SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO ESTADO DE SÃO PAULO – 2014

Michele Higa FróesDivisão de Dengue/Chikungunya – CVE

Novembro 2014 

DENGUE E CHIKUNGUNYA

DENGUE

• Doença febril aguda, de etiologia viral;• RNA vírus, Família: Flavivirida Gênero: Flavivírus• 4 Sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 (imunidade

permanente específica e imunidade cruzada em curto prazo) • Sinonímia: “febre quebra ossos”

Caso suspeito: doença febril aguda, usualmente entre 2 e 7 dias, acompanhada de pelo menos 2 ou mais dos seguintes sintomas: cefaléia; dor retroorbitrária; náuseas, vômitos; mialgia, artralgia; exantema; leucopenia, petéquias ou prova do laço positiva

• A incidência aumentou 30 vezes nas últimas cinco décadas

• 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas com transmissão de dengue (40% da população mundial)

• 50 a 100 milhões de pessoas são infectadas por ano (WHO, 2014)

•mais de 20.000 óbitos ocorrem por ano, principalmente em crianças

•Relação caso-letalidade: média mundial de 5% (Siripen K e Suchitra N, 2004)

OMS estima que:

Epidemiologia 50 milhões de casos em aproximadamente 100 países

Figure 1. Global Dengue Risk.Determination of the risk status was based on combined reports from the World Health Organization, the Centers for Disease Control and Prevention, Gideon online, ProMED, DengueMap, Eurosurveillance, and published literature. Risk exclusions were made on the basis of a biologic model of temperature suitability and areas of excessive aridity defined according to the GlobCover “bare areas” land-cover classification. Within areas at risk, environmental suitability for dengue transmission was modeled with the use of a boosted regression-tree algorithm that took into account 8342 confirmed point-occurrence records, random background pseudo-absences (artificially generated absences), and a suite of 18 environmental and climatic covariates and sources of data (Bhatt S, Gething PW, Brady O,and Hay S: personal communication). (For additional details on the method and sources of data, see the Supplementary Appendix, available with the full text of this article at NEJM.org.)

Manifestações Clínicas

Classificação:

•Dengue

•Dengue com sinais de Alarme

•Dengue Grave

CHIKUNGUNYA

Doença causada por um vírus RNA, familia Togaviridae, do gênero Alphavirus O virus Chikungunya e um virus enzoótico, encontrado em regiões tropicais e

subtropicais da África, nas ilhas do Oceano Indico, no Sul e Sudeste da Ásia. Isolado pela primeira vez em 1952, na Tanzânia. Seu nome significa “aquele que se dobra” na linguagem Makonde falada no

Sudeste da Tanzânia e Norte de Moçambique ( pelo “andar encurvado” dos infectados)

Caso Suspeito: Fase Aguda – paciente com febre de inicio súbito >38,5°C e artralgia ou artrite intensa não explicados por outras condições e residindo ou tendo visitado áreas endêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas.

Disseminação do CHIKV

Disseminação do CHIKV

Até outubro de 2014, mais de 776. 000 casos suspeitos de Chikungunya foram registados nas ilhas do Caribe, países da América Latina e alguns países sul-americanos. 152 mortes também foram atribuídas a esta doença. México e EUA registraram casos importados. Em 21 de outubro de 2014, a França confirmou 4 casos autóctones.

* Fonte:WHO

Chikungunya nas Américas

•2013 – início da transmissão: Caribe

•2014 – 39 países em transmissão

Manifestações Agudas

Artralgia com edema de mãos Exantema maculopapular em extremidades

Rash e edema na face

Inchaço periarticular em joelho

O vetor é o mesmo para as duas doenças!!

Aedes aegypti (regiões tropicais e subtropicais) e Aedes Albopictus

A Prevenção é igual...

Situação Epidemiológica da Dengue no Estado

Distribuição do n° de casos autóctones, incidência de dengue por ano e principais sorotipos circulantes, ESP, 1987 a 2014.

*Fonte: SINAN Net e SINAN Online/Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SP

Dados provisórios atualizados em 04/11/2014

Ano Casos de Dengue2007 103.7242008 7.6402009 9.4282010 193.7232011 95.8032012 23.4382013 201.935

2014** 186.499

Número de casos Autóctones de dengue no últimos anos, Estado de SP 2007 -2014*

* Fonte:2007-2011 Sinan Net atualizado 24.09.132012 Sinan Net atualizado 07.11.132013 Sinan Net atualizado 11.03.142014 Sinan Online atualizado até SE 44 atualizado em 04.11.14 **

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53

1

10

100

1000

10000

100000

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014*

SE de início dos sintomas

No de CasosLog

Casos autóctones de Dengue confirmados, segundo semana epidemiológica de início de sintomas, Estado de São Paulo,

2007-2014*

*Fonte: SINAN Net e SINAN Online/Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SP

Dados provisórios atualizados em 04/11/2014

OBS: Casos confirmados = casos autóctones + importados

* Classificações antiga, já solicitado correção.

Fonte: SINAN Online/Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SPDados provisórios atualizados em 03/11/2014, sujeitos a alteraçõesAno dengue 2014/2015 a partir da 27 sem. Epidemiológica

Fonte: SINAN Online/Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SPDados provisórios atualizados em 03/11/2014, sujeitos a alteraçõesAno dengue 2014/2015 a partir da 27 sem. Epidemiológica*Classificações antiga, já solicitado correção.

Número de casos confirmados por SE – Ano 2014 no município de São Paulo e Campinas

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 360

1000

2000

3000

4000

5000

6000

350950 Campinas 355030 São Paulo

Suspensão Sorologia - Incidência

• Distritalização

CAPITALSANTO ANDRE

MOGI DAS CRUZESFRANCO DA ROCHA

OSASCO

ARACATUBA

ARARAQUARA

ASSIS

BARRETOS

BAURU

BOTUCATU

CAMPINAS

FRANCA

MARILIA

PIRACICABA

PRESIDENTE PRUDENTE

REGISTROREGISTRO

RIBEIRAO PRETO

SANTOSSANTOSSANTOSSANTOSSANTOS

SAO J OAO DA BOA VISTA

SAO JOSE DOS CAMPOS

TAUBATE

SOROCABA

SAO J OSE DO RIO PRETO

PRESIDENTE VENCESLAU

J ALES

ITAPEVA

CARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBACARAGUATATUBA

Fases dos Municípios Silenciosa Inicial Alerta Emergência Total

Até SE 26 131 245 172 97 645

Final Ano Dengue 2013/2014*.

*Fonte: SinanNet e Sinan Online/ Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SP Início na SE 27 de 2013 e término na SE 26 de 2014.

Dados atualizados em 01/07/2014

Fase (até SE 36)

silenciosa

inicial

alerta

emergência

Classificação dos Municípios segundo a Fase da Transmissão de Dengue

Estado de São Paulo, Ano Dengue 2014/2015*.

*Fonte: Sinan Online/ Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SP.

Início na SE 27 de 2014 e término na SE 26 de 2015.

Dado disponível até a SE 44, atualizado em 04/11/2014.Fases dos Municípios Silenciosa Inicial Alerta Emergência Total

Ano DengueAté SE 44

354 248 42 1 (GVE Jales – Rubinéia) 645

Fase até SE 44

inicial

silenciosa

alerta

emergência

Distribuição dos óbitos por dengue, segundo GVE de residência do Estado de São Paulo, 2014.*

GVE Total

GVE I CAPITAL 14

GVE VII STO ANDRÉ 1

GVE VIII MOJI DAS CRUZES 4

GVE X OSASCO 3

GVE XI ARAÇATUBA 5

GVE XII ARARAQUARA 2

GVE XV BAURU 11

GVE XVII CAMPINAS 21

GVE XX PIRACICABA 3

GVE XXI PRES.PRUDENTE 1

GVE XXII PRES.VENCESLAU 1

GVE XXV SANTOS 8

GVE XXVIII CARAGUATATUBA 3

GVE XXIX S J DO RIO PRETO 2

GVE XXX JALES 1

GVE XXXI SOROCABA 1

GVE XXXIII TAUBATÉ 2

Total 83

*Fonte: SINAN Online/Divisão de Dengue/CVE/CCD/SES-SPDados provisórios atualizados em 04/11/2014

OBS: 1 óbito para o GVE XXXIII TAUBATÉ - município de residência Queluz que teve início dos sintomas em 2013 e o óbito ocorreu em 2014, notificado pelo SINAN Net. 1 óbito notificado pelo GVE XXIX SJRP - município de SJRP, cujo UF de infecção era MG - município de Frutal.

Situação Epidemiológica Chikungunya no Estado

Dados do Brasil Número de casos importados, por unidade da federação notificadora Número de casos autóctones, por

unidade da federação

*Até o dia 25 de outubro, o MS registrou 828 casos no Brasil, sendo 155 confirmados por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. 330 município de Oiapoque (AP), 371 em Feira de Santana (BA), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), 2 em Salvador (BA), 1 em Alagoinhas (BA), 1 em Cachoeira (BA), 1 em Amélia Rodrigues/BA e 1 em Matozinhos (MG).

** Fonte: MS, 30/10/14

Distribuição dos casos confirmados por município de residência*

Município de residência Número de casos

Campinas, GVE Campinas 12 (militares)São Paulo 6Limeira, GVE Piracicaba 2Monte Azul Paulista, GVE Barretos 1Santo Andre, GVE Santo André 1

Araçoiaba da Serra, GVE Sorocaba 1Total de casos 23

Casos confirmados de Chikungunya importado e local provável de infecção, município de residência no estado de São Paulo*

Local provável de infecção número de casos

Hati 13Republica Dominicana 5El Salvador 1Venezuela 4Total de casos 23

*Fonte: Divisão de Dengue e Chikungunya/CVE/CCD/SES-SPDados provisórios atualizados em 03/11/2014, sujeitos a alterações

Distribuição de casos notificados de Febre de Chikungunya por semana epidemiológica no Estado de São Paulo

Sem.Epid Notific Confirmados Notificados

Semana 22 1 1Semana 23 11 12Semana 24 1 5Semana 25 0 6Semana 26 0 3Semana 27 0 1Semana 28 0 1Semana 29 2 5Semana 30 1 4Semana 31 0 1Semana 32 0 2Semana 33 0 1Semana 34 0 1Semana 35 1 1Semana 36 1 1Semana 37 0 1Semana 38 0 2Semana 39 0 3Semana 40 1 5Semana 41 0 1Semana 42 3 3semana 43 1 1

Total 23 61

*Fonte: Divisão de Dengue e Chikungunya/CVE/CCD/SES-SPDados provisórios atualizados em 03/11/2014, sujeitos a alterações

Só casos importados por enquanto...

PLANO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DA DENGUE DO ESP, 2014-2015

1. Detectar precocemente a transmissão e ocorrência de casos;

2. Reduzir a letalidade;3. Evitar a expansão da transmissão da doença

para novas áreas; 4. Monitorar o sorotipo viral circulante.

OBJETIVOS

Eixos

Vigilância EpidemiológicaVigilância laboratorialControle de VetoresVigilância SanitáriaAssistência Ações de Educação, Comunicação e

Mobilização Social

Ações Comuns a todos os Eixos

• Acompanhamento técnico: notificações, incidências, taxas de positividade, análises...;

• Colegiados Regionais, Salas de Situação e nos Comitês de Mobilização;

• Garantia de fluxo de informações em tempo adequado entre os eixos;

• Gestão compartilhada das Salas de Situação, • Planejamento integrado de estratégias de Educação em

Saúde, Comunicação e Mobilização Social, bem como, das Capacitações;

• Orientação técnica aos municípios na elaboração/atualização de seus Planos de Vigilância e Controle de Dengue;

DENGUE

CHIK

UNGUNYA

A Prevenção é igual...É melhor prevenir!

Obrigada!

Divisão de Dengue – CVE

dengue@cve.saude.sp.gov.br