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inhoTestemunhas de Jeová Que Religião é Essa? Caixa Postal: 10.061 Campo Grande_ Rio De Janeiro_Rj CEP 23.051_970 Salvo para uso pessoal ou para distribuição gratuita, a reprodução, sem a autorização do autor, por escrito, está proibida. Pastor Joel Santana 1

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Testemunhas de Jeová refutadas

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inhoTestemunhas de Jeová

Que Religião é Essa?

Caixa Postal: 10.061Campo Grande_ Rio De Janeiro_Rj

CEP 23.051_970

Salvo para uso pessoal ou para distribuição gratuita, a reprodução, sem a autorização do autor, por escrito, está

proibida.

Pastor Joel Santana

Para saber sobre outras seitas e heresias, acesse o SITE abaixo:

www.ievitoria.com

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INTRODUÇÃO. 7CAPÍTULO 1 13

A RESPEITO DA GRANDE MULTIDÃO 131.1. Não Participam da Ceia do Senhor 131.2. Não São Ungidos 151.3. Não São Intermediados por Cristo 161.4. Não São Justificados Pela Fé 161.5. Não Nasceram de Novo 191.6. Não São Filhos de Deus, e Sim Netos 221.7. Não Podem Morar no Céu 261.8. Não Pertencem à Igreja de Cristo. 281.9. Não Pertencem a Cristo 281.10. Não São os Gafanhotos da Classe de João 291.11. Não Verão a Jesus 301.12. São um Estoque de Reserva. 301.13. São de Outro Aprisco 311.14. Serão Salvos Pelos 144000. 311.15. A Grande Multidão Está Subdividida em Dois Grupos 321.16. Dormem na Morte 321.17. Outras Crenças Sobre os Dois Grupos 331.18. Sabe-se Quem é Quem 341.19. Diálogo com um Ancião Sobre os Dois Grupos 35

CAPÍTULO 2 37SOBRE RÉVEILLON 37

CAPÍTULO 3 39SOBRE POLÍTICA 39

CAPÍTULO 4 41SOBRE ANIVERSÁRIO NATALÍCIO 41

CAPÍTULO 5 43A RESPEITO DE DEUS 43

5. 1. Negam Sua Onisciência 435. 2. Negam Sua Onipresença 455. 3. Negam Sua Onipotência 455. 4. Negam Seus Nomes 455. 5. Negam Sua Triunidade 46

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CAPÍTULO 6 51A RESPEITO DO SENHOR JESUS 51

CAPÍTULO 7 59A RESPEITO DO ESPÍRITO SANTO 59

7. 1.A Pessoalidade do Espírito Santo 597. 2. A Divindade do Espírito Santo 60

CAPÍTULO 8 63A RESPEITO DA BÍBLIA 63

8. 1. Negam a Bíblia 638. 2. Preterem a Bíblia 648. 3. Monopolizam a Bíblia 658. 4. Adulteram a Bíblia 68

CAPÍTULO 9 71SOBRE TRANSFUSÃO DE SANGUE 71

CAPÍTULO 10 77SOBRE O MILITARISMO 77

10. 1. Totalmente Liberado 7710. 2. Totalmente Proibido 7710. 3. Uma Vergonhosa “Explanação” Bíblica 7810. 4. É Questão de Foro Íntimo? 7910. 5. Temem Assumir o Erro? 7910. 6. Quem é o Assassino? 80

CAPÍTULO 11 83A RESPEITO DO INFERNO 83

11.1. Sobre Seol e Hades 8411.1.1. Analisando o Seol e o Hades 8411.1.2. Localizando o Seol 90

11.2. A Respeito da Geena 9111.3. A Respeito do Tártaro 9411.4. Justificando o Inferno 95

CAPÍTULO 12 99A RESPEITO DA ALMA 99

12. 1. Que Disse o Apóstolo Paulo 9912. 1. 1. Aos Filipenses 10012. 1. 2. Aos Coríntios 101

12. 2. Que Disse Jesus 10512. 3. Que Disse o Patriarca Jacó 10612. 4. Textos Prediletos das TJ 107

CAPÍTULO 13 111O JULGAMENTO, O JUÍZO E O ARMAGEDOM 111

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13. 1. O Dia do Julgamento 11113. 2. O Dia do Juízo 11213. 3. O Armagedom 117

CAPÍTULO 14 121OS SODOMITAS NÃO, SIM, NÃO... RESSUSCITARÃO 121

CAPÍULO 15 123AS TJ SÃO A ÚNICA RELIGIÃO VERDADEIRA? 123

CAPÍTULO 16 127AS MUDANÇAS DEVEM NOS PERTURBAR? 127

CAPÍTULO 17 129A RESPEITO DA SALVAÇÃO 129

17. 1. Já Somos Salvos 12917. 2. Obras Não Salvam 13017. 3. A Fé nos Basta 13217. 4. Deturpando a Missão de Jesus 135

17. 4. 1. Mais de uma missão? 13517. 4. 2. Definindo as supostas missões 136

17. 5. Alistando as Obras Salvíficas 136CAPÍTULO 18 139

SOBRE O ESCRAVO FIEL E DISCRETO 13918. 1. Quem é o Escravo Fiel e Discreto? 13918. 2. Que Diz o Corpo Governante 13918. 3. Dizem Mesmo? 14018. 4. E Há Quem Creia?! 14218. 5. Quem Dá o Alimento? 14318. 6. Está na Bíblia? 14418. 7. Quem é Quem? 14518. 8. O Verdadeiro Escravo Fiel e Discreto é o Caminho?! 147

CAPÍTULO.19 149CURA DIVINA, PRODÍGIOS.E.EXPULSÃO.DE.DEMÔNIOS 149

19.1. Sobre Cura Divina 14919. 2. Prodígios 15119.3. Expulsão de Demônios 154

CAPÍTULO 20 157ALGUÉM DO ANTIGO TESTAMENTO VAI PARA O CÉU? 15720.1. Primeiro Confronto 15820. 2. Segundo Confronto: 15820.3. Terceiro Confronto 15820.4. Quarto Confronto: 159

CAPÍTULO 21 161

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QUEM VAI MORAR NA TERRA? 16121.1. O Arrebatamento da Igreja e a Grande Tribulação 16121.2. A Manifestação de Jesus em Glória e o Armagedom. 16221.3. O Juízo das Nações. 16221. 4. O Milênio. 16321. 5. O Juízo Final. 16321. 6. A Purificação do Universo. 16421. 7. Eterno Estado de Felicidade 165

CAPÍTULO 23 167COMO TUDO COMEÇOU. 167

BIBLIOGRAFIA 170I. LITERATURA DAS TJ, EDITADAS PELA SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS. 170II. LIVROS EVANGÉLICOS 171III. LIVROS DIVERSOS 173

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INTRODUÇÃO.

As doutrinas inusitadas pregadas pelas testemunhas-de-jeová são muitas, mas nesta obra só abordamos algumas. Damos prioridade às mais esquisitas A sigla TJ com a qual o leitor irá deparar repetidas vezes, significa testemunha (s)-de-jeová. Fazemos isto para ganharmos tempo e espaço, e não por chacota, visto que fazê-lo seria faltar com o respeito que elas merecem TNM quer dizer Tradução do Novo Mundo. Trata-se da “bíblia” “traduzida” pelas TJ e por elas adotada. A expressão Corpo Governante significa o conjunto dos

líderes supremos das TJAs testemunhas-de-Jeová pregam que:1) É pecado cantar parabéns; 2) É pecado adorar a Jesus;3) É pecado presentear a um aniversariante;4) É pecado transfundir sangue;5) É pecado cantar os hinos nacionais;6) É pecado reverenciar as bandeiras nacionais;7) É pecado votar;8) É pecado ser estadista; 9) É pecado felicitarmos uns aos outros com frases como

“feliz aniversário”, “feliz Ano Novo”, “feliz Natal” etc.; 10) Jesus de Nazaré não existe mais; 11) O Espírito Santo não é uma Pessoa Divina; 12) O Inferno, como lugar de tormento, não existe; 13) A alma humana é mortal; 14) Deus não é Onipresente e Onisciente; 15) Nem todos os cristãos verdadeiros são filhos de Deus; 16) Só 144000 cristãos são filhos de Deus;

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17) Fora da seita deles não há salvação; 18) A seita deles é a única religião verdadeira; 19) Ninguém terá que prestar conta do que fez antes de morrer, visto que Jeová só levará em consideração o que os ressuscitados fizerem depois da ressurreição, durante e após o Dia do Juízo; 20) Nem todos os cristãos verdadeiros são membros da Igreja de Cristo, visto que esta só tem 144000 integrantes; 21) Jesus só é mediador dos 144000;

22) Sem a ajuda de seus líderes, ninguém consegue entender a Bíblia;

23) Os seus líderes máximos, chamados Corpo Governante, devem ser seguidos cega e incondicionalmente;

24) Seus líderes supremos (o Corpo Governante) vão purificá-los de seus pecados;

25) O corpo de Jesus está morto até hoje, e assim permanecerá para sempre;

26) De todos os cristãos, só 144.000 vão morar no Céu; os demais que se salvarem herdarão a Terra. Esta será um Paraíso etc.

Antigamente proibiam a vacinação e os transplantes de órgãos. O Serviço Militar, inicialmente cem por cento liberado, e mais tarde totalmente proibido, atualmente é liberado com restrições. Por exemplo, permite-se hoje em dia o serviço alternativo, o que foi proibido durante décadas.

As heresias acima alistadas e outras mais, são analisadas neste livro. O leitor verá ainda que as contradições são a marca registrada da seita das TJ, e que isso prova que o Corpo Governante está desgovernado. Sabemos que errar é humano, mas a “borracha” dos líderes das TJ acaba antes do “lápis”. E o pior é que eles, via de regra, não substituem uma heresia, por uma doutrina ortodoxa; antes, trocam uma velha heresia por uma heresia nova, que passa a ser a “nova verdade”. Tudo quanto os integrantes do Corpo Governante pregam, pode sofrer mudança radical, sem aviso prévio. E os seus liderados têm que concordar com eles tintim por tintim, sob pena de excomunhão. Quando os poderosos chefões das TJ pregam uma doutrina, exige-se que as TJ repitam-na como se fossem

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robôs, até que eles se retratem, quando também terão que se retratar. Caso contrário, serão desassociadas.

Exibiremos neste livro provas concretas de que os líderes das TJ ensinam que eles não podem ser contraditados, ameaçando com Geena e Armagedom os que ousam impugná-los. Eles afirmam que sem a ajuda deles ninguém consegue entender a Bíblia, e que à parte da religião deles não há salvação. Ser TJ significa, pois, crer que o Corpo Governante é o dono da verdade e que, portanto, a salvação consiste em segui-lo incondicional e cegamente. Sim, as TJ não têm personalidade, pois esta sucumbiu sob o terror psicológico imposto pelos seus líderes. Se há (e há) entre as TJ alguém que raciocina com sua própria cabeça, esse tal ainda não é um autêntico TJ, e se continuar assim, romperá com a seita.

As contradições dos líderes das TJ são tão vergonhosas que eles se escondem atrás de Pv 4.18, que diz:“A vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. Para vermos isto basta-nos consultarmos o livro Raciocínios à Base das Escrituras, página 390. “Raciocinando” à base deste versículo, o Corpo Governante proclama que Deus está refinando a seita deles com progressivas revelações. Eles chamam tais revelações progressivas (ou tapeações progressivas?) de Lampejos de Luz. Mas eles sabem que esse argumento é sofisma, visto que eles mesmos já disseram que “... Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 32, parágrafo 19).

O leitor verá nos capítulos que se seguem que as doutrinas das TJ são heréticas e contraditórias. Heréticas, porque são contrárias à Bíblia; e contraditórias porque um livro diz algo diametralmente oposto ao outro. Às vezes dentro de um mesmo livro podemos detectar grosseiras contradições. Por exemplo, quando o leitor ler o capítulo 11 deste livro, verá que o capítulo 8 de um dos livros das TJ intitulado “Seja Deus Verdadeiro” faz cinco discrepantes afirmações sobre o Inferno:

1ª) diz que o Inferno é um lugar de descanso e esperança;

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2ª) diz que o Inferno não é um lugar, e sim, uma condição de esperança;

3ª) diz que o Inferno é o abismo onde o Diabo estará preso durante o Milênio;

4ª) diz que os mortos estão inconscientes nos sepulcros, e não gozando as delícias do Paraíso celestial, nem tampouco sofrendo os horrores do Inferno;

5ª) diz que o Diabo será lançado no abismo, onde será retido por mil anos; e que lá, ele encontrará os mortos que se encontram nesse lugar.

Vejamos, pois, à luz da Bíblia e da razão, as principais heresias pregadas pelas TJ, e assim nos preparemos para ajudá-las a saírem do labirinto em que se encontram.

Dificilmente uma TJ leria estas linhas. Seus líderes, por saberem que a luz da verdade dissipa as trevas das heresias, vêm envidando esforços a fim de demovê-las da curiosidade de examinar matéria refutatória às doutrinas que eles difundem. Insistem que tais obras devem ser destruídas, não lidas. Sob o subtítulo “Destrói você sabiamente matéria apóstata?”, constante da revista A Sentinela de 15/03/1. 986, página 12, lemos: “... Ora, o que fará então quando se vir confrontado com ensinos apóstatas — raciocínios sutis — afirmando que aquilo que você crê como Testemunha de Jeová não é a verdade? Por exemplo, o que fará se receber uma carta ou alguma literatura, e, abrindo-a, vê logo que procede dum apóstata? Será induzido pela sua curiosidade a lê-la, só para ver o que ele tem a dizer? Talvez você até mesmo raciocine: ‘Isso não me vai afetar; sou forte demais na verdade. E, além disso, tendo a verdade, não temos nada a temer. A verdade suportará a prova.’ Argumentando assim, alguns nutriram a mente com raciocínios apóstatas e caíram vítimas de sérias perguntas e dúvidas... Portanto, lembre-se da advertência contida em 1 Coríntios 10:12: ‘Quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia’”.

A astúcia dos líderes das TJ, proibindo-as de examinar qualquer literatura que questione suas crenças é, sem dúvida, um entrave que justifica a afirmação supra de que dificilmente uma TJ

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lerá estas linhas. Contudo, não estamos perdendo o nosso tempo, ao elaborarmos este livro, pelas seguintes razões: “Dificilmente”, não é o mesmo que “impossível;” Os irmãos em Cristo que lerão este livro compartilharão com

elas, o conteúdo do mesmo. Poderão não só dissertar, mas também lê-las aos ouvidos delas, durante diálogos. Os que evangelizam por cartas, poderão fazer cópias, inclusive à mão, como se fosse da autoria deles e remetê-las às TJ que estiverem evangelizando;

Alguém, quer seja evangélico, quer não, poderá receber, através destas páginas, a luz de que necessitava para enxergar os erros sobre os quais as TJ laboram e, por conseguinte, imunizar-se em relação às crendices dessa seita;

Estamos fazendo a nossa parte; Se o Espírito Santo “soprar” no “nariz” desta obra, ela

receberá vida e fará proezas; Com a ajuda de Deus podemos transpor todos os obstáculos

criados por Satanás, alcançar as TJ e arrancá-las do engano de que são vítimas;

A Bíblia diz que o nosso trabalho não é vão no Senhor, 1 Co 15.58.

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CAPÍTULO 1

A RESPEITO DA GRANDE MULTIDÃO

As TJ crêem que os cristãos estão divididos em dois grupos: o grupo menor, formado por 144.000 integrantes, ao qual chamam de “pequeno rebanho”; e o grupo maior, integrante de uma grande multidão. Baseiam essa doutrina em várias passagens bíblicas, das quais, as principais são: Lc 12.32; Jo 10.16; Ap 7.4-17; 14.1-5.

Referindo-se aos cristãos que, segundo os líderes das TJ, não pertencem aos 144.000, eles fazem as seguintes afirmações:

1.1. Não Participam da Ceia do Senhor

Nós, os evangélicos, nos reunimos periodicamente para celebrarmos a Ceia do Senhor (1 Co 11.17-34); e o fazemos assim: Após darmos graças pelo pão, o partimos e o distribuímos aos fiéis, anunciando que o mesmo simboliza o corpo de Cristo que foi transpassado pelos nossos pecados. Após comermos o pão, agradecemos a Deus pelo vinho e o distribuímos, observando que se trata de um símbolo do sangue de Jesus, que foi derramado na cruz para nos purificar dos nossos pecados.

As TJ também se reúnem anualmente para participarem do mesmo evento, que elas preferem chamar de Refeição Noturna do Cordeiro. Até aí tudo bem, considerando que “ceia” e “refeição noturna” são expressões equivalentes entre si. O que nos parece estranho, é que as TJ crêem que nem todos os cristãos podem participar deste memorial. Afirmam elas que só quem pertence aos 144.000 podem “comer o pão e beber o copo”.

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Em Mt 26.26-28 encontramos que Jesus, ao instituir o memorial de Seu sacrifício, o fez dizendo que o suco de uva que Ele então distribuía aos seus discípulos era o “sangue do pacto” derramado para remissão dos pecados. As TJ, por acreditarem que só 144.000 cristãos vão reinar com Cristo no Céu, deduzem que os cristãos que não fazem parte deste grupo seleto, não pertencem a este pacto, por cujo motivo não tomam parte do mesmo.

Uma das muitas provas de que a exposição acima é a expressão da verdade, é o que o ex-TJ David A. Reed fez constar do seu livro As Testemunhas de Jeová Refutadas Versículo Por Versículo, página 58, transcrevendo da revista A Sentinela de 15/02/1986, edição norte-americana, página 15, que diz: “Aqueles que pertencem à classe das ‘outras ovelhas’ não pertencem à nova aliança e dela não tomam parte.” Contudo, não teremos que provar às TJ que elas pregam que aqueles que não pertencem aos 144.000, que elas pensam ser o que Jesus chamou de “outras ovelhas” em Jo 10.16, não podem participar da Ceia do Senhor ou Refeição Noturna do Cordeiro, já que elas, muito longe de negarem isto, tentarão é nos convencer que de fato, só os 144.000 podem participar dos elementos da Santa Ceia: o pão e o vinho.

Nós, os evangélicos, geralmente cremos que tudo quanto Jesus mandou os apóstolos fazerem, nós podemos e devemos fazer também, visto que Jesus os incumbiu de ensinarem todas as nações (e não apenas os 144.000) a guardar “todas a coisas que” Ele os ensinara (Mt 28.19,20). Ora, se Cristo mandou os apóstolos comerem do pão e beberem do cálice, e depois os comissionou a ensinarem todas a nações a fazerem todas as coisas que Ele os havia ensinado, se eles não nos ensinassem a participar da Santa Ceia, estariam desobedecendo à ordem de Cristo. E igualmente lógica e verdadeira é a conclusão de que se não participarmos da Ceia do Senhor — exceto se por razões alheias à nossa vontade —, estaremos em desobediência a Deus.

O argumento que as TJ apresentam para não participarem da Refeição Noturna do Cordeiro é muito fraco, considerando que partindo da falsa premissa de que os cristãos estão divididos em dois grupos; que os do grupo maior “não pertencem à Nova Aliança e dela não tomam parte”; e que, por conseguinte, estes

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não podem tomar parte na Ceia do Senhor, abre-se precedente para que também se pregue que o batismo não é para todos os cristãos. As TJ, para serem coerentes, deviam ensinar que só os 144.000 podem ser batizados. Aliás, qual é o critério adotado pelos líderes das TJ, para que se saiba quais são os mandamentos da Bíblia que os cristãos que não pertencem ao grupo dos 144.000 precisam obedecer?

O Corpo Governante induziu os seus liderados a não participarem da Ceia do Senhor, e, para compensar essa perda, deu-lhes um “prêmio de consolação”, a saber, é-lhes dito que podem ter o “prazer em ser observadores”, isto é, não podem comer do pão e beber do cálice, mas podem assistir ao evento (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 201-202, parágrafos 23-30).

À luz da Bíblia, nenhum cristão verdadeiro vive à margem da Nova Aliança selada com o sangue de Cristo, pois Jesus disse sem rodeios que os que não comem a Sua carne e não bebem o Seu sangue, não têm vida em si mesmos (Jo 6.53), donde se pode deduzir que os tais não são cristãos, já que todos os cristãos de fato, têm a vida (Jo 3.36; 5.24; 10.10 etc.). Além disso, “comer” a carne de Cristo e “beber” o Seu sangue, são metáforas equivalentes a lançar mão dos benefícios oriundos do sacrifício vicário do Senhor. E, como é inconcebível a idéia de um cristão que não faça isto, todos os que realmente são cristãos, pertencem sim, à Nova Aliança e dela tomam parte verdadeiramente. Ora, se todos os que realmente são cristãos, estão sob a Nova Aliança selada com o sangue de Cristo, nada mais natural que todos comemorem a sua instituição e inauguração. E, já que podemos, devemos e queremos comemorar o sacrifício de Jesus, que instituiu e inaugurou a Nova Aliança, nos interessa sabermos como fazê-lo. E, como sabemos, a Bíblia diz que é comendo do pão e bebendo do cálice (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19,20; 1 Co 11.23-28). Nenhum cristão foi chamado por Deus para tão-somente assistir à Ceia do Senhor, e sim, para participarem da mesma.

Se o relacionamento entre Cristo e os cristãos, se dá à base do Pacto (ou Aliança) selado com o precioso sangue vertido na cruz, os que não se consideram incluídos neste Plano, não podem se considerar cristãos. E, deste modo, as TJ que se julgam

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“integrantes da grande multidão que herdaria a Terra,” excluem-se a si mesmas do rol dos cristãos, quando afirmam que “não pertencem à Nova Aliança e dela não tomam parte”. Isto mesmo, estão se auto-excluindo do povo de Deus. Dizer isso equivale a admitir: Nós não pertencemos a Cristo.

1.2. Não São Ungidos

Embora a Bíblia, dirigindo-se aos cristãos, diga que nós temos a unção do Santo (1 Jo 2.20-27), as TJ aprendem que esta unção é só para os 144.000. Elas entendem que esta unção diz respeito à investidura de poder régio outorgado aos 144.000, os quais, como reis se assentarão em tronos, auxiliando Cristo no Reino. Logo, concluem elas, os que não serão reis e sacerdotes no Reino, mas apenas súditos, não são ungidos (A Sentinela, 15/09/1 979, página 32). A unção da qual trata 1 Jo 2.20-27, diz respeito à delegação do poder que Cristo conferiu a todos os cristãos, quando nos deu do Seu Espírito (Jo 14. 17; At 1. 8; Rm 8. 14).

1.3. Não São Intermediados por Cristo

Outra heresia de doer o coração de quem ama as vítimas das seitas, é o fato das TJ pregarem que Cristo não é o Mediador de todos os cristãos, mas sim, tão-somente dos 144.000. Na mesma página e parágrafo da revista supracitada, isto é, A Sentinela de 15/09/1979, os guias das TJ perguntam: “Será que Jesus é ‘mediador’ só dos cristãos ungidos?” E em seguida respondem: “De modo que, em estrito sentido bíblico, Jesus é o ‘mediador’ apenas dos cristãos ungidos”, isto é, dos 144.000. Isso colide frontalmente com 1Tm 2.5, que nos diz que Cristo é o Mediador entre Deus e os homens, bem como com Jo 14.6 , onde Jesus afirma que só por Ele se tem acesso ao Pai. Então, quem não é intermediado por Cristo, está perdido. Não obstante os líderes das TJ pregarem que Jesus só é Mediador dos 144000, incoerentemente dizem que as TJ que pertencem à grande multidão devem orar a Jeová em nome de Jesus. E as TJ do mundo todo oram a Deus em nome de Jesus. Ora,

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se Cristo não é o Mediador delas, por que oram então em nome dEle?

1.4. Não São Justificados Pela Fé

A justificação pela fé, apontada por Paulo em Rm 5.1, é para todos os cristãos, já que a Bíblia não ensina outro meio de salvação (Ef 2.8,9). A Bíblia afirma categoricamente que “a justiça de Deus por intermédio da fé em Jesus Cristo”, é “para todos os que têm fé. Porque não há distinção” (Rm 3.22, TNM). Sim, a Bíblia, ao afirmar que Deus declara “justo o homem que tem fé em Jesus” (Rm 3.26), não acrescenta: “Contanto que pertença aos 144.000”. Contudo, as TJ têm ensinado que só estes, isto é, os 144000, podem e necessitam ser justificados pela fé. Referindo-se ao que as TJ pensam ser os cristãos que não pertencem aos 144.000, mas sim, à tal de grande multidão que, segundo eles, herdará a Terra, os líderes das TJ fizeram a seguinte pronunciação: “Por isso não serão nem agora nem então justificados ou declarados justos assim como os 144.000 co-herdeiros celestiais foram justificados enquanto na carne. Os da ‘grande multidão’ não sofrerão uma mudança na natureza humana para a espiritual, e por isso não precisam de justificação pela fé e da imputação de justiça necessitadas pelos 144.000 ‘escolhidos’.” (Vida Eterna – Na Liberdade dos Filhos de Deus, página 390, parágrafo 22. Grifo nosso).

Uma vez que os supostos integrantes da imaginária Grande Multidão não são, segundo as TJ, justificados pela fé, perguntamos: Que perdem eles com isso? Que é ser justificado pela fé? É possível ser um fiel cristão sem ser justificado pela fé?

Segundo as TJ, os servos de Deus que não pertencem aos 144.000, e isso inclui todos os do Antigo Testamento, como Abel, Noé, Abraão, Moisés, Sara, Ana, Davi, João Batista, Sansão, etc., serão ressuscitados no início do Milênio, em cujo período poderão se aperfeiçoar progressivamente até se tornarem tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecar. Aquele que, dentro desse período, se rebelar contra Deus, morrerá de novo e, dessa vez, sem direito à ressurreição. Mas, os que forem fiéis, irão se aperfeiçoando progressivamente pelo Milênio adentro, até atingirem a perfeição, o que se dará por volta do fim do milênio.

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Ao terminar então o Milênio, serão tentados todos os que tiverem chegado até lá, dos quais muitos cederão e, por isso, morrerão de novo para nunca mais serem ressuscitados. Porém, os que não cederem, viverão para sempre, ou seja, então serão salvos. Ora, se assim fosse, estaria em jogo, não apenas a salvação dos supostos integrantes da Grande Multidão que, no presente, morrem fiéis às doutrinas pregadas pelo Corpo Governante, mas até mesmo os heróis da fé, do Antigo Testamento (Abel, Noé, Sara, Abraão, Josué, Daniel, Moisés, Ester, Ana, João Batista etc.), estariam na corda bamba.

Pregam mesmo as TJ o que dissemos acima? Ora, elas afirmam no livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 122, parágrafo 7, que “... todos os homens e mulheres fiéis que morreram antes de Jesus falecer tinham esperança de viver novamente na terra, não no céu. Serão ressuscitados para se tornarem súditos terrestres do reino de Deus...” Elas dizem ainda neste mesmo livro, páginas 175-183, que tantos quantos forem ressuscitados, mais os vivos que sobreviverem ao Armagedom, somados aos que nascerem durante o Dia do Juízo de 1.000 anos, conforme forem sendo fiéis, gradualmente avançarão rumo à perfeição humana, de sorte que por volta do fim do Dia do Juízo de 1000 anos, todos os que não morrem nesse período, estarão tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecar. E acrescentam que ao terminar o referido Dia do Juízo de 1000 anos, Satanás e seus demônios sairão da prisão na qual estarão retidos durante o Dia do Juízo, e tentarão esses humanos aperfeiçoados; dos quais, os que cederem serão destruídos; e os que se mantiverem fiéis, herdarão a Terra paradisíaca.

Uma das provas de que as TJ crêem que todos os humanos que forem aperfeiçoados durante o Dia do Juízo, serão testados depois do Milênio, é o fato delas afirmarem que Jeová submeterá (depois do Dia do Juízo) a humanidade a uma prova, para daí selecionar os fiéis que farão jus aos nomes no livro da vida. Senão, vejamos: “Como determinará Jeová que nomes deverão ser escritos no ‘rolo da vida’, ou ‘livro da vida’?... Será por meio duma prova à qual a humanidade será submetida” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 182, parágrafo 20, ênfase acrescentada). Veja que o Corpo Governante afirma que o

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teste será aplicado na humanidade, e não, a uma parte da humanidade.

Simplificando, o que as TJ pregam é o seguinte: O homem foi feito para viver eternamente no planeta Terra. Porém, devido ao pecado, o homem foi sentenciado à morte e, por conseguinte, a deixar de existir. Mas, por causa da sacrifício de Cristo, muitos terão uma segunda oportunidade. Estes, e seus filhos nascidos durante o período de adestramento que durará mil anos, serão submetidos a um processo evolutivo, ao término do qual estarão tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecar. Então serão tentados por Satanás e seus demônios. Nessa época, muitos cederão às tentações e, por isso mesmo, serão destruídos, isto é, irão para a Geena, o que equivale a dizer que morrerão sem direito à ressurreição. Mas os que permanecerem fiéis, viverão eternamente na Terra paradisíaca. Deste modo, não se sabe, por exemplo, se Moisés será ou não, fiel a Deus, durante o Dia do Juízo. Portanto, há uma possibilidade dele morrer nesse período. Além disso, mesmo que ele passe por essa primeira barreira, bem pode ser que ele não consiga transpor o segundo obstáculo, já que as TJ sustentam que muitos dos que passarem pela primeira eliminatória, serão reprovados no teste final, quando forem tentados pelo Diabo e seus demônios. Sim, segundo as TJ, os que forem rebeldes durante o período de adestramento de 1.000 anos, serão destruídos nesse intervalo. Referindo-se aos tais, disse o Corpo Governante: “... Assim, essas pessoas serão destruídas, quer durante, quer por volta do fim do Dia do Juízo...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 180, parágrafo 14).

Nessas entrelinhas pode-se ver nitidamente que as TJ realmente negam que os membros da Grande Multidão possam ser justificados pele fé. Embora elas afirmem que também crêem na salvação pela graça, conforme consta de Ef 2.8-9, a verdade solene é que elas pregam salvação pelas obras. Elas não crêem (pelo menos para os integrantes do grupo que elas chamam de Grande Multidão) na totalidade, instantaneidade e eficácia do perdão que Deus nos dá em Cristo. Por ora, ser perdoado é, segundo elas, candidatar-se a uma segunda oportunidade, a qual consiste de 1000 anos de adestramento eliminatório, seguido de um rigoroso teste seletivo, do qual só sabem que existe a triste

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possibilidade de serem reprovadas, o que, sem dúvida, é inquietante. Logo, o “Jesus” das TJ não salva sozinho. Ele apenas abre o caminho, isto é, dá uma segunda chance, para que o cristão, por seus próprios esforços evolua gradualmente até à perfeição, quando então, se for aprovado no teste final ao qual será submetido após tornar-se perfeito, fará jus à salvação. E essa salvação, segundo as TJ, é apenas um retorno à boa vida que a humanidade perdeu desde a queda de Adão e Eva no Éden.

Do exposto acima, as TJ crêem que de fato existe a justificação pela fé. Além disso, elas sabem o que significa isso. Elas não ignoram que os justificados pele fé, quando morrem partem desta vida de posse de uma salvação assegurada. A diferença que há entre elas e nós sobre essa questão, é que elas não crêem que a justificação pela fé seja para todos os cristãos, antes pensam que isso é só para os 144000.

1.5. Não Nasceram de Novo

O Senhor Jesus Cristo afirmou em Jo 3.3-5 que aquele que não nascer de novo não pode entrar no Reino de Deus. Ora, até quem não é perito bíblico sabe que com estas palavras Jesus estava querendo dizer que a conversão à fé cristã é algo indispensável à salvação. Neste caso, “nascer de novo” é se entregar a Cristo. É à transformação que o pecador experimenta, quando recebe o Senhor Jesus em seu coração, que Jesus chamou de “nascer da água e do Espírito” e de “nascer de novo”. E ao afirmar que aquele que não passar por esta experiência não pode entrar e nem ver o Reino de Deus, quis dizer que o tal será condenado. Mas as TJ asseguram que ninguém precisa nascer de novo para se salvar. Segundo elas, o novo nascimento é necessário apenas aos que vão morar no Céu. E porque crêem que só 144.000 vão morar no Céu com Jesus, elas afirmam que ninguém, além de Jesus e os 144.000, precisam nascer de novo. Segundo as TJ, o número exato dos nascidos de novo é 144.001 (cento e quarenta e quatro mil e um). Sim, as TJ pregam oficialmente que Jesus também nasceu de novo. Em o livro Raciocínios à Base das Escrituras, páginas 256-257, enquanto “explicam” o que é nascer de novo, dizem com todas as letras:

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“...Jesus teve essa experiência, assim como a têm os 144.000 que são herdeiros com ele do Reino celestial...” Que heresia! Claro que Cristo não nasceu de novo. Ele não precisa disso. Quem tem que nascer de novo é o pecador. E isso sob pena de se perder para sempre.

Ora, é fácil provar à luz da Bíblia que o novo nascimento é experiência comum a todos os cristãos verdadeiros, independentemente de pertencerem ou não ao grupo dos 144.000. Para tanto, basta ler 1 Jo 5.1 e Jo 1.11-13. Vejamos, pois, o que dizem estes dois textos: 1 Jo 5.1: “TODO aquele que crê que Jesus é o Cristo NASCEU de Deus.” (TNM, grifo nosso). Quais são os que crêem que Jesus é o Cristo? Porventura são só os 144.000?

Jo 1.11-13: “Veio ao seu próprio lar, mas os seus não o acolheram. No entanto, a TANTOS QUANTOS O RECEBERAM, a estes deu autoridade para se tornarem filhos de Deus, porque exerciam fé no seu nome, e NASCERAM, não do sangue, nem da vontade do homem, mas DE DEUS” (TNM, grifo nosso).

Se destacarmos desta última transcrição, apenas as versais, isto é, apenas o que foi escrito em caixa alta, teremos a seguinte frase: “tantos quantos o receberam nasceram de Deus”. E, se nasceram de Deus, então nasceram de novo. Julgamos impossível alguém ler Jo 1.11-13 e concluir que nem todos os que recebem a Jesus em seus corações, nascem de Deus. Contudo, o Corpo Governante tentou provar que Jo 1.11-13 não diz que todos os que receberam a Jesus nasceram de Deus; e apresentou o seguinte argumento: “...‘Tantos quantos o receberam’ não significa todos os humanos que depositaram fé em Cristo. Note a quem se faz referência, conforme indica o versículo 11 [‘os seus’, os judeus]. O mesmo privilégio é estendido a outros entre a humanidade, mas apenas a um ‘pequeno rebanho’...” (Ibidem, página 257).

Quem se dá ao trabalho de raciocinar percebe prontamente que o argumento acima não é consistente. Isto porque realmente o versículo 11 diz que Jesus veio para os Judeus, e que estes o rejeitaram; mas os versículos 12 e 13 nos dizem que os que procederam diferente da maioria dos judeus, recebendo a Jesus, tiveram o privilégio de nascerem de Deus. Note que o versículo 12 diz “tantos quantos”, e isso inclui pessoas de todas as raças.

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Se a Bíblia dissesse que “Jesus veio para os brasileiros, mas estes o rejeitaram. No entanto, a tantos quantos o receberam, alcançaram o perdão dos seus pecados”, alguém poderia dizer que o perdão não é para todos os humanos que depositam fé em Jesus? Seria razoável alguém argumentar dizendo: “Note a quem se faz referência, conforme indica o versículo [‘os brasileiros’]”?

As TJ pregam que há, entre os 144.000, pessoas pertencentes a diversas raças. Pregam ainda que todos os integrantes dos 144.000 nasceram de novo. Ora, se o fato do versículo 11 de Jo 1 dizer que Jesus veio para os judeus, provasse que as palavras “tantos quantos o receberam” constantes do versículo 12 “não significa todos os humanos que depositaram fé em Cristo,” mas apenas os judeus, como querem os líderes das TJ, então todos os que constituem os referido grupo, teriam que ser judeus. Porém, isso não acontece, e aí está uma nítida contradição. Certamente os integrantes do Corpo Governante perceberam que estavam sendo contraditórios, razão pela qual, referindo-se aos 144.000 disseram: “O mesmo privilégio é estendido a outros dentre a humanidade, mas apenas a um pequeno ‘rebanho’.” (Ibidem). “Pequeno rebanho” é um dos nomes que as TJ dão aos 144.000. Logo, o que os dirigentes das TJ estão querendo dizer com esta última afirmação, é que embora seja verdade que “ ‘Tantos quantos os receberam’ não significa todos os humanos que depositaram fé em Cristo”, visto que o versículo 11 se refere aos judeus, Deus estendeu este privilégio a pessoas de outras raças até completar o “pequeno rebanho”, isto é, os 144.000. Porém, aqui a incoerência salta aos olhos. Sim, ratificamos que se o fato de Jo 1: 12-13, afirmar que tantos quantos receberam a Jesus nasceram de Deus, não significasse todos os humanos que depositaram fé em Cristo, mas sim, exclusivamente os judeus que creram nEle, ninguém que não fosse judeu poderia pertencer ao grupo dos 144.000, já que, segundo as TJ, os 144.000 nasceram de novo.

1.6. Não São Filhos de Deus, e Sim Netos

s TJ não só tentam “provar” que só Jesus e os 144.000 necessitaram e puderam nascer de novo, mas também se esforçam, fazendo ecoar em todos os A

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rincões do mundo as “Boas Novas” de que Deus só tem 144.000 filhos, dentre os humanos. Afirmam que os cristãos que não pertencem aos 144.000 não são filhos de Deus. Por este motivo, dos 6.000.000 de TJ espalhadas pelo mundo afora, apenas cerca de 8.000 estão autorizadas a dizerem que são filhos de Deus.

O texto acima transcrito, no qual os líderes das TJ argumentam dizendo que à luz de João 1.11, a afirmação de que “tantos quantos o receberam” não significa todos os humanos que depositaram fé em Cristo, não tem por finalidade única “provar” que nem todos os cristãos verdadeiros são nascidos de novo, mas também se pretende “provar” com esse argumento que nem todos os cristãos são filhos de Deus. Porém, o “tantos quantos” do versículo 12 não exclui nenhum cristão autêntico. Realmente o texto está dizendo que todos os que recebem a Jesus, são transformados em filhos de Deus. Dizer que Deus só tem 144.001 (cento e quarenta e quatro mil e um) filhos é doutrina estranha às Escrituras Sagradas.

Segundo as TJ, brevemente ocorrerá o Armagedom, isto é, o período catastrófico pelo qual passará a humanidade, durante o qual Jeová matará todos os que não são TJ. Imediatamente após o Armagedom terá início o Dia do Juízo (o qual durará 1.000 anos), no início do qual se dará a prisão de Satanás e seus demônios, bem como a ressurreição de uma grande parte dos mortos. E todos (as fiéis TJ que sobreviverão ao Armagedom e os mortos que forem ressuscitados no início do Dia do Juízo de 1.000 anos) serão instruídos através de livros tão inspirados por Deus quanto a Bíblia Sagrada, os quais serão escritos no Dia do Juízo e distribuídos a todos. Todo aquele que durante o Dia do Juízo, se rebelar contra Jeová, morrerá sem direito à ressurreição. Mas, os que forem fiéis, irão se aperfeiçoando cada vez mais. E, ao terminar o Dia do Juízo de 1.000 anos, estarão (juntamente com seus filhos nascidos durante o Dia

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do Juízo), tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecarem. Então Deus os submeterá a uma última prova cabal, isto é, soltará o Diabo e seus demônios, pelos quais serão tentados. Os que cederem às tentações, morrerão sem direito à ressurreição. Mas os que forem fiéis, permanecerão no glorioso paraíso terrestre. Só então, Jeová os adotará como seus filhos. Sim, leitor, cerca de 6.000.000 de TJ, repetem como robôs programados pelos seus líderes: “Nós ainda não somos filhos de Deus, mas o seremos um dia, se formos fiéis até lá”.

Para se certificar da autenticidade do que acima afirmamos, o caro leitor deve consultar os seguintes livros da autoria dos líderes das TJ: Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro, páginas 190 e 191; Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 175-183; e Raciocínios à Base das Escrituras, página 292, segundo parágrafo desta página. Como evidência de que realmente as coisas são assim, transcrevemos parte do que está registrado nos livros Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro, página 191, parágrafos 16 e 17, e Raciocínios à Base das Escrituras, página 292, edição de 1.985, respectivamente.

“A humanidade aperfeiçoada receberá então a oportunidade de demonstrar que fez a escolha imutável de servir para sempre o único Deus vivente e verdadeiro. Por isso, ANTES DE ADOTÁ-LOS COMO SEUS FILHOS por meio de Jesus Cristo, Jeová sujeitará todos esses humanos aperfeiçoados a uma última prova cabal. Satanás e seus demônios serão soltos do abismo... Jeová ADOTARÁ ENTÃO... todos os humanos aperfeiçoados... como seus filhos...” (grifo nosso).

“... Todavia, os cristãos verdadeiros refletem qualidades piedosas. Dentre esses, Deus selecionou um número limitado de pessoas para reinarem com Cristo no céu. Deus refere-se a esses como seus ‘filhos’... DEPOIS de os fiéis na terra... terem atingido a perfeição humana e de terem demonstrado lealdade inquebrantável a Jeová qual

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Soberano Universal, ENTÃO eles também GOZARÃO da excelente relação de filhos de Deus” (grifo nosso).

Não foi lendo a Bíblia que os líderes das TJ aprenderam que nem todos os cristãos verdadeiros são filhos de Deus, pois Rm 8.14 afirma que “... todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”. Seriam os 144.000 os únicos guiados pelo Espírito de Deus? Será que o Espírito Santo não guia (ou conduz, como o diz a TNM) a todos os cristãos verdadeiros, independente de pertencerem ou não aos 144.000? Certamente o Espírito Santo guia a todos os que realmente são cristãos, visto que não há um só versículo bíblico que diga o contrário. E, se todos os cristãos verdadeiros são guiados pelo Espírito Santo, então todos os cristãos verdadeiros são filhos de Deus, já que Rm 8.14 diz francamente que “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus”.

Que religião é essa que rouba de seus adeptos a felicidade de dizerem que são filhos de Deus?

Não discordamos das TJ por dizerem que elas não nasceram de novo e que não são filhos de Deus, porquanto lhes assiste o direito de confessarem esta verdade. Mas quando receberem a Jesus (Jo 1.11-13) e se deixarem guiar pelo Espírito Santo (Rm 8.14), dirão: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus...; e nós o somos... Amados, agora somos filhos de Deus...” (1 Jo 3.1,2) .

O fato de o apóstolo João afirmar que “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo...” (1 Jo 3.10) prova cabalmente que só há duas categorias de pessoas na Terra: os filhos de Deus e os filhos do Diabo. Por conseguinte, as TJ precisam parar para pensar no que estão dizendo realmente, quando pronunciam a frase: “Nós não somos filhos de Deus”.

Aos seus seguidores que ainda não são filhos de Deus, o Corpo Governante ensina que eles são netos de Deus, bem como“prospectivos filhos terrestres”, ou seja, são

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candidatos a filhos de Deus. E, no intuito de fazerem crer que estão apoiados na Bíblia, dizem que “Nas Escrituras os avôs são muitas vezes referidos como pais” (Seja Deus Verdadeiro, páginas 158-159, parágrafo 15, edição de 1.955).

Os líderes das TJ se emaranham na Bíblia. Senão, vejamos: Eles pregam que os servos de Deus do Antigo Testamento não pertenciam aos 144000; e que, portanto, não podem ir para o Céu (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 122, parágrafo 7). Porém, raciocinemos: Se só os 144000 são filhos de Deus (como o supõem as TJ), e todos os que são guiados pelo Espírito Santo, são filhos de Deus (como o afirma a Bíblia), então os servos de Deus do Antigo Testamento eram filhos de Deus, já que a Bíblia afirma que eles também eram guiados pelo Espírito Santo (Sl 143.10; Lc 2. 27 [Simeão foi ao templo, impulsionado pelo Espírito Santo. E, como sabemos, o Novo Testamento só foi inaugurado 33 anos após.]). Além disso, o profeta Isaías registrou: “...Tu és nosso Pai...” Is 63.16). E, se eram filhos de Deus, então as TJ deviam dizer que os tais pertenciam aos 144000, visto que, segundo o Corpo Governante, só os 144000 são filhos de Deus. E, se pertenciam aos 144000, então vão morar no Céu, considerando que os guias das TJ dizem que todos os integrantes dos 144000 vão morar no Céu.

Segundo o Corpo Governante, embora os integrantes da grande multidão ainda não sejam filhos de Deus, eles já podem chamar Deus de Pai e, portanto, orar o Pai-Nosso, considerando que, “Nas Escrituras os avôs são muitas vezes referidos como pais” (Seja Deus Verdadeiro, páginas 158-159, parágrafo 15, edição de 1.955).

Os chefes das TJ deduzem que, uma vez que Deus só possui 144000 filhos, e Rm 8. 16 diz que o Espírito Santo testifica com o espírito dos tais, que eles são filhos de Deus, então, quando alguém passa a pertencer aos 144000, recebe, por conseguinte, um sinal da parte de Deus, que o

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permite saber que integra ao seleto grupo. O raciocínio é o seguinte: Se só 144000 são filhos de Deus, e todos os filhos de Deus sentem o testificar do Espírito Santo quanto a isso, os filhos de Deus sabem por experiência própria que pertencem ao seleto grupo dos 144000. Mas, Lendo Rm 8.16, à luz do contexto e sem a “ajuda” do Corpo Governante, vê-se facilmente que este texto não trata de duas classes de cristãos, uma ungida e outra não; uma com vocação celestial e a outra com vocação terrena; os membros de uma são filhos de Deus, mas os da outra, não; etc., como o querem as TJ. As duas classes de pessoas abordadas neste texto bíblico, são os justos e os ímpios; os que estão na carne, os quais não podem agradar a Deus, não têm o Espírito Santo e estão condenados; e os que não estão na carne e agradam a Deus, para os quais não há condenação alguma, são filhos de Deus, e têm o Espírito Santo.

Realmente Rm 8.16 seria um excelente critério para determinarmos se uma pessoa pertence ou não aos 144.000, se só estes fossem filhos de Deus. Mas, como a filiação divina é comum a todos os cristãos verdadeiros, o argumento das TJ não tem lógica bíblica.

Embora os líderes da TJ já tenham dito que os membros da grande multidão já podem se dirigir a Deus como Pai, visto que nas “Escrituras os avôs são muitas vezes referidos como pais”, obviamente elas se sentem desestimuladas a orarem como Jesus nos ensinou em Mt 9.6: “Pai nosso que estás no Céu...”. As TJ deviam orar ao “vovô nosso que estás no Céu”.

Quão profundo abismo é o labirinto no qual as Tj caíram! Já não podem mais nem mesmo orar como Jesus nos ensinou!

As TJ não erram por dizerem que não são filhos de Deus. Também não errarão se reconhecerem que ainda não estão em condição de orarem como Jesus ensinou em Mt 9.6, pois de fato ainda não se qualificaram para tanto. Mas

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elas erram por acharem que não podem se tornar filhos de Deus agora. Informemos, pois, às TJ que Jesus quer transformá-las em filhos de Deus aqui e agora.

1.7. Não Podem Morar no Céu

Embora a Bíblia diga que fomos “chamados em uma só esperança” (Ef 4.4), as TJ estão, como já vimos em 1.1, divididas em dois grupos: o grupo menor, constituído por 144.000 membros, que sonham com o Céu; e o grupo maior, que integra a grande multidão que herdará a Terra Paradisíaca. Sim, as TJ pregam que só 144.000 vão morar no Céu; e um dos textos bíblicos sobre os quais tentam apoiar essa crença, é Ap 14.1-5 que, entre outras afirmações, referindo-se aos 144.000, diz que os tais “foram comprados da terra”, “comprados dentre os homens” e “que seguem o Cordeiro”, isto é, a Jesus “para onde quer que vá”. Mas, essa “hermenêutica” que as TJ aplicam a Ap 14.1-5, não é consistente pela seguinte razão: Ainda que as expressões: “...foram comprados da terra” e “...foram comprados dentre os homens...” signifiquem “ser levado para o Céu”, este trecho bíblico não dá margem à interpretação das TJ. Pensamos assim porque se a expressão “estes são os que... foram comprados... para Deus”, constante de Ap 14.4, significasse “os únicos que foram comprados da terra”, e se disso pudéssemos deduzir que os tais são os únicos que vão para o Céu, as TJ deveriam dizer então que os 144.000 são os únicos “virgens que não se contaminaram com mulheres”, já que o mesmo versículo em pauta, diz dos mesmos: “Estes são os que não se contaminaram com mulheres porque são virgens...”. Que “mulheres” são essas com as quais os 144.000 não se contaminaram? Evangélicos e TJ concordam que, neste caso, “mulheres” significam as falsas religiões. Ora, será que só os 144.000 não se contaminam com as falsas religiões? As TJ responderiam negativamente a essa pergunta, pois crêem que os que seguem ao Corpo Governante estão na verdade e, portanto, não estão contaminados com as heresias. E assim podemos concluir que se a expressão “Estes são os que não se contaminaram com mulheres”, não prova que os mesmos são os únicos que não estão maculados com os falsos ensinos das falsas religiões, então, a expressão “... foram

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comprados da terra”, não significa, necessariamente, “os únicos que foram comprados da terra”, ou seja, os únicos que foram levados para o Céu. O contrário é usar dois pesos e duas medidas.

E se alguém entre as TJ disser que as “mulheres” mencionadas em Ap 14.4 são as prostitutas, adúlteras e fornicárias? O raciocínio continua válido. Nessa hipótese basta formularmos esta pergunta: Então, desde os primórdios da humanidade, até hoje, só tem havido 144.000 pessoas que se abdicaram das orgias sexuais? Só há 144.000 castos? Além dos 144.000, somos todos prostitutos, adúlteros, ou fornicários?

Antigamente as TJ pregavam que os dois grupos em que se dividiam os cristãos, eram: Os 144.000 que se assentariam em tronos para governarem com Cristo no Céu, chamados também de “Noiva de Cristo”; e os que excedessem a esse grupo, chamados de Dama de Companhia da Noiva, donde se vê que elas criam que todos os cristãos iam para o Céu, visto que quem está na Terra não pode, obviamente, fazer companhia a quem está no Céu. Mas, em 1.935, o então presidente das TJ, Joseph Franklin Rutherford, proclamou uma nova interpretação. Desde então os cristãos que excedem ao grupo dos 144.000 são vistos como aspirantes à Terra paradisíaca. Deste modo, os integrantes da classe secundária estão ficando cada vez mais pobres: Antes não eram a “Noiva de Cristo”, ou “Esposa do Cordeiro” (Ap 21.9), mas apenas “Damas de Honra”. Não eram alvos da promessa registrada em Ap 3.21, o que significava que não seriam reis e sacerdotes (Ap 5.10), mas apenas súditos do Reino. Agora eles têm que aspirar somente a Terra, pois perderam o direito de subirem ao Céu. 1.8. Não Pertencem à Igreja de Cristo. Embora as TJ se proclamem a única religião verdadeira (veremos isso com maiores detalhes no capítulo 15), elas não alegam ser a única Igreja verdadeira. Tal se dá porque elas não se consideram integrantes da Igreja de Cristo. Na opinião delas, a Igreja de Cristo só tem 144.000 membros. Logo, elas não são a Igreja verdadeira, nem tampouco uma Igreja falsa. Elas simplesmente não são a Igreja. Alguns dos integrantes da “religião” delas, por acreditarem que pertencem aos 144.000, se

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julgam membros da Igreja de Cristo, mas a instituição deles em si, não é vista por eles como Igreja, quer verdadeira, quer falsa. Eles são apenas a Organização de Jeová, a única religião verdadeira, fora da qual não há salvação.

Chamando a Igreja de “congregação”, o Corpo Governante afirmou: “Todavia, quando a Bíblia fala sobre ‘congregação do Deus vivente’, ela se refere a um grupo ESPECÍFICO de seguidores de Cristo. (1 Tm 3:15)[...] De modo que esta ‘congregação de Deus’ é constituída de todos os cristãos na terra que têm esperança de vida celestial. Ao todo, APENAS 144.000 pessoas constituirão finalmente a ‘congregação de Deus’. [...] Os cristãos que esperam viver para sempre na terra buscam orientação espiritual desta ‘congregação’...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 125-126, parágrafo 18, grifo nosso). Ora, o nome que a Bíblia dá ao povo de Deus da atual Dispensação (que se iniciou com a ressurreição de Cristo [ou no Pentecostes, segundo alguns eruditos], e findar-se-á quando Jesus vier buscar o Seu povo), é Igreja. Quem confessa não pertencer à Igreja, está assumindo que não pertence ao povo de Deus da atualidade.

1.9. Não Pertencem a Cristo

As TJ não são como a grande maioria dos adeptos das seitas que se intitulam cristãs, os quais geralmente pensam que são filhos de Deus, que pertencem a Cristo e à Sua Igreja, etc. Não! As TJ sabem e confessam que elas não estão de posse destas bênçãos, como vimos nos tópicos anteriores.

No tópico I observamos que o fato de as TJ dizerem que “não pertencem à Nova Aliança e dela não tomam parte,” equivale a dizer que elas não são de Cristo. Porém, esta não é apenas uma conclusão nossa, já que as TJ confessam textualmente que elas não pertencem a Cristo. Eis a prova: “Os que ‘pertencem a Cristo’ são os 144.000 discípulos fiéis escolhidos para dominarem com ele no Reino” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 172, parágrafo 20). Bem, dos males, o menor. Pior seria se as TJ pensassem que pertencem a Cristo. Mas, como elas têm consciência de que este não é o caso, e não escondem isso de

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seus leitores, nos poupam do trabalho de tentar convencer a quem quer que seja, que essa seita não é de Cristo.

1.10. Não São os Gafanhotos da Classe de João

Apocalipse 9.1-12 nos fala de uns “gafanhotos” inusitados (são grandes, cabeludos, têm dentes como os de leões, e portam ferrões semelhantes aos escorpiões, com os quais atormentarão a humanidade durante a Grande Tribulação), cujo rei é o anjo do abismo. Este é o Diabo, e aqueles, os anjos rebeldes. Porém, os chefes das TJ proclamam que tais gafanhotos são eles e as demais TJ ungidas. Quanto aos ferrões, definem-no como sendo a “verdade” que eles pregam através de seus escritos. E, como, segundo os chefes das TJ, o apóstolo João era integrante dos 144.000, o Corpo Governante prega que os membros da Grande Multidão não fazem parte desse grupo de “gafanhotos” da classe de João(Revelação__Seu Grandioso Clímax Está Próximo!, edição de 1989, páginas 142-148). Ora, os membros do Corpo Governante não são os gafanhotos em questão, tampouco os referidos ferrões representam suas doutrinas que, de acordo com suas crenças, atormentam ou incomodam os hereges, embora concordemos parcialmente com essa comparação, isto é, suas heresias são sim comparáveis aos ferrões dos anjos caídos.

1.11. Não Verão a Jesus

Segundo as TJ, Cristo governa e governará a Terra à distância. Na opinião delas Cristo subiu ao Céu para nunca mais voltar à Terra. Por este motivo elas crêem que os humanos que herdarem a vida eterna na Terra paradisíaca, não poderão ver o Senhor Jesus. Dizem as TJ: “... Assim, quando Cristo volta, os que são levados para o céu se tornam pessoas espirituais, e estes vêem a Cristo em seu glorificado corpo espiritual. Mas, será que o restante da humanidade, que não vai ao céu, vê a Cristo quando ele volta? ...Jesus prosseguiu dizendo aos seus apóstolos: ‘Mais um pouco e o mundo não me observará mais’. (João 14.19) O ‘mundo’ significa a humanidade. Assim, Jesus disse claramente aqui que as pessoas na terra não o veriam de novo após a sua morte...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 142- 143, parágrafos 2 e 3).

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As TJ, à base de Jo 14.19b que diz: “...mas vós me vereis ...” concluem, como vimos acima, que os apóstolos, por pertencerem ao grupo dos 144.000, se tornaram pessoas espirituais e que, portanto podem ver a Cristo. Contudo, se o fato de Jesus dizer que “o mundo não me verá mais”, provasse que seres humanos não transformados em pessoas espirituais, não poderão vê-lo, o que Ele rebate em Mt 24.30, as TJ deveriam pregar que os apóstolos também não verão o Senhor, já que Jesus disse a eles: “... não me vereis mais” (Jo 16.10). E se elas dissessem isso, rebateríamos com 1 Jo 3.2, onde o apóstolo João assegura: “ ... porque assim como é, o veremos.”

O que Jesus quis dizer em Jo 16.10, é que os apóstolos, após a ascensão de Cristo, não mais iriam vê-lo até àquele dia. Quanto a Jo 14.19, onde Jesus afirma que o mundo não mais o veria, e que os apóstolos continuariam a vê-lo, refere-se à presença mística de Cristo, na instrumentalidade do Espírito Santo, o qual torna a presença de Cristo real, concreta e tangível em nossas vidas. Para vermos isto, basta-nos lermos Jo 14. 18 e 19, onde Jesus, enquanto falava do Espírito Santo, diz: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. ...vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis”.

1.12. São um Estoque de Reserva.

As TJ aprendem com seus instrutores que embora o número dos vocacionados ao Céu tenha se completado em 1935, alguém nascido após essa data pode vir a integrar esse seleto grupo, exigindo para tanto que alguém até então pertencente aos 144000 se apostate da fé, isto é, renegue aos ensinos das TJ. É-lhes dito que quando isso ocorre, Jeová se serve do seu grande estoque de reserva, que é, segundo crêem, o grupo formado pelas pessoas que pertencem à Grande Multidão. Esse ensino consta de A Sentinela de 15 /02 /1971, página 126, onde as TJ que não pertencem aos 144000 são definidas como grande estoque de reserva ao qual Deus recorre, sempre que um dos “ungidos” perde a vocação celestial, por abandonar a “verdade” que o Corpo Governante prega.

1.13. São de Outro Aprisco

Uma das passagens bíblicas na qual as TJ se “inspiram” para pregarem que os cristãos estão divididos em dois grupos, é Jo

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10.16, onde Jesus diz: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor”. Este texto, porém, não dividi os cristãos em castas, como o faz o Hinduísmo; antes nos diz que Jesus não pretendia salvar somente os judeus, mas também os gentios. As ovelhas que então estavam no aprisco, eram os judeus; e as outras ovelhas que o Senhor pretendia agregar eram os povos de outras etnias. O contexto fala de um aprisco (onde, segundo Jesus, estava uma parte de suas ovelhas), do qual o Senhor disse que iria tirar as ovelhas que lá estavam (Jo 10. 3). Logo, este aprisco não é a Igreja, já que Cristo não tira ninguém da Igreja. A conclusão é óbvia: O Antigo Testamento era o curral que guardou as ovelhas até que o Pastor (Jesus) veio. A partir daí, Cristo edifica a sua Igreja, na qual agrega, tanto as ovelhas (judeus) que até então estavam no redil, isto é, sob a guarda da Lei de Moisés, quanto às demais pessoas do mundo. Aliás, por dizer o Senhor que após agregar a Si os dois grupos de ovelhas (as que estavam dentro e fora do aprisco), haveria um só rebanho e um só Pastor, prova que o Cristianismo não está dividido em dois grupos, como o supõem as TJ. Afinal de contas, há dois rebanhos, como o querem as TJ, ou há um só rebanho, como o disse Jesus? Jo 10. 16 se cumpre desde há quase 2000 anos. Desde então tem havido um só rebanho (os cristãos) e um só Pastor (Jesus). É que em Cristo, judeus e gentios constituem a Igreja (Ef 2 11-22).

1.14. Serão Salvos Pelos 144000.

Os chefes das TJ dizem às suas vítimas que durante o Milênio, os 144000 terão poder para purificar do pecado e da imperfeição os que então estiverem na Terra. Senão, veja o que diz o livro das TJ intitulado A Verdade que Conduz à Vida Eterna, Edição de 1968, página 106, parágrafo 12: “Eles terão um poder que até agora tem faltado a todos os governos humanos: o poder de purificar as pessoas do pecado e da imperfeição”. Ora, só Deus, mediante o sangue de Cristo, pode nos purificar dos nossos pecados (1Jo 1.7; Sl 103.3). Apresentar-se como purificador de pecados equivale a intitular-se Salvador.

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É digno de nota que todos os integrantes do Corpo Governante são, atualmente, segundo eles mesmos pregam, membros do suposto grupo dos ungidos. Logo, quando os líderes das TJ dizem que os ungidos vão purificar do pecado os seus súditos durante o Milênio, estão mesmo é sonhando alto demais. O que eles estão dizendo, é que eles vão purificar as pessoas dos seus pecados. Não são eles extremamente pretensiosos?

1.15. A Grande Multidão Está Subdividida em Dois Grupos

Dissemos acima que as TJ pregam que os cristãos estão divididos em dois grupos: os integrantes da Grande Multidão e os 144.000. Mas a divisão não pára por ai. Seus líderes subdividiram a Grande Multidão em dois grupos: os que se casarão e gerarão filhos e os assexuados. Sim, eles afirmaram que os injustos que pecaram por ignorância e morreram (ou morrerem) antes do Armagedom, serão ressuscitados para também terem a oportunidade de herdar a Terra, mas fizeram constar que os tais receberão um tratamento diferenciado dos demais que se salvarem, isto é, não terão filhos: “...Após serem levantados dos túmulos não participam no trazer filhos ao mundo...” (Seja Deus Verdadeiro, capítulo 23, parágrafo 15, página 274, grifo nosso). Como que entre parênteses observo que aqui há uma incoerência, posto que o Corpo Governante interpreta que o fato de a Bíblia dizer que “ ‘Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado (RM 6:7)” [TNM], significa que os ressuscitados não responderão pelo que fizeram antes de morrer (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, Capítulo 21, parágrafo 3, página 175);

1.16. Dormem na Morte

Uma das doutrinas das TJ é que quando se morre não se vai para o Paraíso Celestial, nem tampouco para o Inferno. Elas crêem que ao morrer, a pessoa simplesmente deixa de existir, e que assim permanece até à ressurreição, quando então volta à existência, caso ressuscite. Mas, desde de 1918, esse quadro mudou em relação aos que pertencem aos 144.000. Segundo as TJ, naquela data, todos os integrantes dos 144.000 que até então já haviam

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morrido, foram ressuscitados. Afirmam textualmente que os apóstolos pertenciam aos 144.000 e que, portanto, ressuscitaram em 1.918, juntamente com os demais membros desse seleto grupo que então já haviam falecido. A partir daí, todos os que pertencem aos 144.000, não chegam a dormir na morte, pois ressuscitam (em espírito, e, portanto, invisível) no mesmo instante em que morrem. Crêem que enquanto os parentes, amigos correligionários desse falecido estão cá sepultando-o, o mesmo se encontra lá no Céu, pois já ressuscitou. Aos componentes da grande multidão, porém, não ocorre o mesmo. Eles continuam dormindo na morte, isto é, quando morrem, não ressuscitam de imediato, mas passam a integrar o grupo que desde os primórdios da Humanidade vêm morrendo com direito à ressurreição, o qual ressuscitará após o Armagedom. Aqui está, pois, mais uma afirmação das TJ acerca dos que elas crêem ser a grande multidão que herdará a Terra. Agora vamos à exibição das provas do que acima afirmei:

1ª) “...nenhum dos apóstolos...ou outros semelhantes a eles foram levantados da morte até...o dia do juízo que começou... em 1918” (Seja Deus Verdadeiro, edição de 1955, página 271, § 10);

2ª) “...o ‘dia’ para ‘a primeira ressurreição’ de cristãos fiéis para o céu já começou. Sem dúvida, os apóstolos e outros cristãos primitivos já foram ressuscitados à vida celestial...”. (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, edição de 1983, página 173, § 21);

3ª) “Mas existem...os remanescentes, um restante dos 144.000. Quando serão ressuscitados? Não há necessidade de que durmam na morte, mas ao morrerem, ressuscitam imediatamente...” (ibidem, § 22).

1.17. Outras Crenças Sobre os Dois Grupos

O ex-TJ Aldo Menezes, em seu livreto intitulado As Testemunhas de Jeová e os 144 Mil, 1ª edição de 2004, Editora Vida, às páginas 10-11, nos dá importantes informações (além das que já alistamos acima) sobre

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o que as TJ dizem quanto ao que toca aos 144.000, bem como ao que, segundo suas crenças, sobra para os da suposta grande multidão, que tomamos a liberdade de transcrever parcialmente e com adaptação:

144.000 Grande multidão

Serão.reis e sacerdotes no Reino de Deus.

Serão súditos do Reino de Deus.

São irmãos de Jesus. São filhos de Jesus.

São a noiva de Cristo. São amigos do noivo.

São templo do Espírito Santo.

Não são templo do Espírito santo.

São o Israel de Deus. São estrangeiros que se juntam ao Israel de Deus.

Receberão imortalidade. Receberão vida eterna.

São o corpo de Cristo. Não são o corpo de Cristo.

1.18. Sabe-se Quem é Quem

Os líderes das TJ, além de dividirem os seus liderados em dois grupos (a grande multidão e os 144000), ainda os ensina a se auto-identificarem. Um diz: “Eu pertenço aos 144.000.” E outro diz: “Eu não pertenço aos 144.000; antes integro à grande multidão que herdará a Terra”. Isto despertou a nossa curiosidade de tal maneira, que formulamos a um TJ a seguinte pergunta: Como vocês conhecem se uma pessoa pertence ou não aos 144.000? E ele respondeu: “A pessoa sente”. Sente como?

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perguntamos. Eis a resposta: “Sentindo, ué ?! ”. E se esse TJ apelasse para Rm 8.16? Já vimos no tópico VI, o que dizer nesses casos.

Bem, já vimos o que as Tj pensam dos 144000; mas, e os evangélicos? Que temos a dizer sobre isso? Há duas opiniões entre nós, quanto a quem são eles:

1ª) seriam um número representativo, e não literal, a saber, seriam o conjunto do povo de Deus de todos os tempos e de todos os lugares. Este autor, embora respeite os que assim pensam, não comunga da mesma idéia.

2ª) seriam 144.000 judeus, destacados dentre os filhos de Israel que se converterão quando se cumprir o que nos dizem os capítulos 9-11 da Epístola de Paulo aos Romanos.

Por “comprados da terra” deve-se entender, neste caso, segundo nos parece, que os tais serão enviados como Missionários às nações, durante a Grande Tribulação. O vocábulo “terra” na Bíblia, às vezes não designa todo o nosso planeta, mas apenas à Pátria dos judeus (2 Rs 11. 19-20; 13. 20; 15. 5; 25. 3; 2Cr 22. 12; 23.13, 21; 33. 25; 36.1; Jz3. 11,30 etc.).

O Reverendo Antonio Gilberto, referindo-se aos 144.000, disse: “... Trata-se de um grupo de judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação para testemunharem de Cristo no lugar da Igreja... Certamente é o cumprimento do que está predito em Isaías 66.19: ‘E alguns dos que foram salvos enviarei às nações... eles anunciarão entre as nações a minha glória’” (Daniel e Apocalipse, 4ª edição de 1.986 – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, página 130).

1.19. Diálogo com um Ancião Sobre os Dois Grupos

Certo dia fizemos a um Ancião (líder das TJ) a seguinte exposição: Pelo que vejo através da Bíblia, os cristãos primitivos não estavam divididos em dois grupos. No que um cria, todos criam; o que um esperava, todos esperavam; para onde um acreditava que ia, todos acreditavam estar indo. Mas a religião do senhor, embora alegue ser uma continuidade do Cristianismo original, está dividida em dois grupos. Como o senhor explica isso? E ele respondeu: “Nos primeiros anos do Cristianismo, todos

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os cristãos pertenciam ao grupo dos 144000. Só mais tarde Jeová passou a chamar pessoas sem vocação celestial”. Então perguntamos: O senhor pode dizer quando surgiu o segundo grupo de cristãos, ou seja, os cristãos da Grande Multidão, com vocação terrenal? E ele respondeu: “Não me lembro”. Perguntamos mais: O grupo dos 144000 já está completo? Respondeu ele: “Sim”. Perguntamos ainda: Quando completou o grupo, e onde está escrito isso na Bíblia?: “Não me lembro”, foi a resposta que ele novamente deu. Ele assim se esquivou, porque percebeu que se ele dissesse que o grupo completou em 1935, como a seita dele ensina, teria que mostrar onde está escrito isso na Bíblia. Porém, a sua “amnésia” não lhe salvou de um confronto com a Bíblia, pois lhe fizemos ver que esse ensino não é respaldado pela Bíblia.

O Corpo Governante não diz onde está escrito na Bíblia que o grupo dos 144000 completou em 1935, mas alega que a luz brilhou, isto é, trata-se de uma revelação divina extrabíblica, vindo diretamente de Deus para o então líder mundial das TJ, o Presidente Rutherford.

Ora, quem não pode abrir a Bíblia e mostrar de onde extraiu o que prega, é falso profeta, já que, segundo a Bíblia, a fé, isto é, o conjunto das doutrinas do Cristianismo, nos foi entregue uma vez por todas (Jd 3). Ademais, se não falarmos segundo à Lei e ao Testemunho, que haverá, senão trevas? (Is 8.20). O que Deus quer que saibamos está na Bíblia (Am 3.7; Dt 29.29). O que passa disso é de procedência maligna.

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CAPÍTULO 2

SOBRE RÉVEILLON

As TJ são contrárias às festas que geralmente se faz às vésperas do ano-bom. Certo dia dissemos a um senhor, adepto da Torre de Vigia: Feliz ano novo! E ele nos retrucou: “Um fiel servo de Jeová não fala uma coisa dessas”.E, citando 2 Co 6.14, recusou nos receber em sua residência. Em defesa dessa infantilidade, esse TJ nos disse que a Bíblia não diz que primeiro de janeiro é o primeiro dia do ano. Então dissemos que este é um fator de ordem social, e não religiosa. Mas o fanatismo religioso que é peculiar às TJ o cegou de tal maneira que ele não conseguiu enxergar a lógica de nosso argumento.

Em o livro Raciocínios à Base das Escrituras, páginas 171-172, os líderes das TJ alegam o fato de o dia 1º de janeiro ter sido dedicado pelos pagãos de Roma ao deus Jano, como prova de que o reveillon não é coisa de cristão. Todavia, o referencial dos cristãos é a Bíblia, não os pagãos. Logo, o que os pagãos faziam ou deixavam de fazer não nos interessa muito, pois não nos inspiramos neles para nada.

Obviamente os cristãos ainda repudiam as orgias que caracterizam o reveillon dos vândalos. Contudo, as celebrações que os evangélicos promovem na véspera do ano-bom, quando ajoelhados agradecem a Deus pelo ano findo, bem como suplicam por mais um ano de vitórias sobre as mazelas deste mundo, não podem ser tachadas de gesto pagão. De igual modo é exteriorizar aos amigos o desejo de um feliz ano novo. Isto é tão normal

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quanto dizer boas provas, bom dia, boa tarde, bom fim de semana etc.

Há provas bíblicas de que Deus nos deixa dividir o tempo a bel prazer. Como sabemos, a Bíblia aprova tanto a maneira judaica como a romana, quanto à divisão do dia. Por exemplo, todos os peritos bíblicos concordam, segundo nos consta, que “a hora terceira” de que trata Mc 15.25, corresponde ao que nós chamamos de nove horas da manhã. Neste caso, a contagem das horas do dia começava às seis horas da manhã. Este era o critério judaico, inspirado em Gn 1.5. Mas os eruditos bíblicos afirmam em unanimidade que a “hora décima” mencionada em Jo 1.39, equivale ao que nós chamamos de dez horas da manhã. Neste caso, o critério usado era o mesmo nosso. Tal se dá porque João, escrevendo de Éfeso, usava a hora oficial romana, adotada por nós até hoje. Ora, porventura, o fato de o Espírito Santo inspirar Marcos e João a adotar critérios diferentes sobre a divisão do dia, não constitui prova de que Deus não se atazana com essas coisas? E se Deus nos deu carta branca quanto à divisão do dia, será que não podemos fazer o mesmo em relação ao ano?

A nossa maneira atual de contar os meses e as horas é cópia do calendário romano, datado de antes de Cristo, que mais tarde sofreu alguns reajustes. Vê-se, portanto, que Deus não se opôs a calendário algum.

Em alguns países ainda se conserva alguns resíduos do paganismo, na nomenclatura dos dias. As palavras inglesas saturday e sunday (sábado e domingo respectivamente) significam, respectivamente, dia de Saturno e dia do Sol. E, já que as TJ querem ser rigorosas, sugerimos que seus correligionários de fala inglesa dêem outros nomes aos dias da semana, para que não incorram em compactuar com o paganismo.

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CAPÍTULO 3

SOBRE POLÍTICA

“Apoiando-se” em Jo 17.16; Mt 4.8,9; 1 Jo 2.15 e outros textos bíblicos, as TJ defendem a neutralidade dos cristãos quanto à política. As TJ não votam (vão às urnas, mas anulam seus votos) e nem se candidatam a cargos governamentais, como Deputado, Senador, Prefeito, Vereador, Presidente da República etc.

Devido ao grande número de políticos corruptos, a neutralidade das TJ tem seus defensores até entre nós, os evangélicos. Mas esse radicalismo, fundado numa generalização injusta, não tem respaldo bíblico. Atentemos para o fato de que a corrupção não está na política, mas tão-somente em grande parte dos políticos.

Satanás disse que os reinos do mundo são dele e que ele os dá a quem ele quer (Mt 4.8,9). As TJ concluíram então que política é coisa do Diabo. Porém, à luz de Dn 4.17 e 25, os reinos do mundo são dos homens e não de Satanás. Além disso, é Deus quem os dá a quem Ele quer, e não Satanás. Logo, o Diabo mentiu e as TJ estão pregando uma inverdade fundada na palavra do pai da mentira (Jo 8.44).

Gn 41.38-50 diz que José era o vice-rei do Egito. E o livro de Daniel informa que Daniel, Misael, Ananias e Azarias eram fervorosos servos de Deus e, ao mesmo tempo, homens de confiança do Império Babilônico.

A abstenção política das TJ é tal, que recusam a cantar Hinos Nacionais de quaisquer países. Contudo, em se tratando do Hino Nacional Brasileiro, elas têm um “álibi” a mais, a saber, a letra do nosso belo Hino diz que o Brasil é pátria idolatrada e terra adorada. Todavia, podemos continuar cantando o nosso Hino sem qualquer peso de consciência, pois o verbo “adorar” e o

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vocábulo “ídolo”, não significam somente cultuar à Divindade, e falso deus, respectivamente. Esta, por extensão passou a significar “pessoa ou coisa a que se ama apaixonadamente”; e aquela, “gostar exageradamente”.Ora, ninguém peca por dizer que adora pêra, já que dentro desta frase, o verbo adorar significa “gostar muito”, e não “cultuar”.

As TJ não são tão neutras sobre política como pensam, já que elas também pagam impostos. Ora, pagar impostos seria custear o Império das Trevas, se os reinos do mundo, ao invés de serem dos homens e sob o controle de Deus, fossem do Diabo, como este disse e as TJ crêem. Certamente, se fosse possível viver neste mundo sem pagar imposto, as TJ já teriam inventado que quem paga imposto está contribuindo para Satanás. Todavia, elas agem como se pressão de fora, mais aceitação de dentro, fossem iguais a “a Bíblia não proíbe”.

As TJ têm ainda aversão às bandeiras nacionais. Saudar a Bandeira Nacional é, na ótica delas, uma espécie de devoção que caracteriza idolatria.

A postura intransigente das TJ sobre bandeiras, hinos nacionais ou quaisquer outros envolvimentos políticos, está documentada, entre outros, nos seguintes livros: Raciocínios à Base das Escrituras, páginas 264-266; Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, página 123, parágrafo 14; e Revelação__Seu Grandioso Clímax Está Próximo, página 43.

Na revista The Watchtower de 15/05/1917, página 150, o encontramos uma pronunciação favorável ao uso de bandeiras nacionais. Deste fato deve nascer a seguinte pergunta: Eles estavam errados e agora estão certos, ou estavam certos, e agora estão errados? Estude a Bíblia e tire sua própria conclusão. Não se guie cegamente pelos líderes das TJ, já que a volubilidade que os caracteriza prova que eles não são infalíveis e donos da verdade. Ora, a cega e incondicional obediência que eles exigem de seus liderados (veremos isso no capítulo 18, intitulado Sobre o Escravo Fiel e Discreto) só faria sentido se eles fossem inerranres.

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CAPÍTULO 4

SOBRE ANIVERSÁRIO NATALÍCIO

Em os livros Raciocínios à Base das Escrituras, páginas 37-39; e Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, página 126, parágrafo 14, faz-se carga contra as tradicionais festas de aniversários. As saudações natalícias como: “Feliz aniversário e muitos anos de vida!” e o cordial gesto de presentear ao aniversariante, são terminantemente proibidos às TJ.

O ex-TJ David A. Reed, em seu livro intitulado As Testemunhas de Jeová Refutadas Versículo Por Versículo, nos fala, à página 25, de um dos líderes das TJ (Ancião) que, por ter dado um cartão de aniversário ao seu filho, foi expulso da seita.

As TJ alegam em Raciocínios à Base das Escrituras supracitado, que o fato de não encontrarmos na Bíblia nenhum servo de Deus comemorando a data de seu nascimento, mas sim, dois ímpios (Faraó e Herodes) a fazê-lo (Gn 40.20-22; Mt 14.6-10), comparado com Rm 15.4 que nos diz que estas coisas foram escritas para nosso ensino, prova que comemorar com festas, felicitações e presentes, o aniversário natalício, não é atitude cristã. Mas essa conclusão das TJ é tão descabida quanto se alguém concluísse o seguinte: “Não encontramos em toda a Bíblia nenhuma serva de Deus se maquilando, mas sim, a ímpia Jezabel (2 Rs 9.30). Isto, à luz de Rm 15.4, prova que as maquilagens são impróprias às cristãs.” Este raciocínio, embora errado e rejeitado até pelas TJ, estaria correto, se as TJ estivessem certas, quando deduzem, à base de Gn 40.20-22 e Mt 14.6-10, somados a Rm 15.4, que festa de aniversário é paganismo.

Um ex-adepto da seita das TJ nos informou que atualmente as TJ já podem aceitar presentes de aniversário. O que elas ainda

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não podem fazer, é presentear a um aniversariante. Esse afrouxamento, além de indicar que essa lei já está quase caducando, demonstra a insegurança dos líderes das TJ. Se era pecado aceitar presente, por que deixou de ser? E se é permitido receber presente, por que é proibido dar? Todavia, aos que conhecem os guias das TJ desde seus primórdios, essas discrepâncias não são novidade alguma; antes constituem a característica deles.

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CAPÍTULO 5

A RESPEITO DE DEUS

A Bíblia nos fala de pessoas que negam a Deus (1 Jo 2.22). Infelizmente as TJ pertencem a esse grupo. Senão, vejamos:

5. 1. Negam Sua Onisciência

No livro intitulado Raciocínios à Base das Escrituras, página 117 há, como cabeçalho de um subtópico, a seguinte pergunta: “Quando Deus criou Adão, será que sabia que Adão ia pecar?”. Respondendo negativamente a esta pergunta, os líderes das TJ argumentam dizendo que “Se Deus predestinou e previu o pecado de Adão e tudo o que resultaria disso, significa que, ao criar Adão, Deus deliberadamente desencadeou toda a iniqüidade cometida na história humana.” Concordamos com os líderes das TJ quando afirmam que Deus não predestinou o pecado de Adão, mas discordamos da afirmação de que Ele não sabia que Adão ia pecar, pois a Bíblia é categórica ao afirmar que Deus é presciente. Compare algumas das muitas passagens bíblicas que asseguram isso com muita clareza: Sl 22.18 com Jo 19.23,24; Mt 26.34 com os versículos 69 a 75 deste mesmo capítulo. Outra prova de que Deus sabia que Adão ia pecar, é o fato da Bíblia afirmar que Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo, Ef 1.4; 1 Pe 1.18-20; 2 Tm 1.9. Não provam estes versículos que Deus previu a redenção pelo sangue de Cristo antes da criação do mundo? E se Deus providenciou o nosso resgate pelo sangue de Jesus antes

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dos tempos dos séculos (2 Tm 1.9), não está provado que ele anteviu a nossa queda e preparou o remédio de antemão?

Segundo os líderes das TJ, “... Jeová tem a capacidade de predizer eventos, mas... ele faz uso seletivo... dessa capacidade que tem... ” (Ibidem, páginas 116 e 117). Querem dizer com isso que Deus tem o poder para ignorar o que Ele não quer saber. É como se Deus possuísse em seu próprio ser duas teclas seletivas: a da onisciência e a da ignorância. Dependendo da que teclar, Ele saberá ou não, do assunto em pauta.

Há muitos anos ouvimos um Ancião (chefe das TJ) dizer que Deus, ao criar Adão, não sabia que este ia pecar. Pensávamos que ele estivesse falando isso de si mesmo, e por isso nos limitamos a mostrar-lhe à luz da Bíblia, que ele estava equivocado. Ele demonstrou concordar conosco, ao ficar cabisbaixo e pensativo. Mais tarde, porém, ao consultarmos os livros editados pela liderança das TJ é que fomos saber que o referido Ancião falara em nome da sua religião. Se é que podemos chamar isso de religião.

Realmente há textos bíblicos que parecem dizer que Deus não é onisciente. Por exemplo, em Gn 22.12 encontramos Deus dizendo a Abraão: “... agora sei que temes a Deus... ” Porém, as TJ não podem se servir disso para “provarem” que Deus não sabia de antemão até onde ia o temor de Abraão a Deus, até que ele (Abraão) o demonstrou por dispor-se a sacrificar o seu filho ao Senhor. A Bíblia está cheia de exemplos onde Deus, para se fazer entender por nós, usa termos humanos que, se forem mal interpretados, nos levarão a uma falsa idéia de Deus.

“Agora sei que temes a Deus” significa: A verdadeira fé não é estática, antes produz fidelidade, sem a qual não será reconhecida por Deus como tal.

Se as TJ não aceitarem a explicação acima, acabarão por dizerem que Deus não consegue saber lá do Céu o que está acontecendo no mundo, até que venha à Terra e veja de perto se determinada coisa está ou não ocorrendo realmente, visto que em Gn 18.20,21, encontramos Deus dizendo: “Disse mais Jeová: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, descerei agora, e verei se com efeito têm praticado segundo este clamor, que é vindo até mim; e se não, sabê-lo-ei.” Será que Deus tem que vir

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do Céu à Terra para saber do que está acontecendo no mundo? Obviamente que não; todavia, é a essa conclusão descabida que chegaremos, se estudarmos a Bíblia à parte dos princípios da Hermenêutica e sobretudo, alienados do Espírito Santo. Até mesmo a onipresença de Deus poderia ser negada à “luz” de Gn 18.20,21, visto que estes versículos nos dariam então duas “provas” contra esta doutrina.

5. 2. Negam Sua Onipresença

Passagens bíblicas como a de Gn 18.20,21 acima considerada, levaram os líderes das TJ a fazerem a seguinte declaração: “O verdadeiro Deus não é onipresente...” (Estudo Perspicaz das Escrituras, volume I, página 690). Quão finito é o deus dos guias das TJ! Basta-nos examinarmos trechos bíblicos como Sl 139.7-10; Mt 18.20; 28.20; At 7.59 etc., para vermos quão grande é essa blasfêmia!

5. 3. Negam Sua Onipotência

A onipresença e a onisciência são atributos exclusivos de Deus, e significam que Ele pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo e sabe todas as coisas, respectivamente. Daí se pode perceber que os chefes das TJ dizem com um canto da boca que Deus é Todo-poderoso, mas com o outro canto da boca negam esta verdade. O Todo-poderoso deles não é tão poderoso. Ele é limitado, não sendo, pois, o Deus da Bíblia.

5. 4. Negam Seus Nomes

O “nome” de Deus, na Bíblia, não significa uma combinação de sons . Antes representa o seu caráter. Por não saberem disso, muitos aceitaram como verdade a heresia de que Deus só tem um nome, que é Jeová. Tratamos deste assunto com profundidade, na obra intitulada As Testemunhas de Jeová Versus Deus. Portanto, por agora queremos fazer constar apenas que a Bíblia dá a Deus inúmeros nomes, além do de Jeová. Vejamos estes três casos: Zeloso, Êx 34.14 (Ciumento na TNM); Redentor,

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Is 63.16 (Resgatador na TNM); e Elohim, Gn 1.1 (Deuses no original hebraico).

Os nomes de Deus na Bíblia são adjetivos substantivados, logo Deus não tem nome algum; Ele é tudo aquilo que seus nomes designam. Neste caso, conhecer mais e mais o nome de Deus, como Jesus o refere em Jo 17.26, significa ampliar nossa intimidade com o Senhor (Os 6.3).

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5. 5. Negam Sua Triunidade

As TJ negam a Trindade, isto é, negam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam três Pessoas distintas, igualmente Divinas, constituindo uma só Divindade. Segundo elas, só o Pai é Deus, na verdadeira concepção do termo. O filho é apenas a primeira, bem como maior, de todas as outras criaturas. Quanto ao Espírito Santo, negam-lhe não só a Divindade, mas também a pessoalidade. O desdém dessa seita para com a Pessoa do Espírito Santo é tão acentuado, que escrevem o seu nome com minúsculas: espírito santo.

Uma das “bases” sobre a qual as TJ se apóiam para negarem a Doutrina da Trindade, é o fato de que este vocábulo é extrabíblico. Atentemos, porém, para o fato de que embora não esteja registrada textualmente a frase, “Jesus é onipresente”, não é errado dizer que Ele o é, pois Mt 18.20 no-lo diz categoricamente. Assim também a palavra Trindade. Ela não aparece textualmente na Bíblia, mas está implícito e é facilmente verificável que as Pessoas que integram a Deidade, são três.

A Doutrina da Trindade é um mistério intransponível. O Deus da Bíblia não é suficientemente pequeno para caber dentro de nossas cabeças. Daí a necessidade de o aceitarmos como Ele é. Deus não será o que nós gostaríamos que Ele fosse. Somos nós que precisamos ser o que Ele quer que sejamos.

Vimos nos subtópicos anteriores deste capítulo, a idéia ridícula que os líderes das TJ têm do Deus bíblico. Logo, eles não merecem crédito algum em assuntos teológicos. Por conseguinte, se a Trindade existe ou não, o parecer deles não nos interessa, pois não é com pessoas tão aquém da verdade que vamos aprofundar nosso conhecimento bíblico.

Como em todas as Ciências, na Teologia também há termos técnicos, e o vocábulo Trindade é um desses termos. Trata-se de uma palavra extrabíblica e não antibíblica, criada para dar nome ao fato bíblico de que Deus não é uma unidade absoluta, mas composta. Há duas palavras no idioma original do Antigo Testamento, traduzidas por “um”, em nossas Bíblias em Português: “ECHAD” e “YACHIDH”. Esta é absoluta, mas aquela é composta. Em Gn 2.24, onde se diz que marido e mulher são uma só carne, o original diz “ECHAD”. Esta mesma palavra aparece em

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Dt 6.4, onde é traduzida por único ou um, dependendo da versão. Sua equivalente na língua grega é “HEIS”, e aparece em Jo 10.30, onde Jesus nos informa que Ele e o Pai se transfundem de uma forma tão transcendental, que embora distintos, constituem um só Deus. Por que o Espírito Santo optou por estas palavras-chaves, para nos falar da unicidade de Deus? Certamente Ele estava lançando as bases para apoiar a grande revelação neotestamentária de que Deus é Trindade!

No seu inglório afã de negar a Trindade, os “tradutores” da “bíblia” das TJ chamam o Espírito Santo de “força ativa” em Gn 1.2. Fabricar uma “bíblia” que diga que o Espírito Santo é o que eles gostariam que Ele fosse, foi o melhor meio que eles encontraram para negar a personalidade do Espírito Santo e, conseqüentemente, a Sua Divindade.

Os líderes das TJ alegam na brochura intitulada Deve-se Crer na Trindade? que Clemente de Alexandria; Irineu; Justino, o Mártir; e Hipólito, não acreditavam na Doutrina da Trindade. Todo mundo sabe que estes foram fervorosos cristãos dos séculos II e III. Todos os que estudam a História Eclesiástica sabem que estes homens foram grandes apologistas da fé cristã e que por causa disso mesmo sofreram o martírio. Por este motivo, os líderes das TJ caluniaram esses homens, dizendo que eles não criam no que se convencionou chamar de Trindade. Sim, leitor, dizer que estes heróis da fé não criam na Trindade é calúnia. Dispomos de provas documentais de que eles foram citados fora do contexto. A verdade está escondida nas reticências. O que os líderes das TJ fazem na referida brochura é tão absurdo quanto se alguém dissesse assim: “A Bíblia diz que Deus não existe”. E para provar a “veracidade” de sua afirmação, transcrevesse o Sl 14.1 da seguinte maneira: “... Não há Deus...” Os chefões das TJ esconderam das suas vítimas que:

JUSTINO, O MÁRTIR afirmou que “O Pai do Universo tem um filho, e Ele, sendo o primogênito Verbo de Deus, é o próprio Deus”. [ ¹ ] Justino disse que Jesus é o “Senhor dos Exércitos.” [²]

IRINEU asseverou que acreditava que Jesus Cristo é “nosso Senhor, e Deus, e Salvador e Rei”.[³] É verdade que Irineu disse que há um só Deus, mas os que crêem na Trindade nunca

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negaram isso. Os trinitarianos crêem na pluralidade de Pessoas na Divindade, porém, jamais pregaram a pluralidade da Divindade.

CLEMENTE DE ALEXANDRIA chamou Jesus de “igual ao Senhor do Universo” [4] e negou que o Pai tinha existido em algum tempo sem o Filho, o que equivale a dizer que Clemente acreditava que o Filho não é criatura, mas sim, coexistente com o Pai desde a eternidade. [5]

HIPÓLITO escreveu que Deus, antes de criar o mundo, “... existia sozinho... na pluralidade”.[6] Ora, que é existir na “pluralidade”? Não está claro que Hipólito acreditava que há mais de uma Pessoa na Divindade?

CONCLUSÃO DESTE CAPÍTULO: Se os cristãos dos séculos II e III, acreditavam que o Filho de Deus é incriado, coexistindo com o Pai desde a eternidade, sendo igual a este em essência, cai por terra a pretensão do Corpo Governante de provar que a Trindade é uma heresia criada no Concílio de Nicéia em 325 d.C. É tentando provar que a Trindade é pós-Nicéia, que os guias espirituais das TJ fazem, fora do contexto, as alegações acima consideradas e refutadas. Ora, o fato dos guias da TJ terem recorrido à falcatrua para consubstanciarem a sua negação da Trindade, além de provar que eles não têm uma base sólida, onde se apoiarem, os torna indignos de crédito e portanto desqualificados como apologistas das verdades bíblicas.

Muitos dos falsos profetas que há no mundo são pessoas sinceras, que pregam mentira, pensando estar pregando a verdade. Todavia, não é este o caso dos dirigentes das TJ. Eles são fraudulentos e têm consciência disso. É bom, portanto, que os evitemos. Não é lendo os escritos de homens tão inescrupulosos que vamos aprofundar nosso conhecimento Teológico.

A Bíblia afirma que o Pai é Deus, que o Filho é Deus e que o Espírito Santo é Deus. Diz ainda que uma é a Pessoa do Pai; que outra é a Pessoa do Filho; e que outra, distinta das primeira e segunda Pessoas, é a Pessoa do Espírito Santo. Ora, se são três Pessoas distintas e cada uma é Deus, a conclusão lógica, em termos humanos, é que há três Deuses. Mas a Bíblia opõe à nossa

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mente limitada, dizendo-nos que há um só Deus. E então deparamo-nos com um mistério intransponível. A este mistério insondável deu-se o nome de Trindade. Não fazemos apologias da palavra Trindade, mas sim, do que este vocábulo define. Este termo não é bíblico, mas o que o conceitua, o é.

Sempre que as Tj citam Mt 24.36 para “provarem” que Jesus não é Deus, retrucamos que Jesus ignorava o dia e a hora de Sua vinda porque Ele havia se tornado homem. A este argumento elas refutam dizendo que “se são três pessoas igualmente oniscientes, e uma delas ignorava algo porque tinha se humanizado, então ainda existiam duas pessoas oniscientes, a saber, o Pai e o Espírito Santo. Contudo, Jesus disse que só o Pai sabia. Deste modo”, dizem elas, “a Trindade se torna insustentável”.Mas as TJ precisam saber que a união que há entre as três Pessoas da Trindade é tão profunda, que podemos afirmar que só determinado membro da Trindade é, o que os demais também são. Por exemplo, está escrito que só Jeová sonda os corações (1 Rs 8.39), o que não impediu Jesus de nos dizer que Ele também o faz (Ap 2.23). Segundo Mt 11.27 só Jesus conhece plenamente o Pai. Mas, segundo 1 Co 2.10,11, só o Espírito Santo conhece plenamente o Pai. Jesus é o nosso único Senhor, segundo 1 Co 8.6b, e Jd 4. Prova isso que o Pai de Jesus não é nosso Senhor? Provaria, se as TJ estivessem certas em seu raciocínio. Contudo, o Pai é chamado de Senhor de Gênesis a Apocalipse. Assim acabamos de provar que a expressão “só o Pai sabe”, não exclui os demais integrantes da Trindade. “Só o Pai” significa que isto é coisa da alçada exclusiva da Divindade, excetuando até mesmo o homem Jesus, ou seja, Jesus como homem.

Por que as TJ apelam para o conhecimento limitado do homem Jesus, registrado em Mt 24.36, no intuito de “provarem” que Ele não é Deus? Crêem elas que Jesus precisa ser onisciente para ser Deus verdadeiro? Não negaram elas a onisciência de Jeová, como vimos em 5.1? Se Jeová pode ser Deus ignorando algo, por que Jesus não pode sê-lo também? Quando deparamos com uma Tj se servindo de Mt 24. 36 como “prova” de que Ele não é Deus, pensamos, naturalmente, que essa seita crê que Jeová sabe de todas as coisas, e, que doutro modo, não seria Deus. Mas as coisas não são bem assim. Isso prova que o objetivo dessa seita não é expor a verdade, mas confundir os

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interlocutores para, assim, levar vantagens nos debates e, deste modo, conquistar adeptos. Dialogar com as TJ equivale a jogar xadrez com Satanás.

Nos próximos capítulos 6 e 7, respectivamente intitulados A RESPEITO DO SENHOR JESUS e A RESPEITO DO ESPÍRITO SANTO, estaremos dando informações que corroboram com a Doutrina da Trindade.

NOTAS ALUSIVAS ÀO CAPÍTULO 5

1– Porque Devo Crer na Trindade, páginas 28 e 29, Editora Candeia, de.Robert.M.Browman Jr., citando Primeira Apologia, 63.

2 – Ibidem, Justino, o Mártir, Diálogo com Trifão, 36, em ANF 1.212.

3 – Ibidem, página 30, citando Irineu Contra Heresias, 1.10.1, em ANF 1.330.

4 – Ibidem, página 30, citando Clemente de Alexandria, Exortação aos Pagãos, 10, em ANF, 2.202.

5 – Ibidem, Clemente: Miscelâneas [Stromata] 5.1, em ANF 2.444.

6 – Ibidem, página 33, citando Hipólito: Contra Naécio 10, em ANF 5.227.

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CAPÍTULO 6

A RESPEITO DO SENHOR JESUS

No nosso livro intitulado Análise da Cristologia das Testemunhas de Jeová consideramos detalhadamente as distorções cristológicas praticadas pelas TJ. Todavia, devido a exigüidade do espaço que aqui reservamos para tratarmos deste assunto, por agora pretendemos ser mais sucintos.

A respeito da Pessoa de Jesus, as TJ fazem as seguintes afirmações:

a) Ele é a primeira, bem como a maior, de todas as criaturas de Deus;

b) Ele é o maior personagem do Universo, abaixo de Deus;c) Ele é o arcanjo Miguel, o primeiro anjo que Deus criou;d) Depois que Deus o fez, Ele ajudou Deus a criar todas as

outras coisas;e) Ele não é Deus (com “D” maiúsculo), mas sim, um deus

(com “d” minúsculo);f) É pecado adorá-lo, e, por conseguinte, dirigir-lhe orações.

Podemos tão-somente homenageá-lo;g) Ele não morreu numa cruz, mas sim, num poste;h) O corpo dEle está morto até hoje e assim permanecerá

para sempre;i) O corpo dEle está escondido onde só Deus sabe;j) Ele já veio em 1.914;k) Jesus de Nazaré morreu, e, portanto, não existe mais; l) Ele só é mediador dos 144000;

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Os equívocos teológicos acima registrados, são refutados abaixo na mesma ordem.

a) Ele é a primeira, bem como a maior, de todas as criaturas de Deus

Sendo que “sem Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3), se Jesus fosse criatura então Ele teria criado a si mesmo, o que seria um contra senso. Logo, o prólogo joanino sustenta que Jesus existe desde a eternidade, não sendo, portanto, criatura.

b) Ele é o maior personagem do Universo, abaixo de Deus

Embora o homem Jesus seja menor do que os anjos (Hb 2.9) e portanto menor do que Deus (Jo 14.28b), o lado Divino de Jesus é igual ao Pai (Jo 5.18; 14.9; Fp 2.6).

c) Ele é o arcanjo Miguel, o primeiro anjo que Deus criou

Miguel é “um dos primeiros príncipes” (Dn 10.13), logo, há outros iguais a ele e, conseqüentemente, ele não é Jesus. Jesus é “o” e não “um dos.” Aliás, até as TJ que não crêem que Jesus seja igual ao Pai, não poderiam crer, coerentemente, que Miguel e Jesus sejam uma só pessoa, já que elas dizem que “Ele é o segundo maior personagem do Universo.” (Raciocínios à Base das Escrituras, página 210). Sim, o maior abaixo de Deus não pode ser um dos maiores.

d) Depois que Deus o fez, Ele ajudou Deus a criar todas as outras coisas

Segundo Is 44.24b,especialmente à luz do original, ou através de Versões como a Versão Revisada, a Edição Atualizada e outras que traduzam bem este versículo, Deus criou o Universo sozinho, sem a ajuda de quem quer que seja. Por conseguinte, Jesus atuou com o Pai na criação do mundo, não como uma

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criatura à parte da Divindade, mas como membro da Deidade (Jo 1.3,10; Cl 1.14-17).

e) Ele não é Deus (com “D” maiúsculo), mas sim, um deus (com “d” minúsculo);

Jesus disse que Ele é digno de ser tão honrado quanto o Pai (Jo 5.23). Estão as TJ obedecendo este mandamento, quando tentam diminuir o Senhor Jesus, dando-lhe o título de “um deus”?

f) É pecado adorá-lo, e, por conseguinte, dirigir-lhe orações. Podemos tão-somente homenageá-lo

Bastaria citarmos Jo 5.23 novamente, porém, acrescentamos que os cristãos primitivos invocavam a Jesus (At 7.59; 9.14; 1 Co 1.2; Ap 22.20).

g) Ele não morreu numa cruz, mas sim, num poste

No livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 171, as TJ exibem uma ilustração da morte de Jesus, com as mãos unidas por um só prego que as prende à estaca. Ora, basta isso para notarmos que as TJ não estão qualificadas para nos descreverem a morte de Jesus, considerando que a Bíblia nos diz que foram usados dois pregos (Jo 20.25). Cadê o outro prego?

h) O corpo dEle está morto até hoje e assim permanecerá para sempre

Desde os seus primórdios que as TJ negam a ressurreição corporal de Jesus. Charles Taze Russel, o fundador dessa “religião” registrou na obra Estudos nas Escrituras, volume V, página 454 que “... o homem Jesus está morto, morto para sempre”.Ainda referindo-se ao corpo de Cristo, Russel disse o seguinte: “... se foi dissolvido em gases ou se continua preservado em algum lugar... ninguém sabe.” (Ibidem, Volume II, página 129). Vimos acima que Russel disse que ninguém sabia o que fora feito do corpo de Jesus. Mas, atualmente os líderes das TJ já

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“desvendaram” o mistério. No livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 143-145, parágrafos 6-10, eles asseveram com argumentos diversos, inclusive citando várias referências bíblicas, que Deus removeu do sepulcro o corpo de Jesus, e o escondeu, como no passado fizera com o corpo de Moisés. Reza no parágrafo 8 o seguinte: “Então, que aconteceu ao corpo carnal de Jesus? Não encontraram os discípulos o seu túmulo vazio? Sim, porque Deus removeu o corpo de Jesus. Por que fez Deus Isso? Cumpriu-se o que havia sido escrito na Bíblia. (Salmo 16:10; At 2:31). Por isso Jeová achou bom remover o corpo de Jesus, assim como fizera antes com o corpo de Moisés (Deuteronômio 34:5,6)...”

A crença errônea de que Jesus não ressuscitou no mesmo corpo, levou os líderes das TJ à seguinte conclusão: “... Jesus de Nazaré, não mais existe. Foi morto em 33 *EC” (Despertai! De 22/12/1.984, página 20).

A maior prova bíblica de que Jesus de Nazaré está vivo, é o fato de o encontrarmos falando a Paulo: “Eu sou Jesus Nazareno a quem tu persegues” (At 22.8). Ora, defunto não fala.i) O corpo dEle está escondido onde só Deus sabe

O que dissemos sobre o item “h”, pode ser dito aqui também.

j) Ele já veio em 1.914

É promessa bíblica de que um dia Jesus voltará (Jo 14.1-3; Mt 24.30; 1 Ts 4.13-18; Hb 9.28 etc.). Os cristãos aguardam, pois, a vinda de Jesus. As TJ, porém, crêem que Jesus já veio em 1.914. Uma das provas disso está à página 183 do livro delas intitulado Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, parágrafo 23, que diz: “Sim, desde que JESUS VOLTOU e se sentou no seu trono celestial...”(grifo nosso).

As TJ não crêem que Jesus tenha vindo literalmente à Terra, em 1.914. Elas entendem que essa “volta” é no sentido que Ele dirige, de forma especial, Sua atenção à Terra. Queira ver Testemunhas de Jeová – Proclamadores do Reino de Deus, página 144, editado pelas TJ. Elas chamam a isso também de

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entronização de Cristo. É que elas crêem que na data acima Jesus foi entronizado lá no Céu, qual Rei do planeta Terra. A essa suposta entronização de Cristo, elas chamam de “volta de Jesus”. À página 147 de Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, parágrafos 16 e 17, elas dizem que “a evidência bíblica mostra que no ano de 1.914... o tempo de Deus chegou para Cristo voltar e começar a dominar...” E acrescentam que essa “volta de Cristo é invisível.”

O vocábulo original traduzido em nossas Bíblias por “vinda”, é “parousia” que, de acordo com o contexto pode significar “vinda” ou “presença”. “Parousia” está vertido por “presença” com muita freqüência na TNM (queira ver Mt 24.27, na TNM). É importante sabermos desses fatos, para entendermos o que as TJ estão querendo dizer quando afirmam que Jesus está presente desde 1.914. Quase que invariavelmente, quando os líderes das TJ dizem que Jesus está presente, estão se referindo ao suposto emposse de Cristo, datado de 1.914.

Atualmente as TJ proclamam que Cristo veio (ou está presente) desde 1.914, mas antigamente diziam que o tal evento tinha ocorrido em 1.874. Senão, vamos à prova:

“O nosso Senhor, o Rei nomeado, já está presente, desde outubro de 1.874...” (Estudos nas Escrituras, Volume IV, página 621).

O fato de os chefes das TJ serem tão volúveis quanto ao que eles chamam de entronização, presença, vinda, volta, e emposse de Jesus, é um bom motivo para não darmos crédito a eles.

Embora as TJ proclamem aos quatro ventos que Jesus já veio em 1914, elas dizem ao mesmo tempo, como se pode ver em 13.1, que Jesus há de vir na Sua glória. Vale ressaltar que essa vinda futura, da qual as TJ falam, também não é literal, mas tão simbólica quanto à que teria ocorrido em 1914. Refere-se a uma outra fase do suposto poder régio que teria sido conferido a Cristo em 1914.

Como sabemos, a data atual apresentada pelas TJ como a da volta de Cristo é o ano 1.914. Isso é ridículo. Não aconteceu nada do que as TJ dizem, naquele ano. Em 1.914 só ocorreram três coisas marcantes:

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1ª) O início da Primeira Guerra Mundial.

2ª) A frustração das TJ, pois Russell havia previsto que então se concretizaria o Armagedom (Estudos nas Escrituras, Volume II, página 101: “... a ‘batalha do grande dia de Deus Todo-Poderoso’ (Ap 16.14), que terminará em 1.914 A.D. com a destruição dos atuais reinos da terra, já começou,” (ênfase acrescentada). Em a revista A Sentinela (em inglês) de março de 1.880, página 2, as TJ registraram o seguinte: “Os tempos dos Gentios se estendem até 1.914 e o reino celestial não terá pleno domínio até aquela data” (citada em Seja Deus Verdadeiro, página 249, edição de 1.955).

3ª) A necessidade de se criar uma nova data para o Armagedom. Como o atual sistema corrupto não foi destruído em 1.914, como previra Russell, então pouco tempo depois os líderes das TJ fizeram os seguintes ajustes: A “vinda” de Jesus, que segundo eles havia ocorrido em 1.874, passou a ser um evento datado de 1.914. E o Armagedom, até então previsto para 1.914, passou a ser previsto para outras datas: 1.918, 1.920, 1.925, 1.941, 1.975 e 2.000. Isto significa que a última previsão falhou há pouco tempo.

Previram mesmo as TJ o Armagedom para no máximo a tardar até dezembro do ano 2.000? Sim, pois na revista A Sentinela de 01/01/1.989, página 12, § 8, lemos: “...O apóstolo Paulo servia de ponta de lança na atividade missionária cristã. Ele também lançava o alicerce para uma obra que seria terminada em nosso século 20”.

Como o leitor acaba de ver, os líderes das TJ publicaram em 1.989 que a obra de evangelização da qual o apóstolo Paulo servia de ponta de lança, e da qual também lançava o alicerce, seria terminada no século 20. Isto prova que eles ensinaram que no início do século 21, já não pregariam mais o Evangelho, por já estarem na Terra Paradisíaca. E, como sabemos, a Terra não será paraíso antes do Armagedom.

As TJ sabem que seus líderes pregaram que o Armagedom ocorreria no século 20? Pelo menos a maioria não sabe, segundo nos consta. O porquê disso é que depois que eles fizeram essa previsão, eles mudaram de opinião. Contudo, não se retrataram

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publicamente, mas apenas pararam de tocar neste assunto. E, deste modo, a última previsão caiu no esquecimento.

Talvez haja entre as TJ alguém que saiba que seus guias previram em 1.989 que o Armagedom teria lugar dentro do século 20; mas, se há, são tão poucos que ainda não encontramos sequer um.

As TJ pregam que quando da entronização de Cristo em 4/5 de outubro de 1.914, cumpriu-se Ap 12.7-12, quando então o Diabo e os demônios, ao serem expulsos do Céu e lançados na Terra, instigaram as nações à briga, donde eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Mas esta seqüência colide com o fato de tal guerra ter começado em 28 de julho, mais de dois meses antes da suposta entronização de Cristo e a subseqüente expulsão de Satanás e seus anjos que, por sua vez, causaria o grande conflito. O leitor pode conferir o que aqui denunciamos, consultando qualquer enciclopédia e depois comparar com o que os líderes das TJ registraram nas seguintes obras: Raciocínios à Base das Escrituras, página 113, edição de 1.985; e Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 20-22.

k)Jesus de Nazaré morreu, e, portanto, não existe mais

Já consideramos essa questão nos itens “h” e “i”

l) Ele só é mediador dos 144000

Como já vimos no capítulo 1 (1. 3), em A Sentinela de 15/09/1979, os guias das TJ perguntam: “Será que Jesus é ‘mediador’ só dos cristãos ungidos?”. E em seguida respondem:“De modo que, em estrito sentido bíblico, Jesus é o ‘mediador’ apenas dos cristãos ungidos”, isto é, dos 144.000. Ora, quem não têm Cristo como seu mediador, é um perdido, visto que ninguém vai ao Pai senão por Jesus (Jo14.6). Para que o dito fique pelo não dito, pelo menos pro forma as TJ oram a Jeová em nome de Jesus. Ora, se devemos orar em nome de Jesus, então Ele é nosso mediador. Por outro lado, se Jesus não é nosso mediador, então não há porque orar ao Pai em nome do Filho.

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CAPÍTULO 7

A RESPEITO DO ESPÍRITO SANTO

Outra heresia pregada pelas TJ é a negação da personalidade e Divindade do Espírito Santo. Tachamos isso de heresia porque a Bíblia diz claramente que o Espírito Santo é pessoal e Divino.

7. 1.A Pessoalidade do Espírito Santo

Atos pessoais são atribuídos ao Espírito Santo.O Pastor Myer Pearlman, em seu livro intitulado Conhecendo

as Doutrinas da Bíblia, à página 180, 16ª edição, define a personalidade da seguinte maneira: “É aquilo que possui inteligência, sentimento e vontade”. Esta definição é tão autêntica que não cremos na possibilidade de alguém retrucá-la. E assim fica fácil sabermos se o Espírito Santo é ou não um ser pessoal. Basta lermos a Bíblia. Sim, as Escrituras Sagradas asseguram que o Espírito Santo tem:

a. INTELIGÊNCIA – Segundo Jo 16.13 Ele fala do que escuta e, como todos sabemos, só um ser portador de intelecto, pode fazer isso.

b. SENTIMENTO – À luz de Ef 4.30 o Espírito pode ser entristecido, pois aí se pede para não entristecermos a Ele. Ora, a ordem para não entristecermos o Espírito, equivale a dizer que devemos mantê-lo alegre, pois para quê tanto cuidado para não o entristecermos, se tristeza fosse o seu normal? Assim podemos ver que o Espírito Santo pode se alegrar ou se entristecer. Além disso, Rm 15.30 assegura que Ele (o Espírito Santo) ama. Ora, amor

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é um sentimento. Assim podemos ver nestas duas referências bíblicas que o Espírito Santo se alegra, se entristece e ama. E alegria, tristeza e amor, não são sentimentos? Pode uma força ativa fazer isso? Claro que não.

c. VONTADE – 1 Co 12.11 garante que o Espírito Santo tem vontade. E Rm 8.27 diz que Deus sabe qual é a INTENÇÃO do Espírito Santo. Deste modo fica patente que o Espírito Santo preenche todos os requisitos que um ser precisa preencher para ser considerado como pessoa. Ele satisfaz todas as exigências. Ele tem intelecto, vontade e sentimentos. O que as TJ entendem por pessoa?

Além dos atos pessoais supra, atribuídos ao Espírito Santo, há muitos outros casos, dos quais listamos apenas os que vem a seguir:

a. O Espírito Santo geme inexprimivelmente (Rm 8.26).b. O Espírito Santo discorda (At 16.6,7).c. O Espírito Santo concorda (At 15.28).d. O Espírito Santo intercede (isto é, ora) por nós (Rm 8.26).O fato da Bíblia dizer que o Espírito Santo foi derramado (At

2.17); que os apóstolos foram batizados nEle (At 1.5); e que dEle ficaram cheios (At 2.4) é, segundo crêem as TJ, provas bíblicas de sua impessoalidade. Porém, se esse critério fosse válido, poderíamos negar a pessoalidade do apóstolo Paulo e do Senhor Jesus, já que a Bíblia diz também que Paulo foi derramado (2 Tm 4.6) e que Jesus, em quem fomos batizados (Rm 6.3), tudo enche (Ef 1.23).

Vê-se, pois, que as TJ confundem pessoalidade com corporalidade.

Força de expressão é o que não falta na Bíblia. Em Jo 14.23 Jesus promete morar em nós, juntamente com o Pai. Seria razoável argumentarmos à base disso, dizendo que, uma vez que uma pessoa não pode morar dentro da outra, então o Pai e o Filho não são pessoas?

As TJ às vezes alegam que os atos pessoais atribuídos ao Espírito Santo são personalização. Mas, ao argumentarem assim, perguntemos: Onde está escrito? A esta pergunta não ouviremos a resposta, mas somente evasivas.

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7. 2. A Divindade do Espírito Santo

O apóstolo Pedro disse que Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3) e, por conseguinte, a Deus (At 5.4). Se mentir ao Espírito Santo, é mentir a Deus, então Ele é Deus.

1 Co 6.19 diz que nós, os cristãos, somos o templo do Espírito. Ora, só a Deus se dedica templo. Como sabemos, nenhuma frase será bem estruturada até que haja, entre as palavras que a constituem, uma associação de idéias. A palavra “gaiola” tem que ter alguma relação com pássaro. E o vocábulo “chiqueiro” tem que estar ligada de alguma forma com o substantivo porco. Igualmente a palavra “palácio” lembra estadista. Quando isso não ocorre, diz-se que não se está falando coisa com coisa. Deste modo, se somos o Templo do Espírito Santo, então Ele é Deus. Pense: Que seria o Espírito Santo, se fôssemos o seu chiqueiro? E se fôssemos a sua gaiola? Não constituiria prova de sua Majestade, se a Bíblia dissesse que somos o seu palácio?

A Bíblia diz que o Espírito Santo é Senhor (2 Co 3.18 ARA). Este versículo, além de provar a personalidade do Espírito Santo, prova também a Sua Divindade. Claro, só Deus é Senhor, neste sentido.

Há, na língua original do Novo Testamento, duas palavras equivalentes a “outro” em Português: ÉTEROS e ALLOS. Esta significa outro da mesma espécie, da mesma qualidade e da mesma natureza. Mas aquela significa “outro” diferente. João, por saber que os membros da Trindade são iguais, ao registrar que Jesus nos prometeu outro Consolador, optou pelo vocábulo ALLOS, querendo dizer com isto que o outro Consolador que Deus nos deu mediante os rogos de Jesus, é igual a este. Logo, o Espírito Santo tem que ser tão pessoal quanto Jesus. Sim, se Jesus é um personagem, então o Espírito Santo também o é. E se o Espírito Santo é apenas uma força ativa, como querem as TJ, então Jesus também é força ativa. Deste modo temos em Jo 14.16, mais uma exibição da Deidade do Espírito. O raciocínio é o seguinte: Se Jesus é igual ao Pai (Jo 5.18), e não difere do Espírito Santo, então este é igual ao Pai e ao Filho, o que prova a Sua personalidade e Divindade.

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CAPÍTULO 8

A RESPEITO DA BÍBLIA

Os “mestres” das TJ não têm para com a Bíblia, o apreço que fingem ter. A impressão que os líderes das TJ deixam nas pessoas que ignoram o que eles realmente pensam da Bíblia, é que eles crêem que ela é a pura, santa, perfeita e infalível Palavra de Deus. Mas dispomos de provas documentais de que eles realmente não crêem na Bíblia. Eles subestimam a Bíblia. Mas por saberem que ela é poderosa para desmascará-los, eles têm mais medo dela do que o Diabo, da cruz. Por este motivo eles sempre procuraram, ou desacreditá-la ou entreter suas vítimas, dando-lhes as “cartilhas” por eles editadas, as quais lhes são apresentadas como sendo superiores à Bíblia. Eles induzem suas vítimas a preterirem a Bíblia, priorizando os livros e brochuras que eles editam. Quanto a isso eles são iguais à cúpula da Igreja Católica, pois também dizem arrogantemente que o encargo de interpretar a Bíblia corretamente foi confiado por Deus exclusivamente a eles, cabendo aos seus liderados a “sublime” missão de lerem seus escritos, memorizá-los e repeti-los, como se fossem meros robôs.

Exibimos abaixo as provas do que dissemos acima, sem aprofundarmos muito neste tema, mas fornecendo tão-somente algumas informações, para que nossos leitores continuem vendo que a Bíblia é traída pelos chefes das TJ, os quais:

8. 1. Negam a Bíblia

Dissemos que os líderes das TJ, embora finjam crer na Bíblia, dizendo às vezes que ela é a infalível Palavra de Deus, não crêem

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de fato nisto. Eis a prova: “Seguindo-se à morte de Russell a sociedade preparou a publicação do volume VII, O Mistério Consumado... Aquele livro contém alguns erros, isto é francamente admitido. Entretanto, A BÍBLIA TAMBÉM CONTÉM ALGUNS”.(Revista The WatchTower, página 103, 01/04/1.920, grifo nosso. Citado em Provas Documentais, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia).

Não pense o leitor que os mentores das TJ estejam se referindo aos erros dos copistas e tradutores, visto que tais equívocos não podem ser atribuídos à Bíblia. Realmente a Bíblia não se responsabiliza pelos erros de seus copistas, tradutores e leitores. Pelo contrário, estes é que serão responsabilizados por ela.

8. 2. Preterem a Bíblia

Neste tópico pretendemos provar que os dirigentes das TJ dizem que é preferível ler seus escritos, a ler a Bíblia. Eles “garantem” que quem lê somente as suas obras, e não lê a Bíblia, sai das trevas e entra na luz. E que aquele que pára de ler suas publicações e passa a ler somente a Bíblia, sai da luz e entra nas trevas. Senão, vamos às provas: Em 1964 uma senhora perguntou aos chefes das TJ se é verdade que o fundador da religião das TJ havia afirmado que ler os seus escritos era melhor do que ler a Bíblia. Ao responder negativamente a esta pergunta, o Corpo Governante foi extremamente prolixo, tal qual o conhecidíssimo “político” do programa humorístico A Praça é Nossa, do SBT, tentando “provar” que Charles Taze Russell estava sendo caluniado. E, depois de toda a “argumentação” objetivando provar a “inocência” do dito-cujo, os guias das TJ acharam por bem reproduzir as palavras do saudoso, para que todos possam examinar por si mesmos o que realmente escreveu o pioneiro das TJ, e se cientificar de que verdadeiramente as palavras de Russell estavam sendo torcidas. Mas, ao ler o referido texto, tivemos que ceder à força das evidências, de que realmente Russell cometera o crime de que era acusado. Sim, leitor, o Corpo Governante disse com todas as letras que as palavras de Russell, as quais estavam sendo torcidas, eram as seguintes: “Ademais, não só descobrimos que as pessoas, ao estudarem apenas a Bíblia, não podem

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discernir o plano divino, mas também descobrimos que, se alguém puser de lado os Estudos das Escrituras, mesmo depois de já os ter usado, e de se tornar familiarizado com eles, após os ter lido durante dez anos se então alguém os puser de lado e ignorá-los, indo somente à Bíblia, embora entenda a Bíblia por dez anos, a nossa experiência mostra que dentro de dois anos ficará em trevas. Por outro lado, se tivesse simplesmente lido os Estudos das Escrituras, junto com as suas referências, e não lesse uma página da Bíblia sequer, esse alguém estaria na luz no fim de dois anos, porque teria a luz das Escrituras”.(A Sentinela, 15/08/1.964, página 511)

É possível alguém ler a transcrição acima e chegar à mesma conclusão dos chefes das TJ, de que as acusações contra o réu não procedem?

Um dos argumentos constantes da revista supracitada, objetivando “provar” que Russel não disse o que disse, é que ele, referindo-se à obra de sua autoria intitulada Estudos das Escrituras disse que a mesma “não tem por objetivo suplantar a Bíblia.” Mas como não, se ele disse sem rodeios que aquele que lesse só “os Estudos das Escrituras, junto com as suas referências, e não lesse uma página da Bíblia sequer...estaria na luz...?” o leitor viu ainda que Russel disse, e o Corpo Governante não pôde negar, que se alguém puser de lado os seis volumes do seu “Estudos das Escrituras,... indo somente à Bíblia... ficará nas trevas.”

8. 3. Monopolizam a Bíblia

Deixamos claro na introdução a este capítulo que os líderes supremos das TJ se julgam donos da verdade, e que por isso impõem às suas vítimas uma sujeição cega às suas “explicações” da Bíblia, desestimulando-os a beberem direto na fonte. Isto está provado como 2 + 2 são 4, no tópico 8.2 deste capítulo. Porém, sob o cabeçalho “Monopolizam a Bíblia” que serve de epígrafe deste terceiro tópico, pretendemos provar que eles ousam dizer que a Bíblia é propriedade exclusiva da organização religiosa da qual são líderes e que portanto, ninguém pode entender a Bíblia à parte das orientações deles. Além disso, os seus liderados (ou seus robôs), têm que crer em tudo que eles (os líderes) pregam.

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Antes de exibirmos as provas do que afirmamos neste tópico, achamos por bem explicar resumidamente alguns termos constantes da literatura das TJ, e que não são do domínio público. Isto fazemos para facilitarmos a compreensão das transcrições comprobatórias abaixo efetuadas. Ei-los:

SENTINELA:Uma das revistas editadas pelas TJ.ANUÁRIO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ: Uma

publicação anual, contendo um relatório das atividades mundiais das TJ, relativas ao ano anterior.

ORGANIZAÇÃO: Uma referência ao grupo religioso das TJ. ESCRAVO FIEL E DISCRETO: As TJ pensam que estas palavras designam o grupo dos 144.000, mas na prática refere-se ao Corpo Governante (os líderes supremos das TJ como já informamos).

CANAL DE COMUNICAÇÃO: O mesmo que Corpo Governante, visto como porta-voz dos 144.000, ou escravo fiel e discreto.

QUALIFICADOS PARA SER MINISTROS: Um dos livros editados pelos líderes das TJ.

Agora vamos às prometidas transcrições.

Primeira transcrição: “... A verdade que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais, contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente” (A Sentinela, novembro de 1.952, página 164 § 11).

Segunda transcrição: “... Se tivermos amor a Jeová, e à organização de seu povo, não teremos suspeitas, mas, como diz a Bíblia, ‘creremos em todas as coisas’, todas as coisas que A Sentinela esclarece, uma vez que tem sido fiel em nos dar conhecimento dos propósitos de Deus e em nos guiar no caminho da paz, da segurança e da verdade, desde seu início até o dia atual” (Qualificados Para Ser Ministros, página 144, § 5, edição de 1.959).

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Terceira transcrição: “... Idéias independentes... são... perigosas... Conheceríamos o caminho da verdade se não tivesse havido a ajuda da organização? Podemos realmente passar sem a orientação da organização de Deus? Não, não podemos...” (A Sentinela, 15/07/1. 983, página 27, §§ 19,20).

Quarta transcrição:“... Todos nós precisamos de ajuda para entender a Bíblia, e não podemos encontrar a orientação bíblica de que precisamos fora da organização do escravo fiel e discreto”. (A Sentinela, 15/08/1. 981, página 19).

Quinta transcrição: “... Assim, a Bíblia é um livro de organização e pertence à congregação cristã como organização, não a indivíduos, não importa quão sinceramente creiam poder interpretar a Bíblia. Por esta razão, a Bíblia não pode ser devidamente entendida sem se ter presente a organização visível de Jeová...” (A Sentinela, 01/06/1.968, página 327, § 9, grifo nosso ).

Sexta transcrição:“... que faria eu com minha Bíblia... se não usasse A Sentinela para entendê-la?...” (Anuário das Testemunhas de Jeová, de 1.983, páginas 20,21).

Cremos que provamos com as transcrições acima que os líderes das TJ monopolizam a Bíblia, isto é, transformam a Bíblia em propriedade particular deles. Este arrogante gesto tem por objetivo privar-nos do direito de dialogar com eles sobre a Bíblia, em pé de igualdade e de ponderá-los. Sim, porque se o encargo de interpretar a Bíblia com autenticidade foi confiado por Deus exclusivamente a eles, quem somos nós para questioná-los?

Como vimos, eles insistem em dizer que as TJ por eles lideradas não podem pregar, senão o que eles previamente fornecem, e que à parte deles, ninguém entende a Bíblia. Não equivale isso a exigir obediência cega e incondicional, como se eles fossem Deuses Onipotentes? Não está claro que eles querem nos robotizar?

Na quinta transcrição acima vimos que, segundo os chefes das TJ, “a Bíblia... pertence à congregação cristã” (Grifo nosso). E, como o leitor já sabe, registramos no primeiro capítulo deste

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livro (1.8) que o Corpo Governante afirmou que “quando a Bíblia fala sobre ‘congregação do Deus vivente’, ela se refere a um grupo ESPECÍFICO de seguidores de Cristo. (1 Tm 3:15)[...] De modo que esta ‘congregação de Deus’ é constituída de todos os cristãos na terra que têm esperança de vida celestial. Ao todo, APENAS 144.000 pessoas constituirão finalmente a ‘congregação de Deus’. [...] Os cristãos que esperam viver para sempre na terra buscam orientação espiritual desta ‘congregação’...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 125-126, parágrafo 18, grifo nosso). Isso significa que eles subestimam até mesmo os adeptos da “religião” deles. Eles tentam desqualificar não somente nós, que não somos da seita deles, mas também a grande maioria de seus liderados (mais de seis milhões). Sim, pois como veremos no capítulo 18, os membros do Corpo Governante pregam que só eles, na condição de escravo fiel e discreto, podem dar o alimento da Palavra de Deus a todas as TJ (e isso inclui as TJ ungidas [veja o que é TJ ungida em 1.2]) que, por sua vez, quais papagaios repetem o que lhes é ensinado por seus mentores. Logo, o que eles estão dizendo, quando afirmam que a Bíblia pertence exclusivamente “à congregação cristã”, é:

Primeiro: A Bíblia não pertence a nós, que não somos TJ;

Segundo: A Bíblia não pertence às TJ não ungidas; Terceiro: A Bíblia não pertence às TJ ungidas que não fazem parte do escravo fiel e discreto);

Quarto: A Bíblia pertence exclusivamente ao Corpo Governante.

8. 4. Adulteram a Bíblia

Os poderosos chefões das TJ foram ousados o bastante para adulterarem a Bíblia. Para tanto forjaram sua própria “tradução” à qual dão o nome de TNM - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Alegam que esta tradução é a mais certa, quando, na verdade, é a mais errada de todas. Todas as traduções da Bíblia contêm erros, mas a das TJ é a mais errada.

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Ela foi torcida de propósito, para dar suporte às suas heresias. Porque inventaram que Jesus não morreu numa cruz, a “bíblia” deles diz que foi numa estaca (Mt 27. 35-40); porque inventaram que é pecado adorar o Senhor Jesus Cristo, todas as vezes que a Bíblia manda adorar a Jesus, eles trocam o verbo “adorar” pelo verbo “homenagear” (Hb 1.6. Neste versículo, a TNM nova [não a antiga] diz assim: “... E todos os anjos de Deus lhe prestem homenagem”); porque inventaram que Jesus não é Deus, na verdadeira concepção do termo, a “bíblia” deles diz que Jesus é um deus (com “d” minúsculo, precedido de um artigo indefinido); e assim por diante (Queira ver Jo 1.1, na TNM).

Até hoje os líderes supremos das TJ escondem do povo os nomes dos “tradutores” da “bíblia” deles. Dizem que tais “tradutores” são tão humildes que preferem ficar no anonimato. Mas, segundo o senhor Cetner, que trabalhou na matriz mundial das TJ em Brooklyn, New York, o porquê desse anonimato é que tais “tradutores” não conheciam o hebraico e o grego, as línguas em que a Bíblia foi escrita originalmente. É que eles, segundo Cetner, não quiseram se expor ao ridículo de terem seus nomes constando no frontispício da TNM. Diz-se que embora alguns dos “tradutores” da TNM tivessem noções básicas do hebraico e do grego, nenhum deles era perito nessas línguas. E, como é óbvio, para um trabalho dessa envergadura, é necessário o domínio dos idiomas originais da Bíblia.

A partir de uma tradução real de um livro, qualquer pessoa pode forjar a sua própria “tradução”, mudando a adequação vocabulária e trocando os vocábulos por seus sinônimos. Só para dar um exemplo, veja como ficaria a “tradução” de Jo 3.16: “Porque Deus sentiu pela humanidade um amor tão grande que deu o seu único filho, a fim de que todo aquele que nEle deposite a sua confiança não morra, antes viva para sempre”. É algo similar a isto que os “tradutores” da TNM fizeram? O senhor Cetner responde positivamente a esta pergunta. Esta denúncia consta também da obra Testemunhas de Jeová, Volume I, página 73–Esequias Soares da Silva – Editora Candeia, 2ª edição de 1.993.

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CAPÍTULO 9

SOBRE TRANSFUSÃO DE SANGUE

É de do conhecimento de todos que as TJ preferem a morte a se submeterem a uma transfusão de sangue. Achamos isso muito estranho, mas as TJ alegam que o fazem em obediência à Bíblia. Dentre as muitas passagens bíblicas citadas por elas no intuito de darem suporte a essa crença, sobressai At 15.28,29. Porém, será que o Corpo Governante das TJ não está equivocado? Esta pergunta tem pelo menos quatro razões de ser:

1ª) Ninguém é dono da verdade e os líderes das TJ não são exceção à regra. Logo, você não deve seguir a quem quer que

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seja, cegamente. Estude, pois, a Bíblia e tire sua própria conclusão. Você tem este direito (At 17.11).

2ª) Os líderes das TJ proibiram a vacinação de 1.931 a 1.952 (The Golden Age [conhecida atualmente pelo nome de Despertai!] de 04/02/1.931, página 293).

3ª) Os transplantes de órgãos também foram proibidos pelos chefes das TJ entre os anos 1.967 e 1.980 (Despertai! de 08/12/1.968, página 22 e A Sentinela de 01/06/1.968, página 349).Só Deus sabe quantas pessoas foram prejudicadas por terem se submetido a essas proibições! Quantos morreram? Quantas vítimas de paralisia infantil, e outras doenças, esse gesto irresponsável dos guias das TJ causou?

4ª) Quanto às transfusões de sangue, os líderes das TJ não têm se demonstrado menos volúveis e precipitados. Em 1.945 eles asseguraram à página 29 da revista “Consolação” (atualmente Despertai!), em holandês, que “Deus jamais justificou determinações que proíbam... transfusões de sangue.” Nesta mesma página tacham os que são contrários às transfusões de sangue de “iguais aos fariseus”. Porém, naquele mesmo ano, ou melhor, poucos dias depois, publicaram que transfundir sangue é pecado. Isto nos leva a crer que a qualquer hora dessas o Corpo Governante poderá receber uma “nova luz” e liberar as transfusões de sangue, como fizeram em relação às proibições sobre vacinação e transplantes de órgãos. Por que não, se já o fizeram outras vezes?

As TJ crêem que transfundir sangue é um pecado tão grave quanto comê-lo. Ora, podemos provar que comer sangue é diferente de transfundi-lo. Todavia, não precisamos entrar no mérito dessa questão. Basta-nos provarmos a elas que a Bíblia não proíbe comer sangue. Senão, vejamos:

Os versículos 28 e 29 de At 15 podem ser parafraseados assim: “No que diz respeito aos preceitos cerimoniais da Lei de Moisés (aos quais não estamos sujeitos, pois praticando-os ou não, seremos salvos pela graça por meio da fé), pareceu bem ao

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Espírito Santo, assim como a nós, que vocês (para não escandalizarem os nossos irmãos judaicos que com vocês congregam) façam o seguinte: Não se alimentem de sangue, não comam o sufocado e o oferecido a ídolos, bem como se abdiquem do que eles consideram ser relações sexuais ilícitas, isto é, o casamento entre judeus e gentios ou ainda a prática do coito durante a menstruação.”

Uma das provas de que a paráfrase acima é uma boa interpretação, é o fato de que este texto só proíbe quatro coisas. Só há quatro pecados?

Nem tudo que os cristãos primitivos faziam, deve ser praticado pela Igreja hodierna. Por exemplo, o apóstolo Paulo, por se fazer de fraco para ganhar os fracos (1 Co 9.22), circuncidou Timóteo (At 16.3) e fez um voto que implicou em rapar a cabeça (At 18.18), obviamente o voto de nazireu prescrito em Nm 6.1-21. Isto prova que muitas das decisões tomadas pela Igreja primitiva, eram medidas circunstanciais, e portanto regionais e temporais. Caso contrário teríamos que observar até hoje a circuncisão e o nazireado.

Geralmente os evangélicos aquiescem que a circuncisão de Timóteo e o voto de nazireu praticados por Paulo não constituem normas transculturais e eternas para a Igreja. Mas a grande pergunta é: Teriam os preceitos de At 15.28-29, a mesma razão de ser? A resposta é que muitos já concluíram que sim. Vejamos estes exemplos:

a) Pastor Raimundo F. de Oliveira:Este erudito pastor, em seu livro Como Estudar e Interpretar

a Bíblia, edição CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1.986, à página 139, explicando 1 Co capítulo 8, disse: “... Para Paulo, comer carne sacrificada a ídolos não significa nada. Mas, por causa daqueles que estavam à sua volta e que pensavam que isto implicava em pecado, ele não comia...” Deste modo o pastor Raimundo reconhece que o apóstolo Paulo não via a restrição sobre o sacrificado aos ídolos como um mandamento moral, mas sim, como um respeito à consciência alheia. E, segundo o livro Administração Eclesiástica, dos pastores Nemuel Kessler e Samuel Câmara, também editado pela CPAD, 2ª edição de 1.992, página 100, a CPAD não publica livro algum, sem antes

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submetê-lo ao Conselho de Doutrina da Convenção Geral das Assembléias de Deus, que examina se “nada contraria as doutrinas esposadas pelas Assembléias de Deus.” Logo, a cúpula assembleiana aprovou o livro supracitado, da autoria do pastor Raimundo. E, sendo assim, fica claro que pelo menos um dos mandamentos constantes de At 15.29, não precisa ser observado (a não ser por questão de consciência), segundo a alta liderança das Assembléias de Deus. Ora, se um dos mandamentos registrados em At 15.29, não é moral, os demais mandamentos registrados neste versículo também não podem ser morais, pois tamanha falta de coerência ou associação de idéias constituiria insuperável violência à Hermenêutica;

b) Bíblia de Estudo Pentecostal:Os comentaristas da Bíblia de Estudo Pentecostal concordam

que as restrições de At 15.29 visavam apenas a não ferir a consciência dos judeus, pois como nota de rodapé, em explicação do texto em apreço, dizem: “... O Espírito Santo (v. 28) estabeleceu certos limites que possibilitam a convivência harmoniosa entre os cristãos judaicos e seus irmãos gentios. Os gentios deviam se abster de certas práticas consideradas ofensivas aos judeus (v. 29). Uma das maneiras de medir a maturidade do cristão é ver a sua disposição de refrear-se das práticas que certos cristãos consideram certas e outros consideram erradas (ver o ensino bíblico por Paulo, em 1 Co 8.1-11)”;

c) Bíblias de Estudo Católicas:

* Edições Paulinas:A Edições Paulinas (editora católica) publicou uma Bíblia de

estudo, baseada na versão do Padre Matos Soares, a qual, comentando At 15.28-29 diz: “... Medidas disciplinares de prudência, as quais, sendo de caráter provisório e visando tão-somente a facilitar as relações entre gentios e judeus, caíram, quando a fusão se completou”.

* Pia Sociedade de São Paulo:

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O Novo Testamento editado pela Pia Sociedade de São Paulo, comentado pelo Padre Euzébio Tintori, edição de 1.950, referindo-se ao texto ora em análise, diz: “... São Tiago... propõe algumas medidas disciplinares de prudência com o intuito provisório de facilitar as relações entre judeus e gentios”.

É verdade que as explicações dos clérigos católicos não nos dizem muito, mas como sabemos, não divergimos deles em tudo. E, neste caso, embora por mera coincidência, há convergência entre eles e nós, integrantes do clero evangélico.

d)O Parecer do Irmão Aldo:O ex-TJ, Aldo dos Santos Menezes, em sua apostila

“Transfusão de Sangue”, página 10, referindo-se à decisão registrada em At 15.28-29, disse: “... Primeira: O decreto apostólico não foi aplicado a TODOS os cristãos do primeiro século, mas unicamente aos gentios. Segunda:O decreto limitava-se a certa área, era regional, não universal” (grifo no original).

Cremos que a postura supra, do irmão Aldo, encontra respaldo em At 15.19,20 e 23. Destes três versículos, os dois primeiros indicam que se tratava de uma ordem aos cristãos entre os gentios, e o último circunscreve Antioquia, Síria e Cilícia.

Enquanto parafraseávamos At 15.28-29, deixamos claro que somos da opinião de que a palavra original (porneia), que nas nossas Bíblias em português está traduzida de diversas maneiras, como fornicação, imoralidades, prostituição, relações sexuais ilícitas etc., não significa, NESTE CASO, o que nós, em Português, conhecemos por estes nomes, mas sim, as restrições constantes de Dt 7.3; e Lv 18.19. Esta conclusão é lógica, já que, NESTE CASO, nenhum mandamento moral pode pertencer a este conjunto de quatro preceitos, visto que fazê-lo não seria falar coisa com coisa. Logo, das duas uma: Ou os quatro preceitos de At 15.29 são todos mandamentos morais que, por conseguinte, devem nortear a Igreja universal através dos séculos, ou os quatro preceitos são, sem exceção alguma, medidas disciplinares de caráter passageiro, os quais objetivavam apenas facilitar o relacionamento entre gentios e judeus, caducando, portanto, quando a fusão se completou. Caso contrário faltará coerência; e, como sabemos, nenhuma incoerência procede de Deus.

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Escrevemos uma obra intitulada Transfusão de Sangue Não é Pecado. Se o leitor deseja um estudo mais profundo sobre este assunto, queira nos contatar.

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CAPÍTULO 10

SOBRE O MILITARISMO

10. 1. Totalmente Liberado

Inicialmente os líderes das TJ não faziam carga alguma contra o serviço militar e até pronunciavam a favor do mesmo. Senão, vejamos os três exemplos abaixo:

a) “Nada deveria perturbar nossas consciências ao alistar-nos no Exército...” (The Watchtower, 15/04/1.903, página 120).

b) “Note que não há nas Escrituras nenhum mandamento que proíba o serviço militar” (The Watchtower, 01/08/1.898, página 231).

c) “... Se alguém quer entrar no serviço militar quer seja para combater ou não, isso é para ele decidir e ninguém deve tentar influenciá-lo...” (revista Consolação [conhecida atualmente pelo nome de Despertai!], nº 87, de janeiro de 1.941, páginas 13 e 14).

10. 2. Totalmente Proibido

Depois de algumas décadas de apoio ao militarismo, os chefes das TJ se retrataram da postura acima, passando então a ensinar que as TJ deviam se opor ao serviço militar, combatente ou não, “por razões de consciência” (Seja Deus Verdadeiro, página 228, parágrafo 6, edição de 1.949). A partir daí as TJ foram proibidas de exercer qualquer função que implique em portar armas, como é o caso dos militares, seguranças de bancos etc. A revista Veja de 10/02/1.988 registrou que muitos jovens,

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integrantes da seita das TJ, tiveram suas cidadanias cassadas por terem recusado prestar o serviço militar obrigatório, alegando para tanto, razões de consciência.

10. 3. Uma Vergonhosa “Explanação” Bíblica

Sabemos que a Bíblia pronuncia favorável ao serviço militar, chegando a dizer até que as autoridades vem de Deus e que este as instituiu para punir os malfeitores ao fio de espada. E ainda nos aconselha a sermos fiéis no pagamento de nossos impostos, para deste modo mantermos o ideal militar (Rm 13.1-8). E, como vimos, a esta conclusão os líderes das TJ aquiesceram durante décadas. Mas, como se retrataram, é de se esperar que tenham arranjado uma “explicação” para Rm 13.1-8. E eles o fizeram realmente. Começaram então a dizer que as autoridades mencionadas neste trecho da Bíblia são Jeová Deus e Seu filho Jesus Cristo. Eis a prova: “...Portanto, as ‘autoridades superiores’ que o apóstolo aqui menciona são Jeová Deus e Cristo Jesus...” (Seja Deus Verdadeiro, página 242, § 25, edição, 1955).

Custa-nos crer que os líderes das TJ criam nessa interpretação, pois o texto em apreço diz categoricamente que tais autoridades “vem de Deus”, “foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1,2), são “ministros de Deus” (Rm 13.4) e, como diz a “bíblia” das TJ, “são servidores públicos de Deus” (Rm 13.6). Ora, se as autoridades aludidas em Rm 13.1-8 fossem Deus e Seu Filho Jesus Cristo, como os guias das TJ inculcaram em suas vítimas durante muitos anos, poderíamos dizer então que Deus vem de Deus e é ministro de Deus. Ora, Deus vem de Si mesmo? É Deus ministro de Si próprio? Obviamente ninguém consegue ser tão mau intérprete. E isso prova que os líderes das TJ não são sérios, mas sim fraudulentos. Eles sabem que estão enganando os ingênuos que neles confiam.

Atualmente os guias das TJ retiraram o que disseram sobre Rm 13.1-8. As autoridades aí mencionadas são, agora, os governos políticos: “Comentando a atitude que o cristão deve ter para com os governos políticos, o apóstolo Paulo disse: ‘Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores, pois não há autoridade exceto por Deus’ (Romanos 13.1)” (A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, página 157, parágrafo 3, edição de 1.968).

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As autoridades referidas no texto em lide, não são somente os governantes, mas também os policiais e outros servidores públicos incumbidos de manterem a ordem pública e a soberania da nação. A evidência disso está em Rm 13.4, que diz que tais autoridades não trazem a espada em vão.

Interpretando erradamente as passagens bíblicas que nos exortam ao amor, os guias das TJ criaram um amor irresponsável que não pode punir os malfeitores e, à base disso, proibiram os seus discípulos de exercerem qualquer função que implicasse em portar armas. Mas, ao fazerem isso, perceberam que Rm 13.1-8 não os apoiava. Porém, preferiram manter suas heresias, dando a este trecho da Bíblia uma interpretação absurda, a pregarem a verdade. Depois perceberam que estavam se expondo ao ridículo com tal “explicação” e se retrataram, não da proibição do ingresso de seus seguidores nas Forças Armadas, mas da afirmação de que as autoridades referidas no texto que ora consideramos, sejam Jeová e Seu Filho Jesus.

10. 4. É Questão de Foro Íntimo?

A respeito do serviço militar, as coisas começam a mudar novamente entre as TJ. Antigamente nem o serviço alternativo era permitido; mas em 1.996, na revista A Sentinela, de 01 de maio, página 19, parágrafo 15, os líderes das TJ afirmaram que “quando o cristão mora num país que não concede eximição” do serviço alternativo, que o mesmo deve“fazer uma decisão pessoal, seguindo a sua consciência...” Deste modo, o que antes era inteiramente liberado e até incentivado, e tornou-se mais tarde expressamente proibido em qualquer hipótese, atualmente é uma questão pessoal ou de foro íntimo, na qual os “mestres” das TJ não querem se meter.

10. 5. Temem Assumir o Erro?

À luz da Bíblia (Romanos 14, por exemplo), realmente existem questões de foro íntimo, sobre as quais podemos divergirmos e ao mesmo tempo caminharmos juntos para o Céu. Mas só podem pertencer ao conjunto dessas questões, assuntos

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banais, de somenos importância que, portanto, não implicam na salvação. Quando o assunto é de vida ou morte, isto é, de salvação ou perdição, não podemos transigir com quem quer que seja, sob pena de sermos condenados. Os líderes das TJ também pensam assim, já que desassociam da agremiação religiosa deles, os que persistirem na prática do roubo, do adultério, do homossexualismo, do homicídio etc. Ora, o fato de os líderes das TJ permitirem atualmente que seus concrentes ingressem no militarismo, prova que eles já não vêem mais este assunto, como pecado contra Deus. E, assim sendo, deviam pedir perdão às TJ que foram torturadas e trucidadas nos países que não concedem isenção do serviço militar.

10. 6. Quem é o Assassino?

Porque os militares às vezes têm que matar, quer em defesa da soberania nacional, quer para manutenção da ordem pública, os instrutores das TJ fizeram ecoar em todos os rincões do mundo que os evangélicos e outros religiosos estão manchados de sangue, como já sabemos. Nós ouvimos as TJ dizerem repetidas vezes que nossas igrejas são do Diabo, visto que não excluímos do rol de membros das mesmas, aqueles que dentre nós se tornam bravos policiais, chegando mesmo a executar a tiros os que, à mão armada, reagem à voz de prisão. Todavia, podemos apanhá-los em seus próprios argumentos, considerando que se assim é, pelo menos até à década de quarenta do século vinte, ainda não existia no mundo a religião verdadeira, já que até então, eles também não faziam carga alguma contra o serviço militar. Teríamos que admitir então que eles eram do Diabo; depois deixaram de ser de Satanás durante um período aproximado de 50 anos; e que, a partir de 1.996, eles passaram a ser metade de Deus e metade do Diabo, posto que, desde então, eles aceitam o serviço militar com restrições.

Mesmo enquanto os chefes das TJ pregavam que o cristão não pode ser militar, baseando essa doutrina no fato de Deus haver dito “não matarás”, eles pronunciaram favoráveis à pena capital, chegando mesmo a dizer que a falta da pena de morte é o motivo do aumento da violência e do crime, como se pode ver em A Sentinela, 01/ 02/ 1973, página 96. Ora, pronunciar contra o

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serviço militar à base do não matarás, e ao mesmo tempo defender a pena capital, não é discrepante?

CONCLUSÃO DO CAPÍTULO 10

A insegurança com que as TJ tratam da questão militar, prova que não merecem crédito. Afinal de contas, é ou não é pecado ser militar? E quem são as autoridades de Rm 13.1-8? São Jeová e Seu Filho Jesus Cristo? Ou são os governantes deste mundo?

Estude, pesquise e tire suas próprias conclusões. Se estas não coincidirem com as dos líderes das TJ, não traia a sua consciência! Seja você mesmo! Tenha personalidade! Liberte-se! (Jo 8.32).

As considerações que aqui tecemos quanto à postura das TJ em relação ao militarismo, são preliminares, quando comparadas com a nossa obra intitulada As Testemunhas de Jeová e o Militarismo. Se você deseja adquiri-la, queira contatar-nos. Nessa obra mostramos com irrefutáveis argumentos calcados na Bíblia, que as autoridades não pecam contra Deus, quando, no legítimo desempenho de suas funções como guardiãs da ordem e da soberania do Estado, executam os oponentes.

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CAPÍTULO 11

A RESPEITO DO INFERNO

As palavras originais traduzidas por “Inferno” nas nossas Bíblias são quatro:

1ª) Seol. Esta palavra é hebraica e significa “o mundo dos mortos e abismo”;

2ª) Hades. Este vocábulo grego equivale a Seol;

3ª) Geena. Esta palavra grega tem dois significados, sendo um literal e outro figurativo ou simbólico. A definição ao pé da letra é Vale de Hinom, um vale de Jerusalém. E o significado simbólico é lugar de suplício eterno. Corresponde ao lago de fogo onde serão lançados no Dia do Juízo Final o Diabo, os demônios e todos os humanos que se perderem;

4ª) Tártaros. Este termo também é grego e, segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, da Editora Vida, significa “o mais profundo abismo do Hades”;

Os líderes das TJ, no seu inglório afã de provarem a inexistência do Inferno, arranjaram para as palavras Seol, Hades, Geena e Tártaros, “definições” que colidem com a Bíblia e com o bom senso. Na ótica deles, estas palavras não designam lugares, mas sim, condições. Dizem que ir para o Seol ou Hades significa morrer com direito à ressurreição. Concordam que o vocábulo

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Geena possui dois significados, sendo um literal e outro simbólico. Aquiescem que a definição literal desta palavra é Vale de Hinom, um vale de Jerusalém, mas afirmam que a definição simbólica é morrer sem direito à ressurreição.

Quanto ao que dizem da palavra Tártaros, veremos no final deste capítulo.

Da exposição supra, certamente está claro que as TJ crêem que à morte não se vai para o Paraíso Celestial, nem tampouco para o Inferno, mas tão-somente deixa de existir. Afirmam as TJ que dos mortos que voltarão a existir, já que serão ressuscitados, pode-se dizer que estão no Seol ou Hades. E que daqueles que se perderam, isto é, dos que não voltarão à existência, visto que Jeová não pretende ressuscitá-los, pode-se afirmar que estão na Geena. Seol e Hades são, portanto, segundo pensam as TJ, a condição de graça na qual estão os mortos que Jeová, por sua benignidade imerecida, irá ressuscitar. E Geena é o contrário disso. Essa crença levou os líderes das TJ a afirmarem no capítulo 8 do livro intitulado Seja Deus Verdadeiro, o seguinte: “Inferno, Lugar de Descanso em Esperança”.

11.1. Sobre Seol e Hades

11.1.1. Analisando o Seol e o Hades

Dissemos que o que as TJ dizem dos vocábulos originais traduzidos por Inferno nas nossas Bíblias, está errado. Crendo que podemos provar isto, apresentamos os argumentos abaixo:

1º) O Sl 9.17 diz que os ímpios e todas as gentes que se esquecem de Deus serão lançados no Seol. Ora, se Seol é essa maravilha toda, à qual nem todos têm direito, mas somente aqueles a quem Jeová agraciar, tornemo-nos ímpios e esqueçamos de Deus, para que Ele nos agracie também. Ridículo, você não acha?........................................

2º) Segundo Pv 7.27; a casa da adúltera é caminho que conduz ao Seol. Isto seria ilógico se Seol fosse o que as TJ pensam.

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3º) De acordo com Pv 23.13-14, os pais devem educar seus filhos, até mesmo fustigando-os com varas, a fim de livrá-los do Seol. Ora, se Seol fosse a sorte dos agraciados por Deus, porque os pais deveriam se esforçar para livrar seus filhos do Seol? Como sabemos, o verbo “livrar” significa isentar-se de mal ou perigo. E que mal ou perigo haveria no Seol, se as TJ estivessem conceituando-o corretamente?

4º)Tudo que dissemos acima acerca do Seol, pode ser dito a respeito do Hades, pois como já vimos, nós e as TJ concordamos que Seol e Hades são termos equivalentes entre si. Logo, nenhum exemplo precisaria ser dado para demonstrarmos que Hades não é o que as TJ supõem. Contudo, para reforçarmos o que já dissemos em refutação ao que as TJ dizem a respeito do Seol, vejamos Mt 11.23: “E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o Céu? Até o Hades descerás...” Segundo o contexto deste versículo (Mt 11.20-24), os habitantes de Cafarnaum, tão rebeldes quanto os de Corazim e Betsaida, não creram em Cristo mesmo vendo-o, ouvindo-o e presenciando seus estupendos milagres, por cujo motivo Jesus os qualificou como piores do que os habitantes de Tiro, Sidom e Gomorra, os quais foram severamente punidos por Deus, como expressão de Sua justiça. À base disso, Jesus bateu o martelo, asseverando que os cafarnaunenses seriam abatidos até o Hades. Ora, Cristo teria incentivado ao pecado, prometendo retribuir a incredulidade e a desobediência com bênçãos, se o Hades fosse o que as TJ dizem ser. Atentemos para o fato de que o texto em apreço não nos passa a idéia de que os cafarnaunenses iriam para o Hades, apesar do pecado, mas sim, por causa do pecado. Logo, o Hades, neste caso, não pode ser uma coisa boa. Sim, visto que o pecado não pode ser causa de bênçãos. Deus, por Sua bondade, pode até nos abençoar, a pesar dos nossos pecados; mas jamais fará do pecado, motivo de bênção.

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Cristo teria, pois, sido incoerente, se as TJ não estivessem enganadas sobre o que dizem do Hades.

Bem, provamos com sólidos argumentos que o Seol ou Hades não pode ser o que as TJ pensam, mas elas nos retrucam com um argumento tão ardiloso, que tem impressionado muitas pessoas. Trata-se do seguinte: Alegam as TJ que Seol ou Hades não pode significar um lugar de fogaréu, onde os ímpios são atormentados, visto que Jacó, além de crer que José havia ido para esse lugar, afirmou que ele também iria para lá um dia (Gn 37.35); o justo Jó desejou ir para o Seol (Jó 14.13) e o próprio Cristo esteve lá (Sl 16.10; At 2.27; Ef 4.9; 1 Pe 3.18-20). Contudo, esse raciocínio não é tão consistente como aparenta, pois se fundamenta numa falsa base, a saber, as TJ desconhecem o que os compêndios teológicos evangélicos dizem destes vocábulos. A opinião predominante entre os teólogos evangélicos é que Seol ou Hades significa, não um lugar de tormento, mas sim, o mundo dos mortos. É que esse lugar é dividido principalmente em duas partes, sendo uma boa e outra ruim. Do lado ruim ficam os ímpios, e do lado bom ficavam os salvos do Antigo Testamento, os quais, a partir da ascensão de Jesus, passaram a ocupar o Paraíso Celestial (Sl 68.18; Ef 4.8; 2 Co 5.1-9; Fp 1.21-26; Ap 6.9-11; At 7.59 etc.).

A Ilha Grande, distrito de Angra dos Reis – RJ, é um lugar maravilhoso, mas havia lá um presídio de segurança máxima, onde ficavam criminosos de alta periculosidade. Por estes motivos um bandido podia dizer: “Não me levem para a Ilha Grande!” E um turista exclamava: “Passarei as minhas férias na Ilha Grande!”. Tal se dava porque na boca do bandido, a expressão “Ilha Grande” significava o presídio que lá havia. Porém, na concepção do turista, a mesma expressão significa a Ilha Grande em si, com toda a beleza natural que ela ostenta. É por isso que o Sl 9.17 afirma que o Seol é o lugar dos ímpios, enquanto Jacó e Jó referem-se a esse lugar como a sorte dos justos. É que o Sl 9.17 trata do lado ruim do Seol, enquanto Jacó e Jó têm em mente a parte boa desse lugar.

Alguns poucos teólogos, bem como alguns tradutores da Bíblia, pensam que a palavra Seol pode significar sepultura, dependendo do contexto. Este é o motivo pelo qual às vezes Seol é vertido por sepultura em nossas Bíblias em português, como em

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Gn 37.35 e Jó 14.13. Este autor, embora respeite os que pensam assim, não comunga da mesma idéia. Cremos que a razão está com os teólogos que sustentam que o Seol não significa sepultura em hipótese alguma, como o fazem os pastores N. Lawrence Olson e Raimundo F. de Oliveira que, respectivamente asseveram:

“... Embora haja grande diferença de sentido entre a palavra ‘queber’ e a palavra ‘Seol’, certas versões das Escrituras têm feito confusão entre as mesmas... Existe um só ‘Seol’, mas há muitos ‘queberes’... Concluímos... que ‘queber’...significa sepultura, que acolhe o cadáver, enquanto o ‘Seol’ acolhe o espírito do homem...” (O Plano Divino Através dos Séculos, páginas 182-183, 8ª edição de 1.986, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus);

“...É verdade que a palavra hebraica ‘Sheol’ algumas vezes está traduzida como ‘sepultura’ em algumas de nossas Bíblias em português, mas isso se dá por força duma tradução equivocada” (Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos, página 96, 9ª edição de 1.994 – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus).

Que as TJ realmente pregam que o Seol significa uma condição, e não um lugar, pode ser visto à página 96 de Seja Deus Verdadeiro, edição de 1.955, onde seus líderes registraram o seguinte: “... sheol ou ha’des significam a sepultura comum da humanidade, uma CONDIÇÃO onde os humanos, bons e maus, irão descansar na esperança de uma ressurreição sob o reino de Deus” (grifo nosso). Esta transcrição deixa claro que quando as TJ chamam o Seol de “sepultura comum da humanidade” elas não estão se referindo às covas feitas para acolher cadáveres, visto que elas informam textualmente que usam esta expressão com o significado de CONDIÇÃO. Todavia, para que não haja mais dúvida alguma quanto a isso, informamos que são delas estas palavras: “...A palavra hebraica she’óhl e seu equivalente em grego haídes não se referem a um lugar individual de sepultamento...” (Raciocínios à Base das Escrituras, página 191, edição de 1.985).

À página 1.646 da TNM de 1.986, os líderes das TJ fizeram constar “que o Seol é o lugar (não uma condição) que pede ou exige todos sem distinção, ao acolher os mortos da humanidade”.Contudo, essa retratação (ou contradição?) é apenas parcial, já que elas continuam crendo que uma parte dos

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mortos está no Seol, e a outra na Geena. Senão, vejamos: “... Isso não significa que toda pessoa será ressuscitada. A Bíblia mostra que Judas Iscariotes, que traiu a Jesus, não será ressuscitado. Por causa de sua maldade proposital, Judas é chamado de ‘filho da destruição’. (Jo 17.12). Ele foi para a simbólica Geena, da qual não há ressurreição (Mt 23.33). Pessoas que propositalmente praticam o que é mau após conhecerem a vontade de Deus talvez estejam pecando contra seu espírito santo. (Mt 12. 32; Hb 6.4-6; 10.26,27). Contudo, visto que Deus é o Juiz, não há razão para tentarmos descobrir se certas pessoas más do passado ou do presente serão ressuscitadas ou não. DEUS SABE QUEM ESTÁ NO HADES E QUEM ESTÁ NA GEENA...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 171, parágrafo 16, edição de 1.989, grifo nosso).

O título do capítulo 8 de um dos livros das TJ intitulado “Seja Deus Verdadeiro” é: “INFERNO, LUGAR DE DESCANSO EM ESPERANÇA”. Em flagrante contradição, o parágrafo 13 deste capítulo diz: “Mas não estão Satanás ... e seus demônios no Inferno alimentando os fogos e tornando o lugar insuportável para os que se encontram ali? Isto é o que ensina o clero da Cristandade, mas talvez surpreender-se-á ao saber que o Diabo nunca esteve em tal lugar. O servo humano do Diabo, o rei de Babilônia, foi condenado a ir ao Inferno, o Inferno da Bíblia. Mas Satanás, o Diabo, que se fez de si mesmo Lúcifer na sua organização é aquele de quem se fala sob a figura do “rei de Babilônia” nas seguintes palavras: ‘O Inferno desde o profundo se turbou por ti, para te sair ao encontro na sua vinda; despertou por ti os mortos, e todos os príncipes da terra, e fez levantar dos seus tronos a todos os reis das nações’ (Is 14.9 Al). Se o Diabo estivesse ali constantemente, como poderia ter-se turbado o Inferno para recebê-lo? Somente porque, como fala dele profeticamente o verso 15 (Al) ‘levado serás ao Inferno, ao mais profundo do abismo’. É claro, pois, que Satanás ali irá pela primeira vez por ocasião da Batalha do Armagedom para encontrar-se com os mortos. Assim o Inferno, neste caso, corresponde ao abismo onde será lançado e amarrado por mil anos, Ap 20:1-3, 7” (Grifo nosso)

Não discordamos da transcrição acima, pois está em harmonia com as Escrituras Sagradas. Mas podemos ver mais

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uma vez o quanto as TJ são incoerentes, pois enquanto tentam provar que o Seol significa sepultura, e que os mortos não estão, nem no Inferno e nem no Paraíso, mas inconscientes nos sepulcros, dizem que o Inferno (Seol, no original hebraico), do qual nos fala Isaías no capítulo 14, versículo 15, e no qual o Diabo será lançado, é o abismo, do qual nos fala Ap 20.1-3, 7, onde o Diabo estará preso durante mil anos; e que então ele, o Diabo, encontrará lá com os mortos. Ora, se já disseram que o Seol é sepultura e que os mortos estão inconscientes nos túmulos, por que dizem, agora, que o Seol de Isaías 14.15 é o abismo de Ap 20.1-3, 7, onde o Diabo será lançado, e que ao chegar lá ele encontrará com os mortos? Se os mortos estão nos sepulcros, como que o Diabo os encontrará lá no abismo? Aqui as TJ entram num beco sem saída, pois o Seol de Isaías 14.15 não pode ser uma sepultura literal e muito menos “uma condição de esperança, à qual nem todos têm direito, mas somente os que forem contemplado por Deus”, como erroneamente o supõem as TJ.

Talvez as TJ digam que sendo a sepultura algo indesejável, Deus comparou a uma sepultura o lugar onde o Diabo será lançado. Mas, respondam-nos os líderes das TJ: Seol é sepultura, ou é uma “condição de esperança”? Recordamos que em o livro Seja Deus Verdadeiro, cap. 8, § 23, escrevem os líderes das TJ: “Seol ou Hades significam a Sepultura comum da humanidade, uma condição onde os humanos, bons e maus, irão descansar na esperança de uma ressurreição sob o Reino de Deus.” Perguntamos: Então o Diabo irá descansar na esperança de uma ressurreição sob o Reino de Deus?

Os líderes das TJ perceberam que dariam muito na vista se dissessem que o Seol de Is 14.15 é uma “condição de esperança”, porquanto é muito irracional dizer que o Diabo irá “descansar na esperança...”. Igualmente ridículo seria dizer que, neste caso, Seol equivale a sepulcro literal. Por este motivo eles disseram: “Assim, o Inferno, neste caso” (estão querendo dizer que, neste caso, a palavra Seol fugiu à regra), “corresponde ao abismo onde” (o Diabo) “será lançado e amarrado por mil anos”.

Bem, esse emaranhado das TJ nos leva às seguintes conclusões: 1ª) se o Seol é um lugar de descanso, e o Diabo será

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levado para lá durante o Milênio (como a Bíblia o diz e as TJ não negam), então Deus vai dar mil anos de descanso ao Diabo;2ª) se o Seol é uma condição de esperança, onde os mortos agraciados por Deus descansam na esperança de uma ressurreição sob o Reino de Deus (como o querem as TJ), então o Diabo irá morrer e descansar na esperança de uma ressurreição sob o Reino de Deus. Ele (o Diabo) terá, pois, também uma oportunidade de salvação, já que as TJ ensinam que ir para o Seol é morrer com direito à ressurreição para, deste modo, ter uma chance de salvação;3ª) se o Seol é o abismo onde o Diabo estará preso durante o Milênio, como a Bíblia o diz e as TJ não negam, então nós, os evangélicos, estamos certos por acreditarmos que há um lugar literal chamado Seol;4ª) se o Diabo, ao chegar no lugar chamado Seol (como a Bíblia o diz e as TJ não negam), encontrará lá com os mortos, os quais se turbarão com a chegada dele (novamente como a Bíblia o diz as TJ não negam), então os mortos não estão inconscientes nos sepulcros, e sim lúcidos no Seol;5ª) já que o Seol dos líderes das TJ tem mil e uma utilidades, não é razoável dar-lhes crédito, visto saltar aos olhos que eles não estão falando coisa com coisa.

Na realidade, o vocábulo Seol não tem essas definições que os líderes das TJ lhe dão. Mas, aproveitando a deixa, perguntamos: Por que o Seol (ou Hades, como já sabermos) do Sl 9.17; Pv 23.13, 14; Mt 11.23; Gn 37.35 não pode significar também alguma coisa além de “sepultura comum da humanidade”?

O Seol “camaleão” das TJ recebe várias “cores”; menos, porém, a “cor” bíblica, pois o mesmo não está num ambiente cristão.

11.1.2. Localizando o Seol

Teólogo de renome, o Pastor e Missionário N. Lawrence Olson, de saudosa memória, fez constar de seu livro O Plano Divino Através dos Séculos, que Seol nunca significa sepultura, e se localiza “no coração da terra”, “abaixo da terra”, “nas profundezas.” Cremos que o Reverendo Lawrence dispunha de

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razões sobejas para se expressar assim. Vejamos, pois, algumas das muitas passagens bíblicas que, a nosso ver corroboram com a posição defendida pelo Pastor Lawrence.

1ª) A Bíblia diz que o Seol está embaixo, Pv 15.24;

2ª) A Bíblia diz que a sabedoria de Deus é “mais profunda” do que o Seol, Jó 11.8. Sendo portador de tão excelsa sabedoria, certamente só o mais profundo dos abismos serviria para ser contrastado com Sua sabedoria. Obviamente não seria razoável dizer que Deus é tão sábio, que Sua sabedoria é mais profunda do que um buraco de sete palmos de profundidade. Sim, pois que maravilha haveria nisso? Se assim fosse, nem tão profunda seria Sua sabedoria;

3ª) Provérbios 9.18 nos fala das “profundezas do Seol”;

4ª) Em Nm 16.30,33 somos informados acerca de alguns murmuradores que “desceram vivos ao Seol.” Ora, se ir para o Seol significasse simplesmente a condição na qual estão os mortos que Deus pretende ressuscitar, como poderia alguém descer vivo ao Seol? Como descer vivo à condição de morto? Aliás, que haveria de estupendo nisso, digno de nota, já que, naturalmente, só os vivos podem morrer? Quem não sabe que só os vivos podem morrer? Logo, este texto também confirma que o Seol está embaixo;

5ª) Em Am 9.2 encontramos Deus asseverando que o homem não se furta ao Seu juízo, nestes termos: “Ainda que cavem até ao Inferno” (Seol no original), “a minha mão os tirará dali...” Ora, como cavar até o Seol, se Seol fosse sepultura? Cavar a sepultura é possível, mas cavar até à sepultura é inadmissível, visto que a sepultura não fica oculta no interior da terra, já que vai do solo ao fundo da cova. De igual modo, não se poderia cavar até ao Seol se este fosse uma condição. Como cavar até a uma condição? Deste modo, o texto em apreço também ratifica que o seol está embaixo e que é um lugar literal;

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6ª) O apóstolo Paulo disse que Cristo “desceu às partes mais baixas da terra”. Obviamente não se refere aqui à sepultura, já que todos nós conhecemos depressões bem mais profundas. A TNM tenta esconder isto, vertendo este versículo assim: “...desceu às regiões mais baixas, isto é, à terra?”. Assim esconde-se dos que não têm acesso ao original, que Cristo desceu ao lado bom do Hades, onde fez companhia ao ex-ladrão, durante três dias, conforme prometera em Lc 2.43. Deste modo a TNM dá mais um exemplo de fraude. Felizmente, a grande maioria dos tradutores da Bíblia mantém que Cristo desceu às partes mais baixas da terra, retendo a idéia de que a alma de Jesus desceu ao mundo dos mortos. Cremos que os seis exemplos acima apreciados, provam cabalmente que o Seol está embaixo. Ora, sabemos que a Terra, além de ser relativamente redonda, paira no Espaço, o que nos impossibilita de determinarmos os seus lados superiores e inferiores, senão arbitrariamente. Portanto, se o Seol está embaixo, sua localização não pode ser, senão o centro da Terra. Este está sempre embaixo, na ótica dos que estão no solo. A localização do Seol ou Hades, não é relevante, visto não possuir valor salvífico. Contudo, se é tema bíblico, não é supérfluo; sendo, pois, um assunto digno da nossa atenção. No nosso caso, este assunto só é abordado aqui porque cremos que os trechos bíblicos que falam de sua localização provam que ele é literal, não sendo, pois, uma condição em hipótese alguma.

11.2. A Respeito da Geena

Como já sabemos, a palavra original traduzida por “Inferno” em Mt 23.33, é Geena. Jesus asseverou que só Deus pode lançar na Geena (Lc 12.4-5; Mt 10.28). As TJ dizem que por ser Deus o único juiz, não cabe a nós apontarmos quem está ou não na Geena. E acrescentam que os mortos para os quais não há mais esperança de salvação, como Judas Iscariotes, os que blasfemaram contra o Espírito Santo e outros, estão na Geena. E, como já sabemos, estar na Geena é, na opinião delas, estar morto sem direito à ressurreição. Porém, Jesus disse em Mt 12.36 que no Dia do Juízo os homens terão que

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prestar conta de todas as suas palavras frívolas. Isto, comparado com o versículo 32 que nos diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável, nos permite compreender que os que blasfemaram contra o Espírito Santo, terão que responder por seus atos. E, se terão que responder por seus atos, então vão existir, já que um ser inexistente não pode ser responsabilizado por coisa alguma. Ora, se existisse a Geena das TJ, o morto que blasfemara contra o Espírito Santo, estaria na tal Geena inevitavelmente. Mas, por dizer Jesus que todos vão responder por suas palavras fúteis (o que inclui a blasfêmia contra o Espírito), salta aos olhos que não há ninguém extinto uma vez por todas, como pregam os líderes das TJ; o que prova cabalmente que o vocábulo Geena não significa o que as TJ pensam. O ex-TJ Aldo Menezes, nos falou pessoalmente, e depois ratificou à página 258 de seu livro intitulado Porque Abandonei as Testemunhas de Jeová, 1ª edição de 2002, Editora Vida, que as TJ crêem que ao morrer, os injustos vão para o Seol, ao passo que os iníquos (ímpios nas Bíblias evangélicas), vão para a Geena. Se as TJ confirmarem esta afirmação, podemos citar novamente o Sl 9.17, para demolir mais um castelo de areia dessa seita. É que este texto bíblico promete o Seol aos iníquos. Veja, pois, o Sl 9.17 na TNM. Ora, se todos os que foram para o Seol serão ressuscitados, e os iníquos estão no Seol, então eles também ressuscitarão. Além disso, o Corpo Governante precisa voltar a pregar que o povo de Sodoma destruído por Deus numa chuva de fogo, há de ressuscitar, já que a Bíblia afirma que os cafarnaunenses, declarados por Cristo como piores do que os sodomitas, ressuscitarão, visto ter dito o Senhor que eles (os cafarnaunenses) foram para o Hades, como já vimos. E relembramos que ir para o Hades é, segundo o Corpo Governante, o mesmo que morrer com direito à ressurreição. Em Jo 5.28,29 podemos ler o que se segue: “...todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” Se alguns dos mortos estão na Geena das TJ, por que diz então a Bíblia que todos os que estão nos sepulcros ouvirão ao voz do Senhor Jesus e sairão; sendo que uns, para a vida, e outros para a condenação? Isto prova que a ressurreição é para todos.

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As TJ com as quis este autor tem dialogado “refutam” este argumento que acabamos de apresentar da seguinte maneira (falamos com nossas palavras): “A Bíblia não está dizendo que todos os mortos ressuscitarão, mas sim, que ‘todos os que estão nos sepulcros memoriais sairão’. A palavra ‘memoriais’, indica que estes mortos estão na memória de Jeová, isto é, Jeová não se esqueceu deles. Isto significa que eles não estão na Geena, mas no Hades ou Seol”. Porém, este sofisma é facilmente detectável e refutável pelas seguintes razões:

1ª)A única “bíblia” que contém a palavra memoriais em Jo 5.28 é a das TJ. Consultamos várias versões e não encontramos esta palavra em nenhuma delas. A palavra original (gr) traduzida por túmulos memoriais na TNM é mnemeion. Esta traduçãozinha barata nada mais é que o cúmulo do absurdo exegético e da tradução descabida;

2ª) ‘Túmulo memorial’ não existe em português. mnemo é, de fato, prefixo grego de lembrança, mas como substantivo não tem nada a ver com o que as TJ supõem;

3ª)A palavra mnemeion, muda de significado de acordo com a frase, podendo significar lembrança, urna com restos mortais ou sepulcros. No caso em lide, significa sepulcro e nada mais. Aliás, qual é o túmulo que não é memorial?;

4ª)Se mnemeion fosse o que as TJ disseram acima, o mesmo seria, então, a referida e suposta condição de esperança, à qual, segundo crêem elas, nem todos têm direito, que elas dizem ser o mesmo que Hades ou seol, isto é, estar morto na esperança da ressurreição, como já sabemos. Logo, não seria um lugar individual de sepultamento, como elas mesmas já definiram os vocábulos Seol e hades, como já vimos. Porém, como conciliarmos isto com Mt 27.52,53 onde mnemeion se abrem literalmente? Como abrir ao pé da letra, uma condição de esperança? Porventura, é possível abrir literalmente a memória de Jeová? Será que não está claro que os mnemeion de Mt 25.52, 53 são sepulcros literais, e não a suposta condição de esperança com a qual Deus teria contemplado os

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mortos por Ele agraciados com a promessa da ressurreição, como o supõem as TJ? Este argumento torna-se mais forte ainda, quando consideramos que as Tj, baseando-se na sua TNM (que traduz erradamente os versículos 52 e 53 de Mt 25), não crêem que tenha ocorrido a ressurreição de alguns dos santos mencionados em Mt 25. 52-53. Elas crêem que houve um terremoto, sob cujo impacto os corpos dos santos que jaziam mortos, foram expostos. Não concordamos com esse argumento, naturalmente. Porém, não estamos, por enquanto, discutindo se houve ou não ressurreição. Por hora queremos apenas deixar claro que à luz de Mt 25. 52-53, mnemeion é sepulcro ao pé da letra. Não há nada figurativo aqui. Deste argumento as TJ não podem discordar, visto que embora elas divirjam de nós quanto a ressurreição dos mortos aqui considerados, concordam, entretanto, que os sepulcros abertos com o terremoto são túmulos literais. Deste modo acabamos de provar que mnemeion não é o que as TJ pensam. Para chegarmos a esta conclusão, usamos o próprio raciocínio delas. Elas também crêem assim.

11.3. A Respeito do Tártaro Pregam os líderes das TJ que Tártaros também não é um

lugar; antes refere-se à condição rebaixada ou decaída na qual estão os demônios (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra, página 95, parágrafo 12). Dizem que 2 Pe 2.4, que afirma que os anjos que pecaram estão no Tártaros, prova isso, já que eles, embora presos no Tártaros, estão soltos por aí, como o atestam outros textos correlatos. Esse argumento seria irrefutável, se as TJ pudessem provar que os anjos que estão retidos no Tártaros fossem os demônios que zanzam por aí. Mas, o fato de não haver um só dicionário grego-português que defina Tártaros à moda TJ, somado à realidade de que os trechos bíblicos que falam dos anjos que estão encarcerados no Tártaros, ao lado dos que descrevem os demônios soltos na Terra, podem tão-somente constituir-se em prova de que os anjos rebeldes mencionados em 2 Pe 2.4, e os demônios, são distintos, isto é, um não é o outro, torna-se infundado o parecer dos líderes das TJ.

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Para se certificar que de fato as TJ pregam o que dissemos acima, basta consultar o livro delas intitulado Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 76-89, 166-172.

Os líderes das TJ julgam facílimo provar que o Inferno, como um lugar de tormento, não existe, dizendo que Seol, Hades, Geena e Tártaros são apenas condições. Contudo, vimos que essa doutrina não resiste a um confronto com as Escrituras.

O que as TJ dizem sobre o Inferno está mais bem refutado na nossa obra intitulada As Testemunhas de Jeová e o Inferno. Se você deseja adquiri-la para aprofundar seus conhecimentos sobre este assunto, queira contatar-nos.

11.4. Justificando o Inferno

Como vimos na INTRODUÇÃO deste livro, as TJ afirmam que pregar a existência do Inferno como lugar de tormento eterno, desonra o Deus amoroso. Porém, a verdade é diametralmente oposta. A severa punição eterna, aplicada sobre o pecado, por si só demonstra quão hediondo crime o pecado é; o que, por sua vez testifica da magnitude tanto de Deus como de Sua Lei. Sim, isto exibe com naturalidade a magnificência de Deus, cuja Lei justa, santa e boa não pode ser ultrajada sem horríveis conseqüências. O pecado, por ser contra Deus, o qual é infinito em todos os Seus atributos: justiça, santidade, bondade, etc., é um crime de hediondez infinita que reclama punição infinda. A extinção do Diabo, dos demônios e dos homens que se perderem, seria algum tipo de misericórdia e afrouxamento da justiça divina, o que só ocorrerá no dia em que Deus deixar de ser Deus. Mas, como Deus é Deus de eternidade a eternidade (Sl 90.2), o fogo que se acendeu na ira (Dt 32.22) jamais apagará; o que perpetua infinitamente o tormento dos perdidos. Lembremo-nos que o “juízo será sem misericórdia” (Tg 2.13).

No livro intitulado SEJA DEUS VERDADEIRO, as TJ afirmam que a crença na existência do Inferno é contrária às Escrituras Sagradas, oposto ao amor de Deus e repugnante à justiça. Contudo, já vimos que elas tiveram que redefinir as palavras Seol, Hades, Geena, Tártaro e Mnemeion, dando a estes vocábulos significados que quando não colidem entre si mesmos, chocam frontalmente com a Bíblia, com o

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bom senso e com a gramática dos idiomas de origem destes vocábulos, o que é indício de fraude.

O tormento eterno não é contrário à Bíblia, mas sim à consciência cauterizada (1 Tm 4.2) dos homens naturais que, por isso mesmo, não podem compreender as coisas do Espírito de Deus, por lhes parecerem loucura (1 Co 2.14).

As TJ crêem que Deus fará justiça punindo o pecado. O que elas não admitem é que a punição seja tão severa. Todavia, o castigo do pecado terá a duração que Deus julgar necessária, e não a que gostaríamos que tivesse. Não nos deve causar estranheza o fato de os padrões da justiça divina não coadunarem com os nosso pontos de vista.

Quanto a alegação das TJ de que o tormento eterno é oposto ao amor de Deus, respondemos que Deus preferiu nos dar Seu Filho Unigênito para nos livrar de perecermos no Inferno, a diminuir os castigo devido ao pecado. A eternidade da pena do pecado santifica o nome de Deus, pois evidencia que Ele não compactuou com o pecado, deixando de puni-lo a altura de seus méritos. Deus não precisa afrouxar a pena do pecado para demonstrar o Seu amor por nós, visto que o Seu infinito amor já se descortinou no Calvário (Rm 5.8).

Os horrores do tormento eterno provam o valor do sacrifício de Jesus. A grandeza de um livramento é proporcional ao perigo do qual se livrou. São os livramentos das grandes catástrofes que nos deixam grandemente emocionados. Quando nos livramos de um pequeno inconveniente, não nos emocionamos muito. Assim podemos perceber quão grande é o livramento que Jesus nos deu! Ele nos livrou dos horrores eternos! Logo, infinito é o valor do seu sacrifício por nós. O sacrifício é infinito porque o sacrificado infinito é, pois se trata do sacrifício do Deus-Homem. Este sacrifício infinito se fez necessário porque a pena é infinita. A pena é infinita porque o pecado é crime infinito. E o pecado é crime infinito porque infinito é o Deus contra o qual se pecou. Este Deus, por ser infinitamente

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justo, lavrou uma sentença infinita. E por ser infinitamente bom, provê salvação infinita, através do sacrifício infinito, a todos os que arrependidos aceitam a graça infinita. Deste modo, o sacrifício infinito prova que a pena é infinita, pois do contrário seria desperdício. E a pena infinita prova a magnitude do sacrifício, pois doutro modo seria insuficiente, isto é, por não ser correspondente, não substituiria o pecador; e, portanto, não quitaria a dívida contraída por nós.

Do exposto neste capítulo, o Inferno está justificado, Deus não é desonrado por isto, Jesus é exaltado, e as heresias dos líderes das TJ são desmascaradas.

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CAPÍTULO 12

A RESPEITO DA ALMA

Enquanto considerávamos o parecer das TJ acerca do Inferno, vimos claramente que elas crêem que a alma humana não sobrevive à morte do corpo. O porquê disso é que as TJ não crêem que o homem “tem” uma alma, e sim, que ele “é” uma alma. Nós, porém, cremos que o homem, além de ser uma alma vivente, o seu verdadeiro “eu”, também (e principalmente) chamado alma, é imortal e que, portanto, sobrevive à morte do corpo. O presente capítulo, versando sobre a imortalidade da alma humana, é um complemento do que dissemos no capítulo anterior, a respeito do Inferno. Quando se prova biblicamente que o Seol é um lugar, fica subentendida a imortalidade da alma. Visto que o Seol (ou Hades) seria supérfluo se não existissem almas para ocupá-lo. Por outro lado, quando provamos à luz da Bíblia que a alma é imortal, somos impelidos a crer na existência do Inferno e do Paraíso Celestial. Deste modo, o presente capítulo ratifica o anterior, e a recíproca é verdadeira.

Devido ao exíguo espaço que aqui reservamos para este tema, vamos considerá-lo sucintamente. Dividimos este capítulo em quatro partes, nas quais consideramos, respectivamente, o que disseram a respeito deste assunto, o apóstolo Paulo, o Senhor Jesus, e o Patriarca Jacó. Por último vamos comentar resumidamente alguns dos textos bíblicos distorcidos pelas TJ em seu inglório afã de “provarem” que a imortalidade da alma humana é crença pagã.

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12. 1. Que Disse o Apóstolo Paulo

12. 1. 1. Aos Filipenses

Em Filipenses 1.21-26, lemos: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, por que isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé, para que a vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”. (ARC – Almeida Revista e Corrigida).

Agora, passemos à interpretação da transcrição acima. No versículo 21 o apóstolo Paulo apresenta o seu conceito acerca da vida. Na opinião dele viver é estar em Cristo. A seguir ele mostra que na sua opinião, a morte, para o salvo, não representa nenhuma derrota, sendo até vantajosa. No versículo 22 ele chama o não morrer de viver na carne, e assegura que se isso lhe concedesse a oportunidade de produzir frutos, isto é, a oportunidade de fazer obra maior em prol do Reino de Deus, ele ficaria sem saber o que escolher. Ora, se o NÃO MORRER, ele chama de VIVER NA CARNE, naturalmente, o morrer é, obrigatoriamente, o contrário disso. E o contrário de VIVER NA CARNE, só pode ser VIVER FORA DA CARNE. O contrário de viver é morrer, mas o contrário de viver dentro duma certa casa, não é morrer, mas sim, viver fora dela. A seguir Paulo diz que estava em aperto de ambos os lados, mas que desejava “partir para estar com Cristo”, por ser isto muito melhor. Depois da opção registrada no versículo 23, ele volta atrás no versículo 24, e decide por “ficar na carne”, o que equivale a dizer: NÃO FICAR FORA DA CARNE, como já vimos. Ora, é fácil vermos que o apóstolo rotula o não morrer de “VIVER NA CARNE” e “FICAR NA CARNE”. E, à morte, ele chama de “PARTIR” e “ESTAR COM CRISTO”. Finalmente ele deixa bem transparente que o que ele chama de PARTIR E ESTAR COM CRISTO, não era uma referência ao arrebatamento da Igreja. Senão vejamos: No versículo 25 ele

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garante que não ia partir, e sim, ficar e permanecer com os irmãos, para proveito deles e gozo da fé. Porventura daquele que não subir no dia do arrebatamento se poderá dizer que ele ficou para proveito dos irmãos e gozo da fé? Além disso, se Paulo estivesse se referindo ao arrebatamento da Igreja, ele teria mentido, pois já morreu e, portanto não permaneceu conosco. Cadê ele? Se ele não estivesse, neste texto, se referindo à morte e à vida quando disse que não sabia o que escolher entre viver na carne ou partir; bem como a não morrer tão cedo, quando disse que optou por ficar na carne, e que, portanto sabia que ia ficar, ele teria mentido, pois morreu e, portanto, partiu.

As TJ crêem que o apóstolo Paulo ressuscitou em 1.918 e que ele estava falando disso. Porém, isto só estaria certo se ele tivesse vivido até 1.918 e então sido arrebatado ao Céu, sem passar pela morte. A esta conclusão chegarão se derem-se ao trabalho de raciocinar.

Aqui caem por terra, tanto a opinião dos adventistas que, pregando o que eles chamam de “sono da alma”, negam a existência consciente da alma entre a morte e a ressurreição, quanto a das TJ que, embora negando a imortalidade da alma no Período Intermediário, crêem que Paulo estava aspirando morar no Céu com Cristo, e que isto ocorreu a partir de 1.918.

Depois do que já dissemos a respeito do texto em lide, ainda nos resta considerarmos o versículo 26, no qual Paulo, depois de dizer nos versículos 24 e 25 que julgava mais necessário por amor aos irmãos ficar na carne, e que, por conseguinte, sabia que ia ficar, diz, no versículo 26 o objetivo disto: “Para que vossa glória abunde por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós”. Está claro que o apóstolo Paulo está se referindo aí, a não morrer tão cedo, mas “FICAR” com eles por mais algum tempo, visitá-los novamente e deste modo contribuir para que a glória dos irmãos abundasse por seu intermédio, em Cristo Jesus. Assim o texto transcrito e analisado neste tópico prova cabalmente que Paulo chamou a morte de “partir para estar com Cristo”, o que prova que ele acreditava na realidade duma existência consciente entre a morte e a ressurreição.

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12. 1. 2. Aos Coríntios

12. 1. 2. 1. Primeira pronunciação

“Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação que é do céu, se é que, estando vestidos, não formos achados nus. Porque na verdade nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu como penhor o Espírito Santo. Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor (porque andamos por fé, e não por vista); temos bom ânimo, mas desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor”. (2 Co 5.1-8 - Versão Revisada).

No versículo 1 o apóstolo Paulo chama o nosso corpo de “casa terrestre deste tabernáculo” e assegura que se ele se desfizer, receberemos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos (isto é, não desta criação, ou seja, não feita pelo homem), diz que este edifício é uma casa eterna, e ainda dá o seu endereço: ela está nos Céus. Ora, quando é que a “casa terrestre deste tabernáculo se” desfaz? Porventura não é quando se morre? Paulo não está aqui se referindo ao arrebatamento da Igreja, visto que no dia do arrebatamento os nossos corpos não serão destruídos, já que subiremos ao Céu em corpo, alma e espírito. Os corpos dos cristãos que estiverem vivos quando do arrebatamento da Igreja, não serão destruídos, mas sim, transformados (1 Ts 4.13-17; 1 Co 15.51,52). Sem dúvida alguma, o apóstolo Paulo estava se referindo à morte, quando escreveu ensinando acerca das conseqüências da destruição da “casa terrestre deste tabernáculo”.

Nos versículos 2-5 o apóstolo confessa que nós gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação que é do Céu, e acrescenta que foi Deus, o qual nos deu o penhor do Espírito Santo, quem nos preparou para isto.

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No versículo 6 ele diz que enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor. Daí podemos deduzir que quando não estivermos presentes no corpo, estaremos na presença do Senhor. Perguntamos: Que é estar presente no corpo? Não é o estar vivo? Se sim, quando estivermos ausentes do corpo, ou seja, quando morrermos, estaremos presentes com o Senhor. Isto é óbvio porque se “enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor”, necessariamente, quando não estivermos presentes no corpo, estaremos presentes com o Senhor. Claro como a luz do dia.

No versículo 7 Paulo abre parênteses para explicar o porquê dele haver dito que enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor. O porquê disso é: “andamos por fé e não por vista”. Ora, do fato do apóstolo afirmar que enquanto estivermos presentes no corpo (isto é, enquanto não morrermos como já vimos), estaremos ausentes do Senhor, se subentende que quando estivermos ausentes do corpo, estaremos presentes com o Senhor. E o fato dele haver dito entre parênteses, que o motivo pelo qual ele disse que enquanto estamos no corpo estamos ausentes do Senhor é “porque andamos por fé e não por vista”, revela que quando estivermos ausentes do corpo, deixaremos de andar por fé, e passaremos a andar por vista, ou seja, então veremos as coisas nas quais agora apenas cremos. Isto fala de existência consciente, e que os mortos estão com suas faculdades mentais em perfeito funcionamento. O apóstolo não poderia dizer que quando um cristão morre, deixa de andar por fé e passa a andar por vista, se o nosso verdadeiro “eu” não sobrevivesse à morte do corpo.

Finalmente chegamos ao versículo 8, onde Paulo diz sem rodeios que desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. Ora, o que é “estar ausentes deste corpo”, ou “deixar este corpo”, como o diz a *ARC, “para estar presente com o Senhor?” Já vimos, enquanto estudávamos juntos o versículo 1, que ao arrebatamento, não deixaremos os nossos corpos. Logo o apóstolo estava se referindo à morte, quando diz que desejava deixar o corpo para habitar com o Senhor. É possível raciocinar e chegar a uma conclusão contrária?

Argumentar provando que o apóstolo Paulo não estava fazendo menção do arrebatamento da Igreja, realmente serve

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para aclarar o texto para as TJ, pois embora diferentemente de nós, os evangélicos, elas crêem que Jesus veio em 1.914 e que quatro anos após Jeová começou a arrebatar a Igreja (que para elas são os 144.000) ao Céu. Elas crêem que todos os que pertenciam aos 144.000 e haviam morrido até 1.918, foram naquele ano, ressuscitados e levados para o Céu. E que os que pertencem a este grupo mas estavam e/ou estão vivos neste mundo, tão logo morrem, são ressuscitados invisivelmente e transportados para o Céu. Assim sendo, elas crêem também num certo tipo de arrebatamento.

Mais uma vez lembramos que os argumentos refutatórios à crença das TJ sobre a alma, serve para os adventistas; pois o ensino esposado por estes, quanto ao estado da alma entre a morte e a ressurreição, só difere do das TJ, no nome. As TJ chamam de morte da alma, o que os adventistas chamam de sono da alma.

12. 1. 2. 2. Segunda pronunciação

“Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo não sei, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe) foi arrebatado até o terceiro céu. Sim, conheço o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei: Deus o sabe), que foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. Desse tal me gloriarei, mas de mim mesmo não me gloriei, senão nas minhas fraquezas. Pois, se quiser gloriar-me, não serei insensato, porque direi a verdade; mas abstenho-me, para que ninguém pense de mim além daquilo que em mim vê ou de mim ouve.

E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exaltasse demais; acerca do qual três vezes roguei ao Senhor que o afastasse de mim” (2 Co 12.2-8 – Versão Revisada).

Explicação: Esta referência (2 Co 12.2-8) é mais que suficiente para provar por si só que o homem possui um espírito e que este pode viver dentro ou fora do corpo. Assim sendo, fica claro que o espírito do homem sobrevive à morte do corpo, pois ele (o espírito) não depende do corpo para existir

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conscientemente. O que nos leva a fazer esta afirmação, é o fato de o apóstolo Paulo dizer que ele havia sido arrebatado ao Paraíso, mas que ignorava se este arrebatamento havia sido no corpo, ou se fora dele. Ora, o que é ser arrebatado no corpo? E o que é ser arrebatado fora do corpo? Ser arrebatado no corpo significa ter experiências iguais às que tiveram Enoque (Gn 5.24; Hb 11.5), Elias (2 Re 2.1,11), Jesus (At 1.9) e Filipe (At 8.39,40). E ser arrebatado fora do corpo, é ser arrebatado em espírito, e significa ter experiências similares às que tiveram Ezequiel (Ez 8.3) e João (Ap 1.10). Sendo assim, o espírito humano pode sair do corpo, ir a um determinado lugar, retornar ao corpo e ainda conservar lembranças do lugar visitado. Alguém talvez objete, alegando que o arrebatamento no corpo pode ser apenas um estado de êxtase, que permite ao arrebatado ter a impressão de que subiu ao Céu, quando na verdade, não saiu do planeta Terra. Esta objeção é correta, pois realmente existe o “arrebatamento de sentidos” (At 10.10 – ARC). Mas, no que diz respeito ao arrebatamento fora do corpo, sem dúvida se refere ao ato do espírito sair do corpo e voar ao lugar determinado por Deus. Então, embora possamos admitir que ser arrebatado no corpo não seja, necessariamente, ter experiência similar às que tiveram Enoque, Elias, Jesus e Felipe, ser arrebatado fora do corpo implica em que o espírito se separe do corpo. E isto prova que o homem tem seu lado espiritual; e que este constitui o nosso verdadeiro “EU”; e que o mesmo pode existir conscientemente à parte do corpo, não dependendo deste, portanto, para viver, e que, por conseguinte, sobrevive à morte.

Certo senhor TJ, disse-nos que “é errado pregarmos a imortalidade do espírito à luz de 2 Co 12.2-8, porque nesta passagem bíblica, o apóstolo Paulo não diz que ele foi arrebatado ao Paraíso fora do corpo. O que Paulo diz aí”, disse-nos, “é que ele não sabia se tal arrebatamento havia sido ou não fora do corpo. Ora, se Paulo não sabia se o referido arrebatamento se deu ou não no corpo, como dizermos que este texto prova que é possível ser arrebatado fora do corpo?” Respondemos dizendo-lhe que nisto está a maravilha. Se o apóstolo não sabia se tal arrebatamento se deu no corpo ou fora dele, é porque ele admitia ambas as possibilidades. Se ele admitia ambas as possibilidades, então é possível ser arrebatado fora do corpo. E se é possível ser

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arrebatado fora do corpo, só nos resta sabermos o que é isto. E o que é isto, senão o desprender-se o espírito do corpo e voar?

Embora o trecho bíblico aqui estudado não esteja tratando da imortalidade ou não da alma, é importante que o consideremos, pois o mesmo pelo menos prova que as TJ estão equivocadas por negarem que a alma humana é uma entidade pessoal, que pode existir conscientemente à parte da matéria.

12. 2. Que Disse Jesus

“... Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43 – Versão Revisada)

Este versículo é a resposta de Jesus ao ladrão penitente que suplicava a misericórdia do Senhor. Esta passagem bíblica deveria ser mais que suficiente para dirimir as dúvidas de um inquiridor sincero, quanto à existência de vida consciente no Período Intermediário, ou seja, entre a morte e a ressurreição. Mas as TJ e os Adventistas questionam esta tradução, alegando que este versículo está mal traduzido. Alegam eles que a tradução correta é: “... Deveras eu te digo hoje: Estarás comigo no Paraíso.” Com este “argumento” querem provar que Jesus não disse que o ladrão arrependido estaria consigo naquele mesmo dia no Paraíso; mas sim, que Ele disse ao salteador que este um dia estará no Paraíso, e ainda informou-lhe na hora em que estava a prometer-lhe o Paraíso que esta promessa lhe estava sendo feita naquele dia. Este argumento, cuja finalidade é escudar-se da acusação dos que pregam a imortalidade da alma, se fundamenta no fato de que a pontuação é um recurso gramatical relativamente moderno, não constando, portanto, dos manuscritos originais da Bíblia. Este fato é inegável e serve para provar que a tradução das TJ é, pelo menos, uma possibilidade. Mas não resolve o problema, já que a nós também assiste o direito de corrermos com a pontuação a bel-prazer. E a esta altura, surge a seguinte pergunta: De que lado estará a razão? Parece-nos que só o contexto bíblico poderá nos ajudar a tomar partido. Na nossa opinião, é louvável a seguinte tradução: “Deveras eu te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso”. Mas as TJ acham que a única tradução cabível é: “Deveras eu te digo hoje:

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Estarás comigo no Paraíso.” Isto se dá porque as TJ crêem que a alma não sobrevive à morte do corpo. Mas como já vimos e continuaremos a ver, elas estão equivocadas quanto a isto. Logo, a base sobre a qual elas se apóiam, já se desmoronou desde há muito. Deste modo concluímos que a tradução por elas defendida é uma possibilidade gramatical que não resiste a um confronto com o todo das Escrituras, isto é, com o contexto remoto. As TJ precisam saber que a tradução por nós defendida também é uma possibilidade gramatical e que isto nos põe em pé de igualdade com elas. Além disto, saímos vitoriosos quando apelamos para o contexto; pois a menos que o preconceito nos embace a visão, facilmente enxergamos que a imortalidade da alma é doutrina genuinamente bíblica.

12. 3. Que Disse o Patriarca Jacó

“E levantaram-se todos os seus filhos e todas as suas filhas, para o consolarem; ele, porém, recusou ser consolado e disse: Na verdade, com choro hei de descer para meu filho até o Seol. Assim o chorou seu pai”.(Gn 37.35 – Versão Revisada).

A palavra original (hb) transliterada por Seol na Versão Revisada, está traduzida por sepultura na ARC. Claro, é errado traduzir Seol por sepultura. No hebraico, sepultura é QUEBER. Seol significa habitação das almas dos mortos, o mundo dos mortos, abismo. Basta consultar um dicionário hebraico-português para se certificar da autenticidade do que acabamos de afirmar.

Uma das muitas provas que poderíamos dar, de que Seol não é sepultura, é o fato dos tradutores da SEPTUAGINTA não terem traduzido uma única vez QUEBER por HADES e SEOL por MNEMEION. Seol foi invariavelmente traduzido por Hades e QUEBER por MNEMEION.

O FATO DE Jacó dizer que chorando desceria para seu filho até o Seol é, na opinião das TJ, uma prova de que Jacó acreditava que José estava morto e na sepultura (Poderá Viver... capítulo 9, § 5). Mas, segundo Gn 37.33, Jacó não acreditava que José estava na sepultura, mas sim, no ventre de uma besta fera. Não obstante dizia que ia descer para seu filho ao Seol. Isto prova que Jacó não pensava que o Seol fosse sepultura. Se ele não cria que seu filho estava na sepultura, mas no estômago duma besta fera, como

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poderia dizer que iria ao sepulcro encontrar-se com ele? Assim fica claro que os patriarcas acreditavam na imortalidade da alma humana.

12. 4. Textos Prediletos das TJ

Eclesiastes 3.18-22“Disse eu no meu coração: Isso é por causa dos filhos dos

homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os animais. Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os animais; porque tudo é vaidade. Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão. Quem sabe se o espírito dos filhos dos homens vai para cima, e se o espírito dos animais desce para a terra? Pelo que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras; porque esse é o seu quinhão; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?”

É com imenso prazer que informamos às vítimas dos enganos da liderança das TJ que Ec 3.18-22 não diz que o homem é igual aos irracionais, mas sim, que Salomão um dia pensou que o fosse. A frase: “Disse eu no meu coração”, significa: “Eu pensei”. Portanto, Salomão não está dizendo que assim é, mas informando que um dia essa bobagem passou pela cabeça dele, ele pensou isso. Uma prova disso é que o versículo 19 diz que o homem não tem vantagem alguma sobre os animais. Crêem as TJ que elas não terão vantagem alguma sobre os brutos? Se sim, por que são religiosos? Se não, por que não procuram interpretar bem Ec 3.18-22, levando em consideração a frase “Disse eu no meu coração...”, constante do versículo 18? O versículo 22 insinua inclusive que não haverá ressurreição. Crêem nisso as TJ?

Eclesiastes 9.5,6“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não

sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja

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já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”.

As TJ citam este texto para “provarem” que a alma humana é mortal, mas elas precisam saber que este trecho bíblico é uma referência ao lado material do homem. Se assim não fosse, estes versículos e seu contexto seriam um libelo à religiosidade, pois dizem que “... o mesmo sucede ao justo e ao ímpio...”(Ec 9.2) e que não haverá recompensa para os mortos (Ec 9.5). Crêem nisso as TJ? Pensem nisso os sinceros, e deixemos de lorotas.

Ezequiel 18.4“... A alma que pecar, essa morrerá”.As TJ adoram citar esta passagem bíblica para “provarem”

que a alma é mortal. Mas a palavra alma tem vários significados na Bíblia. Por exemplo, em Gênesis 1.21, os répteis são chamados de alma vivente. No versículo 30 deste mesmo capítulo, a vida existente nos animais também é chamada de alma, pois se diz lá que neles há alma vivente. Em Dt 12.20 se diz que “a alma tem desejo de comer carne”.Neste caso, “tua alma” significa “tua pessoa”. A expressão “morra a minha alma” em Nm 23.10 significa “morra a minha pessoa” ou “morra eu”. Em Lv 17.14 o sangue é chamado de alma. Neste caso, “alma” tem sentido figurativo e significa “algo de vital importância”. Os versículos 10-12 de Lv 17 ameaça extirpar de Israel a alma que comesse sangue. Neste caso o vocábulo alma também é figurativo e significa pessoa. Com a palavra alma se dá, no idioma original do Antigo Testamento, algo muito parecido com o que se dá com a palavra “manga”, na língua Portuguesa. Na nossa língua, a palavra manga pode significar o fruto da mangueira, abertura do vestuário por onde se enfiam os braços, e o verbo mangar, sinônimo dos verbos zombar, escarnecer, debochar. O que determina então o valor destas palavras é a estrutura da frase na qual elas aparecerem. Na frase “chupei uma manga extremamente doce”, ninguém pensa tratar-se da manga do paletó. Estas são algumas das informações que os líderes das TJ precisam ter, para pararem de citar textos sem contextos que não passam de pretextos, objetivando “provar” a “ortodoxia” de suas “doutrinas”. Além disso, as TJ precisam saber que segundo a Bíblia, quem não tem Deus consigo está morto (1 Tm 5.6) e sairá

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da morte para a vida (Jo 5.24) quando se converter a Cristo. Logo, este autor já foi uma alma morta, antes de se converter ao Senhor; hoje, porém, é alma viva. Aleluia!

Em Ez 18.4, a palavra “alma” significa pessoa, e pode-se traduzir o texto assim: “... a pessoa que pecar, essa morrerá”.

Uma prova de que estamos certos em nossas conclusões é que além das definições do vocábulo “alma” acima apresentadas, esta palavra aparece em Ap 6.9-11.

Embora saibamos que até o sangue é chamado de alma, na Bíblia, obviamente nesta última referência bíblica a palavra alma não significa sangue. Como dar compridas vestes brancas a uma poça de sangue? E como ordenar ao sangue que se descanse? Assim está provado que neste caso, “alma” não tem sentido figurativo, mas sim, literal.

Salmos 146.3,4“Não confies em príncipes, nem em filho de homem, em

quem não há auxílio. Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele dia perecem os seus pensamentos”.(Versão Revisada).

As TJ concluem que estes versículos também provam que não há consciência após a morte, porém, “perecem os seus pensamentos” significa tão-somente que ao morrer, a pessoa fica impossibilitada de concretizar os seus sonhos para esta vida.

Salmos 6.5“Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol, quem te

louvará?” (Versão Revisada).O que este versículo está dizendo é que os corpos daqueles

cujas almas jazem no Seol, estão inconscientes, e, portanto, impossibilitados de louvarem a Deus? Alguns teólogos entendem assim. Neste caso o texto seria uma alerta a não desperdiçarmos o nosso tempo, visto que quando nossas almas estiverem do lado de lá, mais nada faremos do lado de cá. Uma das provas de que realmente há teólogos interpretando assim, é o fato dos tradutores da A BÍBLIA VIVA, editada pela Editora Mundo Cristão, terem traduzido o versículo em lide assim: “Se eu morrer, quem vai lembrar os homens da tua existência? Morto, não poderei louvar o teu nome diante dos homens!”

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CAPÍTULO 13

O JULGAMENTO, O JUÍZO E O ARMAGEDOM

13. 1. O Dia do Julgamento

Os líderes das TJ ensinam que o dia do julgamento não é o mesmo que o Dia do Juízo. Não queremos entrar no mérito desta questão. Por enquanto queremos tão-somente deixar claro que eles já se revelaram desqualificados para pronunciar a respeito deste assunto. Uma das muitas razões pelas quais pensamos assim, é o fato de que sobre esta questão eles não têm sido menos inseguros e volúveis do que nas demais. Pelo menos três datas diferentes já foram anunciadas pelos guias das TJ, como sendo o início do julgamento das nações. Ei-las:

1ª) O Julgamento das Nações Começou Em 1.914.

Em 1.983 as TJ publicaram o livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, no qual ousaram afirmar que o julgamento das nações já havia começado desde a volta de Cristo. E, como sabemos, elas ensinam que Jesus voltou em 1.914, como vimos no capítulo VI, intitulada A Respeito do Senhor Jesus. Eis a prova: “... Isso dependerá de você sobreviver ou não a um dia de julgamento anterior, a saber, ao atual ‘dia do julgamento’ e da destruição dos homens ímpios. – 2 Pedro 3:7”.

“Sim, desde que Cristo voltou e se sentou no seu trono celestial, toda a humanidade tem estado em julgamento. Este atual ‘dia do julgamento’ vem antes de começar o Dia do Juízo de 1000 anos...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 183, parágrafos 22 e 23. Grifo nosso).

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Não estamos interpretando mal, pois os líderes das TJ confessam que de fato eles criam que o julgamento das nações havia começado em 1.914, como podemos ver em A Sentinela de 15/10/1. 995, página 22, parágrafo 22, onde “explicando” Mt 25.31,32, perguntam: “Aplica-se esta parábola ao tempo em que Jesus se assentou com poder régio em 1.914, como entendíamos por muito tempo?...” (grifo nosso).

2ª) O Julgamento das Nações Começou em 1.935.

Na revista A Sentinela, de 01/08/1. 991, página 11, parágrafo 13, podemos ler: “... Especialmente desde 1.935, Jesus está dividindo a humanidade, separando as ‘ovelhas’ que herdarão o reino preparado [para elas] dos ‘cabritos’, que ‘partirão para o decepamento eterno...’ ”.

3ª) O Julgamento das Nações Ainda Vai Começar.

Em 1.995 os líderes das TJ receberam de Jeová uma “luz” maior do que as “luzes” anteriores, por cujo motivo o julgamento das nações que já tivera dois começos em datas diferentes (1.914 e 1.935, como vimos), passou a ser um evento que ainda está por acontecer. Assim desdisse o Corpo Governante: “... Por muito tempo pensávamos que esta parábola retratava a Jesus assentado como Rei, em 1914, fazendo desde então julgamentos – vida eterna para os que provam ser como ovelhas, e morte permanente para os cabritos. Mas a reconsideração da parábola leva a um entendimento reajustado de quando se aplica e o que ela ilustra... Aplica-se esta parábola ao tempo em que Jesus se assentou com poder régio em 1914, como entendíamos por muito tempo?... No entanto, não há nada que indique que naquela época, ou mesmo desde então, Jesus tenha se assentado para julgar finalmente todas as nações como ovelhas ou cabritos... Em outras palavras, a parábola aponta para o futuro, QUANDO O FILHO DO HOMEM VIER NA SUA GLÓRIA. ELE SE ASSENTARÁ PARA JULGAR AS PESSOAS ENTÃO VIVAS... Portanto, isto significa que ‘assentar-se Jesus no seu trono glorioso’ para julgar, mencionado em Mateus 25:31, aplica-se àquele ponto no futuro... Este entendimento da parábola das

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ovelhas e dos cabritos é futuro...” (A Sentinela, 15/10/1.995, páginas 19, 22 e 23, parágrafos 4, 22, 24--26. Grifo nosso).

13. 2. O Dia do Juízo

Segundo os líderes das TJ, os que forem ressuscitados não terão que prestar contas do que fizeram antes da morte, pois os ressuscitados serão julgados à base do que fizerem após a ressurreição. Porém, o Senhor Jesus disse que “... vem a ora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a sua voz e sairão, os que fizeram boas coisas, para uma ressurreição de vida, os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento”.(Jo 5.28,29 TNM). O Senhor disse fizerAm e não fizerEm. As TJ “refutam” este argumento que acabamos de apresentar da seguinte maneira: “A Bíblia não está dizendo que todos os mortos ressuscitarão, mas sim, que ‘todos os que estão nos sepulcros memoriais sairão’. A palavra ‘memoriais’, indica que estes mortos estão na memória de Jeová, isto é, Jeová não se esqueceu deles. Isto significa que eles não estão na Geena, mas no Hades ou Seol”. Porém, este sofisma é facilmente detectável e refutável pelas seguintes razões:

5ª)A única “bíblia” que contém a palavra memoriais em Jo 5.28 é a das TJ. Consultamos várias versões e não encontramos esta palavra em nenhuma delas. A palavra original (gr) traduzida por túmulos memoriais na TNM é mnemeion. Esta traduçãozinha barata nada mais é que o cúmulo do absurdo exegético e da tradução descabida.

6ª) ‘Túmulo memorial’ não existe em português. mnemo é, de fato, prefixo grego de lembrança, mas como substantivo não tem nada a ver com o que as TJ supõem.

7ª)A palavra mnemeion, muda de significado de acordo com a frase, podendo significar lembrança, urna com restos mortais ou sepulcros. No caso em lide, significa sepulcro e nada mais. Aliás, qual é o túmulo que não é memorial?

8ª)Se mnemeion fosse o que as TJ disseram acima, o mesmo seria, então, a referida e suposta condição de esperança, à qual, segundo crêem elas, nem todos têm direito, que elas

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dizem ser o mesmo que Hades ou seol, isto é, estar morto na esperança da ressurreição, como já sabemos. Logo, não seria um lugar individual de sepultamento, como elas mesmas já definiram os vocábulos Seol e hades, como já vimos. Porém, como conciliarmos isto com Mt 27.52,53 onde mnemeion se abrem literalmente? Como abrir ao pé da letra, uma condição de esperança? Porventura, é possível abrir literalmente a memória de Jeová? Será que não está claro que os mnemeion de Mt 25.52, 53 são sepulcros literais, e não a suposta condição de esperança com a qual Deus teria contemplado os mortos por Ele agraciados com a promessa da ressurreição, como o supõem as TJ? Este argumento torna-se mais forte ainda, quando consideramos que as Tj, baseando-se na sua TNM (que traduz erradamente os versículos 52 e 53 de Mt 25), não crêem que tenha ocorrido a ressurreição de alguns dos santos mencionados em Mt 25. 52-53. Elas crêem que houve um terremoto, sob cujo impacto os corpos dos santos que jaziam mortos, foram expostos. Não concordamos com esse argumento, naturalmente. Porém, não estamos, por enquanto, discutindo se houve ou não ressurreição. Por hora queremos apenas deixar claro que à luz de Mt 25. 52-53, mnemeion é sepulcro ao pé da letra. Não há nada figurativo aqui. Deste argumento as TJ não podem discordar, visto que embora elas divirjam de nós quanto à ressurreição dos mortos aqui considerada, concordam, entretanto, que os sepulcros abertos com o terremoto são túmulos literais. Deste modo acabamos de provar que mnemeion não é o que as TJ pensam. Para chegarmos a esta conclusão, usamos o próprio raciocínio delas, já que, por um descuido, elas também disseram que crêem assim.

Além da passagem bíblica acima citada, muitas outras afirmam categoricamente que os líderes das TJ estão equivocados quanto à “conclusão” que chegaram acerca da base do julgamento. Vejamos abaixo algumas dessas passagens:

“Alegra-te jovem, na tua mocidade, e faça-te bem o teu coração nos dias da tua idade viril, e anda nos caminhos de teu coração e nas coisas vistas pelos teus olhos. Mas sabe que por todos estes o [verdadeiro] Deus te levará a juízo. Portanto, remove de teu coração o vexame e afasta de tua

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carne a calamidade; pois a juventude e o primor da mocidade são vaidades” (Ec 11.9,10 TNM – ênfase acrescentada).“Pois todos nós temos de ser manifestados perante a cadeira de juiz do Cristo, para que cada um receba o seu prêmio pelas coisas feitas por intermédio do corpo, segundo as coisas que praticou, quer boas, quer ruins,” (2 Co 5.10 TNM – grifo nosso).“E eu vi os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se rolos. Mas outro rolo foi aberto; é o rolo da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas escritas nos rolos, segundo as suas ações.” (Ap 20.12 TNM, ênfase acrescentada).“Eu vos digo que de toda declaração sem proveito que os homens fizerem prestarão contas no Dia do Juízo”.(Mt 12.36 TNM).“E ele lhes disse:“Ide a todo o mundo e pregai as boas novas a toda a criação. Quem crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será condenado. (Mc 16.15-16 TNM, ênfase acrescentada).Os textos bíblicos acima transcritos dispensam comentários,

pois dizem por si só que os ressuscitados serão avaliados à base de suas ações passadas, e não à base do que fizerEm no Dia do Juízo, como querem os líderes das TJ. Contudo, os líderes das TJ “explicam” Ap 20.12, acima copiado, dizendo que dos rolos que se abrirão no Dia do Juízo, não constarão os atos que os ressuscitados fizeram antes de morrerem, mas sim, instruções adicionais à Bíblia, as quais serão lidas pelos ressuscitados. Afirmam que tais rolos (ou livros) serão distribuídos aos mortos que forem ressuscitados, a fim de que aprendam os propósitos de Deus.

Dizem ainda que muitos dos ressuscitados serão fiéis às instruções, enquanto outros serão rebeldes. Os fiéis serão declarados justos e usufruirão das delícias do Reino de Jeová para sempre. Os rebeldes, porém, morrerão de novo e, desta vez, sem direito à ressurreição. Já vimos que à luz de Jo 5.28,29 essa “conclusão” está errada, pois lemos aí fizerAm (no passado) e não fizerEm (no futuro). Além disso, afirmar que os ressuscitados que não obedecerem às instruções que receberão no Dia do Juízo,

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morrerão de novo, colide com Hb 9.27 que diz: “E, assim como está reservado aos homens morrer uma vez para sempre, mas depois disso um julgamento”, TNM. Ou como diz a Versão Revisada, de João Ferreira de Almeida: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo”.Assim está claro que os ressuscitados não voltarão a morrer. Os líderes das TJ talvez “argumentem” dizendo que “Ap 20.14 diz que os ressuscitados que não tiverem seus nomes no livro da vida sofrerão a segunda morte”. Mas eles precisam saber que uma vez que a Bíblia não se contradiz, Hb 9.27 trata de um tipo de morte, e Ap 20.14, de outra. No primeiro caso refere-se à morte física; e no segundo, à morte espiritual, que é a eterno banimento da presença de Deus. Sim, segundo a Bíblia não há um só tipo de morte (Ef 2.5; Jo 5.24; 1 Tm 4.6 etc.).

Os líderes das TJ dizem que todas as pessoas deixam de existir conscientemente quando morrem. Dizem também que uns nunca voltarão a existir, pois jamais serão ressuscitados; mas, dos que voltarem a existir conscientemente, ao serem ressuscitados, uns viverão para sempre (os que forem fiéis às instruções durante e após o Dia do Juízo), e outros voltarão a morrer, e dessa vez, sem direito à ressurreição. Segundo eles, essa será a infeliz sorte dos ressuscitados que não forem fiéis durante Dia do Juízo de mil anos, bem como também o triste fim daqueles que, embora tenham sido fiéis durante o Dia do Juízo, cederem depois do Milênio, quando Satanás for solto. Mas, como vimos, aos homens está ordenado morrerem uma só vez. Lc 20.36 também diz isto: “De fato, tampouco podem mais morrer, porque são como os anjos, e são filhos de Deus por serem filhos da ressurreição”.

Realmente, depois do Milênio (não depois do Dia do Juízo), quando Satanás for solto, muitos cederão às tentações (Ap 20.7-10). Porém, a quem tentará o Diabo depois do Milênio? Aos ressuscitados? Não! Pois antes do Milênio só ressuscitarão os salvos, sobre os quais não tem poder a segunda morte (Ap 20.6). Então, a quem tentará o Diabo quando for solto da prisão depois do Milênio? Resposta: Aqueles que não forem arrebatados quando Jesus vier buscar a Igreja, e se converterem durante a Grande Tribulação, e não morrerem nesse período, serão postos à direita de Cristo no Juízo das Nações (este não é o Juízo Final) e

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convidados a receberem o Reino que lhes está preparado desde a fundação do mundo (Mt 25.31-46). Estes (?) e seus descendentes nascidos durante o Milênio, serão tentados como todos hoje somos; e muitos cederão, como muitos hoje cedem.

Dos que nascerem durante o Milênio, e não morrerem nesse período, podemos afirmar que serão tentados por Satanás, quando este for solto (Ap 20.1-3, 7-9). Mas este autor não se sente seguro para dizer o mesmo dos que sobreviverem à grande Tribulação e ingressarem no Milênio, já que, segundo a Bíblia, a morte só será destruída depois do Milênio, no Dia do Juízo Final, no Feliz Estado Eterno, quando Cristo entregar o Reino (1 Co 15.24-26; Ap 20.14). Os vivos que ingressarem no Milênio, terão corpos naturais; portanto, vão plantar, colher, comer, beber, casar-se, gerar filhos, etc. É por isso que Is 11.6-8, fala de meninos no Reino.

Se alguém duvidar que segundo ensinam os líderes das TJ, os ressuscitados não serão julgados à base de suas ações passadas, certifique-se consultando o livro (deles) intitulado Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 175 e 180, parágrafos 3, 13 e 14. Leia também neste mesmo livro, página 181, parágrafos 16 e 17, para se certificar de que realmente as TJ crêem que os rolos (ou livros) mencionados em Ap 20.12, são “algo em adição à nossa atual Bíblia Sagrada. Serão escritos ou livros inspirados que conterão as leis e as instruções de Jeová”, os quais serão lidos pelos mortos ressuscitados, a fim de aprenderem os propósitos de Deus.

O Corpo Governante se “apóia” em várias passagens bíblicas para “provar” que os que ressuscitarem não responderão pelos seus feitos passados. Eis as principais:1ª) “Pois aquele que morreu foi absolvido do [seu] pecado” (Rm 6.7 – TNM). Mas o que este versículo está dizendo é que aquele que morreu para o pecado, isto é, entregou-se a Cristo Jesus, está salvo (Ef 2.8). Para se chegar a esta conclusão, basta não ler o referido texto sem o seu contexto. Leia o capítulo 6 e veja que o mesmo está dizendo que o Cristão “morreu” para o pecado e que, portanto, está absolvido.2ª) “Pois o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23 – TNM). “Baseando-se” aí, o Corpo Governante diz que aquele que morreu já recebeu a sua punição. Portanto, ao ser ressuscitado (se for)

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não terá que responder por pecados já punidos com a morte. Porém, o que esta passagem está dizendo é que embora o pecador esteja morto (perdido, condenado [2 Tm 4.6] ), ele pode ser ressuscitado pela fé em Jesus (Jo 5.2; Cl 3.1). Para vermos isso, basta lermos o versículo seguinte.

Caro leitor, você é livre para examinar a Bíblia e tirar suas próprias conclusões (At 17.11), embora o Corpo Governante tenha dito que você não deve ter “idéias independentes” (A Sentinela, 15/07/83, página 27, parágrafos 19-20). Você não deve segui-los cegamente, pois não são donos da verdade. Eles ignoram até as doutrinas rudimentares da Bíblia. Sim, pois achar que nem todos os mortos serão ressuscitados colide com At 24.15; Fp 2.10; Sl 22.29; Jo 5.28,29; Mt 12.36 etc. E dizer que os ressuscitados não responderão pelos seus feitos passados, contradiz Mc 16.15,16; Jo 5. 28-29 e outros trechos da Bíblia. O Corpo Governante pode ser questionado. Quem não pode? Eles são seres humanos, não?

13. 3. O Armagedom

O Armagedom é, na concepção das TJ, o período catastrófico pelo qual passará a humanidade, quando Deus decidir destruí-la, objetivando fazer da Terra um paraíso. Embora o Senhor Jesus tenha dito que daquele dia e hora só Deus sabe (Mt 24:11), e que não nos “compete saber os tempos e as estações que o Pai reservou à Sua própria autoridade” (AT 1:7 TNM), os líderes das TJ vêm tentando descobrir a data do Armagedom, desde há muito. Até agora eles já fizeram nada menos que sete previsões: 1914, 1918, 1920, 1925, 1941, 1975 e, no máximo a tardar, até o ano 2000. Eis as provas:

1914: “a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso (Ap 16:14), que terminará em 1914 A. D. com a destruição dos atuais reinos da terra já começou”. (Studies in The Scriptures, volume II, página 101. Citado em “Provas Documentais”, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia).

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1918: “...à luz dos textos bíblicos supracitados se prova que a primavera de 1918 trará à cristandade um espasmo de angústias ainda maiores do que as experimentadas no outono de 1914”. (Finished Mystery [The], página 62, edição de 1917. Citado em “Provas Documentais”, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia).“Até certo grau as expectativas da parte dos fiéis de Jeová na terra foram frustradas nos anos de 1914, 1918, 1925, sentindo-se decepcionados por algum tempo”. (Vindicación, Tomo I, página 310. Citado em “Provas Documentais”, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia)

1920: “As repúblicas desaparecerão no outono de 1920...todo reino da terra passará, será tragado pela anarquia. ...nenhum vestígio seu sobreviverá aos estragos da anarquia mundial, todo-abrangente, no outono de 1920...” (Finished Mystery [The], página 258, 542, edição de 1917. Citado em “Provas Documentais”, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia).

1925: Um pouco antes de 1925, as TJ construíram uma mansão, à qual deram o nome de Bet-Sarim (Casa dos Príncipes, em hebraico), para recepcionar Abraão, Isaque, Jacó, Davi e outros servos de Deus do Antigo Testamento que, segundo garantia essa seita, ressuscitariam em 1925 (Salvação, página 276). Senão, vejamos: “...Abraão, Isaque e Jacó ressuscitarão... podemos esperar em 1925 a volta desses homens fiéis de Israel, ressurgindo da morte...Portanto, podemos seguramente esperar que 1925 marcará a volta... de Abraão, Isaque e Jacó...” (Milhões que Agora Vivem Jamais Morrerão, páginas 110 a 112. Citado em “Provas Documentais”, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia).

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1941: para um trabalho mais efetivo nos meses que restam antes do Armagedom.” Watchtower [The], 15/09/1941, página 288, grifo nosso. Citado em “Provas Documentais”, de Esequias Soares da Silva, Editora Candeia).

1975: As Tj criam piamente que o armagedom viria em 1975, porém, dessa vez seus guias foram mais cautelosos, pregando oral e claramente que nesse ano o Armagedom viria, mas escrevendo, segundo nos consta, textos ambíguos, de difícil interpretação.

2000: “... O apóstolo Paulo servia de ponta de lança na atividade missionária cristã. Ele também lançava o alicerce para uma obra que seria terminada em nosso século 20” (A Sentinela, 01/01/ 1989, página 12, grifo nosso).

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CAPÍTULO 14

OS SODOMITAS NÃO, SIM, NÃO... RESSUSCITARÃO

Vimos repetidas vezes que as contradições constituem a marca registrada dos líderes das TJ. E no que diz respeito à ressurreição dos sodomitas, eles não fogem à regra. O confuso título deste capítulo é uma ironia que se inspira neste fato. É que os líderes das TJ disseram em 1.959, no livro Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, página 236, que os habitantes de Sodoma, que por castigo divino, morreram queimados, não seriam ressuscitados. Depois se retrataram em A Sentinela de 15/09/1.965, página 555. Esta retratação está ratificada em Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 179, edição de 1.983. Mas, na edição de 1.989, os guias das TJ receberam mais um Lampejo de Luz e o resultado foi o retorno à velha heresia abandonada há quase duas décadas, a saber, à velha doutrina de que os sodomitas não serão ressuscitados.

Para que o leitor veja que de fato as coisas são assim, queira ver as transcrições abaixo.

“... Algumas pessoas já foram julgadas. Já mostraram que não merecem a vida. Estas pessoas não serão ressuscitadas... O povo... de Sodoma morreu numa chuva de fogo depois de receber uma sentença desfavorável. Em outras ocasiões, outros grupos receberam também sentenças desfavoráveis. Provaram que não mereciam a vida, e não serão ressuscitados...” (Do Paraíso

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Perdido ao Paraíso Recuperado, página 236, parágrafo 6, edição de 1.959).

“... Jesus mostrou que Sodoma, má como fora, não chegara ao estado de não poder arrepender-se. [...] Portanto, o recobro espiritual das pessoas mortas de Sodoma não é irrealizável...” (A Sentinela, 15/09/1.965, página 555, parágrafo 9).

“... Jesus mostrou que... algumas pessoas injustas das antigas Sodoma e Gomorra estarão presentes na terra durante o Dia do Juízo. Embora tenham sido bastante imorais, podemos esperar que algumas delas sejam ressuscitadas...” (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra, página 179, edição de 1.983).

“... Considere as pessoas da antiga Sodoma... Serão essas pessoas, tão terrivelmente iníquas, ressuscitadas durante o Dia do Juízo? Pelo que parece as Escrituras indicam que não. [...]. Jesus também indicou que os sodomitas podem não ser ressuscitados...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 179, parágrafos 8 e 9, edição de 1.989).

Do exposto acima não há dúvida de que os “mestres” das TJ não estão devidamente preparados para ensinar sobre a condição dos mortos.

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CAPÍULO 15

AS TJ SÃO A ÚNICA RELIGIÃO VERDADEIRA?

No livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 190, parágrafos 19 e 20, sob o cabeçalho UMA SÓ RELIGIÃO VERDADEIRA, as TJ são induzidas a crer que a delas é a única religião verdadeira. Argumenta o Corpo Governante: “É somente lógico que haja uma só religião verdadeira. Isto se harmoniza com o fato de que o verdadeiro Deus é um Deus não ‘de desordem, mas de paz’ (1 Co 14:33). [...] Quem, então, são os que formam o corpo de verdadeiros adoradores hoje? Não hesitamos em dizer que são as Testemunhas de Jeová.”

Na revista A Sentinela, de 15/11/1992, páginas 20 e 21 parágrafos 12 e 15, os mentores das TJ, sob o subtítulo Não Há Outro Lugar, afirmam que a salvação só é possível através da organização religiosa deles. Disseram: “Sentir-nos-emos impelidos a servir a Jeová com lealdade junto com sua organização se nos lembrarmos de que não há outro lugar onde se possa obter a vida eterna... Não há outro lugar onde se possa obter o favor divino e a vida eterna”. O mundo está cheio de religiões que, por terem sido fundadas por pretensos donos da verdade, nos são apresentadas como sendo a única verdadeira e imprescindível para a salvação. A “religião” das TJ é apenas mais uma.

Embora as TJ se proclamem a única religião verdadeira, elas não alegam ser a única Igreja verdadeira. Tal se dá porque elas não se consideram a Igreja de Cristo. Na opinião delas, a Igreja de Cristo só tem 144.000 membros, como já vimos em 1.8. Logo, elas não são a Igreja verdadeira, nem tampouco uma Igreja falsa. Elas simplesmente não são a Igreja. Alguns dos integrantes da

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“religião” delas (cerca de 8000 pessoas), por acreditarem que pertencem aos 144.000, se julgam membros da Igreja de Cristo, mas a instituição deles em si, não é vista como Igreja, quer verdadeira, quer falsa. Eles são apenas a Organização de Jeová, a única religião verdadeira, fora da qual não há salvação.

Chamando a Igreja de “congregação”, o Corpo Governante afirmou: “Todavia, quando a Bíblia fala sobre ‘congregação do Deus vivente’, ela se refere a um grupo específico de seguidores de Cristo. (1 Tm 3:15)[...] De modo que esta ‘congregação de Deus’ é constituída de todos os cristãos na terra que têm esperança de vida celestial. Ao todo, apenas 144.000 pessoas constituirão finalmente a ‘congregação de Deus’. [...] Os cristãos que esperam viver para sempre na terra buscam orientação espiritual desta ‘congregação’...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 125-126, parágrafo 18).

Nós, os evangélicos, cremos que há muitas igrejas boas, pregando a verdade. Os chefes das TJ discordam disso, alegando que a “Bíblia diz que existe realmente ‘uma só fé’ (Efésios 4:5)” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 190, parágrafo 19). Mas eles esquecem que o apóstolo Paulo afirmou no capítulo 14 da sua Epístola aos Romanos, que há questões periféricas sobre as quais podemos divergir sem ferirmos a integridade da fé cristã. Disse Paulo: “Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue o que come; pois Deus o acolheu” (Rm 14.2,3).

Por não associarem Efésios 4.5 com Romanos 14, os líderes das TJ exigem obediência irrestrita de seus liderados. Estes têm apenas a “sublime” missão de repetirem como se fossem robôs, o que lhes é ditado pelos seus superiores hierárquicos. Senão vejamos: “... A verdade que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais, contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente” (A Sentinela, novembro de 1.952, página 164, parágrafo 11).

Embora creiamos que os líderes da TJ não erraram quando afirmaram que “Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra”, parece-nos que eles extrapolam, quando tentam nos induzir a fazermos de questões banais, o aferidor da

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autenticidade ou não, de uma igreja que se considera cristã. Por exemplo, todos nós, evangélicos, cremos que a alma humana sobrevive à morte do corpo. Geralmente cremos também que a Terra será derretida e depois refeita; porém, não fazemos disso motivo de salvação ou perdição para quem quer que seja. Portanto, aceitaríamos como nosso irmão em Cristo, alguém que, sem negar as doutrinas cardeais da fé cristã, divergisse de nós nessas questões. As TJ, porém, não pensam assim. Disse o Corpo Governante: “...ou os homens têm uma alma que sobrevive à morte do corpo, ou não têm. Ou a terra existirá para sempre, ou não... Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 32, parágrafo 19). Mas neste caso, o feitiço vira contra o feiticeiro, visto que se questões tão banais, desqualificam como genuinamente cristã qualquer igreja que sobre as mesmas se equivocar, que dizer da organização das TJ que já efetuou mais de 100 mudanças em suas doutrinas? Seria o caso de perguntarmos às TJ: A religião de vocês era de Deus, quando vocês pregavam que os sodomitas seriam ressuscitados? Deixou de ser de Deus quando vocês se retrataram? E voltou a ser de Deus quando em 1.988 vocês se retrataram novamente, retornando à velha doutrina da extinção dos sodomitas. E: A religião de vocês era de Deus, enquanto vocês proibiam transplantes de órgãos, e se tornou do Diabo quando vocês passaram a permitir esse tratamento médico? Ou ela era do Diabo enquanto os transplantes de órgãos eram proibidos, e passou a ser de Deus a partir do momento em que vocês passaram a aceitar este recurso da Medicina? E inúmeras perguntas semelhantes a estas poderíamos formular, trazendo à memória suas incoerências sobre vacinação, crucificação de Cristo, prestação do serviço militar etc.

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CAPÍTULO 16

AS MUDANÇAS DEVEM NOS PERTURBAR?

Inúmeras TJ em derredor do mundo, após serem informadas das muitas mudanças doutrinárias que os líderes delas têm efetuado na “religião” que está sob o comando deles, pesquisaram, se certificaram da autenticidade das denúncias, renegaram a seita, entregaram suas vidas a Jesus e se vincularam às diversas igrejas evangélicas, onde adoram ao Senhor em espírito e em verdade, na beleza da Sua santidade! Mas a grande maioria das TJ não pensa assim. Acha que as mudanças não devem nos perturbar. Porém, ao agirem assim, as TJ estão em desacordo com seus líderes máximos, o Corpo Governante. Por exemplo, até 1.966, os católicos eram proibidos de comer carne nas sextas-feiras. Mas então, o Papa Paulo VI, pondo em prática as decisões tomadas no Concílio Vaticano II, autorizou os Ministros locais a modificar essa doutrina. Os líderes das TJ sugerem então que os católicos ponderem sobre a validade das demais doutrinas esposadas pela “Igreja” Católica, considerando essa súbita mudança doutrinária. Eles publicaram, pois, na revista Despertai!, de 08/10/1.970, páginas 8 e 9, um artigo intitulado MUDANÇAS QUE PERTURBAM AS PESSOAS, onde argumentam com os católicos assim: “...Se for católico, pode entender como certa prática considerada pela Igreja como ‘pecado mortal’ possa subitamente ser aprovada? Se era pecado a cinco anos, por que não é hoje? Muitos católicos não conseguem entender” (Citado em Merecem Crédito as Testemunhas de Jeová? CPR_Centro de Pesquisas religiosas, páginas 20, 79, 143-144).

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Cremos que o argumento acima, da autoria dos líderes da TJ é, de fato, consistente. Realmente as mudanças doutrinárias ocorridas na “Igreja” Católica provam que os papas são seres humanos falíveis como todos nós e que, portanto, não devem ser obedecidos cegamente. Realmente uma retratação prova que há erro. E a prova da existência de um erro nos deve levar a admitir a possibilidade de haver outros erros. Logo, os católicos têm o direito de confrontar com a Bíblia tudo quanto o Papa ensina, a fim de se certificarem se seus ensinos são ou não, corretos. Porém, este direito não é exclusivo dos católicos, mas extensivo a todos nós. E, visto que os líderes das TJ têm se retratado mais do que os papas, queremos argumentar com as TJ tal qual o Corpo Governante argumentou com os católicos. Fazendo nossas as palavras do Corpo Governante, dizemos às TJ o seguinte: “Se você for TJ, pode entender como certo ensino, considerado pelo Corpo Governante como orientação e direção teocráticas possa subitamente ser mudado? Se era verdade no passado, por que não é hoje? Muitas TJ não conseguem entender.”

Se você é TJ e acha que este argumento não deve incomodá-lo, saiba que isso significa que, na sua opinião, o argumento do Corpo Governante não é consistente. Sim, porque se o argumento deste autor não tem valor algum, então o argumento do Corpo Governante nada vale. O Corpo Governante está sim dizendo que as incoerências deles devem levá-lo à reflexão. Você vai ou não vai obedecer ao porta-voz do escravo fiel e discreto? Eles estão dizendo que você precisa se despertar.

É digno de nota que o erro da “Igreja” Católica foi menos grave do que o erro do Corpo Governante, já que ninguém morreu por não ter comido carne nas sextas-feiras. Porém, só Deus sabe quantos foram prejudicados por terem rejeitado vacinas, transplantes de órgãos, transfusões de sangue e prestação do serviço militar nos países que não concedem eximição. Os líderes das TJ fariam bem, se atentassem para este velho provérbio: “Quem tem telhado de vidro não atira pedras ao do vizinho”. Mesmo que o “telhado do vizinho” realmente seja de “vidro”, se o nosso de “vidro” é, devemos nos precaver, visto que o “tiro pode sair pela culatra”. No caso da crítica que o Corpo Governante

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endereçou aos católicos romanos, não há dúvida de que isso ocorreu. De fato o “feitiço” virou contra o “feiticeiro”.

CAPÍTULO 17

A RESPEITO DA SALVAÇÃO

17. 1. Já Somos Salvos

Embora a própria “bíblia” das TJ diga que o cristão já está salvo (queira ver Ef 2.8,9 na TNM), as TJ, instigadas pelos seus líderes, não ousam dizer que já estão salvas. Esta é uma das provas que as TJ não são uma extensão da Igreja Primitiva.

Disse Jesus a uma mulher: “Tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 7.50 – TNM). Sob o teto de Zaqueu, afirmou Jesus: “... Neste dia entrou a salvação nesta casa...” (Lc 19.9 – TNM). Em Ef 2.5, o apóstolo Paulo afirma: “... por benignidade imerecida é que fostes salvos” (TNM).

Muitos dos discípulos do Corpo Governante já nos disseram que é errado dizer que já estamos salvos. Mas será que Jesus e os apóstolos estavam equivocados?

O fato de Jesus afirmar que quem “crer e for batizado será salvo, mas o que não crer será condenado” (Mc 16.16 – TNM), prova que a salvação é o antônimo de condenação. Logo, quem não está salvo está condenado, e a recíproca é verdadeira. Assim,

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as TJ estão se auto confessando condenadas, quando afirmam que não há ninguém salvo. Por outro lado, a Bíblia sustenta que os verdadeiros cristãos estão cem por cento salvos, visto assegurar que “... os em união com Cristo Jesus não têm nenhuma condenação”(Rm 8.1 – TNM – ênfase acrescentada). Ora, se não há condenação alguma, então deve haver o oposto disso. E o contrário de condenação é o quê? Veja resposta em Mc 16.16 na TNM.

Afirmamos acima que “os cristãos estão cem por cento salvos”. Por “cem por cento salvo” deve-se entender “cem por cento perdoado.” Isto significa que Deus e o cristão já se reconciliaram, isto é, já fizeram as pazes (Is 53.5; 2 Co 5.18 – TNM).

Quando Jesus nos perdoa (Mc 2.5; Lc 7.48), lança os nossos pecados nas profundezas do mar (Mq 7.19), se esquece dos mesmos (Hb 10.17,18) e nos faz de novo (2 Co 5.17). A partir daí, não há mais “nenhuma condenação” (Rm 8.1). Então tomamos posse da vida eterna (Jo 5.24), e a nós são dirigidas as seguintes palavras: “Por esta benignidade imerecida é que fostes salvos por intermédio da fé; e isto não se deve a vós, é dádiva de Deus. Não, não se deve a obras, a fim de que nenhum homem tenha base para jactância”.(Ef 2.8,9 TNM).

Segundo a Bíblia, o cristão é um eleito (Rm 8.33; 16.13; Ef 1.4 etc.), não um candidato. O cristão não está se esforçando para alcançar a salvação, mas sim, segurando-a com as duas mãos para não perdê-la (Ap 3.11). Portanto, o cristão não pratica boas obras para se salvar (Ef 2.5, 8, 9; Rm 11.6), mas sim, porque já se salvou (Ef 2.10).

17. 2. Obras Não Salvam

Quando a Bíblia diz que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26), não está dizendo que fé mais obras produzem salvação, mas sim, que a verdadeira fé produz salvação, que é a reconciliação com Deus. E que a salvação nos leva automaticamente à prática do bem.

A verdadeira fé é viva, e produz naquele que a possui, uma transformação indisfarçável! A verdadeira fé não depende das obras para ser viva, pois tem vida própria! A fé verdadeira nos

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salva e nos conduz à prática das obras. “Fé sem obras é morta” não significa que a verdadeira fé dependa das obras para ser viva; antes quer dizer que a fé viva gera obras inevitavelmente. E que, portanto, quando faltam estas, é porque de antemão faltou aquela.

Pela verdadeira fé somos transformados em filhos de Deus (Jo 1.12; 1 Jo 3.2). E, como sabemos, os filhos de Deus têm que ter o DNA do Pai. A ausência dos traços do Pai na vida daqueles que se julgam filhos de Deus, é indício de uma fé falsa.

A verdadeira fé e as obras vivas, embora sejam distintas e diferentes, são inseparáveis. Conseqüentemente, os que morrem imediatamente após receberem a salvação, vão fazer boas obras no Paraíso Celestial; e os que continuam vivendo do lado de cá, fazem-nas por aqui mesmo. Mas estes têm consciência de que já estão salvos e que, portanto, mais nada precisam fazer, a não ser não jogar fora a salvação, com a qual já foram presenteados desde o momento em que se tornaram portadores da fé viva, a qual, embora não viva pelas obras, vive para as obras.

As boas obras existem para “andarmos nelas” (Ef 2.10 – TNM), e não para sermos salvos por elas (Tt 3.5). Este versículo diz textualmente: “Não devido a obras de justiça que tivéssemos realizado, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou...” (TNM – grifo nosso).

A fé e as obras são importantíssimas, mas devem ser postas em seus devidos lugares. Os que tentam se salvar pelas obras estão pondo o carro adiante dos bois. E os que tentam se salvar pela fé mais as obras, estão pondo o carro ao lado dos bois. Ora, o carro não sairá do lugar, enquanto estiver adiante dos bois ou ao lado destes. Para que o carro se locomova, é imprescindível que bois e carro sejam postos em seus devidos lugares. Deixemos, pois, que o “boi” da fé puxe o “carro” da salvação, no interior do qual devemos adicionar mais e mais, obras que glorifiquem a Deus e testifiquem da salvação que Jesus já nos deu.

Ainda não encontramos um só TJ que ousasse dizer: “Jesus me salvou”. Contudo, não é improvável que haja entre eles alguém que assim se expresse, visto que o Corpo Governante ensina que eles podem dizer: “Até agora, estou. [...]” Ou: “Sim”, quando alguém os inquirir sobre esta questão (Raciocínios a Base das Escrituras, página 342). Sim, talvez haja entre os discípulos

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do Corpo Governante alguém que afirme que já está salvo. Mas, se há, são tão poucos que ainda não encontramos um sequer. O porquê disso é que os líderes das TJ pregam com um canto da boca que o cristão já está salvo, mas com os dois cantos da mesma boca, negam esta verdade. Sobre esta questão eles se revelam tão ambíguos quanto nas demais por eles aventadas.

O que aqui dizemos sobre o valor da fé e a importância das obras, pondo-as em seus devidos lugares, visa jogar por terra tudo quanto os líderes das TJ vêm ensinando a respeito de Tg 2.14-26. E uma das provas de que estamos na trilha certa é que Tiago, enquanto argumentava que a fé sem obras é morta ou inoperante, disse que Abraão não foi justificado só pela fé, mas pelas obras também, visto que ele ofereceu Isaque sobre o altar (Tg 2.21-23).Veja, o oferecimento de Isaque sobre o altar por parte de Abraão, está registrado em Gn 22.9,10, enquanto que o registro da justificação de Abraão pela fé, consta de Gn 15.6. Ora, sabemos que o fato registrado em Gn 15.6, que é a justificação de Abraão pela fé, ocorreu cerca de 15 anos antes de Isaque nascer. Veja que primeiro Deus lhe promete um filho (Gn 15.1-5); depois o justifica pela fé (Gn 15.6); depois lhe promete a terra de Canaã (Gn 15.7); depois ele oferece sacrifício ao Senhor, quando a promessa da Terra lhe é ratificada (Gn 15.8-16); posteriormente Deus faz um pacto com ele (Gn 15.17-21); depois ele entra a Agar e esta lhe gera Ismael (Gn 16.1-15) e então se diz que ele tinha 86 anos de idade (Gn 16.16). Muitas outras coisas maravilhosas lhe sucedem, as quais constam de Gn 17 – 20; e no capítulo 21.5 do Gênesis, somos informados que Abraão tinha cem anos de idade quando Isaque nasceu. E quando Isaque já era adolescente ou jovem, é que Abraão o oferece sobre o altar (Gn 22.9,10). Assim, à luz de Gn 16.16; 21.5; e 22.9,10, veremos que Abraão foi justificado pela fé cerca de três décadas antes de dispor a ofertar Isaque em holocausto a Jeová. Ora, como Tiago pôde se servir de uma obra praticada por Abraão cerca de trinta anos após a sua justificação pela fé, para provar que Abraão foi justificado por fé mais obras? Só há duas respostas possíveis: Ou ele se enganou, ou ele estava querendo dizer que a verdadeira fé, redunda em real salvação, da qual, por sua vez, nascem inevitáveis obras de justiça. Os que crêem que a Bíblia é a pura, santa, perfeita e

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infalível Palavra de Deus, como é o caso deste autor, optam pela última alternativa.

17. 3. A Fé nos Basta

Para sermos salvos, basta crermos no Senhor Jesus (Jo 3.16; At 16.30,31). Contudo, o Corpo Governante, por não colocar a fé e as obras em seus devidos lugares, afirma às páginas 5 e 6 de A Sentinela de 15/09/1.989, que crer em Jesus é o requisito principal ou “fundamental para nossa salvação, mas é necessário mais.”

A Bíblia o diz e os salvos sabem por experiência própria, que o milagre da salvação é radical e instantâneo. Em fração de segundo um pecador perdido pode receber o perdão de todos os seus pecados e a conseqüente salvação, a qual muda o destino e o caráter (Mc 2.5; Lc 7.47-50; 23.43; Ef 2.5,8-10; Tg 2.26 etc.). Para recebermos este perfeito, total e radical perdão, chamado também de salvação (Tt 2.11), nada precisamos fazer, a não ser clamarmos com fé e arrependimento (At 3.19; Rm 10.13). Se permanecermos assim, isto é, com fé e contrição, durante todo o nosso peregrinar terráqueo, seja esse tempo um segundo ou muitas décadas, partiremos daqui como alguém que não negou a fé (1Tm 5.8), não negou o Senhor (2 Tm 2.12), e assim a salvação nos estará assegurada irreversivelmente ( 2 Tm 4.6-8). Isto é que é salvação pela graça por meio da fé, da qual falou o apóstolo Paulo em Ef 2.8. Quem prega uma mensagem diferente desta, não está pregando salvação pela graça por meio da fé, mas sim, vendendo gato por lebre! Pregam isto os líderes das TJ? Não! Mil vezes não! Sim, leitor, segundo as TJ, os servos de Deus que não pertencem aos 144.000, e isso inclui os do Antigo Testamento, como Abel, Noé, Abraão, Moisés, Sara, Ana, Davi, João Batista, Sansão, etc., serão ressuscitados no início do Milênio, em cujo período poderão se aperfeiçoar progressivamente até se tornarem tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecar. Ao terminar então o Milênio serão tentados todos os que tiverem chegado até lá, e os que não cederem, viverão para sempre, ou seja, então serão salvos. Ora, se assim fosse, estaria em jogo, não apenas a salvação dos supostos integrantes da Grande Multidão que, no presente, morrem fiéis às doutrinas pregadas pelo Corpo Governante, mas até mesmo os heróis da fé do Antigo

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Testamento (Abel, Noé, Sara, Abraão, Josué, Daniel, Moisés, Ester, Ana, João Batista etc, estariam na corda bamba.

Pregam mesmo as TJ o que dissemos acima? Ora, elas afirmam no livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 122, parágrafo 7, que “... todos os homens e mulheres fiéis que morreram antes de Jesus falecer tinham esperança de viver novamente na terra, não no céu. Serão ressuscitados para se tornarem súditos terrestres do reino de Deus...” Elas dizem ainda neste mesmo livro, páginas 175-183, que tantos quantos forem ressuscitados, mais os vivos que sobreviverem ao Armagedom, somados aos que nascerem durante o Dia do Juízo de 1.000 anos, conforme forem sendo fiéis, gradualmente avançarão rumo à perfeição humana, de sorte que por volta do fim do Dia do Juízo de 1000 anos, todos os que não morrem nesse período, estarão tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecar. E acrescentam que ao terminar o referido Dia do Juízo de 1000 anos, Satanás e seus demônios sairão da prisão na qual estarão retidos durante o Dia do Juízo, e tentarão esses humanos aperfeiçoados; dos quais, os que cederem serão destruídos; e os que se mantiverem fiéis, herdarão a Terra paradisíaca.

Uma das provas de que as TJ crêem que todos os humanos que forem aperfeiçoados durante o Dia do Juízo, serão testados depois do Milênio, é o fato delas afirmarem que Jeová submeterá (depois do Dia do Juízo) a humanidade a uma prova, para daí selecionar os fiéis que farão jus aos nomes no livro da vida. Senão, vejamos: “Como determinará Jeová que nomes deverão ser escritos no ‘rolo da vida’, ou ‘livro da vida’?... Será por meio duma prova à qual a humanidade será submetida” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 182, parágrafo 20, ênfase acrescentada). Veja que o Corpo Governante afirma que o teste será aplicado na humanidade, e não, a uma parte da humanidade.

Simplificando, o que as TJ pregam é o seguinte: O homem foi feito para viver eternamente no planeta Terra. Porém, devido ao pecado, o homem foi sentenciado à morte e, por conseguinte, a deixar de existir. Mas, por causa do sacrifício de Cristo, muitos terão uma segunda oportunidade. Estes, e seus filhos nascidos durante o período de adestramento que durará mil anos, serão submetidos a um processo evolutivo, ao término do qual estarão

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tão perfeitos quanto Adão e Eva eram antes de pecar. Então serão tentados por Satanás e seus demônios. Nessa época, muitos cederão às tentações e, por isso mesmo, serão destruídos, isto é, irão para a Geena, o que equivale a dizer que morrerão sem direito à ressurreição. Mas os que permanecerem fiéis, viverão eternamente na Terra paradisíaca. Deste modo, não se sabe, por exemplo, se Moisés será ou não, fiel a Deus, durante o Dia do Juízo. Portanto, há uma possibilidade dele morrer nesse período. Além disso, mesmo que ele passe por essa primeira barreira, bem pode ser que ele não consiga transpor o segundo obstáculo, já que as TJ sustentam que muitos dos que passarem pela primeira eliminatória, serão reprovados no teste final, quando forem tentados pelo Diabo e seus demônios. Sim, segundo as TJ, os que forem rebeldes durante o período de adestramento de 1.000 anos, serão destruídos nesse intervalo. Referindo-se aos tais, disse o Corpo Governante: “... Assim, essas pessoas serão destruídas, quer durante, quer por volta do fim do Dia do Juízo...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 180, parágrafo 14).

Nessas entrelinhas pode-se ver nitidamente que as TJ negam a salvação pela graça por meio da fé. Embora elas afirmem que também crêem na salvação pela graça, a verdade solene é que elas pregam salvação pelas obras. Elas não crêem na totalidade, instantaneidade e eficácia do perdão que Deus nos dá em Cristo. Por ora, ser perdoado é, segundo elas, candidatar-se a uma segunda oportunidade, a qual consiste de 1000 anos de adestramento eliminatório, seguido de um rigoroso teste seletivo, do qual só sabem que existe a triste possibilidade de serem reprovadas, o que, sem dúvida, é inquietante. Logo, o “Jesus” das TJ não salva sozinho. Ele apenas abre o caminho, isto é, dá uma segunda chance, para que o cristão, por seus próprios esforços evolua gradualmente até à perfeição, quando então, se for aprovado no teste a que será submetido após tornar-se perfeito, fará jus à salvação. E essa salvação, segundo as TJ, é apenas um retorno à boa vida que a humanidade perdeu desde a queda de Adão e Eva no Éden. Sim, o “jesus” das TJ não salva, mas apenas nos dá as ferramentas para que nós mesmos fabriquemos a nossa salvação. Conosco concorda o Pastor Wagner S. Cunha, conferencista do ICP

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(Instituto Cristão de Pesquisas), que disse: “Durante os dez anos em que fui TJ, sempre aprendi a ver Jesus como o ‘maior homem que já viveu’, um exemplo, o resgatador, mestre, instrutor, ‘o mestre de obras de Jeová’, mas nunca aprendi a necessidade de ter Jesus como meu Salvador pessoal... O ‘Jesus’ das TJs não salva, apenas abre o caminho para que o indivíduo alcance a salvação através de sua fidelidade à organização” (Defesa da Fé, ICP, out/dez de 1.996, pág. 29).

17. 4. Deturpando a Missão de Jesus

17. 4. 1. Mais de uma missão?No livro Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, página 69,

parágrafo 20, lemos: “A nossa salvação não é a justificativa principal para a vida e a morte de Jesus na Terra.” (Ênfase acrescentada). Podemos notar nessa declaração três erros: 1º) Jesus teria vindo ao mundo com, pelo menos duas

incumbências, quando a Bíblia só nos fala de uma: salvar-nos (Jo 3.16; 1 Tm 1.15).

2º) Das suas incumbências, a salvação do pecador não seria a mais relevante, na ótica do Senhor Jesus. Ele teria algo mais importante a realizar.

3º) Se Cristo, ao relacionar-se conosco, não dá prioridade à nossa salvação, subentende-se que há algo mais premente do que livrar-nos do pecado e suas conseqüências. Isso pode distrair o pecador, desviando sua atenção de seu principal problema, bem como de sua primordial necessidade. Quem assim age, certamente não está sendo inspirado por Aquele que empreende convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11): o Espírito Santo.

17. 4. 2. Definindo as supostas missõesBem, se salvar-nos não era o principal objetivo pelo qual

Cristo baixou do Céu à Terra, como supõem as TJ, fica claro apenas que, segundo elas, Ele tinha mais de uma missão. Porém, quantas e quais eram as Suas missões? Qual era a principal delas? E, de todas as Suas missões, qual era a de menor importância? É o que veremos a seguir.

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Primeira missãoSegundo as TJ, o primeiro propósito da vinda de Jesus ao

mundo, foi o de divulgar e santificar o nome de Jeová. Isso está claro à página 60, parágrafo 10, do livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra. “Explicando” porque Jesus viera à Terra, diz lá o Corpo Governante: “...Primeiro, as verdades sobre seu Pai celestial. Ensinou seus seguidores a orar para que o nome de seu Pai fosse ‘santificado...’ E ele orou: ‘Tenho feito manifesto o teu nome aos homens que me deste...’ ”

Segunda missãoDe acordo com as TJ, o segundo propósito de Jesus vir à

Terra, foi o de anunciar o Reino de Deus. Tal importância deve-se, segundo elas, ao fato de que “É esse reino que destruirá toda a iniqüidade e livrará o nome de Jeová de todo o vitupério lançado sobre ele...” (Ibidem, páginas 60 e 61, parágrafo 11).

Terceira missãoQue nos salvar não era, segundo as TJ, a principal missão de

Jesus, ficou claro em 17.4.1. E quando examinamos as publicações do Corpo Governante, percebemos que a nossa salvação está em terceiro e último lugar, na escala de valores do Senhor. O desdém dos líderes das TJ para com a gloriosa salvação, é indisfarçável. Veja este exemplo: “Assim, um motivo importante de Jesus vir à Terra foi de morrer por nós...” (Ibidem, página 61, parágrafo 12 – ênfase acrescentada).

Realmente, morrer para nos salvar não era a principal missão de Jesus, nem tampouco a secundária, mas sim, a única (1 Tm 1.15; Jo 3.16).

17. 5. Alistando as Obras Salvíficas

Os chefes das TJ não só deixam subentendido que eles pregam salvação pelas obras. Não! Eles até alistam tais obras. O capítulo 30, do livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, que começa na página 250, se intitula: O Que Você Precisa Fazer a Fim de Viver Para Sempre. Sob este título eles relacionam

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seis obrigações, vistas por eles como necessárias à salvação. São as seguintes:1ª) Confiar em Deus e nas suas promessas (página 250, parágrafo 2).2ª) Praticar boas obras (Ibidem, parágrafo 3).3ª) Orar, dedicando-se a Deus (página 251, parágrafo 4).4ª) Pertencer à organização visível de Deus (Ibidem, parágrafo 5).5ª) Batizar-se (página 252, parágrafo 6).6ª) Pregar as boas novas do reino de casa em casa (páginas 252-253, parágrafos 9-11).

Como se pode ver acima, a receita “salvífica” emitida pelo Corpo Governante, é composta de meia dúzia de requisitos, quando a Bíblia só reconhece um: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (At 16.30,31). E, por incrível que pareça, o único requisito bíblico foi, neste caso, simplesmente ignorado, não chegando sequer a figurar entre o conjunto de normas expedido pela Torre de Vigia. Aliás, isto não amenizaria o problema, visto que a fé só funciona se a ela não adicionarmos nossas invencionices.

Tentar se salvar pelas obras, quer à parte da fé, quer ao lado da fé, é subestimar o alto preço que Jesus pagou na cruz.

Deus quer que Seus servos se esmerem em fazer boas obras, mas Ele não quer que façamos das mesmas nossa tábua de salvação.

A fé vale o perdão dos pecados e a conseqüente salvação, a qual é um dom (presente ou dádiva), Ef 2.8,9. E as obras que porventura daí nascerem, serão galardoadas (1Co 3.10-14).

O que é fé? Mil máximas não seriam capazes de defini-la sem parcialidade!

Estamos falando da fé salvadora! Esta fé é mais do crer na existência e onipotência do Salvador! É mais do que reconhecer que o sacrifício que o Senhor efetuou na cruz é substitutivo; podendo, pois, quitar-nos para com a justiça divina e, por conseguinte, redimir-nos! Fé é se valer, se servir e se beneficiar do sangue remidor!

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CAPÍTULO 18

SOBRE O ESCRAVO FIEL E DISCRETO

18. 1. Quem é o Escravo Fiel e Discreto?

Em Mt 24.45-47, encontramos o Senhor Jesus propondo aos seus discípulos a seguinte parábola: “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus.” (Versão Revisada).

“Servo fiel e prudente” é o mesmo que “escravo fiel e discreto”, como consta da “bíblia” das TJ. Não é difícil entendermos que o objetivo do Senhor Jesus ao propor esta parábola, era inculcar nos seus discípulos que todo cristão deve ser fiel e discreto. E que se cumprirmos com este dever, seremos recompensados por Ele, quando de Seu regresso (Ap 22.12). Mas os membros do Corpo Governante viram nesta parábola tudo quanto necessitavam para manipular os incautos, como veremos abaixo.

18. 2. Que Diz o Corpo Governante

Os líderes das TJ vêem (?) no texto em apreço dois grupos distintos: O escravo fiel e discreto representa os 144.000 cristãos ungidos com vocação celestial; e os domésticos (serviçais na Versão Revisada) retratam os cristãos que compõem a Grande Multidão que herdará a Terra. Assim como o escravo fiel e discreto da parábola em apreço, tinha a incumbência de alimentar

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(ou sustentar) os seus domésticos (ou conservos), os 144.000 têm o encargo de prover a instrução bíblica para os membros da Grande Multidão.

Afirmam também os membros do Corpo Governante que eles são o porta-voz do escravo fiel e discreto. Deste modo, são eles que preparam o alimento e distribuem aos seus domésticos ou, como já informamos, aos que compõem a Grande Multidão.

Partindo da premissa acima exposta, os líderes das TJ chegaram à seguinte conclusão: Se eles, na qualidade de representante e/ou porta-voz do escravo fiel e discreto, receberam de Deus o encargo de explicar a Bíblia aos que querem seguir a Cristo, então quem estudar a Bíblia sem a orientação deles, não conhecerá o caminho da verdade. Eles e só eles estão credenciados por Deus a darem o “alimento no tempo apropriado” (Mt 24.45- TNM), tendo, portanto, os seus aprendizes que “comerem” tudo quanto eles servirem “à mesa”, sem questionar. Tudo quanto eles pregarem, seus liderados também têm que pregar; até que eles se retratem, quando também terão que se retratar. Qualquer insubordinação ou idéia independente da deles, é sinal de orgulho. Os portadores de tais idéias, por mais que estudem a Bíblia não avançarão na estrada da vida, até que reconheçam que não podem passar sem a ajuda do único canal de comunicação de Jeová que é o porta-voz do escravo fiel e discreto, isto é, o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová!

18. 3. Dizem Mesmo?

Custa-nos crer que possa existir alguém suficientemente petulante para se auto-apresentar como dono da verdade, como os líderes das TJ se atrevem a fazer, conforme denunciamos acima. Urge, portanto, que exibamos as provas, para que os nossos leitores possam examiná-las por si mesmos e assim certificarem da veracidade de nossas afirmações. E é com as transcrições abaixo que pretendemos documentar as pretensões dos chefes das TJ, acima exaradas. Ei-las:

“A organização visível de Deus hoje também recebe orientação e direção teocráticas. Na sede das Testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Iorque, existe um corpo governante de anciãos cristãos de várias partes da terra que dão a necessária

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supervisão às atividades mundiais do povo de Deus. Este corpo governante é composto de membros do ‘escravo fiel e discreto’. Serve qual porta-voz do ‘escravo’ fiel.

Os homens desse corpo governante, como os apóstolos e anciãos em Jerusalém, têm muitos anos de experiência no serviço de Deus. Mas não confiam na sabedoria humana ao fazerem decisões. Não, sendo governado teocraticamente, seguem o exemplo do primitivo corpo governante em Jerusalém, cujas decisões baseavam-se na Palavra de Deus e eram feitas sob a direção do espírito santo...” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 195, parágrafos 13 e 14 – Ênfase acrescentada).

“Não é provável que alguém, por apenas ler a Bíblia, sem se aproveitar das ajudas divinamente providas, consiga ver a luz. É por isso que Jeová Deus proveu ‘o escravo fiel e discreto’, predito em Mateus 24:45-47. Atualmente, este escravo é representado pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová”.(A Sentinela, 01/05/1.992, página 31).

“Assim como as profecias bíblicas apontavam para o Messias, elas também nos encaminham ao unido corpo de cristãos ungidos das Testemunhas de Jeová, que serve atualmente qual escravo fiel e discreto. Este nos ajuda a entender a Palavra de Deus. Todos os que desejam entender a Bíblia devem reconhecer que a grandemente diversificada sabedoria de Deus só pode ser conhecida através do canal de comunicação de Jeová, o escravo fiel e discreto...” (A Sentinela, 01/10/1.994).

“Mas, Jeová Deus proveu também sua organização visível, seu ‘escravo fiel e discreto’, composto dos ungidos com o espírito para ajudar os cristãos em todas as nações a entender e a aplicar corretamente a Bíblia na sua vida. A menos que estejamos em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia.” (A Sentinela, 01/08/1.982, página 27, parágrafo 4).

“A verdade que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais, contrárias ao que o escravo providenciou como sendo

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sustento conveniente.” (A Sentinela, novembro de 1.952, página 164, parágrafo 11).

“LUTECONTRAIDÉIAS.INDEPENDENTES...Idéias independentes...são...perigosas...Tais idéias dão evidência de orgulho. E a Bíblia diz: ‘O orgulho vem antes da derrocada’”. (A Sentinela, 15/07/1.983, página 27, parágrafos 19 e 20).

“Sentir-nos-emos impelidos a servir a Jeová com lealdade junto com sua organização se nos lembrarmos de que não há outro lugar onde se possa obter a vida eterna...” (A Sentinela, 15/11/1.992, páginas 20 e 21, parágrafo 12).

18. 4. E Há Quem Creia?!

As cópias acima provam que os líderes máximos das TJ são suficientemente megalomaníacos para se julgarem donos da verdade. Deixar-se orientar por eles é, segundo as transcrições supra, condição sine qua non para a salvação. Eles são, pois, o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por eles. Mas essa usurpação do trono de Cristo se torna ainda mais grave, quando somos informados que eles já conseguiram nada menos que seis milhões de pessoas em todo o mundo que, reconhecendo-os como tais, se submetem a eles cegamente. Esses teleguiados preferem trair suas consciências, a saírem de sob o autoritarismo do Corpo Governante. Só para citarmos um exemplo, certa vez, enquanto confabulávamos com dois seguidores do Corpo Governante, em um diálogo que durou cerca de 8 horas (começamos às 20:15 h. e terminamos às 04:10 h.), com tristezas ouvimos a seguinte declaração: “Nós sabemos que os nossos superintendentes equivocam-se sobre vários pontos, mas nós nos submetemos às suas ordens incondicionalmente sem questioná-los, pois sabemos que eles constituem o escravo fiel e discreto a quem Jeová designou sobre seus domésticos para dar-lhes o seu alimento no tempo apropriado, conforme previsto em Mt 24:45. Se eles descem, nós descemos com eles; e se eles sobem, igualmente com eles subimos, pois eles são a ‘nossa mãe’, segundo Gl 4:26, predestinados por Jeová a nos conduzir ao Reino dos Céus, e por fim, reinar sobre nós. Assim sendo

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podemos fechar os olhos e acompanhá-los sem medo de errar, pois no final tudo dará certo. Se eles nos ensinam alguma coisa errada, não faz mal, pois um dia Jeová irá iluminá-los, e eles, sinceros como são, nos informarão que estavam equivocados, como já o fizeram outras vezes. Se Jesus disse que eles seriam o ‘escravo fiel’ que nos dariam o ‘alimento no tempo apropriado’ devemos ‘comer’ tudo quanto nos derem, sem serem questionados por nós, pois Jeová sabe o que faz”.

A declaração supra não é atípica, antes constitui a característica de toda TJ verdadeira, já que o Corpo Governante exige que assim seja. Logo, quem não pensa assim, das duas, uma: ou não é TJ, ou é um falso TJ.

18. 5. Quem Dá o Alimento?

O Corpo Governante faz as seguintes afirmações:1ª) Os 144.000 são o escravo fiel e discreto. Veja a prova:

“...Com Cristo haverá associados em tronos celestiais mais 144.000...A vasta maioria deles já está nos céus, e o restante deles ainda na terra constitui a classe do ‘escravo fiel e discreto’, que promove lealmente os interesses deste Reino aqui. – Mat. 24:45-47” (Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro, páginas 80 e 81, parágrafo 7).

2ª) Esse escravo fiel e discreto é o canal de comunicação de Deus. É através desse escravo fiel e discreto que Deus dá o alimento da Sua Palavra aos integrantes da Grande Multidão. Prova: “...Não é provável que alguém, por apenas ler a Bíblia, sem se aproveitar das ajudas divinamente providas, consiga ver a luz. É por isso que Jeová Deus proveu ‘o escravo fiel e discreto’, predito em Mateus 24:45-47...” (A Sentinela, 01/05/1.992, página 31).

3ª) Esse escravo fiel e discreto se faz representar pelo seu porta-voz, que é o conjunto dos líderes supremos das TJ, chamado Corpo Governante, cujo número de membros oscila em torno de 12 anciãos. Estes anciãos pertencem aos 144.000 e portanto fazem parte do grupo chamado de escravo fiel e discreto. Provas: “...Este corpo governante é composto de membros do ‘escravo fiel e discreto’. Serve qual porta-voz do

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‘escravo’ fiel. (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 195, parágrafo 13).“...Atualmente, este escravo é representado pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová...” (A Sentinela, 01/05/1.992, página 31).

Agora, vamos raciocinar à base das declarações que o Corpo Governante fez.

Se há um grupo chamado de escravo fiel e discreto, incumbido de prover o alimento da Palavra de Deus às pessoas que desejam ser cristãos, todos os componentes desse grupo deviam trabalhar no preparo desse quitute espiritual. Todos eles deviam estar lá na Torre de Vigia, que é a editora das TJ, elaborando mensagens a ser publicadas nas suas revistas livros e panfletos. Todavia, isso não ocorre. O restante dos 144.000 (?) que ainda estão na Terra, não integram a alta cúpula das TJ, nem opinam em coisa alguma aos Anciãos de Brooklyn. Isso é esquisito, visto que se o escravo fiel da parábola em lide, é um grupo que executa uma certa tarefa, nenhum integrante dessa equipe pode ficar de fora. Talvez as TJ diriam que os tais não estão de fora, já que falam através do seu porta-voz. Mas isso geraria mais três dificuldades:

1ª) Como pode alguém falar como porta-voz daquele de quem não recebeu mensagem alguma?

2ª) Como o Corpo Governante pode ser porta-voz deles, se eles não o nomearam?

3ª) A missão do porta-voz é dupla: receber a mensagem e repassá-la adiante; nunca, porém, devolvê-la. Porém, é isso que estaria ocorrendo, se o Corpo Governante fosse o porta-voz do escravo fiel e discreto. Porque se ele é o porta-voz do escravo fiel e discreto, então ele recebeu deste, a mensagem. Logo, quando a Sentinela chega às mãos de um membro do grupo chamado escravo fiel e discreto, pode-se dizer que o porta-voz está “devolvendo” a mensagem. Isso seria cômico, se milhões de almas preciosas não estivessem presas nesse emaranhado!

Já está nítido que quem dá o “alimento” é o Corpo Governante. E assim, o escravo se acha privado de exercer a sua função de dar o alimento. Ao invés disso, é alimentado.

Não duvidamos que a qualquer hora dessas o Corpo Governante “saia” desse impasse. Será facílimo fazê-lo. Basta

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lançar mão mais uma vez, de Pv 4.18 e dizer que “Jeová refinou um pouco mais a Sua Organização, enviando à mesma mais um Lampejo de Luz, a saber, o escravo fiel e discreto não são os 144.000 como pensávamos, mas sim, o Corpo Governante.” Essa mudança doutrinária seria acatada com a mesma docilidade com que muitas outras já foram recebidas. Afinal de contas, o Corpo Governante é o Soberano Rei da Cocada-Preta, não tendo, pois, que dar satisfação a quem quer que seja. Por outro lado, essa mudança seria favorável às TJ, pois seria um abacaxi a menos em seu proselitismo. A final, ter que arranjar “explicações” a toda hora, para satisfazer a curiosidade de todos os inquiridores ávidos por entenderem esse negócio de “porta-voz do escravo”, não é nada agradável. 18. 6. Está na Bíblia?

O Corpo Governante adora citar Ef 4.11-13 e At 8.31, a fim de “provar” que ele manda e não pede. Porém, basta compararmos estes textos com At 17.11, para cientificarmos que Deus não delegou a quem quer que seja, o poder de pensar e decidir por nós. Temos muito a aprendermos uns com os outros, mas os tiranos não têm nada a acrescentar-nos.

Os bereanos não teriam praticado um ato nobre, ao pesquisarem por si mesmos, para se certificarem da autenticidade ou não, do que Paulo lhes dizia, se não pudessem ver a luz sem seguir cegamente aos apóstolos. Também, de nada adiantaria tal pesquisa, se não pudessem Ter idéias independentes das de Paulo, sob pena de serem condenados. Para que examinar as Escrituras para saberem se o que Paulo dizia era ou não a expressão da verdade, se Paulo fosse o porta-voz do escravo, encarregado de dar um ensinamento que todos têm que aceitar, mesmo estando errado?

Os bereanos, dos quais nos fala At 17.11, criam que a autoridade é a Palavra, não Paulo. E o autor do livro de Atos dos Apóstolos não pensava diferente, pois os elogiou, chamando-os de nobres.

18. 7. Quem é Quem?

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A “religião” das TJ não é a única cuja liderança se auto proclama dona da verdade. Por exemplo, o catolicismo prega oficialmente que o encargo de interpretar a Bíblia corretamente foi confiado exclusivamente ao Papa e aos Bispos em comunhão com ele (Catecismo da Igreja Católica, página 38 # 100, Editora Vozes, edição de 1.993). O Concílio Vaticano I oficializou em 1.870 que o Papa é infalível, quando fala ex-cátedra. Essa suposta infalibilidade está ratificada no Catecismo supracitado, página 255 # # 889-891. Por acreditar (?) nessa alegada infalibilidade papal, o Padre Álvaro Negromonte disse que o Papa manda tanto quanto Cristo e que portanto suas ordens devem ser obedecidas e não discutidas (O Caminho da Vida, página 240, 15ª edição, Livraria José Olympio Editora). E muitos outros exemplos igualmente arrogantes, poderíamos dar, se quiséssemos alistá-los.

Ora, se o Papa e o Corpo Governante se julgam os únicos capazes de fornecer a real interpretação da Bíblia, como poderão os seus respectivos adeptos saberem de que lado está a razão? Esse jogo começa 1 a 1, pois é a palavra de um contra a do outro. Porém, como desempatar? Essa questão será insolúvel, se católicos e TJ não recorrerem à Bíblia. Mas nenhum desses dois grupos pode ir direto à Bíblia, visto que os líderes de ambos pregam de per si, que só eles podem dar o alimento. E agora José? Será que temos que esperar pelo dia do Juízo Final para sabermos quem é quem? A Bíblia diz que não (At 17.11; 2 Tm 3.15-17; Jo 5.39; Is 8.20 etc.). Quais bereanos, acheguemo-nos, pois, à Bíblia, e bebamos na fonte!

Se os bereanos foram direto à fonte, como bem atesta At 17.11, então não há qualquer canal de comunicação, seja ele Papa, escravo fiel e discreto, porta-voz etc.

Os católicos são ensinados oficialmente a traírem suas consciências e a ficarem do lado do Papa, quando este pregar algo ex-cátedra que, por acaso, pareça antibíblico. Obviamente que isso é errado, mas as TJ não podem censurar os católicos, já que o Corpo Governante exige de seus discípulos a mesma sujeição, como vimos em 18.3; e 18.4. Portanto, qualquer argumento das TJ, objetivando provar que o Catolicismo é falso, de nada adiantará, aos verdadeiros católicos, já que o Papa é o tal e sabe das coisas. E se os católicos tentarem provar que as TJ

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estão equivocadas, seus argumentos serão de valor nulo, pois as TJ crêem que elas não devem ter idéias independentes. Elas, as TJ, não raciocinam à base das Escrituras, mas sim, à base do Corpo Governante. Isso é o que o Corpo Governante exige delas (como já vimos) e é isso que elas vêm fazendo, como já sabemos. Sim, as TJ já provaram várias vezes que se submetem incondicionalmente ao Corpo Governante. Veja estes exemplos:1º) Quando o Corpo Governante disse que vacinação é pecado,

elas não se deixavam vacinar; mas, quando o Corpo Governante se retratou, então elas se retrataram também.

2º) Em obediência ao Corpo Governante, as TJ só voltaram a aceitar transplante de órgãos, depois que o Corpo Governante publicou um artigo, liberando este tratamento médico.

3º) As TJ não destoaram do Corpo Governante em nenhuma das três vezes em que a sorte dos sodomitas mudou.

4º) Enquanto as publicações da Torre de Vigia mantinham que Jesus foi crucificado, as TJ não faziam carga alguma à crucificação de Jesus; porém, tão logo o livro Riquezas (ou pobrezas?) anunciou que Jesus foi estacado, e não crucificado, as TJ fizeram coro com seus líderes máximos.

Exemplos de sujeição cega, em total falta de personalidade, poderíamos dar dezenas, caso fosse necessário fazê-lo. Todavia, estes são mais que suficientes para provarmos que as TJ não têm opinião própria. E nem podem. Ora, se elas podem seguir cegamente ao Corpo Governante, por que os católicos não poderiam fazer o mesmo em relação ao Papa e Bispos? Certamente as TJ diriam que os muitos erros dos papas provam que eles não são o porta-voz do escravo fiel e discreto. Mas, por que não? Se o Corpo Governante é o porta-voz, apesar dos seus muitos erros, por que o Papa não poderia sê-lo, pela mesma razão? Vocês compararam pela Bíblia as doutrinas que o Papa prega e viram que ele está desqualificado? Cuidado! Não façam isso! Evitem idéias independentes! Elas são evidências de orgulho e, portanto, são perigosas. Saibam que a menos que estejamos em contato com este único canal de comunicação que é o Papa e seus Bispos, não avançaremos na estrada da vida. Precisamos apegarmo-nos a esta única organização de Deus que é a Igreja Católica, pois não há outro lugar onde se possa obter a vida eterna. Lembre-se, ó TJ, que as muitas falhas da Igreja Católica

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não a desqualificam, visto que Pv 4.18 diz que a revelação de Jeová é progressiva. Jeová já enviou vários lampejos de luz sobre ela, depurando-a gradualmente, e ainda mandará muitos outros.

Não é provável que vocês, meramente lendo a Bíblia e comparando seus ensinos, consigam ver a luz. E ler a Bíblia com a ajuda dos falsos profetas, piora mais ainda. Só há, pois, uma solução: Contatar às pressas, o único canal de comunicação de Jeová que é o Papa.

Talvez estejam se lembrando da chamada Santa Inquisição e outros pecados da santa madre Igreja! Sim, ela teve que fazer alguns ajustes. Contudo, continuem lutando contra idéias independentes. Não conheceríamos a verdade sem a ajuda dela, e não podemos passar sem ela. Só preguem a verdade que ela previamente preparar. Não preguem suas próprias idéias!

A ironia acima não é deboche e/ou falta de amor. Destina-se a levar as TJ a enxergar que o Corpo Governante não pode exigir delas obediência cega. Se eles tivessem esse direito, a Bíblia não seria autoridade. E os falsos profetas tirariam proveito disso, dizendo-se todos o único canal de comunicação de Jeová ou de Deus, e portanto a única autoridade inquestionável, estabelecendo o caos.

18. 8. O Verdadeiro Escravo Fiel e Discreto é o Caminho?!

Sabemos que os líderes das TJ tentam provar através da Bíblia que o que eles pregam é bíblico. Mas, como eles não admitem que os seus seguidores tenham “idéias independentes”, podemos concluir que eles têm a seguinte opinião: A autoridade não é a Bíblia, e sim, eles. Se por mera coincidência, os que com eles “estudam”a Bíblia, chegarem à mesma conclusão que eles sobre a interpretação de um certo texto bíblico, ótimo. Em caso de divergência, porém, as TJ devem “comer” o “alimento” que o escravo fiel e discreto está provendo. Se elas não agirem assim, estarão desobedecendo a Deus, o qual determinou que assim deve ser, segundo consta de Mt 24.45-47.

As TJ sabem que o “porta-voz” do escravo fiel e discreto não é infalível, pois, “afinal de contas, quem não erra?” Mas não podem abandonar a organização onde o porta-voz do escravo fiel e discreto atua, pois crêem que só nela há salvação.

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Embora o Papa e outros líderes religiosos arroguem a si a mesma autoridade alegada pelo Corpo Governante, as TJ crêem que eles são impostores, pois se matam mutuamente em tempo de guerra, não ensinam que Jeová é o único nome de Deus...

De acordo com as TJ, para sermos salvos basta-nos sabermos quem é o verdadeiro porta-voz do escravo fiel e discreto, nos associamos à organização religiosa que está sob a sua orientação, e sermos fiéis às suas doutrinas. Disso discordamos, à luz de Jo 8.12; 14.6; At 4.12; 2 Tm 3.15-17 etc., e redigimos estas linhas em socorro às vítimas desse engano fatal.

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CAPÍTULO.19

CURA DIVINA, PRODÍGIOS.E.EXPULSÃO.DE.DEMÔNIOS

19.1. Sobre Cura Divina

Segundo falou o Senhor Jesus, os seus discípulos devem pregar o Evangelho, curar os enfermos, expulsar demônios, ressuscitar defuntos, etc. (Mt 10.7,8; Mc 16.15-20; At 9.36-42). As TJ, porém, não promovem estas práticas, por julgarem as mesmas impróprias para os dias atuais. Consultando seus escritos e dialogando com elas, foi-nos possível perceber que elas crêem que as manifestações sobrenaturais existentes nos dias apostólicos tinham por finalidade ratificar que o Cristianismo vinha de Deus, bem como habilitar os apóstolos à composição do Novo Testamento. Daí deduzem que se estes objetivos já foram atingidos, então os dons miraculosos cessaram. As TJ não crêem na atualidade dos dons de curar. Geralmente limitam-se em dizer aos doentes que “a vida é assim mesmo!” E que “se formos fiéis a Jeová, um dia herdaremos a Terra paradisíaca, onde ‘nenhum residente dirá: Estou doente’” (Is 33.24 TNM).

Para que o leitor possa se certificar da autenticidade do que neste livro expomos, registramos que à página 106 do livro Raciocínios à Base da Escrituras, os líderes das TJ, citam Hb 2.3,4, cujo texto sem dúvida afirma que os milagres ocorridos nos dias

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apostólicos eram uma confirmação de que o Cristianismo realmente vinha de Deus, e concluem: “Eis a evidência convincente, deveras, de que a congregação cristã, que era nova então, era realmente de Deus. Mas, uma vez provado isso plenamente, seria necessário provar vez após vez?”

Ainda à página 106 do livro acima, os guias das TJ, citando 1 Co 12.29,30; 13.8,13, e “explicando” estes textos à moda deles, afirmam que os frutos do Espírito de Deus (fé, esperança, amor...) ainda estão de pé, ressaltando, entretanto, que os dons milagrosos cessaram tão logo atingiram seu objetivo, que segundo eles, era ratificar o Cristianismo. Senão, vejamos: “Uma vez cumprido o seu objetivo, esses dons milagrosos cessariam” (Ibidem).

Geralmente os evangélicos crêem que todos os sinais e prodígios ocorridos nos primórdios do Cristianismo ainda acontecem nos dias atuais. Por isto oramos por todos os enfermos e não são poucos os cancerosos, tuberculosos, aidéticos e outros enfermos que têm sido curados miraculosamente, mediante a oração da fé. As TJ, porém, dizem que estes milagres são obra do Diabo, o qual, com isso pretende nos iludir, fazendo-nos pensar que nossas igrejas são de Deus. Vários TJ já nos disseram isso pessoalmente e, de fato, a literatura de sua liderança induz a essa conclusão.

O fato de a Bíblia dizer que o Diabo também faz “milagres” (2 Ts 2.9,10; Êx 7.8-12; Mt 24.24 etc.), nos leva a crer que verdadeiramente há “milagres” realizados pelos demônios. Certamente podemos suspeitar dos “prodígios” ostentados pelas falsas religiões e seitas. As “maravilhas” que não resistem a um confronto com a Bíblia são, realmente, questionáveis. Sim, aceitar todas as coisas sobrenaturais como vindas de Deus, é negligenciar as advertências bíblicas. Por outro lado, pregar que os dons de curar cessaram no primeiro século da Era Cristã, e à base dessa falsa premissa, deduzir que os evangélicos que se consideram usados por Deus com estes dons, são falsos profetas a serviço de Satanás; e que as curas milagrosas que há nas igrejas realmente evangélicas, são obra do Diabo, não é uma postura respaldada pela Bíblia. De fato, a Bíblia não diz que o poder miraculoso que Jesus conferiu à Sua Igreja no século I, não esteja mais em vigor. Antes nos dizem que aqueles sinais

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seguiriam à Igreja através dos séculos. São de Jesus estas palavras: “... Os seguintes sinais acompanharão os que crerem: (...)” (Mc 16.17, TNM). Este versículo é uma pedra no sapato das TJ. Elas não sabem o que fazer dele: se o aceitam ou se o rejeitam. Por enquanto estão tentando conciliar essas duas coisas diametralmente opostas assim: Elas mantêm o texto em suas “bíblias”, mas negam-no em seus livros e brochuras. Por exemplo, às páginas 105 e 106 do livro Raciocínios à Base das Escrituras, após fazerem algumas citações que em nada desabonam o texto em lide, que é Mc 16.17-20, concluem: “Não há registro de que os primitivos cristãos bebessem veneno ou pegassem em serpentes para provar que eram crentes.” Respondemos, porém, às TJ, dizendo-lhes que não há tais registros e nem poderia haver, visto que fazê-lo seria tentar a Deus, o que não é permitido pelo Cristianismo (Mt 4.7). Logo, o texto em apreço, que é Mc 16.17-20, tão-somente prevê a possibilidade duma intervenção divina numa eventual circunstância não ostentatória. É o caso do apóstolo Paulo que foi picado por uma cobra, cujo veneno não lhe causou dano algum (At 28.3-6). A História Eclesiástica e a Bíblia registram vários casos em que os servos de Deus foram alvo da intervenção divina, e, por conseguinte, salvos miraculosamente. E, entre as muitas informações que nos chegaram às mãos, quanto aos diversos livramentos que Deus vem dando aos seus filhos em derredor do mundo, há alguns casos de envenenamento que se mostraram nulos, sob o impacto da glória de Deus. Devido ao exíguo espaço que ora reservamos para tratar do tema abordado neste livro não vamos tecer minúcias sobre tais ocorrências, nem enumerá-las; mas apenas dizer de passagem que tais casos existem e não são poucos.

19. 2. Prodígios

Quando o Senhor Jesus investiu os seus discípulos de poder sobre-humano, visando o bom desempenho da sublime missão de evangelizar o mundo, incluiu no “pacote” das maravilhas que iriam acompanhá-los, o ressuscitar os mortos (Mt 10.8; Mc 16.15-18). E eles de fato o fizeram (Mc 16.20; At 9.36-42; 20. 9,10). À base disso os líderes das TJ alegam que se os dons milagrosos não tivessem cessado nos primórdios do Cristianismo, os cristãos

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da atualidade não só curariam os enfermos, mas também ressuscitariam defuntos. Essa observação, porém, é inconsistente por três razões: 1ª) se este prodígio não estivesse ocorrendo hoje em dia, a falha poderia estar em nós; 2ª) se os dons miraculosos cessaram ou não, é a Bíblia que está autorizada a pronunciar sobre este assunto, e não os nossos fracassos pessoais, que podem estar apenas demonstrando quão medíocre tem sido a nossa vida espiritual; 3ª) quem disse que não tem ocorrido ressurreição de mortos entre os evangélicos? Saibam, pois, as TJ, quer creiam, quer não, que Deus tem feito esta maravilha entre nós, nos dias atuais, embora esporadicamente.

Ressuscitar os mortos, nunca foi algo freqüente entre o povo de Deus. Excluindo a ressurreição de Jesus e a dos que ressuscitaram depois dEle, conforme consta de Mt 27.52,53, a Bíblia só registra oito ocorrências: 1 Rs 17.17-23; 2 Rs 4.18-36; 13.20,21; Mc 5.35-42; Lc 7.11-15; Jo 11.1-44; At 9.36-42; 20.9-12. Por que este tipo de milagre sempre foi tão escasso? Talvez seja porque assim aprouve ao Senhor. Lembremo-nos ainda que a nossa incredulidade também pode limitar a operação de Deus em nós, e através de nós (Mt 13.58; 14.30,31; 21.21,22).

Dissemos acima que as TJ alegam que o fato de não ressuscitarmos os mortos, como os cristãos primitivos o fizeram, atesta que não somos investidos do poder que Cristo conferiu aos apóstolos. Para que o leitor veja que elas realmente argumentam assim, atente para esta transcrição: “... Eles não têm poder de ressuscitar os mortos...” (Raciocínios à Base das Escrituras, página 107, edição de 1.985).

Na opinião das TJ, se não curamos a todos, como Jesus e os apóstolos o faziam (Lc 6.19; At 5.15,16), é evidente que os evangélicos não são portadores de dons milagrosos. Esse argumento consta da página 104 do livro Raciocínios à Base das Escrituras. Explicando os dois textos bíblicos ora considerados, à moda delas, concluem perguntando enfaticamente: “Nos dias de hoje, será que todos os que vão aos religiosos que professam curar... são curados?” Porém, retrucamos esse argumento informando que Lc 6.19 e At 5.15,16 apenas falam de um determinado momento em que todos os enfermos foram sarados, e não que Cristo e os apóstolos curaram a todos os doentes com

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os quais depararam. Para vermos isto, basta-nos examinarmos Mt 13.58; 1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20.

As TJ se apóiam em 1 Co 13.8 que diz que “Quer haja [ dons de ] profetizar, SERÃO ELIMINADOS; quer haja línguas, CESSARÃO; quer haja conhecimento, SERÁ ELIMINADO” (TNM – grifo nosso), para dizerem que o tempo dos dons milagrosos cessarem já chegou. Mas o versículo 10 nos diz que é “quando chegar o que é completo” que “será eliminado o que é parcial” (TNM). “O que é completo” ainda não chegou, pois o contexto (versículos 9, 11-12) nos diz que “atualmente vemos em contorno indefinido por meio dum espelho de metal, mas ENTÃO será face a face. Atualmente eu sei em parte, mas ENTÃO saberei exatamente, assim como também sou conhecido exatamente” (TNM, grifo nosso). Está, pois, claro, que a mensagem do trecho bíblico em apreço é que durante a nossa estada aqui, temos um conhecimento parcial das coisas de Deus, por cujo motivo Deus nos assiste com seus dons sobrenaturais, os quais serão obsoletos, quando findar a nossa peregrinação, visto que então não mais teremos necessidade deles. Lá no céu não teremos dons de curas, dom de línguas, dom de profetizar, dom de operação de obras poderosas etc.

Já informamos que as TJ questionam a autenticidade de Marcos 16.9-20, mantendo-se sobre o “muro” a respeito deste texto, e induzindo os seus leitores a fazerem o mesmo que elas. Porém, vejamos o que registrou sobre isto o erudito pastor Orlando S. Boyer, de saudosa memória, em seu compêndio intitulado Pequena Enciclopédia Bíblica, da Editora Vida, 10ª edição de 1.986, páginas 404-405: “Há comentadores que querem repudiar os versículos 9-20 do último capítulo deste livro; porque não se encontram em dois dos três manuscritos mais antigos, isto é, no Sináitico e no Vaticano. Contudo não pode haver dúvida que no original havia toda essa passagem; (1) um dos três mais antigos manuscritos, o Alexandrino, os inclui. (2) Nas obras de Irineu e Hipólito encontram-se citações desses versículos. Escreveram eles no terceiro século, enquanto os dois manuscritos, o Sináitico e o Vaticano, datam do quarto. (3) Com uma leitura do capítulo, começando com o primeiro versículo, é evidente que Marcos não findou a sua narração com o versículo 8: ‘E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro... porque temiam.’ Se o Evangelho de Marcos findasse com o versículo 8,

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seria não somente incompleta a sua narrativa, mas também, estaria contra o espírito da instrução de Cristo: ‘Não temais.’ (4) Temos que concluir que, nos manuscritos Sináitico e Vaticano, gastos pelo uso, faltava a última parte – justamente a parte que incluía, no início, esses versículos”.

Certo jovem TJ, tentando nos convencer que os dons milagrosos cessaram, disse-nos que de acordo com 1 Co 13.8, as línguas cessaram. Mas então o ajudamos a entender a diferença que há entre cessaram e cessarão

Concluo este tópico dizendo que quando os adeptos da seita TJ se tornarem cristãos, e os atuais cristãos deixarem de ser relapsos, dedicando-se mais a Deus e às coisas do Seu Reino, isto é, à oração; ao jejum; à evangelização; ao estudo da Bíblia com afinco e perspicácia, sob o influxo do Espírito Santo; ao amor prático; à santificação etc., veremos a glória de Deus (Jo 11.40), visto que então oraremos e Deus nos ouvirá do Céu ( 2 Cr 7.14; Jo 14.13,14; 15.7; 1 Jo 5.14,15), fazendo através das nossas mãos, maravilhas extraordinárias (Jo 14.12; At 19.11), maiores do que as que Ele vem fazendo através dos milênios! Lembremo-nos que “estes sinais seguirão AOS QUE crerem”, e não A UMA PARTE DOS QUE crerem!

19.3. Expulsão de Demônios

É do conhecimento de todos os leitores da Bíblia que Jesus libertou muitos endemoninhados, expelindo deles os demônios (Mt 17.18; Mc 1.23-26; 5.1-16; 16.9). Não ignoramos ainda que o Senhor delegou aos seus discípulos o poder de também expulsar os demônios, em seu nome (Mt 10.8; Lc 10.17; Mc 16.17; At 8.7; 16.16-18). Disso podemos inferir que um instituto religioso que se diz cristão, mas não tem autoridade para dar ordem de despejo aos demônios, libertando os cativos de Satanás, não pode considerar-se uma extensão da Igreja que Jesus fundou no século I A. D..

É de domínio público que muitas pessoas escravizadas pelo Diabo, ao assistirem aos cultos evangélicos, incorporam espíritos, os quais, ao impacto da ordem: “Sai em nome de Jesus!”, são expelidos pelo poder de Deus. Isso é maravilhoso, mas alguns adeptos da seita das TJ já nos disseram que demônio se expulsa

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ensinando a verdade às pessoas, as quais, se optarem pelo verdadeiro conhecimento, passarão a estar com Deus e, por conseguinte, estarão libertas dos demônios. Mas esse método só é eficaz se a pessoa estiver apenas oprimida pelo demônio, e não possessa. Doutro modo, a primeira coisa que deve ser feita é expedir uma ordem de retirada em nome de Jesus, já que nesses casos, não raramente, o endemoninhado chega a ficar fora de si. Aliás, é muito impróprio pregar o Evangelho a uma pessoa cuja coordenação motora esteja sob o controle dos demônios. Jesus e os apóstolos nunca fizeram isso. Aprendamos, pois, com eles.

As possessões demoníacas a priori não procedem de Deus, obviamente. Contudo, a Bíblia diz que um espírito mau, DA PARTE de Deus, atormentava o rebelde Saul, retirando-se ao som mavioso da harpa que o jovem Davi dedilhava em louvor a Deus (1 Sm 16.14). Isto significa que Deus pode exigir que os demônios que já estão com a pessoa, se manifestem, objetivando levá-la a reconhecer a sua precariedade espiritual. Ademais, as manifestações demoníacas ensejaram a Cristo, aos apóstolos e à Igreja através dos séculos, excelentes oportunidades para se exibir o poder de Deus e glorificar o Seu nome. Conforme os demônios vão sendo expulsos, o poder das trevas vai sendo cada vez mais derrotado de cinco maneiras: A expulsão dos demônios, por si só demonstra que o Diabo e seus anjos perderam mais uma batalha; o ato de expelir demônios em nome de Jesus, testifica da superioridade deste, em relação àqueles; ressalta que entre os demônios e Cristo, não há parceria alguma; livra o possesso da sujeição satânica; e impele muitas pessoas a se entregarem a Cristo, recebendo-o como Salvador e Senhor de suas vidas. Uma das provas bíblicas de que as coisas são assim, é a ordem que Jesus deu ao ex-endemoninhado gadareno: “Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti” (Mc 5.19). O versículo seguinte nos diz que ele obedeceu à ordem de Jesus, e o resultado foi que “todos se maravilhavam” (Mc 5.20). Temos também At 8.6,7, cujo texto diz: “As multidões, de comum acordo, prestavam atenção às coisas ditas por Filipe, escutando e olhando para os sinais que ele realizava. Pois havia muitos que tinham espíritos impuros, e estes clamavam com voz alta e saíam...”

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Certa irmã em Cristo, ex-TJ, contou-nos o seguinte: “Eu e o meu esposo éramos TJ convictos de que estávamos na religião certa. Por isso nos dedicávamos de corpo e alma à pregação de suas heresias. E assim nos tornamos Pioneiros, dedicando, de per si, mais de 100 horas mensais `a pregação do que pensávamos ser a verdade. Certo dia, porém, fiquei tão enferma que não pude sair para pregar de porta em porta o que eu pensava ser o Evangelho do Reino. Tampouco pude cuidar dos meus afazeres domésticos. Mas a minha vizinha, uma senhora bondosa, membro da Assembléia de Deus, de quem eu tinha muita pena, visto que eu pensava que ela estava sinceramente enganada na sua religião, foi visitar-me e, com muito amor varreu a minha casa, espanou os meus móveis, lavou nossas roupas e nos preparou o almoço e serviu-nos. Depois, por saber que as TJ não aceitam que pessoas de outras religiões orem por elas, sem pedir licença orou por mim, dentro do meu quarto, pedindo a Deus que me curasse. Naquela hora um demônio incorporou em mim. Eu não perdi o sentido, mas apenas o domínio sobre o meu corpo, o que me permitiu ver tudo o que estava acontecendo. Eu caí da cama, rolava no assoalho e emitia roncos como os dos porcos. Aquele espírito imundo dizia que ia me matar por que eu era dele. A referida vizinha, porém, não se intimidou; antes disse àquele espírito: ‘Em nome de Jesus eu te mando: Sai dela.’ Então o demônio saiu e a enfermidade também. Isso levou-me à seguinte conclusão: Eu acho que a minha vizinha é vítima do engano religioso, ao passo que ela crê que a iludida sou eu. Porém, o fato de eu receber demônio, e ela expulsar esse espírito de mim, em nome de Jesus, deve levar-me a repensar. Expus este raciocínio ao meu marido, e ele concordou. A partir daí reavaliamos nossas convicções religiosas e formulamos muitas perguntas à nossa referida vizinha, a qual nos conduziu ao seu pastor, o que resultou na nossa conversão ao verdadeiro Cristianismo. Hoje, iluminados pelo Espírito Santo, eu e o meu esposo enxergamos , através da Bíblia, o quanto estávamos enganados! E louvamos a Deus, pela luz que Ele nos deu!”

O testemunho acima exemplifica que “um espírito mau da parte do Senhor” pode ensejar a manifestação do poder de Deus, libertação de vidas, e, por conseguinte, a glória do Seu sacrossanto nome! Aleluia! Amém!

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CAPÍTULO 20

ALGUÉM DO ANTIGO TESTAMENTO VAI PARA O CÉU?

Lendo a literatura das TJ, encontramos que:a) Só uma pequeníssima parte do povo de Deus do Novo

Testamento, isto é, um seleto grupo formado por 144.000, pode ir para o Céu;

b) Os servos de Deus do Antigo Testamento, ou seja, os que morreram servindo a Deus antes da morte de Jesus, não têm acesso ao Céu (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 122, parágrafo 7);

c) Os que herdarem a Terra vão plantar, colher, comer, beber, se casar, gerar filhos etc. Viverão como Adão e Eva viviam antes de pecarem: “...Aquilo que se perdeu foi a vida humana perfeita, com os seus direitos e perspectivas terrestres. Aquilo que se redime ou que se compra de novo é o que foi perdido, a saber, a vida humana perfeita com seus privilégios e prospectos terrestres...” (Seja Deus Verdadeiro, capítulo 10, parágrafo 6, página 111, edição de 1.955).

d) Os que herdarem o Céu, serão, sem exceção, criaturas espirituais; e que, conseqüentemente, serão como os anjos, a saber, não se casarão, não terão filhos, e assim por diante;

e) Os injustos que pecaram por ignorância e morreram (ou morrerem) antes do Armagedom, serão ressuscitados e terão a oportunidade de viver para sempre na Terra, mas receberão um tratamento diferenciado dos demais que se salvarem, isto é, “...Após serem levantados dos túmulos não participam no trazer filhos ao mundo...” (Seja Deus Verdadeiro, capítulo 23, parágrafo 15, página 274). Como que entre parênteses observo que aqui há uma incoerência, posto que o Corpo Governante interpreta que o fato de a Bíblia dizer que “ ‘Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado (RM 6:7)” [TNM], significa que os ressuscitados não responderão pelo que fizeram antes de morrerem (Poderá Viver

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Para Sempre no Paraíso na Terra, Capítulo 21, parágrafo 3, página 175);

f) A salvação não é só para 144.000. A multidão de salvos será incontável.

Agora, confrontemos com a Bíblia o fato de as TJ dizerem que ninguém do Antigo Testamento vai morar no Céu, e vejamos juntos o resultado. 20.1. Primeiro Confronto

 O apóstolo Paulo afirmou que os cristãos têm uma só

esperança (Ef 4.4). Logo, a esperança de um, é a de todos. Para onde vai um, vão todos. Por conseguinte, todos vão morar no Céu. Deste modo acabamos de refutar uma das principais doutrinas das TJ, segundo a qual, só parte do povo de Deus do Novo Testamento vai morar no Céu.

Agora passamos a mostrar que todo o povo de Deus do Antigo Testamento, também vai morar no Céu. Para tanto, continuemos confrontando com a Bíblia, o ensino do Corpo Governante:  20. 2. Segundo Confronto: 

Enoque foi para o Céu (Gn 5. 24; Hb 11. 5). Estes dois versículos dizem que Enoque não morreu, mas  desapareceu; e que o motivo do desaparecimento, foi que Deus o tomou para si. Ora, é desnecessário dizer que Enoque não era do Novo Testamento. Bastaria, pois, então, este confronto, para jogarmos por terra a heresia que ora consideramos. Contudo, vejamos outros confrontos. 20.3. Terceiro Confronto  O profeta Elias também foi  para o Céu: “Quando Jeová estava para tomar Elias ao Céu por um redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu. Caminhando eles ainda, e conversando, eis que apareceu um carro de fogo, e cavalos de fogo, os quais os separaram um do outro; Elias subiu ao Céu por um redemoinho. Eliseu...NÃO O VIU MAIS...” (2 Rs 2. 2, 11-12; grifo nosso).

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O Corpo Governante afirma à página 51 do livro Raciocínios à Base das Escrituras, que Elias não foi para o Céu, morada de Deus, e sim, transportado através do espaço onde voam as aves, a  alguma região do nosso planeta. Alegam em defesa disso, o fato de ter chegado às mãos do rei Jeorão, uma carta da autoria de Elias, após este ter sido arrebatado ao Céu. Mas, sendo Deus presciente, a referida carta pode ter sido redigida previamente. Para Deus, que prevê o futuro com exatidão, isto é facílimo. Segundo 1 Rs 22. 51, Jeorão sucedeu seu pai Jeosafá, após a morte deste, no reino de Judá. E, de acordo com 2 Rs 3.11, antes da morte de Jeosafá, Elias já havia sido arrebatado ao Céu, considerando que então se disse a Jeosafá que Eliseu deitava (no passado) água sobre as mãos de Elias. Deste modo, das duas uma: Ou a referida carta foi escrita antes do arrebatamento de Elias ao Céu e guardada para ser entregue no devido tempo, ou Elias voltou à Terra, para redigi-la. O contexto bíblico apóia àquela alternativa. Vejamos alguns exemplos: a) 2 Rs 2.12 diz que Eliseu nunca mais viu o profeta Elias. Obviamente, se Elias estivesse na Terra, Eliseu continuaria a vê-lo. b) Por dizer a Bíblia que nos dias de Jeosafá, Eliseu era visto como aquele que “deitava” (no passado) água nas mãos de Elias, vê-se que então era de domínio público de que Elias não se achava neste planeta.c) 2 Rs 2. 16-18, diz que os filhos dos profetas procuraram a Elias por  três dias     e não o acharam. 2 Rs 2. 9, diz que Elias disse a Eliseu: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja TOMADO de ti” (grifo nosso).d) Hb 11. 4-16 nos fala de 7 pessoas do Antigo Testamento, cuja esperança celestial não será malograda: Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e Sara. Todos eles eram do Antigo Testamento. Não obstante, a Bíblia diz que eles aspiravam “a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e fundador é Deus” (Hb 11. 10);  buscavam uma pátria melhor; e identifica esta Pátria, como sendo a Pátria Celestial (Hb 11. 14,16). Diz-nos ainda a Bíblia, que estes servos de Deus se declaravam peregrinos na Terra; e que, ao expressar assim, eles assumiam que estavam fora da sua Pátria, caminhando em direção ao seu País (Hb 11.

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14,16). E ainda observa que esta Pátria não podia ser a terra de onde haviam saído, visto não terem voltado para lá (Hb 11.15). 20.4. Quarto Confronto:      Morreu uma mulher que fora viúva sete vezes. Os saduceus perguntaram, pois, a Jesus, o seguinte: “...Na ressurreição, de qual dos sete será a mulher?...” E Jesus lhes respondeu: “...Na ressurreição, nem casam, nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no Céu” (Mt 22. 23-30). Este caso ocorreu antes da morte de Jesus, e, portanto, no Antigo Testamento. Então, a referida viúva e seus sete maridos, não vão se casar. Jesus disse que eles serão como os anjos. Atentemos para o fato de que Jesus não se limitou a dizer que a referida mulher e seus sete maridos não vão se casar. Não! O Senhor fez mais do que isso. O que ele disse, é que na ressurreição não se casa. Então o Senhor se valeu de um princípio geral, para explicar um caso particular: o da referida viúva e seus sete maridos. E, sendo assim, não só aquela mulher e seus sete maridos não se casarão, mas todos os que forem ressuscitados. Como sabemos, as TJ pregam que os salvos que herdarem a Terra, vão plantar, colher, comer, beber, casar, gerar filhos etc. Deste modo, as TJ devem concordar que a sobredita viúva e seus sete esposos, não vão habitar na Terra, já que os tais não terão o estilo de vida que seus líderes delinearam para os que, na eternidade, habitarão este Planeta. Se bem que, como vimos na INTRODUÇÃO a este Livro, eles subdividem a tal de grande multidão em dois grupos: os sexuados e os assexuados. Logo, é possível que eles saiam pela tangente usando esse “álibi”. Nesse caso, é só recorrermos ao argumento constante do capítulo 1 (1.14)

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CAPÍTULO 21

QUEM VAI MORAR NA TERRA?

Muitos pensam que nós, os evangélicos, cremos no seguinte: Os salvos irão para o Céu, os perdidos para o Inferno, e a Terra será destruída. Os que assim pensam, certamente não examinaram os compêndios teológicos elaborados pelos nossos teólogos. Um resumo dos principais eventos escatológicos em ordem cronológica, é o seguinte: 21.1. O Arrebatamento da Igreja e a Grande Tribulação

Haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21). Nós, os cristãos desta dispensação, não passaremos por essa grande tribulação que está por vir, pois a Bíblia diz que seremos guardados dessa hora ( Ap 3.10), isto é, seremos arrebatados ao Céu previamente. Portanto, Jo 14. 3; 1Ts 4. 16,17; 1 Co 15. 51,52; Hb 9. 28 etc., que tratam da primeira fase da segunda vinda de Cristo para nos arrebatar ao Céu, se cumprirão antes da grande tribulação. Muitos dos que não forem arrebatados ao Céu, no dia do arrebatamento da Igreja, se converterão e serão martirizados durante a grande tribulação (Ap 7. 14; 20. 4). São estes os integrantes da grande multidão mencionados em Ap 7.9, e não o que as TJ pensam. Os membros dessa grande multidão também irão para o Céu (Ap7. 9), o que prova que eles terão o mesmo destino da Igreja e do povo de Deus do Antigo Testamento: a Nova Jerusalém (Fp 3. 20; Hb 11. 9, 10,12-16; Ap

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21. 2-22. 5). E os que morrerem sem se converter durante a grande tribulação, para onde irão? Resposta: Nenhuma novidade (queira ver os capítulos 11e 12 deste livro). Possivelmente, muitas TJ (e inclusive membros do Corpo Governante) farão parte da grande multidão abordada em Ap 7.9, visto que quando perceberem que a Igreja foi arrebatada e elas ficaram, cairão em si, se converterão, desafiarão o Anticristo, sofrerão o martírio e irão para a Glória. Todavia, o que desejamos para as TJ é que se convertam agora, passem a pertencer a Cristo e sejam arrebatadas ao Céu no dia do rapto da Igreja.

21.2. A Manifestação de Jesus em Glória e o Armagedom.

Jesus disse que logo após a grande tribulação, Ele virá visivelmente (Mt 24. 29-30). Neste dia se concretizará o tão comentado Armagedom (Ap 16. 13-16), que é o seguinte: Durante a grande tribulação, todas as nações do mundo (Zc 14. 2a), sob a influência demoníaca (Ap 16. 13-14), se aliarão ao Anticristo, e seus exércitos se congregarão no lugar que na língua hebraica se chama Armagedom (Ap 16. 16), numa renhida guerra contra os Judeus (Zc 14. 2 a), os quais muito sofrerão (Zc 14. 2 b), e serão dizimados em dois terços (Zc 13. 8). Em meio a essa sangrenta batalha, Jesus se manifestará em glória (Mt 24. 30), e destruirá o exército inimigo dos judeus (Ap 19. 17, 18 , 21). Eis o Armagedom. A manifestação de Jesus em glória, mencionada em Mt 24. 29,30, não deve ser confundida com o evento do qual trata Jo 14. 3; e 1Ts 4. 16, 17; 1 Co 15. 51,52; Hb 9. 28 etc. Veja que o arrebatamento da Igreja será antes da grande tribulação, o que já vimos. Ao passo que o evento do qual trata Mt 24. 29,30, será, segundo informou Jesus, “depois da aflição daqueles dias”. As TJ pregam que o Armagedom é o período catastrófico durante o qual Jeová destruirá a humanidade rebelde. Crêem elas que nesse tempo Deus matará os católicos, os espíritas, os ateus, os protestantes, os budistas, os muçulmanos, e todos os que não são fiéis a Deus. Só as fiéis TJ serão poupadas.

21.3. O Juízo das Nações.

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No dia em que se concretizar o Armagedom, as nações serão julgadas (Mt 25. 31,33). O critério adotado será o tratamento que essas nações terão prestado aos judeus durante a grande tribulação (Mt 25. 34-46). Este texto fala de ovelhas, bodes, e irmãos de Jesus. Os bodes, que serão postos à esquerda de Jesus, serão lançados no fogo eterno; as ovelhas, ouvirão o “vinde” de Jesus; e o motivo dessa acolhida que Cristo dispensará às ovelhas, será o tratamento que as mesmas terão dispensado aos irmãos de Jesus. Logo, as “ovelhas” e os “irmãos” , são distintos, isto é, um não é o outro. Claro, ninguém pode ser recompensado por ter usado de bondade para consigo mesmo. Bodes, ovelhas, e irmãos, são, respectivamente: Os inimigos dos judeus; os amigos dos judeus, a saber, gentios convertidos; e os judeus convertidos.

21. 4. O Milênio.

Quando o Senhor destruir os exércitos inimigos de Israel no Armagedom; julgar as nações; lançar os bodes, a Besta e o falso profeta no lago de fogo; dar boas vindas às ovelhas; e prender o Diabo por mil anos, iniciar-se-á na face de toda a Terra, o Reino do qual a Bíblia tanto fala (Is 11. 6-9; 65. 20-25; Dn 2. 44; 7.13, 14, 27; 9.24; Zc 14.8-21; Mt 6.10; Ap 20.4-7 etc.).

21. 5. O Juízo Final.

Quando o Milênio terminar, Satanás será solto por um curto espaço de tempo (Ap 20. 3) e a seguir lançado definitivamente no lago de fogo, onde encontrará a Besta, o falso profeta, e os bodes, com os quais será atormentado eternamente (Ap 20.10). Com a derrocada final do Diabo, coincidirá o Juízo Final, que é o momento em que Deus ressuscitará todos os mortos, os julgará, e lançará os ímpios no lago de fogo eterno (Ap 20. 11-13). Os que não forem condenados no Juízo das Nações, se permanecerem fiéis durante o Milênio, bem como após o Milênio quando Satanás for solto e os tentar, vão herdar a Terra.

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21. 6. A Purificação do Universo.

A Terra e todos os demais planetas, bem como todos os astros, serão purificados com fogo (2 Pe 3. 7, 10-13). Sob esse fogo a Terra vai perecer, isto é, será destruída (Sl 102. 25-27). A Bíblia diz que a Terra vai perecer (Hb 1.11), mas isso não significa que ela vá deixar de existir, e sim, que, ao ser derretida, ela perderá a sua forma. A esta conclusão chegamos, quando comparamos os textos bíblicos que falam da destruição da Terra, com Ec 1.4, que nos assegura que ela para sempre permanece. Após ser expurgada à base de fogo, a Terra será restaurada à sua condição primitiva. E esse lindo Paraíso será habitado eternamente. Falando sobre isto, disse o erudito Pastor Antonio Gilberto: “Cumprir-se-á então também, plenamente, Mateus 5. 5: ‘Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra’...Ler ainda Salmos 37.11,29; 115. 16”. (O Calendário da Profecia, página 96). Vimos em 22.5, quem irá habitá-la. As TJ discordam da exposição acima. Elas crêem que a purificação pela qual a Terra passará, diz respeito à destruição do Diabo, dos demônios e dos homens iníquos. Porém, a Bíblia diz que a Terra perecerá. E perecer é destruir. Ora, arrancar as ervas daninhas de um jardim, não é o mesmo que destruí-lo. Logo, Deus não diria que o Universo vai perecer, se Ele pretendesse tão- somente, a destruição dos iníquos. A exposição acima representa a fé da maioria dos evangélicos. Basta ler os compêndios teológicos da autoria de teólogos e pastores evangélicos, editados pelas editoras evangélicas, para chegar a esta conclusão. Por exemplo, o Pastor Antonio Gilberto, em seu livro Daniel e Apocalipse, editado pela CPAD_ Casa Publicadora das Assembléias de Deus_ à página 182 afirma: “A Terra voltará ao estado de perfeição original, como era antes da entrada do pecado”. Nesta mesma página, explicando Ap 21.1, que diz que a Terra passará, disse: “ ‘Passaram,’ é no original ‘parechomai’, e significa passar de um estado para o outro. Não quer dizer aniquilamento”. E, como já vimos, ele disse ainda que então se cumprirá plenamente Mt 5. 5, que promete a Terra aos mansos. Até mesmo os hinos que cantamos em nossas igrejas, dizem que os evangélicos crêem na restauração da Terra, e que isto

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será efetuado com o propósito de torná-la deleitosa àqueles que forem designados para habitá-la. Veja estes exemplos:

Já refulge a glória eterna de Jesus o Rei dos reis Breve os reinos deste mundo seguirão as sua leis Os sinais da sua vinda mais se mostram cada vez Vencendo vem Jesus Eis que em glória refulgente sobre as nuvens descerá As nações e reis da Terra com poder governará Sim, em paz e em santidade toda Terra regerá Vencendo vem Jesus (Hino 112 do Cantor Cristão, hinário oficial dos batistas, grifo nosso)

Ressuscitou! Ressuscitou!E para o Céu Jesus tornou Mas voltará, também de láE neste mundo então reinará (Hino 188 da antiga Harpa Cristã, hinário oficial das Assembléias de Deus, grifo nosso)

Quando o povo israelita com Jesus se consertar Dando glórias ao seu nome sem cessar Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei entoando aleluias ao meu Rei (Ibidem, hino 3, grifo nosso)

21. 7. Eterno Estado de Felicidade

Quando o Universo for destruído e refeito, a Nova Jerusalém, que é a Cidade Celestial que Jesus preparou para nós, descerá do Céu e virá para cá (Ap 21. 9-27). “ Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei”, como bem o disse o poeta, autor do hino supracitado; pois então já se terá cumprido o que também está previsto em Rm 9-11, isto é, os judeus já terão recebido a Jesus.

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Recapitulando: Do arrebatamento da Igreja, à restauração de todas as coisas, quando então ingressaremos no momento escatológico que geralmente é chamado de Feliz Estado Eterno, os principais eventos escatológicos se desenvolvem na seguinte ordem: 1) Arrebatamento da Igreja; 2) Grande tribulação; 3) Manifestação de Jesus em glória; 4) Armagedom; 5) Juízo das nações; 6) Milênio; 7) Juízo final; 8) Purificação do Universo; 9) Eterno estado de felicidade. Quanto à pergunta que deu título a este capítulo, ratificamos que os que não subirem no dia do arrebatamento da Igreja, e se converterem no lapso de tempo entre o arrebatamento da Igreja e a Manifestação de Jesus em glória, e não morrerem, se forem fiéis durante o Milênio, bem como após o Milênio, quando Satanás for solto e os tentar, herdarão a Terra. Deixamos de abordar nesta sinopse escatológica vários pontos relevantes da Escatologia, como por exemplo, A Coroação da Igreja; As Bodas do Cordeiro; As Setenta semanas de Daniel; A Septuagésima Semana de Daniel, que é dividida em duas partes; As Dispensações; Os Períodos etc. Se o leitor quiser aprofundar seus conhecimentos sobre Escatologia, sugerimos que estude os livros Daniel e Apocalipse, e O Calendário da Profecia, ambos da autoria do Pastor Antonio Gilberto, editados pela CPAD__ Casa Publicadora das Assembléias de Deus__ , que podem ser encontrados nas livrarias evangélicas.

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CAPÍTULO 23

COMO TUDO COMEÇOU.

Nascido no Estado da Pensilvânia, EUA, aos 16 de fevereiro de 1.852, Charles Taze Russell, filho de presbiterianos, ingressou na Igreja Congregacional, ainda em sua adolescência. Aos 17 anos de idade ele já era cético, recuperando a fé na Bíblia ao contatar então uma das ramificações do movimento religioso encabeçado por *William Miller, a saber, a Igreja Cristã do Advento. No ano seguinte, isto é, em 1.870, Russell organizou um “estudo bíblico” onde foram inventadas as heresias que deram origem à seita das TJ. Russell se auto-intitulou Pastor, e os integrantes do grupo que “estudavam a Bíblia” sob a sua liderança, assim o reconheceram. Contudo, ele é acusado de irregularidades incompatíveis com a fé cristã, como, por exemplo, as que alistamos abaixo:a) Adultério

Conta-se que ele adulterava com a sua empregada Rose Ball. Isso, somado às prepotências e maus tratos, levou sua esposa a se separar dele e, por fim, a pedir-lhe o divórcio, o que lhe foi concedido em 1.913.

b) CharlatanismoDiz-se que ele induzia moribundos a doar seus bens à seita que ele fundara.

c) DesonestidadeConta-se que devido a escândalos financeiros, ele se viu diversas vezes em apuros na justiça.

d) Mentira

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Segundo os estudiosos dessa seita, Russell se dizia conhecedor do grego, para deste modo consubstanciar suas esdrúxulas idéias que ele dizia ser doutrinas bíblicas. Um Ministro batista, porém, o Reverendo Ross, o denunciou, sendo, por isso, processado por Russel. Mas a justiça decidiu a favor do Pastor Ross, visto que Russel não pôde provar sequer, que conhecia o alfabeto grego.

e) OcultismoO senhor Hélio Eduardo de Souza, dá o seguinte testemunho: “Após 18 anos como fiel Testemunha de Jeová tomei conhecimento da existência de uma pirâmide colocada junto ao túmulo de Charles Taze Russell... Procurei certificar-me do fato e acabei descobrindo outras práticas ocultistas dos líderes. Ou seja, envolvimento com a Maçonaria Templária, Piramidologia, símbolo da Teosofia nas suas publicações, etc.Escrevi para a sede da seita em busca de esclarecimentos e acabei sendo excluído arbitrariamente por ter descoberto tais práticas ocultistas...”.Observação: O irmão Hélio, e sua esposa irmã Carmencita, que também foi TJ por 23 anos, estão prontos a ajudar os que querem se certificar da autenticidade de suas denúncias, e dão para contato, o seguinte endereço: Caixa Postal 85.960 – Barra Mansa – RJ – CEP 27.301-970.

Os capítulos deste compêndio não estão dispostos numa ordem crescente ou decrescente, em importância. Contudo, não é por acaso que deixamos este capítulo por último. O fazemos a propósito. O porquê disso é que embora seja importante conhecermos a origem da avalancha russelita, esse conhecimento não é imprescindível para levarmos as TJ aos pés de Cristo. Na maioria das vezes deve-se evitar apelar para a vergonhosa vida do fundador dessa seita, pelas seguintes razões: Embora (segundo os autores das denúncias acima) se possa

provar que Russell era portador dos desvios morais de que é acusado, geralmente as TJ duvidam tanto disso que nem mesmo averiguam se tais acusações procedem ou não. Vão logo dizendo que tais acusadores são pessoas inescrupulosas, que gratuitamente objetivam denegrir a imagem do Pioneiro;

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A grande maioria dos evangélicos não está de posse das provas documentais de que Russell verdadeiramente não era possuidor das qualidades morais que caracterizam um homem de bem. Por isso, tais denúncias nem sempre produzem o efeito desejado;

Para provarmos que a “religião” das TJ é falsa, basta-nos compararmos suas doutrinas com a Bíblia. Este autor, por exemplo, não aceita discutir com as TJ sobre a vida pessoal de Russell, ou de qualquer outro adepto de seita. Só aceito conferenciar acerca das questões doutrinárias.

*William Miller: Pioneiro de um falso movimento religioso que redundou na fundação de várias seitas, sendo a principal delas a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

P.S.I:

Embora este livro seja profundo e minucioso como você já sabe, este autor o considera superficial, em comparação com o que é preciso saber, para um trabalho mais eficiente junto às TJ. Por este motivo lhe recomendamos outras obras de nossa autoria, das quais, alguns capítulos deste compêndio são uma síntese. Seus títulos, são:

P.S.II: O dinheiro que obtemos através de doações e venda de nossos livros, não é usado em mordomias, mas na realização da Obra de Deus, como, por exemplo, lançamentos de novos títulos; novas edições dos livros que já vieram a lume; distribuição de folhetos evangelísticos; bem como outras necessidades inerentes à Obra Missionária que Deus nos confiou. Este autor é Missionário autóctone de

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tempo integral na Obra de Deus. Estamos, pois, à disposição da Noiva de Cristo, isto é, a Igreja. Fazemos cruzadas evangelísticas, bem como ministramos Seminários sobre seitas nas igrejas que nos convidam. Associe-se a nós, e juntos evangelizemos o Brasil e o mundo!Sabemos que são muitos os espertalhões que vivem às custas da “lã” das ovelhas de Cristo. Logo, se por este motivo você teme nos apoiar, sugerimos que ore ao Senhor, perguntando a Ele se somos ou não sérios. E só contribua após ouvir a Sua voz.

Você quer nos ajudar? Se sim, faça o seguinte:1) Ore e jejue por nós;2) Divulgue nossos livros;3) Envie-nos jornais, revistas, livros etc., sobre Religiões, seitas e heresias, quer refutando-as, quer defendendo-as;4) divulgue nosso site;4) Deposite sua oferta na conta corrente abaixo:Favorecido: Joel Santana39645_1 Agência: 0204Banco Itaú

BIBLIOGRAFIA

I. LITERATURA DAS TJ, EDITADAS PELA SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS.

1. Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas (A “bíblia” das TJ, diversas edições).

2. Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, edições de 1.983 e 1989.

3. Seja Deus Verdadeiro, 1.955.

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4. Raciocínios à Base das Escrituras, 1.985.5. A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, 1.968.6. Cumprir-se-á Então, O Mistério de Deus, 1.971.7. Meu Livro de Histórias Bíblicas, 1.978.8. O Homem Em Busca de Deus, 1.990.9. É Esta Vida Tudo o Que Há?, 1.975.10. O Paraíso Restabelecido Para a Humanidade Pela

Teocracia, 1.974.11. Verdadeira Paz e Segurança12. O Reino de Deus – Nosso Iminente Governo Mundial,

1.977.13. Qualificados Para Ser Ministros, 1.959.14. Do Paraíso Perdido ao Paraíso Recuperado, 1.959.15. Inimigos, J. F. Rutherford, 1.937.16. Criação, J. F. Rutherford, 1.927.17. O Nome Divino Que Durará Para Sempre (brochura),

1.984.18. Unidos na Adoração do Único Deus Verdadeiro, 1.983.19. Sentinela – Anunciando o Reino de Jeová (revistas,

diversos exemplares). 20. Despertai! (revistas, diversos exemplares) 21. Boas Novas Para Torná-lo Feliz, 1.977. 22. Sobrevivência Para Uma Nova Terra, 1.984.

II. LIVROS EVANGÉLICOS

1. Bíblia (diversas versões)Menezes, Aldo dos Santos. Merecem Crédito as Testemunhas de Jeová? CPR – Centro de Pesquisas Religiosas, 1ª edição, novembro de 1.995.

2. Reed, David A. As Testemunhas de Jeová Refutadas Versículo Por Versículo.

3. Oliveira, Raimundo F. de. Como Estudar e Interpretar a Bíblia – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus -, 1.986.

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4. Silva, Antonio Gilberto da, Daniel e Apocalipse – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 4ª edição de 1.986.

5. Silva, Antonio Gilberto da. O Calendário da Profecia, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus – 5ª edição de 1.991.

6. BerKouwer, G. C. A Pessoa de Cristo, JUERP -, 2ª edição de 1.983.

7. Schnell, William J. Trinta Anos Escravizada à Torre de Vigia, Distribuição ABU – Editora, 2ª edição de 1.962.

8. Silva, Esequias Soares da. Testemunhas de Jeová, Volume I. Editora e Distribuidora Candeia, 2ª edição de 1.993.

9. Oliveira, Raimundo F. de. Seitas e Heresias, Um Sinal dos Tempos – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus – 9ª edição de 1.994.

10. Rinaldi, Natanael; Romeiro, Paulo. Desmascarando as Seitas – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus – 3ª edição de 1.997.

11. Boyer, O. S. Pequena Enciclopédia Bíblica, Editora Vida, 10ª edição de 1.986.

12. Friberg, Barbara; Friberg, Timothy, Novo Testamento Grego Analítico, Sociedade Religiosa – Edições Vida Nova.

13. Mendes, Paulo. Noções de Hebraico Bíblico, Sociedade Religiosa, Edições Vida Nova – edição de 1.995 – 1ª edição em português, 1.987.

14. Taylor W. C. – Dicionário do Novo Testamento Grego, JUERP – 9ª edição, 1.991.

15. Dobson, John H. Aprenda o Grego do Novo Testamento – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 5ª edição, 1.999.

16. Olson, N. Lawrence, O Plano Divino Através dos Séculos, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus – 8ª edição de 1.986.

17. Pearlman, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida, 16ª edição, 1.991.

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18. Silva, Antonio Gilberto da. Crescimento em Cristo – CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus – 2ª edição, 1987.

19. Nassar, Jamil. O que os Testemunhas de Jeová Precisam Saber, Cruzada Mundial de Literatura, 4ª edição de 1.984.

20. Duncan, Homer. Testemunhas de Jeová?! Imprensa Batista Regular, 2ª edição, 1980.

21. Jr. Robert M. Bowman. Porque devo Crer na Trindade. Resposta às Testemunhas de Jeová – Editora Candeia, 1ª edição, l.996.

22. Justus, Amilto. Vinte Razões Porque Não Sou Testemunha de Jeová. A. D. Santos & Cia Ltda, 8ª edição.

23. Silva, Esequias Soares da. Testemunhas de Jeová, volume II. Editora Candeia, 1.993.

24. Cabral, J. Religiões, Seitas e Heresias. Universal Produções – Indústria e Comércio, 3ª edição.

25. Gibbs, Carl Boyd. Doutrina da Salvação. Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, 3ª edição, 1.999.

26. Silva, Esequias Soares da. Provas Documentais. Editora Candeia, 1ª edição, 1.997.

27. Silva, Esequias Soares da. Lições Bíblicas, CPAD – Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2º trimestre de 1.997.

28. Stewart Dom. 103 Perguntas que as pessoas mais fazem sobre Deus, JUERP,4ª edição, 1.992.

29. A Torá e o Novo Testamento em hebraico.30. Septuaginta.

31.Santos, Aldo Menezes dos. Porque Abandonei as Testemunhas de Jeová. 1ª edição de 2002, Editora Vida.

32. W. E. Vine. Dicionário Vine, CPAD _Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 3ª edição, 2003.

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III. LIVROS DIVERSOS

1. J. Isidro Pereira S. Dicionário Grego-Português e Português-Grego. Livraria Apostolado da Imprensa, 7ª edição.

2. Kirst, Nelson; Kilpp Nelson; Schwants, Milton; Raymann, Acir; Zimmer; Rudi. Dicionário Hebraico-Português e Aramaico-Português. Editoras: Sinodal/Vozes, 4ª edição, 1.994.

3. Jucksch, Alcides. Quem são as Testemunhas de Jeová? Editora Sinodal, 5ª edição, 1.989.

4. Holanda Ferreira, Aurélio Buarque de. Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Editora Nova Fronteira, 1ª edição, 14ª impressão.

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