souza cruz
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INVENTRIO DE EMISSES DE GASES DE EFEITO ESTUFA
E ESTOQUE DE CARBONO DA SOUZA CRUZ EM 2008
Av. Paulista, 37 10 andar Bela Vista So Paulo SP tel: +55 (11) 33729595 http://www.keyassociados.com.br
2009
Jeanicolau Simone de Lacerda
Natalia Pasishnyk
Joaquim Libnio Ribeiro Ferreira Leite
Marcelo Freire
Rafaela Tocalino
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NDICE INTRODUO ................................................................................................................................................................. 2
I. PREMISSAS DO INVENTRIO ................................................................................................................................ 3
II. MBITOS DE INVENTRIO ................................................................................................................................... 4
III. COLETA DE DADOS E CALCULO DE EMISSES .............................................................................................. 5
IV. FATORES DE EMISSO .......................................................................................................................................... 6
V. METODOLOGIAS DOS CLCULOS ........................................................................................................................ 7
VI. INCERTEZAS ............................................................................................................................................................. 8
1. FASE I ATIVIDADE AGRCOLA ......................................................................................................................... 10 1.1. PRODUO DE MUDAS ......................................................................................................................................................... 11 1.2. PLANTIO DE MUDAS ............................................................................................................................................................. 14 1.3. PLANTIOS DE EUCALIPTO UTILIZADOS NA PRODUO DO FUMO .................................................................................. 17 1.4. TRANSPORTE ......................................................................................................................................................................... 20 1.5. BALANO DE EMISSES NA FASE I ATIVIDADE AGRCOLA ......................................................................................... 21
2. FASE II ATIVIDADE INDUSTRIAL ................................................................................................................... 22 2.1. COMBUSTVEIS FSSEIS EM FONTES FIXAS (MBITO 1) ................................................................................................ 22 2.2. COMBUSTVEIS FSSEIS EM FONTES MVEIS .................................................................................................................... 22
2.2.1 Transporte de insumos e de produto acabado (mbito 3) ............................................................................ 23 2.2.2 Transporte de fumo processado (mbito 3) ......................................................................................................... 23 2.2.3 Distribuio (mbito 1) .................................................................................................................................................. 23 2.2.4 Viagens comerciais (mbito 1) ................................................................................................................................... 24
2.3 RESDUOS (MBITO 1) ......................................................................................................................................................... 24 2.4 GASES DE REFRIGERAO (MBITO 1) .............................................................................................................................. 25 2.5 EMISSES INDIRETAS DO USO DE ENERGIA ELTRICA (MBITO 2) ............................................................................. 26 2.6 EMISSES INDIRETAS DAS VIAGENS AREAS (MBITO 3) .............................................................................................. 26 2.7 RESUMO DAS EMISSES ........................................................................................................................................................ 27 2.8 RESDUOS DE CIGARROS PS-VENDA .................................................................................................................................. 30
3. ESTOQUE DE CARBONO NAS FLORESTAS DA SOUZA CRUZ ..................................................................... 31 3.1. FLORESTAS PLANTADAS (EUCALIPTO) ............................................................................................................................. 32 3.2 FLORESTAS NATIVAS NAS FAZENDAS DA SOUZA CRUZ.................................................................................................... 33 3.3. MANCHAS DE FLORESTAS NATIVAS E REFLORESTAMENTOS NOS PARQUES AMBIENTAIS ......................................... 34 3.4. RESUMO DO ESTOQUE NAS PROPRIEDADES DA SOUZA CRUZ ........................................................................................ 35
4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ....................................................................................................................... 36
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TABELAS TABELA 1. FONTES DE EMISSO POR MBITO DE INVENTRIO ...................................................................9 TABELA 2. FLOAT: EMISSES ORIUNDAS DA ADUBAO NITROGENADA ......................................................... 13 TABELA 3.FLOAT: CONSUMO DE ENERGIA PELO BOMBEAMENTO DE GUA ...................................................... 13 TABELA 4. DADOS FORNECIDOS PELA SOUZA CRUZ ............................................................................. 16 TABELA 5. EMISSES ORIUNDAS DA CALAGEM ................................................................................... 16 TABELA 6. PLANTIO: EMISSES ORIUNDAS DA ADUBAO NITROGENADA ....................................................... 16 TABELA 7. PLANTIO E CALAGEM: USO DE MQUINAS AGRCOLAS .............................................................. 17 TABELA 8. EMISSES ESTUFAS DE CURA DO FUMO .............................................................................. 18 TABELA 9. EMISSES ESTUFAS DE CURA DO FUMO(LENHA) ..................................................................... 18 TABELA 10. ESTOQUE DE CARBONO NOS REFLORESTAMENTOS DOS FUMICULTORES ........................................... 19 TABELA 11. TRANSPORTE DO FUMO DO PRODUTOR PARA O DEPARTAMENTO DE FUMO ........................................ 20 TABELA 12.EMISSES DO DESLOCAMENTO DOS ORIENTADORES AGRCOLAS MBITO 1 ..................................... 21 TABELA 13. EMISSES DA FASE AGRCOLA ...................................................................................... 21 TABELA 14. EMISSES DA GERAO DE ENERGIA ............................................................................... 22 TABELA 15. EMISSES ORIUNDAS DO FRETE PARA TRANSPORTE DE MATRIA PRIMA E PRODUTO ACABADO ................... 23 TABELA 16. EMISSES ORIUNDAS DO TRANSPORTE E MOVIMENTAO DE FUMO PROCESSADO ................................. 23 TABELA 17. EMISSES ORIUNDAS DAS VIAGENS RELACIONADAS A DISTRIBUIO ................................................ 23 TABELA 18. EMISSES ORIUNDAS DAS VIAGENS RELACIONADAS A DISTRIBUIO ................................................ 24 TABELA 19.EMISSES DAS VIAGENS COMERCIAIS ............................................................................... 24 TABELA 20. COMPOSIO DOS RESDUOS DA SOUZA CRUZ ...................................................................... 24 TABELA 21. EMISSES ORIUNDAS DOS RESDUOS PRODUZIDOS PELA SOUZA CRUZ .............................................. 25 TABELA 22. CONSUMO E EMISSO DE GASES DE REFRIGERAO ................................................................ 25 TABELA 23. EMISSO ORIUNDA DA ELETRICIDADE IMPORTADA ................................................................. 26 TABELA 24.EMISSES DAS VIAGENS AREAS .................................................................................... 26 TABELA 25. QUANTIFICAO DAS EMISSES POR MBITO ...................................................................... 27 TABELA 26. EMISSES DA SOUZA CRUZ ......................................................................................... 28 TABELA 27. DADOS CADASTRAIS DAS FAZENDAS DA SOUZA CRUZ .............................................................. 31 TABELA 28. ESTOQUE DE CARBONO NOS PLANTIOS DE EUCALIPTO DA SOUZA CRUZ ........................................... 32 TABELA 29. ESTOQUE DE CARBONO NAS FLORESTAS NATIVAS ................................................................ 33 TABELA 30. DADOS CADASTRAIS DOS PARQUES AMBIENTAIS ................................................................... 34 TABELA 31. CARBONO ESTOCADO NOS PARQUES AMBIENTAIS .................................................................. 34 TABELA 32. ESTOQUE DE CARBONO NAS PROPRIEDADES DA SOUZA CRUZ ..................................................... 35
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GRFICOS
GRFICO 1. USO E OCUPAO DA PROPRIEDADE DO FUMICULTOR ............................................................ 18 GRFICO 2. EMISSES POR MBITO NA CADEIA PRODUTIVA DA SOUZA CRUZ .................................................. 27
GRFICO 3. EMISSES DIRETAS DA SOUZA CRUZ (MBITO1) .................................................................. 28 GRFICO 4. EMISSES DO MBITO 3 ........................................................................................... 29 GRFICO 5. EMISSES DOS PRODUTORES (MBITO 2 E 3) ..................................................................... 29 GRFICO 6. COMPOSIO DAS EMISSES NEUTRAS DA SOUZA CRUZ ........................................................... 30 GRFICO 7. COMPARAO DAS EMISSES NEUTRAS E CONTABILIZADAS DA SOUZA CRUZ ..................................... 30 GRFICO 8. ESTOQUE DE CARBONO NAS FAZENDAS DA SOUZA CRUZ .......................................................... 33 GRFICO 9. ESTOQUE DE CARBONO DA SOUZA CRUZ .......................................................................... 35
FIGURAS FIGURA 1. ESTUFAS DE PRODUO DE MUDAS (DIR.) E BANDEJAS DE SEMEADURA (ESQ.) ..................................... 11 FIGURA 2. EMISSES DURANTE A FASE DE PRODUO DE MUDAS................................................................ 11 FIGURA 3. (ESQ.) ESTUFA DE FLOAT; (DIR.) MUDAS PRONTAS PARA TRANSPLANTE ............................................ 12 FIGURA 4. EMISSES DURANTE O PLANTIO DE MUDAS ........................................................................... 14 FIGURA 5. USO DE ANIMAL NO PREPARO DO SOLO ............................................................................... 14 FIGURA 6. APLICAO MANUAL DE DEFENSIVO AGRCOLA ...................................................................... 15 FIGURA 7. CURA DO TABACO .................................................................................................... 17 FIGURA 8. FAZENDA BURITI DA PRATA .......................................................................................... 31 FIGURA 9.PALLETS COM MADEIRA ............................................................................................... 31
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Aquecimento Global e Efeito Estufa Efeito Estufa o mecanismo que controla e mantm constante a temperatura do planeta. Esse
mecanismo regulado pela quantidade de determinados tipos de gases dispersos na atmosfera,
conhecidos como Gases de Efeito Estufa (GEE). O processo se d com a chegada da radiao solar
crosta terrestre e a reflexo de parte desta radiao de volta ao espao. Normalmente, em
razo da transparncia da atmosfera luz solar, dos 100% de radiao recebida, cerca de 65%
fica na Terra e 35% refletida novamente para o espao.
Os raios solares incidentes iro gerar calor e tambm sero
absorvidos pelos produtores primrios de energia
(fotossintetizantes). O calor gerado se deve principalmente
ao efeito dos raios infravermelhos e o Efeito Estufa o
resultado da capacidade que alguns gases, como o Dixido
de Carbono, Metano, xidos de Nitrognio, entre outros
presentes na atmosfera, tm de reter esta radiao na
Terra, mantendo a temperatura relativamente estvel.
Quando a disponibilidade destes gases na atmosfera
aumenta significativamente, aumenta tambm a proporo
mdia da irradiao infravermelha que fica retida na
atmosfera, ocasionando um aquecimento do planeta.
Diante da evidncia das ameaas das mudanas do clima
decorrentes do aquecimento global, muitos governos e
empresas estabeleceram estratgias para reduzir as emisses de gases de efeito estufa. Essas
estratgias incluem programas de comrcio de emisses, iniciativas voluntrias, taxas sobre o
carbono, legislaes e padres de eficincia energtica. A realizao de inventrios de emisses
e posterior desenvolvimento de cenrios de emisses constituem instrumentos que permitem a
identificao de potenciais projetos de crditos de carbono, alm de permitir a adequao
antecipada a futuras metas empresariais de regulao. , portanto, uma importante ferramenta
para a formulao de polticas empresariais adequadas s novas tendncias do mercado mundial.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
INTRODUO A sociedade est diante de um dos seus maiores desafios, as alteraes climticas preconizadas
pela comunidade cientfica, e que dia-a-dia vm se confirmando. A superao deste desafio
depender de uma juno estratgica das agendas governamental, empresarial, da sociedade
civil organizada e at mesmo de mudana de valores individuais.
O inventrio de emisses diretas e indiretas de gases de efeito estufa de uma organizao um
instrumento que permite sua auto-avaliao e retrata a preocupao corporativa, a assuno de
responsabilidade e o engajamento no enfrentamento das questes relativas s mudanas
climticas, transformando o discurso em atitude responsvel.
Com a elaborao deste inventrio a empresa comea a compreender o perfil de suas emisses e
passa a ter o conhecimento da abrangncia do impacto de suas aes organizacionais no meio
ambiente. Isto possibilitar a implementao de aes consistentes para reduo das emisses.
Aes que devero integrar o planejamento, implementao e operao de suas atividades
empresariais, alm de contribuir para o desenvolvimento da assuno da responsabilidade de
cada ator com as questes relativas s mudanas climticas.
O registro das emisses ajudar a identificar as oportunidades mais eficazes de reduo, podendo
levar ao aumento da eficincia energtica nos processos, uso de insumos, melhoria nas cadeias
produtivas e servios, assim como no gerenciamento de seus bens.
Este relatrio auxiliar o direcionamento e otimizao de recursos empregados em projetos que
atuem na mitigao das emisses, com foco nas atividades mais impactantes e passveis de
reestruturao, destacando a Souza Cruz no mercado em que atua e reafirmando o compromisso
da empresa com o meio ambiente.
Objetivos
O estudo tem por objetivo quantificar as emisses e estoque de GEEs na cadeia produtiva da
Souza Cruz, propiciando a identificao de impactos gerados, a contribuio da empresa para o
agravamento do efeito estufa e um balano entre emisses de CO2e e estoque de Carbono, no
desempenho de suas atividades.
Outro objetivo , por meio deste inventrio, possibilitar o desenvolvimento de programas de
reduo de emisses e de compensaes voluntrias, minimizando assim, os impactos ambientais
inevitavelmente gerados, por meio da elaborao de projetos especficos que melhor se adqem
realidade da empresa.
Motivaes
O inventrio de emisses dos gases de efeito estufa sistematizado em forma de relatrio e embasado em metodologia cientificamente aceita pode ser utilizado para:
Conhecer com preciso as emisses associadas s atividades da empresa;
Possibilitar programas de compensaes voluntrias;
Identificar oportunidades de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL);
Quantificar as emisses futuras em razo de novos investimentos para um crescimento sustentvel da companhia;
Orientar processos pblicos ou particulares de disclosure;
Apoiar aes corporativas quanto s mudanas climticas;
Realizar benchmark de metodologia de realizao de inventrio.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
I. PREMISSAS DO INVENTRIO
Em qualquer inventrio corporativo, a diversidade de fontes, a freqncia e o formato dos dados disponveis so amplos. Alm do repertrio estatstico para tratamento de dados, as premissas so critrios gerais e necessrios para a realizao de inventrios. Os princpios seguidos para a realizao do presente inventrio foram baseados no documento proveniente da parceria entre o World Resorces Institute (WRI) e o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), chamado The Greenhouse Gas Protocol, os quais so descritos abaixo:
Aplicabilidade: Assegurar que o inventrio de GEE reflita com exatido as emisses da empresa, e que atenda as necessidades de tomada de deciso de seus utilizadores tanto em nvel interno, como externo empresa.
Integralidade: Registrar e comunicar todas as fontes e atividades de emisso de GEE, dentro dos limites do inventrio selecionado. Demonstrar e justificar quaisquer excluses especficas.
Consistncia: Utilizar metodologias reconhecidas e consubstanciadas tecnicamente, que permitam comparaes relevantes de emisses ao longo do tempo. Documentar claramente quaisquer alteraes de dados, limites de inventrio, mtodos, ou quaisquer outros fatores relevantes nesse perodo de tempo.
Transparncia: Tratar todos os assuntos relevantes de forma coerente e factual, com base numa auditoria transparente. Revelar quaisquer suposies relevantes, bem como fazer referncia apropriada s metodologias de clculo e de registro, e ainda, s fontes de dados utilizadas.
Exatido: Assegurar que a quantificao de emisses de GEE no esteja sobreestimada ou subestimada pela aplicao dos dados reais, de fatores de emisso ou estimativas. Conseguir que as incertezas sejam reduzidas ao mnimo e tambm um nvel de determinao que possibilite segurana nas tomadas de decises.
Perodo do Inventrio
Um passo fundamental para a quantificao das emisses de GEE a definio do ano base para anlise e clculo. Esse perodo base um perodo histrico especfico para o propsito de comparao, no tempo, de remoes ou emisses de GEE ou outras informaes a elas relacionadas. A Souza Cruz definiu o perodo do ano 2008 para o levantamento do seu inventrio.
Limites do Inventrio
A quantificao das emisses de GEE depende da estrutura da empresa e do relacionamento com as partes envolvidas. Segundo a ISO 14064 Parte 1 - Gases Estufa: Especificao para a quantificao, monitoramento e comunicao de emisses e absoro por entidades, que prov as diretrizes para concepo de inventrios corporativos, isto definido como o limite organizacional, e envolve o nvel de controle operacional ou controle financeiro das operaes de negcio incluindo operaes detidas na totalidade, joint-ventures incorporadas e no incorporadas etc. Ao estabelecer o limite organizacional da empresa possvel abordar esses negcios e operaes de forma coerente, classificando-as como emisses diretas ou indiretas e selecionando o mbito de registro e relatrio para as emisses indiretas.
Os limites operacionais definem as fontes de emisses que precisam ser inclusas para atingir os objetivos do inventrio. As emisses consideradas neste inventrio contemplam todas as operaes da Souza Cruz no Brasil: as atividades agrcolas e florestais, atividades industriais, atividades de logstica, envolvendo todas as etapas de transporte do fumo, alm dos processos administrativos e destinao de resduos slidos. As operaes realizadas em Paraba (PB) no foram includas neste relatrio uma vez que estas operaes no so totalmente controladas pela empresa.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
II. MBITOS DE INVENTRIO
Para ajudar a delinear as fontes de emisses diretas e indiretas, melhorar a transparncia e
ser til a diferentes tipos de organizaes, polticas climticas e objetivos de negcios, o
GHG Protocol definiu trs mbitos para fins de registro e relatrio de GEE.
mbito 1: Emisses diretas de GEE so as provenientes de fontes que pertencem ou so
controladas pela empresa; por exemplo, as emisses de processos industriais, fornos,
veculos da empresa ou por ela controlados, entre outros; emisses da produo de qumicos
em equipamentos de processos que pertencem ou so controlados pela empresa.
As emisses diretas de CO2 resultantes da combusto da biomassa, no devero ser includas
no mbito 1.
mbito 2: Emisses indiretas de GEE de eletricidade
O mbito 2 contabiliza as emisses de GEE da gerao de eletricidade adquirida e consumida
pela empresa. A eletricidade adquirida definida como sendo aquela que comprada ou
ento trazida para dentro dos limites organizacionais da empresa. No mbito as emisses
ocorrem fisicamente no local onde a eletricidade gerada, por exemplo, pelas
concessionrias fornecedoras do Sistema Interligado Nacional.
mbito 3: Outras emisses indiretas de GEE
O mbito 3 uma categoria de relatrio opcional, que permite a abordagem de todas as
outras emisses indiretas. As emisses de mbito 3 so uma conseqncia das atividades da
empresa, mas ocorrem em fontes que no pertencem ou no so controladas pela empresa.
Alguns exemplos de atividades deste mbito so a extrao e produo de materiais
comprados, transporte de combustveis comprados, utilizao de produtos e servios
terceirizados.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
III. COLETA DE DADOS E CALCULO DE EMISSES
Para proceder os clculos das emisses dos GEE, foi necessrio identificar:
O dado da atividade envolvendo GEE, ou seja, a quantidade emitida de GEE em razo da realizao de alguma atividade: dados dos consumos de energia eltrica (MWh),
combustveis fsseis (litro ou kg), materiais e resduos descartados (toneladas/ano),
servios de transporte fornecidos por terceiros ligados diretamente aos trabalhos
prestados pela contratante (km percorridos) etc. Se os dados dos processos nas unidades
referirem-se diretamente ao consumo direto de uma fonte de GEE, os clculos so
simplificados.
O fator de emisso de GEE, ou seja, a unidade de converso relacionada a um dado de atividade de uma determinada fonte, geralmente se expressa pela mdia estimada da
taxa de emisso mnima e mxima possveis (desvio padro) resultantes de variveis
como temperatura, presso, densidade e teor de carbono de um dado GEE.
Visitas tcnicas
As reunies e visitas tcnicas foram realizadas envolvendo tcnicos de diversas especialidades e reas, objetivando um melhor entendimento dos processos e serviram adicionalmente para complementar o processo de coleta de informaes para o inventrio. O levantamento de dados foi realizado pelo corpo tcnico da Souza Cruz, com o acompanhamento da KEYASSOCIADOS.
Rastreabilidade
A rastreabilidade dos dados e estimativas utilizadas neste relatrio foi estabelecida para melhorar a qualidade e credibilidade do Inventrio de Emisses de Gases de Efeito Estufa. As informaes foram obtidas pelo corpo tcnico da KEYASSOCIADOS, atravs da consulta aos gestores da Souza Cruz responsveis por cada atividade considerada como potencial fonte de emisso de GEEs.
Os dados foram levantados por registros existentes no sistema corporativo, notas fiscais, registros manuais ou estimativas do pessoal tcnico da prpria empresa ou colaborador da terceirizada responsvel, podendo assim, todos os registros dos dados ser verificados.
Precaues tomadas
Na elaborao deste inventrio, foram tomadas todas as precaues necessrias para garantir a consistncia dos dados apresentados, tais como:
Determinao do ano base como sendo a primeira situao mais relevante, no tempo, para o qual a Souza Cruz, possui dados fidedignos;
A criao de um grupo de trabalho formado por profissionais qualificados da Souza Cruz e consultores da KEYASSOCIADOS, atravs dos quais, todas as mudanas significativas so acompanhadas, incluindo a estruturao de mtodos de coleta de dados ou a identificao de novas fontes de emisso ainda no contempladas;
Todos os dados foram avaliados, levando-se em considerao a correo das unidades de medida utilizadas e eventuais duplicidades de informaes, geradas em algum momento por mudanas nas metodologias de coleta de dados ou alteraes de processos de trabalho.
Aplicao de aes corretivas em quaisquer dos elementos componentes da metodologia de coleta de dados, como conseqncia dos resultados obtidos nas avaliaes de conformidade levadas a efeito periodicamente, pela Souza Cruz dentro dos limites organizacionais estabelecidos para este inventrio.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
IV. FATORES DE EMISSO
O fator de emisso o valor utilizado para determinar a quantidade emitida por uma dada
fonte em funo de algum parmetro da mesma. Para a elaborao deste relatrio, foram
identificados ou desenvolvidos os fatores de emisso dos GEE comumente contabilizados nos
inventrios de emisses, sendo eles o CH4 (metano), N2O (xido nitroso) e o CO2 (dixido de
carbono).
A identificao dos fatores de emisso para diferentes GEE permite uma equiparao entre a
relevncia de cada gs emitido frente a cada uma das fontes de emisso levantadas,
colaborando com a implementao de medidas adequadas em projetos de reduo de
emisses. Conforme a metodologia aplicada para cada fonte (item 5), foi calculada a emisso
dos gases e o resultado destas emisses, em todos os casos, foi convertida para a unidade de
CO2 equivalente (CO2e).
A converso para CO2 equivalente se d atravs do potencial de aquecimento global (PAG) de
cada GEE, pelo Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC). O PAG uma medida
que simplifica o quanto um determinado tipo de GEE contribui para o aquecimento global em
relao quantidade necessria de CO2 que causa um impacto similar. Foram adotados os
seguintes potenciais de aquecimento global:
Gs de Efeito Estufa Valor Ref.
Dixido de Carbono (CO2) 1 IPCC 1996
Metano (CH4) 21 IPCC 1996
xido Nitroso (N2O) 310 IPCC 1996
Sendo assim, a converso da emisso de todos os GEE para Dixido de Carbono Equivalente
(CO2e) feita da seguinte forma:
ECO2e = Ef, GEE * PAGGEE
Onde: ECO2e emisses do gs de efeito estufa expressa em CO2e (kg)
Ef, GEE emisses de gs de efeito estufa para a fonte f
PAGGEE potencial de aquecimento global para o tipo de GEE (vide tabela 1)
Existe uma grande variao entre os valores de fatores de emisso em diferentes estudos
publicados. Desse modo, utilizam-se fontes nacional e/ou internacionalmente reconhecidas
como: International Panel on Climate Change (IPCC), Ministrio de Cincia e Tecnologia
(MCT), ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers)
entre outros.
Em alguns casos, na ausncia de uma referncia confivel para a utilizao do fator de
emisso fornecido, foram adotados outros mtodos de se obter o resultado da emisso, como
a utilizao de frmulas que se aplicam para processos de decomposio de matria orgnica
ou de reaes de combusto de um determinado combustvel, devidamente explicados na
metodologia aplicada (item 5).
Adicionalmente, para uma adequao do fator de emisso, conforme recomendao do IPCC
(International Panel on Climate Change- Revised 1996 IPCC Guidelines) foi utilizada uma
correo de fator de emisso de CO2 por carbono no oxidado. O resduo que se quer excluir
das emisses o constitudo por cinzas (no degradveis) ou o carbono fixado em algum
equipamento ou produto.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
V. METODOLOGIAS DOS CLCULOS Para a elaborao deste inventrio foram utilizadas as informaes e instrues do IPCC
Good Practice Guidance, o principal protocolo reconhecido internacionalmente para
inventrios de emisses, com o Protocolo WRI/WBCSD (World Resources Institute/World
Business Council for Sustainable Development) de GEE, e com o International Panel on
Climate Change (IPCC).
A escolha do mtodo de clculo apropriado decorreu da disponibilidade dos dados (de
atividade), dos fatores de emisso especficos, das tecnologias de combusto utilizadas no
processo, e outros. Neste inventrio, todos esses fatores encontram-se disponveis, visto que
existem histricos de clculos e estudos atualizados dos fatores de emisso j aceitos (vide
referncias). Foram adotados os fatores de emisso de GEE nacionais especficos e
reconhecidos, por princpio de aplicabilidade, seguidos pelos fatores de emisso do
Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC (1996, 2001, 2006).
Outras vezes as unidades de medida dos fatores precisaram ser alteradas para adequao
com as unidades de medida entre fatores propostos pelo IPCC e registros de controle da
empresa inventariada. importante certificar-se da adequao dos fatores utilizados nos
processos inventariados, tomando-se cuidado com essas alteraes de unidades.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
VI. INCERTEZAS
Segundo o IPCC Good Practice Guidance, Evidncias consideradas na reunio de Paris indicaram que para um pas desenvolvido, a incerteza total das emisses medidas em potencial de aquecimento global em um nico ano poderia ser de 20% principalmente por causa das incertezas em gases que no so o CO2.
As incertezas associadas aos inventrios podem ser classificadas segundo dois critrios:
- incerteza cientfica: cincia da emisso real e/ou processo de remoo no foi perfeitamente compreendido. Cita-se como exemplo, o envolvimento significante da incerteza cientfica no uso de fatores diretos e indiretos associados ao aquecimento global para a estimativa das emisses de vrios GEE. A maioria dos fatores abordados neste trabalho do IPCC. Este possui uma mdia de incerteza associada de 5% dos seus fatores para o Dixido de Carbono (GEE mais representativo).
- incerteza estimativa: incerteza que surge sempre que as emisses de GEE so quantificadas. Essas ainda so classificadas em incerteza modelo, quando est associada s equaes matemticas
utilizadas para caracterizar as relaes entre vrios parmetros e processos de emisso; e incertezas dos parmetros introduzidos em modelos de estimativa usados como dados de entrada nos modelos estimados.
De acordo com as recomendaes do IPCC Good Practice Guidance, os inventrios no devem revelar emisses com vieses que poderiam ser identificados e eliminados, e as incertezas devem ser minimizadas considerando todo o conhecimento cientifico existente e os recursos disponveis.
Essas recomendaes foram seguidas em todas as etapas da construo do inventrio, uma vez que houve uma grande preocupao em utilizar as metodologias de clculos e fatores de emisso mais recentes de organizaes com grande credibilidade referente ao clculo de emisses. Em relao aos dados utilizados, houve ateno especial na conformidade desses com a realidade (verificao dos registros na empresa e anlise dos dados recebidos), e a busca pelos dados nas unidades de medida que reduzissem as incertezas associadas s emisses, de forma a eliminar a necessidade de estimar o valor obtido na unidade de medida da frmula de clculo.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
O inventrio de emisses de Gases de Efeito Estufa (GEE) consolida o balano de emisses de gases de efeito estufa gerados na cadeia produtiva do fumo da Souza Cruz (Brasil) em 2008.
A metodologia empregada, escopo e limites do inventrio so apresentados ao longo deste
relatrio, bem como os resultados obtidos e o detalhamento dos clculos.
Os fatores de emisso aplicados e os demais recursos metodolgicos utilizados esto
devidamente referenciados.
As fontes de emisso, as quais no foram possveis a obteno de dados consistentes e
compatveis com a metodologia empregada no clculo das emisses, foram estimadas
utilizando-se de tcnicas estatsticas correntemente usadas, com vista determinao de
sua relevncia.
As emisses de GEE calculadas para o perodo de 2008 foram classificadas em trs mbitos.
As emisses diretas das atividades da Souza Cruz (mbito 1), as emisses oriundas da gerao
de energia eltrica (mbito 2), e das atividades dos fumicultores que fornecem o fumo para
a Souza Cruz e atividades no controladas pela Souza Cruz (mbito 3). As fontes
quantificadas em cada mbito so apresentadas na tabela 1.
TABELA 1. FONTES DE EMISSO POR MBITO DE INVENTRIO
Emisses da Cadeia Produtiva da Souza Cruz
mbito 1
Combustveis fsseis: fontes fixas
Combustveis fsseis: fontes mveis
Resduos
Gases de refrigerao
mbito 2
Importao de energia eltrica
mbito 3
Transporte do fumo
Transporte matria prima e produto acabado
Viagens Comerciais
Transporte do fumo processado
Viagens areas
Emisses dos produtores
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
CADEIA PRODUTIVA DA SOUZA CRUZ
A cadeia produtiva da Souza Cruz constituda de duas fases distintas, totalmente
integradas, uma vez que a Empresa possui um esquema de parceria, onde o fumo utilizado na
produo da Souza Cruz fornecido por fumicultores independentes, que contam com apoio
tcnico e operacional, visando a capacitao do produtor e a
qualidade do produto final.
Apesar da fase agrcola no ser controlada pela Souza Cruz, e
portanto, no ser contabilizada no balano final de emisses
da empresa, ela tambm ser inventariada para que se tenha
uma maior visibilidade das emisses na cadeia produtiva, bem
como apontar potenciais de reduo de emisses.
Por este motivo, o inventrio ser dividido em duas fases:
Fase I Atividade agrcola - Produo do fumo;
Fase II Atividade industrial Processamento do fumo /
produo do cigarro.
Desta forma, os clculos de emisso e estoque devem,
obrigatoriamente, considerar as duas situaes distintamente
para s ento, ao final do processo, proceder a contabilizao final.
1. FASE I ATIVIDADE AGRCOLA A produo do fumo consumido na Souza Cruz realizada em sistema de parceria com 43.185
produtores agrcolas. Este sistema vem sendo aperfeioado ao longo de muitas dcadas.
Nele a Souza Cruz funciona como uma integradora dos produtores rurais, fornecendo
tecnologia, assistncia tcnica, alm dos insumos e sementes, que so pagos na entrega da
produo, que tem compra garantida pela prpria Souza Cruz.
Um fato que chama a ateno que quase todos os fumicultores so pequenos produtores
rurais que desenvolvem a cultura praticamente sem o emprego de mecanizao agrcola, j
que as atividades de plantio, manejo e colheita so feitas pelas famlias dos prprios
produtores com o auxlio, quando necessrio, de implementos tracionados por animais.
A fase agrcola comea na produo de mudas e termina com a entrega do fumo ao
Departamento de Fumo da Souza Cruz. Nesta fase, somente o combustvel gasto pelos
orientadores agrcolas sero contabilizados no balano final da Souza Cruz (mbito 1), pelo
fato desta atividade ser realizada pela empresa.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
1.1. PRODUO DE MUDAS
As mudas so produzidas no sistema float, onde as bandejas, contendo substrato
especfico mais as sementes, so arranjadas sobre uma lmina de gua de 5cm de espessura.
Por sobre toda esta estrutura h uma cobertura plstica que forma uma estufa sobre as
mudas (fig.1).
Este sistema elimina a necessidade de utilizao do brometo de metila, reduz a necessidade
de fungicidas, otimiza a utilizao de gua, permite condies mais confortveis de trabalho
e produz mudas mais saudveis que tero como reflexo lavouras mais uniformes e produtivas.
FIGURA 1. ESTUFAS DE PRODUO DE MUDAS (DIR.) E BANDEJAS DE SEMEADURA (ESQ.)
O fluxo de produo de mudas e suas fontes de emisso (vermelho) podem ser visualizados
abaixo:
FIGURA 2. EMISSES DURANTE A FASE DE PRODUO DE MUDAS
Para o clculo das emisses da adubao nitrogenada foram utilizados os valores fornecidos
pela Souza Cruz (ANEXO 1), que apresentam as formulaes e quantidade de adubo
repassados aos produtores no ano de 2008. Partindo destas informaes calculou-se a
Mudas Float
Crescimento em estufa
Substrato
Sementes
Adubo Fungicida
Energia solar
Semeadura em bandejas
Energia Eltrica
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
quantidade de nitrognio aplicado e a emisso em toneladas de carbono equivalente (Tabela
2) utlizando-se a frmula abaixo:
E= FE * N * FCN * FCC * C Onde:
E = Emisso de carbono (tCO2e). FE = Fator de emisso em kg N2O N/kg N. N = kg de N aplicados (equivalente). FCN = Fator de Converso de N2O N para N2O. FCC = Fator de Converso de N2O para CO2. C = Converso de kg para toneladas.
* Esta frmula tambm foi utilizada para o clculo de emisses da adubao nitrogenada no plantio.
FIGURA 3. (ESQ.) ESTUFA DE FLOAT; (DIR.) MUDAS PRONTAS PARA TRANSPLANTE
Posteriormente, quando findo o desenvolvimento das mudas, estas so transplantadas para o
campo.
No foram consideradas as emisses de CO2 oriundas do transporte dos insumos para as
propriedades, pois na grande maioria das vezes, os mesmos veculos que transportam o fumo
das propriedades para os centros de recebimento voltam para as propriedades trazendo tais
insumos. Assim, tais emisses foram consideradas no clculo das emisses geradas pelo
deslocamento para entrega do fumo (Tabela 11).
Os clculos de emisses totais, geradas nesta fase em todas as 35.579 propriedades, so
apresentados nas tabelas 2 e 3.
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
TABELA 2. FLOAT: EMISSES ORIUNDAS DA ADUBAO NITROGENADA
Item Valor Unidade
Fator de emisso 1 (IPCC) 0,01 kg N2O-N/kg N
Nitrognio do adubo usado na semeadura* 25.182 kg N
Emisso de N2O-N 251,8 kg
Fator de converso N2O-N em N2O 1,571 n/a
Emisso de N2O (convertida) 0,396 t
Fator de converso N2O em CO2 equivalente 310 n/a
Emisso total 122,64 tCO2e
* Dado fornecido pela Souza Cruz.
Para o clculo do consumo de energia no sistema de float considerou-se o volume do tanque
padro indicado no pacote tecnolgico da Souza Cruz e uma bomba de 0,24 kW. Com estes
valores calculou-se o consumo anual de energia para o bombeamento de gua para o float.
Uma vez que se obteve o consumo de energia em MWh utilizou-se a seguinte frmula para o
clculo de emisses:
E = C * FE Onde:
E = emisses em tCO2e C = consumo de eletricidade (MWh) FE= fator de emisso, tCO2e/MWh
Frmula utilizada para o clculo de emisses da gerao de energia eltrica pela rede.
TABELA 3.FLOAT: CONSUMO DE ENERGIA PELO BOMBEAMENTO DE GUA
Item Valor Unidade
Volume do tanque 5,35 m
Volume de gua mais reposio 5,89 m
Potncia 0,24 KW
Vazo 3,80 m/hora
Horas 1,55 Horas
Total ha plantados 83.474 Ha
Consumo 0,38 KW/ha
Consumo total 31,72 MWh
Fator de emisso para energia eltrica EFel2 0,0484 kgCO2/kWh
Emisso total 1,54 tCO2e
1 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Volume 4, Chapter 11. Table 11.1 Default emission factors to estimate direct N2O emissions
from managed soils.
2 Fatores de Emisso de CO2 pela gerao de energia eltrica no Sistema Interligado Nacional do Brasil. Fonte: www.mct.gov.br
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
1.2. PLANTIO DE MUDAS
O processo de cultivo se inicia no preparo do solo, variando a seqncia de atividades
segundo tcnica de manejo escolhida, se plantio convencional ou plantio direto. Aqui cabe
ressaltar que quase a totalidade dos produtores, aproximadamente 85%, no utiliza meios
mecanizados para preparo do solo. E quando utilizam so pequenos tratores, com potncia
inferior a 50 CV. Mesmo assim, dadas caractersticas fsicas da cultura do fumo altura da
planta, espaamento entre plantas e entre linhas a utilizao de tratores extremamente
reduzida, concentrando-se nas atividades de preparo de solo e aplicao de calcrio.
Posteriormente so plantadas as mudas e uma srie de tratos culturais (capinas, adubao,
aplicaes, etc) so executados conforme a figura 4.
FIGURA 4. EMISSES DURANTE O PLANTIO DE MUDAS
Na figura ao lado pode-se observar o emprego
de implemento de trao animal, em atividade
executada no incio do preparo do solo, no
sistema de plantio direto.
Esta uma caracterstica interessante da
cultura de fumo, onde intensa a utilizao
de mo de obra, que na grande maioria das
vezes constituda pela prpria famlia do
proprietrio.
Nesta fase, as principais fontes de emisso
contabilizadas foram as das operaes com
mquinas agrcolas, correo de acidez
(calagem) e adubao nitrogenada empregados
no preparo do solo para o plantio. Ressalta-se
ainda que a cultura do fumo ocupe meio ano
agrcola, deixando as reas de plantio livres para implantao de outras culturas. Assim,
apesar de em todas as reas serem implantadas outras culturas sem nova aplicao de adubo
e calcrio, consideram como emisses oriundas do ciclo do fumo toda a emisso gerada a
partir da adubao nitrogenada (tabela 6), da calagem (tabela 5) e da utilizao de mquinas
Colheita do tabaco
Calagem
Manejo manual
Plantio Crescimento
Preparo do Solo
Uso de mquinas
Mudas
Adubo de cobertura
Adubo de base
FIGURA 5. USO DE ANIMAL NO PREPARO DO SOLO
Energia solar
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
no plantio (tabela 7), uma vez que o escopo deste trabalho a contabilizao das emisses
de GEEs associadas a cadeia produtiva do fumo.
A Souza Cruz possui o controle da quantidade de adubo que foi adquirido e repassado aos
produtores (Anexo 1). A partir destes
dados, calculou-se a quantidade de
nitrognio (N) nas formulaes
utilizadas e a emisso de GEEs
correspondente.
No calculo das emisses da calagem,
por no dispor de controle para
quantificar o calcrio aplicado,
utilizou-se como referncia os valores
fornecidos pela Souza Cruz,
estimados com base na experincia
de departamento agrcola da
empresa.
A Tabela 4 apresenta as premissas
fornecidas pela Souza Cruz e
consideradas nos clculos.
O clculo das emisses associadas a adubao nitrogenada foram realizados utilizando-se a
mesma frmula utilizada para calcular as emisses da adubao nitrogenada no float. Para o
clculo de emisses da calagem, foi utilizada a seguinte frmula:
E= FE * CA * FC * C Onde:
E = Emisso de carbono (tCO2e). FE = Fator de emisso em kg C /kg de calcrio aplicado. CA = kg de calcrio aplicados. FC = Fator de Converso de C para CO2. C = Converso de kg para toneladas.
Para o clculo de emisses associadas a utilizao de mquinas no plantio, foi utilizada a
frmula genrica para clculo de emisses veiculares:
Ef, GEE = Cf * FEf, GEE Onde:
E = emisses de CO2, CH4 e N2O para o combustvel tipo f (ton CO2e). Cf = consumo de combustvel do tipo de f. FEf, GEE = fator de emisso para o combustvel tipo f, por tipo de GEE
FIGURA 6. APLICAO MANUAL DE DEFENSIVO AGRCOLA
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
TABELA 4. DADOS FORNECIDOS PELA SOUZA CRUZ
TABELA 5. EMISSES ORIUNDAS DA CALAGEM
* Considerou-se uma calagem anual, com ndice equivalente a 1/5 da quantidade mdia de calagem, pelo fato desta atividade ser realizada em mdia a cada 5 anos.
TABELA 6. PLANTIO: EMISSES ORIUNDAS DA ADUBAO NITROGENADA
Item Valor Unidade
Fator de emisso EF14 0,010 kg N2O-N/kg N
Consumo de N (adubao de base+cobertura+reposio) 11.464.422,5 kg
Emisso de N2O-N 114.644,23 kg/ha
Fator de converso N2O-N em N2O 1,571 n/a
Emisso de N2O (converso) 180.106,09 kg
Fator de converso5 N2O em CO2 equivalente 310 n/a
Emisso total 55.832,88 tCO2e
No clculo das emisses associadas a utilizao de mquinas no plantio, utlizou-se a
estimativa da rea preparada mecanicamente (15%) fornecida pela Souza Cruz, por no se
dispor da rea exata preparada por mquinas. Segundo dados levantados nas visitas as
propriedades dos fumicultores, o tempo gasto em mdia, para se preparar um hectare de 3
horas.
A Souza Cruz estima que em 80% d rea de plantio seja aplicado calcrio, e que a
proporo de rea com aplicao mecanizada seja tambm de 15%. Assumindo estas
3 Fator de emisso para calagem. 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Volume 4, Chapter 11.3.1. Calculations
4 Fator de emisso para adubao mineral. 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Volume 4, Chapter 11. Table 11.1 Default emission
factors to estimate direct N2O emissions from managed soils.
5 Valor predefinido. Fonte htt;//cdm.unfccc.int
Item Valor Unidade
rea de plantio 83.474 ha
% de propriedades com Mecanizao 15 %
Adubao nitrogenada no ciclo (rea total) 11.464.423 Kg
rea com aplicao de calcrio (estimativa) 80 %
Intervalo de Calagem 5 anos
Calagem (calcrio dolomtico) 2,5 t/ha (cada 5 anos)
Item Valor Unidade
Fator de emisso EF23 0,125 n/a
Calagem* 500,0 kg/ha/ano
rea com aplicao de calcrio 66.779,26 ha
Fator de converso C em CO2 3,67 n/a
Emisso de C 62,5 kg/ha
Emisso total 15.317,49 tCO2e
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
premissas, chega-se a estimativa de que a calagem foi realizada mecanicamente em
10.016,89 hectares. Ainda segundo estimativas da Souza Cruz, o tempo gasto para se aplicar
calcrio em 1 hectare de 1 hora.
Atravs de consulta a uma fabricante de tratores, constatou-se que o consumo mdio dos
tratores semelhantes aos utilizados pelos fumicultores de 4,5 litros de diesel por hora
trabalhada (ANEXO 3).
1.3. PLANTIOS DE EUCALIPTO UTILIZADOS NA PRODUO DO FUMO Dada a necessidade de lenha para execuo do processo de cura do fumo, comum o
fumicultor possuir em sua propriedade pequenas reas reflorestadas com eucalipto, de forma
a garantir o abastecimento prprio da lenha.
O fluxo de cura do tabaco pode ser visualizado na figura 7.
Os produtores da Souza Cruz usam dois tipos de unidades de cura (UC): estufas convencionais
e estufas LL. O consumo e emisso destas estufas esto representados na tabela 8.
6 Transportes e Mudanas Climticas. Por Suzana Kahn Ribeiro; Claudia do Valle Costa; Eduardo Gonalves David; Mrcia Valle Real; Mrcio de Almeida
DAgosto. Adaptado de: Poulton, M.L. Fuel Efficient Car Technology. Computational Mechanics Publications, Southampton, UK, 1997.
TABELA 7. PLANTIO E CALAGEM: USO DE MQUINAS AGRCOLAS
Item Valor Unidade
rea com preparo mecnico de solo 12.521,11 ha
rea com aplicao mecanizada de calcrio (a cada 5 anos) 10.016,89 ha
Tempo para 1 ha (preparo de solo) 3,0 hora/ha
Tempo para 1 ha (aplicao de calcrio) 1,0 hora/ha
Consumo de diesel 4,50 l/hora
Fator de emisso para diesel6 2,63 kg CO2/l
Consumo total (ano) 178.050,19 l
Emisso 468,27 tCO2e
Transporte
Energia solar
Cura
Folhas de tabaco
Pr-murchamento
Lenha
FIGURA 7. CURA DO TABACO
Energia Estufas
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
TABELA 8. EMISSES ESTUFAS DE CURA DO FUMO
Tipo de estufa Consumo (kWh/tf)
Fumo Curado (t) Total
(MWh/ano) Emisso (tCO2e)
Convencional 0,07 67.648,2 4,80 0,23
LL 0,56 65.477,9 36,67 1,775
Total 2,004 7Fator de Emisso para energia eltrica = 0,0484 tCO2eq/MWh
Alm de energia eltrica, as estufas para secagem de fumo consomem lenha. Segundo a rea
de Pesquisa de Tecnologia de Fumo da Souza Cruz, para cada kilo de fumo so necessrios
4,45 kg de lenha. As emisses oriundas de combusto de lenha nas estufas dos produtores
esto apresentados na Tabela 9. As emisses de dixido de carbono esto quantificadas, mas
como recomenda GHG Protocolo, no so somadas ao total das emisses (ver pg.21).
TABELA 9. EMISSES ESTUFAS DE CURA DO FUMO (LENHA)
Lenha Necessria (t) TJ8
FE9 de CO2
(tCO2/TJ) (Neutra) FE
9 de CH4
(tCO2/TJ) FE
9 de N2O
(tCO2/TJ)
592.411,26 10.408,67 112,00 0,63 1,24
Emisso (tCO2e) 1.165.770,57 6.557,46 12.906,75
Total (tCO2e) 19.464,20
No clculo do estoque de carbono nos plantios de eucalipto dos produtores, somente foi
contabilizado o estoque dos produtores que secam fumo para entregar a Souza Cruz.
A Souza Cruz incentiva o plantio de eucalipto nas propriedades dos agricultores fornecendo
tecnologia de plantio e mudas a preos atraentes.
Por no dispor de dados de inventrio florestal
de todos fornecedores de fumo para subsidiar
a quantificao da rea exata de
reflorestamentos com eucalipto, foram
utilizados dados do SINDIFUMO Sindicato dos
Produtores de Fumo do Rio Grande do Sul e da
AFUBRA - Associao dos Fumicultores do
Brasil. De acordo com tais instituies, o perfil
das propriedades dos produtores de fumo
localizados no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paran pode ser visto no Grfico 1.
A mesma fonte informa que a rea mdia de
cada propriedade de 16,1 ha. Destes, 14,9%
da rea total so ocupadas pela cultura de
fumo e 10,6% com reflorestamento, sendo que
7 Fatores de Emisso de CO2 pela gerao de energia eltrica no Sistema Interligado Nacional do Brasil. Fonte: www.mct.gov.br
8 Poder Calorfico Inferior Lenha (http://infoener.iee.usp.br/cenbio/biomassa.htm)
9 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Volume 2: Energy, Table 2.2.
GRFICO 1. USO E OCUPAO DA PROPRIEDADE DO FUMICULTOR
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
mesmo com pequena rea relativa, o fumo representa 70% da renda do fumicultor.
Como se observa no grfico, a rea ocupada com mata reflorestada de 1,7 ha em mdia,
sendo que esta rea predominantemente ocupada por plantios de eucalipto, que so
usados para a secagem do fumo, bem como outros usos. Considerando esta premissa, tem-se
uma rea de reflorestamento nas propriedades parceiras de 60.484,30 ha.
No entanto, segundo dados do Departamento de Fumo da Souza Cruz, aproximadamente 87%
dos produtores curam o fumo. Como a inteno calcular o estoque de carbono nos plantios
de eucalipto associados cultura do fumo, foram considerados somente os plantios dos
produtores que curam fumo, obtendo-se uma rea de 52.621,34 ha de eucalipto nas
propriedades dos produtores parceiros.
O incremento mdio anual (IMA) adotado nos clculos foi de 28 m/ha/ano, valor que
representa aproximadamente 70% do IMA mdio das empresas associadas a ABRAF10
(Associao Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas), uma vez que estes possuem
tecnologia e manejo mais avanadas em seus plantios. Apesar da floresta no apresentar
comportamento linear de crescimento, pela ausncia de modelos especficos de crescimento
para os plantios em questo, foi considerado um IMA mdio para o clculo do estoque.
Assim se considerarmos um manejo de 7 anos, por rotao, em todos os povoamentos
teremos uma rea por idade, por ano, equivalente a 1/7 da rea total. Como no stimo ano
realizado o corte do povoamento, considerou-se o estoque somente at o sexto ano.
Conseqentemente o volume total de madeira equivalente a 4.420.192,64 m.
Com o volume de madeira calculado em m, chegou-se a quantidade de carbono estocado em
tCO2 equivalente atravs da seguinte frmula:
CB = V * D * FC * 44/12 Onde:
CB = estoque de carbono (tCO2e) V = volume comercial de madeira (m) D = densidade de eucalipto (t.m.s./m), default IPCC 0,5 FC = frao de carbono em matria seca (tC/t.m.s.), default IPCC 0,47 44/12 fator de coverso de C para CO2
O estoque de carbono nos plantios de eucalipto dos fumicultores apresentado na tabela 10.
TABELA 10. ESTOQUE DE CARBONO NOS REFLORESTAMENTOS DOS FUMICULTORES
Estoque de Carbono
Ano Incremento (m/ha/ano) Estoque (m3) Estoque (tonCO2eq)
1 28 210.485,36 181.533,1
2 28 420.970,73 363.066,2
3 28 631.456,09 544.599,3
4 28 841.941,46 726.132,4
5 28 1.052.426,82 907.665,5
6 28 1.262.912,18 1.089.198,6
Total 4.420.192,64 3.812.195,15
10 Anurio Estatstico da ABRAF 2008 (Ano Base 2007)
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
1.4. TRANSPORTE Finalmente, a concluso da fase produtiva, se d com o transporte do fumo para o
Departamento de fumo (Tabela 11). O transporte feito em caminhes com capacidade
variando de 15 a 25 toneladas. Para o clculo de emisses nesta fase, foi utilizada a
quilometragem total percorrida pelos veculos fornecida pela Souza Cruz. Nesta, como em
todas etapas que envolvem o consumo de combustveis fsseis em fontes mveis, foi
utilizada a seguinte frmula para clculo de emisses:
Ef, GEE = Cf * FEf, GEE Onde:
E = emisses de CO2e para o combustvel tipo f (tCO2e). Cf = consumo de combustvel do tipo f. FEf, GEE = fator de emisso para o combustvel tipo f, por tipo de GEE
TABELA 11. TRANSPORTE DO FUMO DO PRODUTOR PARA O DEPARTAMENTO DE FUMO
Fatores de Emisso11
(g/km)
Quilometragem Total CO2 N2O CH4 Emisso (tCO2e)
2.397.256,3 1.097 0,031 0,06 2.655,85
Na fase agrcola, tambm foram contabilizadas (Tabela 12) as emisses do deslocamento dos
orientadores agrcolas e tcnicos pagos pela Souza Cruz para dar assistncia tcnica e
acompanhar o desenvolvimento das lavouras dos fumicultores. Esta emisso est
contabilizada no mbito 1 por serem os veculos e funcionrios pertencentes a Souza Cruz.
Tanto o GHG Protocol quanto o IPCC Guidelines, recomendam que as emisses da queima da
biomassa sejam relatadas e que a emisso seja neutra, a emisso da combusto deve ser
absorvida durante o crescimento da biomassa. Esse processo ocorre, por exemplo, nas
emisses de CO2 na combusto de etanol como combustvel veicular e na queima de biomassa
para a gerao de energia. As emisses de CO2 lanadas na atmosfera foram previamente
seqestradas durante o desenvolvimento das lavouras de cana-de-acar, matria-prima do
etanol brasileiro. Porm, durante a queima da biomassa tambm liberado metano (CH4) e
xido nitroso (N2O), gases que no so reabsorvidos durante o crescimento da biomassa e por
isso devem ter suas emisses contabilizadas.
Por este motivo, as emisses de CO2 da queima de etanol foram calculadas e apresentadas,
mas no foram includas no clculo de emisses, por representarem uma fonte neutra de
emisso.
11 Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (Table 1-32 on Page 1.75) of the Reference Manual (Estimated Emission Factors for
US Heavy Duty Diesel Vehicles - Uncontrolled).
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
TABELA 12.EMISSES DO DESLOCAMENTO DOS ORIENTADORES AGRCOLAS MBITO 1
Combustvel Quantidade (l) Fator de Emisso (FE) Unidade FE Emisso em tCO2e
Gasolina 474.646,97 2,1712
kgCO2/l 1029,98
Etanol (CH4) 166.000,00 1813
kgCH4/TJ 1,23
Etanol (neutra CO2) 166.000,00 1,3810
kgCO2/l 229,08
Total 1031,21
1.5. BALANO DE EMISSES NA FASE I ATIVIDADE AGRCOLA Na tabela 13 possvel visualizar as emisses de GEE durante a fase agrcola que
compreende as emisses provenientes da produo e entrega do fumo Souza Cruz.
TABELA 13. EMISSES DA FASE AGRCOLA
Fonte de emisso Quantidade (tCO2e)
Emisses dos Produtores (mbito 2 e 3)
Adubao nitrogenada 55.955,52
Calagem 15.317,49
Combustveis fsseis 468,27
Energia da rede (mbito 2) 3,54
Lenha (secagem de fumo) 19.464,20
Deslocamento dos Orientadores Agrcolas (mbito 1) 1031,21
Transporte do fumo at o Departamento de Fumo (mbito 3) 2.655,85
Emisso Neutra (lenha estufas) 1.165.770,57
Emisso Neutra (etanol) 229,08
Total 94.892,53
12 Transportes e Mudanas Climticas. Por Suzana Kahn Ribeiro; Claudia do Valle Costa; Eduardo Gonalves David; Mrcia Valle Real; Mrcio de Almeida
DAgosto. Adaptado de: Poulton, M.L. Fuel Efficient Car Technology. Computational Mechanics Publications, Southampton, UK, 1997
13 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Volume 2: Energy, Table 3.2.2. Densidade do etanol (789,4kg/m3) e PCI (5952 kcal/kg)
Ministrio de Minas e Energia 2007.
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22
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
2. FASE II ATIVIDADE INDUSTRIAL
2.1. COMBUSTVEIS EM FONTES FIXAS (MBITO 1) Na gerao de energia para atender as necessidades da Souza Cruz so utilizados mais de um
tipo de combustvel, alm da energia eltrica da rede. A quantidade de combustveis e
energia eltrica foi informada pela Souza Cruz.
Para o clculo das emisses da combusto de fontes fixas foi utilizada a seguinte frmula:
Ef, GEE = FCf * EFf, GEE
Onde: E = emisses de CO2e (kg) para o combustvel tipo f (kg) FCf = consumo de combustvel do tipo de combustvel f (TJ)
TABELA 14. EMISSES DA GERAO DE ENERGIA
Fonte Quantidade PCI14
Consumo
(TJ)* FE
(tCO2e/TJ) Emisso (tCO2e)
leo Diesel 183,34 (t) 8.620 (kcal/kg) 6,612 74,1 489,96
leo BPF 74,0 (t) 9.750 (kcal/kg) 3,02 77,4 233,65
Gs Natural 2.836.568 (m) 9.065 (kcal/Nm3) 107,58 56,1 6.035,53
GLP 963,84 (t) 11,025 (kcal/kg) 44,45 63,1 2.802,54
Lenha (CO2 neutra)
60.272 (t) 17,57 (MJ/kg)15
1.058,98 112,016
118.605,58
Lenha (CH4) 60.272 (t) 17,57 (MJ/kg)11
1.058,98 0,6314
667,16
Lenha (N2O) 60.272 (t) 17,57 (MJ/kg) 11
1.058,98 1,2414
1.313,13
Total 11.541,98
*Converso 1kcal = 4,184kJ17
Pelo fato de ser uma fonte de energia renovvel, a emisso de CO2 da queima de lenha assim
como a do etanol, no somada ao total (ver pag. 21). No entanto a emisso de metano
(CH4) e xido nitroso (N2O) devem ser contabilizadas e somadas ao total de emisses pelo
fato destes gases serem gerados durante a combusto e no serem reabsorvidos durante o
crescimento da biomassa.
2.2. COMBUSTVEIS FSSEIS EM FONTES MVEIS
As emisses de CO2e resultantes da combusto interna dos caminhes/mquinas pesadas
foram calculadas a partir da utilizao dos mesmos, ou seja, a partir da quilometragem
percorrida pela frota. Foram adotados fatores de emisso por quilometragem pelo fato de se
ter mais de um tipo de veculo realizando esta etapa do transporte, o que torna imprecisa a
14 Aalborg Industries
15 Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (Table 1-13 on Page 1.45 of the Reference Manual)
16 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Volume 2: Energy, Tables 1.4 and 2.5
17 Instituto de Pesos e Medidas de So Paulo (ipem)
-
23
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
adoo de um valor de consumo (km/l) para todos os veculos. Todavia, foram utilizados
fatores de emisso do IPCC especficos para a modalidade de transporte utilizada.
A LEI N 11.097, DE 13.1.2005 introduziu o biodiesel na matriz energtica brasileira e
determinou que a partir do ano de 2008 fossem adicionados 2% de biodiesel ao leo diesel
comercializado no pas. Em maro de 2008, a Resoluo n 2 do Conselho Nacional de Poltica
Energtica (CNPE), aumentou de 2% para 3% o percentual obrigatrio de mistura de biodiesel
ao leo diesel. Sendo assim, estima-se que algo entre 2-3% do diesel consumido pela empresa
sejam compostos de biodiesel. Pelo fato de ser um combustvel renovvel, as emisses de
biodiesel que devem ser somadas no inventrio, so as provenientes da liberao de N2O e
CH4 (ver pag. 21). Pelo fato do IPCC e o GHG Protocol no possurem fatores de emisso
destes gases, por motivos de conservadorismo, no foram excludas as emisses de biodiesel
do total.
2.2.1 Transporte de matria prima e de produto acabado (mbito 3)
Nesta etapa foram contabilizadas as emisses do transporte de produto acabado, que realiza
na viagem de volta, o transporte de insumos para a fbrica.
TABELA 15. EMISSES ORIUNDAS DO FRETE PARA TRANSPORTE DE MATRIA PRIMA E PRODUTO ACABADO
Fatores de Emisso18 (g/km)
Quilometragem Total CO2 N2O CH4 Emisso (tCO2e)
9.340.250,0 1.011 0,031 0,05 9.542,6
2.2.2 Transporte de fumo processado (mbito 3)
As emisses contabilizadas nesta etapa refletem as emisses oriundas do transporte de fumo
processado entre a fbrica, armazns, portos e vice-versa.
TABELA 16. EMISSES ORIUNDAS DO TRANSPORTE E MOVIMENTAO DE FUMO PROCESSADO
Fatores de Emisso19 (g/km)
Quilometragem Total CO2 N2O CH4 Emisso (tCO2e)
5.168.577,0 1011 0,031 0,05 5.280,5
2.2.3 Distribuio (mbito 1) Nesta etapa foram contabilizadas as emisses veiculares advindas da distribuio de produto
acabado, sendo que, a quantidade de litros por combustvel foi fornecida pela Souza Cruz.
TABELA 17. EMISSES ORIUNDAS DAS VIAGENS RELACIONADAS A DISTRIBUIO
Fatores de Emisso20
(g/kg)
Combustvel Quantidade (t) CO2 N2O CH4 Emisso (tCO2e)
Diesel 3.660,34 3172,31 0,6 0,08 12.298.72
18 Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (Table 1-32 on Page 1.75) of the Reference Manual (Estimated Emission Factors for
US Heavy Duty Diesel Vehicles).
19 Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories (Table 1-32 on Page 1.75) of the Reference Manual (Estimated Emission Factors for
US Heavy Duty Diesel Vehicles).
20 Revised 1996 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories ( Table 1-30 on Page 1.73) of the Reference Manual (Estimated Emission Factors for
US Diesel Light-Duty Vehicles). Densidade do diesel (0,84 kg/l): Ministrio da Cincia e tecnologia (www.mct.gov.br/upd_blob/0008/8636.pdf )
-
24
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
TABELA 18. EMISSES ORIUNDAS DAS VIAGENS RELACIONADAS A DISTRIBUIO
Combustvel Quantidade Unidade Fator de Emisso21
(FE) Unidade FE Emisso (tCO2e)
Gasolina 1.233.621,9 l 2,17 kgCO2/l 2.676,96
Etanol (CH4) 725.000 l 1822
kgCH4/TJ 5,39
Etanol (neutra) 725.000 l 1,38 kgCO2/l 1.000,5
GNV 481.735,53 m3 1,96 kgCO2/m
3 944,2
Total 3.626,55
2.2.4 Viagens comerciais (mbito 3)
Neste item esto considerados todos os deslocamentos para fins administrativos e
comerciais, conforme os critrios da prpria Souza Cruz. O consolidado das emisses das
viagens comerciais podem ser visualizados na tabela 19.
TABELA 19.EMISSES DAS VIAGENS COMERCIAIS
Combustvel Quantidade Unidade Fator de Emisso14
(FE) Unidade FE Emisso (tCO2e)
Gasolina 58.127,6 l 2,17 kgCO2/l 126,2
Etanol (CH4) 19.375,8 l 1818
kgCH4/TJ 0,14
Etanol (neutra) 19.375,8 l 1,38 kgCO2/l 26,73
Total 126,34
2.3 RESDUOS (MBITO 1)
No existe um nico fator fixo de emisso de CO2 para resduos. A escolha do fator depende
principalmente da composio dos resduos gerados.
A Souza Cruz recicla grande parte de seus resduos, mesmo assim, no ano de 2008 foram
enviadas 1.042,84 toneladas de resduos para aterros sanitrios. A empresa possui a
composio de parte deste resduo (20,15%) sendo os 79,85% restantes classificados como
mistura. Esta mistura composta em grande parte por resduos orgnicos no reciclveis,
como restos de alimentos e resduos de sanitrios. Pelo fato de no ser possvel quantificar
estes resduos, adotou-se um fator de emisso conservador, adotando-se 40% de Carbono
Orgnico Degradvel.
TABELA 20. COMPOSIO DOS RESDUOS DA SOUZA CRUZ
Item % em peso % Carbono Orgnico degradvel
(COD)
Resduo de Madeira 1,573% 50%
Resduos Orgnicos 79,85% 40%
Outros 18,577% 0%
21 Transportes e Mudanas Climticas. Por Suzana Kahn Ribeiro; Claudia do Valle Costa; Eduardo Gonalves David; Mrcia Valle Real; Mrcio de Almeida
DAgosto. Adaptado de: Poulton, M.L. Fuel Efficient Car Technology. Computational Mechanics Publications, Southampton, UK, 1997
22 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories, Volume 2: Energy, Table 3.2.2. Densidade do etanol (789,4kg/m3) e PCI (5952 kcal/kg)
Ministrio de Minas e Energia 2007.
-
25
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
Com esta composio de resduos, o valor de Fator de Emisso considerado 2,4987 tCO2/t
de resduo.
TABELA 21. EMISSES ORIUNDAS DOS RESDUOS PRODUZIDOS PELA SOUZA CRUZ
Item Peso
(t/ano) FE
23 (tCO2/t)
Emisso (tCO2e/ano)
Lixo misturado (para aterro sanitrio) 1.042,84 2,4927 2.599,5
Total 2.599,5
2.4 GASES DE REFRIGERAO (MBITO 1) Do consumo dos gases quantificados pela Souza Cruz (R12, R22, R134a, R141b, R404a, R407,
R409, R502), apenas os listados na tabela 22 possuem um fator de emisso identificado pela
Standard 34 da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning
Engineers). Assim, foi calculada a emisso destas fontes partindo-se da seguinte frmula
genrica:
E = C * EF Onde:
E = emisses em tCO2e C = Consumo de gases de refrigerao (kg) EF = fator de emisso( kgCO2e / kgGs) C= Converso de quilogramas para toneladas.
TABELA 22. CONSUMO E EMISSO DE GASES DE REFRIGERAO
Unidades
Gases (kg)
R12 R22 R134 a R141 b R404 a R407 HFC 134
Dep. Fumo Sta. Cruz do Sul 0,0 0,0 68,1 0,0 0,0 0,0 448,8
Dep. Fumo Blumenau 0,0 12,0 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0
Dep. Fumo Rio Negro 0,0 7,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Departamento Grfico (CAM) 0,0 449,5 103,9 5,0 13,6 45,4 0,0
Unidade Cachoeirinha 0,0 0,0 186,0 0,0 0,0 286,0 0,0
Fbrica Uberlndia 0,0 16,6 27,2 0,0 10,9 0,0 0,0
Matriz 0,5 4,0 21,0 0,0 0,0 0,0 0,0
TM&D
CID-BH 0,0 9,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
CID-CTB 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
CID-POA 0,0 6,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
CID-REC 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
CID-RJ 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
CID-SP 0,0 109,2 0,0 20,0 4,0 0,0 0,0
TOTAL (kg) 0,5 614,0 409,0 25,0 29,0 331,0 449,0
FE (kgCO2/kgHFC) 1.780,0 1.780,0 1.300,0 725,0 3.260,0 2.285,0 1.430,0
Emisso (tCO2e) 1,0 1.093,0 531,0 18,0 93,0 757,0 642,0
Total (tCO2e) 3.135,36
23 IPCC Good Practice Guidance and Uncertainty Management in National Greenhouse Gas Inventories. Chapter 5. Waste.
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26
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
2.5 EMISSES INDIRETAS DO USO DE ENERGIA ELTRICA (MBITO 2) O total das emisses indiretas, oriundas da eletricidade importada, estimado pela seguinte
formula:
CE = EC * EF Onde:
CE = emisses de CO2 (t) EC = consumo de eletricidade (MWh) EF = fator de emisso, tC/MWh
TABELA 23. EMISSO ORIUNDA DA ELETRICIDADE IMPORTADA
Item Consumo (MWh/ano) FE24
(tCO2/MWh) Emisso (tCO2e)
Energia Eltrica 149.823,835 0,048425
7.251,47
O Fator de Emisso de CO2 resultante da gerao de energia eltrica pelo Operador Nacional
do Sistema Eltrico (ONS) foi extrado do website do Ministrio de Cincia e Tecnologia.
2.6 EMISSES INDIRETAS DAS VIAGENS AREAS (MBITO 3) Para a contabilizao das viagens areas a Souza Cruz adota o critrio de faixas de distncia,
e classifica as viagens como curtas ou longas. Sendo estas ltimas todas as que possurem
distncias superiores a 6.495km e as curtas, as que possuem distncia mdia de 500 km. Ou
seja, h uma quantificao correta do nmero de viagens, porm no da distncia total
percorrida.
A tabela 24 apresenta as emisses provenientes das viagens areas.
TABELA 24.EMISSES DAS VIAGENS AREAS
N de Viagens Distncia Mdia Fator de Emisso26
(FE) Unidade Emisso em tCO2e
26.643,0 ~ 500 km 0,15 kgCO2/km 1.998,2
1.626,0 ~ 6495 km 0,11 kgCO2/km 1.161,7
Total 3.159,9
24 IPCC Good Practice Guidance and Uncertainty Management in National Greenhouse Gas Inventories. Chapter 5. Waste.
25 Fatores de Emisso de CO2 pela gerao de energia eltrica no Sistema Interligado Nacional do Brasil. Fonte: www.mct.gov.br
26 Based on Emission Factors provided by UK DEFRA (Table 9, Annexes to Guidelines for Company Reporting on Greenhouse Gas Emissions, updated July 2005)
for short haul and long haul flights. http://www.defra.gov.uk/environment/business/envrp/gas/ Note: these emissions factors are based on data from the UK.
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27
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
2.7 RESUMO DAS EMISSES As emisses dos trs mbitos de inventrio totalizaram 153.459,00 tCO2e. A quantificao
das emisses pode ser observada na tabela 25 e sua distribuio percentual no grfico 2.
As emisses diretas da Souza Cruz (mbito 1) totalizaram 34.233,32 tCO2e representam 22%
das emisses da cadeia produtiva do fumo relacionada empresa.
As emisses do mbito 2 constituem apenas 5% do total e representam as emisses da
gerao de energia comprada e/ou adquirida pela empresa e que ocorrem fisicamente no
local onde a eletricidade gerada, por exemplo, pelas concessionrias fornecedoras do
Sistema Interligado Nacional.
Nota-se que a principal fonte de emisso (73%) advm do mbito 3, ou seja, atividades que
existem por causa da empresa, mas ocorrem em fontes que no pertencem ou no so
controladas pela Souza Cruz. Alguns exemplos destas atividades so a produo e transporte
de fumo, transporte de produto acabado, transporte de matria prima, viagens areas e
viagens comerciais e as atividades dos produtores fornecedores de fumo para a Souza Cruz.
TABELA 25. QUANTIFICAO DAS EMISSES POR MBITO
EMISSES POR MBITO (tCO2E)
mbito 1 34.233,32
mbito 2 7.255,02
mbito 3 111.970,66
Total 153.459,00
GRFICO 2. EMISSES POR MBITO NA CADEIA PRODUTIVA DA SOUZA CRUZ
22%
5%
73%
mbito 1
mbito 2
mbito 3
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
A tabela 26 apresenta a composio das emisses por mbito de inventrio.
TABELA 26. EMISSES DA SOUZA CRUZ
Item / mbito Emisso (tCO2e)
mbito 1 34.233,32
Combustveis fsseis: fontes fixas 11.541,98
Combustveis fsseis: fontes mveis 16.956,48
distribuio 15.925,27
deslocamento do orientadores 1.031,21
Resduos 2.599,50
Gases de refrigerao 3.135,36
mbito 2 7.255,02
Importao de energia eltrica 7.255,02
mbito 3 111.970,66
Transporte do fumo 2.655,85
Transporte de matria prima e produto acabado 9.542,60
Transporte do fumo processado 5.280,50
Viagens comerciais 126,34
Viagens areas 3.159,90
Emisses dos produtores 91.205,47
Total 153.459,00
Como apresentado no grfico 3, a principal fonte de emisso nas atividades controladas pela
Souza Cruz a queima de combustveis, representando 84% do total, sendo 34% de fontes
fixas e 50% de fontes mveis. Os gases de refrigerao utilizados nos armazns de fumo
constituem 9% e a decomposio de resduos gerados pela Souza Cruz 7% das emisses.
GRFICO 3. EMISSES DIRETAS DA SOUZA CRUZ (MBITO1)
34%
50%
7%
9% Combustveis: fontes fixas
Combustveis fsseis: fontes mveis
Resduos
Gases de refrigerao
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
O grfico 4 apresenta a composio das emisses do mbito 3. Pode-se observar que as
emisses oriundas da produo de fumo compem 81% do mbito, as operaes de transporte
desde o produtor de fumo at o consumidor final 16% e as viagens areas 3%. As emisses
provenientes das viagens comerciais representam menos de 1% do total do mbito.
GRFICO 4. EMISSES DO MBITO 3
A emisso dos produtores compreende todas emisses geradas desde a semeadura do fumo
at sua colheita e preparo para o transporte. A composio das emisses desta etapa pode
ser visualizada no grfico 5. Observa-se que a a principal fonte de emisso a adubao
nitrogenada, que representa 61% do total das emisses. Em segundo lugar, esto as emisses
de N2O e CH4 oriundas da combusto de lenha para cura do fumo com 21% e em seguida as
emisses da calagem (17%). As emisses dos combustveis fsseis queimados durante o
preparo do solo representam 1% e da gerao de energia eltrica pelo Sistema Interligado
Nacional constituem menos de 1% desta etapa da cadeia produtiva.
GRFICO 5. EMISSES DOS PRODUTORES (MBITO 2 E 3)
2%
9% 5% 0%
3%
81%
Transporte do fumo
Transporte de matria prima e produto acabado
Transporte do fumo processado
viagens comerciais
Viagens areas
Emisses dos produtores
61%
0%
21%
17%
1%
Adubao nitrogenada
Energia da rede
Combusto de Lenha
Calagem
Combustveis fsseis
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
2.8 EMISSES NEUTRAS (NO CONTABILIZADAS NO INVENTRIO DE EMISSES DE GEE) Na cadeia produtiva da Souza Cruz, em diversas etapas utilizam-se fontes neutras, ou seja, a
emisso de CO2 correspondente reabsorvida no crescimento da biomassa (ver pag. 21).
A composio destas emisses pode ser observada no grfico 6. Nota-se que a utilizao da
lenha como fonte energtica representa 99,69% das emisses neutras da Souza Cruz. A
utilizao do etanol como fonte de energia representa os outros 0,3%. importante salientar
que este valor est aqui apresentado a ttulo de curiosidade e com o objetivo de evidenciar a
composio das emisses neutras da empresa, uma vez que no computado as emisses da
empresa.
GRFICO 6. COMPOSIO DAS EMISSES NEUTRAS DA SOUZA CRUZ
O grfico 7 apresenta as emisses por mbito de inventrio e as emisses neutras da cadeia
produtiva da Souza Cruz. Observa-se que as emisses neutras, caso fossem contabilizadas no
inventrio, representariam 91% das emisses, principalmente pela utilizao da lenha como
fonte de energia na atividade industrial e no processo de cura do fumo. Dos 9% restantes, 7%
so emisses do mbito 3, 2% do mbito 1 e menos de 1% do mbito 2.
GRFICO 7. COMPARAO DAS EMISSES NEUTRAS E CONTABILIZADAS DA SOUZA CRUZ
0,30% 8,21%
91,48%
Etanol
Lenha (gerao de Energia)
Lenha (cura de fumo)
2%0%
7%
91%
mbito 1
mbito 2
mbito 3
Emisses neutras
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
3. ESTOQUE DE CARBONO NAS FLORESTAS DA SOUZA CRUZ Como boa parte da energia utilizada nas unidades industriais que processam o fumo e
produzem os cigarros oriunda da lenha produzida em florestas plantadas, combustvel
renovvel, necessrio que seja dado o devido destaque a este assunto, pois nestas
propriedades h um estoque considervel de Carbono a ser quantificado.
De acordo com dados fornecidos pela Souza Cruz, as fazendas apresentam as seguintes
caractersticas cadastrais:
TABELA 27. DADOS CADASTRAIS DAS FAZENDAS DA SOUZA CRUZ
Fazenda Estado Municpio rea total rea
plantada rea com nativas
Buriti da Prata MG Buriti da Prata 2.883,9 ha 1.594,2 933,2
Triangulo SC Rio Negrinho 2.189,0 ha 1.054,4 683,0
Boa Vista RS Pntano Grande 3.116,0 ha 1.408,0 840,1
Brusque SC Brusque 186,39 122 34,9
As fazendas tm como principal objetivo a produo de madeira de eucaliptos para energia,
no entanto, tambm so comercializadas toras para serraria e postes.
Basicamente o manejo prev o corte dos
povoamentos de primeira rotao com sete anos.
Porm parte dos indivduos, aproximadamente
7%, so separados segundo a forma para produo
de postes. Destes, aproximadamente 1% ainda
devero ser conduzidos at o 14 ano para
produo de madeira para serraria.
Ainda, quanto ao manejo, alguns pontos
interessantes foram observados no manejo das
florestas, especialmente nas operaes de
explorao. As rvores so derrubadas com o uso
de motosserras e posteriormente, toda a madeira cortada em toras de um metro de
comprimento. Depois disso, as toras so
acomodadas manualmente em veculos de trao
animal para serem transportadas para as pilhas,
onde secam por aproximadamente 180 dias. Depois
de secas, so colocadas em pallets metlicos, com
capacidade aproximada de 2,20 m cada.
A madeira assim movimentada, dentro das
referidas estruturas, at o momento de seu
consumo nas fbricas, otimizando muito as
atividades de carga e descarga, apesar do pequeno
comprimento da madeira.
FIGURA 10.Veculo de trao animal
FIGURA 9.PALLETS COM MADEIRA
FIGURA 8. FAZENDA BURITI DA PRATA
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
3.1. FLORESTAS PLANTADAS (EUCALIPTO) Os dados utilizados para calcular o estoque de carbono nos plantios de eucalipto foram
fornecidos pela Souza Cruz. A empresa forneceu dados de estimativa de volume de madeira
por Fazenda baseada na experincia de seus funcionrios, o que pode causar distores entre
o volume real e o estimado pela Souza Cruz.
O clculo do estoque de carbono nas florestas, uma vez que se obteve o volume de madeira
em st (estreo), foi realizado atravs da seguinte frmula:
CB = V * D * CF * 44/12 Onde:
CB = estoque de carbono (tCO2e) V = volume comercial de madeira (st) D = densidade de eucalipto (t/st), default Souza Cruz 0,45 t/st CF = frao de carbono em matria seca (tC/t.m.s.). default IPCC = 0,47 44/12 fator de converso de C para CO2e
Conforme a metodologia do IPCC27, existem fatores que permitem considerar volume de
biomassa acima do solo, inclusive galhos e pontas (volume comercial * 1,174) e razes
(volume comercial * 1,29), porm, de forma conservadora, somente o carbono estocado na
madeira mensurada pela estimativa da Souza Cruz, o volume comercial, foi considerado.
Os dados disponibilizados com as estimativas fornecidos pela Souza Cruz esto nos Anexos III
e IV e o resumo das informaes nele contidas podem ser visualizados na tabela 28.
TABELA 28. ESTOQUE DE CARBONO NOS PLANTIOS DE EUCALIPTO DA SOUZA CRUZ
Fazenda rea Estoque Estimado (st) Estoque (tCO2)
Boa Vista 1.408 193.173,8 149.806,3
Buriti da Prata 1.594 286.173,1 221.927,3
Tringulo 1.054 216.468,6 167.871,4
Brusque 122 63.440,0 49.197,7
Total 4.178 759.255,6 588.802,7
No h uma srie histrica contnua de dados oriundos de inventrios florestais, o que
inviabiliza a gerao de modelos prprios de crescimento e torna imprecisa a quantificao
do volume de madeira nos plantios florestais da empresa. Seria interessante a execuo de
um inventrio florestal contnuo e o desenvolvimento de curvas de crescimento para gerao
de modelos de prognose confiveis que poderiam fornecer a empresa informaes mais
precisas em relao aos seus plantios de florestais e a evoluo de seu estoque.
27 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gs Inventories. Chapter 4: Forest Land.
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33
INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
3.2 FLORESTAS NATIVAS NAS FAZENDAS DA SOUZA CRUZ O estoque de carbono nas florestas nativas foi calculado utilizando-se o somatrio das reas
de floresta nativa nas fazendas Buriti, Boa Vista, Tringulo e Brusque e a metodologia do
IPCC para o estoque de carbono em florestas nativas. O estoque de carbono por fazenda e
total pode ser visualizado na tabela 29.
O clculo do estoque de carbono contido nas matas nativas das fazendas foi feito a partir
multiplicao da taxa de converso indicada pelo IPCC (Tabela 4.7 do 2006 IPCC Guidelines
for National Greenhouse Gas Inventories). Foi adotado valor de 210 t.m.s/ha (toneladas de
matria seca por hectare) para as florestas nativas secundrias em estgio mdio
sucessional. Por motivos de conservadorismo, no foi contabilizado o estoque de carbono nas
razes.
TABELA 29. ESTOQUE DE CARBONO NAS FLORESTAS NATIVAS
Fazenda rea nativas (ha) CO2 eq F. Nat. (t)
Triangulo 683 247.178
Boa vista 840 303.996
B. da Prata 933 337.653
Brusque 34,9 12.630
Total 2.490,9 901.457
Assim, temos que o total de carbono estocado nas florestas nativas das fazendas da Souza
Cruz de 901.457 tCO2e.
O grfico 8 apresenta o estoque de carbono por fazenda dividido em floresta nativa e
plantios de eucalipto em tCO2e.
GRFICO 8. ESTOQUE DE CARBONO NAS FAZENDAS DA SOUZA CRUZ
0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000
Boa Vista
Tringulo
Buriti
Brusque
Eucalipto
Nativas
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INVENTRIO DE EMISSES DE GEE. SOUZA CRUZ 2008
3.3. MANCHAS DE FLORESTAS NATIVAS E REFLORESTAMENTOS NOS PARQUES AMBIENTAIS
As Unidades fabris de Santa Cruz e de Cachoeirinha possuem reservas de florestas nativas
que vem sendo usadas principalmente para atividades de educao ambiental. A Empresa
possui tambm parques ambientais em Uberlndia e Santa Cruz do Sul. Os dados cadastrais
dos parques ambientais, informados pela Souza Cruz, seguem na tabela 30.
TABELA 30. DADOS CADASTRAIS DOS PARQUES AMBIENTAIS
Parque rea (ha) rea Plantada (eucalipto) Floresta Nativa
Parque de Cachoeirinha (RS) 190,00 - 180,00
Parque de Uberlndia (MG) 40,00 - 33,74
Parque de Santa Cruz do Sul (RS) 64,84 14,13 25,94
Parque de Blumenau (SC) 2,50 - 2,50
Total 297,34 14,13 242,18
A tabela 31 apresenta o estoque de carbono nos parques ambientais da Souza Cruz.
TABELA 31. CARBONO ESTOCADO NOS PARQUES AMBIENTAIS
Parque Eucalipto Floresta Nativa
t.m.s/ha * 140 210
rea 14 242
Estoque (tCO2e) 3.409 87.645
* Tabelas 4.7 e 4.8 do 2006 IPCC Guidelines.
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3.4. RESUMO DO ESTOQUE NAS PROPRIEDADES DA SOUZA CRUZ
O resumo do estoque de carbono nas propriedades da Souza Cruz so demonstrados no
grfico 9 e na tabela 32. A vegetao nativa das fazendas representa a maior parcela deste
estoque e constitui 57% do total, os plantios de eucalipto constituem 37% e os parques
ambientais 6%.
GRFICO 9. ESTOQUE DE CARBONO DA SOUZA CRUZ
TABELA 32. ESTOQUE DE CARBONO NAS PROPRIEDADES DA SOUZA CRUZ
(tCO2e)
Eucalipto das fazendas 588.803
Boa Vista 149.806
Tringulo 167.871
Buriti 221.927
Brusque 49.198
Nativas das fazendas 901.458
Boa Vista 303.996
Tringulo 247.178
Buriti 337.653
Brusque 12.630
Parques ambientais 91.054
Eucalipto 3.409
Nativas 87.645
Total da Souza Cruz 1.581.315
37%
57%
6%
Eucalipto (fazendas)
Nativas (fazendas)
Parques Ambientais
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4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
- 2006 IPCC Guidelines for NationalGreenhouseGasInventories. Volume 2: Energy. Volume 4: Agriculture, Forestry and other Land Use.
- Annexes to Guidelines for Company Reporting on Greenhouse Gas Emissions, Table 9, Updated July 2005. UK DEFRA. http://www.defra.gov.uk/environment/business/ (acesso em 9/02/2009).
- Frey, M.R. e Wittman, M.L. (2006). Gesto ambiental e desenvolvimento regional: uma anlise da indstria fumageira. Revista EURE, Santiago de Chile, 96: 99-115.
- Good Practice Guidance and Uncertainty Management in National Greenhouse Gas Inventories http://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/public/2006gl/index.htm (acessoem 11/02/2009)
- Anurio Estatstico Brasileiro do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis 2008. ANP Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis.
- Os Fatores de Emisso de CO2 resultantes da gerao de energia eltrica verificada no Sistema Interligado Nacional (SIN) do Brasil. Ministrio da Cincia e Tecnologia. http://www.mct.gov.br/UserFiles//Clima/Fator_Emissao/Fator%20Versao2/Fatores_de_Emissao_2006_PORT_25_04_07.htm ( acesso em 05/02/2009).
- Pacote Tecnolgico Safra 2010. Souza Cruz
- Sindicato da Indstria do Fumo no Estado do Rio Grande do Sul (SINDIFUMO) www.sindifumo.com.br(acesso em 15/02/2009).
- Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) 2006, 2006 IPCC Guidelines for National
Greenhouse Gas Inventories, Prepared by the National Greenhouse Gas Inventories
Programme, Eggleston H.S.,Buendia L., Miwa K., Ngara T. and Tanabe K. (eds). Published:
IGES, Japan.
- Ministrio da Cincia e Tecnologia (MCT).
(http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/75293.html#) (acesso em 09/02/2009)
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- Department for Environment, Food and Rural Affairs, United Kingdom (DEFRA, UK) Annexes to Guidelines for Company Reporting on Greenhouse Gas Emissions, updated July 2005.http://www.defra.gov.uk/environment/business/ (acesso em 9/02/2009).
- GHG Protocol - www.ghgprotocol.org - (acesso em 10/02/2009).
- Ministrio de Minas e Energia (MME), Balano Energtico Nacional, 2008.
- NBR ISO 14064-1. Gases de efeito estufa - Parte 1: Especificao e orientao a
organizaes para quantificao e elaborao de relatrios de emisses e remoes de gases
de efeito estufa.
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ANEXOS
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ANEXO I DADOS FORNECIDOS PELA SOUZA CRUZ
KG DE FERTILIZANTES FATURADOS (TOTAL COM REPOSIO)
Float LAVOURA
TF Ha
Plantado ADUBO
20-10