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"Uma cidade, por si só, não tempoder decisório de terminante diantede aspectos que são contextualizadosem âmbito nacional e internacional".

Para Dilson Dalpíaz, os desafios para o desenvolvimentoindustrial passam por três importantes caminhos: gerarempregos de alto valor agregado, ter prontidão de áreaspara instalação de novos empreendimentos e melhoraro nível de cornpetitividade por meio da qualificação depessoas. Embora objetivos, são aspectos complexos,que envolvem o desenvolvimento de políticas públicasvoltadas para o setor produtivo, o engajamento dos em-presários na busca de modelos de negócios inovadorese a transformação social no sentido de tornar as cidadese regiões atrativas para investidores locais, nacionais einternacionaís.

Consultor empresarial, diplomata corporatívo. pales-trante e professor universitário de programas de pós--graduação, Dílson Dalpíaz esteve até o ano passado nadiretoria do Instituto de Desenvolvimento Integrado deMinas Gerais (INDI),foi secretário municipal de Desen-volvimento Econômico e Turismo de Uberlândía, duran-te a gestão do prefeito Odelmo Leão (2005- 2012). Em2008, acumulou também a Secretaria de Gestão Estra-tégica e ComunicaçãoSocial. Na iniciativaprivada, iniciou suacarreira na atual AI-gar Telecom (antigaCTBC), onde traba-lhou por 33 anos, emdiferentes posições executivas. Em seu currículo, cons-tam negociações com diferentes empresas nacionais einternacionais, com o objetivo de atraí-Ias para Uber-lândia e região.

Nessa entrevista, o consultor apresenta uma ampla vi-são a respeito dos fatores favoráveis para tornar umacidade mais competitiva e, com isso, atrair e manterinvestimentos no segmento industrial. Ressalta a im-portância das políticas públicas e da integração entreMunicípios, Estado e União para a promoção de umcrescimento sustentável, que gere impactos positivos naeconomia. Parafraseando o escritor Eudides da Cunha,Dalpiaz compara: "O empresário brasileiro é, antes detudo, um forte".

Qual o contexto atual em que devemos avaliar aquestão do desenvolvimento industrial das cidadesbrasileiras?Dilson: Nas últimas décadas, as economias mundiaiscomeçaram a consolidar-se em blocos econômicos. Aprimeira foi a União Europeia, um projeto que levou dé-cadas e ainda está em andamento. Temos o bloco daAmérica do Norte e o Mercosul, aqui na América do Sul.

Esses 'blocos tornaram as transações entre os paísesmais frequentes e, em alguns casos, mais desburocra-tizadas, Ocorreu uma quebra de paradigmas e umareinvenção de processos. Empresas negociam entre si,sem restrições impostas por barreiras geográficas. Bus-cam em cada país as vantagens para os seus negócios.Acordos bilaterais entre países facilitam ou dificultamas negociações. Nesse cenário ocorre um comércio dealto valor agregado que dá posicionamento econômi-co aos países. O Brasil ainda é reconhecido por expor-tar commodities, produtos minimamente processadoscomo minérios, proteínas vegetais como a soja e ani-mais como o frango. O país avança no agronegócio,mas na indústria de transformação, considerando osnovos modelos econômicos de alta escala, ainda esta-mos na primeira infância.

Nesse novo modelo econômico, como as cidadespodem se estruturar para buscar investimentos emindústrias?Dilson: Uma cidade, por si só, não tem poder decisório

determinante diantede aspectos que sãocontextualizados emâmbito nacional einternacional. Atu-almente, as grandesmarcas espalham

suas unidades de manufatura em diferentes paísespelo mundo, de acordo com as vantagens para o capítal investido. Empresas como a Nike. por exemplo, fa-zem a gestão da marca e do produto. A fabricação está,em diferentes países, de acordo com aspectos comomenor custo, carga tributária, nível de especialização,oferta de mão de obra. Os Estados Unidos, por exem-plo, perderam boa parte de suas indústrias. O capitalvai em busca dos lugares onde encontra as melhorescondições. Em alguns casos, procuram profissionaisadequados, em outros, estabelecem plantas robotiza-das. Há empresas que se estabelecem apenas comomontadoras, adquirindo seus componentes de dife-. •rentes países. Ainda assim conseguem se manter mais], • . ,competitivas do que no velho modelo de linha depro~;:*~r1tdução. Temos o exemplo da Hyundai, que começou 't' fl'sem Anápolis-GO, importando peças e componentes de.·••..~.outros países para a montagem do carro no Brasil. •.i

Eo que acontece com o velho modelo de produçãb in-dustrial? Ainda existe espaço para as grandes fábricas?DUson: As fábricas hoje estão dispersas geografica-mente, ou seja, a linha de produção não fica concen-trada apenas em um espaço. Esse desmembramento se

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"Os países que estão à frente nodesenvolvimento industrial foramaqueles que reformularam seus

programas educacionais e investirampesado na formação profissional".

deve principalmente pela busca de melhores custos evantagens competitivas para fabricação de um produ-to. As empresas também não veem mais vantagem emdeter todo o processo de fabricação de um produto. Atecnologia muda em escala exponencial e os custos deinovação ficam altíssímos. Por isso, muitas optam porcontratar fornecedores especializados na fabricação dedeterminado componente e no final realizam a mon-,tagem do seu produto. Essa situação é muito comumcom empresas de telefonia celular e tablets. Ao invésde deter toda a produção, contratam um fornecedoraltamente especializado que vende para várias marcas,

jóTTlesmoas que concorrem entre si. Em meu trabalhono INDI,atuava para atrair empresas para Minas Gerais.Ao conversar com empresários, percebi que adotarammodelos de fabricação por encomenda junto a umagama de fornecedores disperses. Assim, lidam melhordo ponto de vista econômico, com os vales e picos doprocesso produtivo. O termo grande fábrica requertambém uma novaconceituação e aná-lise, não somente aotamanho físico daplanta industrial, nú-mero de empregosgerados, mas tam-bém quanto ao seunível de qualificação

a consequente qualidade da remuneração. Tudo vaiIr epender de quanto mais tecnologia estiver aplicadanãe só no processo produtivo, mas também na sofístí-

• cação tecnológica dos produtos finais.

Como podemos situar o empresário brasileiro nessecenário de alta especialização e comércio global?Dilson: Parafraseando Euclides da Cunha, "o empre-sário brasileiro é, antes de tudo, um forte". É um em-preendedor nato, criativo e corajoso. É um obstinadonavegando num mar emaranhado de leis e procedi-mentos burocráticos - alguns arcaicos como a CLT -que oneram a sua estrutura administrativa somada a

- -um modelo tributário dracoruano e complexo. Tor-t 1i.a-se imperativa a adoção de uma política industrialir,. que compreenda as principais demandas do setor com?"t', menos impostos, burocracia, flexibilidade nas negocia-..•

\.ções dos contratos de trabalho, infraestrutura eficientecom privatizações e abertura comercial visando a re-cuperação da competividade perdida. A presença doEstado é importante, não para intervir, mas para atuarcomo facilitador. O Brasil hoje carece de termos clarose atuais que contribuam para tornar as empresas maiscompetitivas. E isso passa por diversos componentes.

Indústrias entrevista

Quando estudamos a competitividade da indústria bra-sileira, ela ainda é baixa. Tivemos um aumento de cus-tos, em especial de pessoal e tributário, descasado doaumento da produção. Isso faz com que o Brasil percaem competitividade e produtos estrangeiros cheguemao país a preços melhores que os nacionais. Temos umgrande mercado interno e grandes possibilidades deexportação, mas é preciso aumentar nossa competiti-vidade no cenário global e isso passa pela discussão depolíticas públicas, participação do empresário e enga-jamento da sociedade.

Quais seriam os componentes necessários para adiscussão e estabelecimento dessas políticas públi-cas necessárias ao desenvolvimento industrial?Dilson: O primeiro deles independe de barreiras geo-gráficas. O mundo está carente de profissionais espe-cializados, como por exemplo, a engenharia, uma dasprofissões mais necessárias para a modernização dos

parques industriaisbrasileiros, que es-tão se tornando ob-soletos. Nos últimosanos, houve umaflexibilização muitogrande das políticaseducacionais, reque-rendo dos estudantes

menos esforços intelectuais. Formam-se muitas pes-soas, mas poucas com a capacidade analítica e criati-va necessária para inovar e fazer com que a indústriaavance. Os investimentos em educação precisam serfeitos em curto, médio e longo prazo. Precisam ser ado-tados como um projeto de Estado, e não de Governo.Isso quer dizer que, independente do partido políticoà frente das estruturas do poder, os investimentos emeducação devem ser consistentes e duradouros. Preci-sam também de alinhamento entre Município, Estado eUnião. Quando uma empresa analisa a possibilidade deinvestir em uma cidade, ela quer saber se encontraráprofissionais qualificados. Quanto mais especializado onegócio, mais esse fator é relevante e pode se tornar oaspecto decisivo.

Além dessa questão do fator humano, qual seria osegundo componente?Dilson: As facilidades logísticas. Nesse aspecto, Uber-lândia é privilegiada. Ela está no centro do Brasil, se de-senvolveu pela facilidade de fazer esse trade entre osprodutos 'in natura' e os manufaturados. Veio a ferrovia,depois a rodovia, as aerovias. Além disso, é um campofértil para todos os demais fundamentos e atributos do

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"Não é papel do poder públicodistribuir áreas aleatoriamentepara empresas. O Estado deve

atuar como um tacilitador"

que se chama logística. Esse é um dos pilares da eco-nomia local. Foi também um dos atributos que levouo governo do estado do Amazonas a implantar na ci-dade um entreposto da Zona Franca de Manaus, quefunciona como umaembaixada, por onde osprodutos passam antesde seguir para outrospontos do país, a pre-ços mais competitivos.Alocalização é um fatorimportante para atrairinvestimentos e as facilidades de distribuição existen-tes na cidade fazem com que ela seja bem vista pornovos empreendimentos.

E a questão do apoio da 'gestão pública, seja nacessão de áreas ou redução da carga tributária?OUson: Não é papel do poder público distribuir áreasaleatoriamente para empresas. O Estado deve atuarcomo um facilitador. Quando o município cede umaárea para instalação de uma indústria, contribui parareduzir os custos do investidor, previsto em um planode negócios. E espera ter contrapartidas, seja na ge-ração de empregos ou de tributos. O poder públicoopera como um facilitador em uma equação na qualo empresário espera obter lucro na busca da prosperi-dade sustentável de seu negócio. Empresas geram tri-butos sobre receitas, sobre lucro, sobre a folha de pa-gamento. Isso acontece em todas as instâncias, sendoque a maior parte do bolo fica com o governo federal.Dessa maneira se mantém os serviços básicos presta-dos à população. Os empregos gerados, em especialos de maior valor agregado, movimentam a econo-mia por meio do consumo. Uma empresa consolidadatraz todas essas contrapartidas e cabe ao poder pú-blico analisar de qual maneira se pode investir junto,visando o desenvolvimento econômico com evoluçãodo equilíbrio social. Existem órgãos de fomento e mo-dalidades de investimento público no qual o governopode se tornar sócio do empreendimento por algumtempo, com cláusulas de saída previstas em contrato.Além das parcerias suportadas por modernos mode-los de concessão, a exemplo das PPP's (Parcerias PÚ-blico-Privada).

Quando o Estado resolve ceder no campo dos tri-butos, quaisos riscos da chamada guerra fiscal?OUson: Oferecer redução de carga tributária é umadas maneiras do Estado apoiar a atração de novas in-dústrias. Mas não se pode perder de vista que os mu-nicípios e estados brasileiros sobrevivem do que arre-cadam. Se os governos começarem a oferecer isenção

Indústrias entrevista I

de forma aleatória para todas as empresas que quise-rem, de que maneira vão prover os serviços básicos desaúde, educação, transporte, água, esgoto? Incentivostributários precisam ser bem estudados, ter prazo defi-

nido, ter regras daras. Amanutenção de progra-mas genéricos em longoprazo pode desequilibraras contas públicas, comoo que aconteceu em Goi-ás, que ofereceu isen-ções tributárias como

atrativo para um grande número de empresas se instala-rem no Estado. Com o tempo, a política fiscal se mostraineficiente, pois faltam recursos para gerir as crescentesdemandas dos serviços públicos.

Atualmente, qual fator tem mais peso na atração denovos investimentos para determinado município?OUson: Existe uma disputa para atração de negóciosque gerem empregos de alto valor agregado. Cidades,estados e países oferecem o que têm de melhor paraatrair capital que vai resultar em produção. A oferta deáreas adequadas ao perfil dos negócios é um dos fatoresde maior relevância, bem como a flexibilidade tributáriaaliadas a credibilidade da interlocução. Mas perdem-se in-vestimentos por falta de profissionais qualificados, por di-ficuldades logísticas. Cada investidor tem um plano de ne-

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"Uberlàndia é uma cidade devocações múltiplas, o queproporciona um melhor

equilíbrio socioeconõmico"

gócios único, que depende da combinação de diferentesvariáveis. Em Uberlândia, vive-se atualmente a escassezde áreas adequadas aos grandes negócios. A cidade temboa infraestrutura, tem profissionais qualificados, mas ocrescimento do Distrito Industrial e disponibilidade deáreas adequadas com prontidão de 'utilitíes' é um garga-lo. Isso dificulta a atração de novos investimentos.

Que outro componente entra nessa equação que fa-vorece a escolha de uma cidade para um novo em-preendimento industrial?Dilson: É a qualidade de vida. Uma empresa, quandoquer se instalar, avalia como é viver naquela cidade. Ser-viços, moradia, escolas, meio ambiente, opções de lazer,transportes e segurança física e patrímonial. Os empre-endimentos buscam cidades que investem no desenvol-vimento humano e bem-estar das pessoas

Considerando-se esses componentes, como se posi-ciona a cidade de Uberlândia?Oilson: Sobre isso, a com-paração que faço é comaquele famoso comercialda Brastemp. A fábrica foisímbolo de qualidade deprodutos, mas aos poucos,esse atributo foi se perden-do e ela teve que reinven-tar-se. Hoje, Uberlândia 'não é mais a top, mas tem vá-rios atributos positivos. É preciso estratégia para vendera cidade para investidores, pois eles precisam enxergarvalor e perceber que ao instalar-se aqui, terão vantagensque permitam a sustentabilidade de seus negócios. Nãobasta apenas a cessão de áreas ou incentivos fiscais, quesão fundamentais, mas outras cidades também podemdar. A equação precisa envolver, em diferentes aspectos,todos os componentes que permitam oferecer uma pro-posta de valor imbatível.

Existe o risco de empresas já instaladas quererem mi-grar para outros lugares, atraídas por uma combina-ção mais favorável desses componentes?OUson: O capital é apátrida. Da mesma maneira queempresas de fora decidem investir aqui, as daqui podemir para outras cidades. É uma questão de oferta de am-biente de negócios adequado. O capital vai para ondeas condições são mais vantajosas e apresentam maiorpotencial de gerar lucros.

Uberlândia tem uma vocação industrial? Ou preci-saria desenvolver isso, embora ela tenha um parqueindustrial?OUson: Eu enfrento essa pergunta há décadas, porque

houve um tempo em que essa especialização era van-tajosa para atrair determinado tipo de indústria. Hoje sóisso não é mais suficiente. Tem que ter cuidado porquequando se olha sob o ponto da vista da especialização,é importante ter foco, mas é arriscado, em qualquer se-tor, colocar todos os ovos na mesma cesta. Uberlândiaé uma cidade de vocações múltiplas, o que proporcio-na um melhor equilíbrio socioeconômico. Quando se-avalia a geração de emprego, a maior concentração nacidade se encontra no comércio e serviço. Depois vem a •geração de emprego na indústria e na agroi.ndústria. Aagricultura, propriamente dita, no sentido 'stncto sensu.:responde por uma pequena parte dos empregos.

Pensando no futuro, como o senhor vê a atividade in-dustrial em Uberlândia e Minas?Dilson: Ela tem que se reinventar e se posicionar de for-ma competitiva para as grandes demandas do mercadoglobal. A estratégia de nichos pode ser uma alternativaviável, bem como a fabricação de softwares e a criação de

empresas que dão suporte àsindústrias com o objetivo detomá-Ias mais competitivas.Lembrando que hoje os con-correntes não estão na mes-ma cidade ou Estado, mas po-dem estar em outro pais, comfórmulas muito mais eficazes

de aumentar a produtividade e a competitividade. É prê-ciso inovação, diversificação, desenhar novos cami.nhos .,implementá-Ios. ~.,Para concluir, quais seriam os caminhos para melho-' •rar o desenvolvimento industrial em Uberlândia? -il:OUson: Em primeiro lugar, propiciar condições paragerar empregos de alto valor agregado. Não que sedesprezem os outros, mas não pode tirar esse foco. Osoutros postos de trabalho vêm naturalmente. É precisotambém criar modelos de negócios atrativos para novosinvestidores, como por exemplo, os 'clusters' ou polos 'empresariais inovadores. Por fim, precisamos melhorar

•a competitividade da indústria. Se existe aqui um gran- .de núcleo de formação de mão de obra especializada, . - . Jas empresas tendem a dar preferência. Os investido~"lt }~res preferem empregar as pessoas do lugar a transferir . . ,"\rifuncionários, administrar toda essa fase de adaptação- '.J"~'~.Essas empresas de alto valor agregado que se instalam •.na cidade têm contribuído no repatriamento de muitosuberlandenses. No passado, muitos profissionais qualí- •ficados foram buscar oportunidades em outros locais ehoje estão voltando, pois surgiram novas oportunidades.É dessa forma que se cria, desenvolve, reínventa e con-solida uma cidade competitiva e sustentável.