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CURSO PRÁTICO DE ULTRA-SONOGRAFIA 07-ULTRA-SONOGRAFIA DAS PATOLOGIAS DE 2º E 3º TRIMESTRES + MORTE FETAL Dr. Cesar Roberto Camargo Ultra-sonografia de gestação do 2º e 3º trimestres. PATOLOGIA E AFECÇÕES *Gestação de auto risco: Gestação múltipla Hidropsia fetal imune e não imune Diabetes gestacional Hipertensão arterial Infecções Cistos anexiais Fibromas Uterinos

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Page 1: ULTRA-SONOGRAFIA

CURSO PRÁTICO DE ULTRA-SONOGRAFIA

07-ULTRA-SONOGRAFIA DAS PATOLOGIAS DE

2º E 3º TRIMESTRES + MORTE FETAL

Dr. Cesar Roberto Camargo

Ultra-sonografia de gestação do 2º e 3º trimestres.

PATOLOGIA E AFECÇÕES

*Gestação de auto risco:

Gestação múltipla

Hidropsia fetal imune e não imune

Diabetes gestacional

Hipertensão arterial

Infecções

Cistos anexiais

Fibromas Uterinos

Obesidade

Gestação Múltipla

Page 2: ULTRA-SONOGRAFIA

Maior risco de complicações obstétricas (pré-eclâmpsia, sangramento no 3º trimestre e prolapso de coração);

Maior risco de parto prematuro;

Maior risco de anomalias congênitas;

Feto gemelar tem chances cinco vezes maior de óbito que um feto único;

Gestação Múltipla

Diagnóstico: Ultra-sonografia

Gestação Múltipla

*Etiologia

Todas as gestações dizigóticas são dicoriônicas e diamnióticas;

25% das gestações monozigóticas são dicoriônicas;

75% das gestações monozigóticas são monocoriônicas;

Em gestações dicoriônicas ( monozigóticas ou dizigóticas ) duas camadas de âmnio e duas camadas córion separam os fetos.

Page 3: ULTRA-SONOGRAFIA

GÊMEOS DIZIGÓTICOS

Gêmeos fraternos ( não idênticos )

Originam-se de dois óvulos fertilizados separadamente;

Cada ovo desenvolve seu próprio córion e saco amniótico ( dicoriônica e diamniótica);

Se a implantação for muito próxima, pode ocorrer fusão placentária, mas sem fusão da circulação sanguínea placentária.

GÊMEOS MONOZIGÓTICOS

Gêmeos idênticos;

Originam-se de um único óvulo.

TEMPO DE DIVISÃO

Divisão de 1 a 3 dias após a concepção 2 âmnios e 2 córions ( diamnióticas e dicoriônica );

Divisão de 4 a 8 dias após a concepção: existirão 2 âmnios e 1 córion ( diamniótica e monocoriônica );

Divisão após 8 dias da concepção: 2 fetos em 1 saco amniótico e somente 1 córion (monoamniótica e monocoriônica);

Page 4: ULTRA-SONOGRAFIA

Divisão após 13 dias da concepção: gemelaridade imperfeita.

PROGNÓSTICO DE GEMELARIDADE

Estudos mostram que 70 % das gestações gemelares chegam a termo como gestação única;

Perdas precoces geralmente não chegam a ser detectadas;

Sangramentos no inicio da gestação pode significar aborto de um dos sacos gestacionais;

Se a morte embrionária for precoce, nenhum sinal de embrião é notado;

Se a morte fetal for tardia, pode ocorrer o feto papiráceo.

SÍNDROME DE TRANSFUSÃO

GÊMEO-GÊMEO

Gêmeos monozigóticos ( mesmo sexo );

Monoamnióticos: pode haver entrelaçamento de cordões umbilicais;

Circulações placentárias são comuns;

Há uma derivação artério-venosa na placenta;

Page 5: ULTRA-SONOGRAFIA

Sangue arterial de um feto é bombeado para o sistema venoso do outro.

SÍNDROME DE TRANSFUSÃO

GÊMEO-GÊMEO

Feto doador: anemia, restrição do crescimento e oligodramia;

Feto receptor: feto normal ou grande, polihidramnia pode ocorrer insuficiência cardíaca e hidropsia fetal;

Crescimento discordante;

Riscos de morte: o doador por inanição e o receptor por insuficiência cardíaca.

INFORMAÇÕES ULTRA-SONOGRÁFICAS IMPORTANTES

Número de sacos gestacionais;

Número e localização das placentas;

Sexo dos fetos;

Dados biométricos;

Page 6: ULTRA-SONOGRAFIA

Presença ou não de anomalias.

CRESCIMENTO DISCORDANTE ULTRA-SONOGRÁFICOS

D.B.P. com diferença de 6 mm;

C.A. com diferença de 20 mm;

Fêmur com diferença de 5 mm;

Peso fetal com diferença de 20% ou mais.

FETO MONSTRO

ACÉFALO E ACARDÍACO

HIDROPSIA FETAL IMUNE

Eritroblastose fetal;

Isoimunização Rh;

Incompatibilidade Rh ou ABO.

HIDROPSIA FETAL NÃO-IMUNE

PROBLEMAS ASSOCIADOS

Cromossômicos;

Cardiovasculares;

Page 7: ULTRA-SONOGRAFIA

Respiratórios;

Hematológicos;

Urinários;

Gastrointestinais;

Hepáticos;

Infecciosos;

Da placenta e do cordão umbilical;

Gemelares na transfusão gêmeo-gêmeo.

HIDROPSIA FETAL IMUNE E NÃO-IMUNE

SINAIS ULTRA-SONOGRÁFICOS

Feto hidrópico;

Edema de pele-anasarca fetal;

Edema de couro cabeludo;

Ascite;

Derrame pleural;

Derrame pericárdico;

Page 8: ULTRA-SONOGRAFIA

Placenta de espessura aumentada;

Polihidramnia associada.

DIABETES GESTACIONAL

Aumento de glicose no sangue materno;

Altos riscos de fetos mortos repentinamente;

Anomalias congênitas mais frequentes;

Frequência maior de infecções do trato urinário materno (pielonefrites).

DIABETES GESTACIONAL-COMPLICAÇÕES

Polihidramnia associada;

Fetos grandes-macrossômicos;

Trabalho de parto prematuro;

Cesarianas mais frequentes;

Ruptura prematura de membranas.

DIABETES GESTACIONAL-MALFORMAÇÕES

Page 9: ULTRA-SONOGRAFIA

Defeitos do tubo neural;

Defeitos cardíacos;

Síndrome de regressa caudal (ausência do desenvolvimento dos membros inferiores).

DIABETES GESTACIONAL-ULTRA-SONOGRAFIA

Feto macrossômico;

Placenta espessa e pouco madura;

Polihidramnia;

Aumento do comprimento do cordão;

Artéria umbilical única eventualmente;

Investigar malformações.

DIABETES GESTACIONAL-HIPERTENSÃO ARTERIAL

Riscos maternos e fetais;

Crescimento intra-uterino restrito;

Sofrimento fetal;

Morte fetal.

Page 10: ULTRA-SONOGRAFIA

TIPOS DE HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO

HIPERTENSÃO INDUZIDA PELA GESTAÇÃO

Pré-eclâmpsia;

Pré-eclâmpsia grave;

Eclampsia.

HIPERTENSÃO CRÔNICA:

Existe desde antes da gestação.

PRÉ-ECLÂMPSIA

Aumento da pressão arterial;

Proteinúria;

Edema;

Podem surgir convulsões com aumento expressivo da pressão arterial.

HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA

Encontrada geralmente antes de 20 semanas de gestação;

A causa pode ser pressão arterial essencial primária ou hipertensão secundária (causas renais, endocrinológicas).

Page 11: ULTRA-SONOGRAFIA

HIPERTENSÃO ARTERIAL-ULTRA-SONOGRAFIA

Feto pequeno para a idade gestacional;

Crescimento intra-uterino restrito (sofrimento fetal);

Placenta de espessura diminuída e hiper madura para a idade;

Descolamento placentário;

Diminuição de volume de liquido amniótico (coligadramnia).

HIPERTENSÃO ARTERIAL-INFECÇÕES

Podem produzir nas gestações:

Aborto espontâneo;

Morte fetal;

Alterações do desenvolvimento e do crescimento de tecidos (microcefalia, microftalmia, etc).

Reação inflamatória e processo de cicatrização (coriorretinite, catarata, hepatite, calcificações intracranianas, calcificações intra-hepaticas, etc).

HIPERTENSÃO ARTERIAL-DIAGNÓSTICO

Page 12: ULTRA-SONOGRAFIA

Sorologia materno;

Ultrassonografia fetal;

Amniocentese;

Biopsia de vilo coriônico.

Sinais ultrassonográficos comuns que sugerem infecção fetal:

Alterações placentárias;

Aparecimento de grumos no liquido amniótico;

Polihidrâmnio;

Hidropsia fetal;

Hepatoesplenomegalia.

INFECÇÕES

Fetos afetados sem alterações ecográficas;

Fetos afetados com alterações ecográficas;

_ somente um sistema afetado (ex: SNC);

_ vários sistemas afetados.

Possíveis sistemas afetados pela infecção:

Page 13: ULTRA-SONOGRAFIA

Sistema nervoso central;

Coração

Víscera;

Extremidades;

Pode ocorrer C.I.U.R.

Sistema nervoso central

Ventriculomegalia;

Hidrocefalia;

Macrocefalia;

Cistos para-ventriculares;

Sinéquias intra-ventriculares;

Porencefalia;

Hidranencefalia;

Microcefalia;

Calicificações intra-cranianas.

Coração

Page 14: ULTRA-SONOGRAFIA

Malformações cardíacas estruturais;

Miocardites;

Insuficiência cardíaca (secundária ao acontecimento cardíaco ou devido a anemia grave produzida pelo agente infeccioso).

Víscera

Hepatomegalia;

Esplenomegalia;

Calcificações intra-hepáticas/necrose hepática.

Extremidades

Geralmente as infecções levam a hipoplasia;

Crescimento ultra uterino restrito (C.I.U.R);

Sofrimento fetal.

INE

Sífilis congênita;

Toxoplasmose;

Rubéola;

Page 15: ULTRA-SONOGRAFIA

Citomegalovírus;

Varicela;

Parvovírus;

HIV;

Lúpus eritematoso;

Sistêmico;

Pielonefritematerna.

SÍFILIS CONGÊNITA

Ultra-sonografia

Feto com C.U.I.R.

Placenta com aumento de espessura;

Diminuição da ecogenicidade placentária;

Polihidramnia.

Complicações

Trabalho de parto prematuro;

C.I.U.R.

Page 16: ULTRA-SONOGRAFIA

Hidropsia fetal.

Toxoplasmose

Incidência 1/500 a 1/10.000;

Depende da localização geográfica.

Ultrassonografia

Hidropsia fetal;

Necrose do parenquimia cerebral;

Hidrocefalia;

Hepatomegalia (aumento da CA);

Esplenomegalia;

Lesões renais;

Ascite;

Espessamento placentário e focos de calcificação (cerca de 8% dos casos).

Rubéola

Difícil o diagnóstico ultrassonográfico

Caediopatias estruturais;

Page 17: ULTRA-SONOGRAFIA

Catarata congênita;

Surdez;

Retardo mental.

CITOMEGALOVÍRUS

C.I.U.R.

Oligohidramnio;

Calsificações cerebrais;

Microcefalia;

Perda auditiva;

Retardo mental;

Conorretinite;

Outros casos: hidropsia, ascitive, ventrículomegalia, e hiperecogenicidade intestinal.

Varicela

Hipoplasia de extremidades;

Danos cerebrais (hidranencefalia, aplasia cebelar);

Page 18: ULTRA-SONOGRAFIA

Atrofia ótica;

Catarata congênita;

Microcefalia;

C.I.U.R.

PARVOVIRUS

Hidropsia fetal;

Insuficiência cardíaca congestiva;

Derrame pleural;

Derrame pericárdico;

Ascite;

Morte fetal.

VÍRUS HIV

C.I.U.R. (75%);

Microcefalia (70%);

Anomalias crânios-faciais (50%);

Fronte proveminente (75%);

Page 19: ULTRA-SONOGRAFIA

Fronte nasal plana (70%);

Encurtamento nasal com filtrum proeminente (65%).

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

Distúrbio auto-imune;

Aborto espontâneo e morte fetal, 22% a 49%;

Placenta inflamada e espessa;

C.I.U.R.;

Derrame pericárdico (bloqueio cardiáco).

PIELONEFRITE

Materna;

4% a 6% das gestações tem bacteriúrica;

25% dos casos são devidos a casos de bacteriurica não tratada;

Clinica: febre, dores no flanco e leucocitose na urina;

As vezes nota-se eventual dilatação calicial a direita (compressão ureteral, não

significa pielonefrite).

Page 20: ULTRA-SONOGRAFIA

CISTOS ANEXIAIS

Maternos;

Podem ser pequenos ou grandes;

Podem regredir espontaneamente;

Cistos persistentes (excluir câncer de ovário);

A ultrassonografia serrada é importante.

FIBROMAS UTERINOS

Efetivamente são tumores benignos;

Podem crescer durante a gestação;

Crescimento rápido, pode levar à necrose e dor levando a trabalho de parto prematuro;

A ultrassonografia é imprescindível.

OBESIDADE

Predisposição à hipertensão arterial crônica;

Predisposição à pré-eclâmpsia;

Associa-se a uma incidência maior de defeitos do tubo neural.

Page 21: ULTRA-SONOGRAFIA

MORTE FETAL

Causas prováveis

Infecções (geralmente associadas a ruptura prematuras de membranas);

Anormalidades cromossômicas;

Pré-eclâmpsia;

Deslocamento prematuro de placenta;

Diabetes;

C.I.U.R;

Isoimunização Rh.

M.F.

_ 1º trimestre: maior incidência.

_ 2º e 3º trimestres: menor incidência.

ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS

Ausência de batimentos cardíacos;

Ausência de movimentos espontâneos e provocados;

Sobreposição de ossos cranianos (sinal de spalding);

Page 22: ULTRA-SONOGRAFIA

Halo pericraniano (edema de pele);

Hiperflexão da coluna fetal;

Aumento da ecogenecidade abdominal;

Liquefação de órgão internos.

MORTE FETAL

Idade de óbito comprimento do fêmur.

VASOS DO ABDOME SUPERIOR

Artéria aorta;

Tronco celíaco;

Artéria mesentérica superior;

Veia cava inferior;

Veia mesentérica superior;

Page 23: ULTRA-SONOGRAFIA

Veia esplênica;

Veia porta;

Veia renal diteita;

Veia renal esquerda;

Veias supra-hepáticas.

* Artéria aorta

* Asteriosclerose Aórtica

* Aneurisma Aórtico

* Aneurisma dissecante da aorta

* Estômago

* Bulbo duodenal

* Alças dilatadas

* Hérnia

* Ascite

APENDICITE

Page 24: ULTRA-SONOGRAFIA

O diagnóstico é clinico;

A ultrassonografia pode ajudar eventualmente;

A ultrassonografia pode descartar outros diagnósticos diferenciais.

18- Ultrassonografia do abdome superior

Dr. Cesar Roberto Camargo

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