagumanicanave 23 13

10 Chota 2010

Sim

Nao

0,15

84750204

1

22 Associacao de Camponeses AWA NDI MANJA ANGA 10 3 7

17o Bairro Mungassa 2010

Joao Domingos

Sim

Nao

Aves, batata doce e horticolas diversas 5

23 ADESMO 14 8 6 16o Bairro Vila Massane

Sim

Nao

Horticolas diversas, arroz e apoio a criancas orfas 3

82604202

7

24 Associacao Agro-Pecuaria Grupo de Apoio

Munhava Vaz 2010

Sim

Nao

Arroz e batata doce e apoio HIV-SIDA 3

25

Associacao Agro-Pecuaria Hupenho Wedo 25 5

20 Chota 2010

Sim

Nao

Arroz e assistencia aos doentes de HIV-SIDA

0,15

26 Associacao Agricola Ngatibename 31 19

12 Chota 2011

Paulino Lourenco Francisco

Sim

Sim

0,15

27 Associacao de Avicultores da Beira

Inhamizua

Sim

Sim Producao de Frango

28

Associacao Agro-Pecuaria BVIDEC (… Visao Desenvolvimento Comunitario Chota) 30 6

24 Chota 2010

Sim

Nao

Arroz e assistencia aos doentes de HIV-SIDA e Micro-credito

0,15

29 Associacao de Artes e Danca

2010

Sim

Nao Horticolas, artes e danca

30

Associacao de Produtores e … de carvao Sofala

Sim

Venda de carvao

31 Cooperativa de Deficientes Visuais da Manga - Mascarenhas

Manga - Mascarenhas Francisco

Sim

Sim

Arroz, batata doce e horticolas diversas

3,2

84418438

2

606

327

279

96,42

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MATRIZ DAS ASSOCIAÇÕES AGRO-PECUÁRIOS EXISTENTES NO DISTRITO DE TSANGANO

N/O

Nome /associaciacao Actividade Nr de membros Legalizada Fonte de finaciamento Area de producao(ha

)

Localizacao Culturas praticadas / Pecuaria Bens Patrimonias

H M Total Sim nao FDD Agricult F.M.L Outros Aldeia Loc P A B. reno Milh Feij Trigo bov junt m.bombas

b.ped

Agric Pec

1 Assoc. Uninado x 11 8 19 x nao nao nao nao 25 Chulugamo sede sede x x x x nao nao nao nao

2 Assoc. Tigwirizane x 12 18 30 x nao nao nao nao 25 Chitambe sede sede x x x x nao nao nao nao

3 Assoc. Acabar com Fome x 24 4 28 x nao nao nao nao 60 Njaladira sede sede x x x x nao nao nao nao

4 Assoc. Thiajane x 14 4 18 x nao nao nao nao 28 Chauarine sede sede x x x x nao nao nao nao

5 Assoc. Chigwirizano x 10 8 18 x sim nao nao nao 24 Chulugamo sede sede x x x x nao nao nao nao

6 Assoc. Muana Alirenji x 3 14 17 x nao nao nao nao 24 Chulugamo sede sede x x x x nao nao nao nao

7 Assoc cabar com pobreza x 13 6 19 x nao nao nao nao 24 Chulugamo sede sede x x x x nao nao nao nao

8 Assoc. Tikumbe x 9 11 20 x nao nao nao nao 30 Chulugamo sede sede x x x x nao nao nao nao

9 Assoc. Tinverane x 16 3 19 x nao nao nao nao 28 Chulugamo sede sede x x x x nao nao nao nao

10 Assoc. Rosita x 12 9 21 x nao nao nao nao 24 sede sede sede x x x x nao nao nao nao

11 Assoc. Nvuwa x 6 4 10 x nao nao nao nao 15 Nvuwa sede sede x x x x nao nao nao nao

12 Assoc. Massakha two x 0 11 11 x nao nao nao nao 16 Misakha2 sede sede x x x x nao nao nao nao

13 Assoc. Zanchito thula x 9 2 11 x nao nao nao nao 15 Thula sede sede x x x x nao nao nao nao

14 Assoc Vanane 1 x 15 3 18 x nao nao nao nao 21 Nvanane sede sede x x x x nao nao nao nao

15 Assoc Vanane 2 x 13 6 19 x nao nao nao nao 22 Nvanane sede sede x x x x nao nao nao nao

16 Assoc Eduardo Mondlane x 15 17 32 x nao nao nao nao 40 Msakha sede sede x x x x nao nao nao nao

17 Assoc Josina Machel x 14 9 23 x nao nao nao nao 30 Msakha sede sede x x x x nao nao nao nao

18 Assoc Eduardo Mondlane x 12 6 18 x nao nao nao nao 20 Kanjedza sede sede x x x x nao nao nao nao

19 Assoc Ddichiteje x 8 7 15 x nao nao nao nao 20 Kanjedza sede sede x x x x nao nao nao nao

20 Assoc. Forca da Mudanca x 34 5 39 x nao nao nao nao 45 Bifollo sede sede x x x x nao nao nao nao

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O CEN TRO D E M OÇAM BIQ UE 87

21 Assoc. Thacondwera x 23 7 30 x nao nao nao nao 40 Kachena sede sede x x x x nao nao nao nao

22 Assoc Tikondane x 25 6 31 x nao nao nao nao 38 Kalipale sede sede x x x x nao nao nao nao

23 Assoc campo verde x 27 8 35 x nao nao nao nao 40 Bungue sede sede x x x x nao nao nao nao

24 Assoc. Tigwirizane x 26 8 34 x nao nao nao nao 40 Malinde sede sede x x x x nao nao nao nao

25 Assoc Zabuino ziri Tsogolo x 28 3 31 x nao nao nao nao 35 Machissi sede sede x x x x nao nao nao nao

26 Assoc Nanhabwe x 21 13 34 x nao nao nao nao 40 Francisco sede sede x x x x nao nao nao nao

27 Assoc Kathu Nkama x 27 13 40 x nao nao nao nao 50 M.Saui sede sede x x x x nao nao nao nao

28 Assoc Titadizani x 27 4 31 x nao nao nao nao 39 Mbidzi sede sede x x x x nao nao nao nao

29 Assoc Titadizani x 17 7 24 x nao nao nao nao 30 Phenda sede sede x x x x nao nao nao nao

30 Assoc. Agrodilers 21 3 24 x nao nao nao nao 0 sde sede sede nao nao nao nao nao nao nao nao

31 Assoc criadores/ bovino x 20 0 20 x nao nao nao nao 0 ntengo wa ntengo wa

nteng wa

TOTAL 30 1 512 227 739 0 31 1 0 0 0 888 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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“ ESTUD O D E M ERCAD O SO B RE VOL UM ES, P REÇOS, N OV OS P ROD UT OS E PRO D U ÇÃO SOB CON T RATO N A CAD EIA D E VAL OR HO RTÍCOL A N O

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ANEXO 4 – REGADIOS E TECNOLOGIAS EXISTENTES E EVOL UÇÃO HISTÓRICA

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CEN TRO D E M OÇAM BIQ UE ” 89

(Regadios no public expenditure review de 2008) O inventário de regadios realizado nos anos 2001-2002 contabilizou 118.120 ha infra-estruturados para irrigação, dos quais 40,063 ha estavam operacionais, ou seja apenas 34% do total. Também indicava que 64% do total de terras infra-estruturadas se localizava na região a sul do rio Save e 33% na região central do país. A Região Norte beneficiáva, apenas de 3% das áreas infra-estruturadas para irrigação e de somente 1.5% do total da área operativa. A estrutura geral da distribuição das áreas infra-estruturadas e das efectivamente irrigadas em 2002, discriminada segundo a dimensão (classe) do esquema e a região onde se situam é apresentada na Tabela 4.1. Em termos regionais, verifica-se que na zona Norte apenas 20% das áreas infra-estruturadas estavam operacionais (estando completamente inoperativos os importantes perímetros de Chipembe e de N´guri), sendo essa proporção de 42% na região Centro e de 31% na região Sul (estando fora de serviço a volta de 30,000 ha nos regadios de Chókwè e do Baixo Limpopo). Sumário da área com infra-estrutura para irrigação e área operativa, distribuídas por região e classe, conforme registado no inventário nacional de 2002.

Norte Centro Sul Total

(ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%)

Área com infra-estruturas para irrigação

Classe A (<50 ha) 592 17 1.428 4 4.369 6 6.389 5 Classe B (50-500 ha) 1.760 53 6.653 17 11.234 15 19.647 17 Classe C (>500 ha) 1.000 30 30.949 79 60.135 79 92.084 78

Total 3.352 100 39.030 100 75.738 100 118.120 100

% em relação ao total nacional

2,8 33,0 64,1 100

Área efectivamente operacional

Classe A (<50 ha) 200 30 624 4 2.452 11 3276 8

Classe B (50-500 ha) 461 70 1.584 10 2.635 11 4680 12

Classe C (>500 ha) 0 0 14.049 86 18.058 78 32107 80

Total 661 100 16.257 100 23.145 100 40063 100

% em relação ao total nacional

1,6 40.6 57,9 100

Proporção da área operacional sobre a area equipada na região

Classe A (<50 ha) 34 44 56 51

Classe B (50-500 ha) 26 24 23 24

Classe C (>500 ha) 0 45 30 35

Total 20 42 31 34

Na Tabela abaixo, é apresentada a quantidade e a evolução da actividade de reabilitação e construção de regadios pelo sector público desde 2001 até 2007. É de salientar um incremento gradual das áreas incorporadas à produção agrícola irrigada ao longo do período 2002-2007, e o facto de que cerca de 85% dessas áreas está situada na região Sul do País, mesmo sem contar a reabilitação do regadio de Chókwè.

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M OÇAM BIQ UE 90

Áreas reabilitadas e construídas para irrigação de 2001 a 2007 – (ha)

Província Ano

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total

Maputo 7 10 250 876 275 580 420 2418

Gaza13) 0 0 745 930 1940 598 1800 6013

Inhambane 0 5 501 90 0 452 320 1368

Sofala 26 20 0 0 40 75 60 221

Manica 0 0 176 0 192 183 100 651

Tete 0 0 43 0 0 20 20 83

Zambézia 0 150 0 21 18 54 50 293

Nampula 0 0 0 20 0 119 35 174

Niassa - - - - - 15 0 15

Total 33 185 1715 1937 2465 2576 3255 11216

Assim, entre 2001 e 2007 foram reabilitados ou construídos cerca de 18.000 ha com fundos públicos, dos quais 1.000 ha foram novas construções. A área reabilitada inclui cerca de 5.000 ha do regadio do Baixo Limpopo e à volta de 7.000 ha do regadio de Chokwé. Se a este número se adicionarem cerca de 10.000 ha reabilitados pelo sector privado, principalmente pelas açucareiras e algumas empresas agrícolas de média dimensão, e outros 5.000 ha construídos por essas mesmas empresas e por milhares de pequenos agricultores, teremos que actualmente o balanço das terras irrigadas operacionais situa-se entre os 70.000 e os 75.000 ha. Na abaixo, faz-se um balanço da situação das áreas irrigadas no final de 2007.

Estimativa das terras irrigadas no final de 2007 - (ha)

Inventário de 2002 118.000

Áreas irrecuperáveis em 2002 15.000

Áreas equipadas e de possível reabilitação em 2002 (1)-(2) 103.000

Áreas operacionais em 2002 40.000

Áreas reabilitadas pelo sector público de 2002 a 2007 17.000

Estimativa de áreas construídas pelo sector público de 2002 a 2007 1.000

Estimativa de áreas reabilitadas pelo sector privado de 2002 a 2007 10.000

Estimativa de áreas construídas pelo sector privado de 2002 a 2007 5.000

Áreas operacionais no final de 2007 (4)+(5)+(6)+(7)+(8) 73.000

Áreas infraestruturadas em 2007 (3)+(6)+(8) 108.000

Áreas por reabilitar em 2007 (10)-(9) 35.000

Um elemento importante a ter em conta na leitura da tabela acima é o facto de no inventário de regadios de 2002 terem sido registadas áreas infra-estruturadas que foram completamente destruídas pelas cheias de 2000, elas ou estão salinizadas (7.000 ha em Chókwè), ou são áreas que tendo funcionado muito pouco depois de construídas agora são consideradas como de exploração inviável devido aos custos de operação ou problemas de projecto técnico. Estima-se que cerca de 15.000 ha podem ser reportados nesta situação.

13 Os valores da Província de Gaza não incluem o Regadio de Chókwé

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M OÇAM BIQ UE 91

Tecnologia da irrigação e culturas irrigadas No inventário de 2002 foi identificada a utilização de três métodos de rega principais nas áreas operativas, conforme ilustrado na Tabela 4.4 onde a rega por aspersão é predominante, devido ao uso que dela fazem as plantações irrigadas de cana-de-açúcar. Infelizmente não foi possível obter a mesma classificação para o total da área infra-estruturada, onde se sabe que a rega superficial é predominante. Outra informação que importa retirar desta tabela é o facto que a maior parte das áreas de irrigação modernas (com uso de rega por aspersão) são as que provavelmente estão operacionais. Repare-se também que a rega sub-superficial (rega por maneio do lençol freático) tem uma expressão de cerca de 8% entre as áreas operativas registadas em 2002, localizando-se predominantemente na região Sul (2.815 ha, 12% do total na região) e Centro (527 ha, 3%).

Métodos de Rega nos Sistemas Irrigados Operativos em 2002

Norte Centro Sul Total

(ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%)

Rega superficial 656 99 4.200 26 12.000 52 16.856 42

Rega por aspersão 0 0 11.530 71 8.330 36 19.860 50

Rega sub-superficial 5 1 527 3 2.815 12 3.347 8

Total 661 100 16.257 100 23.145 100 40.063 100

Esta distribuição dos métodos de rega deve ter mudada como consequência das reabilitações e construções do período entre 2002 e 2007, principalmente porque só o regadio do Baixo Limpopo contribui para a entrada em produção de 4.500 ha de rega sub-superficial (machongos). É também de assinalar a expansão das áreas com rega por aspersão com uso de Pivot central, principalmente nas áreas das companhias açucareiras e noutras áreas comerciais importantes para a produção de hortícolas. A eficiência de rega nos sistemas de rega por gravidade é baixa, rondando valores entre 25 a 50%, as mais baixas ocorrendo nos regadios operados por pequenos produtores. Por outra parte, a eficiência de rega atinge os 70% nas empresas agrícolas com perímetros irrigados por aspersão. Esta informação, contudo, deve ser objecto de novos estudos de maneira de se conhecer com maior precisão o comportamento das diversas tecnologias utilizadas nas diferentes regiões do país Segundo o Inventario de regadios de 2002, as principais culturas irrigadas eram a cana-de-açúcar, o arroz, os citrinos, o milho e as hortícolas, com uma baixa intensidade de cultivo (1,1-1,2 cultura/ano). A distribuição geográfica das áreas e das culturas está ilustrada na tabela abaixo.

Áreas das principais culturas irrigadas segundo o inventário de 2002.

Norte Centro Sul Total

(ha) (%) (ha) (%) (ha) (%) (ha) (%)

Cana-de-açúcar 0 0 13799 84.9 10059 43.4 23858 59.6

Hortícolas 301 100 210 1.3 6500 28.1 7011 17.5

Arroz 0 0 480 3.0 3650 15.6 4130 10.3

Tabaco 0 0 445 2.7 0 0 445 1.1

Citrinos 0 0 370 2.3 0 0 370 0.9

Não individualizado 0 0 953 5.9 3036 13.1 4249 10.6

Total 301 100 16257 100 23145 100 40063 100

Depois de 2002, como resultado do aumento das áreas irrigadas, verifica-se também um crescimento da produção irrigada de frutícolas e de hortícolas para exportação mas a extensão das respectivas áreas não está ainda devidamente contabilizada.

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ANEXO 5 – LISTA DE ENTREVISTAS REALIZADAS COM ACTORES RELEVANT ES

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PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO

BAGC. (varios doadores) Dr. Emerson Zhou 82.3069651, email. [email protected]

PRODEL Uniao Europeia (DNPDR) Dr. Frederico Sitoe 82.7305926 email [email protected];.

PROIRRI (WB_MINAG) Eng.Manuel Magombe 82.8160460 , coordenatore Tecnico Sofala email [email protected]

PROIRRI (WB MINAG) Eng Lemos Chalula, 82825801350 Coord.tecnico Manica;

PADR (Coop.italiana_DNEA), Dr. Mario Angaroni 82.3063822; [email protected]

AGRO-INVEST (Agro-Empreender; Agro-Garante): Informação de consulta;

PIPE – Projecto de Inovação e Irrigação de Pequena Escala (ADVZ – Agência de Desenvolvimento do Vale do Zambeze, que abrange Sofala, Manica, Téte e Zambézia); Gestor do Projecto pela iDE, Engº Elias Come.

INSTITUIÇÕES PÚBLICAS ZONA CENTRO

CEPAGRI, Eng. Manuel Nordinho Wello 82.4275833, [email protected] ; [email protected]

ADVZ, Director Técnico, Engº Nelson Rodrigues

CFM, responsável pelo trafego ferroviário, Sr. Casimiro de Jesus

SOFALA (por completar)

Instituições Públicas:

DPA Manuel Coimbra, 82.3086148

SPA Eng. Edson Massango, 82.0445220

Dep. Economia (SIMA)

Resposansavel zonas verdes extensao rural

DPIC, Rafael X, Chef do Departamento, 82.0171170

IPEX.82.3327775

Astros 82.7222698

IPEME

CPI – Delegação de Sofala

SDAE Dondo, Eng Camilo x, 82,7091760

SDAE Nhamantanda, Caetano Benedito

SDAE Gorongosa,

SDAE Chibabava,

ONGs e crédito à agricultura Sofala:

GAPI, agroinvest_ Rua popular nº 200 – 1º andar, Telef.23322794; Fax.23322937

ADEL_horticultura, Dr, Hamid Taybo, 84.3812590, [email protected]

KULIMA,Coordenador: Marylene Madeleine (Beira, e Regional), [email protected]

Actores privados na cadeia de valor de hortícolas:

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Mercado Câmara frigoríficas: Cepagri/SPA_Eng.Edson 82.0445220

Principais produtores familiares/associações seleccionados (Anexar lista, Dondo, Nhamatanda, Gorongosa, Chibabava)

Comerciantes principais

Casas das Frutas, Taibo Hagi, 82.5017500

Nutre_Be fresh, Antonio Martins, 84.3040060, email: [email protected]

Mercado Maquinino na Beira; Nhamatanda; Gorongosa

Shoprite

Fábrica de licores (Beira), ananás, manga

Catering: Significant Site Services (SSS), Dra. Salma Mussa 84.7539787 manager operacional;

MANICA (por completar)

Instituições Públicas:

DPA…

SPA…

Dep. Economia (SIMA). Eng. Fole 82.4643370 SDAE Manica, Eng. Culula 82.7185915, Supervisor; Director Eusebio Sixpense Focolone

DPIC…

INFOCOM, Carla Cossa, 82.5486801, [email protected]

Estatistica, Nelsa Tomo, [email protected]

CPI, [email protected]

SDAE Gondola, Isabel Jamisse, 82.4236200

SDAE Sussundenga, Castigo Mouzinho Bufama, 82.5881270

SDAE Manica, Eusébio Sixpense Focolone,

SDAE Barue, Zacaria Muzaja, 82.9752470

ONGs:

KULIMA, Manuel Foles (Manica);

RDI, Sussundenga, 82.3036438, horta_fruta;

ADEM: Manuel Queiroz 82.25122414; 82.25122418;

UCAMA, Secretario operacional, Zacarias Ucama, 82.2955460, [email protected]

Instituições de microfinanças (crédito):

Kulima microcrédito (Nhamatanda)

Gapi Agroinvest. Joao Mausse, 82.4174070, Av. 25 de Setembro ( Instalações Mar Azul nº 1071 – Teledata Telef.25124961; 25123082

BancoTerra, X Machado

Banco Oportunidade, X

Actores privados na cadeia de valor de hortícolas:

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Vanduzi/Mozfood, Manica:Carlos Henrique (CEO), 82.3000710 [email protected]. Malcolm Austin General Manager Companhia de Vanduzi SA Tel: (+258) 25 122754 Mob: (+258) 84 3103001 Estrada Nacional no 7, PO Box 433, Vanduzi, Manica, Moçambique, www.mozfoods.com

CZ – Companhia de Zembe, Gerente e sócio António Manjate

Phoenix Manica, Keven Gifford 82.6867529, [email protected]

Trans Tembwe Farm, Chimoio: Matsinho_Antenas 12km., 84.2686370

Ausmoz, Manica, 84.3055727

Fruit Manica, 82.5094110, 86.2818630

Agrisa, Manica

Fruit Centro, Barue, 82. 5713699 Peter Waziway

Macs in Moz, Sussundenga, 82.5662839

WAPCOS (em parceria com PROIRRI)

Pequenas/Médias empresas

Lopes Quitchine, Manica, 82.5977810, Litchi

Unidade de producao gecua, Manica, 82.3841878, Sr.Mabatana

Santos, Manica, 82.5331261, Batata;

Gani_EL, Dombe, 84.3200660, fruteiras;

Pedro Paulino Dombe, 82.5013390, fruteiras/manga;

Sociedade Agostinho Filipolis, 82.9909204/82.3215800;

Farma luz do sol, Barue, 82.9268316, horto-fruta;

Lista associações zonas verdes(em anexo)

Processamento hortofrutícola:

Fábrica de Sumo Macate, 82.2510780, [email protected]

TETE (por completar)

Instituições Públicas:

DPA

SPA

IPEME

CPI

Instituições de microfinanças (crédito):

GAPI_Agrinvest, Eduardo da Silva, 82.5802430, TETE. Av.Da Independência R/C Telef.25224178; Fax .25224180

BOM…..

ONG´s:

KULIMA, Saul Guente (Tete)

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Actores privados na cadeia de valor de hortícolas:

Farm Fresh, Sr. Shaun Cawood, [email protected] 84.4957103 (nota: service provider para companhia mineiras/refeições) com uma unidade de processamento (lavagem/empacotamento e distribuição as companhia mineiras em Tete)

Catering SERVICO...

Catering ISC.....

Vazal…..