sumário - minas geraissii.fjp.mg.gov.br/cei/saneamento/minasedados.pdfpopulação total e taxas de...
TRANSCRIPT
Sumário 1. Caracterização do território ...................................................................................................... 5
Tabela 1.1: Legenda dos Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais ............................. 5
Tabela 1.2: Principais rios cujas nascentes encontram-se no Estado de Minas Gerais ............ 6
Tabela 1.3: Principais usinas hidrelétricas: ............................................................................... 6
2. População e área ....................................................................................................................... 7
Tabela 7.1. População total e taxas de crescimento de Minas Gerais – 2000-2060 .................... 7
Gráfico 2.1. Distribuição relativa da população de Minas Gerais, por grandes grupos etários –
2000-2060 (VARIAVEIS: DM_GGE0015; DM_GGE1565; DM_GGE6599) .................................. 8
Gráfico 2.2. Taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, total e por sexo, de
Minas Gerais – 2000-2060 (VARIAVEIS: DM_TMI; DM_TMIM; DM_TMIF; DM_EVN;
DM_EVNM; DM_EVNF) ............................................................................................................. 9
Gráfico 2.3. Taxa de Fecundidade total (TFT) de Minas Gerais – 2000 e 2060 (VARIAVEIS:
DM_TFT) .................................................................................................................................. 10
3. Emprego e Renda .................................................................................................................... 11
Gráfico 3.1 - Taxa de desocupação, por sexo – Minas Gerais – 2012 - 2017 (%) .................... 11
Tabela 3.1 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14 anos ou
mais de idade – Minas Gerais – 2012 - 2017 (%) .................................................................... 12
Tabela 3.2 - Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente recebido por mês,
pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, com
rendimento de trabalho – Minas Gerais – 2012 - 2017 (%) .................................................... 13
Tabela 3.3 - Saldo de empregos formais, segundo setores de atividade selecionados – Minas
Gerais – 2012 - 2017 (mil postos de trabalho) ........................................................................ 14
4. Educação ................................................................................................................................. 15
GRÁFICO 4.1 - Taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais de idade - Brasil e
Minas Gerais- 2016/2017 ........................................................................................................ 15
GRÁFICO 4.2 - Escolaridade da população com 14 anos ou mais de idade segundo cor/raça -
Brasil e Minas Gerais - 2017 .................................................................................................... 16
GRÁFICO 4.3 - Percentual de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos de idade -
Brasil e Minas Gerais- 2016/2017 ........................................................................................... 17
GRÁFICO 4.3 - Percentagem de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos de idade
e nível de ensino - Brasil e Minas Gerais- 2016/2017 ............................................................. 18
GRÁFICO 4.4 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb, por etapa de estudo -
Minas Gerais- 2007-2017 ........................................................................................................ 19
5. Saúde ....................................................................................................................................... 20
Tabela 5.1: Número e proporção de nascidos vivos, por residência e idade da mãe - Minas
Gerais, 1995-2017 ................................................................................................................... 20
Gráfico 5.1: Proporção de nascidos vivos por número de consultas de pré-natal. Minas
Gerais, 2000 – 2016 (VARIAVEIS: SD_PNVNCPN; SD_PNV13CPN; SD_PNV46CPN;
SD_PNVM7CPN; SD_PNVNCPNI) ............................................................................................. 21
Tabela 5.2: Principais grupos de causas de óbitos de residentes. Minas Gerais -
1996/2006/2016 ..................................................................................................................... 21
Gráfico 5.2 - Proporção de óbitos por causas mal definidas. Minas Gerais - 1996 a 2016
(VARIAVEIS: SD_POCMD) ........................................................................................................ 22
Tabela 5.3: Cobertura populacional da Estratégia Saúde da Família Minas Gerais, 2007-2017
................................................................................................................................................. 22
6. Assistência Social ..................................................................................................................... 23
Gráfico 6.1 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 15 anos ou
mais de idade, com rendimento, no Brasil e Minas Gerais – 2004 a 2016 ............................. 24
Gráfico 6.2 - Distribuição mediana do percentual da população de 10 a 13 anos ocupada e
do percentual de domicílios com renda per capita menor que 70 anos, segundo os territórios
em desenvolvimento. .............................................................................................................. 25
Gráfico 6.3 - Distribuição percentual das unidades de prestação de serviços de assistência
social privadas sem fins lucrativos conforme tipo de serviço socioassistencial prestado. ..... 26
7. Segurança Pública ................................................................................................................... 27
Figura 7.1 – Evolução das taxas de homicídios em Minas Gerais – 2013/2016 – SP_THD ..... 28
Figura 7.2 – Evolução das taxas de crimes violentos contra o patrimônio em Minas Gerais –
2013/2016 ............................................................................................................................... 28
Figura 7.3 – Evolução das taxas de crimes violentos contra a pessoa em Minas Gerais –
2013/2016 - ............................................................................................................................. 28
8. Desenvolvimento Humano ...................................................................................................... 29
Gráfico 8.1 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), IDHM- Renda, IDHM –
Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais – 2000 e 2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMTI;
DH_IDHMR; DH_IDHML; DH_IDHME) ..................................................................................... 30
Gráfico 8.2 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM ajustado),
IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais, por sexo –
2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMAM; DH_IDHMRFA; DH_IDHMLF; DH_IDHMLM; DH_IDHMEF;
DH_IDHMEM; DH_IDHMRFA; DH_IDHMRMA) ....................................................................... 31
Gráfico 8.3 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM ajustado),
IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais, por cor –
2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMB; DH_IDHMN; DH_IDHMEB; DH_IDHMEN; DH_IDHMLB;
DH_IDHMLN; DH_IDHMRB; DH_IDHMRN) ............................................................................. 32
Gráfico 8.4 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM ajustado),
IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais, por
situação de domicílio– 2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMUB; DH_IDHMRL; DH_IDHMRUB;
DH_IDHMRRL; DH_IDHMLUB; DH_IDHMLRL; DH_IDHMEUB; DH_IDHMERL) ........................ 33
9. Saneamento Básico ................................................................................................................. 34
Gráfico 9.1 - Percentual de Domicílios ligados à rede geral de Abastecimento de Água Brasil,
Minas Gerais e Belo Horizonte - 2016/2017 ( VARIAVEIS: SB_AARG) .................................... 34
Gráfico 9.2 - Percentual de Domicílios ligados à rede geral de esgoto no Brasil, Minas Gerais
e Belo Horizonte - 2016/2017 (VARIAVEIS: SB_ESTRGFNLR) .................................................. 35
Gráfico 9.3 - Percentual de Domicílios com coleta direta do lixo no Brasil, Minas Gerais e
Belo Horizonte - 2016/2017 (VARIAVEIS: SB_DLCSL) .............................................................. 35
10. Habitação .............................................................................................................................. 36
Tabela 10.1 - Estimativas do déficit habitacional absoluto e relativo, total e urbano, em
relação ao total de domicílios particulares permanentes e improvisados - Minas Gerais -
2011/2015 (1) .......................................................................................................................... 36
Gráfico 10.1 - Percentual de Domicílios quanto ao combustível utilizado para cocção dos
Alimentos no Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte 2016-2017 (VARIAVEIS: HB_CUPAGBE;
HB_CUPALC; HB_CUPAEE) ...................................................................................................... 37
11. Meio Ambiente ...................................................................................................................... 38
Gráfico 11.1 – Variação da Estimativa de Emissão de CH4 do setor Agropecuária (Gg) x Área
acumulada de transição de floresta natural para Agropecuária – Minas Gerais – 1990 a 2015
(VARIAVEIS: MA_EAECH4SA; MA_AATFNA) ............................................................................ 38
Gráfico 11.2 – Evolução das Áreas de Florestas Naturais e Plantadas – Minas Gerais – 1985 a
2017 (VARIAVEIS: MA_PAFN MA_PAFP) ................................................................................. 39
Tabela 11.1 – Percentual e variação de área de classes de uso do solo – 2013 – 2017 – Minas
Gerais ...................................................................................................................................... 40
12. Contas Regionais ................................................................................................................... 41
Gráfico 12.1 – Taxa de Variação real no ano (%) do Produto Interno Bruto (PIB) – Minas
Gerais e Brasil – 2014-2017 (VARIAVEIS: CR_TPIBVAPIB) ....................................................... 41
Tabela 12.1 – Valor Adicionado por setores de atividade econômica, Produto Interno Bruto
(PIB), Impostos e PIB per capita, a preços correntes – Região Metropolitana de Belo
Horizonte (RMBH) e Territórios de Desenvolvimento - Minas Gerais – 2015 ........................ 42
13. Aspectos setoriais da economia ............................................................................................ 43
Gráfico 13.1 - Principais produtos da agropecuária mineira – produção física - 2010-2017
(SE_PASPSCF, SE_ERPAPOALT) ................................................................................................ 43
Gráfico 13.2 - Principais produtos da mineração em Minas Gerais – produção física
beneficiada – 2010-2016 (SE_PMBSSSMMF, SE_PMBSSSMMN) ............................................ 44
Gráfico 13.3 - Principais produtos da manufatura mineira – produção física - 2010-2017
(SE_PITSPSFG, SE_PITSPSV) ..................................................................................................... 44
14. Infraestrutura básica ............................................................................................................. 46
Gráfico 14.1: Capacidade instalada e geração de energia elétrica – Minas Gerais – 2012-2017
(IF_CIEE, IF_GEE) ..................................................................................................................... 46
Gráfico 14.2: Transporte de passageiros, de carga e correios no modal aéreo – Minas Gerais
– 2012-2017 (IF_TPEDMTA, IF_TCCDMTA_ IFTCDRMTA) ....................................................... 47
Gráfico 14.3 – Número de acessos de serviços móveis pessoais, segundo plano de serviço –
Minas Gerais e Brasil – 2012-2017 (IF_NAMPSPSAM, IF_NAMPSPSPRP, IF_NAMPSPSPSP) .. 48
15. Investimentos ........................................................................................................................ 49
Gráfico 15.1: Investimentos anunciados em Minas Gerais - US$ milhões de dólares - 2004-
2017 (IN_IAT) .......................................................................................................................... 49
Tabela 15.1: Investimentos anunciados de Minas Gerais, territórios de desenvolvimento –
US$ milhões de dólares – 2004-2017 (total e %) .................................................................... 50
Tabela 15.2: Investimentos anunciados em Minas Gerais, setores econômicos – US$ milhões
de dólares – 2004-2017 (total) ................................................................................................ 50
16. Finanças Públicas ................................................................................................................... 51
Gráfico 16.1: Evolução da participação dos setores de atividade econômica na arrecadação
de ICMS Minas Gerais- 2011-2017 (VARIAVEIS: FP_PAICMSI; FP_PAICMSC; FP_PAICMSS;
FP_PAICMSAG) ........................................................................................................................ 51
17. Comércio Internacional ......................................................................................................... 52
Gráfico 17.1: Evolução das exportações (US$ bi FOB) e participação nas exportações do
Brasil (%) - Minas Gerais- 1997-2017 (VARIAVEIS: CI_E; CI_PTEBR) ....................................... 52
GRÁFICO 17.2: Composição da pauta de exportações – Minas Gerais 2017 (VARIAVEIS:
CI_PPEMPM; CI_PPEPS; CI_PPECE; CI_PPEABF; CI_PPEPMP; CI_PPEMTVAT; CI_PPESFO;
CI_PPEC; CI_PPEQ; CI_PPEMEMA; CI_PPEPC; CI_PPETCCC; CI_PPECR; CI_PPED) .................. 53
GRÁFICO 17.3: Principais países de destino das exportações – Minas Gerais – 2017
(VARIAVEIS: CI_PTPPCE) .......................................................................................................... 54
18. Cultura, esporte e lazer ......................................................................................................... 55
Gráfico 18.1 - Despesa com cultura e participação no total dos governos estaduais ............ 55
Tabela 18.1 – Pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência no
setor cultural, segundo a posição na ocupação e a categoria do emprego no trabalho
principal – Minas Gerais - 2007/2012 ..................................................................................... 56
19. Turismo .................................................................................................................................. 57
Tabela 19.1 - Valor Adicionado, segundo setores de atividade econômica do Turismo - Minas
Gerais - 2010-2014 (1.000.000 R$) ......................................................................................... 57
Gráfico 19.1 - Índice de volume das atividades turísticas - 2012-2017 (%) ............................ 58
Tabela 19.2 - Fluxo de turistas e receita turística de Minas Gerais - 2008-2017 .................... 58
Tabela 19.3 -Número de embarques e desembarques domésticos e internacionais - Minas
Gerais - 2003-2017 .................................................................................................................. 59
1. Caracterização do território
Minas Gerais é uma das 27 unidades federativas do Brasil,
sendo o quarto estado com a maior área territorial e o
segundo em quantidade de habitantes. É subdividido 17
Territórios de Desenvolvimento, constituídos por 853
municípios, a maior quantidade dentre os estados
brasileiros.
Sua posição geográfica peculiar o coloca como
intermediadora de acesso entre os principais pontos do país
e possui, por consequência, a maior malha rodoviária do
país.
Possui ainda uma topografia bastante acidentada, abrigando a nascente de alguns dos
principais rios do país e uma grande quantidade de usinas hidrelétricas.
Possui clima tropical, que varia de mais frio e úmido no sul até semiárido em sua porção
setentrional, e que propiciam a existência de uma rica fauna e flora distribuídas no estado,
destacando o cerrado e a Mata Atlântica.
Mapa dos Territórios de Desenvolvimento:
Tabela 1.1: Legenda dos
Territórios de Desenvolvimento
de Minas Gerais
1 – Noroeste 10 – Metropolitano
2 – Norte 11 – Vale do Aço
3 – Médio e Baixo Jequitinhonha
12 – Vale do Rio Doce
4 – Triângulo Norte 13 – Sudoeste
5 – Central 14 – Sul
6 – Alto Jequitinhonha
15 – Vertente
7 – Mucuri 11 – Vale do Aço
8 – Triângulo do Sul 16 – Caparaó
9 – Oeste 17 - Mata
Os principais rios:
Na rede hidrográfica, entre os principais rios do estado de Minas Gerais estão o Doce, que
nasce entre as encostas das serras da Mantiqueira e Espinhaço e percorre 853 km até
desaguar no Oceano Atlântico, no Espírito Santo; o Grande, cuja nascente está na Serra da
Mantiqueira, no município de Bocaina de Minas, percorrendo 1 360 km até o Rio Paranaíba,
formando assim o Rio Paraná (no estado de São Paulo); o Paranaíba, que nasce na Mata da
Corda, em Paranaíba, e tem aproximadamente 1 070 km; o São Francisco, que nasce na Serra
da Canastra, percorre 2 830 km, cortando a Bahia e passando por Pernambuco, Sergipe e
Alagoas até desaguar no oceano, sendo suas águas essenciais para o turismo, lazer, irrigação e
transporte em várias cidades, especialmente no norte mineiro e, por fim, o Jequitinhonha, que
nasce na serra do Espinhaço, em Serro, e percorre 920 km até sua foz no Atlântico. Outros rios
importantes do estado são o Mucuri, Pardo, Paraíba do Sul, São Mateus e das Velhas.
Tabela 1.2: Principais rios cujas nascentes encontram-se no Estado de Minas Gerais
Especificação Localização da nascente Foz Localização da foz Extensão
(Km)
Rio das Velhas Ouro Preto Rio São Francisco Várzea da Palma (1) 787,2
Rio São Francisco São Roque de Minas Oceano Atlântico Piaçabuçu (AL) (2) 2.694,30
Rio Grande Bocaina de Minas Rio Paraná Carneirinho (MG) (3) 1.269,00
Rio Paranaíba Rio Paranaíba Rio Paraná Carneirinho (MG) (3) 1.142,50
Rio Jequitinhonha Serro Oceano Atlântico Belmonte (BA) 1.003,80
Rio Doce Santa Cruz do Escalvado (4) Oceano Atlântico Linhares (ES) 550,7
Rio Mucuri Teófilo Otoni (5) Oceano Atlântico Mucuri (BA) 377
Fontes: Dados básicos: Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Base otocodificada dos cursos d'água de Minas Gerais (2013). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Notas: (1) A foz do Rio das Velhas encontra-se bem próxima aos limites do município de Pirapora. (2) A foz do Rio São Francisco também encontra-se bem próxima aos limites municipais de Brejo Grande (SE). (3) A foz dos Rios Paranaíba e Grande também encontra-se bem próxima aos limites municipais de Aparecida do Taboado (MS) e Santa Clara d’Oeste (SP). (4) A nascente do Rio Doce encontra-se bem próximo aos limites do muncípio de Rio Doce e Ponte Nova. (5) As nascentes do Rio Mucuri estão localizadas no município de Ladainha (MG). (13) As nascentes do Rio Jucuruçu ou Prado estão localizadas no município de Felisburgo (MG).
Tabela 1.3: Principais usinas hidrelétricas:
Especificação Potência instalada (Mw)
Água Vermelha 1396
Emborcação 1192
Furnas 1216
Itumbiara 2082
Jaguara 424
Nova Ponte 510
Porto Colômbia 328
São Simão 710
Três Marias 396
Volta Grande 380 Fonte:?????
2. População e área Essa seção traça um panorama da população do Estado, em
termos absolutos e taxas de crescimento, e em seus
componentes demográficos, fecundidade e mortalidade.
Destaca-se que os dados relativos aos anos de 2000 e 2010
são provenientes dos censos demográficos brasileiros e as
demais informações são oriundas das projeções
populacionais elaboradas pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2000 e 2060, a população de Minas Gerais crescerá
cerca de 18%, passando de 17.891 habitantes, para 21.160. A
Tabela 2.1 apresenta a população total de Minas Gerais e as taxas geométricas de crescimento
para o período de 2000 a 2060. Observa-se o arrefecimento acentuado das taxas de
crescimento ao longo das décadas, tornando-se negativa a partir de 2040. Entre 2040 e 2050,
espera-se um decrescimento médio anual da população do estado de -0,17% e entre 2050 e
2060, uma diminuição absoluta mais acelerada, de -0,43% ao ano.
Tabela 7.1. População total e taxas de crescimento de Minas Gerais – 2000-2060
Anos População total Intervalos Taxas de crescimento (%)
2000 17.891.494 2000-2010 1,09
2010 19.957.444 2010-2020 0,65
2020 21.292.666 2020-2030 0,43
2030 22.220.112 2030-2040 0,11
2040 22.473.382 2040-2050 -0,17
2050 22.085.730 2050-2060 -0,43
2060 21.160.005 ... ...
Fonte dos dados básicos: Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE), 2016 e 2018. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
As mudanças na estrutura etária em Minas Gerais estão ocorrendo rapidamente. Em 2000, o
grupo etário de até 15 anos de idade representava 28,4% da população total do estado,
passando para 22,8, em 2010. Espera-se que, em 2020, essa proporção alcance 18,8%, 17,3%,
em 2030, e 13,2%, em 2060. Os idosos, por sua vez, tiveram a participação relativa
incrementada, passando de 6,2%, em 2000, para 8,1%, no ano de 2010. Em 2060, estima-se
uma participação ainda maior, de 28,7%.
Gráfico 2.1. Distribuição relativa da população de Minas Gerais, por grandes
grupos etários – 2000-2060 (VARIAVEIS: DM_GGE0015; DM_GGE1565;
DM_GGE6599)
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2000 (dados do universo). Projeção da População por Sexo e Idade - 2018. Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do
Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estatística e Informações (Direi).
Verifica-se pela Gráfico 2.2 que a Taxa de
Mortalidade Infantil (TMI) do Estado passou de
25,6%, em 2000, para 14,6%, em 2010. Espera-se
que esse indicador diminua ainda mais nas
próximas décadas, atingindo o patamar de 9,2%,
em 2020, e de 4,6%, em 2060. Por outro lado,
assiste-se ao incremento da esperança de vida ao
nascer, que passará de 71,8%, em 2000, para
82,3%, em 2060. No período em questão, observa-se a manutenção do diferencial dos
indicadores de mortalidade, entre homens e mulheres. Em 2000, a TMI dos homens era de
28,9% óbitos para cada mil nascidos vivos, enquanto a TMI das mulheres era de 26,3%, para
cada mil nascidos vivos. Em 2060, espera-se que essas taxas cheguem a 5,0% e 4,2%,
respectivamente. Em contrapartida, a esperança de vida ao nascer dos homens, em 2000, era
de 68,4% anos e a das mulheres, de
75,3%. Em 2030, espera-se que as
esperanças de vida ao nascer alcancem o
patamar de 77,3% e 82,8%,
respectivamente.
28,4 22,8 18,8 17,3 15,2 13,8 13,2
65,4 69,1
70 67,1
65 61,6 58,1
6,2 8,1 11,2 15,7 19,8 24,6 28,7
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Até 15 anos Entre 15 e 64 anos 65 anos e mais
A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é
definida como o número de crianças
nascidas vivas e que vão a óbito antes
de um ano de idade. É um indicador
sensível às condições sociais. Quanto
melhor as condições de vida de uma
população, menor a TMI.
A Esperança de vida ao nascer é o número
médio de anos de vida esperados para um
recém-nascido, mantido o padrão de
mortalidade existente na população residente.
É um indicador sintético da mortalidade e,
consequentemente, da qualidade de saúde e
de vida de uma população.
Gráfico 2.2. Taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, total e
por sexo, de Minas Gerais – 2000-2060 (VARIAVEIS: DM_TMI; DM_TMIM;
DM_TMIF; DM_EVN; DM_EVNM; DM_EVNF)
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2000 (dados do universo). Projeção da População por Sexo e Idade - 2018. Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estatística e Informações (Direi).
A queda da fecundidade em Minas Gerais
iniciou-se na década de 1960. Em 1980, os
dados do Censo Demográfico revelaram
uma TFT para o Estado de 4,3 filhos, em
1991, 2,6 filhos e em 2000, 2,2 filhos por
mulher, atingindo praticamente o nível de
reposição (2,1 filhos por mulher). O Gráfico
2.3 mostra a evolução da TFT de Minas
Gerais, a partir do ano 2000. Verifica-se que,
em 2010, a TFT era de 1,79%, bem abaixo do
nível de reposição, e que para as próximas
décadas, não se espera recuperação dessa
taxa.
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Esp
eran
ça d
e vi
da
ao n
asce
r
Taxa
de
Mo
rtal
idad
e In
fan
til (
TMI)
ESPVIDA ESPVIDAMASC ESPVIDAFEM TMI TMIMASC TMIFEM
A Taxa de Fecundidade Total (TFT)
representa o número médio de filhos tidos
por uma geração hipotética de mulheres, em
determinado período. Ela é um bom
indicativo do comportamento reprodutivo
das mulheres, em uma determinada região,
em determinado momento. O nível da TFT
capaz de repor a população é de 2,1 filhos
por mulher.
Gráfico 2.3. Taxa de Fecundidade total (TFT) de Minas Gerais – 2000 e 2060
(VARIAVEIS: DM_TFT)
Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2000 (dados do universo). Projeção da População por Sexo e Idade - 2018. Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Centro de Estatística e Informações (Direi).
2,23
1,79
1,61 1,60 1,58 1,57 1,55
0
0,5
1
1,5
2
2,5
2000 2010 2020 2030 2040 2050 2060
Taxa
de
Fecu
nd
idad
e To
tal (
TFT)
3. Emprego e Renda Essa seção apresenta um panorama do mercado de trabalho.
Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (PNAD Contínua), publicada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED),
disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), possibilitam realizar uma avaliação conjuntural da
atual situação do mercado de trabalho mineiro.
Em Minas Gerais, a taxa de desocupação passou de 6,9% em 2012 para 12,2% em 2017. O
gráfico 3.1 destaca a taxa de desocupação, em percentual da População Economicamente
Ativa, de Minas Gerais para o total da população, por sexo, de 2012 a 2017. A taxa de
desocupação para homens ficou em 10,7% e para as mulheres em 14,0% em 2017.
Gráfico 3.1 - Taxa de desocupação, por sexo – Minas Gerais – 2012 - 2017 (%)
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e
Informações (Direi). Variáveis: ER_TDT_2012-2017 ER_TDF_2012-2017 ER_TDM_2012-2017
Podemos analisar a taxa de desocupação por sexo, idade, nível de instrução e cor/raça, para o
período de 2012 a 2017, em Minas gerais, na Tabela 3.1. Em 2017, a taxa de desocupação é
maior para quem tem idade entre 14 e 17 anos (43,0%), possui ensino fundamental completo
(17,8%) e se auto declarou de cor preta (14,5%).
2,0
7,0
12,0
17,0
Total Mulheres Homens
O rendimento médio real do trabalho principal, por sexo, idade, nível de instrução e cor/raça,
em Minas gerais, para o período de 2012 a 2017, pode ser analisado na Tabela 3.2. Em 2017, o
a rendimento médio do mineiro foi de R$ 1.792,30. Os homens possuem rendimento médio
34,9% maior que as mulheres. Por idade, o maior rendimento médio é para as pessoas que
possuem 60 anos ou mais de idade (R$ 2.233,80). Vale ressaltar também que as pessoas com
ensino superior completo têm maior rendimento médio (R$ 2.889,00). Por fim, na análise por
cor/raça o maior rendimento é para pessoas que se auto declararam de cor branca (R$
2.246,80).
Tabela 3.1 - Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas com 14
anos ou mais de idade – Minas Gerais – 2012 - 2017 (%)
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Total - Minas Gerais 6,9 6,6 6,7 8,5 11,1 12,2 Sexo
Homens 5,5 5,1 5,7 7,6 10,0 10,7 Mulheres 8,8 8,6 8,1 9,6 12,5 14,0
Idade
14 a 17 anos 22,7 24,3 26,1 29,7 41,0 43,0 18 a 24 anos 14,0 13,4 14,3 18,0 22,8 25,2 25 a 39 anos 6,2 5,8 5,8 7,6 9,8 10,3 40 a 59 anos 3,4 3,4 3,5 4,7 6,5 7,2 60 anos ou mais 2,0 1,9 2,3 2,9 4,1 5,6
Nível de instrução
Ensino fundamental incompleto 5,9 5,7 5,9 7,6 10,1 11,2 Ensino fundamental completo 9,6 9,4 9,8 12,6 16,5 17,8 Ensino médio completo 7,6 7,2 7,2 8,8 11,6 12,7 Ensino superior completo 4,2 3,6 3,9 4,9 5,9 6,5
Cor/raça
Branco 5,7 5,1 5,2 6,6 8,3 9,2 Preto 8,0 7,7 7,8 10,4 13,7 14,5 Pardo 7,8 7,7 7,9 9,8 12,9 14,1
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Tabela 3.2 - Rendimento médio real do trabalho principal, habitualmente
recebido por mês, pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na
semana de referência, com rendimento de trabalho – Minas Gerais – 2012 - 2017
(%)
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Total - Minas Gerais 1.753,5 1.805,3 1.869,8 1.823,0 1.777,0 1.792,3 Sexo
Homens 2.005,8 2.065,0 2.158,8 2.071,3 1.982,5 2.017,5 Mulheres 1.403,3 1.443,5 1.479,8 1.494,5 1.502,0 1.495,8
Idade
14 a 17 anos 575,5 573,8 586,8 549,3 553,8 507,3 18 a 24 anos 1.079,0 1.098,5 1.113,3 1.097,0 1.079,3 1.052,3 25 a 39 anos 1.746,3 1.820,0 1.857,0 1.818,5 1.813,0 1.813,5 40 a 59 anos 2.077,8 2.125,0 2.200,5 2.102,5 1.970,5 1.995,5 60 anos ou mais 2.055,3 1.980,3 2.139,5 2.087,0 2.096,5 2.233,8
Nível de instrução
Ensino fundamental incompleto
1.993,3 2.047,0 2.114,8 2.057,8 2.034,0 2.063,5
Ensino fundamental completo 2.538,8 2.650,5 2.706,5 2.621,3 2.498,0 2.465,5 Ensino médio completo 3.613,8 3.699,0 3.616,3 3.498,0 3.406,5 3.343,8 Ensino superior completo 4.288,5 4.316,5 4.335,0 4.021,8 3.742,8 3.889,0
Cor/raça
Branco 2.178,0 2.271,5 2.336,8 2.220,5 2.162,0 2.246,8 Preto 1.284,0 1.367,3 1.393,5 1.395,0 1.374,0 1.391,0 Pardo 1.426,0 1.456,5 1.532,8 1.540,3 1.514,5 1.494,5
Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
A Tabela 3.3 apresenta o saldo de empregos formais de Minas Gerais, segundo setores de
atividade selecionados, no período de 2012 a 2017. Destaca-se que o saldo de empregos
formais (admitidos menos desligados) passou de 109,0 mil postos de trabalho em 2012 para
15,4 mil em 2017, depois de ter atingido o menor valor da série histórica em 2015 (-203,5 mil).
Tabela 3.3 - Saldo de empregos formais, segundo setores de atividade
selecionados – Minas Gerais – 2012 - 2017 (mil postos de trabalho)
Especificação 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Total 109,0 62,4 -7,5 -203,5 -123,8 15,4
Agropecuária -8,0 -10,7 -3,7 -4,4 -0,7 2,2
Indústria total 28,1 8,5 -41,8 -137,8 -70,2 -3,2
Ext. mineral 2,3 0,4 -0,6 -5,1 -3,1 0,4
Transformação 10,9 9,3 -14,4 -69,9 -30,1 2,9
SIUP 0,0 0,4 0,5 -2,0 -1,7 -0,9
Construção Civil 14,9 -1,8 -27,3 -60,8 -35,3 -5,5
Serviços total 88,9 64,7 37,9 -61,4 -52,9 16,4
Administração Pública -0,2 2,5 0,7 -1,0 -1,8 1,0
Comércio 34,2 25,6 16,0 -23,5 -17,8 4,4
Outros Serviços 54,9 36,6 21,2 -36,8 -33,3 11,0 Fonte: Dados básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNADC). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
4. Educação Nessa seção é apresentado um panorama da educação do
Estado nos seus diferentes aspectos, quais sejam:
analfabetismo e escolaridade, atendimento à população em
idade escolar e qualidade do ensino ofertado. Os indicadores
selecionados para captar a escolaridade da população foram:
taxa de analfabetismo por grupos de idade e nível de
instrução da população de 14 anos ou mais.
Os indicadores relacionados ao atendimento escolar
tentaram captar não apenas o acesso ao sistema de ensino
da população em idade escolar como também o fluxo entre os níveis de ensino. São eles:
percentual de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos de idade, que diz respeito à
cobertura da população em idade escolar, e a percentagem de pessoas que frequenta escola
ou creche por grupos de idade e nível de ensino, que considera a frequência escolar no nível
de ensino adequado a determinado grupo etário (6 a 14 anos no ensino fundamental, 15 a 17
no ano ensino médio e 18 a 24 anos na educação superior).
Por fim, investigou-se a qualidade da educação, por meio do Índice de Desenvolvimento das
Educação Básica (Ideb) dos anos iniciais e finais do fundamental e do ensino médio.
A taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais de idade em Minas Gerais passou
de 6,2% em 2016 para 6,0% em 2017, totalizando em 1.032 mil pessoas nesta faixa etária que
não sabem ler e escrever. No Brasil, em 2017, a proporção de pessoas de 15 anos ou mais que
eram analfabetas foi de 7,0%, maior que o verificado em Minas Gerais (Gráfico 4.1).
GRÁFICO 4.1 - Taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais de
idade - Brasil e Minas Gerais- 2016/2017
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
7,2 7,0
6,2 6,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
2016 2017
(%)
Brasil Minas Gerais
Brasil: ED_PNPA1599
Minas Gerais: ED_PNPA1599
A distribuição da população de 14 anos ou
mais por nível de instrução mostra que em
Minas Gerais 40,0% das pessoas desse grupo
etário não haviam concluído o ensino
fundamental, 18,3% concluíram este nível de
ensino, 30,4% concluíram o ensino médio e
11,2% possuíam o ensino superior completo. O
Brasil apresenta um nível de escolaridade da
população de 14 anos ou mais um pouco
melhor, com maior proporção de pessoas com
o ensino médio e superior completos de,
respectivamente, 32,1 e 12,9%.
Em relação aos diferenciais por cor/raça, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais, as pessoas
que se autodeclaram como brancas possuem maior escolaridade do que aquelas que se
autodeclaram como pretas ou pardas, o que permite identificar as desigualdades existentes
entre esses estratos da população. No caso de Minas Gerais, em 2017, enquanto 16,9% das
pessoas que se declaram brancas possuíam o ensino superior completo, enquanto que para os
pretos ou pardos esse percentual foi de 7,4%.
GRÁFICO 4.2 - Escolaridade da população com 14 anos ou mais de idade segundo
cor/raça - Brasil e Minas Gerais - 2017
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
40,0 34,9 43,5
37,2 30,5
42,7
18,3 16,2
19,7
17,8
16,3
19,1
30,4 32,0
29,4 32,1
33,8
30,7
11,2 16,9 7,4 12,9
19,4 7,5
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Total Branca Preta ou Parda Total Branca Preta ou Parda
Minas Gerais Brasil
(%)
Sem instrução/fundamental incompleto Fundamental completo/médio incompleto
Médio completo/superior incompleto Superior completo
Brasil: ED_PNPSIFIT, ED_PNPSIFCMIT, ED_PNPSIMCSIT, ED_PNPSISCT, ED_PNPSIFIB,
ED_PNPSIFCMIB, ED_PNPSIMCSIB, ED_PNPSISCB, ED_PNPSIFIPP, ED_PNPSIFCMIPP,
ED_PNPSIMCSIPP, ED_PNPSISCPP
Minas Gerais: ED_PNPSIFIT, ED_PNPSIFCMIT, ED_PNPSIMCSIT, ED_PNPSISCT, ED_PNPSIFIB,
ED_PNPSIFCMIB, ED_PNPSIMCSIB, ED_PNPSISCB, ED_PNPSIFIPP, ED_PNPSIFCMIPP,
ED_PNPSIMCSIPP, ED_PNPSISCPP
A Taxa de Analfabetismo é a razão entre
a população analfabeta e a população
total de um mesmo grupo etário. São
consideradas analfabetas as pessoas que
não possuem habilidades de ler e
escrever um bilhete simples em seu
idioma.
O percentual de pessoas que frequentam
escola ou creche por grupos de idade é
importante por medir o acesso de
determinados grupos etários à educação.
Observa-se que em Minas Gerais, mais de
90% das crianças e jovens entre 4 e 17 anos
acessam o sistema educacional, com
destaque para a população de 6 a 14 anos,
idade adequada para cursar o ensino
fundamental, que é próximo de 100%.
Ressalta-se também o
crescimento entre 2016 e 2017 do
acesso da população de 15 a 17
anos, que passou de 88,4% para
90,3%.
No caso do acesso às creches das
crianças de 0 a 3 anos, embora
tenha apresentado crescimento
entre o período analisado, ainda
se observa que 67,8% delas não
frequentavam a educação infantil
em 2017.
GRÁFICO 4.3 - Percentual de pessoas que frequenta escola ou creche por grupos
de idade - Brasil e Minas Gerais- 2016/2017
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
28,4 32,2 30,4 32,7
93,0 94,0 90,2 91,7
99,3 99,0 99,2 99,2
88,4 90,3 87,2 87,2
32,6 29,4
32,8 31,7
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
2016 2017 2016 2017
Minas Gerais Brasil
(%)
0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos 18 a 24 anos
Brasil: ED_PFEC03, ED_PFEC45, ED_PFEC614, ED_PFEC1517, ED_PFEC1824
Minas Gerais: ED_PFEC03, ED_PFEC45, ED_PFEC614, ED_PFEC1517, ED_PFEC1824
Para a Classificação de COR/RAÇA, utilizaram-se os
critérios adotados pelo IBGE, que investiga a cor ou
raça declarada pela pessoa, com as seguintes opções de
resposta: branca, preta, amarela, parda ou indígena. A
cor/raça preta e parda foi agrupada na categoria negra.
Não foram calculados os indicadores para a cor/raça
amarela e indígena devido ao pequeno número de
casos.
TAXA DE ATENDIMENTO
O percentual de pessoas que frequentam escola ou
creche por grupo etário também é conhecido como
taxa de atendimento ou taxa de frequência escolar.
Ele é a razão entre a população de determinada faixa
etária que frequenta escola ou creche e a população
total nessa faixa etária. Em geral, considera-se a faixa
etária adequada para cursar determinado nível de
ensino.
A porcentagem de pessoas por grupos de idade
que frequentam o nível de ensino adequado a
sua faixa etária é um indicador da distorção
idade/nível de ensino de uma população. Assim,
percebe-se que a proporção de jovens de 15 a
17 anos que estavam frequentando o ensino
médio era de 75,1% em 2017, maior que o
encontrado para o Brasil (68,4%). Para os jovens
de 18 a 24 anos, tem-se que 22,2% tiveram
acesso à educação superior em 2017.
GRÁFICO 4.3 - Percentagem de pessoas que frequenta escola ou creche por
grupos de idade e nível de ensino - Brasil e Minas Gerais- 2016/2017
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADc).
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP). Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Os resultados do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) possibilita avaliar a
qualidade da educação ofertada. Em Minas
Gerais, o Ideb dos anos iniciais do ensino
fundamental vem apresentando melhora desde
2007, chegando a 6,5, maior do que o encontrado
97,7
97,8
96,5
96,9
71,0
75,1
68,0
68,4
25,9
22,2
23,8
23,2
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0
2016
2017
2016
2017
Min
as G
era
isB
rasi
l
(%)
18 a 24 anos no ensino superior 15 a 17 anos no ensino médio
6 a 14 anos no ensino fundamental
Brasil: ED_PFEF614, ED_PFEM1517, ED_PFES1824
Minas Gerais: ED_PFEF614, ED_PFEM1517, ED_PFES1824
TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO
A porcentagem de pessoas que frequentam
escola ou creche por grupos de idade e nível
de ensino também é conhecida como taxa de
escolarização líquida ou taxa ajustada de
frequência escolar líquida. Ela é a razão entre
as matrículas das pessoas em idade
adequada para estar cursando um
determinado nível de ensino e a população
total na mesma idade.
IDEB
O Ideb é um indicador de qualidade
educacional que combina informações
de desempenho em exames
padronizados (Prova Brasil ou Saeb) -
obtido pelos estudantes ao final das
etapas de ensino (5º ano e 9º anos do
ensino fundamental e 3ª série do
ensino médio) - com informações
sobre rendimento escolar.
(aprovação).
para o Brasil que foi de 5,8. Nos anos finais do fundamental, o Ideb apresentou aumento até
2015, e depois apresentou pequena queda, alcançando 4,7, mesmo valor encontrado para o
Brasil. Já no ensino médio, observa-se relativa estagnação, registrando em 2017 um Ideb de
3,9, maior que o do Brasil (3,8).
GRÁFICO 4.4 - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - Ideb, por etapa
de estudo - Minas Gerais- 2007-2017
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Elaboração: Fundação João
Pinheiro (FJP). Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
4,7
5,6 5,9 6,1 6,3 6,5
4,0 4,3
4,6 4,8 4,8 4,7
3,8 3,9 3,9 3,8 3,7 3,9
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
2007 2009 2011 2013 2015 2017
Ideb
4ª série / 5º ano do Ensino Fundamental 8ª série / 9º ano do Ensino Fundamental
3ª série do Ensino Médio
Minas Gerais ED_RIDEB45EFT, ED_RIDEB89EFT, ED_RIDEB3EMT
5. Saúde Na dimensão saúde é apresentado um panorama do Estado
nos seus diferentes aspectos, como acesso aos serviços e
ações. A proporção de nascidos vivos por idade da mãe
avalia a concentração dos nascimentos por faixa de idade, o
que permite a análise da evolução da gravidez na
adolescência no Estado. A Proporção de nascidos vivos por
número de consultas de pré-natal é um indicador de acesso à
assistência e realização de no mínimo sete consultas pode
contribuir para a redução da mortalidade materno-infantil. A
proporção de óbitos por causas capta qual a tendência da morbidade na população e a
proporção de causas de óbitos mal definidas sinaliza a disponibilidade de infraestrutura
assistencial e de condições para o diagnóstico de doenças, bem como a capacitação
profissional para preenchimento das declarações de óbitos. O Programa de Estratégia de
Saúde da Família (ESF) é a principal estratégia para o fortalecimento da atenção primária no
país e será avaliado o percentual da população que é coberta pelo programa.
Na análise da proporção de
nascimentos por idade das mães
observa-se que houve um declínio
de nascidos vivos nos grupos de
idades mais jovens (10 a 19 anos),
em Minas Gerais. Em 2000 o
percentual no grupo de idade entre
15 a 19 anos foi de 19,9% e em
2017, declina para 13,3%. A maior
parte dos nascimentos está
concentrada, em 2017 no grupo de
idade de 25 a 29 anos e em 2000,
no grupo de mães com idade entre
20 a 24 anos (Tabela 5.1).
Com relação, a proporção de
nascidos vivos por número de
consultas de pré-natal verifica-se um aumento constante na proporção de mulheres que
realizaram sete consultas ou mais. Em 2000 a proporção de mulheres que realizaram sete
consultas ou mais de pré-natal era de 44,4% e 2016, eleva para 75% (Gráfico 5.1).
Tabela 5.1: Número e proporção de nascidos
vivos, por residência e idade da mãe - Minas
Gerais, 1995-2017
Idade da Mãe (%) 1995 2000 2005 2010 2015 2017
10 a 14 anos 0,4 0,5 0,6 0,6 0,6 0,5
15 a 19 anos 16,3 19,9 18,3 16,2 14,9 13,3
20 a 24 anos 28,6 30,8 29,5 26,4 23,3 23,4
25 a 29 anos 25,4 23,6 25,0 25,8 24,5 24,5
30 a 34 anos 16,4 14,9 16,0 19,2 22,0 21,8
35 a 39 anos 6,8 7,0 8,1 9,3 11,9 13,2
40 a 44 anos 1,6 1,7 2,2 2,4 2,7 3,0
45 a 49 anos 0,1 0,1 0,2 0,1 0,2 0,2
50 anos e mais 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
- SINASC
Gráfico 5.1: Proporção de nascidos vivos por número de consultas de pré-natal.
Minas Gerais, 2000 – 2016 (VARIAVEIS: SD_PNVNCPN; SD_PNV13CPN;
SD_PNV46CPN; SD_PNVM7CPN; SD_PNVNCPNI)
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC
As principais causas de óbitos
na população mineira foram
em decorrência de doenças do
aparelho circulatório,
neoplasias e aparelho
respiratório, no período
analisado. Destaque para o
aumento na proporção de
óbitos por neoplasias, que em
1996 era de 11% e em 2016
eleva-se para 16% (Tabela
5.2).
A proporção de óbitos por
causas mal definidas
apresenta tendência de
declínio, sendo que em 1996,
representava 19,2% era com a
causa mal definida e em 2016 a proporção declina para 8,6% (Gráfico 5.2).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016
Nenhuma De 1 a 3 De 4 a 6 7 ou mais Ignorado
Tabela 5.2: Principais grupos de causas de óbitos de
residentes. Minas Gerais - 1996/2006/2016
Distribuição por causas (%)
Ano
1996 2006 2016
Doenças do aparelho circulatório 29,5 28,8 25,5
Neoplasias (tumores) 11,0 14,1 16,6
Doenças do aparelho respiratório 10,7 10,1 12,7
Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 3,9 5,2 5,4
Doenças do aparelho digestivo 4,0 4,8 4,9
Algumas doenças infecciosas e parasitárias 6,2 4,6 4,7
Algumas afec originadas no período perinatal 4,4 2,4 1,3
Doenças do sistema nervoso 1,2 2,1 3,1
Doenças do aparelho geniturinário 1,6 1,7 3,2
Causas externas de morbidade e mortalidade 10,3 10,9 10,4
Demais grupos de causas 17,1 15,2 12,2 Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Gráfico 5.2 - Proporção de óbitos por causas mal definidas. Minas Gerais - 1996 a
2016 (VARIAVEIS: SD_POCMD)
Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
O Programa de Estratégia de Saúde da
Família (ESF) abrangia 61% do Estado de
Minas Gerais e em 2017, observa-se uma
expansão na cobertura do programa,
atingindo 79% do Estado (Tabela 5.3).
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,001
99
6
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
Tabela 5.3: Cobertura populacional da
Estratégia Saúde da Família Minas Gerais,
2007-2017
Especificação Cobertura Populacional (%)
2007 61%
2008 65%
2009 67%
2010 68%
2011 71%
2012 71%
2013 73%
2014 77%
2015 78%
2016 77%
2017 79% Fontes: https://egestorab.saude.gov.br/paginas/ace ssoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaAB.xhtml. Nota: Mês de referencia: dezembro
6. Assistência Social Em se tratando de uma política social recente, a Assistência
Social no Brasil vem se constituindo pela afirmação do
acesso aos bens e serviços no campo dos direitos sociais,
transpondo o dever para a sua materialização para a família,
o Estado e a sociedade. Configura uma nova forma de pensar
e agir para as políticas sociais, uma vez que a configuração
da Assistência Social reflete a ausência ou o direcionamento
assumido em outras políticas sociais, num contexto sócio
histórico, de prover condições de autonomia e vida digna
para a população como um todo.
Nesta publicação do perfil de Minas Gerais, a dimensão da Assistência Social abre com os
dados do Índice de Gini que mede o grau de concentração de rendimento, com variação de
intervalo de zero (a igualdade de renda) a um (desigualdade máxima renda). O dado apresenta
o Índice de GINI da distribuição do rendimento mensal das pessoas acima de 15 anos ou mais
com rendimento para as regiões do Brasil e regiões metropolitanas.
Em seguida, são evidenciados dados referentes aos segmentos prioritários da Política da
Assistência Social, sejam criança/adolescente em situação de trabalho, domicílios com renda
per capita de até 70 reais, percentual de idosos com renda domiciliar per capita até ¼ salário
mínimo, presença de pessoa com deficiência e com renda baixa. Os dados são apresentados
em função dos territórios em desenvolvimento, que agregam os municípios em função de suas
características.
Por fim, são apresentados dados referentes aos serviços definidos pela Política de Assistência
Social, executados por entidades privadas sem fins lucrativos. São dados que compõem as
diretrizes de ações da proteção básica, selecionados a partir do público atendido - sejam
pessoas com deficiência e pessoa idosa. Para a proteção especial, além dos serviços de
atendimento a esse público, foram selecionadas também informações sobre o atendimento
aos adolescentes em cumprimento de medida e pessoas em situação de rua.
A evidenciação de dados sobre parte do público prioritário da Assistência Social juntamente à
informação sobre o rendimento da população com capacidade produtiva, no último biênio
mais precisamente, permite preâmbulos de análises sobre a importância dessa política no
cenário atual.
O Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas acima de 15 anos
apresentou uma trajetória decrescente no período de 2004 a 2015 para o Brasil e até 2014
para Minas Gerais. Em Minas Gerais, esta linha em declínio representa a diminuição na
concentração de rendimentos no período de: 0,540 em 2004 para 0,473 em 2014. Para os anos
seguintes, o nível de desigualdade retoma o crescimento atingindo 0,488 em 2016, valor esse
próximo ao rendimento de seis anos antes.
Gráfico 6.1 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de
15 anos ou mais de idade, com rendimento, no Brasil e Minas Gerais – 2004 a
2016
(AS_IGDRMP1599CR – gráfico em linha com dados de Brasil e MG)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADc)
Os territórios em desenvolvimento do Norte, Mucuri, Médio e Baixo Jequitinhonha e Alto
Jequitinhonha são os que apresentam maior mediana de percentual de municípios com
domicílios que possuíam renda até 70 anos, conforme o Censo 2010. A região Norte apresenta
o maior percentual de domicílios com baixa renda, sendo que metade dos municípios
apresentava um percentual acima de 13,3% de domicílios com renda abaixo de R$70,00. Em
relação ao percentual de crianças/adolescentes ocupadas, o Médio e Baixo do Jequitinhonha
possuía a metade dos municípios de seu território com percentual aproximado de 8% da
população dessa faixa etária trabalhando. Esses dados revelam a condição de trabalho infantil
a que estão sujeitas essas famílias. Os municípios que compõem os territórios em
desenvolvimento da Mata e Metropolitano são os que apresentam a mediana com o menor
percentual de crianças/adolescentes da faixa etária de 10 a 13 anos em trabalho infantil, sendo
3,5%, ou seja, metade dos municípios está abaixo e metade acima.
0,420
0,440
0,460
0,480
0,500
0,520
0,540
0,560
0,580
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Brasil Minas Gerais
Gráfico 6.2 - Distribuição mediana do percentual da população de 10 a 13 anos
ocupada e do percentual de domicílios com renda per capita menor que 70 anos,
segundo os territórios em desenvolvimento.
(AS_PP1013 + AS_PDPPCRDPC70R – gráfico em coluna)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Censo de 2010. MDS. IDV - IDENTIFICAÇÃO DE
LOCALIDADES E FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE.
A participação das entidades de prestação de serviços de assistência social privadas sem fins
lucrativos apresenta-se com maior presença na proteção social básica. Conforme os dados da
PEAS (Pesquisa de Entidades de Assistência Social Privadas sem Fins Lucrativos 2014-2015,
cerca de 53% das entidades executam ações definidas na promoção social conforme a
NOB/SUAS da Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004). Para os serviços da proteção
especial, média e alta complexidade, 34% se identificam nas ações dessa proteção afiançada.
Dentre as demais, 3% se identificaram como executantes de ações de ambas as proteções e
10% não se enquadram na tipificação de serviços sócio assistenciais. Enquanto que a
perspectiva de atuação da proteção básica (PB), a promoção das famílias e indivíduos em seus
territórios, a proteção especial (PE) atua diretamente nas situações de ameaça à vida e
vínculos frágeis e/ou rompidos com vistas à garantia de direitos.
7,30 7,10
4,30 3,50
7,90
3,50
6,80 7,00 7,10
4,35 5,10
4,10
6,00
4,90 4,35
5,80
4,10
5,10
9,50
5,40
3,30 2,60
12,10
2,60
9,60
3,40
13,30
1,15 1,20 1,70 1,45
2,60
6,05
7,40
3,20 3,30
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
Percentual da população de 10 a 13 anos ocupada
Percentual de domicílios particulares permanentes com renda domiciliar per capita de até 70 reais
Gráfico 6.3 - Distribuição percentual das unidades de prestação de serviços de
assistência social privadas sem fins lucrativos conforme tipo de serviço
socioassistencial prestado.
(AS_PUPSASPFLCFV; AS_PUPSASPFLPDI; AS_PUPSASPFLEAS; AS_PUPSASPFLAMSLA;
AS_PUPSASPFLDIF; AS_PUPSASPFLPSR; AS_PUPSASPFLAI; AS_PUPSASPFLCPE;
AS_PUPSASPFLDGD; AS_PUPSASPFLO)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e
Indicadores Sociais, As Entidades de Assistência Social Privadas Sem Fins Lucrativos no Brasil 2014-2015.
36%
7%
3% 3% 12%
2%
13%
3%
10%
11%
PB: Conv ivênc ia e forta lec imento de v ínculos
PB: pessoas com def ic iênc ia e idosas
PE : Abordagem soc ia l
PE : ado lescente s em cumprimento de medidas
PE : pessoas com def ic iênc ia , idosas e suas famí l ias
PE : Pessoas em s i tuação de rua
PE : Aco lh imento inst i tuc ion a l
Proteção em s i tuações de ca lamidades públ icas e de emergênc ia s PB: Assessoram en to/ de fesa e garant ia de d ire i tos
Outro(s) (1)
7. Segurança Pública Esta seção sobre Segurança Pública traça um panorama da
violência e da criminalidade do Estado nos seus diferentes
aspectos, quais sejam: homicídios, crimes violentos contra a
pessoa e contra o patrimônio, crimes de menor potencial
ofensivo, ocorrências de entorpecentes e também de mortes
acidentais no trânsito. Também são apresentados dados
sobre o número de policiais civis e militares em atuação em
Minas Gerais, bem como a proporção entre estes e a
população total do estado.
Os indicadores selecionados para captar o fenômeno da
violência letal observada no estado foram: número de vítimas e taxas de mortes por agressão
(registros de instituições de saúde) e número de ocorrências de homicídios dolosos (registros
de instituições de segurança pública). A partir dos dados produzidos por instituições de saúde,
também é possível analisar o fenômeno da violência letal a partir do sexo e da faixa etária das
vítimas.
Já para traçar um panorama dos crimes
contra o patrimônio e dos crimes
relacionados a entorpecentes no estado,
foram utilizadas ocorrências referentes a
roubos de diversos tipos (contra instituição
financeira, transeunte, residências, carga,
carro, etc), registros de crimes violentos
contra o patrimônio (latrocínio e extorsão
mediante sequestro), bem como registros de
tráfico de drogas.
Segundo registros produzidos por instituições de Segurança Pública, a taxa de homicídios em
Minas Gerais passou de 20,31 para cada grupo de 100 mil habitantes em 2013, para 19,42 em
2016 (pequena redução de 4,4%). Já a taxa de crimes violentos contra o patrimônio1 passou de
376,82 para cada grupo de 100 mil
habitantes em 2013, para 631,93 em 2016
(forte aumento de 67,7%). A taxa de crimes
violentos contra a pessoa2, por sua vez,
passou de 72,79 para cada grupo de 100 mil
habitantes em 2013, para 65,16 em 2016
(redução de 10,5%). As Figuras 7.1, 7.2 e 7.3
ilustram esta evolução ao longo dos últimos
anos.
As Taxas de Homicídio e de Crimes
Violentos contra o Patrimônio são a razão
entre o número total destes tipos de
ocorrência para cada grupo de 100 mil
habitantes.
A categoria “crimes violentos contra o
patrimônio” agrega ocorrências de todos
os tipos de roubos (transeuntes,
instituições financeiras, carga, veículos,
latrocínio, extorsão mediante sequestro,
etc).
São considerados Crimes Violentos contra
a Pessoa as seguintes naturezas: Homicídio
Consumado, Homicídio Tentado, Estupro
Consumado, Estupro Tentado, Estupro de
Vulnerável Consumado e Estupro de
Vulnerável Tentado.
Figura 7.1 – Evolução das taxas de homicídios em Minas Gerais – 2013/2016 –
SP_THD
Figura 7.2 – Evolução das taxas de crimes violentos contra o patrimônio em
Minas Gerais – 2013/2016 - SP_TCVCPA
Figura 7.3 – Evolução das taxas de crimes violentos contra a pessoa em Minas
Gerais – 2013/2016 - SP_TCVCPE
Em relação à proporção do número de habitantes por policial civil e militar, observa-se que em
2013, existia 471,68 habitantes para cada policial militar no estado e 1.911,72 para cada
policial civil. Em 2016, essas proporções passaram, respectivamente, para 484,57 e 1.888,94.
Ao longo do mesmo período, o efetivo total da PMMG passou de 43.189 para 42.884,
enquanto o da Polícia Civil passou de 10.656 para 11.001.
8. Desenvolvimento Humano Nessa seção é apresentado um panorama do
desenvolvimento humano do Estado nos seus diferentes
aspectos, quais sejam: vida longa saudável, acesso ao
conhecimento e padrão de vida digno. Os índices e sub
índices selecionados para captar o desenvolvimento humano
da população foram: Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM), o IDHM- Renda, o IDHM – Longevidade; o
IDHM – Educação, totais e desagregados por sexo, cor e
situação de domicílio. Destaca-se que para o IDHM total será
feita uma comparação entre 2000 e 2010 e para os dados
desagregados, as comparações serão realizadas entre os grupos, para o ano de 2010. Para
maiores detalhes, consultar a página: http://atlasbrasil.org.br
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de
Minas Gerais passou de 0,624 (Médio Desenvolvimento
Humano) para 0,731 (Alto Desenvolvimento Humano). Essa
variação deveu-se ao aumento dos sub índices IDHM- Renda,
o IDHM – Longevidade; o IDHM – Educação que passaram de
0,680, 0,759 e 0,470, respectivamente, em 2000, para 0,730,
0,838 e 0,638, em 2010. A Gráfico 8.1 mostra os valores do
índice e sub-índices de Minas Gerais, para os anos de 2000 e
2010.
O Índice de
Desenvolvimento
Humano Municipal
(IDHM) considera três
dimensões: vida longa e
saudável (longevidade);
acesso ao conhecimento
(educação); e padrão de
vida (renda)
Gráfico 8.1 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), IDHM-
Renda, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de Minas Gerais – 2000 e 2010
(VARIAVEIS: DH_IDHMTI; DH_IDHMR; DH_IDHML; DH_IDHME)
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Contrapondo os dados do IDHM para os homens e
mulheres em Minas Gerais, verifica-se que o
desenvolvimento humano para ambos os sexos, em 2010,
estava na faixa de Alto Desenvolvimento Humano, com
ligeira diferença entre eles. O IDHM ajustado dos homens
era superior ao das mulheres devido à grande diferença
entre os valores do IDH Renda ajustado, evidenciando a
desigualdade entre homens e mulheres no mercado de
trabalho de Minas Gerais. O IDHM Longevidade e o IDHM
Educação das mulheres eram 0,892 e 0,675,
respectivamente, ao passo que dos homens eram 0,771 e
0,609, respectivamente, ou seja, embora fossem mais
elevados, o diferencial entre o IDHM Longevidade e o
IDHM Educação das mulheres em relação aos homens
não foi suficiente para superar a diferença entre os IDHM
Renda ajustado (Gráfico 8.2).
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
0,624
0,731 0,68
0,73 0,759
0,838
0,47
0,638
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
2000 2010
Val
ore
s d
o D
esen
volv
imen
to H
um
ano
IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação
Gráfico 8.2 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM
ajustado), IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de
Minas Gerais, por sexo – 2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMAM; DH_IDHMRFA;
DH_IDHMLF; DH_IDHMLM; DH_IDHMEF; DH_IDHMEM; DH_IDHMRFA;
DH_IDHMRMA)
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Pelo fato do IDHM Renda, em sua metodologia tradicional de cálculo, atribuir um mesmo valor
de renda para cada membro do domicílio, a partir do valor total apurado, independentemente
do sexo e da idade das pessoas, ele não capta o diferencial entre homens e mulheres no
mercado de trabalho. Para contornar tal limitação, foi desenvolvida uma metodologia que
considera a renda do trabalho como principal variável, surgindo o IDHM Renda ajustado e,
consequentemente, o IDHM ajustado.
Desagregando o desenvolvimento humano por cor (brancos e negros), observa-se pela Gráfico
8.3 que o IDHM dos brancos, em 2010, era de 0,775, localizado na faixa de Alto
Desenvolvimento Humano, e o dos negros era de 0,693, situado na faixa de Médio
Desenvolvimento Humano. Essa diferença entre os índices evidencia o descompasso no
desenvolvimento humano entre esses estratos da população, sobremaneira no que diz
respeito à educação e renda. Em 2010, o maior diferencial entre as dimensões do IDHM, entre
bancos e negros, ocorreu no IDHM Educação: 0,702 e 0,594, respectivamente.
0,717
0,892
0,675 0,611
0,727 0,771
0,609
0,818
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
IDHM ajustado IDHM Longevidade IDHM Educação IDHM Renda ajustado
Val
or
do
Des
envo
lvim
ento
Hu
man
o
Mulheres Homens
Gráfico 8.3 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM
ajustado), IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de
Minas Gerais, por cor – 2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMB; DH_IDHMN; DH_IDHMEB;
DH_IDHMEN; DH_IDHMLB; DH_IDHMLN; DH_IDHMRB; DH_IDHMRN)
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
No que tange às diferenças entre as áreas urbanas e rurais de Minas Gerais, os dados
revelaram o maior desenvolvimento humano das zonas urbanas do estado, em relação às
zonas rurais. Em 2010, o IDHM urbano caracterizava-se por Alto Desenvolvimento Humano
(0,75), ao passo que o rural se encontrava na faixa de Médio Desenvolvimento Humano
(0,608). Assim como para a desagregação por cor, o maior diferencial de desenvolvimento
humano entre as regiões era na dimensão educação, cujos índices foram, respectivamente,
0,673 e 0,445 (Gráfico 8.4).
0,775
0,702
0,853
0,777
0,693
0,594
0,831
0,675
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
IDHM IDHM_Educação IDHM_Longevidade IDHM_Renda
Val
or
do
Des
envo
lvim
ento
Hu
man
o
Brancos Negros
Gráfico 8.4 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal ajustado (IDHM
ajustado), IDHM- Renda ajustado, IDHM – Longevidade e IDHM – Educação de
Minas Gerais, por situação de domicílio– 2010 (VARIAVEIS: DH_IDHMUB;
DH_IDHMRL; DH_IDHMRUB; DH_IDHMRRL; DH_IDHMLUB; DH_IDHMLRL;
DH_IDHMEUB; DH_IDHMERL)
Fonte: Dados básicos: FJP/IPEA/PNUD. Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, 2013. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
0,608 0,615
0,821
0,445
0,75 0,743
0,842
0,673
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
IDHM IDHM Renda IDHM Longevidade IDHM Educação
Val
or
do
Des
envo
lvim
ento
Hu
man
o
Rural Urbano
9. Saneamento Básico Nessa seção é apresentado um perfil do saneamento no
Brasil, no Estado e também na Capital Mineira. Três
componentes dos serviços de saneamento foram retratados
estatisticamente: Percentual de domicílios atendidos com
diferentes tipos de abastecimento de água potável;
Percentual de domicílios com esgotamento sanitário de
diferentes formas e sem saneamento; e, no que tange ao lixo
urbano foram analisados os aspectos da coleta, se
diretamente, por caçamba ou outras formas de destinação
do lixo.
O percentual de domicílios ligados à rede geral de abastecimento de água no Brasil passou de
85,8% em 2016 para 85,7% em 2017, em Minas Gerais, subiu de 88,3% para 89,1%. O Gráfico
9.1 mostra, em 2017, a evolução desse indicador no Brasil, Minas Gerais e em Belo Horizonte.
Gráfico 9.1 - Percentual de Domicílios ligados à rede geral de Abastecimento de
Água Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte - 2016/2017 ( VARIAVEIS: SB_AARG)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADc).
Quanto ao esgotamento sanitário tivemos o seguinte quadro entre os anos de 2016 e 2017: No
Brasil o número de domicílios ligados à rede de esgoto passou de 65,9% para 66,0%. No estado
de Minas esses valores foram 81,1%, e 82,9%. Belo Horizonte apresentou os seguintes
resultados, 90,9% e 93,0%.
85,8 85,7
88,3 89,1
98,2 98,4
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
2016 2017 2016 2017 2016 2017
Brasil Minas Gerais Belo Horizonte
Gráfico 9.2 - Percentual de Domicílios ligados à rede geral de esgoto no Brasil,
Minas Gerais e Belo Horizonte - 2016/2017 (VARIAVEIS: SB_ESTRGFNLR)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADc).
Quanto ao tipo de coleta do lixo doméstico observou-se que no Brasil a coleta direta do lixo
passou-se 82,6% para 82,9%. Em Minas Gerais o foi de 87,4% para os atuais 87,9%. Em Belo
Horizonte passou de 94,6% para 96,2%.
Gráfico 9.3 - Percentual de Domicílios com coleta direta do lixo no Brasil, Minas
Gerais e Belo Horizonte - 2016/2017 (VARIAVEIS: SB_DLCSL)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADc).
65,9 66,0 81,1 82,9
90,9 93,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
2016 2017 2016 2017 2016 2017
Brasil Minas Gerais Belo Horizonte
82,6 82,9
87,4 87,9
94,6 96,2
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
2016 2017 2016 2017 2016 2017
Brasil Minas Gerais Belo Horizonte
10. Habitação Nessa seção é apresentado um panorama da dimensão
habitação tanto relativo ao déficit habitacional (carência de
moradias) quanto relativo à energia nos domicílios.
Considera-se aqui como déficit habitacional todos os
domicílios que se enquadram em alguns os seguintes
componentes: Domicílios precários, que são improvisados e
domicílios rústicos; Coabitação familiar, ou seja, domicílios
com famílias conviventes secundárias com intenção de
constituir domicílio exclusivo e as famílias residentes em
cômodo; Ônus excessivo com aluguel, que são formados por domicílios urbanos com famílias
com renda de até três salários mínimos e que despendem 30% ou mais de sua renda com
aluguel e o Adensamento excessivo em domicílios alugados, que são domicílios alugados com
mais de três moradores por dormitório.
Segundo estes conceitos, no ano de 2011, em Minas Gerais o déficit habitacional era de
431.049 habitações, sendo que 93% situavam na área urbana. Já em 2015, ele eleva para
575.498, sendo 94 % destes na área urbana. Em termos relativos, o déficit habitacional em
2011 era da ordem de 6,6% em relação ao total de domicílios particulares permanentes e
improvisados existentes no Estado e em 2015, o percentual foi de 8,1% (tabela 10.1).
Tabela 10.1 - Estimativas do déficit habitacional absoluto e relativo, total e
urbano, em relação ao total de domicílios particulares permanentes e
improvisados - Minas Gerais - 2011/2015 (1)
Ano Total Urbano
Abs. % Abs. %
2011 431.049 6,6 402.872 7,3
2012 482.949 7,3 451.855 8,0
2013 493.504 7,2 462.965 8,0
2014 529.270 7,6 504.557 8,5
2015 575.498 8,1 540.722 9,0 Fontes: Déficit Habitacional no Brasil 2011 e 2012. Elaboração Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi). (1) Dados reponderados pela projeção populacional do IBGE que considerou o Censo demográfico 2010.
Energia no Brasil apenas 0,2% dos domicílios não tinham energia elétrica, em Minas Gerais
0,1%, e em Belo Horizonte 100% dos domicílios contavam com esse serviço.
O combustível mais utilizado na cocção dos alimentos é o gás de botijão presente em quase
totalidade dos domicílios 98,4% tanto Brasil, quanto no Estado, e em Belo Horizonte 99,3%. A
energia elétrica vem sendo cada vez mais utilizada para cozinhar, 39,2% dos domicílios no
Brasil a utilizaram para preparar sua alimentação, em Minas Gerais, 53,5% e em Belo horizonte
esse número foi 68,5%. O percentual de domicílios que usam a lenha como combustível para
cocção foi de, 17,6% no Brasil, 19,6% em Minas e 6,9% em Belo Horizonte.
Gráfico 10.1 - Percentual de Domicílios quanto ao combustível utilizado para
cocção dos Alimentos no Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte 2016-2017
(VARIAVEIS: HB_CUPAGBE; HB_CUPALC; HB_CUPAEE)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNADc).
98,4 98,4 97,9 98,4 98,8 99,3
16,1 17,6 17,5 19,6
5,8 6,9
32,0 39,2
29,5
53,5
25,8
68,5
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
2016 2017 2016 2017 2016 2017
Brasil Minas Gerais Belo Horizonte
HB_CUPAGBE HB_CUPALC HB_CUPAEE
11. Meio Ambiente Nessa seção é apresentado um panorama de aumento da
contribuição de gases do Efeito Estufa e o uso e ocupação do
solo, segundo dados do Mapbiomas. A seção traz as
estimativas de emissão de gases do efeito estufa, CO2, CH4 e
N2O, por setor, além do uso e ocupação do solo de Minas
Gerais no período de 1985 a 2017 e suas transições.
Os dados de estimativas de emissão de gases de efeito estufa
são apresentados pelos setores: calagem, agropecuário e
mudança do uso da terra. Já os dados de uso e ocupação do
solo de Minas Gerais e suas transições estão apresentados pelas seguintes classes (Floresta
Natural, Floresta Plantada, Agropecuária – Pastagem, Culturas Anuais e Perenes, Culturas
Semi-Perenes, Mosaico de Agricultura ou Pastagem, Infraestrutura Urbana, Outras Áreas não
Vegetadas, Afloramento Rochoso, Mineração, Formação Campestre, Outra Formação não
Florestal, Corpo D´água e Não Observado).
A dimensão Meio Ambiente vem ganhado importância, desde a metade do século XX, época a
partir da qual houve um incremento tecnológico e de produção acelerados, aumentando o
impacto sobre o ambiente e ampliando as consequências destes impactos sobre a população,
além de ampliarem a questão do aquecimento global. Desta maneira, com o advento dos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, diversos países têm se comprometido com a
melhoria da qualidade de vida e com a diminuição da emissão de gases do efeito estufa,
incluindo-se o Brasil e o Estado de Minas Gerais, fatos estes ligados à sustentabilidade dos
processos produtivos e ao controle do uso e ocupação do solo. O gráfico 11.1 mostra a
evolução das estimativas de emissão de gases de efeito estufa (CH4) do setor Agropecuário e a
transição das áreas de floresta natural para agropecuária (Pastagem e Agricultura) no Estado
de Minas Gerais de 1991 a 2015.
Gráfico 11.1 – Variação da Estimativa de Emissão de CH4 do setor Agropecuária
(Gg) x Área acumulada de transição de floresta natural para Agropecuária –
Minas Gerais – 1990 a 2015 (VARIAVEIS: MA_EAECH4SA; MA_AATFNA)
Fontes: Ministério da Ciência, Tecnologia, inovações e comunicações. MapBiomas - Coleção 3. Elaboração:
Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
300800
1.3001.8002.3002.8003.3003.8004.3004.8005.3005.8006.3006.8007.3007.800
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
Estimativa acumulada de Emissão de CH4 do setor Agropecuária (Gg)
Área acumulada de Transição de Florestas Naturais para Agropecuária (Mil ha)
Além disso, o tópico de variação do uso e ocupação do solo no Minas e-dados situa a variação
da área de cada classe de uso do solo no período de 1985 a 2017. O gráfico 11.2 mostra a
evolução das áreas de Floresta Natural e de Floresta Plantada no Estado de Minas Gerais de
1991 a 2015, dado este interessante no sentido de mostrar o incremento das áreas de
florestas plantadas em detrimento das áreas de florestas naturais.
Gráfico 11.2 – Evolução das Áreas de Florestas Naturais e Plantadas – Minas
Gerais – 1985 a 2017 (VARIAVEIS: MA_PAFN MA_PAFP)
Fonte: MapBiomas - Coleção 3. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações
(Direi).
Outra informação interessante que pode ser obtida na dimensão Meio Ambiente é a variação
percentual de área de classes de uso do solo em relação à área total do estado e a variação
anual ano a ano de classes de uso do solo. A Tabela 11.1 traz esses resultados de 2013 a 2017.
0,00
200,00
400,00
600,00
800,00
1.000,00
1.200,00
1.400,00
1.600,00
1.800,00
17.000,00
17.500,00
18.000,00
18.500,00
19.000,00
19.500,00
20.000,00
20.500,00
21.000,00
19
85
19
86
19
87
19
88
19
89
19
90
19
91
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
20
16
20
17
Área de Floresta Natural (mil ha) Área de Floresta Plantada (mil ha)
Tabela 11.1 – Percentual e variação de área de classes de uso do solo – 2013 –
2017 – Minas Gerais
Classes de uso do solo Definição 2013 2014 2015 2016 2017
Floresta Natural
Percentual de área de Floresta Natural em relação à área total do estado
31,87% 31,69% 31,44% 31,89% 31,78%
Variação Anual da área de Floresta Natural em relação ao ano anterior
-1,12% -0,56% -0,79% 1,43% -0,34%
Floresta Plantada
Percentual de área de Floresta Plantada em relação à área total do estado
2,52% 2,51% 2,63% 2,73% 2,77%
Variação Anual da área de Floresta Plantada em relação ao ano anterior
8,64% -0,97% 8,08% 5,95% 2,53%
Pastagem
Percentual de área de Pastagem em relação à área total do estado
35,75% 35,52% 35,26% 34,95% 34,68%
Variação Anual da área de Pastagem em relação ao ano anterior
-0,94% -0,62% -0,74% -0,88% -0,77%
Culturas Anuais e Perenes
Percentual de área de Culturas Anuais e Perenes em relação à área total do estado
3,19% 3,54% 3,63% 3,81% 4,02%
Variação Anual da área de Culturas Anuais e Perenes em relação ao ano anterior
1,36% 11,15% 2,64% 4,87% 5,38%
Culturas Semi-Perenes
Percentual de área de Culturas Semi-Perenes em relação à área total do estado
1,19% 1,26% 1,32% 1,27% 1,27%
Variação Anual da área de Culturas Semi-Perenes em relação ao ano anterior
8,61% 5,73% 4,24% -3,21% -0,04%
Infraestrutura Urbana
Percentual de área de Infraestrutura Urbana em relação à área total do estado
0,43% 0,43% 0,46% 0,45% 0,46%
Variação Anual da área de Infraestrutura Urbana em relação ao ano anterior
4,24% -1,16% 6,41% -1,21% 1,58%
Mineração
Percentual de área de Mineração em relação à área total do estado
0,010% 0,009% 0,009% 0,008% 0,010%
Variação Anual da área deMineração em relação ao ano anterior
-0,97% -3,92% -2,14% -10,08% 27,02%
Fonte: MapBiomas - Coleção 3. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações
(Direi).
12. Contas Regionais Apresenta-se, nessa seção, um panorama do desempenho
econômico do estado trazendo os valores consolidados do
PIB e os resultados preliminares estimados pelo Sistema de
Contas Trimestrais de Minas Gerais. A seção traz os valores
correntes do PIB mineiro e brasileiro nos últimos anos e sua
decomposição setorial, a taxa de variação real da economia
de Minas Gerais e do Brasil nos respectivos anos e a evolução
do PIB per capita real e nominal.
O desempenho do conjunto da economia mineira e brasileira
é divulgado desagregado em dezoito atividades econômicas: agricultura; pecuária; produção
florestal; extrativa mineral; transformação; eletricidade e saneamento; construção civil;
comércio; transporte; alojamento e alimentação; informação e comunicação; serviços
financeiros; aluguéis; atividades profissionais; administração pública; saúde e educação
privada; artes, cultura e recreação; e, por último, serviços domésticos.
Além disso, o tópico de Contas Regionais no Minas e-dados situa o resultado econômico de
Minas Gerais e do Brasil em conjunto com o comportamento da economia mundial, pois
também traz a taxa de crescimento real e os valores correntes em reais, dólar e ajustados pela
Paridade do Poder de Compra (PPC) dos diferentes países cuja evolução é disponibilizada pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI). O Gráfico 12.1 abaixo traz a taxa de variação real do PIB
mineiro e brasileiro para o quadriênio 2014-2017, sendo uma das informações de maior
interesse por parte dos usuários deste tipo de informação.
Gráfico 12.1 – Taxa de Variação real no ano (%) do Produto Interno Bruto (PIB) –
Minas Gerais e Brasil – 2014-2017 (VARIAVEIS: CR_TPIBVAPIB)
Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi); Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), Coordenação de Contas Nacionais (Conac). Os resultados de 2016 e 2017 são preliminares.
-0,7
-4,3
-1,8
0,6 0,5
-3,5
-3,5
1,0
-5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
2014 2015 2016 2017
Minas Gerais Brasil
Outra informação interessante que pode ser obtida na seção de Contas Regionais é o PIB da
Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e para os dezessete territórios de
Desenvolvimento, além da desagregação setorial do valor adicionado para agropecuária,
indústria, administração pública e serviços privados para essas regiões conforme a
possibilidade de agregação dos resultados do PIB municipal. A Tabela 12.1 traz esses
resultados consolidados para o ano de 2015 – última informação disponível quando da
elaboração dessa edição do Minas e-dados.
Tabela 12.1 – Valor Adicionado por setores de atividade econômica, Produto
Interno Bruto (PIB), Impostos e PIB per capita, a preços correntes – Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Territórios de Desenvolvimento -
Minas Gerais – 2015
Especificação
Valor Adicionado (R$ 1.000) Impostos
(R$milhões) PIB
(R$milhões)
PIB Minas Gerais
PIB per capita (1)
agropecuário industrial adm.
pública serviços privados
Total (%) (R$)
Minas Gerais 24.433.751 119.299.547 78.895.177 234.809.680 457.438.155 61.888.204 519.326.359
100,0
25.150
RMBH (34 municípios) 398.457 39.401.147 20.681.614 87.250.596 147.731.813 24.436.192 172.168.005 33,2
32.860
Territórios de Desenvolvimento
Alto Jequitinhonha 723.831 244.587 1.111.314 1.276.389 3.356.121 183.456 3.539.578 0,7 11.395
Caparaó 1.119.161 1.235.293 2.554.929 4.616.709 9.526.093 836.248 10.362.341 2,0 14.641
Central 816.174 1.073.505 958.491 1.814.309 4.662.478 493.090 5.155.568 1,0 20.093
Mata 1.178.124 6.084.815 6.031.094 15.497.977 28.792.009 3.551.634 32.343.644 6,2 19.538
Médio e Baixo Jequitinhonha 317.010 331.471 1.724.775 1.557.933 3.931.188 200.506 4.131.694 0,8 8.411
Metropolitano 1.092.212 54.325.463 25.463.383 100.505.819 181.386.877 27.557.874 208.944.751 40,2 32.606
Mucuri 466.750 533.408 1.593.175 2.355.951 4.949.284 341.266 5.290.551 1,0 11.830
Noroeste 3.056.901 2.764.443 2.579.417 6.630.593 15.031.354 1.234.806 16.266.159 3,1 24.193
Norte 1.560.126 3.190.911 5.878.962 8.781.963 19.411.963 1.638.542 21.050.504 4,1 12.603
Oeste 1.666.441 4.696.369 3.877.707 9.776.701 20.017.218 2.191.491 22.208.709 4,3 20.764
Sudoeste 1.464.496 2.265.510 2.243.568 5.842.959 11.816.533 1.202.499 13.019.032 2,5 21.352
Sul 3.237.133 10.270.283 8.032.489 25.804.368 47.344.273 7.349.338 54.693.612 10,5 25.297
Triângulo Norte 3.384.702 11.095.761 5.061.532 20.523.523 40.065.518 7.912.000 47.977.519 9,2 37.055
Triângulo Sul 2.532.289 9.370.780 3.000.270 11.062.519 25.965.858 2.903.151 28.869.009 5,6 37.933
Vale do Aço 343.718 5.816.760 2.969.651 7.294.881 16.425.010 1.776.255 18.201.265 3,5 22.043
Vale do Rio Doce 715.192 1.139.991 2.856.457 5.031.773 9.743.412 739.722 10.483.133 2,0 13.789
Vertentes 759.492 4.860.197 2.957.963 6.435.314 15.012.966 1.776.327 16.789.293 3,2 21.906
Fontes: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Coordenação de Contas Nacionais (Conac).
13. Aspectos setoriais da economia Apresenta-se, nessa seção, um panorama da economia do
Estado nos seus principais setores de atividade: agricultura,
pecuária, indústria e mineração. Foram selecionados
indicadores da produção física e dos preços, com ênfase no
período 2012-2017. A partir dessas informações, torna-se
possível detalhar numa perspectiva microeconômica
aspectos setoriais da evolução agregada da economia de
Minas Gerais.
A produção estadual de café em grão passou 1.504 mil
toneladas em 2010 para 1.834 em 2016 e 1.455 em 2017,
enquanto que a de leite passou de 8.388 milhões de litros em 2010 para 9.370 em 2014 e
8.913 em 2017. O Gráfico 13.1 mostra
a evolução da produção física desses
dois produtos em Minas Gerais no
período 2010-2017.
Gráfico 13.1 - Principais produtos da agropecuária mineira – produção física -
2010-2017 (SE_PASPSCF, SE_ERPAPOALT)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Elaboração: Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP),
Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
A produção estadual de minério de ferro passou 265.476 milhões de toneladas em 2010 para
294.954 em 2015 e 269.324 em 2016, enquanto que a de nióbio (metal contido no
8000
8200
8400
8600
8800
9000
9200
9400
9600
1000
1100
1200
1300
1400
1500
1600
1700
1800
1900
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Milh
õe
s d
e li
tro
s
Mil
ton
ela
das
Café (Esquerda)
Leite (Direita)
As bases de dados do IBGE – Produção
Agrícola Municipal (PAM), Pesquisa Pecuária
Municipal (PPM), Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) – foram
completadas com informações do Índice Geral
de Preços (IGP) da Fundação Getúlio Vargas,
do Instituto Aço Brasil (IA Br), do Sindicato da
Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais
(SINDIFER), da Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores
(ANFAVEA) e do Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM).
concentrado) passou de 75 mil toneladas em 2010 para 79 em 2014 e 59 em 2016. O Gráfico
13.2 mostra a evolução da produção física desses dois produtos em Minas Gerais no período
2010-2016.
Gráfico 13.2 - Principais produtos da mineração em Minas Gerais – produção
física beneficiada – 2010-2016 (SE_PMBSSSMMF, SE_PMBSSSMMN)
Fontes: DNPM. Elaboração: Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
A produção estadual de ferro gusa passou 16.719 milhões de toneladas em 2010 para 12.066
em 2016 e 12.202 em 2017, enquanto que a de veículos automotores passou de 788 mil
unidades em 2010 para 848 em 2012 e 399 em 2017. O Gráfico 13.3 mostra a evolução da
produção física desses dois produtos em Minas Gerais no período 2010-2017.
Gráfico 13.3 - Principais produtos da manufatura mineira – produção física -
2010-2017 (SE_PITSPSFG, SE_PITSPSV)
Fontes: SINDIFER, ANFAVEA. Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
50
55
60
65
70
75
80
85
250
255
260
265
270
275
280
285
290
295
300
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016M
il to
ne
lad
as
Milh
õe
s d
e t
on
ela
das
Min. de ferro (Esquerda)
Nióbio (Direita)
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
10000
11000
12000
13000
14000
15000
16000
17000
18000
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Mil
un
idad
es
Mil
ton
ela
das
Ferro gusa (Esquerda)
Veículos (Direita)
Links recomendados:
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria.html
http://www.sindifer.com.br/
http://www.acobrasil.org.br/site2015/
http://www.anfavea.com.br/anuarios.html
http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/
14. Infraestrutura básica Nessa seção é apresentado um panorama da infraestrutura
do Estado nas áreas de: energia, transporte, rodovia,
telefonia móvel, serviço de TV por assinatura e
cooperativismo. Os indicadores selecionados foram de
produção, extensão e acesso.
No setor energético tem-se uma ampliação da capacidade
instalada de 13.948 MW, em 2012, para 15.155 em 2017.
Apesar disso, ocorreu uma redução da participação de Minas
na capacidade instalada brasileira de 11,5% para 9,6%. A
geração de energia reduziu de 71.655 MWh para 44.922
MWh entre 2012 e 2017. Por outro lado, no mesmo período, o consumo residencial de energia
ampliou-se de 9.475 MWh para 10.725 MWh. O gráfico 14.1 mostra a evolução da capacidade
instalada e da geração de energia elétrica.
Gráfico 14.1: Capacidade instalada e geração de energia elétrica – Minas Gerais –
2012-2017 (IF_CIEE, IF_GEE)
1
10.001
20.001
30.001
40.001
50.001
60.001
70.001
80.001
13.200
13.400
13.600
13.800
14.000
14.200
14.400
14.600
14.800
15.000
15.200
15.400
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Capacidade Instalada (MW)
Geração (GWh)
As bases de dados são: Balanço energético Nacional (BEN), Ministério de Minas e Energia
(MME), Empresas de Pesquisa Energética (EPE), Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG),
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB), Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo
Mineiro, Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (OCEMG) e
Anuário de Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro.
Fontes: Balanço Energético Nacional 2015 (BEN). Ministério de Minas e Energia (MME). Empresa de Pesquisa
Energética (EPE). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Em termos de acesso rodoviário Minas Gerais possui uma malha rodoviária com extensão de
37.356 Km. A maior parte é pavimentada, 84% da extensão.
A utilização do modal aéreo apresentou um declínio tanto no transporte de passageiros
quanto de carga bem como de correio. O transporte de passageiro passou de 13.102 para
11.887 entre 2012 e 2017. O gráfico 14.2 apresenta essa evolução.
Gráfico 14.2: Transporte de passageiros, de carga e correios no modal aéreo –
Minas Gerais – 2012-2017 (IF_TPEDMTA, IF_TCCDMTA_ IFTCDRMTA)
Fonte: Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Elaboração: Fundação João Pinherio (FJP). Diretoria de Estatística e
Informações (Direi).
O número de acesso de serviços móveis ampliou até 2014 e depois declinou devido
principalmente à redução de planos pré-pagos. Os planos pós-pagos ampliaram ao longo de
todo o período (gráfico 14.3), passou de 5.818, em 2012, para 8.276 em 2017. Esse movimento
é similar ao verificado para o Brasil.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
10.000
10.500
11.000
11.500
12.000
12.500
13.000
13.500
14.000
2012 2013 2014(1)
2015 2016 2017
Passageiros (embarcados edesembarcados) (milpassageiros)
Carga (carregada edescarregada) (miltoneladas)
Correio (despachado erecebido) (mil toneladas)
Gráfico 14.3 – Número de acessos de serviços móveis pessoais, segundo plano de
serviço – Minas Gerais e Brasil – 2012-2017 (IF_NAMPSPSAM, IF_NAMPSPSPRP,
IF_NAMPSPSPSP)
Fonte: Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de
Estatística e Informações (Direi).
O acesso a TV por assinatura ampliou 32% em Minas Gerais entre 2012 e 2017. Esse valor superou o
crescimento verificado no Brasil que foi de 26% no mesmo período.
Links recomendados:
https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2015.pdf
http://www.mme.gov.br/web/guest/publicacoes-e-indicadores
http://www.anac.gov.br/assuntos/dados-e-estatisticas
http://www.anatel.gov.br/institucional/
-
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Acessos móveis
Pré-pago
Pós-pago
15. Investimentos O perfil de Minas Gerais na dimensão Investimentos traça
um panorama dos projetos de investimentos no estado. O
indicador selecionado foi investimentos anunciados em
Minas Gerais. São apresentados os territórios e os setores
em que se concentraram as intenções de investimento de
2004 a 2017. A partir dessas informações, destacam-se os
setores e as regiões mais dinâmicas.
Em perspectiva comparada, de 2004 a 2017, Minas Gerais
apresentou a terceira maior média de investimentos
anunciados, depois do Rio de Janeiro e de São Paulo. Após uma fase de expansão de
investimentos anunciados, de 2006 a 2008,
houve queda significativa em 2009, ano em
que a crise global afetou o Brasil. Em 2014
houve uma nova queda substantiva, a qual
se prolonga até 2017, em linha com a crise
econômica atual brasileira.
Gráfico 15.1: Investimentos anunciados em Minas Gerais - US$ milhões de
dólares - 2004-2017 (IN_IAT)
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de
Estatística e Informações (Direi).
Nesse período, os territórios de desenvolvimentos que mais receberam investimentos foram,
em ordem decrescente, o Metropolitano, Vertentes, Vale do Aço, Triângulo Norte, Mata e
Triângulo Sul. No entanto, cerca de 30% dos investimentos anunciados não identificam o
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
U$
milh
ões
Os investimentos anunciados são apurados
pela Rede Nacional de Informações sobre o
Investimento (Renai) do Ministérios da
Indústria, Comércio Exterior e Serviço
(Mdic). Esse indicador não representa um
levantamento dos investimentos realizados
na economia, sendo seu objetivo apresentar
as intenções para execução de projetos
futuros.
município (ou identificam diversos municípios), não sendo possível classificá-los por território
de desenvolvimento.
Tabela 15.1: Investimentos anunciados de Minas Gerais, territórios de
desenvolvimento – US$ milhões de dólares – 2004-2017 (total e %) Território Total %
Metropolitano 503.76 0.36
Vertentes 281.34 0.20
Vale do Aço 178.16 0.13
Triângulo Norte 6,704.30 4.73
Mata 51.31 0.04
Triângulo Sul 26,309.24 18.57
Norte 0.18 0.00
Sul 2,966.24 2.09
Oeste 3,806.75 2.69
Noroeste 3,344.45 2.36
Vale do Rio Doce 297.99 0.21
Alto Jequitinhonha 3,426.51 2.42
Sudoeste 12,347.02 8.71
Caparaó 6,073.72 4.29
Central 14,770.01 10.42
Médio e Baixo Jequitinhonha 2,456.98 1.73
Mucuri 15,903.98 11.22
Não Identificado 42,287.60 29.84
Total Geral 141,709.55 100.00
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Direi/FJP
Os investimentos anunciados se concentraram na indústria, com destaque para indústria de
transformação, indústria extrativa e a produção e distribuição de eletricidade, gás e água. A
evolução, de 2004 a 2017, dos investimentos na indústria de transformação se assemelha ao
padrão do total de investimentos anunciados no estado, sendo que o menor valor registrado
foi também no último ano da série, em 2017.
Tabela 15.2: Investimentos anunciados em Minas Gerais, setores econômicos –
US$ milhões de dólares – 2004-2017 (total) Setor Total %
Indústrias de transformação 91,655.07 64.68
Indústrias extrativas 26,417.42 18.64
Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 13,612.13 9.61
Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 2,786.45 1.97
Comércio; reparação de veí. automotores, objetos pessoais e domésticos 1,898.69 1.34
Alojamento e alimentação 1,514.66 1.07
Transporte, armazenagem e comunicações 1,438.69 1.02
Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal 1,400.99 0.99
Saúde e serviços sociais 447.48 0.32
Construção 325.59 0.23
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas 212.37 0.15
Total 141,709.55 100.00
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Elaboração: Direi/FJP
Links recomendados: http://www.mdic.gov.br/index.php/noticias/111-competitividade-industrial/3129-relatorio-
de-anuncios-de-investimentos-2
16. Finanças Públicas Essa seção traz as principais informações sobre as receitas,
despesas e dívida do governo de Minas Gerais. No caso da
receita, há dados sobre a principal fonte de arrecadação, o
Imposto sobre a Produção de Mercadorias e Serviços (ICMS),
desagregada de acordo com os principais setores de
atividade econômica.
Entre 2011 e 2017 a receita tributária apresentou acréscimo
nominal de 65,7%, saltando de R$ 35,02 bilhões para R$
58,03 bilhões. Nesse período, o PIB de Minas Gerais saltou
de R$ 400,12 bilhões para R$ 573,68 bilhões (incremento
nominal de 63,4%). Dessa forma, a receita tributária passou de 8,8% para 10,1% do PIB no
período.
O Gráfico 16.1 apesenta a composição setorial da arrecadação de ICMS. O setor industrial foi
responsável por 49,1% da arrecadação em 2017.
Gráfico 16.1: Evolução da participação dos setores de atividade econômica na
arrecadação de ICMS Minas Gerais- 2011-2017 (VARIAVEIS: FP_PAICMSI;
FP_PAICMSC; FP_PAICMSS; FP_PAICMSAG)
Fonte: Dados básicos: Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-MG). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP),
Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Acompanhando a tendência da economia, o setor industrial tem perdido participação na
arrecadação de ICMS. Em 2011 contribuía com 54,6% do total. Em 2017 essa proporção caiu
para 49,1%. Já os setores do comércio, serviços e agropecuário, que contribuíam com
participações respectivas de 21,1%; 23,8% e 0,4% aumentaram para 25,7%; 24,8% e 0,5%;
respectivamente.
54,6% 55,2% 56,2% 55,4% 51,3% 49,2% 49,1%
21,1% 21,2% 22,1% 23,2% 23,5% 25,2% 25,7%
23,8% 23,1% 21,3% 20,8% 24,7% 25,1% 24,8%
0,4% 0,4% 0,5% 0,6% 0,5% 0,5% 0,5%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Indústria Comércio Serviços Agropecuário
17. Comércio Internacional O perfil do Comércio Internacional de Minas Gerais reúne
informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e
Serviços (MDIC) acerca dos valores das exportações segundo
produtos e principais países no intercâmbio comercial, bem
como dos valores das exportações brasileiras, que permitem
acompanhar a evolução comparada à média nacional, o
destino e a composição da pauta dos bens transacionados
internacionalmente pelo estado.
Gráfico 17.1: Evolução das exportações (US$ bi FOB) e participação nas
exportações do Brasil (%) - Minas Gerais- 1997-2017 (VARIAVEIS: CI_E; CI_PTEBR)
Fonte: Dados básicos: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (MDIC). Secretaria de Comércio Exterior
(SECEX). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
As exportações de Minas Gerais totalizaram US$25,3 bilhões em 2017, o equivalente a 11,6%
do total do país. O valor mais alto da série (US$41,3 bilhões) foi registrado em 2011, quando a
participação estadual alcançou 16,2% da média brasileira.
7,2
7,6
6,4
6,7
6,1
6,3
7,4
10
,0
13
,5
15
,6 18
,3
24
,4
19
,5
31
,2
41
,3
33
,1
33
,4
29
,3
22
,0
21
,9 25
,3
13,6
14,8
13,3
12,2
10,4 10,5 10,2 10,4 11,4 11,4 11,4
12,3 12,7
15,4 16,2
13,7 13,8 13,0
11,5 11,8 11,6
-
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
(%) US$ bi FOB
US$bilhões FOB participação MG/BR (%)
GRÁFICO 17.2: Composição da pauta de exportações – Minas Gerais 2017
(VARIAVEIS: CI_PPEMPM; CI_PPEPS; CI_PPECE; CI_PPEABF; CI_PPEPMP;
CI_PPEMTVAT; CI_PPESFO; CI_PPEC; CI_PPEQ; CI_PPEMEMA; CI_PPEPC;
CI_PPETCCC; CI_PPECR; CI_PPED)
Fonte: Dados básicos: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (MDIC). Secretaria de Comércio Exterior
(SECEX). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
Quanto ao destino, cinco países concentraram 53,8% do total das exportações mineiras em
2017. A maior parcela (28,8%) foi da China, seguida dos Estados Unidos (8,2%), Argentina
(6,2%), Holanda (5,8%) e Japão (4,8%). Com participações entre 1,9% e 3,5%, a representação
da Alemanha, Reino Unido, Itália, Malásia e México totalizou 14,1%.
1,6%
0,7%
0,7%
2,5%
2,8%
3,3%
3,6%
3,9%
4,5%
5,1%
6,4%
13,6%
16,5%
34,9%
Demais produtos
Cerâmicos
Têxteis-Calçados-Couro-Confecções
Papel-Celulose
Equip.Mecânicos-Material Elétrico
Químicos
Carnes
Sementes-Frutos Oleaginosos
Veículos e Mat.Transporte
Pedras e Metais Preciosos
Alimentos-Bebidas-Fumo
Café
Metalúrgicos
Minérios e Prod. Minerais
A pauta mineirade exportações é concentrada em poucos produtos. Em 2017, minérios, produtos siderúrgicos e café somaram 65% do total, com participações respectivas de 34,2%, 16,5% e 13,6%.
GRÁFICO 17.3: Principais países de destino das exportações – Minas Gerais –
2017 (VARIAVEIS: CI_PTPPCE)
Fonte : Dados básicos: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e do Comércio Exterior (MDIC). Secretaria de Comércio Exterior
(SECEX). Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (DIREI).
China 28,8%
Estados Unidos 8,2%
Argentina 6,2%
Países Baixos (Holanda)
5,8%
Japão 4,8%
Alemanha 3,5%
Reino Unido 3,4%
Itália 3,1%
Malásia 2,3%
México 1,9%
Índia 1,7%
Canadá 1,6%
Bélgica 1,6%
Omã 1,6%
França 1,1%
Demais países 24,5%
18. Cultura, esporte e lazer Nessa seção são apresentados os gastos realizados na área
da cultura pelo Estado de Minas Gerais e informações pelo
lado da oferta do pessoal ocupado no setor cultura.
O Estado de Minas Gerais apresentou uma despesa com a
cultura de R$ 146.112 mil em 2017, o que representou um
percentual de 6,1% do total das Unidades da Federação
gastaram com a cultura nesse ano. Esse percentual foi mais
elevado em 2016, 9,8%.
Gráfico 18.1 - Despesa com cultura e participação no total dos governos
estaduais
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional.
Variável: CL_DCGEVA e CL_DCGEPP
-
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
20 000
40 000
60 000
80 000
100 000
120 000
140 000
160 000
180 000
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Despesa com cultura Participação no total do Brasil
Em 2012, o setor cultural ocupou
345 mil pessoas, sendo 204 mil
empregados, 120 mil por conta
própria, 13 mil empregadores e 7
mil não remunerados. 134 mil com
carteira assinada. O setor cultural
representou 3,4% do total de
ocupações em Minas Gerais. A
tabela 18.1 apresenta esses dados:
Tabela 18.1 – Pessoas de 10 anos ou mais de idade,
ocupadas na semana de referência no setor cultural,
segundo a posição na ocupação e a categoria do
emprego no trabalho principal – Minas Gerais -
2007/2012
Posição na ocupação e categoria do emprego no
trabalho principal
Setor cultural
2007 2008 2009 2011 2012
Minas Gerais 426 482 445 376 345 Empregados 253 262 235 223 204
Com carteira de trabalho assinada 152 151 153 143 134
Militares e estatutários 10 17 13 12 11
Outros sem carteira de trabalho
assinada 92 95 69 68 59 Conta própria 143 166 176 130 120 Empregadores 16 30 20 16 13 Não remunerados 14 24 15 7 7
Fonte: Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc).
19. Turismo Nessa seção é apresentado um panorama da atividade dos
fluxos dos turistas no Estado. Utilizando o conceito de
Atividades Características do Turismo (ACTs), apresenta os
dados do Valor Adicionado (VA) do turismo para o Estado
com abertura para atividades, o índice de volume das
atividades turísticas, fluxo e receitas turísticas estimadas e os
embarques e desembarques domésticos e internacionais em
Minas Gerais.
O Estado de Minas Gerais apresentou um Valor Adicionado
(VA) de turismo no valor de R$ 14.998 milhões no ano de
2014, com uma diferença nominal em torno de R$1.297 milhões em relação ao ano de 2010.
Tabela 19.1 - Valor Adicionado, segundo setores de atividade econômica do
Turismo - Minas Gerais - 2010-2014 (1.000.000 R$)
Especificação 2010 2011 2012 2013 2014
Serviços 186.818 209.887 241.408 273.577 297.670
Serviços não turísticos 177.278 199.533 229.088 259.876 282.672
Turismo 9.539 10.354 12.321 13.701 14.998
Transporte terrestre 1.429 1.516 1.698 1.857 1.762
Transporte aquaviário 1 1 1 1 2
Transporte aéreo 468 522 547 709 652
Atividades auxiliares do transporte 315 460 549 399 492
Alojamento 644 727 732 621 809
Alimentação 4.289 4.369 5.933 6.463 8.750
Aluguéis não imobiliários 1.359 1.849 2.091 2.167 1.409
Agências de viagem 175 227 301 549 310
Artes, cultura, esportes e recreação 860 682 469 936 812 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP), Diretoria de Estatística e Informações (Direi).
Em 2014, observa-se que a atividade de turismo representou 3,72% como participação no
acumulado produtivo do estado de Minas Gerais. Esse percentual é relativamente maior que o
percentual de participação do turismo no Estado no ano de 2011 que ficou em torno de 3,51%,
mas não superior ao ano de 2010 com 3,77%.
O IBGE divulga através da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) o agregado “atividades
turísticas” sendo que verificou para os anos disponíveis – a partir de 2012 – um crescimento
real de 1,1% em 2012 e uma queda de -0,3% em 2013. Para os anos de 2014 e 2015, os
resultados do agregado “atividades turísticas” da PMS registrou crescimento de 4,1%,
provavelmente relacionado a realização do evento esportivo Copa 2014, porém em 2015
registrou-se uma queda de -4,0%, seguida de uma nova queda mais acentuada de -8,0% em
2016 e voltando a recuperar em 2017. (gráf. 19.1).
Gráfico 19.1 - Índice de volume das atividades turísticas - 2012-2017 (%)
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) Variável: TR_IVAT
O fluxo de turistas disponibilizado pelo
Observatório do Turismo de Minas Gerais foi
estimado em mais de 27 milhões de turistas
em Minas Gerais, um aumento de 10,72% em
relação ao ano anterior. A geração de receita
ficou em torno dos 16 bilhões de reais.
A muitos anos Minas Gerais apresenta taxas
positivas quando se trata da variação do
número de embarques e desembarques
domésticos em seus aeroportos positiva, com
exceção do ano de 2016 comparado a 2015.
Os dados mostraram que em 2017 442.792
de embarques e desembarques
internacionais em Minas Gerais, totalizando
mais de 11,5 milhões nesse ano.
1,1
-0,3
4,1
-4,0
-8,0
1,7
-10,0
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
0,0
2,0
4,0
6,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tabela 19.2 - Fluxo de turistas e receita
turística de Minas Gerais - 2008-2017
Ano Fluxo de turistas (Nº de pessoas)
Receita turística (1.000.000 R$)
2008 11.478.231 6.063
2009 13.379.610 7.284
2010 14.278.794 7.749
2011 17.300.420 10.223
2012 21.745.910 9.160
2013 23.040.694 13.639
2014 24.004.281 16.659
2015 24.242.785 15.891
2016 24.980.967 16.402
2017* 27.657.939 16.846 Fonte: Observatório do Turismo de Minas Gerais. Secretaria de Turismo de Minas Gerais.
Nota: *Dados estimados.
Tabela 19.3 -Número de embarques e desembarques domésticos e
internacionais - Minas Gerais - 2003-2017
Ano Domésticos Internacionais Total
2003 3.608.866
97.046
3.705.912
2004 3.997.268
91.435
4.088.703
2005 4.849.347
42.668
4.892.015
2006 5.185.992
10.467
5.196.459
2007 5.766.707
34.931
5.801.638
2008 6.273.141
162.317
6.435.458
2009 6.714.568
247.637
6.962.205
2010 8.699.392
304.677
9.004.069
2011 11.025.831
420.599
11.446.430
2012 12.278.984
446.908
12.725.892
2013 12.614.507
381.843
12.996.350
2014 13.027.822
431.528
13.459.350
2015 13.330.291
393.130
13.723.421
2016 11.077.675
316.564
11.394.239
2017 11.439.706
442.792
11.882.498
Fonte: Infraero e BH Airport.