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Violência: complexidade e subjetividade Denise Kopp Zugman

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Page 1: Violência: complexidade e subjetividade Denise Kopp Zugman

Violência: complexidade e subjetividade

Violência: complexidade e subjetividade

Denise Kopp ZugmanDenise Kopp Zugman

Page 2: Violência: complexidade e subjetividade Denise Kopp Zugman

Alguns aspectos da matriz cultural da pós - modernidade

Alguns aspectos da matriz cultural da pós - modernidade

A cultura:

do prazer do consumo do abuso da padronização do narcisismo – narsos - narcótico

A cultura:

do prazer do consumo do abuso da padronização do narcisismo – narsos - narcótico

Page 3: Violência: complexidade e subjetividade Denise Kopp Zugman

Ser – ter – parecer ter

A falsificação do eu

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Desigualdades Sociais.

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Crise no exercício da autoridade.

Page 8: Violência: complexidade e subjetividade Denise Kopp Zugman

A violência como expressão do

individualismo.

A violência como expressão do

individualismo.

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A banalização da Violência.A banalização da Violência.

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Novas configurações familiares.

Enfraquecimento da família como rede de proteção.

Aumento das famílias mono parentais.

Mudanças na Família

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A super-representação das mulheres chefes de famílias A super-representação das mulheres chefes de famílias dos lares pobres resultou na “feminização da pobreza”.dos lares pobres resultou na “feminização da pobreza”.

Quando o pai se afasta, os filhos podem vir a enxergar o Quando o pai se afasta, os filhos podem vir a enxergar o pai como um membro inútil na família. Os filhos do sexo pai como um membro inútil na família. Os filhos do sexo masculino, em particular, são prejudicados por este masculino, em particular, são prejudicados por este conceito depreciativo da condição do homem. Correndo o conceito depreciativo da condição do homem. Correndo o risco de buscar identificação masculina fora de casa, risco de buscar identificação masculina fora de casa, confundindo irresponsabilidade e violência com confundindo irresponsabilidade e violência com masculinidade.masculinidade.

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A subjetividade da violência.

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A subjetividade está no contexto:

• Exótico e familiar.

• Compreendendo contextos.

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Quem analisa julga, quem compreende solidariza.

Quem analisa julga, quem compreende solidariza.

Edgar Moran

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Por exemplo:

• Violência como forma de disciplina.

• Mulheres que sofrem agressão e não se separam.

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crescimento da tensãocrescimento da tensão

o episódio da agressãoo episódio da agressão

recomeço das promessasrecomeço das promessas

lua de mellua de mel

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Matriz Biológica Humberto Maturana

• Família ancestral. • Todas as ações animais surgem e são Todas as ações animais surgem e são

realizadas em algum domínio emocional, realizadas em algum domínio emocional, e é a emoção que define o domínio da e é a emoção que define o domínio da ação.ação.

• As emoções são todo o fundamento do As emoções são todo o fundamento do fazer.fazer.

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• A matriz biológica e a matriz culturalA matriz biológica e a matriz cultural.

• Todo nosso fazer humano se realiza em Todo nosso fazer humano se realiza em uma matriz relacional.uma matriz relacional.

• Ética é reconhecer o outro como um Ética é reconhecer o outro como um legitimo outro.legitimo outro.

• A matriz biológica e a matriz culturalA matriz biológica e a matriz cultural.

• Todo nosso fazer humano se realiza em Todo nosso fazer humano se realiza em uma matriz relacional.uma matriz relacional.

• Ética é reconhecer o outro como um Ética é reconhecer o outro como um legitimo outro.legitimo outro.

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Matriz Cultural X Matriz Biológica

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Dificuldades na abordagem da violência:

• Não tornar-se violento diante da violência.

• Fazer empatia com quem pratica a violência.

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Novos modelos de abordagem

Novos modelos de abordagem

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V S

Modelo de vulnerabilidade e sobrevivência:

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Modelo de Resiliência

• É definida como a força que o sistema tem no meio da crise, é a força de recuperação demonstrada pelos indivíduos após situações traumáticas.

• Representa a habilidade de superar os desafios da vida.• Implica em mais do que meramente sobrevivência.

Sobreviventes não são necessariamente resilientes, alguns ficam presos numa posição de vítimas, nutrindo suas feridas e impedidos de crescimento pela raiva e culpa.

• Resiliência é a capacidade de ressurgir da adversidade mais fortalecido e com mais habilidades.

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Famílias que passaram por abuso ou violência em geral não reconhecem em si nenhum poder, por isto é importante explicar a elas o que é resiliência.

Algumas abordagens sobre resiliência:

• O que te ajuda a sair de uma situação ruim ou difícil? ( humor, criatividade, moralidade, religião, relacionamento, etc.)

• Ajudar a pensar sobre alguns fatores de resiliência que influenciaram a percepção ou decisão sobre fatos da sua vida.

• Ajudar a pensar que a família não tem responsabilidade no desenvolvimento do problema, mas sim comprometimento para a solução.

• Normatizar e contextualizar o stress. Isto não significa minimizar o problema, mas sim validar o que eles estão sentindo.

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Práticas Narrativas – Michael WhitePráticas Narrativas – Michael White

• Foco nas narrativas.

• Cuidado para não re-traumatizar.

• Investiga a paisagem de identidade e ação.

• Busca das histórias subordinadas.

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Postura do profissional

Mantenha uma atitude de “Antropólogo” visitando uma cultura alheia. Entenda o outro nos seus próprios termos.

• Está família tem um sentido de direcionamento em sua vida?

• Eles se vêem controlando certos aspectos da sua vida?

• Ou se vêem a deriva em um mundo sem futuro?

Você está seguro de que eles vêem o fato de ir para a cadeia como uma ameaça?

A crença que o profissional traz para a família é mais importante do que a prática.

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Cuidados na abordagemCuidados na abordagem

• Não julgar.Não julgar.• Manter uma postura empática e acolhedora.Manter uma postura empática e acolhedora.• Manter uma postura respeitosa.Manter uma postura respeitosa.• Reconhecer que os indivíduos e as famílias Reconhecer que os indivíduos e as famílias

estão profundamente interconectados. Sem estão profundamente interconectados. Sem isto corre-se o risco de prejudicar os vínculos isto corre-se o risco de prejudicar os vínculos e fragmentar as estruturas já estabelecidas.e fragmentar as estruturas já estabelecidas.

• Não negligenciar o vínculo e a afeição Não negligenciar o vínculo e a afeição existentes na família.existentes na família.

Page 32: Violência: complexidade e subjetividade Denise Kopp Zugman

Fenômenos complexos:Fenômenos complexos:trabalho de redetrabalho de rede