trabalho de ordenamento de territorio e geoprocessamento
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Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Universidade Jean Piaget de Cabo Verde
Índice Interesse: .................................................................................................................................................................. 7
Evolução urbana da cidade do Mindelo ..................................................................................................... 10
O 1º Plano de Urbanização do Mindelo ..................................................................................................... 13
História de Monte Sossego e Chã de Cemitério ...................................................................................... 14
Temperatura do ar ............................................................................................................................................. 16
Temperatura do ar ............................................................................................................................................. 16
Insolação ................................................................................................................................................................. 17
Clima ........................................................................................................................................................................ 17
Vento ........................................................................................................................................................................ 17
Humidade ............................................................................................................................................................... 17
Hipsometria........................................................................................................................................................... 18
Declividade ............................................................................................................................................................ 19
Orientação de Relevo ........................................................................................................................................ 20
Hidrologia .............................................................................................................................................................. 20
Poluição Ambiental ............................................................................................................................................ 21
Poluição Sonora ................................................................................................................................................... 21
Fluxos de circulação rodoviária localizada ......................................................................................... 21
Poluição da água .................................................................................................................................................. 21
Inundação............................................................................................................................................................... 22
Erosão ...................................................................................................................................................................... 22
Acidentes Industriais ........................................................................................................................................ 22
População total .................................................................................................................................................... 23
Estrutura etária ................................................................................................................................................... 23
Natalidade e mortalidade ................................................................................................................................ 24
Dimensão agregado familiar .......................................................................................................................... 24
Densidades ............................................................................................................................................................ 25
Dinâmica populacional ..................................................................................................................................... 26
Situação económica e social ........................................................................................................................... 26
Caracterização da População Activa ...................................................................................................... 27
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Educação ................................................................................................................................................................. 28
Ensino Básico Integrado (EBI) ................................................................................................................. 29
Ensino Secundário ......................................................................................................................................... 29
Equipamentos ...................................................................................................................................................... 30
Equipamentos de Educação e Ensino .................................................................................................... 30
Equipamentos de Desporto ....................................................................................................................... 30
Equipamentos de Saúde .............................................................................................................................. 30
Equipamentos de Lazer ............................................................................................................................... 30
Equipamentos de Lazer e Cultura ........................................................................................................... 30
Equipamento de segurança ....................................................................................................................... 30
Acessibilidades .................................................................................................................................................... 31
Infra-estruturas ................................................................................................................................................... 32
Telefone e Internet ........................................................................................................................................ 32
Rede viária ........................................................................................................................................................ 32
Saneamento ........................................................................................................................................................... 33
Electricidade e Água .......................................................................................................................................... 34
USO DO RÉS-DO-CHÃO ..................................................................................................................................... 36
Nº DE PISOS........................................................................................................................................................... 37
Época de Construção ......................................................................................................................................... 38
Estado de Conservação ..................................................................................................................................... 39
Tipologia de Habitação ..................................................................................................................................... 40
Estado de construção ........................................................................................................................................ 41
Revestimento Exterior ...................................................................................................................................... 42
Estilo Arquitectónico ......................................................................................................................................... 43
Material de construção ..................................................................................................................................... 44
Material de cobertura ....................................................................................................................................... 45
Mapa de Sobreposição 2 (Previsão da data de reabitação dos edifícios) .................................... 46
Mapa de Sobreposição 3 (Previsão de Expansão de Monte Sossego) ........................................... 48
Mapa de Sobreposição 4 (Analise Localização de comercio) ........................................................... 50
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Índice de Tabelas/Quadros
Tabela 01: Variação de Temperatura anual em Cabo Verde………………………………13
Tabela 02: Variação Humidade Anual em Cabo Verde………………………………………..14
Tabela 03: Tabela Hipsometria em Monte Sossego…………………………………………….15
Tabela 04: Tabela declividade em Monte Sossego……………………………………………..16
Tabela 05: Tabela de orientação de relevo em Monte Sossego………………………….17
Tabela 06: Tabela Densidade populacional em Monte Sossego………………………….22
Tabela 07: Tabela de Jardins infantis……………………………………………………………….25
Tabela 08: Tabela de Ensino básico………………………………………………………………….26
Tabela 09: Tabela de Ensino secundária…………………………………………………………..26
Tabela 10: Tabela de Uso do rés-do-chão………………………………………………….……..33
Tabela 11: Tabela nº de pisos………………………………………………………………………….34
Tabela 12: Tabela de época de Construção………………………………………………………35
Tabela 13: Tabela de Estado de Conservação…………………………………………………..36
Tabela 14: Tabela de Tipologia de Habitação……………………………………………………..37
Tabela 15: Tabela de Estado de Construção………………………………………....... 38
Tabela 16: Tabela revestimento Exterior………………………………………………………39
Tabela 17: Tabela de Estilo Arquitectónico………………………………………….40
Tabela 18: Tabela Material de construção..………………………………………….41
Tabela 19: Tabela de material de construção………………………………………………….42
Tabela 20: Tabela de previsão de data de reabilitação dos edifícios…………………..43
Tabela 21: Previsão de Expansão de Monte Sossego………………………………………….45
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Tabela 22: Tabela análise Localização de comércio……………………………………………47
Gráfico 01: Pluviosidade Anual em Cabo Verde………………………………………………….13
Gráfico 02: População de Monte Sossego segundo o sexo…………………………...………20
Gráfico 03: Distribuição da população por grupo etário……………………………………..20
Gráfico 04: População activa com mais de 15 anos……………………………………21
Gráfico 05: Divisão de agregados familiares………………………………………………………21
Gráfico 06: População activa com 15 anos ou mais…………………………………………….24
Gráfico 07: Distribuição da população por grupo etário……………………………………..24
Gráfico 08: Nível de instrução (3 ou mais anos de idade)……………………………………25
Gráfico 09: Distribuição dos agregados segundo o meio de evacuação das águas
residuais………………………………………………………………………………...30
Gráfico 10: Distribuição dos Postos de Transformação…………………………………….31
Gráfico 11: Energia para iluminação………………………………………………………………..32
Gráfico 12: Modo de abastecimento de água………………………………..…………………….32
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Índice de Figuras / Mapas
Imagem 01: Delimitação de Zona de Monte Sossego……………………………………………6
Imagem 02,03 e 04: Baía do Porto Grande…………………………………………………………..7
Imagem 05,06 e 07: Praça Nova, Rua de Lisboa e Mercado Municipal………………..….7
Imagem 08: Mindelo antigamente……………………………………………………………………….8
Imagem 09 e 10: Palácio de Povo e Câmara Municipal………………………………... 9
Imagem 11 e 12: Pracinha da Igreja e réplica de torre de Belém…………………………..9
Imagem 13 e 14: Centro Cultural do Mindelo e Liceu Jorge Barbosa……………………..9
Imagem 15: 1º Plano de Urbanização do Mindelo………………………………………………10
Imagem 16: Monte Sossego antigamente…………………………………………………..…….11
Imagem 17: Monte Sossego e Chã de Cemitério actualmente……………………………12
Imagem 18, 19 e 20: Industrias de Zona de Monte Sossego…………………………..….19
Imagens 21: Jardim Carinho e Jardim Flores do Mindelo……………………………..……26
Imagens 22, 23 e 24: E. Humberto D. Fonseca, E. Pólo educativo n°9 e E.
Mestre Baptista………………………………………………………………………………………………26
Imagem 25: Passeio reduzido, diferença de soleira e Obstrução no Passeio…..…….28
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Mapas
Mapa 01: Mapa Hipsometria em Monte Sossego……………………………………………….15
Mapa 02: Mapa de declividade em Monte Sossego……………………………………………16
Mapa 3: Tabela de orientação de relevo em Monte Sossego ………………………….17
Mapa 05: Mapa de equipamentos……………………………………………………………………..22
Mapa 04: Mapa de Densidade populacional e Monte Sossego……………………………..28
Mapa 06: Mapa de Vias……………………………………………………………………………………30
Mapa 07: Mapa de Uso do rés-do-chão……………………………………………………………..33
Mapa 08: Mapa nº de pisos……………………………………………………………………………..34
Mapa 09: Mapa de época de Construção……………………………………………………………35
Mapa 10: Mapa de Estado de Conservação………………………………………………………..36
Mapa 11: Mapa de Tipologia de Habitação……………………………………….………………..37
Mapa 12: Mapa de Estado de Construção……………………………………………..38
Mapa 13: Mapa revestimento Exterior…………………………………………………………….39
Mapa 14: Tabela de Estilo Arquitectónico……………………………………………..40
Mapa 15: Mapa Material de construção………………………………………………..41
Mapa 16: Mapa de material de construção………………………………………………………..42
Mapa 17: Mapa de previsão de data de reabilitação dos edifícios………………………..44
Mapa 18: Previsão de Expansão de Monte Sossego……………………………………………46
Mapa 19: Tabela análise Localização de comércio……………………………………………48
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Introdução
O presente trabalho Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio -espacial,
económica e ambiental de Monte Sossego solicitado pelas disciplinas de planeamento e
ordenamento de território e Geoprocessamento tem por objectivos:
Observar através de fotos e visitas contínuas ao terreno factores socio-espacial,
económica e ambiental do bairro para então estabelecer uma posição analítica.
Identificar a evolução da morfologia urbana.
Recolha e tratamento de dados relativamente ao edificado, ao sistema urbano e
os equipamentos.
Relacionar os dados.
Analisar a demografia e os recursos humanos locais.
Analisar as condições de acesso da população, as infra-estruturas básicas.
Interesse: Enquanto estudantes de arquitectura o interesse é observar, entender e analisar a
evolução do bairro, mais propriamente dos edifícios e do objecto arquitectónico.
Assim, compreender os princípios do planeamento urbano, natureza da organização
funcional e espacial da área em estudo, factores ambientais, condições de vida e
especialmente questões relacionadas com o ambiente, o saneamento e a segurança. Isto
dá-nos uma percepção muito mais clara da evolução histórica e os estilos característicos
de cada geração. Deste modo este exercício dá-nos uma maior noção da realidade do
bairro de Monte Sossego.
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Metodologia de trabalho
A primeira etapa do trabalho foi baseado em traçar uma estratégia de como melhor
abordar a área em estudo, a partir daí a área foi dividida em três sub - áreas e dividimo-
nos em grupos de dois para que o levantamento fosse o mais detalhado e preciso
possível.
Seguidamente o trabalho decorreu da seguinte forma:
I. Primeira visita a área de intervenção, Monte Sossego - Chã de Cemitério. Essa
visita foi baseada no levantamento de fotografias, conversa com as pessoas da
comunidade com o intuito de esclarecer dúvidas que suscitavam esclarecimento
imediato e levantamento de dados segundo as fichas anteriormente elaboradas, a
partir das seguintes variáveis:
Número de pisos;
Uso (rés-do-chão);
Época de construção;
Estado de conservação;
Revestimento exterior;
Estilo arquitectónico;
Material de alvenaria;
Material de cobertura;
Estado da construção;
Tipologia de habitação.
II. Tratamento dos dados do levantamento que consistiu na:
Elaboração dos mapas manualmente, conforme as diferentes variáveis;
Elaboração de gráficos;
Relatório de cada mapa;
Digitalização dos mapas.
III. Levantamento da história da área.
IV. Recolha de dados e informações pertinentes ao trabalho.
V. Visitas de estudo a zona com o objectivo de fazer uma descrição final dos
parâmetros em estudo.
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VI. Análise e tratamento de dados com auxílio dos softwares (Excel, CAD, Corel
Draw) e observação visual.
V.I. Produção de textos de desenvolvimento do trabalho final assente nos tópicos:
Caracterização Climática
Topografia
Qualidade do ar
Riscos
Demografia
Sistema Urbano
Edificado/Habitação
Equipamentos
Análise das diversas variáveis do Edificado/ habitação e cruzamento entre elas
Análise SWOT
Enquadramento Geográfico
A ilha de São Vicente é a segunda ilha mais povoada de Cabo verde, localizada
no grupo do Barlavento, a Noroeste do arquipélago. O canal de São Vicente separa-a da
vizinha ilha de Santo Antão.
A nossa área de intervenção (Monte de Sossego), fica situado a poucos metros
da orla marítima e faz «fronteira» com zonas como Campin, Monte, Alto d’Bomba,
Ribeira Bote e Bela Vista. Ela abrangem uma area de 35,51 Há.
Imagem 01: Delimitação de Zona de Monte Sossego
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História de São Vicente
Evolução urbana da cidade do Mindelo Descoberta em 22 de Janeiro de 1462, a ilha de São Vicente esteve
praticamente despovoada até 1838, data em que os ingleses decidiram estabelecer no
Mindelo um depósito de carvão para reabastecimento dos barcos que navegavam em
rotas atlânticas.
Desde o século XVIII, as tentativas de povoamento da ilha de São Vicente
haviam sido consecutivamente mal sucedidas. No entanto, o tráfego transatlântico e as
excepcionais condições naturais do Porto Grande foram determinantes para que a
administração portuguesa, através do ministro da Marinha e das Colónias, visconde de
Sá da Bandeira, deliberasse a fundação do Mindelo por decreto régio em 11.06.1838.
Elevada à categoria de vila em 1858 e de cidade em 1879, o movimento do Porto do
Mindelo prosperou durante o século XIX, mas a partir de 1885 perdeu a posição
dominante na navegação que cruzava o Atlântico a favor dos seus concorrentes
canarinos e da costa continental africana.
Imagem 02,03 e 04: Baía do Porto Grande;
O surto de desenvolvimento atraiu sucessivas vagas populacionais em busca de
melhores condições de vida. Mindelo, pressionado pelo êxodo rural, confrontava as
populações com um porto em decadência, agravando ainda mais o desemprego e o
aumento de áreas desqualificadas.
Imagem 05,06 e 07: Praça Nova, Rua de Lisboa e Mercado Municipal;
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Mau grado este enquadramento, no começo do século XX iniciaram‐se os
estudos para o Plano Geral de Melhoramentos do Mindelo. Este documento tornou‐se
prioritário em 1927 e, embora se desconheça o seu processo de desenvolvimento, terá
influenciado as operações de expansão da cidade até meados do mesmo século.
Os estudos de planeamento do Mindelo só foram retomados em 1957, através
do arquiteto João António de Aguiar. Mas a desadequação das propostas apresentadas
para o plano de urbanização foi alvo de severas críticas, devido à utilização de soluções
enraizadas nos modelos da cidade‐jardim, com amplos espaços ajardinados em
contextos onde escasseavam os recursos aquíferos. Esta situação afetou o
desenvolvimento dos trabalhos, que foram reequacionados pelo arquiteto José Luís
Amorim e concluídos em 1960. Em meados do século XX, o Estado português,
empenhado numa estratégia político‐económica de desenvolvimento, inicia com os
planos de fomento o investimento em Cabo Verde, recuperando a ideia de construção de
uma plataforma das rotas do Atlântico. Para materializar estas premissas no território, os
planos de urbanização elaborados no âmbito dos serviços de urbanismo do Ministério
do Ultramar surgiram como instrumento fundamental, a partir do qual se desenvolveram
em linhas de intervenção precisas. Em primeiro lugar, pretendia‐se a modernização das
interfaces do arquipélago com o exterior, utilizando os planos diretores para a
reestruturação das duas principais cidades portuárias, a Praia e o Mindelo.
Mindelo é o resultado de duas grandes influências, a colonial portuguesa e a
britânica. É uma urbe de base oitocentista, apresenta uma fixação urbana principal com
as características do núcleo urbano português tradicional: de localização litoral, com
uma malha “orgânica” e seus arruamentos subindo as encostas, ligando entre si
alfândega e fortim, igreja e câmara, num conjunto que inclui também modestos
quarteirões residenciais.
Imagem 08: Mindelo antigamente
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Destacam-se o Palácio do Governador, a Câmara Municipal, a Pracinha da Igreja
– o berço da cidade, a partir da qual foram construídas as primeiras casas e traçadas as
primeiras ruas – a Avenida Marginal – com a réplica da Torre de Belém de Lisboa – o
Fortim d'el-Rei – a construção mais antiga existente em Mindelo e com uma soberba
vista panorâmica sobre a cidade e a baía – a Alfândega Velha – hoje Centro Cultural do
Mindelo.
Imagem 09 e 10: Palácio de Povo e Câmara Municipal
Imagem 11 e 12: Pracinha da Igreja e réplica de torre de Belém
Imagem 13 e 14: Centro Cultural do Mindelo e Liceu Jorge Barbosa;
O tipo de vida cosmopolita que se instalou no Mindelo foi decisivo para a
fixação na cidade da elite cultural e intelectual cabo-verdiana.
Hoje, São Vicente alberga uma população de cerca de 76 mil habitantes,
maioritariamente residentes na cidade do Mindelo, sua capital.
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O 1º Plano de Urbanização do Mindelo Três meses depois da assinatura do decreto, que ordenava a criação de uma nova
capital, foi publicado o 1º plano de urbanização do Mindelo, como resultado da Portaria
Régia de 30 de Junho de 1838, que acompanhava o Decreto.
Deveria ser regular havendo especial cuidado na designação dos lugares
destinados para os diversos edifícios e mais objectos do serviço público, de modo que
eles ocupassem respectivamente as mais convenientes situações, e quando com o tempo
as construções viessem a aumentar tudo se achasse em perfeita harmonia.
Foi também expressa a esperança que proprietários e capitalistas dessa Província
participassem para o desenvolvimento da futura capital que deveria concorrer muito
para o aumento das relações comerciais.
…O melhor acolhimento a todos os nacionais e estrangeiros, que se quisessem
estabelecer na ilha e levantar edifícios na nova povoação.
…Um plano inspirado nos esquemas tradicionais das cidades europeias, com
forma rectangular rígida.
Em vários pontos da cidade seriam construídos os seguintes edifícios:
Alfândega, Colégio, Palácio Episcopal, Igreja Matriz, Palácio do Governador Geral,
Câmara Municipal, Mercado, Prisão e Tribunal, Bazar e Anfiteatro para divertimentos
públicos, Hospital, Cemitério e Matadouro. Seria reservado terreno para jogos e
divertimentos desportivos.
Imagem 15: 1º Plano de Urbanização do Mindelo;
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História de Monte Sossego e Chã de Cemitério Entre 1940 e 1975 a população de S.Vicente aumentou dos cerca de 16000 para
aproximadamente 36000 pessoas. Do crescimento da população deriva a característica
principal do desenvolvimento urbano do período após guerra: um aumento
extraordinário e caótico da área ocupada por construções urbanas, resultando em vários
bairros novos. Paralelamente ao nascimento e crescimento dos bairros houve uma
transformação das partes mais antigas da cidade e bairros limítrofes. Velhas casas foram
reconstruídas ou demolidas para dar lugar a novas de standard muito mais elevado
(como é o caso de Monte Sossego).
Através de uma nomenclatura das praças, ruas, travessas e becos da cidade do
Mindelo, oficializada em 1895, conheceu-se a extensão da cidade na altura. Segundo
esta nomenclatura parte de Chã de Cemitério já existia.
No ano de 1908, efectuou-se um recenseamento da população, Chã de
Cemitério contava com 250 pessoas em 49 fogos. Porém em Monte Sossego ainda não
havia habitações devido ao facto de nesse sítio localizar-se um cemitério. As pessoas
sentiam um certo receio em implantar os seus edifícios próximos ao cemitério devido as
histórias e lendas que contavam-se a cerca do cemitério e dos mortos. Por esta razão
Chã de Cemitério e Monte Sossego datam da década de 70. Nesta época o cemitério já
tinha sido mudado de lugar, ocupando um espaço ligeiramente mais afastado.
Monte Sossego começou a desenvolver-se ao pé do monte conhecido como Alto
Bomba. Inicialmente este desenvolvimento deu-se de forma muito caótica devido ao
descuido do Município na década de 1930.
Imagem 16: Monte Sossego antigamente;
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Ambos os bairros foram construídos segundo um plano existente. Disfrutaram
da implantação com escolas, postos sanitários, sentinas públicas, mercados, infantários
e blocos de moradias económicas convertendo-se assim em centros urbanos de grande
prestígio.
Com a Independência Nacional em 1975 e a criação do escudo cabo-verdiano
em 1977 permitiu um maior impulso económico para os Cabo-Verdianos. E fez com
que os São Vicentinos investissem mais no sector imobiliário nos novos bairros. Por
esta razão estes bairros têm maioritariamente edifícios com muitos pisos e de estilo
arquitetónico moderno.
Imagem 17: Monte Sossego e Chã de Cemitério actualmente;
No bairro de Monte Sossego há muitos emigrantes. Existe uma parte conhecida
como Bairro Holanda, uma praça denominada Praça dos Emigrantes e há a Avenida de
Holanda. Isto tudo porque muitas das pessoas que emigraram para a Holanda, ajudaram
no desenvolvimento deste bairro investindo no sector imobiliário e quando regressaram
instalaram-se no Bairro Holanda.
Actualmente são bairros consolidados que dispõem de equipamentos em número
suficiente para todos os 5102 residentes.
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Caracterização climática
Temperatura do ar Segundo o serviço de meteorologia nos últimos 25 anos a temperatura media
anual varia entre 19,5ºC de mínima e 24,7ºC de máxima. A tabela em baixa mostra a
variação de temperatura media ao longo dos meses.
Tabela 01: Variação de Temperatura anual em Cabo Verde
Temperatura do ar Embora a precipitação seja na realidade baixa, Agosto a Outubro é a "estação das
chuvas". O gráfico a baixo mostra quantidade de chuva que afectou Vicente nos últimos
anos.
Gráfico 01: Pluviosidade Anual em Cabo Verde
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Insolação O sol faz um percurso de Este para Oeste, atingindo os edifícios com fachadas viradas a
Sul quase o dia inteiro. Mas devido aos edifícios com maior número de piso, as ruas
bem arborizadas e largas faz-se um bom jogo de luz e sombra evitando assim uma
insolação directa para os edifícios.
Clima Monte Sossego tal como a maior parte das localidades de Cabo Verde possui um
clima tropical seco. O seu clima seco faz com que tenhamos paisagens áridas e
impropria para a plantação de algumas espécies agrícolas. O nosso clima compreende
duas estações:
Estação seca, decorrente nos meses de Novembro a Julho;
Estação das chuvas, decorrente nos meses de Agosto a Setembro.
Vento Existem ventos do Nordeste (alísios), frescos e secos, de Novembro a Julho.
Este vento é o predominante desta região. OS Ventos quentes e húmidos do Sudoeste
durante período de Julho até Outubro (período das chuvas).
Humidade Dados retirados do PDM indicam que nos últimos 25 anos a humidade media
anual corresponde à 75%. A tabela abaixo mostra a variação da humidade media ao
longo dos meses.
Tabela 02: Variação Humidade Anual em Cabo Verde
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Topografia
Hipsometria O terreno de Monte Sossego apresenta uma altitude mínima de 5m de altitude
acima da linha da água do mar e 25m de máxima acima da linha do mar.
O terreno tem uma graduação de altitude no sentido ascendente na direcção de
Norte/Noroeste para Sul/Sudeste. As elevações mais baixas encontram-se perto das
zonas costeiras. O Intervalo de 10-15m de altitude è o intervalo que possui maior área e
se situa no centro da zona de Monte Sossego.
Altitudes 0-5m 5-10m 10-15m 15-20m 20-25m
Área 1,2 Ha 10,34 Ha 11,18 Ha 10,06 Ha 2,73 Ha
% 3% 29% 32% 28% 8%
Total de 35,51 Ha
Tabela 03: Tabela Hipsometria em Monte Sossego
Mapa 01: Mapa Hipsometria em Monte Sossego
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Declividade
A declividade ou inclinação do terreno de Monte Sossego não é muito
significativa são possuindo inclinações acima dos 35% podemos dizer que esta
zona e uma zona relativamente plana.
Esse terreno possui uma predominância de inclinações entre os 0-5% com
algumas oscilações pontuais não superiores aos 35%.
Inclinação 0-5% 5-10% 10-15% 15-20% 20-25% 25-100%
Área 28,08 Ha 5,49 Ha 0,96 Ha 0,32 Ha 0,2 Ha 0,61 Ha
% 79,08% 15,45% 2.7% 0,9% 0.56% 1,72%
Total de 35,51 Ha
Tabela 04: Tabela declividade em Monte Sossego
Mapa 02: Mapa de declividade em Monte Sossego
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Orientação de Relevo O terreno do Monte Sossego esta virado na sua maioria para Oeste, ou seja, de 90ºE á
180ºE .
Orientação 0-90ºE 90-180ºE 180-270ºE 270-360ºE
Área 7,53 Ha 23,71 Ha 3,86 Ha 0,41 Ha
% 21% 67% 11% 1%
Total de 35,51 Ha
Tabela 05: Tabela de orientação de relevo em Monte Sossego
Mapa 3: Tabela de orientação de relevo em Monte Sossego;
Geologia
Hidrologia Monte Sossego por ser uma zona com pouca inclinação e por ter um relevo quase
que homogéneo não possui cursos de água acentuados, porém há chuvas, as águas chuva
tendem a escoar em direcção ao mar passando pela Praça Estrela e Campin.
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Qualidade do ar
Poluição Ambiental O ar é o elemento fundamental para a manutenção da vida dos chamados seres
aeróbios terrestres. A composição do ar atmosférico contém cerca de 20% de oxigénio.
Esse elemento é responsável pela oxidação da matéria orgânica. Assim, essa oxidação
gera a energia necessária para que os seres vivos e espécies animais possam dispor de
energia para suas actividades. O Homem é o responsável máximo pela degradação da
qualidade do ar. Poderíamos atribuir as culpas ao progresso, desmantelar fábricas e do
tráfego rodoviário e aéreo, através do escape de viaturas e aviões.
Em Cabo Verde, a poluição do ar ainda não constitui uma grande preocupação,
todavia o crescimento do número de pessoas com automóveis aumenta a cada dia,
principalmente, nas ilhas de Santiago e São Vicente, visto que são as ilhas de maior
influência económica.
Na área de estudo não foram detectadas grandes focos de poluição ambiental,
embora não existem contentores de lixo. Os maiores problemas observados foram a
realização de necessidades fisiológicas nas paredes de alguns edifícios.
Poluição Sonora
Fluxos de circulação rodoviária localizada
Os principais fluxos de circulação rodoviária, existentes em Monte Sossego são
a Avenida de Holanda, 12 de Setembro, Avenida Manuel de Matos e a Rua 1, situadas
em interstícios urbanos estão mais sujeitas ao ruído, visto que próximas a estas vias
temos uma maior concentração de espaços comercias e algumas Instituições o que leva
a um grande nível de intensidade sonora nesses pontos.
A via que melhor sento o conforto sonoro é a Rua Carlos Miranda, onde
encontramos as edificações afastadas da fonte de ruído e com grande presença de
arborização reduzindo o nível sonoro em cerca de 6 dB. Pelo interior das ruas da INPS
e do Centro de Emprego, o nível de ruido de veículos é menos intenso, visto que é uma
rua com pouco tráfego de veículos.
Poluição da água Não observou-se focos de poluição de água, sendo que a água é fornecida pela empresa
de electricidade e água Electra.
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Riscos
Inundação O declive e parte integrante das características do terreno e através dessa análise
é que se escolhe o uso que se pretende para determinado solo. Contextualizando, os
riscos de inundações são mínimos porque se trata de um terreno praticamente plano,
com um suave declive no sentido pra o centro da cidade e para a orla marítima, com
casos pontuais onde podemos encontrar um declive maior. Sendo que, devido a esse
fato, obras de drenagem pluvial são em números reduzidos. Para reforçar esse ponto de
vista, e de se notar o fato da ocorrência de precipitações pluviais não serem frequentes e
que, quando ocorrem, as águas drenam para a orla marítima de forma natural.
Erosão O desgaste do solo nessa zona e relativamente alto devido a uma característica
inerente não só ao Monte de Sossego, como também a ilha de São Vicente, que é o
vento que se fazer sentir durante quase todo o ano. O vento apresenta-se como o maior
agente erosivo da zona e da ilha.
Não existe erosão hídrica significativa, excepto em possíveis casos cujas rampas
são muitas longas e com solos altamente susceptíveis a erosão ou quando recebe
enxurradas de áreas vizinhas e mais declivosas.
Acidentes Industriais Os estabelecimentos industriais ficam situados na sua maioria na rua Manuel de
Matos e os riscos de acidente indústrias depende em muito das condições de trabalho e do
nível de segurança de cada empresa, apesar que, no caso de algum episódio desse tipo, o
acesso dos bombeiros e da ambulância pode ser feita de forma rápida e directa.
Imagem 18, 19 e 20: Industrias de Zona de Monte Sossego.
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Demografia
População total Segundo os dados facultados pelo INE, Monte Sossego é o quinto bairro mais
povoado da ilha de São Vicente com 5102 habitantes. Tendo respectivamente 2618
indivíduos do sexo masculino e 2484 do sexo feminino.
Gráfico 02: População de Monte Sossego segundo o sexo.
Estrutura etária Sendo Cabo Verde um país com uma população maioritariamente jovem,
podemos constatar que o perfil etário de São Vicente e mais propriamente de Monte
sossego é semelhante ao nível do país. Como podemos observar abaixo a estrutura
etária da população residente está dividida em três categorias, sendo a faixa entre os 15
e 64 anos onde se regista o maior número de habitantes, com cerca de 3256 indivíduos.
Com menos de 15 anos são 1389 habitantes e com mais de 65 anos representando a
população idosa são 455 habitantes.
Gráfico 03: Distribuição da população por grupo etário
A população activa está centrada na faixa etária entre os 15 e 64 anos com cerca
de 2042 habitantes, sendo 1712 indivíduos do sexo masculino e 1468 do sexo feminino.
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Gráfico 04: População activa com mais de 15 anos
Natalidade e mortalidade Pela dificuldade de acesso aos dados referentes à natalidade e à mortalidade não
é possível fazer referências em relação a estes itens.
Dimensão agregado familiar Monte Sossego tem um total de 1334 agregados familiares, contabilizados
segundo o sexo do represente, sendo que 677 famílias estão representadas pelo sexo
masculino e 657 pelo sexo feminino. A dimensão média dos agregados familiares da
ilha é de 3,8, portanto podemos dizer que a dimensão dos agregados familiares da área
em estudo está inserida nessa percentagem.
Gráfico 05: Divisão de agregados familiares;
645
650
655
660
665
670
675
680
Masculino Feminino
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Densidades O bairro de Monte Sossego possui uma densidade absoluta de 71 Hab/m2, uma
densidade bruta de 24.3 Hap/m2 e uma densidade líquida de 12.6 Hab/m
2.
Mapa de Sobreposição 1 (Densidade populacional)
Pretendesse construir um mapa de densidade populacional por quarteirões da
zona de Monte Sossego. Através do total da população, total de edifícios habitado (462), nº
de Pisos, tipologia de habitação destes edifícios e o nº de agregados familiares (1334) foi
feita uma estimativa do nº de pessoas por edifício dependo do nº de pisos de este possui.
Nº de Pisos Nº de Edif. Unifam. Multifam. % Nº pessoa Nº P/Nº E
1 Piso 122 107 15 9% 467 4
2 Pisos 130 77 146 17% 853 7
3 Pisos 115 - 405 30% 1549 13
4 Pisos 64 - 313 23% 1197 19
5 Pisos 28 - 183 14% 700 25
6 Pisos 2 - 40 3% 153 76
9 Pisos 1 - 48 4% 184 184
Total 462 184 1150 100% 5102 -
Tabela 06: Tabela Densidade populacional em Monte Sossego
Mapa 04: Mapa de Densidade populacional e Monte Sossego
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Caracterização sócio – económica
A Caracterização sócio - económica da zona de monte Sossego é feita mediante a
análise das seguintes variáveis:
Dinâmica populacional De acordo com o INE, a população de São Vicente em 2010 é de 74.986
habitantes, sendo 52% constituída por população feminina e 48% de população
masculina. Entre 2000 a 2010 houve uma evolução da população de S. Vicente sendo
que em 2000 a ilha tinha 66.671 habitantes.
O bairro de Monte Sossego com uma população de 5.102 habitantes é o quinto
bairro com mais população da ilha. Porem conforme os dados estatísticos do INE
relativamente a 2000, Monte Sossego tinha uma população de 6.681 pessoas, havendo
uma diminuição da população, relativamente a 2010.
Situação económica e social A cidade do Mindelo caracteriza-se por uma cidade com grande intensidade
comercial, sendo a Baía do Porto Grande o ʺ motor ʺ dessa economia e do
desenvolvimento económico e sócio-cultural da cidade. Outro factor de extrema
relevância para o desenvolvimento económico da área em estudo é a considerável
população juvenil.
Com a explosão demográfica após a independência, teve como consequência o
aumento do volume das construções, e, principalmente ligada a habitação,
paralelamente ao processo de consolidação das áreas periféricas do centro histórico,
confirma-se e consolida-se essa tendência de expansão espontânea, directamente ligada
as características morfológicas do território, enquanto o centro permaneceram
reservadas às funções administrativas, comerciais e culturais.
Entre o centro e a periferia, surgiram alguns bairros residenciais, separando o centro
antigo com grandes infra-estruturas e equipamentos públicos, como o Hospital e o
Estádio de Futebol Adérito Sena.
Na área em estudo deparou-se ao longo dos anos com uma grande influência no
sentido da descentralização, com inúmeros equipamentos sócias, públicos e privados,
trazendo para o bairro algumas das características morfológicas, que eram próprias do
centro.
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Caracterização da População Activa
A análise da população activa dá-nos uma noção da população desempregada e
carenciada que reside no bairro sendo factores importantes na situação sócio-económico
do bairro. A população ativa do bairro é indicada no seguinte gráfico:
Gráfico 06: População activa com 15 anos ou mais
A população activa é de 2042 pessoas com 15 ou mais anos de idade. A taxa de
desemprego na ilha no ano de 2010 foi de cerca 14,8%, afectando mais a população
com idades compreendidas entre 15 e 24 anos. Sendo as pessoas com idades
compreendidas entre 25 aos 65 anos os menos prejudicados pelo desemprego.
Da análise conclui-se que, existe uma considerável percentagem da população
inactiva que se traduz na taxa de desemprego. Pelo facto da maior percentagem da
população se encontrar nesta faixa etária, também é nela que se regista a maior
percentagem de desemprego sendo indicador de sintomas de dificuldades
socioeconómicas.
Gráfico 07: Distribuição da população por grupo etário
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Gráfico 08: Nível de instrução (3 ou mais anos de idade)
Relacionando a população activa com o nível de instrução, constatamos que: Em
relação aos níveis de instrução, a nível nacional, a população empregada tem
maioritariamente nível do EBI, cerca de 57%. A nível do bairro também as pessoas têm
maioritariamente nível do EBI com cerca de 42%. Destaca-se também que o nível do
secundário é significativo, cerca de 31%.
Educação a) Caracterização dos níveis do ensino
No bairro de Monte Sossego, o sistema educativo está dividido em 3 níveis; Pré-
Escolar/Infantário, Básico, e Secundário.
1. Ensino Pré-Escolar (Jardim/Infantário)
O ensino Pré-Escolar, no ano lectivo 2012/2013, era caracterizado da seguinte
forma:
Jardins /infantários Número de salas Capacidade Número de Prof.s
Jardim Flores do Mindelo 6 400 Alunos - 30
cada sala
6
Jardim carinho 3 26 11
Tabela 07: Tabela de Jardins infantis
0500
1000150020002500
Femenino
Total
Masculino
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Nos últimos anos, no nível pré-escolar em Cabo Verde, verificou-se uma tendência de
aumento das salas de aulas (em media 3,6%), dos alunos (em media 1,4%) e dos
professores (em media 2,1%).
Imagens 21: Jardim Carinho e Jardim Flores do Mindelo;
Ensino Básico Integrado (EBI)
Escolas Primarias N° de salas N° de alunos N° de Prof. s
Pólo educativo n°9 12 558 20
Escola Mestre Baptista 7 400 14
Esc. Humberto D. Fonseca 8 391 16
Tabela 08: Tabela de Ensino básico;
Imagens 22, 23 e 24: E. Humberto D. Fonseca, E. Pólo educativo n°9 e E. Mestre Baptista
Ensino Secundário
O ensino Secundário, no ano lectivo 2012/2013, era qualificado da seguinte forma:
Escola Secundárias Nº de Alunos / Ano Nº de Salas
7º 8º 9º 10º 11º 12º Total
Escola José A. Pinto 532 449 332 206 117 181 1362 21
Liceu Ludjero Lima 304 301 278 164 166 149 1817 43
Tabela 09: Tabela de Ensino secundaria;
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Sistema Urbano
Equipamentos
Equipamentos de Educação e Ensino
Na área de estudo o número de estabelecimentos de educação é bastante elevado,
registou-se três escolas de Ensino Básico, nomeadamente o Pólo Educativo n 9- Monte
Sossego (na Rua 1), o Pólo Educativo n 7- Escola Engenheiro Humberto Duarte
Fonseca e a Escola do Ensino Básico Mestre Baptista. Existem duas escolas do Ensino
Secundário que são, o Liceu Ludjero Lima e o Liceu José Augusto Pinto. Os Jardins
Infantis são dois, o Jardim Infantil Flores do Mindelo e o Jardim Infantil Carinho. Nas
proximidades existem outros equipamentos de ensino entre os quais, o Jardim Infantil
Amilcar Cabral e o Centro Juvenil Nhô Djunga (na Avenida 12 de Setembro). Além
destes também há a Escola de Condução Jovem (na Avenida de Holanda).
Equipamentos de Desporto
Segundo o levantamento os equipamentos de desporto são seis, nomeadamente o
Polidesportivo de Oeiras, o Centro de Estágio de Futebol, o Estádio Municipal Adérito
Sena, a Academia de Futebol Carlos Alhinho, o Polidesportivo da Shell e o
Polidesportivo de Monte Sossego.
Equipamentos de Saúde
Na Rua 1 encontra-se um posto de saúde PMI-PF. Ao longo da Avenida de
Holanda encontra-se grande parte dos serviços de saúde do bairro, por exemplo a
Biomédica-Análises Clínicas, o Serviço Mutualista de Saúde e a Clinica de Cirurgia
Plástica. Ao longo da área encontra-se outros serviços por exemplo a VerdeFam, a
Ginomédica, Petshop, etc, sendo assim um bairro bem equipado em termos de saúde.
Equipamentos de Lazer
Os espaços de recreação encontram-se bem distribuídos ao longo do bairro. As
praças e pracetas são importantes pontos de encontro e convívio da população. Na área
de estudo destaca-se a Praça dos Emigrantes situado na Avenida de Holanda.
Equipamentos de Lazer e Cultura
O único equipamento de cultura existente é a Academia Jota Monte.
Equipamento de segurança
Na proximidade da área de estudo existe um posto policial que auxilia todo o
bairro.
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Mapa 05: Mapa de equipamentos
Acessibilidades Por tratar-se de um bairro muito dinâmico a circulação de pessoas e veículos é
frequente durante o dia e a noite. As estradas são muito acessíveis visto que não
possuem grandes defeitos em ternos do pavimento apresentando deste modo boas
condições de trânsito. Os passeios são mais irregulares devido a falta de uniformidade
no revestimento do pavimento e também da cota de soleira das portas de alguns
edifícios serem diferentes. As pessoas com mobilidade reduzida não encontram grandes
dificuldades em circular pelas ruas porque o terreno tem muito pouca inclinação, apenas
deparam-se com dificuldades em subir nos passeios devido a ausência de rampas no
desnível entre as estradas e os passeios.
Imagem 25: Passeio redusido, diferença de soleira e Obstrução no Passeio;
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T
Infra-estruturas
Telefone e Internet
As infraestruturas de telecomunicações estão disponíveis para todos os
habitantes do bairro de Monte Sossego.
O Bairro está servido pelas Empresas CVTelecom e Unitel TMais.
O Grupo CVTelecom é composto pelas Empresas CVTelecom, CVMóvel e
CVMultimédia e está no mercado cabo-verdiano há 15, 12 e 5 anos, respectivamente.
Totalizando 300 mil clientes da CVMóvel, 71.664 mil da CVTelecom e 19 mil
Clientes da CVMultimédia.
Até 1979, os únicos produtos de telecomunicações em Cabo Verde eram a voz e
o telégrafo. Nesse ano, é introduzido o telex, suportado numa velhinha central retirada
das instalações portuguesas e, depois, em 1985, por uma central digital EDX que viria a
ser descontinuado, assim como o serviço. O serviço de Dados e de Internet foram
introduzidos em 1997, sendo a Internet de Banda Larga, a ADSL, introduzida em 2004.
O serviço Móvel GSM começou a ser comercializado, em primeiro lugar nas ilhas de
Santiago, S Vicente e Sal, em Janeiro de 1998.Durante os últimos anos, que cobrem o
período de vida da CVTelecom como Empresa privatizada, a Comunicação em Cabo
Verde conseguiu avanços consideráveis. A Rede Fixa foi expandida por todos os cantos
do país, atingindo a fasquia dos 71.664 mil cliente, correspondendo a uma densidade
telefónica (número de Telefones Fixos por 100 habitantes) de 13%.
A CVMultimédia é uma empresa que presta serviço de Televisão por assinatura
e de acesso à Internet. Está presente em todas as ilhas de Cabo Verde, atingindo mais de
8 mil acessos no serviço de internet e mais de 4 mil cabo-verdianos no serviço ZAP TV.
Rede viária
As vias principais da área de estudo são, a Avenida 12 de Setembro, a Avenida
de Holanda, a Avenida Manuel de Matos, a Avenida Abílio Duarte, a Rua 1, e a Rua
Carlos L.S. Miranda. Estas encontram-se conectadas com as vias secundárias que dão
acesso a todos os pontos da área de estudo.
As vias principais são maioritariamente asfaltadas e as secundárias calcetadas.
Ao longo desses percursos encontram-se vários parques de estacionamento.
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Mapa 06: Mapa de Vias
Saneamento São Vicente é a ilha com maior cobertura de rede de esgotos. Ou seja a maior
parte da população dá o destino adequado as águas residuais.
Em relação ao saneamento toda a área de estudo encontra-se servida de rede de
esgotos. Os edifícios que não estão ligados a rede de esgotos possuem fossa séptica ou
então fazem a evacuação das águas residuais através da natureza. As águas residuais
drenadas são transportadas até a ETAR onde recebem o devido tratamento.
Gráfico 09: Distribuição dos agregados segundo o meio de evacuação das águas residuais
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Esgoto Fossa Séptica Natureza Outro
Pe
rce
nta
ge
m
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Electricidade e Água
A electricidade e a água são distribuídas pela Empresa Electra. O número de clientes
(electricidade) total de São Vicente (Fevereiro de 2013) é de 22.736.
Todo o bairro encontra-se servido de rede de abastecimento de electricidade e
água. Das edificações inventariadas quase 100% dispõem de electricidade e água, sendo
as que não dispõem utilizam outros meios ou encontram-se classificadas como ruínas e
em construção.
O gráfico seguinte demonstra que os PT’s de Monte Sossego 1 e Monte Sossego
Trás são os que fazem maior distribuição de eletricidade, cerca de 1500 clientes.
Enquanto que o PT do Prédio 2000 é o que faz menor distribuição de eletricidade, cerca
de 320 clientes.
Gráfico 10: Distribuição dos Postos de Transformação
Para os edifícios sem electricidade existem outras alternativas para a iluminação
artificial por exemplo a vela e o candeeiro de petróleo. A volta de 10% das pessoas que
não tem electricidade em casa usam a vela e o restante o petróleo ou outras fontes de
energia.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
PT MonteSossego 1
PT Chã de MonteSossego 2
PT MonteSossego Trás
PT Predio 2000 PT TrásCemitério ( Ceris)
Nú
me
ro d
e c
lie
nte
s
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Gráfico 11: Energia para iluminação
Os edifícios que não estão servidos de água canalizada fazem o abastecimento através
de auto-tanques, chafarizes ou outras fontes.
Gráfico 12: Modo de abastecimento de água
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Electricidade Vela Petróleo Outro
Pe
rce
nta
ge
m
0
10
20
30
40
50
60
70
Água canalizada Água canalizadana casa dos
vizinhos
Chafariz Autotanque Outra fonte
Pe
rce
nta
ge
m
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Análise das variáveis do Edificado
USO DO RÉS-DO-CHÃO
Por se tratar de um bairro de grande prestígio possui um sistema comercial
de grande poder, principalmente nas Ruas e Avenidas principais como na Avenida
de Holanda e na Rua 1, por serem as ruas mais movimentadas da área de estudo.
Pelo centro da cidade em um pequeno quarteirão, encontramos três edifícios
institucionais, nomeadamente o Centro de Emprego, o Instinto Nacional de
Previdência Social (INPS) e o Centro de Saúde e as escolas.
Uso (R/chão) Habitacional Comercial Instit. C. Religioso Misto Outros
Nº de Edifícios 357 96 14 3 27 35
% 67,1% 18% 2,6% 0,6% 5,1% 6,6%
Total de 532 edifícios
Tabela 10: Tabela de Uso do rés-do-chão
Mapa 07: Mapa de Uso do rés-do-chão
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Nº DE PISOS Constatamos que os edifícios que mais se encontra na zona de Monte Sossego
são de 1 (um) piso, especialmente na extensão da Rua 1, onde encontramos várias casas
de telhado estilo pomba, perto da retunda da Rua Manuel de Matos e na rua da Fábrica
Favorita com vários armazéns de vendas.
De acordo com as várias visitas feitas ao terreno, constatamos que os edifícios
com 2 (dois) ou mais pisos, começaram a surgir nas décadas de 80, visto que era uma
época de desenvolvimento da cidade, a nível económico como também uma altura que a
população, teve um aumento na taxa de natalidade, levando assim a necessidade de
construir na verticalidade, deixando o rés-do-chão, para actividades comercias e os
pisos superiores, com uso familiares. A partir dos anos 90 construíam edifícios com
mais de 5 pisos, devido a evolução das técnicas de engenharia e do poder financeiro.
Nº de Piso 1 Piso 2 Pisos 3 Pisos 4 Pisos 5 Pisos >5 Pisos
Nº de Edifícios 159 137 132 70 30 4
% 30% 25,6% 24,8% 13,2% 5,6% 0,8%
Total de 532 edifícios
Tabela 11: Tabela nº de pisos
Mapa 08: Mapa nº de pisos
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Época de Construção Edifícios paralelo a Avenida Manuel Matos, construídos na época de 1960, e em
todo o perímetro da Fábrica Sport, existe um conjunto de edifícios construídos também
na época de 1960. Já na Rua 1 (Este), com edifícios mais antigos da época de 1950 e
1960, a tendência é fazer a demolição e dar lugar a edifícios mais novos com maiores
volumes e com mais números de pisos.
No cento de Monte Sossego, sendo a parte mais nova e desenvolvida da área,
encontramos edifícios bem urbanizados, com excelentes alinhamentos de árvores, ruas
mais largas com maior sombreamento. Predomina edifícios da época de 1990, 2000 e
2010.
Década <1970 1970 1980 1990 2000 2010
Nº de edif. 3 77 140 238 71 3
% 0,6% 14,8% 26,3% 45% 13,3% 0,6%
Total de 532 edifícios
Tabela 12: Tabela de época de Construção
Mapa 09: Mapa de época de Construção
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Estado de Conservação No quarteirão que engloba, a casa de pomba, Bento Lda. e a escola de condução
Jovem, predomina edifícios com bom estado de conservação. A sudoeste (Jota Monte)
encontra-se edifícios também em bom estado de conservação, tirando a área dos
armazéns que já estão em mau estado de conservação. Na zona Este de monte sossego
desde a Av. Holanda até o edifício da Alucar existe um conjunto de edifícios no estado
razoável, uma vez que foram construídos na década de 1990. As áreas que predominam
edifícios em mau estado de conservação são logicamente, as areas mais antigas como,
os antigos armazéns de chã de cemitério e os edifícios na zona da fábrica Sport.
Estado de conservação Bom Razoável Mau Ruínas Em Construção
Nº de edifícios 244 209 53 3 23
% 46% 39% 10% 1% 4%
Total de 532 edifícios
Tabela 13: Tabela de Estado de Conservação;
Mapa 10: Mapa de Estado de Conservação;
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Tipologia de Habitação Vendo que 59% das habitações são Multifamiliares e 41% delas são
Unifamiliares, situando maioria das habitações Multifamiliares a Nordeste e as
Unifamiliares a Sudoeste, podemos deduzir que isso se deve ao fato da população ter
aumentado e, por isso, a necessidade de ter uma habitação cresceu. Como consequência
a verticalidade das construções predomina, aumentando a o número de pisos para cobrir
essa necessidade. A previsão é que essa tendência continue a se verificar com obras
como o Prédio 2000 e outros, que nos mostra a abertura para o mercado imobiliário.
Tipologia de Habitação
Multifamiliar Unifamiliar Outros
Nº de edifícios 278 184 70
% 52% 35% 13% Total de 532 edifícios
Tabela 14: Tabela de Tipologia de Habitação;
Mapa 11: Mapa de Tipologia de Habitação;
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Estado de construção Contactando que a maioria do edifício nessa zona estão já construídos, à medida
que nos aproximamos do centro da cidade aumente-se o número de edifícios em
construção e os inabitados ou inacabados estão dispersos por todo a zona, apesar de esse
estarem em maior número nas proximidades da Avenida Manuel de Matos e Rua 1.
Dado a esses fatos podemos dizer que essa zona está praticamente consolidada, devido a
esmagadora maioria dos edifícios estarem já construídos, podendo haver espaço para
remodelações em edifícios de 1 piso (aumento do numero de pisos) e demolição dos
mais antigos para dar lugar a novas construções.
Estado de
Construção
Em Construção Inacabado / Habitado Construção
Nº de edifícios 27 20 482
% 5% 4% 91%
Total de 532 edifícios
Tabela 15: Tabela de Estado de Construção;
Mapa 12: Mapa de Estado de Construção;
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Revestimento Exterior
A área em estudo apresenta uma malha praticamente consolidada em
termos de revestimento exterior com relevante predominância de edifícios
pintados, que representam um total de 81%, relativos a 429 edifícios.
Os restantes 103 edifícios estão divididas entre as diferentes categorias -
reboco, cerâmica, e outros que não se encontram ornados com revestimento
exterior.
Revest Exterior S/ Revest. Pintura Cerâmica Reboco
Nº de Edif. 28 445 31 28
% 5,3% 83,6% 5,8% 5,3%
Total de 532 edifícios Tabela 16: Tabela revestimento Exterior;
Mapa 13: Mapa revestimento Exterior;
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Estilo Arquitectónico Analisando o gráfico da época de construção, vê-se que a maior parte dos
edifícios foram construídos depois do ano de 1980, estando estes localizados no núcleo
da zona. Estes edifícios possuem um carácter com estilo moderno, o que representa a
maioria, numa percentagem simbólica de 80% efectivos a 427 edifícios. Nas áreas de
crescimento da zona encontram-se 72 edifícios de estilo colonial, relativos a 14% do
aglomerado. Outros há que não se enquadram em nenhum dos três estilos padronizados
efectivos a 32 edifícios.
Estilo Arquitectónico
Moderno Colonial Interesse Histórico-cultural
Nº de Edifícios 459 72 1
% 85,8% 14% 0,2% Total de 532 edifícios
Tabela 17: Tabela de Estilo Arquitectónico;
Mapa 14: Tabela de Estilo Arquitectónico;
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Material de construção
A maior parte dos edifícios foram construídos com betão. Em segundo lugar
estão os edifícios construídos com pedra que são maioritariamente os da Rua 1 e
os mais próximos da Avenida Alberto Leite. Os edifícios mistos (pedra e betão)
aparecem em terceiro lugar e encontram-se dispersados ao longo de toda a área de
estudo. Por ultimo estão os edifícios em metal, nomeadamente o posto de
combustível da Enacol situado na Avenida Manuel de Matos e um ponto de
comércio situado a frente do Liceu José Augusto Pinto. Ou seja nos sentidos Este e
Oeste estão os edifícios construídos de pedra e ao longo do sentido Norte-Sul
encontra-se a maior parte dos edifícios construídos com betão.
Materiais de Construção
Betão Pedra Metal Misto
Nº de edifícios 442 64 2 24
% 81% 12% 0,4% 6,6% Total de 532 edifícios
Tabela 18: Tabela Material de construção;
Mapa 15: Mapa Material de construção
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Material de cobertura
Existe uma predominância de edifícios com cobertura em betão (79%). Esses
edifícios encontram-se dispersados ao longo de toda a área de estudo havendo no
centro uma maior concentração de edifícios com cobertura de betão.
Materiais de Cobertura
Betão Telha Metal Misto
Nº de edifícios 447 42 3 40
% 84% 7,9% 7.5% 0,6%
Total de 532 edifícios
Tabela 19: Tabela de material de construção
Mapa 16: Mapa de material de construção
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Cruzamento com outras variáveis
Mapa de Sobreposição 2 (Previsão da data de reabitação dos edifícios) O edifício em geral para desempenharem a sua função, ele deve-se manter
conservado. Para que esse fenómeno aconteça é preciso de fazer obras de reabilitação
ou reparação periodicamente tendo em conta o seu estado de conservação, época de
construção e material de construção. Tendo em conta esses mapas pretendemos prever o
tempo e a zona onde os edifícios necessitaram de intervenção.
Pelas nossas análises, achamos que a melhor metodologia seria a de termos a nível de
material de construção os edifícios são da sua maioria composta por betão, tendo em
conta que a tempo de vida útil dos edifícios de betão são entre os 50-100 anos
consideramos uma idade media para todos os edifícios de 70 anos.
Estabelecido o primeiro critério, consideramos que os edifícios com um estado de
conservação “mau” necessitariam de uma reabilitação imediata, os com um estado
“bom” manteriam os seus 70 anos de vida útil e os com um estado “razoável” veriam o
tempo de vida útil lhes serem reduzidos em 20 anos, ficando apenas com 50 anos de
vida útil.
O terceiro e o último critério seria a junção de todos os critério que já abordam e
também levando em conta a época de construção que dependente da década em que o
edifício foi construído. Nesse ponto iremos estimar a década em que cada edifício
precisaria de reabilitação, através de uma pequena formula teríamos facilmente a década
de reabilitação de cada edifício (Década de reabilitação = Década de construção + 70
anos “Vida útil do edifício” – estado de conservação “0 anos – Bom”, “20 anos –
Razoável” e “70 anos – Mau”). Para reduzirmos essa informações agrupamos os
edifícios que precisão de reabilitação de 20 em 20 anos, ficando com quatro caracteres
(os edifícios de precisão de reabilitação urgentemente - Imediatamente, os edifícios que
necessitam de reabilitação entre as décadas de 2020 à 2040, os edifícios que necessitam
de reabilitação entre as décadas de 2040 à 2060 e finalmente os edifícios que necessitam
de reabilitação entre as décadas de 2060 à 2080 que serão os mais duráveis. Feitos essa
classificações obtemos cerca de:
Previsão de data de Reabilitação dos edifícios
Período Imediatamente 2020-2040 2040-2060 2060-2080
Nº de edifícios 42 130 229 129
% 8% 25% 43% 24%
Tabela 20: Tabela de previsão de data de reabilitação dos edifícios
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Analisando o mapa chegamos a conclusão que a maior concentração que edifícios
necessitaram de reabilitação nas décadas de 2060-2080 na área mais central a sudoeste,
na área mais central a norte a uma aglomeração de edifícios que necessitaram de
reabilitação nas décadas de 2040-2060, os edifícios entre 2020-2040 estão espalhados no
centro e também mais na periferia da zona de Monte Sossego tal como os edifícios que
necessitam de reabilitação imediatamente.
Mapa 17: Mapa de previsão de data de reabilitação dos edifícios
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Mapa de Sobreposição 3 (Previsão de Expansão de Monte Sossego) A zona em estudo praticamente consolidada edifícios de 1 piso e mais de 6 pisos,
a previsão de expansão da mesma é a demolição dos edifícios mais antigos (> 1970 à
1980) para construírem novos edifícios na vertical, ou ainda os edifícios de 1980 e 1990
mediante um estudo estrutural aumentar o número de pisos. Portanto com a
sobreposição dos mapas da época de construção, número de pisos e estado de
conservação pretendemos analisar as possíveis áreas de expansão, mediante demolição
dos edifícios mais antigos e construção de novos edifícios ou aumento do número de
pisos de outros.
Analisando a época de construção dos edifícios e o número de pisos com o
cruzamento destes dados, conseguimos prever quais os edifícios que poderão ser
demolidos, os que poderão ser expandidos, e os que se enquadram no perfil previsto
para expansão da zona. Assim podemos dizer que os edifícios construídos antes de 1970
ate 1980 com 1 piso, ao que indica serão demolidos e construídos novos edifícios nesses
lotes. Os edifícios antes de 1970 a 1990 de 1 e 2 pisos poderão vir a ser aumentado o
número de piso Os edifícios antes de 1970 a 1990 de 1 e 2 pisos serão remodelados,
aumentado o número de piso. Os entre 1980 à 2000 de 2 e 3 pisos têm o modelo
standard, enquadrando no perfil de uma zona consolidada, e os de entre 1990 à 2000
com mais de 3 pisos são os edifícios que pela volumetria se enquadram nas tendências
para a consolidação do bairro. Feito o cruzamento dos dados, e fazendo a estimativa de
qual será a medida aplicada a cada grupo de edifícios conforme a sua época de
construção e número de pisos, quantificamos os edifícios da seguinte forma;
Opções Demolições Remodelações Standard Tendências
Nº de Pisos 1 Piso 1P-2P 2P-3P >3P
Época de Construção <1970 - 1980 <1970 - 1990 1980 - 2000 1990 - 2010
Nº de Edifícios 145 101 203 83
Tabela 21: Previsão de Expansão de Monte Sossego
Aplicando as variáveis anteriormente mencionadas, o estado de conservação
especulamos que os edifícios de 1 piso construídos <1970 – 1980 em bom estado de
conservação serão remodelados e os de 1 a 2 pisos construídos <1970 – 1990 serão
demolidos.
Analisando estes valores e o mapa de sobreposição chegamos a conclusão que os
edifícios a ser demolido estão localizados a norte e oeste da zona, e com alguns em
menor numero distribuídos a sudoeste e sudeste. Os que poderão ser expandidos
encontram-se em maior número à sudeste e alguns em menor massa a sudoeste. No
centro da zona encontramos os edifícios mais recentes e detentoras de características de
uma área consolidada em termos de número de pisos.
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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No início do crescimento da zona os edifícios eram na sua maioria de 1 piso.
Mas com a elevada emigração que verificou-se na população, o poder económico
aumentou, melhorando consequentemente a sua qualidade de vida e passaram a deter
condições e fazer novas casas com melhores condições/maior número de pisos.
Também o impacto da independência influenciou esta mudança em termos
volumétricos.
Essa mudança veio trazer a zona uma grande expansão e elevada categoria, pelo
aglomerado de equipamentos públicos e privados transformando-se numa área em
termos de lote, saturado.
Analisando as condições existentes podemos dizer que a possibilidade de
expansão dessa área esta na demolição dos edifícios mais antigos e construir edifícios
que aglomeram maior numero de famílias, e construindo quando possível mais andares.
Com isso poder-se-á haver uma expansão vertical da área.
Mapa 18: Previsão de Expansão de Monte Sossego
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Mapa de Sobreposição 4 (Analise Localização de comercio) O estudo das seguintes variáveis; Número de Piso e uso (rés-do-chão) consiste
na determinação dos edifícios que daqui a alguns anos (10-20 anos) serão renovados em
termos de número de piso e o uso (rés-do-chão).
Contabilizou-se o numero de edifícios com 1, 2 e mais de 2 pisos com o uso
(rés-do-chão) comercial/serviço e os com 1, 2 e mais de 2 pisos com o uso (rés-do-chão)
habitacional. Posteriormente converteu-se os dados em gráficos e fez-se a interpretação
dos mesmos.
Os edifícios com 1 e 2 pisos com o uso (rés-do-chão) comercial/serviço foram
considerados potenciais candidatos a renovação. Futuramente aumentar-se-ão o numero
de pisos para mais de 2 pisos continuando com o uso comercial/serviço. Os com mais
de 2 pisos com o uso (rés-do-chão) comercial/serviço manter-se-ão os mesmos.
Os edifícios com 1 e 2 pisos com o uso (rés-do-chão) habitacional aumentarão
de volume e alguns transformarão o uso (rés-do-chão) habitacional em comercial. Os
com mais de 2 pisos com o uso (rés-do-chão) habitacional manter-se-ão o mesmo
volume mas com a possibilidade de transformar o uso (rés-do-chão) em
comercial/serviço .
Opções 1 Piso 2 Piso >2 Piso
Nº E. % Nº E. % Nº E. %
Habitação 133 25,6% 105 20,2% 121 23,2%
Comércio/Serviços 33 6,5% 48 9,2% 80 15,3%
Tabela 22: Tabela análise Localização de comércio;
No lado Este da area de estudo mais particularmente na Rua 1 encontra-se a
maior parte dos edificios sujeitos a renovacao do uso devido a localizacao estrategica.
Por ser uma das vias principais constitui grande interesse na exploracao comercial nesta
area.
Os 489 edificios em estudo 130 edificios são Comerciais/Serviços (31 edficios
não habitados, 19 edificios unifamiliares e 80 edificios multifamiliares). Dos 80
edificios multifamiliares com Comercio/Serviços no Rés-do-Chão (65 edificios tem
mais de 2 pisos, 12 edificios tem 2 pisos e 3 edificios tem 1 Piso. Dos 130 edificios
comerciais localização junto as estradas principais e apenas 29 edificios localização-se
em estradas secundarias.
Isoto prova que a tendencia é dos edificios de caracter comercial/serviços se
daptam com mais frequncia em edificios multifamiliares com mais de 2 pisos e com
localização proxima as estradas principais.
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Os edifícios com um piso são, maioritariamente, habitacionais contrastando dos
com mais de dois pisos com o uso comercial/serviço que apresentam uma grande
expressividade. Ao longo do tempo, aumenta-se o uso comercial/serviço nos edifícios.
Isto reflete o crescimento da população; a necessidade de cobrir a procura de
bens/serviços e também a busca de fonte de rendimento por parte da famílias.
Consequentemente haverá uma maior dinâmica comercial; um maior crescimento no
sector imobiliário e a verticalidade das construções. Ou seja, os edifícios com mais de
dois pisos com o uso comercial/serviço manter-se-ão os mesmos e grande parte dos
edifícios unifamiliares transformar-se-ão em edifícios multifamiliares e com o uso
comercial/serviço no rés-do-chão.
Mapa 19: Tabela análise Localização de comércio;
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Conclusão
Administrar uma área urbana em termos de organização espacial implica um vasto
conhecimento das características do território em estudo. As estratégias abordadas neste
projecto tendem a diagnosticar as condições do solo urbano e também vão de encontro
com as necessidades da população.
Tendo em conta a grandeza, exigência do trabalho - o esforço, empenho e a
entrega de todos exigiu a aplicação dos conhecimentos proporcionados nas disciplinas
em estudo. Assim com o estudo da realidade física, sócio -espacial, económica e
ambiental do bairro de Monte Sossego, analisamos in loco, todas as fragilidades e
potencialidades do bairro.
Considerando os diversos aspectos que condicionaram o desenvolvimento do bairro,
chegamos à conclusão que Monte Sossego, apesar do seu estado de desenvolvimento
mais avançado relativamente a outros bairros da ilha, ainda detém alguns pontos
negativos, que foram abordados ao longo do trabalho. Nomeadamente a urbanização
que se inscreve insuficiente, a acessibilidade e mobilidade muito deficiente ou mesmo
inexistentes, sendo ocupados como estacionamento, obstruídos com canteiros e
mobiliários públicos em outros condicionantes.
Análise e Diagnóstico da realidade física, sócio-espacial, económica e ambiental de Monte Sossego e Chã de Cemitério
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Bibliografia
http://www.ine.cv/
http://www.mindelo.info/_index.php
http://www.grupocvt.com.cv/node/20
http://www.funco.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mindelo_(Cabo_Verde)
http://www.fotolog.com/djomartins/46763690/
PUBLICAÇÃO DO MINISTÉRIO DA HABITAÇÃO E OBRAS PÚBLICAS,
(1984),” LINHAS GERAIS DA HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO URBANO DA
CIDADE DO MINDELO” Praia: Edição do Fundo de Desenvolvimento
Nacional-Ministério da Habitação e Obras Publicas.
NASCIMENTO MANUEL RAMOS, (2003), “ .
Mindelo: Gráfica do Mindelo, Lda.- S, Vicente
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Analise SWOT
ANÁLISE SWOT
Pontos Fortes PONTOS FRACOS
Desenvolvimento assente num plano urbanístico;
Dinâmica populacional/habitacional;
População maioritariamente jovem;
Existência de equipamentos de
educação, desporto, religioso, lazer e
saúde;
Recursos energéticos renováveis (sol e
vento) disponíveis;
Existência de redes de água, esgoto,
electricidade telefone e internet;
Muitos pontos de comércio/serviços;
As estradas principais são alcatroadas e as restantes calcetadas.
Existência de um Grupo carnavalesco; (Grupo de Monte Sossego);
Existência de equipas desportivas; Terreno com pouca declividade; Bairro consolidado; Existência de transporte público; Existência de parques de
estacionamento.
Pouca sinalização de paragem de
autocarro; Falta de chafariz; Escassez de recursos naturais
exploráveis; Falta de espaços verdes; Falta de estruturas para a;
drenagem de água pluvial; Falta de depósitos de lixos.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Possibilidade de verticalização das
construções; Criar mais espaços verdes; Mais investimentos no sector
imobiliário; Mais investimentos no comércio; Criação de estruturas de drenagem
de águas pluviais; Aumentar os parques de
estacionamento.
Aumento da poluição sonora; Mais gastos com infra-estruturas; Aumento do trafego ( sobretudo
nas vias principais); Aumento da criminalidade
(devido ao desemprego).