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UNIVERSIDADE TULUTI DO I'ARANA
ESTUDO RANDOMIZADO COMPARANDO 0 TESTE DE CAMINHADA DE 6MINUTOS E o TESTE DE CAM1NHADA EM ESTEIRA MECANICA EM
I'ORTADORES DE INSUF'ICIENCIA CARDiACA
CURITIBA2004
RENATA BECKER DAMIANI
ESTUDO RANDOMIZAOO COMPARANOO 0 TESTE DE CAMINHADA DE 6MINUTOS EO TESTE DE CAMlNElADA EM ESTEIRA MECANICA EM
PORTAOORES OE rNSlJFIClE:NCIA CAROiACA
~!:/,.)
I
Monognlfia apresentada p:lra obtclu;flO do titulode Espccialisla CIlI Fisiotcrapia C:irdio-Rcspirlltiu-ia 110 Curso de I)os Grndu3(,,:io emFisiotcnlpia C:irdio-Rcspit":ltoria. Setol" deCicncias Biol6gicns e (h. S:ludc, UniversidadcTuiuti do l'aran:L
Orienlado" Cicntifico: I}rof. Dr. J-h~lios. I'io
Orientado'" Metodologico: i>ror. Dr. Marcelo M.Xavier
Co-Orientador: Dr. Alexandre Alessi
CURITIBA2004
Agradec;o ao co-orientador e Dr. Alexandre AlessI,pelo incentivo, acompanhamento e revisao doestudo, Ao Dr. iVlarcio Kuzmicz pela dedicac;ao epaci€mcia, e a toda equipe de funcionarios daCendiCardio pela atenc;ao e cooperayao.
suMAruo
LISTA DE ILUSTRA(:0ES.
RESUMO ...
ABSTRACT..
I INTRODU(:AO ...
2 HINDAMENTA(:AOTEORlCA ...
3 MATERIAL E METODOS ...
4 ANALISE DOS RESULTADOS ...
S DlSCUSSAO ...
6 CONCLUSAO .
REF'ERENCIAS .
ANEXOS
. iv
...v
.vi
10
..13
. 16
. 18
19
.................. 21
iii
TABELA I
TABELA 2
GAAFICO I
TABELAJ
TABELA4
TABELA 5
LlSTA DE I LUSTRA<;:OES
EQUACOES DE REFERENCIA PARA DISTANCIA PERCORRIDA NO
TESTE DE CAM1NHADA DE SEIS MINUTOS EM ADULTOS
SAUDAVEIS ... ...... 7
CARACTERisTICAS DOS 18 PACIENTES INCLUioos NO
1OSTUDO... 13
CORRELACAO ENTRE A DlSTfl.NCIA PERCORRlDA NO TC6M E NO
TCEM ... . 14
EQUACfl.O PARA CALCULO DA DlSTANCIA PERCORRIDA NO
TC6M AT AVES DA DlSTfl.NCIA OBTlDA NO TCEM 15
MEDIA DAS FREQUENCIAS CARDLACAS OBTIDAS NO TC6M E
TCEM 15
MEDIA DO ESFORCO PERCEBIDO DE BORG NO TC6M E TCEM ... 15
;v
RESUMO
o objctivo do presente estlldo foi comparar 0 teste de caminhada de 6 minutos
convencional (TC6M) com 0 tesle realizado em eSleira medinica (TeEM), em individuos
portadorcs de varios graus de insuticiencia cardiaca, com 0 objetivo especifico de
verificar se hit con'e1ar;:ao entre os padimelros do teste convencional (TC6M) e os obtidos
em esteira mecanica (TeEM). Dezoito pacicntes com insuficiencia cardiaca foram
estudados. Em ambos os testes tiveram monitorado a frequencia respirat6ria, frequencia
cardiaca, satura~ao de Qxigenio, pressao arterial e dist[lI1cia total percorrida menslirada. A
distancia percorrida no TC6M foi signiticativamente maior que a distancia percorrida no
TeEM. Entretanto houve uma correlalYao entre as distancias percorridas em ambos os
testes. 0 TeEM e viuvei, reprodutivel, seguro, barato, simples de realizar e facilita a
monitorizac;ao do pacicllle.
Palavras-chave: teste de caminhada de 6 minutos, esteira mecanica, insuficiencia
cardiac8.
ABSTRACT
The objective afmis study was compared the conventional six minute walk test (TC6M)
and self powered treadmill walk lest (TeEM), in a group of patients with various degrees
of heart failure, to investigate the correlation bet,\'cen the parameters arthe conventional
six minute walk test and self powered treadmill walk test. Eighteen patients with various
degrees of heart failure were studied. In both tests patients had the respiratory fi-equcncy,
heart rate, oxygen saturation, blood pressure and total distance walked recorded. The
distance travelled in six minute walk test was over significant than distance in self
powered treadmill. However had a con"elation between the walked distances in both tests.
The self powered treadmill walk test was feasible. reproducible. safe, inexpensive. simple
and make easy patien monitoring.
Key-words: six minute walk test, self powered treadmill, heart failure
vi
I.lNTRODUc;:AO
o teste de exercicio maximo vern sendo considerado metoda ideal para avaliar
pacientes com cardiopatia e e tecnica objetiva e reprodutivel para estimar a caracidade de
exercicio dos pacientes corn insuficiencia cardiaca Entretanto, se 0 teste de capacidade
maxima do exercicio proporciona infonnac;oes de graduayllo na severidade da
insuficiencia cardiaca e informa 0 progn6stico, 0 teste maximo pode ser desconfortavel e
dificil para pacientes extrernamente Iimitados; muitas vezes preoclipantes para 0 medico e
nae semelhantes fisiologicamente com as atividades de vida diaria 7.'>
o teste de caminhada fai inicialmente empregado para avaliac;ao funcional de
pneul110patas na decada de 70 e atualmente vern sendo utilizado como lima altemativa
para avaliar a capacidade fisica em pacientes com insufici€mcia cardiaca 14 0 teste de
caminhada de seis minutos (TC6M), e uma avaliar,;ao simples da capacidade fisica e
preditor de sobrevida em pacientes com insuficiencia cardiacao Foi sugerido que 0 tipo de
esforr,;o durante 0 teste assemelha-se a atividade diaria, possibilitando ao paciente
detenninar 0 ritrno de caminhada tolerada, 0 que e uma vantagem adicional para aqllele
corn maior lirnitayao fisica e que certamente nao toleraria 0 teste de esforyo maximo 3
Em viltude da dificuldade da realizayao do teste em con-edores, pela falta de
espar.;o fisico, dificlIldade da monitorizayao e da privacidade do paciente examinado, 0
teste de caminhada de seis minutos foi modificado para superar suas desvamagens,
utilizando-se uma esteira rnecanica
o objetivo do presente estudo foi cornparar 0 teste de caminhada de 6 minutos
convencional (TC6M) corn 0 teste realizado ern esteira mecanica (TCEM), em individuos
portadores de varios graus de i.nsuficiencia cardiaca, corn 0 objetivo especifico de
verificar se hit conoelar.;ao entre os parametres do teste convencional (TC6M) e os obtidos
em esteira mecanica (TCEM)
2. FUNDAMENTA<;:AOTEORICA
Pode-se conceituar a insuficiencia cardiaca como urn estado fisiopatol6gico em
que 0 corac;ao e incapaz de manter suficiente perfusao periferica para supfir as
necessidades metab6licas lissulares 7 A insuficiencia cardiaca tem como urn de sells
principais sinais, a reduy80 cia capacidade fisica lS
Na ultima d6cacla, a illsuficiencia cardiaca vern sendo abordada como uma doeny3
cronica progress iva, cornpreendendo nao apenas 0 acometimento cardiaco. mas Lamborn
uma desordern cia circul3yao. Segundo Packer, a insuficiencia cardiaca representa uma
sindrome clinica complcxa, caractcrizada por anom13lidades na func;ao cardiaca e na
rcgulayao neuro-honnonal, acompanhada por intolerrlncia aos esfon;:os, reteny:lo hidrica e
diminuiyao da expectativa de vida7
A insuficiencia cardiaca, nao e uma doenya especifica, apresenta manifestayoes
cJinicas diversas, decorrentes do fator etiol6gico primario, da idade do paciente, do grau e
do tipo de disfunyao ventricular, do tempo de evolu~ao e da ativayao de mecanismos
hemodimimicos e neuro-humorais. A insuficiencia cardiaca pode ser vista como
conseqOencia final de varias doenyas que comprometam 0 dcsempenho cardiaco. A
hipertensao arterial sistemica foi durante 3nos a principal causa, porem a doenya cardiaca
isquemica e atualmente a causa mais freqocnte7
A classificay:lo funcionai desenvolvida peJa New York Heart Association (NYHA)
divide os pacientes portadores de insuriciencia cardiaca em quatro grupos, de acordo com
o grau de atividade fisica necessaria para 0 aparecimento dos sintomas
Classc I: pncicnlcs com dOCll!;aenrdiaea. porcm sem limila!;OCSdns ntividades. A atividndefisiea di,iria nilo pro\'oca dispncia, fadiga aecntuada, palpita!;ocs. nClllnllgina do peito:Classc II: paeiclltcs com docn!;:1eardiaca. quc siio assintom<iticos quando em rcpouso, mns asalividadcs fisicas comuns aprcscntam dispncia. fadign. palpita!;Ocs ou angina do pcilo:Classc III: pacicnlcs com dOCll!;acardiaca. que aprcscnlam accntuada lil1lila~ao nas nlividndcslisiens. Eles sc scnlcm bcm em repollso. porcm pequenos csfor!;os provocnm dispncia. rndign
nccntuadn, palpitn~ocs, scm nngina do pcito:Clnssc JV: pncicnles com insulicicncin cardiaca c quc tcm incapacidadc para execular qualqucratividadc tisica. Os sintomas dc dispncia, fadiga accnluada, palpitar,:6cs e angina do peiLoexistem mcsmo cm rcpOllSO,c se aeentuam com qllalqucr atividadc
Esta e wna classifica9ao cHnica, sujeita a sllbjetividade tanto do paciente quanto
do observador, que avalia a tolerancia ao exercicio utilizando criterios nao especificos. E
sabido do valor progn6stico da c1assillcac;ao funcional da NYHA ern insuficiencia
cardiaca, em que pacientes ern classes funcionais IV apresentam pior progn6stico quando
comparados a doentes ern classes funcionais 1, If, e TTl, apesar da subjetividade da mesma.
Assim, para pacientes corn insuficiencia cardiaca procUI"OlI-sedesenvolvermetodos
de avaliaC;aoda capacidade funcional por meio de testes de es[or90, uma vez que lima das
principais caracterlsticas dos pottadores de falencia cardiaca c a diminuic;ao da tolenincia
aos exercicios7
Os procedimentos diagn6sticos nao invasivos revolucionaram 0 estudo dos
pacientes com doen9as cardiovasculares ao fomecer dcscri90cs quantitativas e
qualitativas da anatomia e fisiologia. 0 ecocardiob'Tama e uma tecnica de irnagem que
envolve a transmissao de freqUencia ultra elevada para 0 carpo a fim de detectar e Connar
imagem de estruturas tanto estacionarias quant.o em movimento. Rajadas curtas de ultra-
som sao emitidas de um transdutor mantido na superficie corporal e dirigida ern diferentes
direc;oes e pianos tomognlficos_ A profllndidade e a posiC;8.odos ecos refletidos que
retornam das est:ruturas dentro do corpo sao detectadas pelo transdutar e eletronicamente
amplificadas para produzir os registros rnapeados em fita de tempo; movimento (modo
M) ou duas imagens dimensionais em [onnato de video. Nos ultimos anos tecnicas
computadorizadas foram desenvolvidas para processar essas imagens bidimensionais a
fim de fomecer uma analise quantitativa do tamanho da camara, da fllnC;30ventricular, do
movimento da parede e das areas valvulares.
A tecnica de imagem de ecocardiograma Doppler tornou·se recentemente uma
adi~ao importante ao ultra·som diagn6stico devido a sua capacidade de quantificar a
velocidade do nuxo sanguineo no cora~ao e vasos sanguineos. 0 principio Doppler
baseia·se na observayao de que quando urn feixe sonora vai de cncontro a lim objcto em
movimento, as ondas retletidas tern uma frequencia diferente das ondas incidentes, sendo
a diferen~a proporcionai a velocidade do objeto em movimento. 21
Os dois 1ipos de tecnicas Doppler qlle estao atualmente sondo emprcgadas sao:
ultra-som Doppler pulsatil e ecocardiograma Doppler de onda continua. A tecnica de
Doppler pulsatil pennite focalizar 0 feixe ultra·sanico em pontos selecionados no corayao
a fim de deteclar a velocidade do fluxo sanguineo e sua turbulencia nas varias camaras
cardiacas e grandes vasos. A lecnica Doppler de onda continua requer um transdutor que
emite eontinuamente e reeebe ondas ultra-sanicas. Essa e uma tccnica Lltilpara rnedir 0
debito eardiaco e avaliar a funyao ventricular esquerda. 21
o teste de caminhada foi inicialmente ernpregado para avalia~ao funeional de
pneumopatas na deeada de 70 e atualmente vern sendo utilizado como uma altemativa
para ava1iar: a capacidade funcional, resposta terapeutica e preditor de morbi-mortalidade
em pacientes com insuficieneia cardiaca5 E urn teste baralo, reprodutivel e filCil de
realizar ern varias circunstancias, como em pacienles idosos, frageis e corn patologias
severas 6.16
o teste pode ser realizado ern corredores cobertos com assoalho plano, Oll se 0
clima estiver confortavel 0 (esle pode ser realizado em local abertol4 0 corredor deve ser
mareado a cada 3 metros e os pontos de retorno marcados corn conesl4.Foi sugcrido, que
o tipo de esforyo durante a teste, asscmelha-se a atividade diaria, possibilitando ao
pacieille detenninar 0 ritrno de caminhada tolerada, 0 que e lima vantagem adicional para
aquele corn maior limitayao flsica e que ceriarnentc nao toleraria 0 teste de esfor~o
maximo3.13 0 teste e iniciado posicionando-se 0 paciente em urn corredor com dist.iincia
minima de 30 metros, este e orientado a caminhar a maior distancia toleravel, com
velocidadc dctenninada por cle, durante 0 tempo Iimitado de seis minutos. Desde que e 0
paciente que escolhe a velocidade da caminhada, 0 teste esta mais proximo das atividades
de vida diaria do que no teste de exercicio maximo.6
o paciente esta 3ulorizado a caminhar mais devagar e ate parar para descansar,
tendo seu tempo de descanso total registrado. 1-1 0 cron6metro ficara ativo
inintelTuptamente ate que 0 paciente rctOll1e ao teste ou resolva finaliza-Io. 14 Se 0
paciente fizer uso de oxigenio suplernentar ou oneses, devera utiliza-Ios durante 0 teste 1-1
Preconiza-se a realizayao do exame com a motivayao do paciente utilizando
frases de estimulo a cada trinta segundos com frases do tipo "voce esta indo bern" ou
"continue com seu bom lr3balho", as quais parecem aumentar 0 desempenho dos
pacientes durante 0 esfory04 Alguns proiissionais recomendam a realizac;ao de dois testes
previamente 30 efetivarnente considerado na avaliaC;ao, isto atenua as conseqiiencias do
efeito de treinamento, tendo a literatura T11ostradoWl18 maior dist:incia percon'ida a pm1ir
do terceiro exame1
Segundo osgllidelines para 0 teste de caminhada de 6 minutos, urn pre-teste nao enecessario, mas se for realizado deve-se esperar no minimo luna hora para a realizac;ao de
um novo teste I·l Stevens e cols em sell estudo recomendam um descanso de trima
minutos entre cada teste de caminhadal5
Con forme a Amef'icoll Thoracic Society (ATS), pacientes com fi:eqt1enciacardiaca
de repOLlSOacima de 120 batimentos par minuto, pressao arterial sist61ic3 maiar que 180
mmHg e pres sao arterial diastolica maior que 100 mmHg , necessitam de avaliar;ao e/oll
sllpervisao medica. Os pacientes que apresentaram angina instavel ou inrano do
miocardia no mes antecedente a avaliar;ao nao deverao realizar 0 teste. Todos pacientes
devem ter rcalizado eletrocardiograma de repouso pelo menos seis meses antes da
realizar;ao do testel4 Pacienles ponadores de angina estavel devem administrar
ierapeuticas anti-anginosa previamcnte ao teste c carregar consigo sua medicayao
vasodilatadora coronariana de a9ao rapida 14
Como medida de seguranc;a, a A'l:~inelU!as seguintes medidas para interruP9ao
do teste: dar no peito, dispneia intoleravel, caimbras nas pemas, estado confusional.
diaforese. palidez ou cianose. Entre outras medidas de seguranc;a os testes devem ser
rea1izados em locais com rapido atendimento it emergencia, provido de oxigenio, nitrato
sublingual, acido acetilsalici1ico e broncedilatador inalat6rio e recomenda-se que 0
fisioterapeuta seja qualificado com 0 H(l!}ic I.tfe 5iupp0rl (BL)) pela Americall Hearl
Associafion.
Os pacientes deverao ser monitorados quanta a frequencia cardiaca e saturayao
periferica de oxigenio, no pre e p6s-teste e a cada dois minutos durante 0 esforc;o e a
prcssao arterial no inicio e tim do teste12• 1·1 Ao final dos 6 minul'OSdo teste, a distancia
total percorrida, 0 nillnero de paradas e alguns sintomas referidos pelo paciente sao
documentadosl2. 14 No esnldo SOT. V/) (Sllfdy ofLe.ft Vel1lriclI/ar Disflll1clioJ/), a distancia
percorrida no teste de caminhada de scis minutos foi identificada como varia vel
indcpendente e forte preditor de mortalidade e intemayao dos pacientes com disfunyao
ventricular. Neste mesmo estudo demonstrou-se que a mortalidade diminuia na medida
que a distancia percorrida aumentava. A distancia caminhada foi dividida em niveis: nivel
I distancia menor que 300 metros; nivcl Il distancia entre 300 e 375 metros; nivel III
distancia entre 375 e 400 metros e nivellV distancia maior que 400 metros 12
Outre panimetre de avaliayao e a escala de Borg, a qual e Limrnarcador descritivo
de esfor~o fisico subjetivo a cada numero impar, categorizado em 15 hl"fallsvarian do de 6
a 20 2. As quantifica~oes do esfor~o percebido e da frequencia cardiaca estao lineannente
relacionadas a intensidade da atividade fisica, al6m de ser indicador valido e confiavel da
intensidade de exercicio, a escala de Borg 6 reprodutivel e pode scr utilizada nos testes
repetidoslO Sendo lim dos objetivos do teste de caminhada de seis minutes refletir a
,')c, ..,'J'<~~atividade de vida diaria dos pacientes com insuficiencia cardiaca, 0 usa da escala de Borg
entre relativamente faei! e ligeiramente c31lsativQ (I J e 13), durante 0 teste de caminhada
parece ser mais adequado para tal finalidade3,
Enright c Sherri! descreveram equayoes baseadas no scxo, altura, idade e peso,
para avaliar a distancia prevista percorrida em individuQs sadios no teste de caminhada de
seis minutos (TabeJa I).
TABELA 1 • EQUACOES DE REFERENClA PARA DlSTANCIA PERCORRIDA NO TESTE DECAMINHADA DE SElS MINUTOS EM ADULTOS SAUDAvEIS
Limite minima do nonna!. subtrnir 139 metros.
HOlllcns:DP6M = (7,57 x Altura em) - (5Jl2 x idadc) - (1.76 x peso Kg) - 309 metrosLimite minima do nonna!. subtrair 153 metros.Mulhcrcs:
DP6M = (2.1 t x Allum em) - (5.78 x idade) - (2,29 x peso Kg) + 667 metros
DP6M: dlstancHl prc\,lS\n n percorrer no teste de cn1l11l1hnda de SCLS1ll1l1utos.
Devido a dificuldade da realizac;:aodo teste em corredores, pela falta de espac;:o
flsico e da privacidade do paciente examinado, 0 teste de caminhada de seis minutos foi
modifieado para superar suas dcsvantagcns, utilizando-sc wna esteira mecanica. A esteira
e eomposta de uma einta de lana, que desliza sobre a base da esteira, a partir de uma forc;:a
imposta per quem esta sobre cia; esta e mais acessivel ao uso, pennite melhor supervisao
dos pacientes, 6 segura e de baixo custoS
A compara98o entre os prolocolos eonveneionais e de esteira, roram
primeiramente reportados em 1985. Guz e cols realizaram 0 testc de carnillhada de doze
minutos em esteira e compararam os resultados com 0 teste de carninhada de doze
minutos eonvencional executados no mesmo dia. A media de distancia percorrida na
eSleira foi de 742 metros. entretanlo a media de diswncia pereoo-ida no eon·edor foi de
791 metros. Portanto Guz e eols eoncll1iram que 0 teste de eaminhada em esteira ereprodutivel e com vantagens sobre a teste de e3minhada conveneianal, entretanto,
somente dez pacientes foram incluidos neste esnldo. talvez houvesse maior significancia
se fossem incluidos no estudo maior ntlmera de paciemes.
Swerts e eols compararam as distancias percorridas no teste de caminhada de 12
minutos no corredor e na esteira em onze pacientes com DJ>OCsevera. Os resultados
mostraram significante aumento da distancia percorrida no corredor em rela~ao ao teste
na esteira.
Parameshwar e cols rea1izaram 0 teste de caminhada em esteira mecanica em tres
velocidades e duas inclinac;:oescomparando corn a esteira eletrica, nas mesmas condic;:6es,
o consumo de oxigenio. Foram estudados 10 pacientes scm evidencias de cardiopatia
(grupo contrale) e 8 pacientes com leve ou moderada insuficiencia cardiaca. Ambos os
grupos, praticaram no minimo cinco vezes 0 teste na esteira mecallica antes do estudo. Foi
demonstrado que 0 con sumo de oxigenio no teste em esteira mcd.nica em uma
detemlinada velocidade e equivalente inclinac;:ao foi significativamente alto, devido ao
esfor90 necessario para conseguir fTiccionar a cima da esteira. Ao contra rio das esteiras
eletricas, aumentando-sc a inclinayao da esteira mccanica, nao hil aumento no consumo de
oxigcnio, a razao para esla observaQ30 e que para ralar a cinta, htl a necessidade de menos
esforyo quando a esteira esta inclinada, pois 0 peso corporal e l11aisefetivo. A media de
distancia percorrida foi de 1052m para os pacientes do grupo contTole e 550m para os
paciemes com leve ou moderada insuficiencia cardiaca, iSIOevidencia as diferenc;:as
pcssoais quanta a massa muscular, efeitos de treinamcnto e metodos de eaminhada.
Sparrow e cols, ern seu estudo, concluirarn que a distaneia percorrida em 12
minutos ern esteira mecanica mostrou correlac;:aocom 0 consumo maximo de oxigenio em
1II11pequeno grupo de pacientes com leve insuficiencia cardiaca e no grupo controle,
concluindo neste estudo que 0 teste de caminhada de 12 minutos pode ser rcalizado com
tempo inferior, iSLOe, de 9 minutos. 0 teste de caminhada de 9 minutos em esteira
mecanica e sensivel, rcprodutivel, segura e um metodo barato de aces so a capacidade
funcional em pacientes com todos os graus de insuficiencia cardia ca.
Stevens e cols em sua pesquisa compararam a distancia percorrida de 21
pacientes com doenc;a pulmonar obstrutiva cronica (DPOC) em programa de reabilitac;ao
pulmonar. Cada paciente realizava tTesvezes 0 teste cOl1vencional e tres vezes a teste em
esteira, com intervalo de 30 minutos entre cada teste e com no minima 48 horas de
descanso entre cada dia de teste. Todos as pacientes completaram ambos as testes em sete
dias. Os resultados mostraram que a distancia percorrida no con·edor foi
significativamente maior do que a distancia percorrida na esteira (p< 0,05). Para ambos as
protocolos, houve aumento significativo na distancia comparando-se 0 primeiro e
segundo teste, entretanto nao houve diferenC;8significativa da distancia entre 0 segundo e
terceiro teste.
\
10
3. MATERIAL E METODO
Foram inC\uidos no estudo, pacientes encaminhados por LIm serviyo de
cardiologia espccializado, portadores de insuficiencia cardiaca diast61ica, insuficiencia
cardiaca sist6lica e insuficiencia coronariana estavel com qucixa de dispneia a medias
esfofyoS, com multiplas patologias, com analise da fra<;:ao de eje.;ao pelo Ecocardiograrna
Doppler, que conseguiam deambular. Todos os pacientes aceitaram realizar os testes
voluntariamente e realizaram as avalia<;:oessob usa de medicayao.
Foram excluidos do estudo pacientes com inabi1idade para pratica do teste
devido a OlltroS fatores excluindo-se fadiga au dispneia a esfon;os, como: artrite,
problemas vasculares impedindo a mob iiidade, admissao hospitalar dais meses antes do
estudo, insuficiencia cardiaca descompensada, insuficiencia respirat6ria descompensada.
insuficiencia coronariana dcscompensada (angina instavel e infarto agudo do miodrrdio),
descompens8<;oes metab6licas, processo demencial, nao compreensao do teste;
experiencia previa em testes de caminhada.
Inicialmente os individuos tiveram sell peso, estatllra e circunfercncia abdominal
verificadas e ap6s responderam a lim questionario composto de: dados pessoais,
antecedentes cardiacos, fatores de risco pessoais, medica<;80 em uso e hist6ria familiar de
cardiopatia. Apos 5 minutos de repouso em posiy3o sentada 0 paciente teve a fTeqlh~ncia
respirat6ria verificada, a prcssao arterial arcrida, atraves de urn esfigmomanometro
mecanico aner6ide, lice/Oil Dickinson, com escala de zero a 300mmHg e com menor
divisao 2mmHg e estetosc6pio U,Imalln TMClass;c II S.E., fi-eqi.ienciacardiaca e satura<;3o
de oxigenio verificada na falange distal do lerceiro dedo, atraves de um Oximetro de
pulso modelo 9500 Onyx@.!inger NONIN (Anexo - Figura I), COlllpostO de tll11display de
cristalliquido que demonstra a Sahrr3y30 periferic3 de oxigenio~ os batimenlOs pOl'minuto
II
cum HIed"que indica a quaJidade de captacao do pulso e posteriom1cnte a verificaC<loem
posi9aO ortostatica
Os testes TC6M e TeEM fcram aplicados em todos pacientes. Os individuos
roraln randomizados por 50l1eio simples para realizar primeiro 0 TC6M au TeEM. Dos
14 pacientes que realizaram ambos as testes, oito paciemes rcalizararn inicialmente 0
TC6M e 6 pacientes realizaram primeiro a TeEM. 0 TC6M e 0 TeEM fcram realizados
em lodos as individuos por um (mica examinador, apcs urn intervalo de dcz minutos entre
as testes, no mesilla dia e com vestwirio adequado. Para 0 TeEM, foi utilizada esteira
rnecimica modele Alhler;c@ Walker - Athietic@Way(Anexo- Figura 2). Com dimensao
de 1,22m de comprimento, 1,22m de altura, O,62m de largura e com duas regulagens de
inc1inayao. Esla esteira e composta de uma cinla de lana, que des1iza sabre a base da
esteira, a partir de uma fon;a imposta par quem estft sabre ela. Fixada na varanda da
esteira, hil urn monitor de rnultifunyao que mostra a velocidade. 0 tempo de atividade e a
distancia percorrida
Cada paciente andou por urn tempo cwto de 2 minutos para adaptayao a esteira
rnedinica e apcs a adaptayao, 0 individuo foi submetido aa teste.
o TeEM fai iniciado com 0 paciente sendo orientado a caminhar na esteira,
estando esta com il1clina~aa de zero grau, com velocidade detemlinada por ele e com 0
objetivo de percorrer a maior distancia toleravel, durante 0 tempo limitado de seis
minutos. Durante a teste 0 paciente foi encorajado com frases do tipo "- a sel1lior (a) eSla
indo 11111il0belli: sefol' possil'el alll1lellie a velocidcu.le da caJllinlwda ,. no terceiro minuto
e "- sell (slla) l'illllO esfa 61ifl1o (a) e sofalta 11111mi11lif{) para a/ioa!; vamos Glfmel11ar ()
r;lIno, sefol' passive/" no quinto minuto de caminhada. Durante 0 teste 0 paciente teve a
freqo.cncia cardiaca e satura~ao de oxigenio veriricadas no 2°, 4° e 6° minuto e classificou
o esfon;o percebido atraves da escala de HaJ'g.5 Apcs os 6 minutos 0 paciente foi
orientado a parar de caminhar e apcs 5 minutos do tennino do teste, rase de reCliperayao.
12
o paciente teve novamentc a freqUencia respirat6ria, pressao arterial, frcqOencia cardiaca
e satura<;:ao de oxigenio verificadas em posi<;:ao Oliostinica.
o Te6l'v! foi realizado em corredor plano previamcntc demarcado a cada metro
(Anexa· figura 3 e 4). 0 pacientc foi acompanhado pelo examinador que utilizoll durante
o teste duasfTases de incentivo: ". u senilol' (a) eSlc; indo III11il0 bem: se for passivel
(II/mente a velocidade da call1inhada'' no lerceiro minuto e·'· self (wa) ril1l10 eSICi
ofimo(a) e s6 falta ifill lIIinlf/O para 0 fil1a/; vamos al/menfal' 0 filmo, se for passive! "no
quinto minuto de caminhada. Da me sma fomla do TeEM 0 paciente leve a frcqOencia
cardiaca e satura<;:ao de oxigenio verificadas no 2°, 4° e 6° minuto e classificou 0 esfof90
percebido atraves da escala de Borg. Ap6s os 6 minutos 0 paciente foi orientado a parar
de caminhar e ap6s 5 minutos do telTIlino do teste, fase de recuperayao, 0 paciente teve
novamente a freqiiencia respirat6ria, a pressao arterial, frcqllencia cardiaca e saturayao de
oxigenio verificadas em posiy3o 0l1ost3tica
o paciente teve total liberdade de parar de caminhar, no momento em que Ihe foi
conveniente. no entanto, 0 cronometro continuol! acionado. 0 J1llmerO de paradas e 0
aparecimento de sintomas foram registrados.
4. ANALISE DOS RESULTADOS
Foram estudados 18 pacientes, desles, doze do seXQ feminino e seis do sexo
masculino, com media de idade de 61,93 ± 4,09 allOS (22 a 81 anos). Tabela 2. A media
da frayao de cjcyao foi de 45,06% ± 3,69 (18 a 67%). 55,60% dos pacientes cram
assintomaticos c 44,40% hipcI1ensos (HAS). Dos 18 pacientes, tres pacientes tinham
queixa de precordialgia, OlilTOS trcs ja hayiam infmtado (lAM) e possuiam hist6ria
familiar de dOCIlC;:3 arterial coronariana (DAC). Dois pacientes possuiam valvopatia e
outros do is pacientes tinham realizado revascularizac;:ao do miocardia (RM). Nenhum
pacienle era portador de marcapasso.
Quanta aos fatores de risco pessoais, do is pacientes cram dislipidemicos e apenas
lim paciente era portador de diabetes. Nenhum paciente incluido no eSludo era tabagisla.
Dos pacienles avaliados 38,90% eram obcsos e 61, I0% cram sedentarios. Quanto ao
estresse 94,40% nao consideravam-se estressados Das doze pacientes do sexo feminino,
nove ja se encontravam na menopallsa.
TABELA 2 - CARACTERisTICAS DOS IS I'ACIENTES INCLUiDOS NO ESTUDOIdadc Media G1,39 ± 4,09 (22 a 81 anosScxo 12F 16MFE% Media 45.06 ± 369 (18 a 67%)AssintOimiticos 55.60%HAS 44.40%lAM 16,70%RM 1110%Valvopnlia 11.\O'YoObcsidnde 38,90%Dish idemia 11.10%Diabetcs 5,60%Estrcssc 5.60%
~61.10%
Hx Familiar de DAC 16.70%
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A media da distiincia prevista para 0 TC6M, calculada de acordo com a idade,
altura e peso dos participantes foi de 517,65 ± 24,80m (378,65 a 762,94). A media do
limite inferiorda normalidade fo; de 374,04 ± 24,73 m (239,85 a 623,94).
A media da distancia percorrida no TC6M, 339,33 ± 21,88 metros, fo;
significamente maior do que a media percorrida no TeEM, 215,00 ± 23,43 metros. (p =
0,001). A correial;ao entre a distancia percolTida no TC6M (corredor) e no TeEM
(esteira) estao ilustrados no Grafico I. A Tabela 3 dernonstm a formula para calcular a
disUlncia percorrida no TC6M a partir da distancia percorrida no TeEM.
GRAFlCO 1 - CORRELACAO ENTRE A DlSTANCIA PERCORRJDA NO TC6M(CORREDOR) E NO TCEM (ESTEIRA)
Correlac;ilo entre Distiincia Percorrida no Corredor e na Esteira
o
Regf8sslolinear·p<O.OOlOislancia no Corredor ••203,39 .•.(0,755 x D!Sllincla na Esteira)
~ 400.(ij1iiW 300
'"C'"'(3 200C'ro1ii(5 100
o
00000oo
200 250 "ro 350 400 4SO 500 550
Distancia no Corrector
TABELA 3 - EQUACAO PARA CALCULO DA DISTANCIA PERCORRIDA NOTC6M ATRA YES DA DISTANCIA OBTIDA PELO TCEM
DPTC6M metros = 203,39 + (0,755 x DPTCEM) metros
DI'TC6M - (h~l;incia pcrcorrida no leste de caminlmda U<.:6 minlllOS
DPTCI':M - dist~l\cia pcrr.:orrida no l<.:stcde caminhada cSleira mccilnica
Comparando-se as freqOencias respirat6rias, apos cinco minutos do tennillo dos
dais testes, a media da freqOencia respirat6ria no TC6M roi de 24,50 ± 1,37 irpm
(inclIrs5cs respirat6rias por minuto) e no TeEM foi de 25,85 ± 1,73 irpm (p = 0,041).
As medias das frequencias cardiacas obtidas no 2°, 4°, 6° e apos 5 minutos do
tennino do teste podem scr visualizadas na tabela 4
TABELA 4 - MEDIA DAS FREQUENCIAS CARDiACAS om-IDAS NO TCGM ETCEMTempo do Teste Fe media TC6M Fe media TeEM p
rminU10 9R.22 bpm 111.43 bpm 0_0604" minute 99.78 bpm 112.21 bpm 00286° minuto 103,83 bpm 117,79 bplll 0,005
Rccupcrn~50 8067 bml 88}1 b)m 0001bpm - batnnel1l0s por mInuto.
A maioria dos 14 pacientes que realizaram 0 TeEM relatoll grande dificuldade
para caminhar em esteira mecanica do que caminhar no corredor. Estes dados foram
obtidos atraves da escala subjetiva de esforyo percebido de BORG, no 2°, 4° e 6° minuto
de ambos os testes. Tabela 5
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5. D1SCUSSAO
o protocolo do TeEM fai desenvolvido como uma alternativa para otimizar 0
TC6M. Fei proposto um protocolo em esteira mecanica e os resultados foram comparados
corn 0 TC6M convenciona1.
Dos dezoito pacientes incluidos no estudo todos realizaram 0 TC6M Quatro
pacientes nao conseguiram realizar 0 TeE.M., sondo dois por nao teTem for~a nos
membros inferiores para deslizar a cinta da esteira; urn paciente por insegurany3 em
caminhar em esreira rnecanica e Dutro cleviclo it utiliz3yao de ortese para auxiliar na
dearnbulay3o. No entanto os resultados mostrararn significante difereny3 estatistica entre
os dois testes, com a maiaria dos pacientes caminhando lima distancia maior no TC6M
Ambos os testes sao comparaveis, sendo passivel estabelecer a distancia
percorrida em urn teste convencional atraves da distancia percorrida em esteira mecanica,
atraves da f6nnula proposta (Tabela 3)
Existem varias possibilidades que podcm explicar a diferenya entre os dois testes
Para andar em urn corredor, utiliza-se uma ferramenta que e usada diariamente e e mais
familiar do que andar em uma estetra. Caminhar em urn cOITedorrequer menos esforyo do
que deslizar a cinta de uma esleira mecanica.
Mesmo com cargas de esfon;o diferentes, nao houve signiftcancia estat:istica entre
a rrequencia cardiaca nos dois minutos iniciais de ambos os testes, pois neste periodo 0
sistema cardiovascular ainda nao atingiu 0 steady stalc.
Deduz-se que 0 esforyo na est:eira e maior que no teste do corredor, devido aos
resultados que evidenciam um aumento nas variaveis monitoradas, frequencias
respirat6rias na recuperayao, as freqiiencias cardiacas e do esforyo percebido de BORG. A
saturayao periferica de oxigenio permaneceu equivalente, pois os pacientes eram
predominantemente cardiopatas
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As pressoes arterials sist6lica e diast61ica foram aferidas apcs 5 minutos de
rcpollso em posiCao sentada e em pe e 5 minutos do teIll1ino dos testes. Nao foram
aferidas durante os testes de caminhada, portanto nao ha como comparar as respostas
tensionais durante 0 esforco
Qutros fatores que contribuem para lima melhor au menor perfOTlllanCe no TeEM
inclucm a massa muscular, peso corporal, efeitos de treinamcnto e metoda de caminhada
A motivay30 e outro fator deterrninante, mas e dificil men sura-la, portanto a motivaC30
deve ser similar em ambos as testes
Os dadas obtidos atraves do ecocardiograma Doppler cvidenciam como estao as
condicoes da fllneao e anatornia t11iocardica e as condicoes valvulares e pericardicas
PortanlD, nao existe neste estudo, con'elayao da porcentagem da frayao de eje9ao corn a
capacidade funcional obtida atraves da distancia percorrida nos dois testes. 0
ecocardiograma, nao e a melhor forma de obten9ao de ava1ia9ao da capacidade funcional
ern individuos corn insuficiencia cardiaca. Estes individuos devem ter sua capacidade
funcional avaliada de uma fonna ativa e que exemplifique as atividades de vida diaria.
Como altemativa para centros diagn6sticos com espayo fisico restrito, que visem
uma melhor monitorizavao e privacidade do paciente, 0 TeEM e tecnicamente simples
para se executar e foi bem tolerado pelos pacientes. Contudo deve-se tef a disposi9aO urn
corredor, que possa suprir as necessidades de pacientes incapazes de realizar 0 TCE1Vt
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CONCLUSAO
Este trabalho foi 0 primeiro a descrevcr na literatura revisada, a comparac;ao entre
as variaveis monitoradas e as distancias percorridas entre 0 TC6M e TeEM em pacientes
com insuticiencia cardiaca,
o TeEM e viavel. reprodutivel, barata, segura, simples de realizar, sensivel ao
aces so da capacidade funcional, facilita a monitorizayao dos pacientes e possui lima
relac;ao linear com a distancia percorrida no TC6M. E uma altemativa de avaliac;ao
fUl1cional aos centros diagn6sticos limitados lisicarnente
Porem ha necessidade de maior Illllnero de pesquisas neste segmento, visando 0
usa de esteiras mais leves que diminuam 0 esfon;:o e contribuiram para que maior numero
de pacientes possam realiza-Jo.
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ANEXO - FOTOGRAFJAS
Figura 3 - Teste caminhada convencional
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