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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A PREPARAÇÃO COMO PROCESSO FUNDAMENTAL NO
AMBIENTE EMPRESARIAL
Por: Marcello Cevales
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
A PREPARAÇÃO COMO PROCESSO FUNDAMENTAL NO
AMBIENTE EMPRESARIAL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Didática do
Ensino Superior
Por: Marcello Cevales
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos amigos da Empresa
onde trabalho desde 2004 Srs. Frank
Bender e Gabriel Moraes pelo apoio e
incentivo a conclusão do curso.
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia à minha
namorada Cristiane Fortes da Silva que
me incentivou para o inicio e conclusão
do curso e paciência pelas horas
dispensadas.
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RESUMO
O tema apresentado, preparação como elemento fundamental nas
atividades empresariais mostra o processo de relacionamento entre a
preparação e as diversas áreas onde temos a presença e interferência do ser
humano, a preparação é apresentada em diversas áreas de aplicação e
exemplificam-se casos onde a falta desta preparação trouxe prejuízo em
negociações, relacionamentos, investimentos, aprendizado e em outras áreas.
A monografia compara a falta de preparação na área empresarial com a
falta de preparação na área didática fazendo a analogia com os professores
sem preparo para ministrar aulas para alunos excepcionais e no ambiente de
aula do cotidiano.
O individuo é fundamental neste processo, pois a preparação depende
do ser humano e esta monografia apresenta o quanto o individuo deve se
preparar para atingir seus objetivos, a preparação é fundamental para um
processo bem elaborado e continuo, seja na carreira profissional, educacional,
religiosa, política, esportiva, familiar, etc.
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METODOLOGIA
O termo preparação, objeto de estudo e análise desta monografia será
esclarecido do ponto de vista conceitual para posteriormente ser apresentado
o relacionamento entre a preparação e o ambiente empresarial e didático.
A metodologia consistirá em apresentar todo o universo que envolve
uma preparação adequada desde o conhecimento de um determinado assunto
pelo locutor até o sucesso de uma negociação ou troca de informações onde
temos um locutor e ouvinte e ambos devem sair satisfeitos com o resultado
obtido da negociação e como a preparação influenciou neste processo.
A preparação irá esclarecer ao longo da monografia, ou seja melhor
ainda, como a falta de preparação tem grande influencia trazendo prejuízo as
organizações, sejam elas no ambiente empresarial, político, estatal, esportivo e
a correlação com as salas de aula onde um professor sem a devida
preparação da aula ou do assunto pode prejudicar o aprendizado em sala de
aula.
O trabalho terá como fonte de pesquisa, livros , revistas, reportagens em
jornais, sites de internet, casos reais das empresas onde já atuei e atuo como
Gerente de Logística e Suprimentos e casos de conhecimento público onde a
falta de preparação foi um dos principais fatores de insucesso.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conceituando - Preparação 09
CAPÍTULO II - Falta de Preparação 38
CAPÍTULO III – A Proposta 51
CONCLUSÃO 52
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55
BIBLIOGRAFIA CITADA 56
ANEXOS 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 61
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INTRODUÇÃO
O termo preparação está presente na vida diária das mais diversas
carreiras profissionais como: trabalhadores da industria privada e estatal,
empresários, políticos, esportistas, educadores e ainda a preparação faz parte
da vida cotidiana de alunos, famílias, religiosos, etc, ou seja todos nós sempre
devemos nos preparar quando estamos diante de um novo desafio, conquista,
negociação ou uma nova atividade em andamento, estas situações estão
presentes no nosso dia a dia independente de nossas profissões ou credo.
A preparação será apresentada nesta monografia desde o aspecto
conceitual e como aplicá-la na pratica, vários exemplos serão apresentados
mostrando onde a falta de preparação prejudicou o processo de aprendizado
ou negociação complexa.
Quando analisamos um individuo na área profissional o nível de
escolaridade e de especialização tem influencia direta no tema preparação,
isto se mostra evidenciado quando a pessoa se dedica com maior
profundidade aos estudos, ou seja ela estará mais bem preparada e terá maior
chance de sucesso profissional, por outro lado a falta de preparação tornará
muito mais difícil atingir sucesso na carreira profissional.
O tema é bastante amplo, iremos apresentar a preparação em diversas
áreas, será apresentado com maior ênfase, como a preparação é um fator
decisivo no sucesso de negociações voltadas para o ambiente empresarial e a
analogia com os professores e a sala de aula, o tema preparação para
esportistas, políticos, religiosos serão apresentados dentro dos conceitos e
como se aplicam.
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CAPÍTULO I
1. CONCEITUANDO PREPARAÇÃO
Podemos dar inúmeras definições para preparação. A que expressa
melhor em minha opinião é a que se segue:
Muitas negociações são ganhas ou perdidas na qualidade da
preparação, mas para preparar bem temos que ver a situação pela nossa ótica
e pela do outro negociador. Embora negociação não seja uma guerra pode-se
aplicar a frase de Sun Tzu, “Preparar-se prudentemente, para afrontar o
inimigo potencial. Não prever, dando como pretexto a inferioridade do
adversário,é o maior dos crimes. Estar preparado, independente de qualquer
contingência, é a maior das virtudes” (SUN TZU, 2000, p. 40)
"Conhece teu inimigo e conhece-te a ti mesmo; se tiveres cem
combates a travar; cem vezes serás vitorioso.
Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de
perder e de ganhar serão idênticas.
Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás
teus combates por tuas derrotas" (SUN TZU, 2000, p.41).
Em resumo preparação tem muitas abordagens, mas a principal delas é a
analise previa ou estudo que devemos fazer antecipadamente para alcançar a
algum objetivo. Antes de citarmos casos de falta de preparação deveremos
reforçar todos os conceitos referentes ao tema, mesmo porque sem entendê-
los de forma mais ampla não fará sentido para esta monografia, o leitor ao se
deparar com o planejamento e execução deste trabalho irá perceber que a
própria preparação também fez parte do mesmo e foi elemento fundamental
para este propósito.
De acordo com Benjamin Franklin, quem não leva a sério a preparação
de algo, está se preparando para o fracasso. Existem duas espécies de
preparação. Uma é a preparação específica, que é aquela feita sob medida
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para cada negociação em particular. Outra é a preparação genérica, que serve
para toda e qualquer negociação. É a preparação tipo corpo de bombeiros. O
corpo de bombeiros deve estar preparado para apagar incêndios, não importa
onde eles ocorram. Não podem deixar de apagar um incêndio sob a alegação
de que não o tinham previsto. A preparação genérica consiste na assimilação
dos fundamentos da preparação, bem como na tradução destes fundamentos
em comportamentos efetivos. Isto significa, entre outras coisas, capacidade de
diferenciar o essencial do acidental, o importante do urgente.
1.1 - Origens da Preparação
No dicionário Michaelis versão Português temos: Ato ou efeito de
preparar ou de se preparar; medida ou ação preliminar para a efetuação de
qualquer coisa.
Avaliando a proposta da monografia seguem todos os verbos
relacionados à preparação:
- Avaliar
- Estudar
- Organizar
- Planejar
- Preparar
- Treinar
- Validar
Uma vez compreendido o sentido da palavra preparação e seus
derivados vamos dar um exemplo de preparação associada a área industrial e
ao trabalhador.
Segundo Taylor, 1856-1915, Os quatro princípios fundamentais da
administração científica são:
1. Princípio do planejamento
2. Princípio da preparação dos trabalhadores
3. Princípio do controle
4. Princípio da execução
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Detalhando o principio n. 2 que é o de nosso interesse segue o
fundamento:
Consiste em selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com
suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de
acordo com o método planejado, e em preparar máquinas e equipamentos em
um arranjo físico e disposição racional. Pressupõe o estudo das tarefas ou dos
tempos e movimentos e a Lei da fadiga.
1.2 – Tipos de Preparação
1.2.1 – Preparação nos estudos
Podemos dizer que a preparação nos estudos se inicia desde os
primeiros aprendizados dentro do seio da família onde o incentivo dos pais a
leitura, aos estudos e primeiros ensinamentos tem forte contribuição para um
aprendizado de melhor qualidade ao longo do processo de aprendizagem.
O aluno ao cursar os cursos regulares está se preparando para alcançar
os níveis superiores e assim tentar obter melhor posição na carreira
pessoal/profissional.
Em minha opinião a preparação mais adequada aos alunos surge
quando no ensino médio aparece à oportunidade de ingresso nos cursos
técnicos profissionalizantes, neste seguimento temos cursos especializados
nas áreas de informática, química, eletrotécnica, agronomia, etc e ainda os
cursos ministrados com o apoio das instituições Sesc, Sesi, Senat, etc.. Uma
vez que o aluno ingresse e conclua os cursos técnicos, obtém uma solida
preparação através do direcionamento profissional e educacional visando
seguir em faculdades ou universidades que aprimorem os conhecimentos já
obtidos no ensino médio e experiência profissional devido à proximidade
destes cursos com o ambiente empresarial através de visitas técnicas, estágios
e primeiro emprego.
"Em resumo, para quem precisa trabalhar, o curso técnico ainda é a
via mais fácil de ingressar no mercado de trabalho, porque a concorrência
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é menor. O curso tecnológico é a opção para quem tem um foco bem
definido e não pensa em dar grandes saltos na carreira em médio prazo.O
bacharelado poderá proporcionar uma carreira mais ampla, mas a
concorrência para conseguir o primeiro emprego será muito maior. Por
isso, quem não tem bom circulo de relacionamentos, o dito networking,
sofrerá bem menos se optar por um curso técnico ou pelo tecnológico
correto" (GEHRINGER MAX, 2010, p.51).
Trabalhando no cargo de Gerente desde 1990 sempre dei preferência a
contratação de profissionais que tivessem passado pelos cursos técnicos e
posteriormente nível Superior, com certeza se deve ao fato que eu tenha
passado por esta experiência e julgue ela de vital importância na carreira
profissional e pessoal. Em 1981 já era Técnico em Mecânica formado pela
Escola Técnica Industrial “Lauro Gomes” seguindo depois para o curso de
Engenharia Industrial Mecânica, o aprimoramento educacional contínuo
associado à experiência profissional adquirida desde 1983, pois estudei
engenharia industrial em curso noturno contribuíram para que após a formação
em nível superior em 1989, fosse promovido a Gerente em 1990.
A preparação é presença constante nas atividades educacionais quando
os alunos devem se preparar a todo tempo para trabalhos, apresentações,
seminários, testes, provas, exames, vestibulares, etc. Quando um aluno está
mal preparado geralmente não absorve a matéria de forma eficaz, tem lentidão
no aprendizado retardando assim o conhecimento e o progresso profissional.
Nos cursos preparatórios, originado da palavra preparação, são cursos
destinados a preparar estudantes as provas ou exames para ingressar em
concursos públicos, cursos de pós-graduação, escolas particulares com
sistema bolsas de estudo, etc.
Nos cursos preparatórios temos alunos em processo de reforço de
assuntos já estudados anteriormente onde são reaplicados com nova
abordagem lógica dos assuntos direcionada aos propósitos do exame,
seqüência de provas similares as já aplicadas em exames anteriores, musicas
ou rimas que são apresentadas as alunos com objetivo de memorizar formulas
ou regras de português, por exemplo.
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Temos também nos cursos preparatórios a preparação psicológica do
aluno para o exame, muitos alunos ficam extremamente nervosos diante de
uma prova e por isso devem se preparar sob as mais diversas formas, desde o
cronograma de estudos e atividades escolares e profissionais, quantidade de
horas dormidas na noite anterior ao exame, alimentação, tempo de chegada
antes do local do exame, comportamento durante a execução do exame.
1.2.2 – Preparação nas atividades empresariais
Sem duvida um dos temas principais de minha monografia é a
preparação nas atividades empresariais.
Nas atividades empresariais temos: contratação de profissionais,
treinamento dos colaboradores, mudança de cargos dentro da mesma
empresa ou em empresas coligadas do mesmo grupo, implantação de novos
processos de fabricação, aquisição de empresas, aquisição e comercialização
de insumos e produtos, aquisição e comercialização na prestação de serviços,
etc.
Na fase de contratação a preparação do candidato é de extrema
importância para adequação do profissional as suas atividades (nível de
escolaridade, experiência profissional, experiência em línguas estrangeiras,
etc), quando o candidato não está preparado a empresa deve avaliar os pontos
fortes e verificar se os pontos fracos tem condições de serem trabalhados após
a contratação para aí sim o profissional estar preparado para desempenhar
plenamente as atividades propostas, observa-se neste processo que a
empresa poderia ter demorado mais tempo no processo de contratação
tentando encontrar um profissional mais bem preparado mas optou por
contratar um com menor qualificação e colocar a disposição recursos para o
aprimoramento.
Quando a empresa tem profissionais despreparados para assumir novas
atribuições, cabe a empresa decidir entre buscar profissional no mercado com
determinada qualificação ou investir em sua equipe de colaboradores com o
objetivo de transformá-los em profissionais preparados para assumir estas
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novas competências. A empresa deverá estar atenta pois a remuneração
destes profissionais nos quais ela esta investindo, deverá ser compatível com o
crescimento profissional e os valores de mercado, se a empresa não o faz
corre o risco deste profissional se transferir para a concorrência ou outra
empresa que lhe ofereça maiores benefícios.
Na implantação de novos processos, novas aquisições os gestores
devem estar preparados para estes desafios, para isso podem usar diversas
ferramentas como o benchmarking, “Chamem-lhe sabedoria ou senso comum,
mas quando se estuda organizações de excelência, fica-se com excelentes
idéias para a sua própria companhia." Gary Mise Benchmarking Coordinator
EXXON Company, USA.
"Benchmarking" é mais do que uma simples combinação de
palavras - exprime uma filosofia. Este processo não se limita na
simples identificação das melhores práticas, mas,
principalmente, na sua divulgação através das diversas
técnicas do Marketing. "Benchmarking é simplesmente o
método sistemático de procurar os melhores processos, as
idéias inovadoras e os procedimentos de operação mais
eficazes que conduzam a um desempenho superior"
(Christopher E. Bogan).
Citei o benchmarking como ferramenta pois em minha opinião é uma
forma de preparação para os novos desafios, ou seja visitar , estudar a
concorrência que faz algo melhor que você e que sua empresa precisa
absorver para implementar o mais rápido possível.
A preparação deve ser presença constante para cada passo deste
processo, se a empresa pretende implantar um novo processo, você deve ler,
estudar, se aprofundar no tema, desta forma você estará se preparando para
ter este conhecimento e compartilhar com seus gestores para uma decisão.
Neste caso sua preparação deve levar em consideração o estudo de cenários
e a estratégia para a implantação deste novo processo em sua organização e
como ele afetará as rotinas atuais.
Se a empresa em que você trabalha atualmente está avaliando a
aquisição de outra empresa você deverá se preparar conhecendo a nova
empresa e suas características principais: clientes, mercados, colaboradores,
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meio ambiente onde atua, projetos sociais, normas aplicáveis, legislações
pertinentes, etc. Todas estas características lhe trarão maiores subsídios na
hora da tomada de decisão e discussão do tema, nota se que estou sendo
repetitivo mas se não estivermos bem preparados como poderemos defender
ou argumentar os aspectos negativos de algo que não conhecemos.
1.2.3 – Preparação para negociações
O processo de negociação dentro das organizações esta presente com
muita ênfase nas áreas de suprimentos e comercial.
De um lado o comprador onde o mesmo deve dominar o assunto e estar
muito bem preparado, do outro lado, o vendedor que deve ter excelente
preparação para defender seus interesses em um processo de compra e
venda.
Vários livros falam sobre este tema, vamos aqui explorar este assunto
explicando primeiro o que é a negociação para depois falarmos da preparação.
A todo o momento estamos negociando, assim, não resta à menor
dúvida que negociar é uma das habilidades mais importantes para o sucesso
pessoal e profissional de qualquer pessoa.
Negociação é o processo de alcançar objetivos através de um acordo
nas situações em que existam interesses comuns e conflitantes, a questão que
se coloca é como fazê-lo com a máxima efetividade, vamos a alguns pontos
que realmente fazem a diferença.
Verifique o seu estado mental, um estado mental rico de recursos é a
base para o sucesso, um estado mental frágil e inadequado é a porta para o
fracasso, o estado mental adequado para se negociar tem a haver com as
respostas a algumas perguntas, entre elas as seguintes:
Você está disposto a pagar o preço pelo sucesso, ou acredita que pode
receber alguma coisa sem empenho e determinação?
Você é capaz de lutar por aquilo que deseja, ou diante de dificuldades,
desiste e se propõe a alcançar objetivos mais modestos ou mesmo os mínimos
aceitáveis?
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Tenha sempre presente que quem espera pouco alcança pouco, você
pode conviver com o desconforto, tensão, ambigüidade, risco, incerteza e
insegurança, ou só com o conforto, segurança e o familiar?
Identifique suas crenças pessoais, existe um princípio que diz: "quer
você acredite que pode, quer você acredite que não pode, você está certo".
Assim, tenha muito cuidado com as suas crenças, aqui vão algumas crenças
que fazem a diferença: Considere tudo uma oportunidade, diante de qualquer
situação ou dificuldade, pode ter duas posturas opostas, ameaça ou
oportunidade.
É a história de dois vendedores de calçados que foram pesquisar o
mercado num país em que ninguém usava calçado. O primeiro concluiu que o
mercado era ruim porque ninguém usava sapatos. O segundo, que era
promissor pois ninguém ainda usava sapatos.
Assuma responsabilidade pelas coisas que lhe acontecem, só quem
assume responsabilidade pelo que lhe acontece está no comando da nau da
própria vida, os erros não representam fracasso, mas tão somente feedback
negativo, isto é, uma informação que nos diz que alguma coisa que tentamos
não deu certo, os erros são uma boa fonte de aprendizado, assim, aprenda
com os erros. Preferencialmente dos outros.
Existem duas dificuldades para se aprender com os erros, por um lado,
quando erramos, ou não admitimos e procuramos encontrar justificativas e
mesmo arranjar outros culpados, ou então, nos sentimos fracassados e
diminuídos e com isto não reagimos adequadamente à situação, por outro,
quando percebemos erros e insucessos de outros ou achamos que estas
coisas só vão acontecer com os outros e jamais conosco., ou então, que é
muito incompetentes, o que evidentemente, não é o nosso caso, é inclusive,
por isto que acontecem tantos acidentes de carros.
Negociação é um processo, ou seja um conjunto de etapas. Existem 7
etapas numa negociação.
A primeira é a preparação e conseqüente planejamento
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Essa preparação, e esse planejamento tornam-se fatores efetivos e
contributivos do sucesso da ação negocial, na medida de sua identificação
como base de tudo o que se fizer no decorrer do processo negocial.
O estudo e a pesquisa das fontes de informação, o aprofundamento dos
dados disponíveis, capazes de fundamentar, de forma consistente, as
estratégias e táticas da negociação, bem como a arquitetura das
argumentações, faz da preparação do negociador e o planejamento da
negociação, um componente indispensável da continuidade do processo,
capaz de comprometer, de uma maneira inequívoca, o resultado final.
Não estamos nos atendo tão somente aos aspectos ligados ao sistema
negocial, mas também a preparação do indivíduo, física e mental. Um
negociador relaxado e consciente conseguirá expressar e controlar suas
emoções no decorrer das discussões, estará com a mente mais predisposta a
raciocínios objetivos e dinâmicos, se dispuser, de forma segura, de condições
mentais claras e fluidas.
Nas horas que antecedem a ação negocial, o homem deve levar em
consideração a necessidade de não estabelecer uma conduta que o coloque
em estado de tensão, ansiedade ou até mesmo, angústia.
Exercícios físicos relaxantes, alimentação adequada, a não ingestão de
componentes que contribuam para o embotamento do raciocínio ou a
dificuldade de percepção, são cuidados necessários, de maneira a enfrentar as
horas de maior tensão e de pressão, em negociações complexas e
demoradas. Além do preparo físico, o negociador deve se apoiar em suas
intervenções com o uso de informações e dados objetivos, sem as quais
perderá, de maneira evidente, suas bases de sustentação. O negociador deve
dispor do uso da informação, do uso do poder e do uso do tempo, ao pretender
resultado concreto em sua ação negocial.
Dirigir-se ao ambiente de negociações sem preparo, é, antes de tudo,
um desrespeito aos interlocutores da própria negociação, isto enfraquece a
dinâmica, compromete o processo, e reduz, significativamente, a importância e
o impacto dos resultados.
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O preparo prévio do negociador e o planejamento da negociação
envolvem o estudo de alternativas concretas a serem aplicadas, o uso dos
instrumentos de aplicação mais eficazes, e, conseqüentemente, um arsenal de
argumentações consistentes, em relação a cada uma delas.
Ao definir as alternativas, o negociador deve ter clara para si, aquela, ou
aquelas que podem servir de base para a conclusão do processo negocial,
tanto na sua ótica, quanto na ótica de seu interlocutor, ou adversário, na
negociação.
Esta preparação e planejamento prévios envolvem também o
entendimento da postura dos demais interlocutores na negociação. Este
processo de se colocar na posição do outro lado da negociação serve de
subsídio não só para reforçar as próprias argumentações, mas sobretudo, para
a definição de contra argumentações efetivas, as colocações feitas pelo outro
lado.
O negociador, em sua etapa de preparação e planejamento, portanto,
estará chegando ao momento crucial da negociação, o confronto, com toda a
infra-estrutura de que necessita, na medida em que levou em consideração
suas limitações e o seu real potencial, o nível de alcance de suas alternativas,
a dimensão dos seus interlocutores na negociação, e, até mesmo, as
alternativas de reação em relação às investidas da outra parte.
Isso nos permite afirmar que, agindo desta forma, estará atingindo, em
seu mais alto patamar, o conceito de que a negociação é um ato superior, e,
por isto, não deve ser, em hipótese alguma, negligenciada pelo homem.
Após a preparação segue o complemento de informações sobre
negociação para concluirmos o assunto.
Existem dois princípios que devemos lembrar. São extremamente
óbvios, e talvez, por isto mesmo, esquecido: "Só acaba quando acabou", este
princípio se aplica a duas situações, primeiro: enquanto o acordo não estiver
fechado sempre se deve tentar, não se deve perder a esperança. Assim, se
você estiver, por exemplo, negociando numa situação de venda, só considere
que a venda foi perdida quando o cliente já recebeu a mercadoria ou serviço
de outro concorrente. Segundo é que enquanto o que ficou combinado no
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acordo não tiver sido cumprido à negociação ainda não acabou. Este é um erro
que muitos cometem, não acompanhar a implementação do que ficou
acordado.
"Certo é o que dá certo", isto significa que numa negociação não
existem fórmulas mágicas, é comum nos treinamentos que realizamos algum
participante querer alguma fórmula que dê certo em qualquer contexto e
situação, isto não existe.
O que o negociador deve estar é ligado aos seus objetivos e às
respostas que recebe por suas ações e iniciativas, e se o que ele está fazendo
para alcançar o seu objetivo não estiver dando certo, o que deve fazer é
mudar, para isto é importante ter repertório para fazer face às várias situações,
bem como, conhecimento das estratégias e táticas de informação, tempo e
poder.
Toda negociação é um processo de relacionamento entre pessoas, e
todo relacionamento importa em comunicação, assim, saber ouvir, perguntar e
apresentar as próprias idéias de forma convincente é básico.
Para isto algumas sugestões:
- Saber ouvir é uma disciplina que precisa ser aprendida.
- Evite o duólogo isto é, duas pessoas monologando crente que estão
dialogando. O duólogo acontece, quando uma pessoa está falando, e a outra
nem entendeu bem o que é dito e já está pensando no que vai responder.
- Saiba perguntar. Pesquisas mostram que os bons negociadores sabem fazer
perguntas relevantes e perguntam mais do que o dobro do que os
negociadores comuns.
- Esteja atento às respostas. As respostas são os indicativos dos próximos
passos que você deve dar.
- Procure primeiro compreender, depois se fazer compreender, esta sugestão
é bastante poderosa, isto, além de gerar boa vontade, lhe permite conhecer
muito das expectativas, desejos e necessidades da outra parte.
- Para apresentar bem uma idéia ou proposta é preciso que ela esteja de
acordo com as necessidades, desejos e expectativas da pessoa com que está
se negociando, considere que uma coisa que pode causar um forte impacto
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numa pessoa, pode não causar nenhum impacto ou mesmo irritar outra
pessoa, assim, se você é adepto do ditado "Faça aos outros aquilo que você
quer que seja feito a você", esqueça, mude para: "Faça aos outros aquilo que
eles querem que seja feito a eles". E para isto é necessário descobrir, sondar,
compreender .
- Adote os enfoques contingenciais e da eqüifinalidade. De acordo com o
enfoque contingencial, cada caso é um caso e como tal deve ser entendido,
assim, o seu sucesso numa negociação no passado, não é nenhuma garantia
de sucesso no futuro. De acordo com o enfoque da eqüifinalidade, há várias
formas de se alcançar um mesmo objetivo, tenha sempre em mente que tudo o
que você faz numa negociação é uma das múltiplas alternativas possíveis.
Procure descobrir a alternativa ou caminho que traz os melhores benefícios.
Separe as pessoas dos problemas, isto quer dizer, não perca de vista
seus objetivos, mesmo que existam problemas de relacionamento, é mais
comum do que se pensa as pessoas se desviarem de seus objetivos em
função de dificuldades de relacionamento, converta ataques pessoais em
ataques ao problema, os conflitos de vontades, egos ou vaidades só fazem as
pessoas perderem de vista os seus próprios interesses .
Esteja atento a um conselho de Benjamin Disraeli: "A primeira coisa
mais importante é saber lutar para obter ou manter uma vantagem. A segunda
é saber quando abrir mão de uma vantagem". Assim, tenha flexibilidade. Nesta
mesma linha, vale lembrar da oração da sabedoria: "Senhor, dai-me força para
mudar o que pode ser mudado. Paciência para aceitar o que não pode ser
mudado. E sabedoria para distinguir uma coisa de outra".
Se for negociar em equipe, defina papéis e códigos de comunicação,
uma equipe bem ajustada é muito poderosa, uma equipe mal preparada, um
verdadeiro fracasso.
Ao término de cada negociação, reflita sobre ela. Aprenda com a
prática. Tenha sempre em mente a necessidade do desenvolvimento pessoal
continuado.
O Ato De Negociar, Reflexões Sobre A Preparação
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O exercício da negociação pressupõe uma efetiva marca de
superioridade do homem sobre as outras espécies. Dos seres sobre a terra, o
homem é o único com a capacidade de negociar "Se eu dispusesse de nove
horas para cortar uma árvore, passaria seis horas afiando o meu machado"
(Abraham Lincoln)
O exercício da negociação pressupõe uma efetiva marca de
superioridade do homem sobre as outras espécies. Dos seres sobre a terra, o
homem é o único com a capacidade de negociar. Todos os demais, frente ao
conflito ou diante de situações de conflito de interesse, atacam ou fogem, com
reações de proporção compatíveis com a sua dimensão instintiva, quanto ao
seu poder ou a sua força.
Deixar de negociar, portanto, é abrir mão de uma prerrogativa exclusiva
de seres superiores. A obtenção de resultados pela negociação, sem sombra
de dúvidas, leva a um grau de satisfação e comprometimento que as outras
formas de consecução acusam.
Entendendo a necessidade de atingir os resultados da negociação,
percebe-se a exigência, em relação aos negociadores, de estabelecer algumas
premissas. A mais importante destas premissas envolve a preparação de si
próprio, e o planejamento, com vistas ao resultado a alcançar.
1.2.4 – Preparação de candidatos a vagas no setor privado
Para um profissional que está se candidatando a uma vaga no setor
privado ou seja empresas que não dependem de concursos públicos, a
preparação também é de extrema importância, em função da facilidade do
mundo moderno e a era da informática, quando o candidato sabe a empresa
para a qual está se candidatando a uma vaga, o mesmo busca pode buscar
através da internet informações sobre a empresa irá auxiliar muito no processo
seletivo, esta etapa já podemos nomear de preparação.
A preparação se inicia neste processo com a execução de um bom
curriculum vitae(CV) pois é a porta de entrada nos processos de seleção,
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quantos CV mal elaborados ou seja mal preparados foram o principal motivo
de reprova para próxima seqüência do processo de seleção.
Nestes quase 30 anos de carreira profissional e 20 em cargos de chefia
recebi vários CV´s com erros de português, faltando informação sobre o grau
de escolaridade, informações desencontradas, etc. Como está é a etapa inicial
do processo de seleção, um CV mal elaborado, ou seja sem preparação fará o
candidato não seguir em frente no processo.
Hoje existem head-hunters, empresas especializadas em análise de CV
e recolocação de profissionais no mercado, isto torna o processo facilitado
para aqueles que precisam ou querem mudar de emprego, conclui-se portanto
que se preparar para uma mudança de emprego irá facilitar todo o processo.
Cargos de alto nível como Gerenciais, Diretorias, Presidências ou
Superintendências, deve se ter a preocupação de se saber qual é a real
situação econômica e financeira da empresa que está buscando o profissional.
Entende-se que preparação compreende todas as etapas do processo
desde o primeiro contato até a entrevista final, se em sua preparação você
avaliou a empresa, conhece características positivas e negativas da mesma,
tem idéia do nível organizacional, você já tem grandes chances de ter
vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes, ou seja outros
candidatos que não se prepararam e estarão em desvantagem em relação a
você.
O candidato se estiver bem preparado saberá enfrentar provas
especificas de sua área e todas as etapas de entrevistas com diferentes
gestores da empresa a qual está se candidatando.
A preparação pessoal para as entrevistas técnicas ou de recursos
humanos também são de fundamental importância onde o profissional deve se
preocupar com o asseio pessoal, horários, postura corporal, dinamismo e tudo
que está ao seu redor neste processo.
Estar bem preparado psicologicamente no processo de seleção trará ao
candidato maior tranqüilidade no preenchimento de testes específicos ou
psicológicos ou entrevistas.
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1.2.5 – Preparação para Cargos de comando
Para os profissionais que atuam em níveis de chefia como Supervisores,
Diretores ou Presidentes a preparação é extremamente fundamental em
diversas atividades conforme segue: relatórios, planos de ação, condução de
reuniões, elaboração de business plan, apresentação, palestras, etc.
Na execução de relatórios, planos de ação, business plan, o profissional
deve estar extremamente preocupado com a seqüência de apresentação dos
fatos, ou seja objetivo, introdução, esclarecimentos e conclusão para que o
leitor, sejam eles profissionais do mesmo nível ou superior na organização, é
muito comum os profissionais mal preparados não se preocupem com esta
lógica e o que acontece na prática é que o objetivo do mesmo não é atingido,
ou seja o propósito do trabalho não é conquistado.
1.2.6 – Preparação na área esportiva
Neste seguimento a preparação é de vital importância para os atletas
nos esportes individuais e coletivos, o verbo preparação aqui terá as
conotações associadas conforme segue: alimentação, repouso, treino,
concentração, avaliação física, saúde, concentração, etc. "A vontade de se
preparar deve ser maior que a vontade de vencer" Bob Knight.
Quando o esporte é individual as características são reforçadas pelo
esforço e dedicação do individuo, quando é coletivo o atleta deve ter plena
consciência que o relacionamento e trabalho em equipe são fundamentais e
todos os atletas de um mesmo time têm alto grau de dependência e a
preparação nos esportes coletivos envolve a concentração que é muito
importante nos eventos coletivos. “A vontade de se preparar tem que ser maior
do que o desejo de vencer, que será conseqüência da boa preparação.” –
Bernardinho.
24
1.2.7 – Preparação de artigos científicos
Em artigos e estudos científicos o tema preparação aparece com o
propósito de ajudar autores a relatar os resultados de suas pesquisas de forma
que o texto promova (e não esconda) o mérito da contribuição. Desta forma,
espera-se favorecer a perspectiva de aprovação para publicação em fóruns
científicos, bem como aumentar as chances de sucesso na apresentação de
resultados de outros trabalhos técnico-científicos.
A preparação é organizada em etapas: modelo conceitual e resumo
preliminar, primeiro rascunho, detalhamento, avaliação, reelaboração e
submissão. O roteiro contempla um conjunto de princípios e procedimentos
usualmente aceitos pela comunidade científica. A aplicação destes princípios e
procedimentos potencializa a aceitação para publicação em fóruns científicos,
bem como favorece a apresentação de conteúdo técnico de forma eficaz.
É difícil escrever um artigo quando não se sabe o que se quer escrever.
Para escrever um artigo de pesquisa, também, é preciso haver pesquisa para
relatar. As primeiras atividades tratam de levantar material suficiente para
embasar o trabalho e planejar sua elaboração.
As etapas do processo de preparação de um artigo são descritas a
seguir.
- Levantamento bibliográfico: coleta fontes para o embasamento do artigo –
para não correr o risco de apresentar como novidade um assunto conhecido do
leitor, é preciso revisar a literatura especializada.
- Mapa conceitual: planejamento do artigo – pode ser feito em uma folha A4 ou
A3, de preferência à mão. Pode ser desenhado juntamente com o resumo
preliminar, na mesma sessão de trabalho.
- Resumo preliminar: redação de um texto de 100 ou menos palavras com
uma, se possível, até no máximo três sentenças completas (isto é, com sujeito,
verbo e complemento) para cada parte do Resumo – Motivação, Método,
Resultados e Discussão.
25
- Primeiro rascunho: elaboração da primeira versão completa do artigo, de
preferência na forma de tópicos, figuras e exemplos, em vez de texto corrido.
Pode ser construído na forma de uma apresentação de slides.
- Detalhamento: aperfeiçoamento da redação, para submeter à avaliação.
Avaliação: feedback – na abordagem proposta por este guia, os avaliadores
são colegas do autor, num sistema de avaliação por pares no qual cada um é
autor e também serve como revisor.
- Reelaboração e submissão e/ou apresentação: apropriação do feedback,
escolha do fórum, previsão de custos, produção dos documentos requeridos
(cessão de copyright, versão camera-ready etc.), preparação de material de
divulgação e submissão e/ou apresentação.
Outra atividade de preparação para o artigo é o fichamento dos artigos
coletados na pesquisa bibliográfica e a reunião de figuras e exemplos
ilustrativos. Trata-se de juntar o material necessário para construir a revisão da
literatura, para ilustrar o método ou abordagem da pesquisa e os resultados.
Bons exemplos, figuras e idéias em forma de tópicos facilitam em muito a
preparação do artigo. Feito isso, pode-se começar o planejamento do texto,
com a construção de um mapa conceitual e um resumo preliminar.
1.2.8 – Preparação no Gerenciamento de Crise
A preparação para uma crise deve incluir um plano especial que avalie o
risco e forneça as orientações a serem seguidas durante uma situação de
emergência. Hendrix (1988) propõe o método ROPE (Research - Objectives -
Programming - Evaluation) que, em Português, seria POPA (Pesquisa -
Objetivos - Planejamento - Avaliação). O primeiro estágio busca a preparação
para os “piores” cenários possíveis e examina como a empresa tratou de crises
no passado, no intuito de preparar uma resposta apropriada a uma emergência
e planejar como deve ser feita a comunicação com os públicos interno e
externo. O segundo passo especifica as guidelines - as orientações para a
ação - como por exemplo: fornecer informação precisa à imprensa; demonstrar
preocupação com as vítimas; manter a imagem positiva da organização. Já o
26
terceiro estágio orienta os responsáveis para o estabelecimento de um centro
de operações de emergência e um centro de informações para a mídia, o qual
controlará as informações a serem divulgadas. A última etapa, conhecida como
avaliação, deve ocorrer somente após a recuperação da organização e deve
analisar os fatos ocorridos a fim de atualizar as guidelines e preparar a
empresa para outra possível crise no futuro.
No entanto, esse não é o único modelo que pode ser seguido para um
plano de gerenciamento de crise. Marston (1963) desenvolveu a fórmula RACE
(Research - Action - Communication - Evaluation), traduzida como PACA
(Pesquisa - Ação - Comunicação - Avaliação). Particularmente, este modelo
enfatiza a importância da comunicação em todo o contexto. Zerman (1995)
aconselha o uso da fórmula PACA em razão dos benefícios alcançados ao se
entender o relacionamento com a mídia: “Jornalistas são homens e mulheres
freqüentemente viciados em notícias. Esse vício significa que eles estão
preocupados em fornecer a informação, de uma forma ou de outra”, afirma.
Isso mostra que, se a organização não fornecer informação exata para um
jornalista, ele pode ter uma percepção errônea sobre o fato e tentar encontrar
uma outra fonte ou prova do que aconteceu. Por exemplo, outros grupos que
tenham um interesse particular na situação podem passar versões
tendenciosas e diferentes, sem respeitar a verdade.
Em tempos de crise nem sempre é possível efetuar-se uma boa
preparação específica devido à velocidade dos acontecimentos e dificuldades
de se obter ou checar todas as informações, dai a necessidade de se estar
extremamente capacitado em termos de preparação genérica.
1.2.9 – Preparação de Professores
A preparação de professores envolve varias atividades, dentre elas
vamos citar alguns exemplos na pratica de como esta preparação se
desenvolve em diferentes áreas da pedagogia.
No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, temos um programa
dedicado na área de aplicação estratégica de tecnologia da informação onde a
27
preparação dos professores leva em consideração a integração entre áreas
ambíguas e complexas como: ciência, tecnologia, política e gestão do
gerenciamento.
Os desafios residem então em criar e avançar a infra-estrutura e os
serviços necessários para o crescimento das diferentes áreas estratégicas de
aplicação.
Responsabilidade e uma atitude integradora são atributos fundamentais
para qualquer iniciativa nesta direção.
Vivemos hoje em um mundo dinâmico, caracterizado pela globalização
dos mercados e da tecnologia da informação, um avanço tecnológico sem
precedentes e por mudanças funcionais radicais na infra-estrutura de
comunicação e de computação existente, que convergem cada vez mais.
Para aumentar a produtividade, a qualidade de vida e a nossa
habilidade de competir nesse novo mundo digital, devemos renovar e atualizar
constantemente a infra-estrutura e os serviços avançados para apoiar as novas
áreas de aplicação emergentes. Os elementos essenciais serão os avanços
em ciências computacionais, em tecnologias de comunicação, e em novos
métodos para planejar, projetar, operar, disponibilizar e gerenciar a nova infra-
estrutura e os serviços avançados, possibilitando que cientistas, engenheiros,
médicos, economistas, e até mesmo o cidadão comum, se beneficiem deste
mundo digital no qual estamos imersos.
A nossa missão como professores e se preparar adequadamente para
educar os futuros líderes nas diferentes áreas estratégicas de aplicação de
interesse do Estado do Rio de Janeiro, provendo as habilidades e os
fundamentos necessários para uma empregabilidade continuada.
Portanto, a pesquisa para a criação de novos conhecimentos deve ser
parte integral de qualquer programa de educação que objetive uma renovação
contínua de seus profissionais.
O foco neste caso deve concentrar-se em: compreender as tecnologias
de informação e seus relacionamentos com as diversas áreas de aplicação,
procurando identificar os pontos comuns e suas diferentes peculiaridades, para
tanto é imprescindível um sólido embasamento nas áreas correlatas
28
(computação, matemática) e naquelas específicas da área de aplicação, como
por exemplo, as diversas áreas da engenharia, saúde, ciências da terra e da
natureza, ciências sociais, etc.
Como as aplicações alvo são todas de caráter multidisciplinar, devemos
incentivar uma formação plural, com uma visão ampla e sem preconceito, de
tal forma que possamos forjar os profissionais que irão resolver os problemas
que ainda estão por vir. Além disso devemos identificar um núcleo comum
entre elas, de forma a facilitar o estabelecimento de um currículo de
disciplinas.
Observemos aqui quanto o tema preparação se apresenta
demasiadamente importante neste exemplo para a melhor adequação dos
professores em determinada área especifica.
Para implementarmos esta visão podemos nos organizar em três
grandes áreas de concentração que cobrem todas as áreas estratégicas de
interesse:
- Infra-estrutura com foco nas tecnologias de comunicação, na interação entre
o homem e a máquina e no conteúdo da informação.
- Ambiente natural, com suas conexões para a saúde da humanidade, e o
conhecimento dos processos físicos,químicos, biológicos e sociais que
determinam o meio-ambiente.
- Engenharia e sistemas de informação, que fornecem as arquiteturas,
ferramentas, algoritmos, frameworks e processos para tratarmos problemas de
larga-escala, complexos e interdisciplinares.
O profissional de aplicações de tecnologia da informação deve ser
capaz de desenvolver, apresentar e integrar novos conhecimentos nas áreas
de:
- planejamento, projeto e desenvolvimento da infra-estrutura de redes e
comunicações do estado.
- sistemas de gerenciamento do conhecimento e da informação para projeto,
gerenciamento, controle e monitoramento das aplicações estratégicas.
- sistemas de engenharia e ferramentas para a integração e compreensão de
problemas complexos.
29
- construção de sistemas de decisão e gerenciamento para aumentar a
confiabilidade e eficiência da infra-estrutura de comunicação e computação
- tecnologias da informação necessárias para apoiar projetos relacionados ao
desenvolvimento de mundos virtuais.
- previsão do comportamento de sistemas complexos.
O movimento de reforma educacional atual apela por uma mudança
educacional, apresenta aos professores tanto uma ameaça quanto um desafio
que parecem sem precedentes na história de nossa nação.
A ameaça vem na forma de uma série de reformas educacionais que
mostram pouca confiança na capacidade dos professores da escola pública de
oferecerem uma liderança intelectual e moral para a juventude de nosso país,
por exemplo, muitos legisladores ignoram o verdadeiro papel que o professor
deve desempenhar na preparação dos aprendizes para serem cidadãos ativos
e críticos, ou então sugerem reformas que ignoram a inteligência, julgamento e
experiência que o professor poderia oferecer.
Os professores devem participar das discussões para que eles não
sejam simples objetos de reformas educacionais, os objetivos não podem ser
decididos por especialistas afastados da realidade cotidiana da vida em sala
de aula. A mensagem parece ser que os professores não contam quando se
trata de examinar criticamente a natureza e processo da reforma intelectual.
O clima político e ideológico não é favorável para os professores,
entretanto, eles de fato lhes oferecem o desafio de unirem-se ao debate
público com seus críticos, bem como a oportunidade de se engajarem em uma
autocrítica muito necessária em relação à natureza e finalidade da preparação
dos professores, dos programas de treinamento no trabalho e das formas
dominantes da escolarização. De forma semelhante, o debate oferece aos
professores a oportunidade de se organizarem coletivamente para melhorar as
condições em que trabalham, e demonstram ao público o papel fundamental
que eles devem desempenhar em qualquer tentativa de reformar das escolas
públicas.
Para que os professores e outros se engajem em tal debate, é
necessário que uma perspectiva teórica seja desenvolvida, redefinindo a
30
natureza da crise educacional e ao mesmo tempo fornecendo as bases para
uma visão alternativa para o treinamento e trabalho dos professores. Em
resumo, o reconhecimento de que a atual crise na educação tem muito a ver
com a tendência crescente de enfraquecimento dos professores em todos os
níveis da educação é uma precondição teórica necessária para que eles
efetivamente se organizem e estabeleçam uma voz coletiva no debate atual.
Além disso, tal reconhecimento terá que enfrentar não apenas a
crescente perda de poder entre os professores em torno das condições de seu
trabalho, mas também as mudanças na percepção do público quanto a seu
papel de praticantes reflexivos.
Uma das maiores ameaças aos professores existentes e futuros nas
escolas públicas é o desenvolvimento crescente de ideologias
instrumentalistas que enfatizam uma abordagem tecnocrática para a
preparação dos professores e também para a pedagogia de sala de aula. No
cerne da atual ênfase nos fatores instrumentais e pragmáticos da vida escolar
colocam-se diversas suposições pedagógicas importantes. Elas incluem: o
apelo pela separação de concepção e execução; a padronização do
conhecimento escolar com o interesse de administrá-lo e controlá-lo; e a
desvalorização do trabalho crítico e intelectual de professores e estudantes
pela primazia de considerações práticas.
Os programas de treinamento de professores nos Estados Unidos há
muito têm sido dominados por uma orientação e ênfase behaviorista na
mestria de áreas disciplinares e métodos de ensino estão bem documentados.
Vale à pena repetir as implicações desta abordagem, salientadas por Zeichner:
Subjacente a esta orientação na formação dos professores encontra-se uma
metáfora de “produção”, uma visão do ensino como “ciência aplicada” e uma
visão do professor como principalmente um “executor” das leis e princípios de
ensino eficaz. Os futuros professores podem ou não avançar no currículo em
seu próprio ritmo e podem participar de atividades de aprendizagem variadas
ou padronizadas, mas aquilo que eles têm que dominar tem escopo limitado
(por exemplo, um corpo de conhecimentos de conteúdo profissional e
habilidades didáticas) e está totalmente determinado com antecipação por
31
outros, com base, muitas vezes, em pesquisas na efetividade do professor. O
futuro professor é visto basicamente como um receptor passivo deste
conhecimento profissional e participa muito pouco da determinação do
conteúdo e direção de seu programa de preparação.
Os problemas desta abordagem são evidentes com o argumento de
John Dewey de que os programas de treinamento de professores que
enfatizam somente o conhecimento técnico prestam um desserviço tanto à
natureza do ensino quanto a seus estudantes. Em vez de aprenderem a refletir
sobre os princípios que estruturam a vida e a prática em sala de aula, os
futuros professores aprendem metodologias que parecem negar a própria
necessidade de pensamento crítico. O ponto é que os programas de
treinamento de professores muitas vezes perdem de vista a necessidade de
educar os alunos para que eles examinem a natureza subjacente dos
problemas escolares. Além disso, estes programas precisam substituir a
linguagem da administração e eficiência por uma análise crítica das condições
menos óbvias que estruturam as práticas ideológicas e materiais do ensino.
Os estudantes ao invés de aprenderem a levantar questões acerca dos
princípios que subjazem os diferentes métodos didáticos, técnicas de pesquisa
e teorias de educação, preocupam-se em aprender o “como fazer”, “o que
funciona” ou o domínio da melhor maneira de ensinar um “dado” corpo de
conhecimento. Por exemplo, os seminários obrigatórios de prática no campo
consistem na partilha de técnicas utilizadas pelos estudantes para administrar
e controlar a disciplina em sala de aula, organizar as atividades do dia e
aprender a trabalhar dentro de cronogramas específicos. Examinando um
programa destes, Jesse Goodman levanta algumas questões importantes
acerca dos silêncios prejudiciais que o mesmo incorpora:
“Não havia questionamento de sentimentos, suposições ou definições
nesta discussão. Por exemplo, a necessidade de recompensas e
punições para fazer crianças aprenderem era dada como garantida;
as implicações éticas e educacionais não eram abordadas. Não se via
preocupação em estimular ou alimentar o desejo intrínseco da
criança por aprender. As definições de bons alunos como alunos
quietos, atividades no caderno de exercícios como leitura, tempo
32
envolvido com a tarefa como aprendizagem, e finalizar o material
dentro do horário como objetivo de ensino – todas passavam sem
questionamento. Os sentimentos de pressão e possível culpa quanto a
não satisfazer os cronogramas também não eram explorados. A real
preocupação nesta discussão era a de que todos compartilhassem”
As racionalidades tecnocráticas e instrumentais também operam dentro
do próprio campo de ensino, e desempenham um papel cada vez maior na
redução da autonomia do professor com respeito ao desenvolvimento e
planejamento curricular e o julgamento e implementação de instrução em sala
de aula. Isto é bastante evidente na proliferação do que se tem chamado de
pacotes curriculares “à prova de professor”. A fundamentação subjacente de
muitos destes pacotes reserva aos professores o simples papel de executar
procedimentos de conteúdo e instrução predeterminados. O método e objetivo
de tais pacotes é legitimar o que podemos chamar de pedagogias de
gerenciamento, isto é, o conhecimento é subdividido em partes diferentes,
padronizado para serem mais facilmente gerenciados e consumidos, e
medidos através de formas de avaliação predeterminadas. As abordagens
curriculares deste tipo são pedagogias de gerenciamento porque as principais
questões referentes à aprendizagem ficam reduzidas ao problema da
administração, isto é, “como alocar recursos (professores, estudantes e
materiais) para produzir o número máximo possível de estudantes...
diplomados dentro do tempo designado”. A suposição teórica subjacente que
orienta este tipo de pedagogia é a de que o comportamento do professor
precisa ser controlado, tornando-o comparável e previsível entre as diferentes
escolas e populações de alunos.
O que fica claro nesta abordagem é que a mesma organiza a vida
escolar em torno de especialistas em currículo, instrução e avaliação, aos
quais se reserva a tarefa de concepção, ao passo que o professor é reduzido à
tarefa de implementação. O efeito não se reduz somente à incapacitação dos
professores para afastá-los do processo de deliberação e reflexão, mas
também para tornar rotina a natureza da pedagogia de aprendizagem e de sala
de aula. Não é preciso dizer que os princípios subjacentes às pedagogias de
gerenciamento estão em desacordo com a premissa de que os professores
33
deveriam estar ativamente envolvidos na produção de materiais curriculares
adequados aos contextos culturais e sociais em quais ensinam. Mas
especificamente, o estreitamento das opções curriculares ao formato de
retorno aos fundamentos e a introdução de pedagogias inflexíveis de tempo na
tarefa operam a partir da suposição errônea de que todos os estudantes
podem aprender a partir dos mesmos materiais, técnicas em sala de aula e
modos de avaliação. A noção de que os estudantes têm histórias diferentes e
incorporam experiências, práticas lingüísticas, culturas e talentos diferentes é
estrategicamente ignorada dentro da lógica de e contabilidade da teoria
pedagógica administrativa.
A análise do comportamento, há muito tempo, investiga técnicas e
procedimentos para a preparação de profissionais da educação. Atualmente, a
preparação do professor de escola pública conta com um complicador: a
inclusão de alunos "com necessidades especiais".
A educação é uma questão central para nossa cultura, uma vez que é
fundamental para a sua sobrevivência. A cultura depende dos objetivos
selecionados pelo ensino e da qualidade desse ensino. Descreve Skinner:
“A sobrevivência [da cultura] é um valor difícil. Idealmente, um sistema de
educação deve maximizar as oportunidades que a cultura tem não só de
lidar com seus próprios problemas, mas de aumentar firmemente sua
capacidade de fazê-lo. Para planejar um sistema desses, teremos de
saber: 1) quais os problemas que a cultura terá que enfrentar; 2) que
espécies de comportamentos humanos contribuirão para a sua solução; 3)
que tipos de técnicas gerarão esses comportamentos. (1972, p. 222)
Skinner defende, nesse momento, a necessidade da construção de um
sistema de ensino que esteja preparado para dar conta das dificuldades que
determinada cultura enfrenta ou enfrentará e, mais importante, defende o
planejamento cuidadoso desse sistema. Os psicólogos educacionais passaram
anos avaliando os resultados do ensino, mas negligenciaram o próprio ensino,
o que impediu que se desenvolvesse uma tecnologia do ensino voltada para o
estudo e o desenvolvimento de metodologias e técnicas que tornassem o
ensino mais eficaz.
34
A proposta skinneriana para a educação pressupõe, primeiramente, que
os processos de aprendizagem e de ensino sejam estudados e
compreendidos, e que os princípios de uma análise científica do
comportamento contribuam para o planejamento de escolas, equipamentos,
textos e práticas de sala de aula. De acordo com o autor:
“Um sistema educacional realmente eficiente não pode ser
estabelecido até que se compreendam os processos de
aprendizagem e ensino. O comportamento humano é complexo
demais para ser deixado à experiência casual, ou mesmo organizada
no ambiente restrito da sala de aula. Os professores necessitam de
auxílio. Em particular, necessitam da espécie de auxílio oferecida por
uma análise científica do comportamento. (Ibid., p. 91)
O auxílio a que o autor se refere diz respeito à formação de professores,
Nesse sentido, para que a análise do comportamento possa contribuir para o
ensino, ela deve estar presente na própria formação do professor. De acordo
com Zanotto, autora que discute a formação de professores sob a ótica da
proposta skinneriana de ensino,
[...] a eficácia da educação no preparo de indivíduos competentes e
autônomos para atuar nas variadas instâncias da realidade social está
diretamente relacionada à sua eficácia em preparar, de modo
especial, aqueles que nela permanecerão para exercer aquela função:
os professores. O fundamental papel social da educação inviabiliza-se
quando os agentes que nela atuam não conseguem exercer, com
competência e autonomia, sua função de ensinar. (ZANOTO, 2004, p.
37)
A preparação do professor torna-se então um pilar fundamental na
construção de um sistema de ensino eficaz. E assim como a educação do
aluno deve ser cuidadosamente estudada e planejada para ser eficaz, a
formação do educador também pressupõe uma análise das contingências que
atuam sobre o seu comportamento e o planejamento para sua mudança.
Garantir ao professor o acesso aos saberes relevantes à sua prática, por
meio de uma formação adequada, não é, no entanto, suficiente para mudar a
sua ação e alterar o método segundo o qual ele tem, de modo árduo e nem
35
sempre bem sucedido, se proposto a ensinar. Mudanças nos comportamentos
do professor, ao ensinar, só podem ser obtidas se contingências forem
adequadamente planejadas para isso. (Zanotto, 2002, p. 132)
Inúmeros trabalhos (Iwata et al., 2000; Moore et al., 2002; Lavie e
Sturmey, 2002; Wallace et al., 2004; Sarokoff e Sturmey, 2004) têm sido
desenvolvidos em análise do comportamento para o estudo dos processos de
ensino e aprendizagem e para o desenvolvimento de métodos e
procedimentos que resultassem no desenvolvimento e aperfeiçoamento da
formação de professores e de outros profissionais de educação.
Os estudos mencionados resultaram em uma promissora proposta para
a formação de professores; no entanto, não tem sido uma proposta absorvida
nos ambientes educacionais. Várias razões poderiam ser citadas para essa
exclusão da análise do comportamento do ambiente escolar (Gioia, 2004).
Mas, conforme nos alertam Pereira, Marinotti e Luna, "práticas pedagógicas e
procedimentos de ensino têm valor na medida em que geram melhor
aprendizagem, não em função da consistência (maior ou menor) das
formulações teóricas em que estão baseadas" (2004, p. 12). Isso significa que
o ambiente educacional está perdendo quando deixa de lado ferramentas de
ensino que aumentam sua efetividade.
E o que se tem visto não são resultados caracterizados pela melhor
aprendizagem, nem por desempenhos satisfatórios; pelo contrário, vem
aumentado, ao longo dos anos, o número de alunos em situação de fracasso
escolar. Pereira et al. defendem:
É justamente o foco sobre o impacto da educação básica e fundamental
que permite afirmar a existência de uma grande crise educacional e que
estabelece os melhores parâmetros para a revisão daquilo que vem sendo
feito em nome da educação. E a literatura nessa área vem mostrando com
insistência que a finalidade precípua da educação não está sendo alcançada.
(2004, pp. 12-13)
Como explicação para esse quadro, os autores listam uma série de
relações, dentre elas a atribuição dada pelo professor ao fracasso do aluno, a
36
desconsideração do seu repertório de entrada na situação de ensino e o fato
de o professor não estar sensível às transformações que provoca nos alunos.
Muitos fatores, estranhos à aprendizagem em si interferem no
desempenho do professor, como destacam os autores: instâncias superiores,
outros professores, plano de aula, comportamento disciplinar do aluno,
qualidade da relação com os alunos, participação dos pais na escola, crenças
sobre as famílias dos alunos, crenças sobre a responsabilidade pelo
desempenho do aluno, exigências burocráticas, expectativas profissionais e
formação profissional.
A atribuição dada pelo professor ao fracasso do aluno é um assunto que
foi abordado em diversos estudos, como, por exemplo, em Myers e Holland
(2000). O que foi percebido é que, na maioria das vezes, os professores
atribuem o mau desempenho do aluno a fatores internos ao aluno e externos à
sua própria atuação, como, por exemplo, a situação familiar e socioeconômica,
a motivação e maturidade e a saúde e inteligência do aluno. Essa visão
impede a proposição de uma reformulação nos procedimentos de ensino e é
mantida ao encontrar apoio dentro da comunidade em que o professor está
inserido. Comentam Myers e Holland: "os professores só discutem os
problemas comportamentais dos alunos com outros professores, o que
perpetua um sistema fechado e superficial de conhecimento, de abrangência
limitada" (2000, p. 273).
A desconsideração do repertório de entrada do aluno também é uma
questão central na análise da atual crise na educação. Utilizam-se aulas e
padrões de exigência homogêneos, fazendo com que boa parte dos alunos
incapazes de acompanhar fique retida ao longo do sistema educacional.
Há uma pressuposição precipitada em dizer que a formação dos
professores é incompleta ou mesmo que estes não se interessam por estudar.
De acordo com pesquisas levantadas por Pereira et al. (2004), estudar
aparece em primeiro lugar na preferência do que os professores gostariam de
fazer em benefício de sua escola. Outras pesquisas levantadas pelos autores
37
demonstram que há densa oferta de cursos de aperfeiçoamento e reciclagem,
bem como adesão elevada dos professores a esses cursos. Apesar disso, não
se observam alterações em seu comportamento.
Os autores destacam duas hipóteses para explicar esse fato: em
primeiro lugar, está a falta de continuidade e a atração exercida por
"modismos", tornando inconsistente a formação do professor. Em segundo
lugar, está a
[...] natureza eminentemente verbal destes cursos: o professor aprende
(muitas vezes, aprende bem) a discorrer sobre os temas, definir e manipular
verbalmente conceitos, enumerar as vantagens da proposta em estudo, etc.
Entretanto, via de regra, o que é desenvolvido é meramente repertório verbal.
(Ibid., pp. 23-24)
Os fatores anteriormente mencionados levam o professor a produzir
resultados de aprendizagem insatisfatórios, isto é, levam o aluno ao fracasso
escolar. Isso pode ser considerado para alunos com desenvolvimento típico,
mas mais agudamente para alunos com desenvolvimento atípico: "Quanto
piores forem as condições que o aluno traz para a escola (sejam elas
acadêmicas, sociais ou familiares), maior é a necessidade que ele tem da
escola e de um ensino que considere seus déficits" (ibid., p. 30).
1.2.10 – Preparação para alunos com necessidades especiais.
Com a recente implantação de uma política de inclusão, as portas das
escolas públicas e também as particulares foram abertas a crianças portadoras
de déficits de diferentes naturezas e diversos incentivos foram fornecidos ao
aluno e à família a fim de garantir sua assiduidade.
Apesar de se tentar garantir que a escola aceite o aluno com
necessidades especiais e que este venha à escola garantindo-lhe incentivos
como transporte, não é certo, no entanto, que o professor que receberá o
aluno obtenha treinamento específico ou que seja previamente apto a trabalhar
com essa população. Boa parte dos professores regentes das salas especiais
(SAAI) não possui especialização ou oferta para realizá-la, além de os
incentivos financeiros serem escassos. E mesmo que possuíssem
38
especializações, como anteriormente discutido, isso não garantiria,
necessariamente, uma atuação eficaz.
Dessa forma, há alguns anos, um grande número de crianças
portadoras de "necessidades especiais" foi incluído na escola, mas, pela falta
de preparo dos educadores responsáveis pela sua formação acadêmica, o que
se vê é um número crescente de crianças em situação de fracasso social e
acadêmico.
2 – Falta de Preparação
2.1 – Política Internacional
Certa vez um ministro da Fazenda brasileiro foi negociar a dívida
externa com James Baker III, então Secretário do Tesouro americano. Foi mal
preparado e, o que é pior de tudo, o pouco que foi preparado vazou. Quando
começou a falar o Secretário americano que, em virtude do vazamento, já
conhecia a proposta, interrompeu: "Com está proposição não dá nem para
começar".
O ministro brasileiro que não tinha nenhum plano contingencial ficou
sem ação e não pode fazer nada alem de se retirar, submetendo o Brasil a um
tremendo vexame.
Agora vem a ironia da história, o ministro brasileiro tinha algumas
proposições interessantes, que mais tarde, com outro nome foram adotadas.
Assim, de nada adianta ter boas idéias e propostas se você não fizer
bem o dever de casa, que é a preparação, você não encontrará as formas de
fazer suas idéias serem aceitas.
2.2 - A crise do problema técnico do Mercedes-Benz Classe-A .
No estudo de caso abaixo temos a falta de preparação no caso do de
um problema técnico em um carro de primeira linha o Mercedes-Benz
Classe-A, Puchan (2001) relata os problemas enfrentados pela organização
39
durante e depois do “teste do alce”, que gerou a crise. Quando analisa este
famoso episódio, o autor tenta identificar “quando uma abordagem mais
sistemática e estruturada e preparação adequada para as relações com a
mídia pode ajudar uma organização a gerenciar uma crise e, por fim,
sobreviver a ela”. Puchan (2001) relembra o que aconteceu: “Em 21 de outubro
de 1997, ocorreu um teste na Suécia para avaliar se o novo Mercedes estava
preparado para as condições particulares de direção encontradas nas estradas
suecas. Isso incluía o teste de desvio em torno de obstáculos, para criar um
cenário de prevenção a colisões com animais selvagens, como alces e cervos,
que poderiam inesperadamente correr para a estrada - um procedimento logo
batizado como o ‘teste do alce’. Robert Collin, um jornalista da revista sueca
Teknikens Värld, e três colegas sofreram pequenos ferimentos quando o Baby
Mercedes tombou a uma velocidade de somente 60 km por hora. Este
incidente foi primeiramente publicado no jornal de finanças alemão
Handelsblatt um dia depois (22 de outubro), antes de ser divulgado por outras
mídias, incluindo as agências de notícias.”
Segundo Puchan (2001), a empresa perdeu a chance de estabelecer
um contato direto com a mídia, a qual poderia esclarecer a situação. Em vez
de informar o que de fato aconteceu e o que havia sido feito, a Mercedes-Benz
preferiu manter silêncio durante vários dias. Ao mesmo tempo, o novo modelo
Classe-A estava sendo apresentado ao mercado de Tóquio no Japão, durante
o International Motor Show. Quando os jornalistas que participavam do evento
descobriram os resultados do “teste do alce”, foram ao estande da Mercedes-
Benz solicitar informação. Naquele momento crucial, somente obtiveram a
seguinte declaração: “A diretoria não acha que seja necessário fornecer uma
declaração oficial, simplesmente porque um carro tombou em algum lugar”
(Münchener Abendzeitung, 30.out.1997, apud Puchan, 2001). Além disso, a
companhia ameaçou instaurar uma ação legal contra o jornalista Robert Collin,
que imediatamente recebeu o apoio dos colegas da mídia. Em particular, pode-
se observar que a organização adotou duas estratégias defensivas no início da
crise. Primeiro, negou o problema e, então, atacou o acusador.
40
A falta de informação oficial originou um outro fato. Os jornalistas
começaram a repetir os testes com o Classe-A para analisar os resultados e o
carro tombou em cada um deles. “Para o ponto-de-vista jornalístico, esta era
uma ótima foto-oportunidade, que não poderia ser desperdiçada. Nas semanas
seguintes, revistas e jornais alemães exibiram fotos bizarras do Classe-A
voador (Der Spiegel, 03.nov.1997; Berliner Zeitung 30.out.1997) e caricaturas
de alces na direção dos carros (Die Zeit, 07.nov.1997)”, afirma Puchan (2001).
Consequentemente, a organização teve que admitir o problema em uma
coletiva para a imprensa. No entanto, utilizou mais uma estratégia defensiva -
deu uma desculpa - ao tentar transferir o problema para outra empresa,
dizendo que a falha não era do Classe-A, mas dos pneus produzidos pela
Goodyear. Essa tentativa não foi efetiva, uma vez que a montadora é
responsável pela qualidade do produto final, ainda que não produza todos os
componentes.
Outros fatos equivocados ocorreram durante a crise, contribuindo para a
queda do preço das ações e quase destruindo a reputação da empresa, até a
gerência anunciar que os problemas seriam resolvidos e que seriam
necessários três meses para o Baby Benz superar seus “probleminhas”.
Puchan (2001) aponta para mais uma falha ocorrida nos anúncios publicados
na imprensa nacional, com o título “Nós queremos encerrar as discussões
sobre a segurança do Classe-A. Para sempre.” O objetivo era garantir que a
situação estava sob controle e que, portanto, não seriam necessárias mais
discussões. “A intenção era mostrar boa vontade e suporte; mas, no calor dos
acontecimentos, o anúncio foi percebido como inadequado e arrogante”
(Puchan, 2001). Dessa forma, a análise da crise do Classe-A revela que
estratégias de acomodação poderiam ser mais apropriadas para a situação.
Puchan (2001) ainda explica que: “Embora não haja uma fórmula definitiva
para lidar com a crise, a utilização de uma abordagem de comunicação mais
aberta, honesta e coerente, na hora certa, poderia não só ter poupado a
imagem da Mercedes-Benz, mas também economizado muito dinheiro”.
41
2.3 – Lançamento do carro Classe A no Brasil com fabrica
Houve muita falta de preparação e estratégia da matriz da Mercedes-
Benz para o lançamento do automóvel modelos Classe A no mercado
brasileiro, não se analisou o mercado consumidor, perfil dos usuários, valor
médio do automóvel popular, condições das estradas brasileiras, custos de
manutenção, preparação da rede de assistência técnica.
A Mercedes-Benz começou a produção em 17/02/1999, antes, porém,
se valeu de um programa especial de benefícios fiscais para os processos e
importação, gerando R$100 milhões, até março de 1999.
Além da renúncia de receita tributária, o Governo de Minas doou 2,8
milhões de metros quadrados para as instalações, e mais: por algum tempo,
parte das ações do capital social da Cemig (de controle estatal) ficou
bloqueada como garantia do cumprimento dos incentivos pactuados.
Com a inauguração da fabrica no Brasil na cidade mineira de Juiz de
Fora, com capacidade para até 40 mil unidades em um turno, suas linhas de
montagem colocariam no mercado o Classe A, o carro compacto da marca, o
modelo, porém, não emplacou. "Houve um erro grave de gestão de marca",
afirma o especialista José Roberto Martins, da Global Brands. "O Classe A se
desvinculou da grife Mercedes. Ninguém compra um Mercedes motivado por
economia."
Por causa do prestígio da marca Mercedes-Benz, o carro Classe A era
muito caro para o mercado Brasileiro, era 5 cm menor que o Ka da época, com
3,57 metros contra os 3,62 do Ka. Além dos equipamentos de segurança,
havia muitos itens como vidros, espelhos e travas elétricas, bancos traseiros
removíveis, freios a disco nas quatro rodas, airbags frontais e uma interessante
opção de embreagem automática.
Houve muitas falhas da Mercedes no processo, como por exemplo a
falta de preparação da rede de concessionárias para receber os usados que
entravam, pois não havia cultura de carros baratos na Mercedes. Peças
publicitárias que diziam "Quem diria, até você de Mercedes" também não
ajudaram muito, traduzindo prepotência da marca na comercialização do
42
modelo, que não vingou. A manutenção cara, o que ocorre até hoje, pode ser
considerada a terceira ponta desse triângulo que resultou no fracasso do
Classe A.
A capacidade ociosa nunca ficou abaixo dos 50% até que o modelo foi
retirado do mercado e a fábrica em Juiz de Fora foi abandonada.
2.4 – Falta de preparação da Policia Militar
Policiais baianos denunciam que muitos colegas não estão preparados
para lidar com armas e com a população nas ruas.
Dizem ainda que falhas no treinamento são responsáveis pelos casos
de violência policial, como aconteceu com o empresário baleado por PM's
durante uma abordagem em Salvador.
Um policial civil, que prefere não se identificar, reconhece as
deficiências. 'O treinamento dos policiais é precário. O curso de formação da
Academia dura aproximadamente de 90 a 120 dias, intensivamente. Isso é um
período muito curto para preparar um policial. Sem contar que, quando ele vai
para a rua, está em estágio probatório e vai para a rua sozinho ou com um
colega que também saiu da academia, quando deveria estar junto com um
policial mais antigo, experiente. No interior, é pior ainda', denuncia.
A Associação de Praças da Polícia Militar concorda que o problema é
grave. 'O policial tem pouca munição para poder treinar e, muitas vezes, vai
para a rua trabalhar e leva 10 ou 15 anos sem voltar ao treinamento que
deveria sempre ter na corporação', diz o representante da associação,
Apolinário de Santana.
O policial civil que não se identificou acrescenta: 'Vinte ou trinta horas é
um tempo muito curto para você saber manusear uma arma. Ele está pondo
em risco a sua vida'.
Representantes das polícias Militar e Civil se defendem. 'A preparação é
de 90 a 120 dias em regime de tempo integral. Muitas vezes, até os três
turnos, a depender da situação, inclusive aos sábados. Então, o treinamento é
muito intensivo, muito dedicado. Tem todas as técnicas de manuseio da arma
43
de fogo para bem servir as atividades policiais', avalia o delegado-chefe da
Polícia Civil, Joselito Bispo.
O capitão do curso de formação de praças da PM, Juarez Giffone, alega
que a Polícia Militar fez um planejamento para a formação do soldado
contemplando diversas disciplinas através de uma matriz curricular que
obedece a uma sinalização da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Sobre a reciclagem dos agentes, o capitão Giffone diz ainda que é
preciso melhores resultados. 'Existem dificuldades, não tenha dúvidas disso'.
2.5 – Falta de Preparação dos Professores para ministrar aulas a
deficientes.
Pais afirmam que crianças com deficiência ainda sofrem com
precariedade do sistema de ensino regular, a inclusão de crianças com
deficiência no sistema regular de ensino é mais uma preocupação para os
pais.
Por exemplo em Londrina (PR), eles reclamam da falta de adaptações
físicas das escolas, preparo dos professores e da falta de sensibilidade de
alguns pais. A dentista Wania Steca tem uma filha com paralisia cerebral. De
acordo com ela, o preconceito é visível e é mentira dizer que as crianças com
deficiência são iguais às outras e que não sofrem preconceito na escola
regular. Wania conta que colocou a filha em um centro de educação infantil e
se arrependeu, pois a professora a somente a colocava para olhar as outras
crianças brincando, nem ao menos tirava a criança do carrinho para estimular
algum movimento.
Agora segue um trabalho especifico que surgiu quando uma professora
designada para atender alunos do programa de inclusão procurou orientação
para trabalhar com as crianças e jovens do programa de inclusão na escola
onde ela lecionava.
Relato da experiência
44
Participaram do trabalho a professora de uma escola municipal de
educação fundamental responsável pela inclusão e os alunos do programa de
inclusão por ela atendidos, entre os alunos que atendia, os diagnósticos mais
comuns eram alunos com autismo, Síndrome de Down e Síndrome de
Moebius.
Os alunos eram chamados pela professora no horário oposto ao da aula
e, em uma sala que servia também para armazenar material escolar, ela
tentava fazer algum tipo de jogo que considerava mais "instrutivo", como, por
exemplo, quebra-cabeças, montagem de palavras a partir de letras avulsas,
desenhos, leitura de histórias, jogo da memória.
A professora tinha também a preocupação de não isolar essa criança de
outras e com isso ir na direção oposta prevista pelo programa de inclusão,
assim, costumava chamar outras crianças, normalmente com desenvolvimento
típico, para participarem dos jogos nesse horário invertido.
Apesar de ter realizado diversos cursos voltados para a educação
especial, a professora nunca tinha tido contato acadêmico com a análise do
comportamento, no inicio do trabalho, ela demonstrava insegurança quanto à
abordagem, mas procurou auxílio devido à dificuldade em trabalhar com os
alunos do programa.
O trabalho foi realizado em encontros semanais de 60 a 120 minutos de
duração ao longo de sete meses e consistiu de diversas etapas. As
observações e preparações foram realizadas na Sala de Apoio e
Acompanhamento à Inclusão(SAAI) e em sala de aula.
No primeiro momento, foi realizada a delimitação das necessidades, por
meio de observações semanais dos atendimentos individuais realizados pela
professora na SAAI e do aluno em sala de aula. Foram identificados nesse
momento os comportamentos a serem trabalhados. A partir dessas
observações, constatamos como necessária a preparação das habilidades:
- identificar e utilizar itens motivadores para os alunos;
45
- diferenciar entre comportamentos acadêmicos e comportamentos
inadequados;
- planejar tarefas e utilizar procedimentos de ajuda;
- ensinar e manter comportamentos de trabalho, assim como analisar as
contingências que controlam o comportamento dos alunos;
- conduzir os trabalhos com alunos dentro da sala de aula.
No segundo momento, foi realizada a preparação propriamente dita da
professora, dividida em seis etapas:
1 - contato instrucional com procedimentos da análise do comportamento;
2 - introdução a noções de alguns conceitos básicos da análise do
comportamento;
3 - seleção de itens potencialmente motivadores para o trabalho dos alunos;
4 - diferenciação entre comportamentos academicamente adequados e
inadequados;
5 - ensino e manutenção de comportamentos de trabalho nos alunos;
6 - generalização para a situação de sala de aula.
A preparação da professora foi baseada em leituras extraídas do livro
Passo a Passo, seu caminho, de Windholz (1988), um manual preparado
especialmente para pais e profissionais não familiarizados com a análise do
comportamento e em textos preparados pela pesquisadora baseados em
pesquisas que tratavam de intervenções no ambiente escolar. Após a leitura de
cada texto, a professora e a pesquisadora discutiam seu conteúdo e a sua
possível "transposição" para a prática.
Além de leituras e discussão, a pesquisadora observava junto com a
professora o desempenho de diferentes alunos em sala de aula e, após,
discutiam o que os alunos tinham feito na situação de ensino observada. As
discussões tinham como finalidade levar a professora a, pouco a pouco,
46
identificar o que os alunos faziam em cada uma das situações e o que era
esperado que fizessem, de acordo com a realidade daquela situação. Isso
significou que professora e pesquisadora criaram juntas uma descrição dos
comportamentos academicamente adequados e inadequados. Durante as
discussões, a pesquisadora também indicava formas de atuação da professora
em relação aos diversos comportamentos dos alunos em cada momento do
ensino.
Para a análise do comportamento, ensinar é planejar contingências,
estas contingências de ensino envolvem, necessariamente, a atividade
acadêmica a ser desenvolvida, o que o aluno deve fazer nessa atividade e as
conseqüências liberadas pelo professor pela produção da atividade pelo aluno.
Quando o aluno está iniciando o ensino acadêmico, é pouco provável que o
trabalho acadêmico, por si, o mantenha trabalhando. Nesse sentido, o
professor mantém o aluno interessado, inicialmente, se planejar que, a cada
pequeno produto (cuja exigência aumenta gradativamente), o aluno obtenha
algum item que considere importante.
Uma etapa do trabalho com a professora consistiu em ajudá-la a
identificar os itens motivadores ou de interesse de cada aluno em particular.
Para aprender a selecionar itens de interesse, a professora observou uma
dramatização realizada pela pesquisadora e por uma colaboradora. Feito isso,
a pesquisadora observou um atendimento da professora em que tentava
identificar itens de preferência em um aluno e seu desempenho foi comentado
detalhadamente, em uma reunião posterior.
Até esse momento, a professora, portanto, já discutia alguns
procedimentos que focavam a importância das conseqüências para a
manutenção dos comportamentos. Também estava apta a identificar, para
cada aluno, que tipo de conseqüência seria mais eficiente e, mais importante,
sabia identificar o que o aluno deveria fazer, isto é, tinha mais clareza do que
era ou não produtivo no ambiente escolar para determinado aluno.
47
A pesquisadora sempre observava o trabalho da professora com algum
aluno na sala da SAAI e conversava com ela sobre seu atendimento. Essa
conversa era feita na forma de perguntas do tipo: "Como você viu o trabalho de
hoje? O que foi bom? O que não foi? Como você agiu? O que aconteceu
quando você agiu de determinada forma?". Essas perguntas tinham como
finalidade levar a professora a se auto-observar e verificar a interferência de
seu desempenho no desempenho do aluno. Todas as respostas a essas
perguntas eram comentadas e a pesquisadora procurava salientar os acertos
da professora.
O terceiro momento foi à avaliação de todas as habilidades preparadas,
a partir da observação do atendimento realizado pela professora na sala de
apoio à inclusão e em sala de aula. Para a fase de introdução a conceitos
básicos, foram preparadas duas avaliações escritas a serem respondidas pela
professora.
Resultados obtidos:
Após a fase de contato instrucional com procedimentos da análise do
comportamento, foi observado um aumento, por parte da professora, na busca
por literatura em análise do comportamento. Sua insegurança quanto à
abordagem persistiu por mais um tempo, no entanto, sua curiosidade sobre o
assunto aumentou. Além disso, ela pôde entrar em contato com resultados
alcançados por pesquisas anteriores e teve uma idéia do tipo de resultado que
se busca com procedimentos dessa abordagem.
Após a fase de introdução a conceitos básicos da análise do
comportamento, a professora respondeu corretamente oito dentre dez
questões da primeira avaliação e dez dentre dez questões da segunda
avaliação. Mais do que isso, demonstrou generalidade do conhecimento ao
discutir os atendimentos e utilizar os termos presentes nos textos. Pôde-se
perceber também um aumento significativo, tanto em sala de aula quanto na
SAAI, de uso dos procedimentos de ensino presentes nos textos. Além disso,
ler esse tipo de literatura tornou-se uma atividade prazerosa para ela. Após o
48
término da preparação, ela comprou e pediu emprestado uma série de livros
que tratavam dessa abordagem.
Após ter feito a seleção de itens motivadores com alguns alunos,
observa-se uma mudança no comportamento da professora coerente com o
ensino, isto é, agora a professora deixava de ser dominada pelo aluno, de
responder a suas manhas e impunha uma tarefa a ser realizada, ou seja,
houve uma diminuição acentuada de respostas impróprias da professora. A
utilização de itens motivadores logo se tornou visivelmente útil também para a
professora: no primeiro atendimento que os utilizou, ela relatou a mudança que
percebeu em um aluno especialmente "difícil" para ela. Dessa forma, sentiu-se
confiante para continuar usando esses itens como conseqüências a
comportamentos academicamente apropriados e suspendê-los quando os
alunos não estavam envolvidos no trabalho acadêmico proposto.
A diferenciação, pela professora, entre comportamentos acadêmicos
adequados e inadequados foi gradativamente se aperfeiçoando. Antes, ela
descrevia como adequados uma série de comportamentos dos alunos que
atrapalhavam a aprendizagem, como, por exemplo, o aluno reclamar que está
cansado ou que não gosta daquela tarefa. Assim, ela pôde atuar sobre esses
comportamentos de forma mais eficaz, antevendo sua ocorrência e evitando
que acontecesse, o que possibilitou que outros comportamentos incompatíveis
e mais adequados tivessem oportunidade de ocorrer.
Antes de nossas discussões com a professora, muito tempo era perdido
por ela tentando fazer com que o aluno se sentasse e olhasse para ela ou que
respondesse ao que ela pedia ou perguntava. Quando começou a aplicar o
que havia aprendido conosco, o aluno ficava pronto mais rapidamente e ela
podia aproveitar melhor o tempo de atendimento. Sua relação com o aluno
também melhorou, uma vez que ela não se desgastava tentando fazê-lo
trabalhar e ele não se chateava com as punições e ameaças de punição.
Além desses resultados, também se observa uma alteração nas
descrições de seus registros de atendimentos; seu relato tornou-se mais
49
coerente com o que havia sido trabalhado conosco, uma vez que seu enfoque
estava na relação entre o comportamento e as conseqüências no ambiente de
sala de aula.
Após a preparação para instalação e manutenção de comportamentos
de trabalho, também foram observadas mudanças no comportamento da
professora. Ela disse, em um dos últimos encontros, que uma das crianças
mudou drasticamente, e que ela viu que o procedimento foi importante para
que isso acontecesse. Relatou que ela era "outra criança", mas depois
percebeu que ela era outra professora.
Apenas após o contato com os alunos, posteriormente à fase de
preparação, a professora sentiu-se realmente segura com os procedimentos
de ensino trabalhados e com sua própria atuação.
Após todas as preparações anteriores, a professora passou a atender
os alunos do programa de inclusão em sala de aula de forma coerente com o
que foi trabalhado; foi verificada a generalidade para outro ambiente de todos
os procedimentos anteriormente aprendidos, mesmo sem ter havido
preparação específica para atuação nesse ambiente.
2.6 – Falta de Preparação dos Professores e a Influencia no Brasil
De acordo com o presidente do INEP(Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), em 11 de março de 2003, o cenário
registrado na Geografia da Educação Brasileira é conseqüência da má
qualidade do ensino, provocada pelo baixo gasto público, professores mal
remunerados e sem preparação adequada e escolas mal equipadas. Além
disso, segundo ele, os pais não conseguem manter os seus filhos na escola,
pois mesmo na rede pública há um gasto familiar, e o estudante sofre uma
pressão para entrar cada vez mais cedo no mercado de trabalho com o
objetivo de ajudar na renda da família.
50
Com novas políticas educacionais e programas sociais nos últimos 2
governos (Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio da Silva) a área da
educação teve progressos significativos para a inclusão e permanência de
alunos em salas de aula, programa bolsa família, ProUne, programa de cotas,
etc, desta forma alguns indicadores do passado se modificaram ou seja, maior
numero de alunos inscritos em salas de aula e menor o numero de desistentes
nos cursos regulamentares e maior índice de alunos no nível superior.
No que concerne há uma preparação de melhor qualidade aos
professores não houve progressos com novos programas, nova base salarial,
nova carga horária, nova metodologia de ensino, programa de governo, ou seja
continuam os professores mal preparados gerando assim ensino de má
qualidade e baixo aproveitamento dos estudantes.
51
PROPOSTA
O processo de preparação deve estar presente em todas as atividades
profissionais e pessoais, quando nos preparamos estamos nos antecipando
aos fatos ou eventos que temos pela frente, se nos preparamos
adequadamente temos mais argumentos para propor um projeto, modificação
ou passar adiante o conhecimento, quando não nos preparamos, estamos
abrindo mão para que o obstáculo a frente seja maior que nós e tenderemos a
enfraquecer diante do mais forte.
A proposta da monografia com este tema é apresentar ao leitor que
sempre deverá se preparar, até mesmo para realizar este trabalho houve um
trabalho de preparação, lendo livros, avaliando textos, conversando com
colaboradores da empresa onde atuo como Gerente e aos meus colegas de
classe, sejam estes atuais professores ou não, ou seja ter me preparado fez
com que houvesse facilidade para a elaboração do mesmo
Preparação representa dedicação profunda antecipada e sem esta
preparação estamos enfraquecidos diante de um objetivo.
Proponho que o leitor reflita o quanto a preparação é importante em
suas atividades e sempre relacione o que ocasiona a falta de preparação,
desta forma entendo que todos se preocuparão em se preparar para tudo em
nossas vidas.
52
CONCLUSÃO
A Monografia teve o objetivo de apresentar o tema preparação fazendo
uma analogia com varias etapas da vida pessoal e profissional, o verbo
preparação, é tudo que antecede uma atividade, conseguimos apresentar
vários verbos associados à preparação para mostrar a importância desta
atividade.
A preparação significa uma ação que antecede a uma atividade, quando
a preparação não é executada, ou é realizada de maneira parcial, o resultado
não é obtido em sua integralidade, ou seja fica deficiente ou incompleto.
Apresentam-se diversas áreas que exigem preparação e casos reais
onde a falta desta preparação trouxe prejuízos com valores monetários, tempo
adicional em relação ao previsto, desgaste ou falta de foco.
Meu cargo de Gerente de Logística e Suprimentos em empresa privada
exige muitas atividades que dependem de preparação, desde que iniciei o
curso de Didática do Ensino Superior sempre fiz analogia entre minha atividade
profissional e a futura atividade como professor onde ainda não atuo.
Sei que para poder transmitir meus conhecimentos da vida profissional
aos alunos, optarei em explorar a minha experiência de mais de 20 anos na
carreira industrial, mas principalmente se preparando para os desafios da
carreira de professor.
O foco principal em minha opinião é a preparação, ou seja se preparar
como professor, se atualizar com novas tecnologias, participar de seminários e
congressos, avaliar as grades curriculares de outras instituições de ensino,
estudar, avaliar ou seja sempre estar disposto para o novo.
Quando não nos preparamos não atingimos nossos objetivos e isto
desaponta aqueles que esperam de nós ações concretas, nas empresas são
os níveis hierárquicos superiores, laterais ou de mesmo nível e inferiores, na
instituição de ensino, são os alunos, familiares dos alunos, corpo docente,
diretores/coordenadores de ensino.
53
Para uma preparação adequada o individuo deve programar tempo livre
para o estudo, analise, leitura verificação. Muitas vezes uma reunião esta
agendada para o dia seguinte e o profissional não está bem preparado para
discutir o assunto, o profissional deve encontrar este tempo, mesmo que o
tempo de sono seja menor durante a noite para se preparar.
Escrevo esta conclusão com exemplos reais, pois já tive atitudes como
passar a madrugada se preparando e se não tivesse me preparado teria tido
insucesso em reunião ou negociação, ou seja não teria conquistado objetivo
valioso e bom para ambas as partes. Se preparar bem não significa que você
sairá vitorioso com o resultado obtido, a sua preparação irá dar peso a decisão
pois você passou a conhecer muito bem o assunto em questão e o resultado
da reunião será o melhor para ambas as partes, ou seja a política ganha x
ganha e não ganha x perde ou perde x perde.
Durante o curso de didática do ensino superior sempre me preparei em
diversas matérias onde tivemos trabalhos de apresentação para os demais
alunos, isto de forma proposital foi alavancado por educadores da instituição a
Vez do Mestre com o objetivo de provocar os atuais alunos a serem futuros
professores.
No curso de didática do ensino superior temos muitos alunos de
diversas áreas que não atuam da área de ensino e estes tiveram a
oportunidade de se preparem para estas apresentações.
Tivemos por outro lado a experiência de ver apresentações onde os
alunos do curso não se prepararam e não conseguiram atingir o objetivo
principal que era transmitir aos demais alunos o assunto abordado.
Como professor e orientador de ensino a preparação é fundamental e
deve estar baseada em dedicação prévia, ou seja dispensar tempo para o
estudo, analise, elaboração, em fim se preparar adequadamente.
O tema da Monografia se funde entre a carreira profissional e o ensino
de Didatica do Ensino Superior.
A vida profissional apresenta exemplos de fracasso por falta de
preparação, até empresas de renome internacional cometem erros graves de
falta de preparação, nos dias de hoje inaceitáveis para o mundo dos negócios.
54
Estes exemplos de fracasso por falta de preparação estarão nos
incentivando a não cometer o mesmo tipo de erro.
No Brasil de hoje os gestores de negócios, empresários, gerentes,
colaboradores em geral tem grande habilidade para superar estes obstáculos e
se preparam muito bem para conquistar seus objetivos.
55
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Para uma análise crítica mais detalhada das reformas, ver Aronowitz e Giroux, Education Under Siege; Os comentários incisivos sobre a natureza impositiva dos vários relatos em Charles A. Tesconi Jr., “Additive Reforms and the Retreat from Porpose”, Educational Studies 15 (Primavera 1984): 1-11; Terence E. Deal, “Searching for the Wizard: The Quest for Excellence in Education”, Issues in Education 2 (Verão 1984): 56-57; Svi Shapiro, “Choosing Our Educational Legacy: Disempowerment or Emancipation”, Issues in Education 2 (Verão 1984): 11-22. Para um comentário excepcional sobre a necessidade de educar os professores para serem intelectuais, ver John Dewey, “The Relation of Theory to Pratice”, em John Dewey, The Middle Works, 1899-1924, JoAnn Boydston, ed. (Carbondale, III.: Southern Illinois University Press, 1977), primeiramente publicado em 1904; Israel Scheffler, “University Scholarship and the Education of teachers”, Teachers College Record 70 (1968): 1-12; Giroux, Ideology, Culture, and the Process of Schooling. Herbert Kliebard, “The Question of Teacher Education”, em D. McCarty, ed., New Perspectives on Teacher Education (San Francisco: Jossey-Bass, 1973). Kenneth M. Zeichner, “Alternative Paradigm on Teacher Education”, Journal of Teacher Education 34 (Maio-junho 1983: 4. Dewey, “Relation of Theory to Pratice” Jesse Goodman, “Reflection on Teacher Education: A Case Study and Theoretical Analysis”, Interchange 15 (1984): 15. Apple, Education and Power. Patrick Shannon, “Mastery Learning in Reading and Control of Teachers”, Language Arts 61 (Set. 1984): 88. Scheffler, “University Scholarship”, p. 11.
56
BIBLIOGRAFIA CITADA
TZU, Sun.
A Arte da Guerra. Coleção L&PM Pocket, 2000.
http://michaelis.uol.com.br/
www.jawanderley.pro.br
JOSÉ AUGUSTO WANDERLEY
CONSULTOR EM LIDERANÇA E NEGOCIAÇÃO
E AUTOR DO LIVRO NEGOCIAÇÃO TOTAL: ENCONTRANDO
SOLUÇÕES, VENCENDO RESISTÊNCIAS, OBTENDO RESULTADOS
GEHRINGER, MAX.
O Sucesso passo a passo. CBN Livros, 2010
http://www.mundorp.com.br/sandra.htm - A efetividade das estratégias de
acomodação durante uma situação de crise, por Sandra Klinke
Folha de Londrina (PR) – 09/03/2010 - Falta estrutura e preparação de
professores
www.vencer.com.br
Artigo: APRENDENDO COM OS CAMPEÕES Capa - Edição 60 BERNARDO ROCHA DE REZENDE(Bernardinho), Transformando Suor em
Ouro. Editora: Sextante, 2006 www.labcon.ufsc.br
Guia de preparação de artigos. Célula de Comunicação Científica, Célula de Documentação – Grupo Stela. Versão preliminar preparada para o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC).
57
www.rnp.br Rede Nacional de Ensino e Pesquisa GT-7 Preparação de Professores para Áreas de Aplicação Estratégicas
Áreas GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia
crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997, 270 p. JOSÉ AUGUSTO WANDERLEY, NEGOCIAÇÃO TOTAL: ENCONTRANDO
SOLUÇÕES, VENCENDO RESISTÊNCIAS, OBTENDO RESULTADOS - 13ª Edição Ed. Gente.
GIOIA, Paula Suzana e FONAI, Ana Carolina Vieira. A preparação do professor em análise do comportamento. Psicol. educ., dez. 2007, no.25, p.179-190. ISSN 1414-6975.
http://www1.inep.gov.br/imprensa/noticias/outras/news03_6.htm
58
ANEXO
http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/entrevista-antonio-oliveira-santos-
410316.shtml
59
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Conceituando Preparação 9
1.1 Origem da Preparação 10
1.2 Tipos de Preparação 11
1.2.1 Preparação nos estudos 11
1.2.2 – Preparação nas atividades empresariais 13
1.2.3 – Preparação para negociações 15
1.2.4 - Preparação de candidatos a vagas no setor privado 21
1.2.5 – Preparação para cargos de comando 23
1.2.6 – Preparação na área esportiva 23
1.2.7 - Preparação de artigos científicos 24
1.2.8 – Preparação no Gerenciamento de Crise 25
1.2.9 – Preparação de Professores 26
1.2.10 – Preparação para Alunos com necessidades especiais 37
CAPÍTULO II
Falta de Preparação 38
2.1 – Política Internacional 38
2.2 – A Crise do problema técnico do Mercedes-Benz Classe A 38
2.3 – Lançamento do carro Classe A no Brasil com fabrica 41
2.4 – Falta de preparação da Policia Militar 42
2.5 – Falta de preparação dos Professores para ministrar aulas
a deficientes 43
60
2.6 – Falta de preparação dos Professores e a influencia
no Brasil 49
PROPOSTA 51
CONCLUSÃO 52
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55
BIBLIOGRAFIA CITADA 56
ANEXO 58
ÍNDICE 59
FOLHA DE AVALIAÇÃO 61
61
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES, PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia:
A PREPARAÇÃO COMO PROCESSO FUNDAMENTAL NO AMBIENTE
EMPRESARIAL
Autor:
MARCELLO CEVALES
Data da entrega:
28 de julho de 2010
Avaliado por: Prof. Marcelo Saldanha Conceito: