treinamento preventivo, especÍfico e … · atribuiu alma e missões pelas quais já ... fatores...

102
UniSIALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Bacharel Daikiti Eduardo Tanimoto Phamela Afonso de Oliveira TREINAMENTO PREVENTIVO, ESPECÍFICO E INDIVIDUALIZADO NOS ATLETAS DE BASQUETEBOL SUB-17. UniSALESIANO Lins São Paulo LINS SP 2017

Upload: nguyentu

Post on 04-Dec-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UniSIALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física Bacharel

Daikiti Eduardo Tanimoto

Phamela Afonso de Oliveira

TREINAMENTO PREVENTIVO, ESPECÍFICO E

INDIVIDUALIZADO NOS ATLETAS DE

BASQUETEBOL SUB-17.

UniSALESIANO

Lins – São Paulo

LINS – SP

2017

DAIKITI EDUARDO TANIMOTO

PHAMELA AFONSO DE OLIVEIRA

TREINAMENTO PREVENTIVO, ESPECÍFICO E INDIVIDUALIZADO NOS

ATLETAS DE BASQUETEBOL SUB-17

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física Bacharel sob a orientação do Professor Prof.º Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes e orientação técnica da Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.

LINS - SP

2017

Tanimoto, Daikiti Eduardo; Oliveira, Phamela Afonso de

Treinamento preventivo, específico e individualizado nos atletas de

basquetebol sub-17/ Daikiti Eduardo Tanimoto; Phamela Afonso de

Oliveira– – Lins, 2017.

104p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano

Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física

Bacharel, 2017.

Orientadores: Leandro Paschoali Rodrigues Gomes ; Jovira Maria

Sarraceni.

1. Basquetebol. 2. Treinamento Preventivo. 3. Lesões. I Título.

CDU 796

T17t

DAIKITI EDUARDO TANIMOTO

PHAMELA AFONSO DE OLIVEIRA

TREINAMENTO PREVENTIVO, ESPECÍFICO E INDIVIDUALIZADO NOS

ATLETAS DE BASQUETEBOL SUB-17

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Aprovado em: ___/___/___

Banca Examinadora:

Professor Orientador: Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

Titulação: Mestre em Educação Física – UNIMEP de Piracicaba

Assinatura:________________________

1º Prof: _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura:________________________

2º Prof: _______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

Assinatura:_______________________

Dedico este trabalho...

Primeiramente a Deus por ter me dado força, discernimento e garra para conseguir trilhar este

caminho, concluindo com honra todo o percurso acadêmico. Não foi uma jornada de rosas, muito

menos sem desafios, mas foi uma caminhada única, com momentos inesquecíveis e aprendizados

eternos.

Também gostaria de agradecer especialmente minha vó, Luzia Aparecida Pena Tanimoto, que esteve

comigo em cada momento de sufoco, estresse e desespero, me amparando e mostrando que no final

tudo valeria a pena. E hoje digo: valeu!

Aos meus amigos tenho profunda gratidão por cada momento dedicado ao meu auxílio. A vocês o meu

imenso obrigado, Flávio Vitor dos Santos, Gledman Ferreira Lima, João Vitor de Oliveira, Elison

Cavalcante e Renato Kato.

Agradeço...

Especialmente ao orientador Leandro Paschoali Rodrigues Gomes, que nos manteve firme durante

todo o percurso deste trabalho, bem como nos instigou em buscar conhecimento, dessa forma, fugindo

da nossa zona de conforto. Evolução e conhecimento, mestre!

Também agradeço imensamente a nossa querida orientadora técnica, Jovira Maria Sarraceni, que nos

amparou e sempre esteve disponível para nos auxiliar, sem êxito.

Finalizando, agradeço novamente aos envolvidos neste trabalho, assim como minha companheira

Phamela Afonso de Oliveira, suportando momentos de tensão, que nos levaram a busca pela

excelência.

Daikiti Eduardo Tanimoto

Dedico este trabalho...

É difícil agradecer todas as pessoas que de algum modo, nos momentos serenos e ou apreensivos,

fizeram ou fazem parte da minha vida, por isso primeiramente agradeço a todos de coração.

Dedico este trabalho “in memorian” ao meu Pai Ricardo Lisboa de Oliveira e ao meu avô materno

João Afonso e aproveito também para agradecê-los, estejam onde estiverem.

Dedico também à minha mãe Helena Afonso, pois sem ela, que és meu alicerce de vida, não estaria

terminando mais essa jornada. Em todos os momentos que precisei, ela me fortaleceu e ajudou a seguir

em frente. Devo tudo a ela!

Agradeço...

Agradeço ao meu tio Fernando H. Santana, pois me estendeu a mão quando mais precisei, além de me

apoiar fielmente em minhas decisões estudantis.

Agradeço aos amigos, Daikiti Tanimoto, pois mesmo com altos e baixos, conseguimos chegar até a

reta final, firmes e fortes. Ao Gledman Lima, meu irmão de coração, por ter dado o grande auxílio

neste trabalho, e feito tudo de coração.

Agradeço aos meus colegas de classe e com certeza futuros excelentes profissionais.

Agradeço ao coordenador do Curso e aos Professores que desempenharam com dedicação as aulas

ministradas.

Agradeço ao meu excelente orientador, Leandro Paschoali (Hilinho), que com paciência e muito puxão

de orelha (brincadeira), conseguiu me cativar e ensinar ainda mais, além de ser um excelente professor

e profissional, no qual me espelho sempre.

Agradeço a professora responsável por monografia, Jovira Sarraceni, pelas orientações dadas e como

prosseguir.

Agradeço ao meu namorado, Albano Junior, que segurou minha mão nos momentos de turbulência.

E finalmente agradeço a Deus, por proporcionar estes agradecimentos a todos que tornaram minha

vida mais afetuosa, além de ter me dado uma família maravilhosa e amigos sinceros. Deus, que a mim

atribuiu alma e missões pelas quais já sabia que eu iria batalhar e vencer, agradecer é pouco. Por isso

lutar, conquistar, vencer e até mesmo cair e perder, e o principal, viver é o meu modo de agradecer

sempre.

Phamela Afonso de Oliveira

RESUMO

O basquetebol para qualquer idade é um esporte que envolve capacidades motoras condicionantes e coordenativas aplicadas de acordo com a especificidade de jogo e organização. Essa modalidade exige mudanças bruscas de direção e grande contato físico, fatores que podem resultar em lesões traumáticas e/ou por sobrecarga. Além disso, os fatores intrínsecos ao atleta também influenciam vertiginosamente no decorrer da vida esportiva do mesmo. Sem um acompanhamento adequado (equipe multidisciplinar) o basquetebol pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento de acordo com sua intensidade, agregados aos fatores estressantes como competições, lesões, gasto energético, idade e estado nutricional. Tendo em vista a complexidade do corpo humano e as especificidades do esporte, as lesões acometem a maioria dos atletas, principalmente nos membros inferiores (MMII), sobretudo por entorse de tornozelo e, de fato, esses acometimentos não se associam entre si, não havendo possibilidade de comparação, por isso, considerar a individualidade biológica é de suma importância. Desse modo, essa pesquisa de caráter experimental teve o propósito de facilitar a prescrição de um treinamento preventivo, específico e individualizado em atletas de basquetebol de base ou sub-17, identificando limitações e fragilidades físicas, bem como apontar aspectos físicos a serem melhorados e o tipo de trabalho específico adotado no estudo, com detalhada anamnese e avaliações: Step Down, Landing Error Scoring System, Hop Test e Discinese Escapular. Posteriormente, proporcionando vivência de treinamento preventivo, ressaltando gestos motores específicos de maneira funcional e individualizado, em busca de melhoras em condicionantes e capacidades físicas. Para tal, foram selecionados dois grupos de 7 voluntários cada, do sexo masculino com idade entre 15 ±1,80 anos (Grupo Intervenção - GI) e 16 ±1,07 anos (Grupo Controle - GC), estatura 1,78 ±0,12 (GI) e 1,82 ±0,11 (GC), peso corporal 67 ±13,13 (GI) e 65,6 ±29,28 (GC), percentual de gordura 11,2 ±27,22 (GI) e 15,26 ±11,60 (GC), com experiência no jogo de basquetebol. Eles aleatoriamente foram submetidos aos testes para reavaliação após três meses de intervenção, com o intuito de mensurar alguma mudança significativa. No caso, apenas no teste Hop Test encontrou-se alteração positiva mediante avaliação (perna direita 1,98 ±0,26 e esquerda 2,11 ±0,28) e reavaliação (perna direita 2,19 ±0,21 e esquerda 2,14 ±0,27), encontrando o valor de P=0,002285 na perna direita e 0,004348 na esquerda, realizado pelo T-Student. Dessa maneira, concluiu-se haver melhora no salto em distância dos atletas do GI e não emergir nenhuma lesão durante os treinamentos propostos.

Palavras chaves: Basquetebol. Treinamento Preventivo. Lesões.

ABSTRACT

Basketball for any age is a sport that involves conditioning and coordinating motor skills applied according to the specificity of play and organization. This mode requires sudden changes of direction and great physical contact, factors that can result in traumatic injuries and / or overload. In addition, the factors intrinsic to the athlete also influence vertiginously throughout the athlete's sporting life. Without adequate follow-up (multidisciplinary team) basketball can impair growth and development according to its intensity, coupled with stressors such as competitions, injuries, energy expenditure, age and nutritional status. Considering the complexity of the human body and the specificities of the sport, the injuries affect most of the athletes, especially in the lower limbs (LLL), especially for ankle sprain and, in fact, these injuries do not associate with each other, possibility of comparison, so considering biological individuality is of paramount importance. Thus, this research aimed at facilitating the prescription of a specific and individualized preventive training in basic or sub-17 basketball athletes, identifying physical limitations and weaknesses, as well as pointing out physical aspects to be improved and the type of work specific study adopted with detailed anamnesis and evaluations: Step Down, Landing Error Scoring System, Hop Test and Discapular Scapular. Subsequently, providing preventive training experience, emphasizing specific motor gestures in a functional and individualized way, in search of improvements in conditioning and physical capacities. To do this, two groups of 7 volunteers were selected, each male, aged 15 ± 1.80 years (Intervention Group - GI) and 16 ± 1.07 years (Control Group - GC), height 1.78 ± 0 , 12 (GI) and 1.82 ± 0.11 (GC), body weight 67 ± 13.13 (GI) and 65.6 ± 29.28 (GC), fat percentage 11.2 ± 27.22 GI) and 15.26 ± 11.60 (GC), with experience in the game of basketball. They were randomized to reassessment tests after three months of intervention, in order to measure some significant changes. In the case, only the Hop Test test found a positive alteration through evaluation (right leg 1,98 ± 0,26 and left 2,11 ± 0,28) and reevaluation (right leg 2,19 ± 0,21 and left 2 , 14 ± 0.27), finding the value of P = 0.002285 in the right leg and 0.004348 in the left, performed by T-Student. In this way, it was concluded that there was an improvement in the distance jump of the athletes of the GI and no injuries during the proposed training. Keywords: Basketball. Preventive Training. Injuries.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Step Down Test........................................................................... 34

Figura 2: Hop Test...................................................................................... 35

Figura 3: Landing Error Scoring System (LESS)........................................ 36

Figura 4: Discinese Escapular.................................................................... 37

Figura 5: Escala de Borg............................................................................. 39

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características físicas do grupo de intervenção......................... 43

Tabela 2: Características físicas do grupo controle.................................... 43

Tabela 3: Análise de resultados do grupo de intervenção.......................... 44

Tabela 4: Análise de resultados do grupo controle..................................... 44

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CBB: Confederação Brasileira de Basquetebol

COB: Comitê Olímpico do Brasil

DD1: Dicinesie direita 1 (avaliação)

DD2: Dicinesie direita 2 (avaliação)

DE1: Dicinesie esquerda 1 (avaliação)

DE1: Dicinesie esquerda 2 (avaliação)

DP: Desvio Padrão

GC: Grupo Controle

GI: Grupo de Intervenção

HOP D1: Hop Test direito 1 (avaliação)

HOP D2: Hop Test direito 2 (avaliação)

HOP E1: Hop Test esquerdo 1 (avaliação)

HOP E2: Hop Test esquerdo 2 (avaliação)

LESS D1: Landing Error Scoring System direito 1 (avaliação)

LESS D2: Landing Error Scoring System direito 2 (avaliação)

LESS E1: Landing Error Scoring System esquerdo 1 (avaliação)

LESS E2: Landing Error Scoring System esquerdo 2 (avaliação)

LESS: Landing Error Scoring System

MMII: Membros inferiores

MMSS: Membros superiores

P: Padrão (T-Student)

STEP D1: Step Down Test direito 1 (avaliação)

STEP D2: Step Down Test direito 2 (avaliação)

STEP E1: Step Down Test esquerdo 1 (avaliação)

STEP E2: Step Down Test esquerdo 2 (avaliação)

T1: Torácica 1 (vértebra)

T2: Torácida 2 (vértebra)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

1 CONCEITOS PRELIMINARES .............................................................. 18

1.1 O basquetebol ........................................................................................ 18

1.1.1 Benefícios do basquetebol em adolescentes ......................................... 19

1.1.2 Principais lesões no basquetebol ........................................................... 20

1.1.3 Treinamento específico tático e técnico no basquetebol ........................ 22

1.2 Prevenção das lesões ............................................................................ 23

1.2.1 A importância da avaliação física e funcional ......................................... 24

1.2.2 Característica funcional .......................................................................... 25

1.3 Treinamento preventivo .......................................................................... 26

1.3.1 Treinamento específico e individual ....................................................... 27

1.4 Princípio da adaptação ........................................................................... 28

1.4.1 Princípio da continuidade e variabilidade ............................................... 29

2 EXPERIMENTO ..................................................................................... 30

2.1 Casuísticas e Métodos ........................................................................... 30

2.2 Condições ambientais ............................................................................ 31

2.3 Tipo de Pesquisa .................................................................................... 32

2.4 Sujeitos................................................................................................... 32

2.5 Material................................................................................................... 32

2.6 Protocolos .............................................................................................. 33

2.6.1 Step Down Test ...................................................................................... 33

2.6.2 Hop Test ................................................................................................. 34

2.6.3 Landing Error Scoring System (LESS) ................................................... 34

2.6.4 Discinese Escapular ............................................................................... 35

2.7 Procedimentos ....................................................................................... 36

2.8 Exercícios realizados ............................................................................. 38

2.9 Análise estatística .................................................................................. 41

2.10 Resultados ............................................................................................. 41

2.11 Discussão ............................................................................................... 43

2.12 Conclusão .............................................................................................. 45

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 47

APÊNDICES ..................................................................................................... 52

ANEXOS ........................................................................................................... 65

15

INTRODUÇÃO

O basquetebol é uma modalidade esportiva, segundo Cohen e Abdalla

(2003), que se originou nos Estados Unidos, em meados de 1891, no Instituto

de Springfield, Massachusetts. No Brasil, tal esporte se difundira apenas por

volta de 1896 com o missionário americano Augusto F. Shaw. No entanto, foi

somente no ano de 1912 que o basquetebol seria praticado como esporte na

Associação Cristã de Moços do Rio de Janeiro.

Atualmente essa modalidade esportiva cresce na receptividade popular

de crianças e adolescentes, justamente por ser um esporte de fácil acesso e

baixo custo, principalmente nas escolas e clubes. Porém, com a crescente

aceitação é preciso analisar o esporte profundamente, levando em

consideração os impactos positivos e negativos no atleta. Moreira, Gentil e

Oliveira (2003) destacam que o basquetebol impõe alta exigência física, técnica

e tática fazendo com que os treinamentos se tornem mais fatigáveis e

extenuantes, estabelecendo esforço máximo do atleta em busca de resultados

estabelecidos. Dessa forma, disputas mais acirradas, altas cargas de

treinamento e aumento de contato entre adversários predispõem a alto nível de

lesões.

As lesões esportivas se dão por inúmeros fatores, extrínsecos e

intrínsecos, segundo Moreira (2006), uma enorme variedade de movimentos do

basquetebol permite entender a manifestação de determinadas lesões. O

condicionamento físico, preparação técnica, sexo, caráter de confronto (jogo ou

treino), posição do jogador, superfície, tipo de tênis, uso de órteses, presença

de doenças ou lesões pré-existentes e fatores psicológicos, também são

considerados importantes fatores predisponentes lesivos. Entender estas

características pode ser de grande valia na prevenção e tratamento de tais

patologias, contribuindo para o aumento do desempenho do atleta.

Mediante a isso, é importante para um treinamento preventivo,

específico e individualizado, buscando eficiência em amenizar e prolongar a

vida no basquetebol para atletas de base, principalmente para condicionar,

melhorar ação motora, capacidades físicas (flexibilidade, força e equilíbrio) e

automatizar movimentos característicos. Essas mudanças de um simples

treinamento sem perspectiva de intervenção analítica, para um treino

16

personalizado, de acordo com Alves e Lima (2008), acarretam outros inúmeros

benefícios físicos: melhora no desenvolvimento corpóreo, prevenção da

obesidade, aumento da sensibilidade à insulina, aspectos psicológicos e

sociabilidade. Concomitantemente, para auxiliar nessa intervenção preventiva,

uma minuciosa anamnese e testes ao atleta de base se destaca capaz de

apontar suas fragilidades e limitações que, conforme Moreira (2006) é maior

em membros inferiores. Esse amparo deve estar composto por uma equipe

multidisciplinar, agregando maior confiabilidade no treinamento preventivo,

denotando amplo conhecimento científico.

Diante da importância de tais fatos, com intuito de facilitar a prescrição

de um treinamento preventivo, específico e individualizados em atletas de

basquetebol de base ou sub-17, o presente estudo busca, fidedignamente,

responder a seguinte questão: uma intervenção personalizada (visando

prevenção esportiva no basquetebol de base) realmente ameniza fatores

predisponentes à lesão?

Hipótese: melhora significativa em um dos testes (hop test) e sem

nenhuma lesão durante os treinamentos.

Desse modo, a presente pesquisa tem por objetivo analisar, explanar e

buscar respostas ao problema citado acima por meio de uma pesquisa

experimental, auxiliando e instigando novos trabalhos para esta temática pouco

abordada cientificamente, facilitando a metodologia na intervenção preventiva

em atletas de basquetebol de base, bem como apontar aspectos físicos a

serem melhorados e o tipo de trabalho específico adotado no estudo.

Foram avaliados 14 atletas, sendo 7 para grupo controle e 7 com

intervenção de treinamento personalizado, ambos do sexo masculino com

idade entre 12 e 17 anos, com experiência na modalidade do basquetebol e

que não realizassem algum tipo de treinamento preventivo. Os testes utilizados

para análise foram: Step Down, Landing Error Scoring System, Hop Test e

Discinese Escapular.

Após leitura da carta de informação ao participante, a assinatura do

Termo de Consentimento e Assentimento Livres e Esclarecidos, os

participantes da pesquisa realizaram os testes supracitados e, no grupo de

intervenção, o treinamento se baseou em microciclos de: incorporação e

ordinário/choque, destacando a especificidade da modalidade e a

17

individualidade biológica de cada sujeito, respeitando o calendário de

competições da equipe.

18

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 O basquetebol

O Basquetebol é uma modalidade esportiva que, notoriamente, vem

agregando muitos adeptos pela sua facilidade, beleza e ritmo. Couto (2003)

relata que o mesmo surgiu em Massachussets mediante péssimas condições

climáticas, alternativa esta às aulas de ginástica realizadas durante o período

do impiedoso inverno na cidade.

Fonseca e Moreira (2009) relatam que nesse período, James Naismith,

professor do Springfield College, diante a necessidade expressiva de outro tipo

de atividade física interna aceitou a missão em modificar/adaptar esportes já

conhecidos e criar algo novo para ser testado. Nessa nova modalidade os

preceitos básicos deveriam estar respaldados em: grande número de

jogadores, adaptável em diversos meios, exercício corporal completo, atraente,

não fosse violento, fácil aprendizagem e, além disso, ser científico.

De acordo com Borges e Oltramari (2015) isso ocorrera nos Estados

Unidos da América (EUA) em meados do ano de 1891, e foi apenas em 1896

que um missionário americano, Augusto Shaw, trouxe o basquetebol para o

Brasil. Com o passar do tempo, o interesse de muitas pessoas no esporte

resultou na criação da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB). Até o

ano de 2015 o basquetebol disputava com o voleibol, segunda posição no

ranking de popularidade, perdendo apenas para o futebol.

Atualmente, o basquetebol se mostra um esporte com bastante

aceitação social e científica, sendo difundido cada vez mais para escolas,

clubes e associações do mundo inteiro. Ampliou-se de tal maneira que as

competições já não se limitam aos ginásios esportivos, sendo infinitamente

superior o número de quadras ao ar livre. Essa ascensão é evidenciada pela

autora Couto (2003) quando no início do século XX, com inúmeras

competições de basquetebol pelos países, enfim, chega às Olimpíadas de

Berlim, em 1936.

Com a evolução no esporte e embasamento científico, Cohen e Abdalla

(2003), apontam características biomecânicas e físicas específicas. Os

movimentos básicos se alinham em: arremesso, drible, passe, bandeja, rebote

19

e a posição de defesa. Esses movimentos estão ligados aos princípios de

“força de parada, força de reação, deslocamento, força de gravidade, atrito e

alavancas”. Desse modo, o basquetebol é um esporte que envolve

capacidades motoras condicionantes e coordenativas aplicadas de acordo com

a especificidade das situações de jogo e da função de cada jogador. O jogo em

si exige mudanças de direção e um grande contato físico que, infelizmente,

pode resultar em lesões tanto traumáticas quanto por sobrecarga. Além disso,

os fatores intrínsecos ao atleta também influenciam vertiginosamente no

decorrer da vida esportiva do mesmo.

1.1.1 Benefícios do basquetebol em adolescentes

Segundo Alves e Lima (2008) diversos estudos apontam o benefício

acerca da atividade física (basquetebol, voleibol, dança, ginástica, natação,

atletismo, entre outros) no crescimento e desenvolvimento, prevenção da

obesidade, aumento da massa óssea, da sensibilidade à insulina, melhora das

características lipídicas, diminuição da pressão arterial, envolvimento social e a

capacidade de trabalho em equipe em crianças e adolescentes. Esses meios

de trabalho com carga através dos exercícios ou treinamento de força com

impacto proporciona maior incremento da densidade mineral óssea se

comparado ao de resistência aeróbica. Desse modo, tal aumento independente

do sexo e da idade de quem os pratica, mas é durante a infância e

adolescência que há maior prevalência na prevenção de distúrbios ósseos,

como a osteoporose.

A densidade mineral óssea atinge cerca de 90% do seu pico no final da segunda década. Um quarto do osso adulto é acumulado durante os dois anos de pico de velocidade de crescimento. Fatores endógenos e exógenos participam desse processo. Dentre os fatores endógenos destacam-se: genética, raça, aumento dos hormônios anabólicos associados à puberdade (hormônio do crescimento [GH], fator de crescimento insuliniforme tipo 1 [IGF–1], esteróides sexuais) e marcadores de remodelação óssea. Em relação aos fatores exógenos (ambientais), destacam-se o exercício e a nutrição, com adequado aporte de cálcio na dieta. (ALVES; LIMA, 2008, p. 384).

Observando esses benefícios da atividade física, Alves e Lima (2008)

mostram a evidência nos mais variados órgãos e sistemas, tais como:

20

cardiovascular (acréscimo do consumo de oxigênio, custeio da frequência

cardíaca e volume de ejeção), respiratório (acréscimo dos parâmetros

ventilatórios funcionais), muscular (acréscimo de massa, resistência e força),

esquelético (acréscimo do teor de cálcio e mineralização óssea), cartilaginoso

(acréscimo da espessura da cartilagem, com aporte e proteção articular) e

endócrino (acréscimo da sensibilidade de insulina e melhora do perfil lipídico).

De Rose Jr. et al. (2009) afirma que é recomendável para crianças e

adolescentes a prática de atividade física, diariamente, por cerca de 60 minutos

ou mais, sendo estas moderadas e/ou vigorosas pelo menos cinco vezes na

por semana. Essas atividades físicas necessitam de amparo apropriado, além

de ressaltar o lúdico e conter grande suporte de movimentos elementares para

o esporte.

Os autores afirmam também que, além desses benefícios, há promoção

de outros fatores: melhora no bem-estar, aumento do tônus muscular,

agilidade, rapidez, aspectos psicológicos, morais e sociais que acima de tudo

contribuem para formação ética e responsável dos jovens. Revela-se que

através do esporte muitos criam perspectivas de vida, constroem sonhos e se

distanciam das mazelas atuais, como as drogas ilícitas.

1.1.2 Principais lesões no basquetebol

O basquetebol, de acordo com Moreira, Gentil e Oliveira (2003)

apresentam o esporte com características pontuais: esforços breves e intensos,

realizados em ritmos, um conjugado de saltos, corridas, movimentos

coordenados ataque-defesa, passes, arremessos, assim sendo uma atividade

física com grande movimentação e coordenação. Essa exigência física, técnica

e tática tornam os treinamentos mais fatigáveis e extenuantes, demandando

esforço máximo do atleta em busca de profissionalismo.

Alves e Lima (2008) apontam que o basquetebol também pode

prejudicar o crescimento e o desenvolvimento de acordo com sua intensidade

sem acompanhamento adequado, além dos fatores estressantes como

competições, lesões, gasto energético, idade e estado nutricional. Tendo em

vista a complexidade do corpo humano e as especificidades do esporte, as

lesões acometem a maioria dos esportistas/atletas e, de fato, esses

21

acometimentos não se associam entre si, não havendo possibilidade de

comparação.

Um estudo realizado por Almeida Neto, Tonin e Navega (2013), trouxe

uma informação muito importante em relação ao índice de lesões, tanto em

mulheres quanto em homens. Dentro dessa análise, os autores encontraram

um maior índice lesivo nos membros inferiores (MMII), principalmente por

entorse de tornozelo, em ambos os sexos. Quando separados os gêneros, a

equipe masculina permaneceu com a entorse de tornozelo, enquanto que a

equipe feminina teve um índice de lesão maior no joelho, talvez ocasionado

pelo enfraquecimento muscular. Durante os testes realizados notou-se que as

lesões ocorriam durante os treinos que acabavam sendo mais intensos do que

a maioria dos jogos. Mesmo assim, nenhum tipo de treinamento preventivo ou

tratamento prévio era realizado e os atletas após aparente melhora da lesão

estavam novamente em treino.

Os estudos de Lozana e Pereira (2003) comprovaram que o tornozelo é o

local de maior acometimento de lesões em atletas de basquetebol,

apresentando percentuais de 37,15% do total de lesões. Com relação ao tempo

de inatividade física, o estudo demonstrou que a articulação do joelho gerou

maior período de afastamento, 28,81% do tempo total.

Gantus e Assumpção (2002) citam que a prática esportiva aumenta o

risco de ocorrência de lesões mesmo em atletas jovens, não somente em

atletas de alto rendimento. Os treinamentos são intensos e acabam exigindo

exponencialmente dos seus praticantes. O esforço repetitivo nesses

treinamentos, o grande impacto corporal e mudanças bruscas de direção

durante os jogos são predisponentes às futuras lesões agudas e crônicas. Por

isso, o treinamento preventivo tende a amenizar os riscos, além de garantir

uma longínqua vida profissional no esporte almejado.

A necessidade de vitórias e super-resultados nos esportes de alta competitividade e as consequências do excesso de treinamentos e competições, condições indispensáveis para se atingir o ápice esportivo, refletem um número crescente de lesões do aparelho locomotor nos atletas de alto nível, cujas causas supostamente podem ser atribuídas a ausência de medidas preventivas, exaustão competitiva, volúpia atlética e psicossomatismos. (GANTUS; ASSUMPÇÃO, 2002, p. 78).

22

1.1.3 Treinamento específico tático e técnico no basquetebol

Segundo De Rose Jr.; Tavares e Gitti (2004), conhecer as

especificidades físicas, técnicas, táticas e psicológicas do esporte praticado,

além das suas inter-relações são aspectos necessários para alcançar os

objetivos e planejamentos de cada indivíduo, elevando suas capacidades

esportivas. Concomitantemente, as características do reconhecimento

tradicional da qualidade técnica e a contribuição dos procedimentos cognitivos

na expressão comportamental esportiva, ou seja, não descrever apenas o

resultado, mas também os processos internos (cognitivos) que subjazem à

tomada de decisão.

Tal método tem como base a reprodução de um modelo ideal de movimento, deixando pouco tempo para o jogo e as atividades mais lúdicas que propiciam um aprendizado incidental importante para a melhoria do conhecimento tático. O sucesso se converte em fator motivacional para os participantes. A mudança da prática pedagógica indica a construção de metodologias que permitam que alunos com maiores dificuldades apresentem melhoras nos seus resultados de tomada de decisão nos jogos. A melhoria do nível de conhecimento tático processual permite aos alunos sentirem seu progresso e se relacionarem afetivamente com a modalidade. (PÉREZ MORALES; GRECO, 2007, p. 297-98).

Segundo Beneli, Rodrigues e Montager (2006) o entendimento do tático

e técnico devem estabelecer clareza para os atletas ingressantes, pois

geralmente na fase de adolescência gestos motores precisam ser

decodificados e ajustados, visando progresso com embasamento lúdico. Neste

sentido, aumenta-se a necessidade por parte dos técnicos ligados ao esporte

ampliarem seus conhecimentos teórico-científicos sobre as metodologias do

treinamento desportivo, respeitando os fundamentos gerais do crescimento na

infância e na adolescência, bem como a sua capacidade psicofísica de suportar

a carga. Desse modo, o treinamento tático para a criança/adolescente deixa de

ser maçante e o instiga para uma percepção de certos estímulos específicos.

Ainda segundo os autores, os termos técnicos também devem ser inseridos

continuamente durante tal aprendizagem, fazendo com que se entenda o

esporte praticado e que ao atleta almejar profissionalismo consiga prosseguir

agregando conhecimento, sem que haja nos treinos exacerbada agressividade.

23

As ações coletivas nos jogos coletivos, assim como no basquetebol, são

caracterizadas por inúmeras ações motoras. Segundo Sisto e Greco (1994)

essas ações podem ser consideradas como a menor parcela psicológica da

atividade exercida voluntariamente. Nos jogos esportivos, a ação compreende

a forma de expressão comportamental. Ela é artefato indispensável para a

solução-problema em situações adversas de jogo. As ações motoras são

realizadas mediante a execução de gestos motores específicos, denominados

técnicas, portanto, trata-se de uma resolução corporal e psicológico de modo

objetivo e econômico, baseada em uma estrutura ideal de movimento que

contemple as características individuais do atleta. Desse modo, o movimento

esportivo, determinado e estabelecido predominantemente pela tática, implica

em uma função do intelecto-cognitivo.

Beneli, Rodrigues e Montager (2006) logo complementam que esses

comportamentos tático e técnico devem ser um ato orientado intencional e

consciente. Para um atleta, seja jovem ou não, a intencionalidade no jogo

deverá estar condicionada pelos conceitos táticos que a análise da situação e

do momento que situação exigir.

1.2 Prevenção das lesões

O basquetebol por ser um esporte competitivo exige características técnicas e táticas e, desse modo, é potencialmente gerador de estresse. Seus praticantes e atletas tendem a desempenhar atividades específicas, necessitando de dinâmicas, extrema atenção, concentração e participação ativa, mediadas por pressões diversas como: tempo de jogo, adversários, arbitragem, necessidade de vencer, status social, gratificação e necessidade de prestígio. (De ROSE JR.; DESCHAMPS; KORSAKAS, 1999, p. 218).

Por conseguinte a estes aspectos, De Rose Jr. et al. (2009) observou

que a atividade física com acompanhamento adequado apresentou benefícios

imediatos de maior magnitude em crianças e adolescentes em relação a

aptidão física e saúde. Essa investigação destacou efeitos positivos da prática

esportiva na prevenção e os fatores de riscos para tal faixa etária.

De acordo com Pedrinelli (1997), as características preventivas no

tratamento das lesões esportistas revestem-se de muita valia, quer se discuta

atividade física de alto desempenho quer como mero coadjuvante de

24

tratamentos médicos. É importante salientar que a relevância dessas lesões se

encontra em atletas de alto rendimento que não conhecem/compreendem ou

não usufruem de treinamentos preventivos.

As capacidades físicas: resistência, força, velocidade, agilidade, equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora (destreza) constituem a parte corporal passíveis de treinamentos e, dessa maneira, caracterizam as capacidades básicas da modalidade esportiva, basquetebol. (CAPACIDADES físicas, 2009, p. 1).

Pedrinelli (1997) expõe desse modo, que é necessário um treinamento

preventivo e específico nos atletas, principalmente os de base por estarem

iniciando a vida esportista e em formação corporal (puberdade), para que suas

musculaturas gestos e motores estejam melhores treinados.

Compreendendo isso, Santos (2009) aponta que a força muscular é uma

capacidade essencial para o praticante/jogador de basquetebol, tendo em vista

que na maioria dos movimentos específicos há exigência da mesma e o atleta

carece de treinamentos resistidos para assistência nesse ganho. A partir disso,

Carvalho (2010) acredita que a associação de estratégias tanto

neuromusculares, quanto proprioceptivas deva ser contemplada na

periodização esportiva. Promovendo, portanto, níveis de dificuldade que sejam

aumentadas com os treinos específicos, auxiliando na biomecânica e

facilitando na automatização do gesto esportivo, bem como potencializar a

estabilidade do central (core).

1.2.1 A importância da avaliação física e funcional

De acordo com Fontoura; Formentin; Abech (2013) as avaliações físicas

e funcionais são testes (antropométricos e ergométricos) que diferenciam o

estado atual de condicionamento físico, seja muscular, cardiorrespiratório ou de

gordura. Essa avaliação agrega atributos quanto à prática de atividade física e

a preparação de ambos os envolvidos (avaliados/atletas e Profissionais da

área).

Guedes e Guedes (2006) justifica que esses profissionais necessitam se

precaverem de algumas decisões na avaliação prévia para futura prescrição e

orientação da prática de exercícios físicos da modalidade. Eles precisam ter

25

conhecimentos e habilidades específicos cada vez mais complexos para

decidirem “o que” e “como” avaliarem. Desse modo, é necessário obter uma

detalhada anamenese (questionário individual), cuja função é

verificar/identificar seus hábitos alimentares, algumas doenças hereditárias,

questões cirúrgicas e atividades físicas.

A importância da avaliação, bem como seus procedimentos e recursos utilizados na área da educação física, estão evoluindo surpreendentemente nos últimos anos sob influência do desenvolvimento científico e tecnológico observado nessa área e muitas vezes determinado pelas diferentes tendências acadêmicas e profissionais de cada época. (GUEDES; GUEDES, 2006, p. 13).

Ainda segundo Fontoura; Formentin; Abech (2013) cabe salientar que a

importância da avaliação física se baseia no controle e inter-relação entre

profissionais da área. Esse acompanhamento serve para amenizar variações e

assegurar qualidade nos dados coletados, bem como sua integridade.

Bratifische (2003) fomenta que o principal objetivo da avaliação é o

diagnóstico, detectando as dificuldades da aprendizagem, suas causas e,

quando bem compreendido, esse processo possibilita grandes ganhos e a

aprendizagem do aluno. Diante disso, ressalta que as avaliações físicas

antropométricas e posturais auxiliam no melhor detalhamento individual, bem

como suas necessidades e limitações. Portanto, essas avaliações devem ser

repetidas periodicamente, conotando as seguintes variações: evolução e

regressão. Entendendo essas variáveis e o motivo pelas quais se dão, é

possível agir mediante o resultado. É válido salientar que muitos profissionais

não se baseiam em avaliações prévias e periódicas, tornando o sujeito

atendido ou treinado mais suscetível às lesões e complicações em seu corpo.

1.2.2 Característica funcional

Monteiro e Evangelista (2015) ressaltam que no treinamento funcional,

os diferentes sentidos são desafiados/provocados para que o corpo do atleta

de basquetebol consiga manter melhor controle neuromuscular ou estabilidade

articular e fortalecimento do core, visto a necessidade dessas características

no esporte. Isso se aplica por que esse tipo de treinamento está mais próximo

26

da realidade de um jogo, indicando o termo “funcional”. Pois, além de preparar

o atleta, ele também fortalece as áreas que o mesmo mais utiliza dentro do

jogo, levando em consideração que a prática do jogo em si é mais agressiva

que um treinamento, podendo o mesmo se modificar dentro da sua

funcionalidade corporal para que o jogador de basquete se sinta mais

preparado e orientado.

Além disso, outras técnicas específicas do esporte devem ser readaptadas para o treinamento funcional com a visão de jogo, detalhando momentos e movimentos da modalidade. É de suma valia que o Profissional de Educação Física possa reconhecer quais são as estratégias sensoriais mais simples e as mais complexas, identificando o nível do atleta de base do basquetebol. (MONTEIRO; EVANGELISTA, 2015, p. 19).

1.3 Treinamento preventivo

Segundo Cohen e Abdalla (2003) o aspecto preventivo no tratamento

das lesões esportivas é de muita importância, quer se discuta atividade física

de alto desempenho, quer como mero coadjuvante de tratamentos médicos. No

entanto, a tendência lesiva na vida esportiva é inevitável. Ela é comum e faz

parte da vida profissional de qualquer atleta, seja amador ou profissional, seja

de base ou mais avançado. Relatam também que o número de anos praticando

basquetebol e os microtraumas acumulados durante esse tempo tem relação

direta com as lesões. Todavia, mesmo com pouco embasamento científico e

estudos com o tema, os autores apresentam que tecidos corporais mais

fortalecidos podem evitar as lesões e traumas.

Kurata, Martins e Nowotny (2007) fomentam que várias condições

expõem o atleta a lesões traumáticas, podendo ser classificadas como fatores

intrínsecos e extrínsecos, tais como: corridas curtas e longas, saltos, mudanças

rápidas de movimento, condições da quadra, tipo de calçado, condições físicas

e fisiológicas, quantidade de jogos, treinos e motivação. À medida que o tempo

passa, muitas mudanças são inevitáveis, principalmente no que tange as

superações das exigências físicas, obrigando os atletas a trabalharem seus

limites máximos, tornando-os suscetíveis às lesões. Portanto, para amenizar

esses riscos se faz necessário um treinamento adequado, repouso para

recuperação e utilização de métodos preventivos, impulsionando melhores

27

possibilidades de fortalecimento muscular e, portanto, retardando lesões

eventuais.

Parreira (2007) cita que o trabalho preventivo das lesões necessita levar

em conta a capacidade de avalição adequada das limitações dos praticantes

do esporte associado ao conhecimento global da prática específica exigida no

esporte, principalmente no fator sobrecarga muscular, considerando que atletas

bem condicionados tendem a lesionarem-se menos. Os aspectos intrínsecos

do sujeito, bem como seu biótipo, lesões já instauradas, capacidades físicas,

alterações corporais, desequilíbrios musculares, possuem relevância quanto

aos fatores extrínsecos relacionados ao esporte, os quais podem se destacar:

o esporte em si, materiais, regras, quantidade e treinamento realizados.

Segundo Pedrinelli (1997), os erros de treinamento, todavia, são os

maiores responsáveis por lesões no esporte, seja ele qual for. Tais erros,

geralmente, ocasionam-se por: quantidade, técnica, execução e avaliação

inadequada dos atletas, bem como suas capacidades e necessidades

individuais.

Arena e Carazzato (2007) frisam que após o fortalecimento e

treinamento muscular preventivo os atletas de base tendem a sofrer menores

lesões ou até mesmo evitá-las, por isso a importância de um acompanhamento

profissional em jovens atletas se mostra indispensável para a vida dos mesmos

a fim de garantir benfeitorias, tais como: qualidade, eficiência e bem-estar no

esporte.

1.3.1 Treinamento específico e individual

A individualidade biológica é definida por Langeani (2014) como as

diferenças do ser humano os tornando únicos, ou seja, não há dois indivíduos

exatamente iguais. Entendendo isso, a educação física tem objetivo de auxiliar

no desenvolvimento humano, trabalhando seus aspectos biológicos,

psicológicos e sociais. São essas diferenças que tornam os treinamentos

específicos, pois um treino eficaz não pode e nem deve ser esperado que

alcancem objetivos gerais de um grupo, sendo que a individualidade biológica é

prevalente. O treinamento específico e individual para um grupo de atletas é a

via mais apropriada, visto que há significante diferença na percepção de cada

atleta para assimilar o que está acontecendo no ambiente.

28

Para Nascimento et al. (2007), existem diferenças que devem ser

respeitadas, considerando a particularidade de cada sujeito, exaltando as

potencialidades individuais e em meio comum. Desse modo, quando um

treinamento é proposto é importante existir determinadas modificações para

aqueles que não conseguem efetuar com rapidez ou facilidade o movimento ou

ação proposta. Por isso é de extrema importância uma avaliação física

realizada previamente, para que se possa adequar os movimentos individuais e

específicos para todos do grupo, alcançando assim um objetivo total – um

grupo forte e sagaz. Dentre essas diferenças e conciliações de treinamento

pode-se encontrar uma aliança de fatores que se encaixem em um jogo de

basquete.

Segundo Alves e Lima (2008) o fato de indivíduos altos jogarem

basquetebol e baixos praticarem ginástica se deve tão somente a um viés de

seleção no qual os atletas são escolhidos com base no biótipo que possa levá-

los a melhores resultados.

No esporte de alto rendimento a genética é um fator importante na determinação de uma modalidade correta para o indivíduo. A distribuição dos tipos de fibras musculares no indivíduo (fibras de contração lenta e rápida) é importante no encaminhamento a modalidades de velocidade e força ou modalidades de resistências. A estatura e a morfologia também têm grande importância. Como exemplos sobre o fenótipo podemos citar o treinamento mental, treinamento físico, treinamento complementar (nutrição, fisioterapia, etc.). (MONTEIRO; LOPES, 2015, p. 41).

1.4 Princípio da adaptação

De acordo Monteiro e Lopes (2015) em termos gerais a adaptação pode

ser determinada como a habilidade dos seres vivos acostumarem-se as

condições do meio ambiente (externas). Forno (2011) relata que quando algum

tipo de estresse de grandeza suficiente para proporcionar a quebra da

homeostase (estado de equilíbrio dinâmico) for sobreposto ao organismo,

resulta nas modificações fisiológicas como resposta, a fim de restabelecer a

homeostase. Desse modo, se os estímulos ocorrem continuamente, darão

origem a diferentes reações: reação de alarme, de resistência e de exaustão.

29

Monteiro e Lopes (2015) salientam que existe uma fase de adaptação de

carga acerca dos exercícios físicos, sendo eles aeróbicos ou resistidos. Esse é

um fator de individualidade biológica, pois cada ser vivo possui seu próprio

tempo natural de adaptação mediante um novo estímulo. Ademais, levando

isso em consideração, o treinador não deve comparar um atleta ao outro,

principalmente neste início de aprendizagem.

A adaptação relacionada ao processo de treinamento é uma forma de condução do atleta a condições superiores e possui particularidades que devem ser observadas e analisadas a todo o momento. As manifestações de adaptação são extremamente variadas. No treinamento esportivo, temos de enfrentar a adaptação a cargas físicas cuja orientação, grau de dificuldade de coordenação, intensidade e duração variam muito. Além disso, o atleta precisa se adaptar ao amplo arsenal de exercícios, orientados para desenvolvimento das capacidades físicas, aperfeiçoamento da maestria técnico-tático e das funções psíquicas. (MONTEIRO; LOPES, 2015, p. 25)

Ainda segundo Forno (2011) se os estímulos ocorrem continuamente,

originam-se diferentes reações: reação de alarme, de resistência e de

exaustão. As reações de alarme acontecem quando um organismo é

submetido a um estímulo que possa ocasionar uma determinada quebra da

homeostase, produzindo, assim, um desequilíbrio corporal do sujeito. A partir

deste acontecimento, durante a recuperação, várias séries de reações

culminam para que o organismo possa se recuperar, ultrapassando o nível de

equilíbrio inicial, a chamada super-compensação, sendo este o princípio da

adaptação geral

Outrossim, o autor já citado acima, define que as reações de resistência

são caracterizadas pela duração em que ocorre a persistência de atuação de

um determinado agente agressor. Todavia, as reações de exaustão são

determinadas quando um organismo não consegue suportar o processo de luta

e de superação do estímulo por mais tempo. Em geral, ocorre quando uma

carga muito forte é aplicada.

1.4.1 Princípio da continuidade e variabilidade

30

Guedes, Souza e Rocha (2008) apontam que o princípio de continuidade

ocorre ao longo do tempo, uma vez que o treinamento proposto seja contínuo.

Com um nível comum de solicitação, o organismo consegue sofrer adaptação e

o efeito do treinamento reverte-se caso o atleta se torne inativo. Desse modo,

caso o organismo do atleta não receba uma carga de intensidade igual e/ou

superior no prazo adequado, não ocorrerá ajuste positivo na aptidão física.

Seguindo o princípio de continuidade, Pereira e Souza Jr. (2002)

afirmam que a variabilidade é necessária e deve ser aplicada em todas as

fases de treinamento do basquetebol. Com isso o atleta sofrerá uma constante

quebra da homeostasia do seu organismo. Este princípio é uma maneira que

não permite o hábito e a acomodação como tangente à mesmice. Portanto, se

a carga aplicada no treinamento não sofrer variação, pode ser que ocorrera

regressão nos níveis de aptidão física. Assim, se as cargas de treinamento não

forem alteradas, o organismo tende a assimilá-la, cominando regressão na

capacidade física.

De acordo com o estudo de Monteiro e Lopes (2015), propõem-se

condutas aos treinadores para que não ocorram estabilizações das adaptações

fisiológicas:

a) deve-se realizar diariamente um controle de carga e avaliações

das capacidades motoras de forma periódica;

b) analisar o volume;

c) analisar a intensidade;

d) analisar a velocidade de execução nos exercícios de força;

e) analisar os exercícios;

f) analisar a pausa;

g) analisar a frequência de treinamento.

2 EXPERIMENTO

2.1 Casuísticas e Métodos

Todos os participantes receberam e assinaram os termos de

assentimento (APÊNDICE B) e consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE

A), de consentimento para uso de fotografias, vídeos e gravações (APÊNDICE

E) e a carta de informação aos participantes (APÊNDICE C e E) contendo

31

detalhadamente todo o processo da pesquisa experimental e suas variantes

para o grupo com intervenção e o grupo controle.

Essas aquiescências serviram para respaldar o projeto e esclarecer o

intuito do mesmo. Durante o percurso dos treinamentos e, principalmente, de

jogos, os atletas de base podiam estar sujeitos a traumas e lesões, sendo

ocasiões inevitáveis à vida esportiva. Os testes e treinamentos não ofereceram

riscos proporcionais por serem cautelosamente estudados, demonstrados e

aplicados aos avaliados. Ao término deste trabalho os atletas com intervenção

vivenciaram uma nova experiência de treinamento preventivo e personalizado.

Desse modo, foi possível apresentar tal vertente de treinamento, com

profissionais adequados e capacitados para promoção da saúde e bem-estar

dos mesmos, além da melhoria em um possível deficit existente.

Foi importante salientar extrema atenção com todos os indivíduos

envolvidos no projeto, a fim de que fosse evitado problemas e situações fora do

planejamento prévio. Atentar para a execução correta dos testes e fatores

extrínsecos (estado do piso/solo, calçado, saltos e aterrissagens, obtendo

assim maior êxito no resultado e evitando micro traumas). Cada

teste/treinamento foi acompanhado de um Profissional de Educação Física e

Fisioterapeuta. Além disso, correções posturais foram constantemente

aplicadas aos avaliados.

Ambas as ações aconteceram após aprovação do projeto pelo Comitê

de Ética, através do parecer: 2.072.029 (ANEXO P), portanto, no período de 22

de Maio de 2017 a 22 de Agosto de 2017 no horário fixo de atendimento, das

16 horas às 18 horas, de segunda, quarta e sexta-feira.

2.2 Condições ambientais

Os treinamentos preventivos e as avaliações funcionais foram realizados

no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, no Setor de Ortopedia do

Centro de Reabilitação Física Dom Bosco - Curso de Fisioterapia e Curso de

Educação Física; localizados à Rua Nove de Julho, nº 1010, na cidade de Lins,

Estado de São Paulo. Para os treinamentos utilizou-se a Quadra Poliesportiva:

área com boa infraestrutura, coberta e adepta para práticas esportivas. Para as

avaliações funcionais utilizou-se o Laboratório de Educação Física: ambiente

apropriado, reservado, refrigerado e com materiais necessários aos

32

procedimentos de – pesagem e medidas corpóreas. As avaliações para o

grupo controle ocorrera na cidade de Promissão, no Departamento de

Esportes, Cultura, Artes e Recreação, que fica situado na Rua Érico de Abreu

Sodré, nº 477, também com boa infraestrutura, coberta e adepta para práticas

esportivas.

2.3 Tipo de Pesquisa

Os autores Silveira e Córdova (2009) trazem que o estudo experimental

se alinha através de um rigoroso e analítico planejamento, compreendendo

questões pertinentes e buscando uma resposta coerente de conclusão. As

etapas deste tipo de pesquisa se iniciam pela formulação exata do problema e

das hipóteses, delimitando, desse modo, as variáveis precisas e controladas

que atuam no elemento estudado.

Para Gil (2007), a pesquisa experimental incide em definir um objeto de

estudo, escolher as variantes que, possivelmente, seriam capazes de

influenciá-lo e, então, deliberar as maneiras de controle e de observação dos

efeitos que a variável produz no objeto.

Sendo assim, a elaboração de instrumentos para a coleta de dados deve ser submetida a testes para assegurar sua eficácia em medir aquilo que a pesquisa se propõe a medir. A pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório (onde o meio ambiente criado é artificial) ou no campo (onde são criadas as condições de manipulação dos sujeitos nas próprias organizações, comunidades ou grupos). (SILVEIRA; CÓRDOVA. 2009. p. 36)

2.4 Sujeitos

A amostra foi composta por 14 adolescentes (sexo masculino – entre 12

e 17 anos) que pratiquem/joguem basquetebol e não realizem treinamento

preventivo ou semelhante a um treinamento personalizado. Foram excluídos do

experimento atletas que praticassem qualquer forma de treinamento preventivo

ou personalizado.

2.5 Material

33

Para o experimento deste projeto utilizou-se os seguintes materiais:

a) laboratório de avaliação física;

b) bolas (Bobath e Suíça);

c) espaldar;

d) barras paralelas;

e) aparelhos de musculação (academia);

f) equipamentos para atividades funcionais (theraband, alter, bola,

anilha, peso, tornozeleira);

j) quadra poliesportiva.

2.6 Protocolos

Para a realização desse estudo foram utilizados os seguintes protocolos:

2.6.1 Step Down Test

Figura 1: Step Down Test

Fonte: autores, 2017.

A padronização acontece da seguinte maneira: o step é posicionado em

solo plano com a altura de 10% da altura do avaliado. O mesmo realiza uma

descida unipodal/unilateral do step tocando levemente o calcanhar no chão,

realizando um ensaio prévio e a filmagem com três execuções em seguida,

34

com descanso de 45 segundos para cada perna. Dessa maneira, o teste se

aplica em ambos os lados individualmente e o avaliador deve ressaltar atenção

com a postura do corpo do avaliado.

2.6.2 Hop Test

Figura 2: Hop Test

Fonte: Bisaccia, 2011.

2.6.3 Landing Error Scoring System (LESS)

Com este protocolo de intervenção, visou-se avaliar funcionalmente a

estabilidade dinâmica da pelve, quadril, joelho e tornozelo e de potência de

membros inferiores. Mariano et al. (2014) aponta o teste Landing Error Scoring

System (LESS) como análise de estabilidade dinâmica e potência de membros

inferiores. A partir da queda de uma plataforma de 40 centímetros de altura,

seguido imediatamente de um salto vertical com elevação dos braços

simulando pegar um objeto o mais alto possível. O avaliado recebe orientações

para se familiarizar com o teste, podendo realizar três ensaios válidos. Entre

cada teste, repouso de 60 segundos. É importante salientar extrema atenção

com a postura do corpo e maneira correta de execução do movimento.

35

Figura 3: Landing Error Scoring System (LESS)

Fonte: autores, 2017.

2.6.4 Discinese Escapular

Com este protocolo de intervenção, visou-se avaliar, propondo

estabilidade estática, a posição do tronco, coluna vertebral e escápula. Pontin

(2012) propõe que o teste avalia principalmente a postura e posição das

escápulas. O indivíduo em posição ortostática (de costas para o avaliador),

com os braços relaxados ao lado do corpo e o tronco desnudo. O avaliador ao

fotografar o avaliado marcará um ponto central na coluna torácica, previamente

alinhada com as bordas inferiores (ponta) das escápulas direita e esquerda,

formando um alinhamento para mensuração.

Avalia-se, portanto, a posição das escápulas, bem como se existe

alguma disfunção ou incompatibilidade na posição ortostática. É importante

salientar atenção com a postura do corpo, principalmente o tronco. Para essa

análise, utilizou-se o programa de imagens e vídeos Kinovea, sendo este um

software de análises de vídeos especializado em gestos esportivos, voltado

principalmente para treinadores, esportistas e profissionais de saúde.

36

Figura 4: Discinese Escapular

Fonte: autores, 2017.

2.7 Procedimentos

Para a prescrição do treinamento preventivo, específico e individualizado

foi utilizado à periodização de microciclo. Essa utilização de planejamento com

tem o objetivo de maximizar o desempenho de atletas (pré e pós-competição) e

é uma prática adotada há muito tempo. De acordo Bompa (2002), existem

apontamentos de programas de treinamentos realizados desde os Jogos

Olímpicos da antiguidade (170-245 a.C), os quais apresentam-se como devem

ser realizados, destacando a importância da recuperação.

Além disso, para elaboração de uma periodização:

Deve-se estabelecer um prognóstico sobre as possibilidades de performance do atleta de acordo com o tempo disponível e de seu potencial; levar em consideração os recursos humanos, financeiros e materiais; realizar uma preparação prévia geral; possibilitar ao atleta o auge do desempenho na competição mais importante; além de manipular a carga de treinamento para que futuramente desempenhos melhores sejam alcançados. (TUBINO; MOREIRA, 2003, p.14).

37

Baseado no estudo de Cardoso (2010), a intervenção utilizou os

seguintes microciclos:

a) microciclo de incorporação: etapa de preparação do atleta que

visa gerar adaptações em longo prazo no organismo do mesmo.

Segundo a composição predominante dos meios de treinamento, podem

ser divididos em microciclos preparatórios gerais ou específicos;

b) microciclo ordinário/choque: possui cargas de treinamento

moderada, que irão variar de 60 a 80% do máximo do atleta, segundo

escala de borg. Este microciclo representa a base do processo de

preparação de atletas de diferentes níveis de qualificação. Denotando tal

entendimento, o choque viria com altas cargas de treinamento, próximo

ao limite do atleta (80-100%). No entanto, devido à grande exigência,

deve haver um controle rigoroso, apresentando alternância entre os

microciclos de choque e os outros microciclos;

c) microciclo de recuperação: visa a recuperação completa do atleta.

Para isso, a carga de treinamento está por volta de 10-20% do máximo

do atleta. Dias de descanso também são comuns neste microciclo.

A Escala de Borg, segundo Silva et al. (2011) é um o indicador do

esforço percebido, válido e confiável para monitorar a tolerância de um

indivíduo ao exercício. Essa escala é usada com frequência durante a

realização de testes e correlaciona-se altamente com a frequência cardíaca e a

intensidade do exercício, sendo este, portanto, o instrumento mais comum

usado para medição da percepção de esforço ou a intensidade do exercício.

Essa escala possui, além de descritores verbais, ilustrações descritivas,

apresentando uma crescente de esforço, constituída por categorias que vão de

0 a 10, sendo 0 extremamente fraco e 10 extremamente forte.

Dessa maneira, o presente estudo utilizou a seguinte escala para obter a

percepção de esforço dos atletas para a prescrição adequada dos exercícios

de força.

38

Figura 5 – Escala de Borg

Fonte: Souza, 2017.

2.8 Exercícios realizados

Visando melhora do condicionamento e capacidades físicas, os atletas

que receberam intervenção foram submetidos aos seguintes exercícios físicos,

com ação muscular de acordo com Valerius (2013):

Para os membros superiores (microciclo de incorporação):

a) elevação diagonal (músculo de ação: deltoide lateral, deltoide

anterior e posterior, trapézio supra-espinal);

b) desenvolvimento Arnold (músculo de ação: deltoide anterior e

lateral, tríceps, trapézio e peitoral superior);

c) prancha (protração e retração) (músculo de ação: oblíquo,

deltoides, transverso do abdômen, romboides maior e menor);

d) remada (TRX) (músculo de ação: trapézio, latíssimo do dorso,

romboides e deltoide posterior);

e) abdominal simples (músculo de ação: reto abdominal, reto da

coxa, oblíquo externo e tensor da fáscia lata);

f) bíceps (passe lateral com bola) (músculo de ação: bíceps);

g) tríceps (passe de peito com bola) (músculo de ação: tríceps);

h) crucifixo (com bola - step) (músculo de ação: peitoral maior e

deltoide anterior);

i) crucifixo (com theraband) (músculo de ação: peitoral maior);

39

j) oblíquo ortostático (com halter) (músculo de ação: oblíquos).

Para os membros inferiores (microciclo de incorporação):

a) abdução (com theraband – deslocamento lateral) (músculo de

ação: glúteo médio e máximo);

b) coice (4 apoios) (músculo de ação: glúteos, isquiotibiais, dorsais e

lombar) ;

c) elevação do quadril (isométrico) (músculo de ação: glúteos e

posteriores da coxa);

d) afundo (com drible de bola) (músculo de ação: quadríceps,

glúteos, posteriores da coxa e adutores);

e) agachamento com rotação bilateral (pé-pivô) (com bola) (músculo

de ação: quadríceps, glúteos, eretores da espinha e oblíquos);

f) isometria de quadríceps (com caneleira) (músculo de ação:

quadríceps);

g) gêmeos (com anilha) (músculo de ação: gastrocnêmio medial e

lateral e, sóleo);

h) panturrilha unilateral (músculo de ação: gastrocnêmio medial e

lateral e, sóleo);

i) salto com agachamento livre (músculo de ação: quadríceps e

glúteos);

j) dorso-flexão – sentado (com theraband) (músculo de ação: fibular

terceiro, curto e longo, gastrocnêmio medial, lateral e sóleo, plantar

delgado, poplíteo e flexores plantar).

Como aquecimento, realizou-se a ativação do core com prancha lateral e

frontal (protração e retração) – sendo 3 séries de 20 segundos cada e 30

segundos de descanso. Complementando com agachamento isométrico (com

elevação dos braços e contração dos dorsais) (3 séries de 20 segundos).

Finalizando o aquecimento, ativação do músculo tríceps com funcional

utilizando fundamento de passe de peito com bola de basquetebol.

Ao término dos treinos, trabalho de flexibilidade geral para membros

superiores e inferiores e alongamento induzido.

Para os membros superiores (microciclo ordinário/choque):

40

a) elevação diagonal com peso (músculo de ação: deltoide lateral,

deltoide anterior e posterior, trapézio supra-espinal);

b) desenvolvimento simples (músculo de ação: deltoide anterior e

lateral, tríceps, trapézio e peitoral superior);

c) prancha (flexão) (protração e retração) (músculo de ação:

quadríceps, glúteos, abdômen, deltoides, tríceps e peitoral maior);

d) remada (TRX) (+inclinado) (músculo de ação: trapézio, latíssimo

do dorso, romboides e deltoide posterior);

e) abdominal remador (músculo de ação: reto femoral, reto

abdominal, oblíquo externo, tensor da fáscia lata, trapézio e deltoides);

f) bíceps (passe lateral com bola) (músculo de ação: bíceps);

g) tríceps (passe de peito com bola) (músculo de ação: tríceps);

h) crucifixo (com halter - step) (músculo de ação: peitoral maior);

i) flexão de braço (músculo de ação: abdômen e peitoral maior);

j) oblíquo ortostático (com theraband) (músculo de ação: oblíquos).

Para os membros inferiores (microciclo ordinário/choque):

a) abdução (com theraband – deslocamento lateral) (músculo de

ação: glúteo médio e máximo);

b) glúteo – elevação diagonal (com tornozeleira) (músculo de ação:

quadríceps e glúteos);

c) elevação do quadril (músculo de ação: glúteos e posteriores da

coxa);

d) afundo (com passe de bola) (músculo de ação: quadríceps,

glúteos, posteriores da coxa e adutores);

e) agachamento com rotação bilateral (pé-pivô) (com bola) (músculo

de ação: quadríceps, glúteos, eretores da espinha e oblíquos);

f) extensora (com caneleira) (músculo de ação: quadríceps femoral,

retofemoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio);

g) gêmeos (com anilha) (músculo de ação: gastrocnêmio medial e

lateral e, sóleo);

h) panturrilha livre (músculo de ação: gastrocnêmio medial e lateral

e, sóleo);

i) salto com agachamento livre (músculo de ação: quadríceps e

glúteos);

41

j) dorso-flexão – sentado (com theraband) (músculo de ação: fibular

terceiro, curto e longo, gastrocnêmio medial, lateral e sóleo, plantar

delgado, poplíteo e flexores plantar).

Como aquecimento, realizou-se a ativação do core com prancha lateral e

frontal (protração e retração) – sendo 3 séries de 20 segundos cada e 15

segundos de descanso. Complementando com agachamento isométrico (com

elevação dos braços e contração dos dorsais) (3 séries de 20 segundos).

Finalizando o aquecimento, ativação do músculo tríceps com funcional

utilizando fundamento de passe de peito com bola de basquetebol.

Ao término dos treinos, trabalho de flexibilidade geral para membros

superiores e inferiores e alongamento induzido. As intensidades e volumes nos

exercícios acima citado foram analisados para cada atleta individualmente,

levando em consideração sua individualidade biológica e através do parecer da

Escala de Borg. Sabendo disso, Calvo et al. (2006) traz que o treinamento de

força proporciona diversos benefícios para a saúde, proporcionando melhora

significativa na estabilidade articular, aumentando a força dos tendões e dos

ligamentos, fatores importantes no momento de lesão. Complementam também

que se o treinamento de força for realizado regularmente ele tem efeito

preventivo, atrativo e eficaz, mantendo e melhorando o estado físico e

psicológico de qualquer idade.

2.9 Análise estatística

Com os dados apresentados pelo estudo, foram realizadas as

estatísticas descritivas (Média, Desvio-padrão e teste T-Student).

2.10 Resultados

Os resultados abaixo apresentados são de características físicas

coletados na anamnese, para esquematização dos treinos individuais e

específicos.

42

Tabela 1: Características físicas do grupo de intervenção

IDADE PESO ESTATURA % G

MÉDIA 15 67 1,78 11,2

DP 1,80 13,13 0,12 27,22

Fonte: autores, 2017.

Tabela 2: Características físicas do grupo controle

IDADE PESO ESTATURA %G

MÉDIA 16 65,6 1,82 15,26

DP 1,07 29,28 0,11 11,60

Fonte: autores, 2017.

Nos resultados abaixo se pode observar uma variância significativa,

encontrada na análise estatística do teste T-student, dentro do teste avaliativo

denominado Hop Test.

Tabela 3: Análise de resultados do grupo de intervenção.

DD1 DD2 DE1 DE2 STEP D1 STEP D2 STEP E1 STEP E2

MÉDIA 48,92 50 52,12 50,7 206 190 196 202

DP ± 5,13 ± 5,53 ± 5,38 ± 7,24 ± 13,33 ± 7,24 ± 11,27 ± 12,84

P

Fonte: autores, 2017

LESS D1 LESS D2 LESS E1 LESS E2 HOPE D1 HOPE D2 HOPE E1 HOPE E2

MÉDIA 177 173 178 182 1,98 2,19 2,11 2,14

DP ± 16,33 ± 25,41 ± 13,67 ± 25,41 ± 0,26 ± 0,21 ± 0,28 ± 0,27

P

0,002285 0,004348

Fonte: autores, 2017

Tabela 4: Análise de resultados do grupo controle.

DD1 DD2 DE1 DE2 STEP D1 STEP D2 STEP E1 STEP E2

MÉDIA 60,68 50 66,55 54,08 205 203 209 202

DP ± 13,72 ± 4,59 ± 9,30 ± 7,79 ± 29,72 ± 14,08 ± 18,91 ± 17,05

P

Fonte: autores, 2017

43

LESS D1 LESS D2 LESS E1 LESS E2 HOPE D1 HOPE D2 HOPE E1 HOPE E2

MÉDIA 145 152 133 145 2,04 2,1 2,27 2,12

DP ± 26,46 ± 18,67 ± 38,49 ± 16,87 ± 22,06 ± 40,55 ± 30,91 ± 28,66

P

Fonte: autores, 2017.

2.11 Discussão

O objetivo deste estudo foi identificar limitações e fragilidades físicas em

atletas de basquetebol sub-17, que possuem primordialmente alterações

negativas nos membros inferiores, mediante excesso de treino sem

preocupação preventiva, apenas visando vitórias e super-resultados. Tal

amparado científico para melhorar estas condições pode-se iniciar através de

anamnese e testes funcionais aconselhados por uma equipe multidisciplinar

(fisioterapeuta e profissional de educação física).

Tassitano et al. (2007) correlacionam a prática adequada de atividade

física na infância e adolescência com benfeitorias a saúde física, psicológica,

esquelética (teor mineral e densidade óssea), contribuindo também para a

prevenção da obesidade, dos fatores de risco de doenças cardiovasculares,

desenvolvimento da socialização e da capacidade de trabalho em equipe.

Desse modo, entende-se que na fase da iniciação esportiva deva existir maior

cuidado com o atleta, salientando treinamento específico para que as etapas

do crescimento sejam respeitadas.

Sabendo disso, é essencial prescrever um treinamento de prevenção e

de potencialização das capacidades físicas. De acordo com Amadio e Serrão

(2011) o alcance de resultados máximos depende da preparação de um bom

treinamento capaz de potencializar as capacidades e habilidades envolvidas na

atuação da modalidade esportiva. No entanto, é preciso sempre respeitar os

limites do corpo de cada indivíduo. As cargas utilizadas para um melhor

desempenho – através de um microciclo de incorporação para entender o

atleta com a escala de borg, assim como os impactos sofridos durante treinos e

competições, sendo essas condições sem adequada interferência as causas

mais prováveis de lesões.

Hernandez (2006) ressalta que as lesões não estão apenas associadas

ao treinamento inadequado, mas também à falta de amparo científico e

44

estrutura apropriada, com profissionais dotados de conhecimento na área.

Além disso, é de suma valia que o atleta ao sofrer uma lesão, não retorne às

atividades competitivas antes da sua recuperação completa (fisioterapia), o que

poderá sofrer interferência visível no seu desempenho nas etapas iniciais do

retorno ao esporte, como também pode estar relacionado ao estresse

psicológico.

Aleixo (2015) traz um importante estudo, em que relata que o Comitê

Olímpico do Brasil (COB) decidira enfatizar uma preparação específica que

previne lesões. Trata-se de um programa existente desde 2012 e, de acordo

com a entidade, na última edição dos Jogos Olímpicos, em Londres, 37% dos

atletas brasileiros tinham algum tipo de lesão. Um número ainda alto, porém

bastante inferior aos registrados em Pequim 2008 (60%) e Atenas 2004 (53%).

Segundo o autor, o treinamento consiste basicamente de exercícios e

atividades antes dos treinos técnicos e táticos que supram as necessidades de

cada atleta de acordo com as suas modalidades e reforcem não apenas a

musculatura e articulações, como também gerem ganho de força e ajudem no

equilíbrio postural. Tudo para evitar sobrecargas que possam levar a lesões

nos mais diversos lugares, como tornozelo, joelho, ombro, coxa, entre outros.

Chaskel, Preis, e Bertassoni (2013) indicam que o sistema

proprioceptivo do corpo humano pode condicionar-se através de exercícios

específicos para responder com maior eficácia de forma a melhorar a força, a

coordenação motora, o equilíbrio, tempo de reação a determinadas situações e

compensar a perda de sensações ocasionadas por uma lesão articular para

evitar o risco de que esta volte a se reproduzir. Essa condicionante, portanto,

tende a ser eficaz no trabalho de prevenção. O treinamento proprioceptivo

específico é condição obrigatória para a recuperação cinética funcional de

lesões, prevenção de reincidências e também pode ser utilizado como

treinamento básico para evitar futuras lesões.

Correlacionando a importância do treinamento preventivo, específico e

individualizado nos atletas de base do basquetebol, com o estudo de Gantus e

Assumpção (2002) sobre lesões musculoesqueléticas, trazendo 119 atletas

masculinos de basquetebol, sendo registradas 341 lesões, 209 (61,3%) nos

membros inferiores, 105 (30,9%) nos membros superiores, 14 (4,1%) na

cabeça e no pescoço e 13 (3,8%) no tronco. Quanto ao momento, 247 lesões

(72,4%) ocorreram nos treinos e 94 (27,3%) nos jogos. Ou seja, isso indica a

45

grande prevalência de risco durante os treinos, sendo o principal indutor de

lesões esportivas.

Portanto, verificar, avaliar e sempre reavaliar a frequência de lesões é o

primeiro passo objetivando reduzir/amenizar as lesões nos atletas, seja eles

adolescentes ou adultos. Esta é a fundamental justificativa na elaboração de

trabalhos neste tema, pouco abordado cientificamente com parecer prático

para treinamento anti-lesivo. Por conseguinte, conhecendo os mecanismos e

as lesões mais comuns é um aliado importante para evitá-las com maior

sucesso. Isso é importante, pois, entendendo melhor as lesões mais comuns

no basquetebol, pode-se determinar tática de treinamento preventivo para

evadir que as mesmas ocorram e/ou permitir a reabilitação mais adequada do

atleta, no amparo de fisioterapeutas e médicos, buscando prolongar sua vida

esportiva e o espetáculo que ela pode proporcionar.

São diversos os fatores (extrínsecos e intrínsecos) que afetam o

cotidiano do atleta, além do tempo de intervenção (3 meses), não havendo

comparações em potencial. No entanto, em um dos testes (hop test) houve

melhora nos dados coletados em que fora aplicado aos atletas do grupo de

intervenção, sugerindo que, no salto em distância os atletas se demonstraram

mais evoluídos, tanto em força de impulsão quanto propriocepção, fatores que

estudiosos afirmam ser essenciais para o bom desempenho físico e de

fortalecimento ligamentar e articular para amenizar lesões no esporte. Vale

ressaltar também que nos treinamentos aplicados em ambos os grupos, tanto

de intervenção quanto no controle não houve nenhum tipo de lesão, outra

vertente a se pensar, pois estudiosos apontam que o maior índice lesivo ocorra

nos treinamentos sem amparo que vise o bem-estar e saúde, apenas buscando

resultados/vitórias e o alto rendimento do atleta ainda em desenvolvimento.

Portanto, é notória a necessidade de mais estudos científicos na prática

de prevenção esportiva em atletas de base, uma vez que as variantes e as

individualidades biológicas possam interferir exponencialmente nos resultados

coletivos, bem como o tempo de atuação de intervenção. Além disso,

apresentar vertentes de treinamentos preventivos, respeitando a biomecânica

da modalidade esportiva, fisiologia e aspectos extrínsecos.

2.12 Conclusão

46

Conclui-se com este estudo que a intervenção teve um valor estatístico

pouco significativo para afirmar, irrefutavelmente, que um treinamento

preventivo, individual e específico realmente seja uma vertente eficaz na

prevenção de lesões no basquetebol de base. Porém, no teste aplicado – “hop

test” houve melhora nos dados coletados no grupo de intervenção. Além disso,

não houve nenhum caso de lesão durante os treinamentos. Desse modo, esses

fatores abrem ramificações para outros estudos, aprofundando a correlação de

um treinamento personalizado com outras variantes e os fatores lesivos no

basquetebol de base.

47

REFERÊNCIAS

ALEIXO, F. Brasil se preocupa com as lesões de atletas antes mesmo que elas aconteçam. UOL. jun. 2015. Disponível em: <https://pan.uol.com.br/noticias/2015/06/09/brasil-se-preocupa-com-as-lesoes-de-atletas-antes-mesmo-que-elas-acontecam.htm>. Acesso em: 10 out. 2017. ALMEIDA NETO, A. F.; TONIN, J. P.; NAVEGA, M. T. Caracterização de lesões desportivas no basquetebol. Revista Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 26, n. 2, p. 361-368, abr./jun. 2013. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n2/13.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017. ALVES, C.; LIMA, R. V. B. Impacto da atividade física e esportes sobre o crescimento e puberdade de crianças e adolescentes. Rev Paul Pediatr. Salvador, v. 26, n. 4, p. 383-91. jun. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-05822008000400013&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 15 nov. 2017. ALVES, L. C. et al. A análise do valgo dinâmico do joelho durante o step down. V Encontro Científico e Simpósio de Educação Unisalesiano. out. 2015. Disponível em: <

http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0027.pdf>. Acesso em: 5 out. 2017. AMADIO, A. C.; SERRÃO, J. C. A biomecânica em educação física e esporte. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 25, p. 15-24, dez. 2011. ARENA, S. S.; CARAZZATO, J. G. A relação entre o acompanhamento médico e a incidência de lesões esportivas em atletas jovens de São Paulo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. vol. 13, n. 4, jul/ago, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000400001>. Acesso em: 15 nov. 2017. BENELI, L. M., RODRIGUES, E. F., MONTAGER, P. C. Periodização do Treinamento Desportivo para Atletas da Categoria Infantil Masculino de Basquetebol. Revista Treinamento Desportivo. Campinhas v. 7, n. 1, p. 29-35. 2006. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/242702351_Periodizacao_do_Treinamento_Desportivo_para_Atletas_da_Categoria_Infantil_Masculino_de_Basquetebol>. Acesso em: 15 nov. 2017. BISACCIA, A. Quando um atleta deve retornar ao esporte após uma cirurgia ACL?. Hayashida & Associates Physical Therapy. 30 set. 2011. Disponível em: <http://hayashidapt.blogspot.com.br/2011/09/>. Acesso em: 7 out. 2017. BOMPA, T. O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2002. BORGES, P. P.; OLTRAMARI. J. D. III Congresso de Pesquisa e Extensão da FSG. I Salão de Extensão & I Mostra Científica. Lesões em atletas de

48

basquetebol e voleibol. Disponível em: <http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao/article/view/1757>. Acesso em: 19 fev. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução CNS n. 466. DOU n. 12, Seção 1. p. 59. 13 jun. 2013. BRATIFISCHE, S. A. Avaliação em educação física: um desafio. Revista Educação Física/UEM. v. 14, n. 2, 2003. CALVO, J. I. et al. Influência de um programa de atividade física de longa duração sobre a força muscular manual e a flexibilidade corporal de mulheres idosas. Revista Brasileira de Fisioterapia. v. 10, n. 1, p. 127-132, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552006000100017>. Acesso em: 15 nov. 2017. CAPACIDADES físicas. Educação Física. 30 mar. 2009. Disponível em: <https://educadorfisico.wordpress.com/2009/03/30/capacidades-fisicas/>. Acesso em: 10 mar. 2017. CARDOSO, F. M. C. Periodização: uma revisão crítica. 2010. Monografia (Graduação em Educação Física) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. CARVALHO, A. R. Utilização do treinamento neuromuscular e proprioceptivo para prevenção das lesões desportivas. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR. Umuarama, v. 14, n. 3, p. 270-274, set./dez. 2010. Disponível em: < http://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/3670>. Acesso em: 15 nov. 2017. CHASKEL, C. F.; PREIS, C.; BERTASSONI, L. N. Propriocepção na prevenção e tratamento de lesões nos esportes. Revista Ciência & Saúde. Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 67-76, jan./abr. 2013. Disponível em: < http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faenfi/article/view/12714>. Acesso em: 15 nov. 2017. COHEN, M.; ABDALLA, R. J. Lesões nos Esportes – Diagnóstico, Prevenção, Tratamento. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter Ltda, 2003. COUTO, V. R. Info Escola. Basquete. Disponível em: < http://www.infoescola.com/esportes/basquete/>. Acesso em: 10 jun. 2017. De ROSE JR., D. et al. Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma abordagem multidisciplinar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. De ROSE JR., D.; DESCHAMPS, S.; KORSAKAS, P. situações causadoras de “stress” no basquetebol de alto rendimento: fatores competitivos. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v. 13, n. 2, p. 217-29, jul./dez., 1999. Disponível em: < https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/379/432>. Acesso em: 15 nov. 2017.

49

De ROSE JR., D.; TAVARES, A. C.; GITTI, V. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.18, n.4, p.377-84, out./dez. 2004. Disponível em: < https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/download/16576/18289>. Acesso em: 15 nov. 2017. FONSÊCA, C. R. S.; MOREIRA, M. A. P. Basquetebol - Aspectos Pedagógicos e Técnicos. Manaus: UEA Edições, 2009. FONTOURA, A. S.; FORMENTIN, C. M.; ABECH, E. A. Guia prático de avalição física: uma abordagem didática, abrangente e atualizada. ed. 1. São Paulo: Phorte, 2013. FORNO, L. D. O princípio da variabilidade nos programas para hipertrofia muscular prescritos pelos professores de musculação na cidade de Criciúma. 2011. Monografia (Graduação em Educação Física) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma. GALATTI, L. R. Pedagogia do esporte e basquetebol: aspectos metodológicos para o desenvolvimento motor e técnico do atleta em formação. Revista ARQUIVOS em Movimento, Rio de Janeiro, v.8, n.2, p.79-93, jul/dez. 2012. GANTUS, M. C.; ASSUMPÇÃO, J. D. A. Epidemiologia das lesões do sistema locomotor em atletas de basquetebol. Acta Fisiátrica. São Paulo, v. 9, n. 2, p. 77-84, 2002. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Manual prático para avaliação em educação física. Barueri, São Paulo: Manole, 2006. GUEDES, D. P.; SOUZA JR., T. P.; ROCHA, A. C. Treinamento personalizado em musculação. São Paulo, 2008. HERNANDEZ, A. J. Perspectivas da traumatologia esportiva no esporte de alto rendimento. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 20, n. 5, p. 181-183, set. 2006. KURATA, D. M; JUNIOR, J. M; NOWOTNY, J. P. Incidência de lesões em atletas praticantes de futsal. Iniciação Científica CESUMAR. v. 09, n. 01, p. 45-51, jan./jun. 2007. LANGEANI, R. Individualidade biológica – Escola de MTB. Espírito Outdoor. 21 jan. 2014. Disponível em: <http://www.espiritooutdoor.com/individualidade-biologica-escola-de-mtb/>. Acesso em: 7 abr. 2017. LOZANA, C. B.; PEREIRA, J. S. Frequência de lesões osteomioarticulares e tempo de afastamento das atividades esportivas em atletas de basquetebol de alto rendimento. Fitness & Performance Journal, v. 2, n. 1, p. 17-22, 2003. MARIANO, F. P. et al. Comparação entre o vertical drop jump e o sidestep cutting: análise cinemática das rotações do joelho. XXIV Congresso Brasileiro

50

de Engenharia Biomédica. 2014. Disponível em: <

https://www.researchgate.net/profile/Vitor_Andrade/publication/271192622_Comparacao_entre_o_Vertical_Drop_Jump_e_o_Sidestep_Cutting_Analise_cinematica_das_rotacoes_do_joelho/links/54bfa0740cf2a843c3887733/Comparacao-entre-o-Vertical-Drop-Jump-e-o-Sidestep-Cutting-Analise-cinematica-das-rotacoes-do-joelho.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017. MONTEIRO, A. G.; EVANGELISTA, A. L. Treinamento funcional: uma abordagem prática. ed. 3. São Paulo: Phorte, 2015. MONTEIRO, A; LOPES, C. Periodização esportiva – periodização do treinamento. São Paulo: AG Editora, 2015. MOREIRA, P. Prevalência de lesões das equipes de base e adultas que representaram a Seleção Brasileira de Basquete em 2003. R. bras. Ci e Mov. v. 14, n. 1, p. 71-78, 2006. Disponível em: < https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/689/694>. Acesso em: 15 nov. 2017. MOREIRA, P.; GENTIL, D.; OLIVEIRA, C. Prevalência de lesões na temporada 2002 da Seleção Brasileira Masculina de Basquete. Rev Bras Med Esporte. v. 9, n. 5, set./out., 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922003000500002>. Acesso em: 15 nov. 2017. NASCIMENTO, K. P. et al. A formação do professor de educação física na atuação profissional atuação profissional inclusiva. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 6, n. 3, p. 55-56, set. 2007. Disponível em: < http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/1225>. Acesso em: 15 nov. 2017. OLIVEIRA, L. C.; JÚNIOR, L. C. G. Benefícios do basquetebol para adolescentes de uma instituição federal de ensino. V Simpósio de Pesquisa e Inovação / IV Seminário de Iniciação Científica do IF Sudeste MG - Campus Barbacena. v. 1, n. 1, 2014. PARREIRA, C. A. Tratamento fisioterápico e prevenção das lesões desportivas. I ENCONTRO DE EXTENSÃO DA UNIFIL 29 A 31 DE OUTUBRO DE 2007. Disponivel em: <http://web.unifil.br/docs/extensao/26%20-TRATAMENTO%20FISIOTERAPICO%20E%20PREVENCAO%20DAS%20LESOES%20DESPORTIVAS.pdf>. Acesso em: 08 out. 2017 PEDRINELLI, A. Aspectos preventivos no esporte. Âmbito Med Desp, v. 3, n. 30, p. 1-3, 1997. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2009/11/treinamento-e-alongamento.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017. PEREIRA, B.; SOUZA JUNIOR, T. P. Dimensões biológicas do treinamento físico. São Paulo: Phorte, 2002.

51

PÉREZ MORALES, J. C.; GRECO, P. J. A influência de diferentes metodologias de ensino-aprendizagem-treinamento no basquetebol sobre o nível de conhecimento tático processual. Revista Brasileira de Educação Física. Esp., São Paulo, v.21, n.4, p. 291-99, out./dez. 2007 PONTIN, J. C. B. et al. Avaliação estática do posicionamento escapular em indivíduos normais. Departamento de Ortopedia e Traumatologia daUniversidade Federal de São Paulo. 8 ago. 2012. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/657/65727896005/>. Acesso em: 5 out. 2017. SANTOS, E. J. A. M. Efeitos do treino complexo, do treino pliométrico e do treino resistivo nos indicadores da força explosiva e sua estabilidade nos períodos de destreino especifico e de treino reduzido – Um estudo em jovens basquetibolistas do sexo masculino. 2009. Dissertação (Doutorado em Ciências do Desporto) – Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Portugal. SILVA et al. Escalas de Borg e omni na prescrição de exercício em cicloergômetro. Revista Brasileira Cineantropometria Desempenho Humano. Recife, v. 13, n. 2, p. 117-123, 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-00372011000200006>. Acesso em: 15 nov. 2017. SILVEIRA, D. T.; CÓRDOVA, F. P. Métodos de pesquisa. Portal Cesad. 2009. Disponível em: <

http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/09520520042012Pratica_de_Pesquisa_I_Aula_2.pdf>. Acesso em: 7 set. 2017. SISTO, F. F., GRECO, P. J. Comportamento tático nos jogos esportivos coletivos. UNICAMP, Campinas, p. 2, 9 nov. 1994. SOUZA, A. L. Saiba o que é a Escala de Borg e como ela pode ajudar. Todo Mundo Corre. 2017. Disponível em: < http://www.todomundocorre.com.br/escala-de-borg/>. Acesso em: 9 out. 2017. TASSITANO, R. M. et al. Atividade física em adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano. Recife, v. 9, n. 2, p. 55-60, mar. 2007. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/04/atividade-fisica-em-adolescentes-brasileiros-uma-revisao-sistematica.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2017. TUBINO, M. J. G.; MOREIRA, S. B. Metodologia científica do treinamento desportivo. ed. 13, Rio de Janeiro: Shape, 2003. VALERIUS, K. P. et al. O livro dos músculos: Anatomia, testes, movimentos. 1. ed. Santos: Santos, 2013.

52

APÊNDICES

53

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

(T.C.L.E)

Eu ......................................................................................................................... ,

portador do RG n°. ............................................................, atualmente com ............. anos,

residindo na ................................................................................................................................... ,

após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA,

devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Daikiti Eduardo Tanimoto e Phamela

Afonso de Oliveira, apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em

permitir a participação do ...........................................................................................................

em participar da pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a serem realizados para

alcançar os objetivos da pesquisa.

Concordo também com o uso científico e didático de seus dados, preservando sua

identidade.

Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo

trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional e

que a qualquer momento, posso solicitar sua exclusão da pesquisa.

Ciente do conteúdo, assino o presente termo.

Local..............................., ............. de ............... de 20.....

.............................................................

Assinatura do Responsável pelo Participante da Pesquisa

.............................................................

Pesquisador Responsável

Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

Endereço: Avenida José Orlando Pereira, 136 (Promissão – SP)

Telefone: (14) 98822-6619

54

APÊNDICE B – TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(T.A.L.E)

Eu ......................................................................................................................... ,

portador do RG n°. ............................................................, atualmente com ............. anos,

residindo na ................................................................................................................................... ,

após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA PESQUISA,

devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Daikiti Eduardo Tanimoto e Phamela

Afonso de Oliveira, tendo o consentimento do meu responsável já assinado, apresento meu

ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da pesquisa proposta, e concordo

com os procedimentos a serem realizados para alcançar os objetivos da pesquisa “Treinamento

preventivo, específico e individualizado nos atletas de Basquetebol Sub-17”, estando o meu

responsável ciente e de acordo com aquele consentimento.

Concordo também com o uso científico e didático dos dados, preservando a minha

identidade.

Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou ciente de que todo

trabalho realizado torna-se informação confidencial guardada por força do sigilo profissional.

A qualquer momento e em comunhão com o responsável, posso solicitar minha

exclusão da pesquisa.

Ciente do conteúdo, assino o presente termo.

Local......................., ............. de ............... de 20.....

.............................................................

Assinatura do Participante da Pesquisa

.............................................................

Pesquisador Responsável

Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

Endereço: Avenida José Orlando Pereira, 136 (Promissão – SP)

Telefone: (14) 98822-6619

55

APÊNDICE C – CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA (INTERVENÇÃO) Objetivos da pesquisa:

Este Projeto de Pesquisa “TREINAMENTO PREVENTIVO, ESPECÍFICO E

INDIVIDUALIZADO NOS ATLETAS DE BASQUETEBOL SUB-17” visa analisar principais lesões

causadas no basquetebol e trabalhar as possíveis técnicas de treinamento preventivo

(previne lesões) diminuindo os acontecimentos indesejados nos atletas de base (de 12 a

17 anos).

Desse modo, a participação nesse projeto é importante para ressaltar que o atleta

supervisionado de uma Equipe Profissional (Fisioterapia e Educação Física) adequada,

aumenta suas chances de evitar lesões e ter um rendimento mais saudável e com

qualidade de vida.

Procedimentos que serão realizados com o participante:

- Realizar um processo de testes funcionais (avalia função física dinâmica e

estática: postura, estabilidade, equilíbrio, força, resistência e potência);

- Entrevista geral para coleta de dados (anamnese);

- Prescrição de treinamento preventivo característico ao participante, tendo

consciência/conhecimento das suas necessidades físicas (específico e individual);

- Treinamento preventivo:

Fortalecimento muscular, e

Ações de jogo com interferência específica (movimentos funcionais - salto,

arranque, aterrisagem, lançamento, desvio, bloqueio e corrida - em forma de

circuito, que são exercícios em sequência, porém com atendimento individual,

destacando as correções da avaliação).

Riscos, desconfortos e Benefícios da pesquisa:

Os testes e treinamentos não oferecem riscos proporcionais por serem

cautelosamente estudados, demonstrados e aplicados aos participantes pela

Equipe de Pesquisadores e Auxiliares Profissionais (Fisioterapia e Educação

Física). Toda documentação, dados e informação prestadas ao projeto serão

confidenciais e respaldados pelos Termos da Resolução 466/2012, apresentados

juntos a esta carta.

56

Desse modo, além da melhoria de uma possível deficiência (muscular e

articular) do participante, será possível também minimizar lesões e adquirir maior

estabilidade durante os movimentos nos jogos.

Enfim, ao término do trabalho/pesquisa os atletas terão vivenciado uma

nova experiência de treinamento preventivo, com supervisão de Profissionais da

Saúde (Educação Física e Fisioterapia).

Meios para minimizar os riscos:

É importante salientar extrema atenção com todos os indivíduos envolvidos

no projeto, a fim de que seja evitado problemas e situações fora do planejamento

prévio. Atentar para a execução correta dos testes, bem como: o estado do

piso/solo, calçado, com saltos e aterrissagens, obtendo assim maior êxito no

resultado e evitando pequenos traumas.

Cada teste/treinamento será acompanhado de um Profissional de Educação

Física e Fisioterapeuta. Além disso, correções na postura serão constantemente

aplicadas aos avaliados.

Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela Equipe

e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições apresentadas, uma

vez que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e ensino (respeitando

sempre sua identidade), você ou seu representante legal devem assinar o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de Informação ao Participante

da Pesquisa, ressaltando que você tem total liberdade para solicitar sua exclusão

da pesquisa a qualquer momento, sem ônus ou prejuízo algum.

Por estarem entendidos, assinam o presente termo.

Lins, ............. de ............... de 2017

______________________________

Assinatura do Participante da Pesquisa

57

______________________________

Pesquisador Responsável

Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

Endereço: Avenida José Orlando Pereira, 136 (Promissão – SP)

Telefone: (14) 98822-6619

58

APÊNDICE D – CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE PESQUISA (CONTROLE)

Objetivos da pesquisa:

Este Projeto de Pesquisa “TREINAMENTO PREVENTIVO, ESPECÍFICO E INDIVIDUALIZADO

NOS ATLETAS DE BASQUETEBOL SUB-17” visa analisar principais lesões causadas no

basquetebol e trabalhar as possíveis técnicas de treinamento preventivo (previne lesões)

diminuindo os acontecimentos indesejados nos atletas de base (de 12 a 17 anos).

Desse modo, a participação nesse projeto é importante para ressaltar que o atleta

supervisionado de uma Equipe Profissional (Fisioterapia e Educação Física) adequada,

aumenta suas chances de evitar lesões e ter um rendimento mais saudável e com

qualidade de vida.

Procedimentos que serão realizados com o participante:

- Realizar um processo de testes funcionais (avalia função física dinâmica e

estática: postura, estabilidade, equilíbrio, força, resistência e potência);

- Entrevista geral para coleta de dados (anamnese);

Riscos, desconfortos e Benefícios da pesquisa:

Os testes não oferecem riscos proporcionais por serem cautelosamente

estudados, demonstrados e aplicados aos participantes pela Equipe de

Pesquisadores e Auxiliares Profissionais (Educação Física). Toda documentação,

dados e informação prestadas ao projeto serão confidenciais e respaldados pelos

Termos da Resolução 466/2012, apresentados juntos a esta carta.

Meios para minimizar os riscos:

É importante salientar extrema atenção com todos os indivíduos envolvidos no

projeto, a fim de que seja evitado problemas e situações fora do planejamento

prévio. Atentar para a execução correta dos testes, bem como: o estado do

piso/solo, calçado, com saltos e aterrissagens, obtendo assim maior êxito no

resultado e evitando pequenos traumas.

Cada teste será acompanhado de um Profissional de Educação Física. Além disso,

correções na postura serão constantemente aplicadas aos avaliados.

59

Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela Equipe e/ou

pesquisador e, caso concorde com os termos e condições apresentadas, uma vez

que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e ensino (respeitando sempre

sua identidade), você ou seu representante legal devem assinar o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de Informação ao Participante da

Pesquisa, ressaltando que você tem total liberdade para solicitar sua exclusão da

pesquisa a qualquer momento, sem ônus ou prejuízo algum.

Por estarem entendidos, assinam o presente termo.

Promissão, ............. de ............... de 2017

______________________________

Assinatura do Participante da Pesquisa

______________________________

Pesquisador Responsável

Leandro Paschoali Rodrigues Gomes

Endereço: Avenida José Orlando Pereira, 136 (Promissão – SP)

Telefone: (14) 98822-6619

60

APÊNDICE E – CONSENTIMENTO PARA FOTOGRAFIAS, VÍDEOS E GRAVAÇÕES

Permito que sejam realizada fotografia, filmagem ou gravação de meu

filho/dependente para fins da pesquisa científica intitulada “Treinamento preventivo,

específico e individualizado nos atletas de Basquetebol Sub-17”, e concordo que o

material e informações obtidas relacionadas ao meu filho/dependente possam ser

publicados em eventos científicos ou publicações científicas. Porém, o meu

filho/dependente não deve ser identificado por nome ou rosto em qualquer uma das

vias de publicação ou uso, e que as fotografias, vídeos e gravações ficarão sob a

propriedade e guarda do grupo de pesquisadores do estudo.

Local___________, _____ de ____________ de 2017

________________________________

Nome e assinatura do Responsável pelo Participante

CPF:

61

APÊNDICE F – FICHA DE AVALIAÇÃO (ANAMNESE)

62

APÊNDICE G – FICHA DE AVALIAÇÃO (ANAMNESE)

63

APÊNDICE H – FICHA DE AVALIAÇÃO (ANAMNESE)

64

APÊNDICE I – PROGRAMA DE TREINAMENTO FUNCIONAL / FORÇA

65

ANEXOS

66

ANEXO A – INDIVÍDUO 1 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

67

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

68

ANEXO B – INDIVÍDUO 2 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

69

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

70

ANEXO C – INDIVÍDUO 3 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

71

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

72

ANEXO D – INDIVÍDUO 4 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

73

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

74

ANEXO E – INDIVÍDUO 5 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

75

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

76

ANEXO F – INDIVÍDUO 6 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

77

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

78

ANEXO G – INDIVÍDUO 7 (INTERFERÊNCIA)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação 3) LESS

Legenda: 2ª avaliação

79

4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação 5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

80

ANEXO H – INDIVÍDUO 1 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

81

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

82

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

83

ANEXO I – INDIVÍDUO 2 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

84

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

85

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

86

ANEXO J – INDIVÍDUO 3 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

87

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

88

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

89

ANEXO L – INDIVÍDUO 4 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

90

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

91

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

92

ANEXO M – INDIVÍDUO 5 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

93

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

94

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

95

ANEXO N – INDIVÍDUO 6 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

96

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

97

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

98

ANEXO O – INDIVÍDUO 7 (CONTROLE)

1) Discinese escapular

Legenda: lado esquerdo (1ª avaliação) e lado direito (2ª avaliação) 2) LESS

Legenda: 1ª avaliação

99

3) LESS

Legenda: 2ª avaliação 4) Step Down

Legenda: 1ª avaliação

100

5) Step Down

Legenda: 2ª avaliação

101

ANEXO P – PARECER CONSUBSTANCIADO CEP

102

103