universidade do grande abc alexandre lopes eraldo pereira de lima

64
UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre Lopes Eraldo Pereira de Lima Fernanda Chagas Santos Gonzales Karina de Proença Marina Nunes da Silva Talita de Almeida Ferreira Tatiane Costa Bordinhão Santo André 2.010 LEPTOSPIROSE

Upload: snana

Post on 23-Feb-2016

21 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre Lopes Eraldo Pereira de Lima Fernanda Chagas Santos Gonzales Karina de Proença Marina Nunes da Silva Talita de Almeida Ferreira Tatiane Costa Bordinhão Santo André 2.010. LEPTOSPIROSE & - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC 

Alexandre Lopes

Eraldo Pereira de Lima

Fernanda Chagas Santos Gonzales

Karina de Proença

Marina Nunes da Silva

Talita de Almeida Ferreira

Tatiane Costa Bordinhão  

 

 

 Santo André

2.010

LEPTOSPIROSE &

CÓLERA

Page 2: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Leptospirose

Page 3: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Conceito:

É uma antropozoonose ubíqua, causada principalmente pela Leptospira interrogans, de

manifestação clínica sistêmica pleomórfica, passível de ser confundida com outras

morbidades, caracterizada por vasculite difusa, afetando o fígado, rins ou outros órgãos. 

Sinonímia:

Doença de Weil, febre dos pântanos, febre outonal, febre hasani, febre dos sete dias,

febre dos arrozais, doença dos porqueiros, febre dos canaviais, febre dos nadadores, febre

pré-tibial de Fort-Bragg, febre de Andaman, tifo canino.

Leptospirose

Page 4: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Etiologia:

- Leptospiras:

Espécie patogênica para o ser humano:

Leptospira interrogans, - 23 sorogrupos e 205 sorotipos (“sorovares”);

- sorogrupos mais comuns: Leptospira icterohaemorrhagiae dos ratos (casos mais severos); Leptospira canicola dos cães, e Leptospira pomona do gado e suínos.

Outras: Leptospira biflexa, Leptospira parva e Leptonema illini.

Leptospirose

Page 5: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Leptospirose

Page 6: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Leptospirose

Leptospiras:aeróbicas estritas, flexíveis e móveis;

6 a 20 m de comprimento e cerca de 0,1

de diâmetro, ordem Spirochaetales,

família Leptospiracea e gênero Leptospira;

extremidades dobradas ou em forma de

gancho,usam ácidos graxos como fonte de

energia, aderem à membrana celular

provavelmente como passo inicial da

infecção.

Page 7: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Leptospirose

Page 8: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Epidemiologia:

- Distribuição universal.- Provável maior incidência do que a suposta.- A sobrevivência depende:

- nas zonas temperadas durante o verão e o

outono:- temperatura por volta de 25ºC, - umidade e - pH do solo e da água próximo de 7,0.

Leptospirose

Leptospirose

Page 9: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Epidemiologia:- Transmissão:

- geralmente indireta:- água, lama, solo e vegetação úmidos, lixo,

ou por ingestão de alimentos e água contaminados por urina do animal reservatório.

- lesões de pele e provavelmente de conjuntiva; na pele íntegra é necessária certa umidade para que haja penetração.

- forma direta menos freqüente:- mordedura ou contato com sangue, tecidos,

órgãos e urina de animal infectado. - ser humano é o elemento acidental, casual.

Leptospirose

Page 10: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Epidemiologia:- Zoonose:

- fenômeno de equilíbrio biológico (biocenose) mais ou menos ativo, segundo as particularidades:

- do hospedeiro, - da região e - das variedades de leptospiras. - rato de esgoto é o principal portador “são” universal e o maior responsável pela transmissão de leptospiras para o ser humano,

- Rattus norvegicus, Rattus rattus, Mur musculus

Leptospirose

Page 11: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Epidemiologia:- Zoonose:

- algumas cepas de leptospiras são capazes de persistir por longos períodos nos túbulos renais do hospedeiro, sem efeito patogênico, o que caracteriza o reservatório

- as densidades de população animal, seu dinamismo, sua concorrência, sua alimentação, sua potencialidade própria de suscetibilidade, seu parasitismo, condicionam a formação de um “foco natural enzoótico”.

Leptospirose

Page 12: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima
Page 13: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima
Page 14: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Patogenia:- Pele ou mucosas íntegras ou lesadas- Sangue - Difusão rápida para todos os órgãos e tecidos:

- líquor e olhos, - fígado, rins, coração e músculo-esquelético.

- Capilarite (vasculite) disseminada: - aumento da permeabilidade capilar,- diátese hemorrágica e

redução do aporte de oxigênio aos tecidos.

Leptospirose

Page 15: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Patogenia:- Fígado:

- hepatomegalia com icterícia pode ser devida à hemólise ou lesão hepatocelular e colestase, classicamente atinge uma tonalidade rubínica devido à vasculite.

- Rins: - aumentados de volume, superfície externa lisa,

cortical espessada, com intensa impregnação biliar, limites precisos, medula congesta, com estrias hemorrágicas. Petéquias na pelve e sangue na luz ureteral.

Leptospirose

Page 16: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Patogenia:

- Pulmões:- há acentuado aumento da permeabilidade capilar,

plasma e hemáceas extravasam para a luz alveolar, originando opacificações radiológicas, que são fugazes pela posterior rápida reabsorção do material extravasado.

- hemoptise. - Coração:

- miocardite, flogose do sistema de condução e das ramificações coronárias intramiocárdicas.

Leptospirose

Page 17: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima
Page 18: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Patogenia:- Tubo digestivo:

- sufusões hemorrágicas e edema na mucosa gástrica e do intestino delgado: hemorragia gastrointestinal e extensa desidratação.

- Meninges: - inflamação mononuclear das leptomeninges.

- Músculos: - necrose hialina de fibras musculares

esqueléticas individuais.

Leptospirose

Page 19: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Período de incubação:

- varia de 2 a 28 dias, - em média de 3 a 13 dias.

 - Quadros clínicos variados:  - Infecção assintomática:

- achado casual por rastreamento epidemiológico, por pesquisa de contactantes de enfermos, etc.

  - Forma leve: - sintomas parecidos com os da Gripe: involução espontânea.

Leptospirose

Page 20: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose anictérica: forma moderada e

bifásica- fase inicial (chamada “septicêmica”):- início abrupto de hipertermia severa (39º a 40ºC), - calafrios, vasodilatação cutânea,- abdominalgia, náuseas, vômitos, diarréia, - cefaléia intensa, dor retrorbitária, - mialgias, principalmente das panturrilhas, artralgias- marcada hiperemia e sufusão conjuntival. - rigidez de nuca não relacionada com meningite, - hiperemia e dor no orofaringe, - hipotensão arterial, choque,

Leptospirose

Page 21: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose anictérica: forma moderada e

bifásica- fase inicial (chamada “septicêmica”):- pneumonite: tosse seca ou produtiva, com ou sem

escarros hemoptóicos, podendo ocorrer hemoptise franca, dor torácica, desconforto respiratório com cianose, atrito pleural, síndrome de consolidação.

- lesões cutâneas são variadas, podendo ocorrer exantemas maculares, máculopapulares, eritematosos, urticariformes, petequiais ou hemorrágicos.

- discreta linfoadenomegalia, parotidite, orquite, epididimite, prostatite, edema etc.

Leptospirose

Page 22: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose anictérica: forma moderada e

bifásica- após 4 a 7 dias há uma melhora rápida

do quadro clínico:- muitos pacientes evoluem para a cura, - enquanto outros evoluem para a fase

imune,- leptospiras podem ser isoladas do sangue,

líquor e tecidos. - intensidade variável das manifestações

clínicas, mas nesta fase, o quadro é quase sempre benigno.

Leptospirose

Page 23: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose anictérica: forma moderada e

bifásica- Após 1 - 3 dias de remissão dos sintomas:

inicia a segunda fase (chamada “imune”):

- recorrência semelhante à primeira fase,- hepatomegalia pouco pronunciada, icterícia

discreta, - pneumonite (tosse e expectoração sangüínea), - uveíte (uni ou bilateral, usualmente

comprometendo todo o trato uveal - coróide, corpo ciliar e íris),

- exantema, alopécia e adenopatias;

Leptospirose

Page 24: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose anictérica: forma moderada e

bifásica- Segunda fase (chamada “imune”):- nos casos mais graves:

- sonolência, torpor e coma por meningite ou meningoencefalite,

- paralisias, radiculites, - síndrome de Guillain-Barré e mielite.

- 80% a 92% dos casos apresentam alterações liquóricas, porém somente em 50% são observadas alterações clínicas.

Leptospirose

Page 25: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose anictérica: forma moderada e

bifásica- Segunda fase (chamada “imune”):- as manifestações clínicas são atribuídas a:

- fenômenos imunitários, ou a- liberação de toxinas por destruição

dos microorganismos possa ser responsável por muitos dos sintomas e sinais clínicos.- Em geral autolimitada:

- durando de 4 a 30 dias (excepcionalmente de seis a sete semanas), com recuperação completa.

Leptospirose

Page 26: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose ictérica: Síndrome de Weil

- mais severa: 5% a 10% dos indivíduos infectados,Caracterizada por quadro clínico monofásico:

- dano da função renal e hepática: 82% dos internados, - fenômenos hemorrágicos severos possíveis: distúrbio da coagulação, hemólise, - alterações respiratórias agudas, - hemoptise (que pode ser maciça e asfixiante), - miocardites, hipotensão- estado mental anormal, - taxa de mortalidade de até 10%.

Leptospirose

Page 27: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose ictérica: Síndrome de Weil

- Cefaléia - Mialgias - Febre - Hiperemia conjuntival, - Manifestações digestivas, - Icterícia “rubínica”, - Fenômenos hemorrágicos:- Vasculite difusa, - Plaquetopenia, - Redução da Atividade da Protrombina,- Insuficiência renal,- Manifestações neurológicas, - Manifestações pulmonares,

Leptospirose

Page 28: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Manifestações Clínicas:- Quadros clínicos variados:  - Leptospirose ictérica: Síndrome de Weil

- Outras: - fenômeno de Faget, - insuficiência cardíaca por miocardite (10%),- pericardite acompanhando a uremia, - esplenomegalia (15%) e linfadenopatia (25%), - faringite (23%), - exantema macular (ou maculopapular,

eritemas, urticárias, 7%),

Leptospirose

Page 29: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares :Anemia normocrômica.

 

Leucócitos normais ou até 40.000/mm3 na doença de Weil, as custas de neutrófilos bastonados e segmentados.

 

Trombocitopenia. 

VSG elevado. 

Fígado: testes anormais em 50% dos pacientes: - elevação das bilirrubinas (principalmente BD - colestase intra-hepática) e fosfatase alcalina, - transaminases pouco elevadas, - inversão da relação albumina-globulina,- diminuição da Atividade da Protrombina (f. Ictéricas)

Leptospirose

Page 30: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares :Uréia e creatinina elevados: lesão hepática e renal.

 

Amilase: eleva-se em 70% das formas graves. 

CK: aumentada na primeira semana da doença pela miosite (diferencial de hepatite viral), CK-MB: aumenta se houver miocardite (acima de 5% em relação aos valores da CK).

 

Urina anormal em 75% dos pacientes: - proteínas, cilindros, leucócitos, eritrócitos.

Leptospirose

Page 31: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares :Líquor:

- anormal menos que 2/3 dos pacientes:

- aumento da celularidade (igual ou menor que 500/ mm3) principalmente monócitos;

- aumento das proteínas (igual ou menor 80 mg/dl).

Materiais biológicos utilizados para diagnóstico:- sangue, líquor, urina, saliva, exsudato

peritoneal e pleural e tecidos.

Leptospirose

Page 32: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares:ECG:

- alterações em 65% das formas graves:-mais freqüentemente são alterações da

repolarização ventricular e fibrilação ventricular. 

Radiografia de tórax:- demonstram infiltrado bilateral difuso

(eventualmente localizado), que desaparece em cerca de três dias.

- em alguns casos surge derrame pleural, que deve ser analisado.

Leptospirose

Page 33: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares:- Métodos diretos: pesquisa do agente etiológico no

material biológico:- Microscopia de campo escuro, Técnicas de coloração de Giemsa ou de impregnação pela prata,- Imunofluorescência,- Cultura de leptospiras:- Hemocultura,- Líquor,- Urina,- Tecidos.- Isolamento em animais de laboratório,

Leptospirose

Page 34: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares:- Métodos indiretos: imunológicos, são os mais

empregados: 

- Teste de aglutinação microscópica em campo escuro (SAM),

- Aglutinação macroscópica (SAT),

- Fixação de complemento, - Reação de hemaglutinação, - Imunofluorescência e contra-imunoeletroforese.

Leptospirose

Page 35: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Exames Complementares:- Métodos diretos:

- ELISA de captura e em tecidos pela Imuno-histoquímica.

- Reação em cadeia da polimerase (PCR). - Métodos indiretos:

- Pesquisa de anticorpos específicos em fluidos biológicos (sangue, líquor e saliva) empregando-se técnicas imunoenzimáticas (ELISA e dot-ELISA).

- ELISA IgM, IgG e IgA. - ELISA para pesquisa de IgM no líquor e saliva.

Leptospirose

Page 36: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Diagnóstico Diferencial:Leptospirose ictérica: hepatites virais, febre amarela e febre recorrente.

Dengue HepatitesMalária Febre amarelaColecistite Infecções respiratóriasSarampo RubéolaMeningoencefalites PielonefriteFaringite SepticemiaEndocardites

Leptospirose

Page 37: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Tratamento:- Reações de Jarisch-Herxheimer - Hidratação oral- Hidratação parenteral: principalmente na síndrome de Weil, - Antibioticoterapia:- doxiciclina: 200 mg /dia, anictéricos acima de 8 anos.- ampicilina: 4 g /dia, - eritromicina: 2 g /dia- penicilina cristalina: 6 –12 milhões UI/dia. - ceftriaxona: 1 –2 g /dia - cloranfenicol

Leptospirose

Page 38: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Tratamento:Critérios para hospitalização:1. Todos casos anictéricos que necessitem hidratação parenteral;

2. Todos casos anictéricos que apresentem complicações;

3. Todos pacientes com leptospirose ictérica.

Leptospirose

Page 39: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Tratamento:Critérios para diálise:1. Clínica de uremia: sangramentos, alteração dos níveis de consciência, pericardite);2. Uréia acima de 200 mg/dl, com deterioração rápida das condições clínicas.3. Hiperpotassemia refratária ao tratamento clínico.4. Sobrecarga hídrica.

Leptospirose

Page 40: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Prognóstico:- Forma anictérica:

- excelente prognóstico e evoluem rapidamente para a cura. - Forma ictéricas:

- a maioria dos pacientes recupera-se.- Síndrome de Weil:

- a letalidade pode, na dependência do tratamento precoce e dos recursos disponíveis, ser superior a 10%, sendo ainda mais elevada nos pacientes com mais de 50 anos de idade.

- a duração da insuficiência renal é de uma a duas semanas, e a função normal é recuperada em três a quatro semanas.

- Os critérios de alta são a correção do equilíbrio hidro-eletrolítico e da função renal.

Leptospirose

Page 41: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

Prevenção:- doença de notificação compulsória.- Educação sobre condições de saneamento básico.- Vacina contra sorotipos específicos não está disponível no Brasil, mas tem sido usada em pessoas com exposição ocupacional no Japão, Itália, Espanha e Polônia.- Pode ser utilizada a doxiciclina na dose de 100 mg de 12/12 h, em pessoas que irão se expor a risco conhecido ou já se expuseram, por 5 - 7 dias.

Leptospirose

Page 42: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima
Page 43: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima
Page 44: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

DEFINIÇÃO

• é  uma  doença  causada  pelo  vibrião  colérico  (Vibrio cholerae),  uma  bactéria  em  forma  de  vírgula  ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano  produzindo  potente  toxina  que  provoca diarréia intensa. O vibrião da cólera é Gram-negativo e  tem  a  forma  de  uma  virgula  com  cerca  de  1-2 micrômetros.  Possui  flagelo  locomotor  terminal. Estes  vibrios,  tal  como  todos  os  outros,  vivem naturalmente  na  água  dos  oceânicos,  mas  aí  o  seu número é tão pequeno que não causam infecções.

Page 45: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

DESCRIÇÃO DA BACTÉRIA 

• V.cholerae  compreende  vários  grupos  sorológicos, caracterizados  por  antígenos  O,  ou  somáticos,  que correspondem  aos  lipopolissacarídeos  da  parede bacteriana. Atualmente,  a  grande maioria dos  casos de cólera é causada pelo biótipo El Tor. A substituição do  biótipo  clássico  pelo  El  Tor  talvez  esteja relacionada  com  a  maior  capacidade  de sobrevivência  do  último  na  água  e  no  intestino humano.

Page 46: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

DIAGNÓSTICO• O  Vibrio cholerae  deve  ser  isolado  nas  fezes  do 

paciente, seguindo-se a determinação de seu soro e a produção da toxina colérica. 

• As amostras  feitas para a detecção do víbrio devem ser  estocadas  à  10°  C  e  analisadas  rapidamente (apresentam uma temperatura de manutenção de 15 a  18°  C).  É  feitos  um  enriquecimento  em  caldo,  na água  com  pH  básico  para  que  o  víbrio  possa  se desenvolver  antes  das  demais  bactérias  presentes nas fezes.

Page 47: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

PERÍODO DE INCUBAÇÃO• Varia de algumas horas a 5 dias, mas a maioria dos 

casos é de 2 a 3 dias

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE• Perdura enquanto houver a eliminação do vibrião nas 

fezes, o que ocorre, na maioria dos casos, até poucos dias após a cura.

• O período aceito como padrão é de 20 dias.

Page 48: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

DIAGNÓSTICO CLÍNICO 

• O quadro clínico pode oscilar desde uma leve diarréia não complicada até produzir uma enfermidade grave, com  diarréia  fulminante,  coma  e  morte  em  poucas horas.

Page 49: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Microscopia - As espécies de Vibrio são pequenos bacilos (0,5 X 1,5 

a 3 µm) gram-negativos curvos. Os microrganismos são raramente observados  em  amostras  de  fezes  ou  de  lesões  coradas  pelo método de Gram; entretanto, um observador experiente utilizando microscopia  de  campo  escuro  pode  ser  capaz  de  detectar  os bacilos móveis característicos.

•  Exame direto - O exame direto do material de fezes pode ser feito observando  as  fezes  em  um  microscópio  de  campo  escuro  para observar as características de tamanho, forma e movimentação dos vibrios.

• Cultura - Os Vibrio sobrevivem mal em ambientes ácidos ou secos. As amostras devem ser coletadas no início da evolução da doença e imediatamente inoculadas em meios de cultura. 

Page 50: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

• O  diagnóstico  laboratorial  da  cólera  só  deve  ser utilizado  para  investigação  de  todos  os  casos suspeitos  quando  a  área  é  considerada  livre  de circulação  do  Vibrio cholerae.  Em  outra  situação deverá  ser  utilizado  em  conjunto  com  o  critério clínico-epidemiológico. 

Page 51: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

TRANSMISSÃO• Pela  ingestão  de  água  contaminada  por  fezes  ou 

vômitos  do  doente  à  portadores  assintomáticos.  É encontrada  em  lugares  com  condições  de saneamento desfavorável, tais como: rios, mares que recebem esgoto sem tratamento. 

• As pessoas podem se contaminar ingerindo esta água ou comendo verduras que foram  irrigadas com elas. Animais  que  tomam,  ou  vivem  nesta  água  também poderão  estar  contaminados.  A  falta  de  higiene pessoal favorece o aparecimento de diarréias.

Page 52: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

SINTOMAS• Os  sintomas  mais  comuns  são  a  diarréia,  que  se 

assemelha  a  qualquer  outra  diarréia,  podendo,  no entanto  se  apresentar  de  forma  grave  com desidratação.  Podem  ser  observadas  câimbras musculares,  cólicas  intestinais  e  queda  de temperatura. 

• Em geral não há  febre, mas quando diagnosticada é baixa.

Page 53: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

PRINCIPAIS SINTOMAS CLÍNICOS

Diarréia volumosa e aquosa, sempre sem sangue ou muco (se contiver estes elementos trata-se de disenteria).

Dores abdominais tipo cólicas.

Náuseas e vômitos.

Hipotensão com risco de choque hipovolémico (perda de volume sanguíneo) mortal, é a principal causa de morte na cólera.

Taquicardia: aceleração do coração para responder às necessidades dos tecidos, com menos volume sanguíneo.

Anuria: diminuição da micção, devido à perda de liquido.

Hipotermia: a água é um bom isolante térmico e a sua perda leva a maiores flutuações perigosas da temperatura corporal

Page 54: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

COMPLICAÇÕES• Colapso cardíaco;•  insuficiência renal aguda • hipotensão.

Page 55: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

PREVENÇÃO• Saneamento  básico;  distribuição  de  hipoclorito  de  sódio  em 

áreas críticas • Medidas rigorosas de higiene e lavagem das mãos • Cuidados  rigorosos  no  preparo  dos  alimentos  e  desinfecção 

de frutas e verduras • Notificação dos casos suspeitos pelos médicos e  investigação 

epidemiológica imediata • Monitoramento de pescados  e  frutos do mar  em  regiões de 

risco • Campanhas educativas sobre a doença e sua prevenção • Lavar a caixa d´ água pelo menos de 6 em 6 meses • Tomar leite sempre fervido ou comprá-lo pré-fervido • Lavar bem os alimentos crus,mas preferir os cozidos

Page 56: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

TRATAMENTO • Pacientes com cólera devem ser imediatamente tratados com 

reposição de líquido e eletrólitos antes que a perda excessiva de líquidos produza choque hipovolêmico. 

• O tratamento da cólera consiste basicamente em reidratação. A  desidratação  pode  ser  danosa  em  qualquer  idade,  mas  é particularmente perigosa em crianças pequenas e idosos. Nos casos  leves e moderados, o médico pode  recomendar que o tratamento seja  feito em casa, com a solução de reidratação oral. Os viajantes devem evitar a desidratação decorrente da diarréia  (de  qualquer  causa)  ingerindo  bastante  líquidos, preferentemente  uma  solução  reidratatante  contendo eletrólitos (sais) e glicose, em concentrações adequadas. 

Page 57: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CONSIDERAÇÕES FINAIS• Doença  infecciosa  aguda,  transmissível, 

caracterizada,  em  sua  forma  mais  evidente,  por diarréia  aquosa  súbita,  cujo  agente  etiológico  é  o Vibrio cholerae  (bactéria  Gram-negativa,  em  forma de  bastonete  encurvado,  móvel),  transmitida principalmente  pela  contaminação  fecal  da  água, alimentos e outros produtos que vão à boca. A cólera é um modelo clássico de enterotoxigenicidade.

Page 58: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CASOS DE CÓLERA NO BRASIL - 1991 a 2006*

REGIÕES Casos Confirmados Óbitos

NORTE 11.613 272

NORDESTE 155.363 1.712

C-OESTE 285 1

SUDESTE 864 47

SUL 473 3

BRASIL 168.598 2.035168.5 98

Fonte: FUNASA/CENEPI/MS

(*) - não há registro de casos de cólera em todo o Brasil desde 2002.

Page 59: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CASOS DE CÓLERA NO ESTADO DE SÃO PAULO - 1991 a 2006*

ANO CasoAutóctone

Óbito CasoImportado

Óbito

1991 0 0 2 0

1992 0 0 5 0

1993 11 2 15 1

1994 77 6 16 0

1995-1998 0 0 0 0

1999 0 0 1 0

2000-2003 0 0 0 0

Total 88 8 39 1

Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP

(*) - último caso registrado no ESP em 1999, importado da Bahia.

Page 60: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CÓLERA MEDIDAS DE CONTROLE

SERVIÇOS DE SAÚDE• Notificação obrigatória de  suspeita de cólera com coleta de amostras de 

fezes para o exame laboratorial• Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas – registro semanal de dados 

de diarréia em Unidades Sentinela em cada município• Cuidados com os pacientes, Tratamento dos Casos e Comunicantes• Retaguarda laboratorial (distribuição do meio de transporte para coleta de 

fezes - Cary blair)• Distribuição  de  Hipoclorito  de  sódio  para  regiões  críticas  (sem  Sistema 

Público de Água e/ou Saneamento Básico) e Folhetos Educativos• Alerta na Internet - no site do CVE

Page 61: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CÓLERA MEDIDAS DE CONTROLE

PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS RODOVIÁRIOS

• Orientações com distribuição de Folhetos e Cartilhas sobre a Cólera em situações de alerta

• Notificação  dos  casos  suspeitos  ao  SVE  e  encaminhamento aos serviços de saúde

• Alerta para a entrada de alimentos (portos e aeroportos)

Page 62: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CÓLERA MEDIDAS DE CONTROLE

Monitoramento ambiental• Monitoramento  dos  esgotos  nos  terminais  rodoviários, 

portos, aeroportos e rotas (a cargo da CETESB)• Monitoramento  da  água  de  abastecimento  público  (PRO-

ÁGUA/CVS)• Monitoramento de pontos de risco - favelas, camelôs, hortas, 

etc..(responsabilidade dos municípios)

Page 63: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CÓLERA Ações e medidas intensificadas em situações de alerta

• Monitoramento das Doenças Diarréicas Agudas - ampliação do programa nas unidades sentinela dos municípios

• Intensificação do Monitoramento Ambiental• Campanha Educativa - FOLHETOS E CARTAZES, divulgação 

na Mídia• Material técnico para os profissionais de saúde• Distribuição do Hipoclorito de Sódio (CMB/SES-SP)• Cary Blair (IAL)• Estímulo à notificação; orientações quanto ao tratamento 

e demais infra-estruturas.

Page 64: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC Alexandre  Lopes Eraldo Pereira de Lima

CÓLERA

•NOTIFIQUE !Não deixe a Cólera

voltar!08000 - 66 55 54

Material didático e educativo no site:http://www.cve.saude.sp.gov.br em Doenças

Transmitidas por Água e Alimentos