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VIROLOGIA
ManualdeapoioàsSessõesLaboratoriais
Fevereiro,2018
CarlosSinogas
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ÍNDICEPROCEDIMENTOSDESEGURANÇA...........................................................................................................................................................3 Riscoquímico................................................................................................................................................................................................3 Riscoradiológico..........................................................................................................................................................................................3 Riscobiológico..............................................................................................................................................................................................3 Regras..............................................................................................................................................................................................................3 Planeamento..................................................................................................................................................................................................4 Procedimentosgerais.................................................................................................................................................................................4
REGISTOSERELATÓRIOS.............................................................................................................................................................................5 TécnicaslaboratoriaisbásicasemMicrobiologia/Virologia.............................................................................................................6 Meiosdecultura...........................................................................................................................................................................................6 Esterilização..................................................................................................................................................................................................7 TubosdeculturaePlacasdePetri.........................................................................................................................................................7 Instrumentosparatransferênciadeculturas....................................................................................................................................7 Câmarasdecultura.....................................................................................................................................................................................8 Frigorífico.......................................................................................................................................................................................................8
Métodosdeesterilização................................................................................................................................................................................9 Esterilizaçãopelocalor..............................................................................................................................................................................9 Esterilizaçãoporgases...........................................................................................................................................................................10 Radiações.....................................................................................................................................................................................................10 Filtraçãoestéril..........................................................................................................................................................................................10 Desinfetanteseantissépticos...............................................................................................................................................................11
BACTERIÓFAGOS...........................................................................................................................................................................................12 PROTOCOLOSEXPERIMENTAIS...............................................................................................................................................................13 PIPETAGENS,SOLUÇÕESEDILUIÇÕES............................................................................................................................................13 CALIBRAÇÃODEPIPETAS.....................................................................................................................................................................18 CURVADECRESCIMENTOBACTERIANO........................................................................................................................................21 CURVADECRESCIMENTOBACTERIANO-2..................................................................................................................................23 PREPARAÇÃODESUSPENSÃOVIRALDEALTOTÍTULO...........................................................................................................26 ISOLAMENTODEPLACAVIRAL..........................................................................................................................................................29 TITULAÇÃODESUSPENSÃODEBACTERIÓFAGOS–FORMAÇÃODEPLACAS................................................................31 TITULAÇÃODESUSPENSÃODEBACTERIÓFAGOS–DILUIÇÃOLIMITE............................................................................34 CURVADECRESCIMENTODEUMBACTERIÓFAGOLÍTICO.....................................................................................................36 CURVADECRESCIMENTODEUMBACTERIÓFAGOLÍTICO-PROCESSOSIMPLIFICADO.............................................39 REVELAÇÃODEVÍRUSVEGETAL(TMV).........................................................................................................................................42 ISOLAMENTODEBACTERIÓFAGOSELVAGEM(trabalhofinalautónomo)........................................................................44
APÊNDICE–Meiosdecultura(fórmulas).............................................................................................................................................47
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PROCEDIMENTOSDESEGURANÇAOtrabalholaboratorialemVirologiaenvolvetrêstiposprincipaisderiscoqueimportaconsiderar.Oriscoquímico,oriscobiológicoeoriscoradiológico.Quasetodosospaísestêmregrasprópriasparaabordarestetipodequestõesquesecolocamàexperimentaçãolaboratorial.Tambémoslaboratóriosondeotrabalhosedesenvolveadotampráticasapropriadasaotipodetrabalhoqueaísedesenvolve.
Nãosepretendendodiscutiremdetalheosprocedimentosdesegurançalegalmenteexigíveis,apontam-seapenasalgumasregrasgeraisepráticaslaboratoriaisaseradotadas.
Apesardequalquerdostrêsriscosindicadoscolocaremproblemasespeciais,querequeremprecauçõesdetipodiferente,existeumconjuntodeprecauçõeseprocedimentosdesegurançaaplicáveisatodosequedeverãoserobservadosnotrabalholaboratorialdoâmbitodaimunologia.
Asregrasqueadianteselistamconstituemumquadrogeralnoqualosprocedimentosespecializados,decorrentesdassituaçõesparticularesqueseindicam,deverãoserenquadrados.
RISCOQUÍMICOOsprodutosquímicosempreguesnosensaiosbiológicosdistribuem-sepordiversostiposassociadosadiferentesriscosparaooperador.Quandoapropriado,osriscosconhecidosdosreagentesaempregarserãoindicados,devendoentãoseradotadasasregrasespecíficasmaisaconselhadas,comosejaousodeluvasouóculos,trabalhoemhotte,etc.
AspráticasprevistasnoâmbitodestadisciplinanãofarãousogeneralizadodereagentesperigososoudegranderiscoconhecidoparaaSaúdeHumana.
RISCORADIOLÓGICODetodososriscosassociadoscomostrabalhosdevirologia,omaisemotivo,quenãonecessariamenteomaissério,éaradioatividade.Aocontráriodosoutrosreagentesquímicos,oscompostosradioativos,porestefato,nãopodemservistosesãoisentosdecheiro,nãosemanifestandoosseusefeitosnoimediato.Asregrasparaamanipulaçãodeprodutosradioativossãobastantemaisrigorosasetornam-semuitomaisrestritivasaotrabalhoadesenvolver.Àsexigênciasparamanipulaçãodestesprodutosnotrabalho,acrescemprocedimentosparticularesparaaeliminaçãodosresíduosemonitorizaçãodaspessoaseambientesenvolvidos.
Ostrabalhosaexecutarnoâmbitodestadisciplinanãofarãousodereagentesououtroscompostosradioativos.
RISCOBIOLÓGICOTodasasamostrasdeprodutosbiológicosdevemserconsideradaspotencialmenteinfeciosas,emparticularasquesãoprovenientesdoHomem,emqueumaeventualbarreiradeespécienatransmissãodosagentesinfeciososnãoexiste.Asoutrasespéciesdeanimaisnãomamíferos,potencialmenteusadasnostrabalhoslaboratoriais,nãorepresentamqualquerameaçasignificativaparaaspessoasquetrabalhamnoslaboratórios.
Emqualquerdoscasosconvémterpresentequeasprincipaisviasdetransmissãodeinfeçõesocorrememgolpesabertosououtrassoluçõesdecontinuidadenapeledasmãosdooperador,porpicadacomagulhascontaminadasouporinalaçãodeaerossóis.Époristoqueéfortementerecomendadoque,quandosetratedetrabalhodiretocomamostrasbiológicas,nãoexistamgolpesnasmãosdooperadorquenãotenhamsidopreviamenteprotegidoseconvenientementeimpermeabilizados.
Otrabalhoadesenvolvernaspráticasdadisciplinanãofaráusodesorosououtrosmateriaisbiológicosdeorigemhumana,casoemqueprecauçõesespeciaisteriamdesertomadasparaminimizaroriscodeassociadoaosagentesinfeciosostransmissíveispelosanguehumano,comoosagentesdaSIDAoudasHepatites.Emtodoocaso,ésempreaconselhávelconsiderartodososmateriaisbiológicosaempregarcomopotencialmenteinfeciososparaooperadoreadotaraspráticasmaisadequadasaocenáriodo"piorcaso".
AdicionalmenteháqueconsiderarqueotrabalhopráticodecorreránolaboratóriodeMicrobiologia,ondemicrorganismosdediferentestipossãomanipuladosporoutraspessoas.Apossibilidadedecontaminaçãodassuperfícieseoutrosmateriaistambémdeveráserconsiderada.
REGRASParaalémdosriscosparaooperador,queatrássereferem,asexperiênciasqueserealizarãosãocertamentenovidadeparaalgunsdosestudantes,comexperiêncialaboratoriallimitadaerotinasdeboaspráticaslaboratoriaisnãoestabelecidas.Importa,porisso,prevenir.
Éboapráticaobservar,cumprirefazercumprirasregras,procedimentosecomportamentosqueseindicam:
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BataOusodeumabatacomprida,limpaedevidamenteajustadaaocorpoéindispensávelsemprequeseopereemlaboratório.Abataprotegeooperadoreoseuvestuáriodeeventuaisacidentes.Idealmenteabatadeveráserusadaapenasnolaboratório,sendovestidaàentradaedespidaàsaída.Destaforma,alémdeprotegeroexperimentador,abataminimizaotransportedepotenciaisagentesinfeciososparaoexteriordolaboratório.
MãosÀentradaeàsaídadolaboratórioéprecisolavarbemasmãoscomabundanteáguaesabão,tambémparaminimizarpotenciaiscontaminaçõescruzadas.Dependentedotipodeprodutosamanipular,ousodeluvasimpermeáveis,máscarasououtrasproteções,poderáserexigível.Mesmoquandonormalmentenãorecomendado,ousodeluvaspoderásernecessárioemsituaçõesdesoluçãodecontinuidadenapeledasmãosdooperador.
ComerebeberÉexpressamenteproibidocomer,beber,fumar,manipularlentesdecontatoouaplicarcosméticosduranteaexecuçãodeexperiênciaslaboratoriais.Usarsemprepipetasmecânicas,nuncapipetarcomaboca.Éaconselháveladquirirohábitodemanterasmãoslongedaboca.
BancadadetrabalhoOlocaldetrabalhodeveráestarsempredevidamentelimpo,paraoqueseimpõeprocederàlimpezadabancadaantesdeiniciadosostrabalhos,paranãopermitiracontaminaçãodasprópriasexperiênciascommicrorganismosdesessõesanteriores,edepoisdasmanipulaçõesterminadasparaminimizarapotencialpropagaçãodeagentesinfeciososcontaminantesdosmateriaisbiológicoscomqueseoperou.
LivrosecadernosSóépermitidolevarparaabancadaomaterialdeapoioestritamenteindispensávelàexecuçãodotrabalho,comooprotocoloexperimental,umblocodenotasouumcadernoeumlápis.Todososrestantespertencesdooperador,comopastas,casacosousacosdeverãoseracondicionadosemlocalpróprio,antesdeiniciadaaexperimentação.
MateriaisTodooequipamentoematerialdelaboratórioamovível,utilizadoduranteaexperimentação,deveráserrepostonolocalindicadodepoisdeconcluídaasuautilização.Particularmenteosmateriaisquetenhamcontatadocomamostrasdeorigembiológicaouinfeciosadeverãoserrejeitadosemlocalpróprioparadescontaminação.
AcidentesQualqueracidentedeveráserdeimediatoreportadoaoresponsávelpelasessãodetrabalho.Líquidosououtromaterialbiológico,inadvertidamentetransferidosparaforadoscontentoresaquesedestinamdeverãoserdeimediatodesinfetadoscomoapoiodoresponsável.
PLANEAMENTONãoiniciarqualquerexperiênciasemoconvenienteplaneamento.Oconhecimentoecompreensãopréviosdosprocedimentosexperimentais,grelhasadequadaspararegistodosresultadoseaefetivadisponibilidadedetodososrecursosmateriaisnecessáriosconstituemelementosimportantesparaosucessodasexperiências.Otempo"perdido"numplaneamentoinicialélargamentecompensadopeloníveldaaprendizagemconseguidoepelaprevençãodanecessidadederepetiçãodeexperiênciaseventualmentebloqueadas.
PROCEDIMENTOSGERAISTodososprocedimentosdeverãoserefetuadostendoemmenteaminimizaçãodacontaminaçãodomaterialemusoeaformaçãodeaerossóisourespingos,numaperspetivadeproteçãodoprópriooperadoredeterceiros.Maisimportantequeumconjuntoderegrasaobedeceréapresençadebomsensonostrabalhosarealizar.Émuitoimportanteusaracabeçaantesdasmãos.
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REGISTOSERELATÓRIOSÉconvenienteusarumblocooucadernopararegistodetodasasocorrênciasedosresultadosdaexperimentação.Sugere-seousodecadernodelaboratório,depreferênciacomfolhasnãoamovíveis,paraquenãosejameliminadasnotasouregistosconsideradosirrelevantesnaaltura,comosucedecomfrequênciaquandosepassamosapontamentos"alimpo",masdegrandeutilidadeparaconsultafuturanaelaboraçãodorelatóriofinalouparaaeventualrepetiçãodaexperiência.Origorepormenordosregistosefetuadosduranteaexecuçãodotrabalhoexperimentalfacilitarãoaaprendizagemeainterpretaçãodosresultadosobtidos,emespecialquandoestessãoinesperados.
Umqualquerrelatóriodeumaexperiêncialaboratorialdeverádocumentardeformatãocompletaquantopossíveloprocedimentoexecutadoeosresultadosobtidos.Paraalémdissodeverásertambémobjetivodorelatorredigirumdocumentocompreensívelparaoleitoresuscetíveldeapoiaraeventualrepetiçãodamesmaexperiênciaemidênticascondições.Paraaelaboraçãodosrelatóriossugerem-se,comoorientação,asseguintesseções:
Título Identificadordoconteúdodorelatório
Resumo Pequenotextodequeconstemosobjetivosalmejadoseasconclusõesobtidas
Objetivo Razãodeserdotrabalhorealizado
Introdução Dadosconhecidosquejustificamarealizaçãodaexperiênciarelatada
Palavras-chave Termosdiretamenterelacionadoscomotrabalho
Materialereagentes Listagemexaustivadoequipamento,reagenteseoutromaterialusado
Protocoloexperimental
Marchageraldosprocedimentosaplicados.Deverãoserrelatadososprocedimentosconcretosexecutados,comreferênciaaeventuaisdesviosrelativamenteaoprocedimentorecomendado/descrito
Resultados Registodasobservaçõesefetuadasedosdadosrecolhidos
Discussão Comentáriocríticoaosresultadosobtidos
Conclusão Descriçãodocumprimentoouincumprimentodoobjetivo,decorrentedosresultadosobtidos
Notacrítica Comentárioàglobalidadedaexperiência,comrecomendaçõesparaasuarepetiçãoououtrasconsideradasadequadas
Bibliografia Referênciasconsultadasouutilizadasparaarealizaçãodotrabalho
Dependentedotipodotrabalhoexecutado,daformadorelatórioedasensibilidadedorelator,algumasdasseçõesdescritaspoderãoserfundidas,como"Resultadosediscussão"ou"Discussãoeconclusões",porexemplo
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TÉCNICASLABORATORIAISBÁSICASEMMICROBIOLOGIA/VIROLOGIAOsmicrorganismossãoubíquos.Podemencontrar-senosolo,noar,naágua,nacomida,nosesgotosenassuperfíciescorporais,entreoutroslocais.Ouseja,existemportodooladoànossavolta,onossoambienteestárepletodemicrorganismos.Paraestudarqualquertipodemicrorganismoénecessáriosepararestaspopulaçõesmistas,deformaamanipularnolaboratórioaschamadasculturaspuras,culturasdeumaúnicaestirpe.Nocasoparticulardosestudosemvirologia,emqueosvírusprecisamde"meiosdeculturavivos",énecessáriodispordeculturaspurasdascélulashospedeirasparaapropagaçãodeculturaspurasdeestirpesvirais.
Paraisolareestudarosvíruseosmicrorganismosemculturapura,oexperimentadornecessitadealgunsequipamentoslaboratoriaisbásicosedaaplicaçãodetécnicasespecíficasusandomateriaisparticulares.Naspráticasqueaplicaremosnodecursodestadisciplina,emqueestudaremosvírusinfeciososparabactérias(bacteriófagos),ter-se-áderecorreràstécnicasbasedemicrobiologia/bacteriologiacomutilizaçãodosequipamentosemateriaisespecíficosqueseindicam:
Equipamento Autoclaveedispositivosdefiltraçãoestéril
Ansaseagulhas.PipetasemicropipetasBanhosdeáguaeestufasFrigoríficoFluxolaminar(conveniente)
Materiais ÁguadestiladadequalidadeMeiosdecultura(bactérias)LíquidoSemissólidoSólidoTubosparaculturaPlacasdePetri
MEIOSDECULTURAUmadascaraterísticasexclusivasdosvírus,queosdiferenciamdosrestantesseresvivos,residenasuanecessidadedeinfetarcélulasvivasparasepropagarem.Osubstratoparaocrescimentodosvírusé,assim,umacélulahospedeira.Osmeiosdeculturanecessáriosaotrabalhoemvirologiarespeitamàscélulasinfetadaspelosvírusemestudo.
Asobrevivênciaeosuportedevidadosmicrorganismosdependemdofornecimentoadequadodenutrienteseconvenientescondiçõesparaoseucrescimento.Quantoaosnutrientes,grandepartedosmicrorganismosapenasnecessitamdesubstânciasolúveisdebaixopesomolecular,usualmenteoriginadaspeladegradaçãoenzimáticadeoutrosnutrientesmaiscomplexos.Umasoluçãocontendoestesnutrientesédesignadacomomeiodecultura.Emgeral,osmeiosdeculturasãolíquidos,semissólidosousólidos.Ummeiolíquidosemagentesolidificanteédesignadoporcaldonutritivo.Umcaldonutritivosuplementadocomumagentesolidificante,usualmenteoagar,originaummeiosólidoousemissólido.Oagaréumextratodealgasmarinhas,umcarbo-hidratocomplexoquecontemmaioritariamentegalactoseepossuimuitopoucovalornutritivo.Oagarémuitoadequadocomoagentesolidificanteporqueseliquefazacercade100ºCesolidificaa40ºC.Devidoaestaspropriedades,osmicrorganismos,emespecialospatogénicos,podemsercultivadosatemperaturasdaordemdos37ºCsemreceiosdeliquefaçãodomeiosolidificado.Ummeiodeculturabemsolidificadoexigeumaconcentraçãodeagardaordemdos1,5a1,8%.Umaconcentraçãoinferiora1%resultanummeiosemissólido.
Agrandevantagemeutilidadedosmeiossólidosesemissólidosemestudosdevirologiaresidemnofatodeascélulashospedeiraspoderemserimobilizadas,mantendoasuaviabilidade,edeaspartículasviraisveremreduzidaasuacapacidadededifusãonomeio.Talcomoparaoisolamentodecolóniasdebactériasnasuperfíciedoagar,tambémnosmeiossólidosesemissólidossepodemisolarindividualmenteasestirpesviraisempresença.
Paraalémdasnecessidadesnutritivas,váriosoutrosfatoresambientaisprecisamdesercontroladosparaosucessodaculturadosmicrorganismosedesuportedasinfeçõesvirais,comosejamopH,atemperatura,oambientegasosoouapressãoosmótica.
Umoutroaspetorelevantedas"culturasdevírus"relaciona-secomasquantidadesrelativasdevírusecélulashospedeirasnoiníciodainfeçãoedacapacidadedoshospedeirosparasuportarapropagaçãoviral.Istoimplica,comfrequência,dispordecélulasemfasedecrescimentoexponencialparaqueainfeçãoviralpossaocorrercomsucesso.
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ESTERILIZAÇÃOAesterilizaçãoéumdospontos-chaveparaosucessodotrabalhoemvirologia.Paratrabalharemcondiçõesdeesterilidadeéfundamentalousodematerialestérileaaplicaçãodetécnicasadequadas.Aesterilizaçãoéprocessopeloqualsãoeliminadastodasasformasdevidadequalquermeiooumaterial.Asprincipaistécnicasparaaesterilizaçãoderotinaemlaboratóriosãoasseguintes:
Calor Calorseco(arquente)
160ºCa180ºCdurante1/2horaa3horasMaterialdevidroemvazioCalorhúmido(vapor)Circulaçãodevapora100ºC.Esterilizaçãointermitente(soluçõestermolábeis)Autoclave.Vaporsobpressão,temperaturasacimados100ºC(meiosdecultura,soluçõestermo-
estáveis)Filtração Membranasfiltrantescomporosde0,05µma0.8µm
RemoçãodemicrorganismosdesoluçõestermolábeisporfiltraçãoProdutosquímicos
ÓxidodeetilenoMaterialdeplásticoBeta-propiolactonaTecidosvivos,materiaisbiológicos
TUBOSDECULTURAEPLACASDEPETRITubosdeensaioemvidroeplacasdePetriemvidroeplásticoconstituemosprincipaissuportesparaodesenvolvimentodasculturasdemicrorganismosquesuportamapropagaçãodosbacteriófagosautilizar.Ummeionutritivoadequadonaformadecaldonutritivooudeagaréusadoemtubosdeensaio,enquantonasplacasdePetriapenasseusameiosólido.Umambienteestérilépreservadonostubosdeculturaporváriostiposdetampas.Historicamenteéorolhãodealgodãohidrófobo,desenvolvidoporSchroederevonDuschnoséculodezanove.Hojeemdia,amaiorpartedoslaboratóriosusamtampasemformademanga,emmetalouplásticoresistenteaocalor.Avantagemdestastampasresidenofatodenãoexigiremtantotrabalhonasuapreparaçãoeseremmaisfacilmenteremovidasereintroduzidasnostubosduranteamanipulação.
AsplacasdePetridisponibilizamumamaiorsuperfícieparaculturaecrescimentodosmicrorganismos.Sãocompostasporumabasecircularinferior,ondeécolocadoomeioeporumatampadomesmoformatoeligeiramentemaiorqueseencaixanabase.ExistemplacasdePetrideváriasdimensõesparadiferentesexigênciaslaboratoriais.Narotinasãousadasplacasdecercade10cmdediâmetro.Omeionutritivoestéril,contendoagar,numvolumede15a20mLévertidonasplacasquandoaindaquenteapósfusãodoagaredeixadoarrefeceratemperaturainferiora40ºC.Depoisdeinoculadascomosmicrorganismosasplacassãoincubadasemposiçãoinvertidaparaevitarqueasgotasdecondensação,formadasnatampaduranteoarrefecimentodoagar,caiamsobreasuperfíciedoagar.
Aimobilizaçãodasbactériaseadificuldadededifusãodaspartículasviraisnosmeiossólidosassociadosàpequenaespessuradosuportepermiteidentificareisolarbacteriófagosindividuais,comoseveránodecursodotrabalhoexperimental.
INSTRUMENTOSPARATRANSFERÊNCIADECULTURASExisteanecessidadedetransferirosmicrorganismosdeummeiodeculturaparaoutros,desdeculturasdearmazenamentoemanutençãoparaculturasdeanálise,paraoisolamentodefagosouparaasuaexpansãoemmassa.Éoprocessodesubculturaquetemdenecessariamenteserefetuadocomtécnicaestérilparaevitarpotenciaiscontaminaçõesdassubculturas.
Asansaseagulhas,usualmentefabricadascommetaisinertescomoaplatinaeinseridasemcabosprópriosparaamanipulação,sãoinstrumentosmuitoduráveisdefácilutilização.Sãofacilmenteesterilizáveisnomomentodasuautilizaçãoporincineraçãoàchama,numaposiçãoquaseverticalatéometalficaraorubro.Importarádepoisdeixararrefecerentre10a20segundos,foradachama,masnasuaproximidade,ondeacargademicrorganismosambientaisviáveiséinferior.Depoisdearrefecidos,paranãoinativarosmicrorganismosatransferir,podemserusadaspara"picar"umaculturasólidaoulíquidaeinocularoutromeio.Umavezesterilizada,aansadeveráserdeimediatoutilizadaantesdeserdenovocolocadanabancada.
Aspipetassãooutrosdosinstrumentosdetransferênciadeculturasdeusomuitogeneralizado.Sãocalibradasepermitematransferênciadequantidadesdeculturaslíquidaspreestabelecidas.Sãodevidroouplástico,comumaextremidadeafiladaeoutraparaaaspiraçãoeexpulsãodolíquidoquecontenham.Podemseresterilizadasporcalor
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secoouhúmido,conformeotipodematerialdequesãoconstituídas.Apesardetradicionalmentesereminstrumentospara"pipetaràboca"éproibidousarabocaparaaspirarmicrorganismos.Existemauxiliaresmecânicosdisponíveisparaoefeito,comoperasdeborrachaoucorposdeseringaqueseadaptamnaextremidadelargadapipeta.
AspipetasPasteur,tubosdevidronãograduadoscomumadasextremidadesafiladassãotambémdeusomuitofrequenteemestudosdevirologia,tambémpelasuafacilidadedeesterilizaçãoextemporânea.
CÂMARASDECULTURADascondiçõesparacrescimentodosmicrorganismos,umadasmaisrelevanteséasuatemperaturaótimadecrescimento.Asestufassãousadasparaamanutençãodatemperaturaótimadosmicrorganismosemcrescimentoduranteoperíododecultura.Sãocâmarasemqueatemperaturaambienteinteriorécontroladaportermóstato,paraqueamesmasejamantidadentrodelimitesapropriadosparaocrescimentocelular.Usamemgeralumsistemadecirculaçãodearaquecidoe,paraevitaradesidrataçãodosmeiosemincubação,deverãocontertambémumafontedevapordeágua(umrecipientecomáguanoseuinterior,quandonãovenhampreparadasparaoefeitodeorigem).
Osbanhosdeágua(banho-maria)comáguaatemperaturacontroladaportermóstatoconstituemoutrodosinstrumentosfrequentementeempreguesparaacriaçãodascondiçõesdetemperaturaótimadecrescimentodosmicrorganismos.Oíntimocontatodaáguaatemperaturacontroladacomorecipienteondecrescemosmicrorganismosapresentaavantagemdepermitirumamaisrápidaeeficaztransferênciadocalor.Alémdisso,osbanhoscomagitaçãofacilitamtambémoarejamentodasculturas,degrandeimportânciaparaocrescimentodosmicrorganismosaeróbios.Adesvantagemdobanhodeáguaresidenofatodesópoderserusadoparaasculturasemmeiolíquido,aocontráriodasestufasdear,queservemtantoparaculturasemmeiolíquidocomoemmeiosólido.
Osvírusporquesópodemcresceremcélulasqueestejamemcrescimentorequerem,naturalmente,omesmotipodecâmarasdeculturausadasparaosrespetivoshospedeiros.
FRIGORÍFICOOfrigoríficoéoutradaspeçasfundamentaisemlaboratóriodevirologia.Oambientedebaixatemperaturaquedisponibilizaédamaiorrelevânciaparaamanutençãoearmazenamentodasculturascelularesemfasedenãocrescimentoentreosperíodosdesubcultura,paraamanutençãodassuspensõesviraiseparaaconservaçãodosmeiosesterilizadoseoutrosreagentes.Tambémassoluçõesecompostostermolábeistêmperíodosdeconservaçãomaisalargadosquandoarmazenadosabaixastemperaturas.
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MÉTODOSDEESTERILIZAÇÃOEsterilizaçãoéumprocessoqueeliminatodososorganismosvivosqueseencontremàsuperfícieounointeriordeummaterial,podendoseralcançadopelaexposiçãodomaterialaagentesletaisfísicosouquímicosou,nocasodoslíquidos,pelaseparaçãomecânicadosorganismosatravésdefiltrações.Existemmuitasformasdeesterilizarmateriaisemeios,easuaescolhadependedanaturezadosmateriaisaseremesterilizadosbemcomodadisponibilidadedemeiosdetrabalho.
Anoçãodeesterilidade(estéril=infecundo)encontra-sefrequentementeassociadaaduasoutras:adeassepsia(ausênciadesepsis=putrefação)eadedesinfeção(livrardainfeção).Estessignificadosliteraiscorrespondem,defato,àsnoçõestécnicasdestasterminologias.Emmicrobiologiareferimo-nosaesterilizaçãoquandosepretendeimpedirapropagaçãodemicrorganismos;aassepsiaquandosepretendetrabalharemambientedesprovidodemicrorganismoseadesinfeçãoquandoseaplicamtécnicasdestinadasaeliminarmicrorganismospotencialmentepatogénicosparaooperador.Aformadeeliminaçãodainfecciosidadeviraldependedascaraterísticasdovírusemcausa.
Destasnoções,aadquirirnoexercíciodaexperimentaçãoquesedesenvolveránadisciplina,importaconsideraremparticularastécnicasqueseutilizamemmicrobiologiaparaaeliminaçãodemicrorganismosviáveis:aesterilização.
ESTERILIZAÇÃOPELOCALORA.CalorHúmidoOaparelhomaisusadoparaesterilizarmateriaisemeiosdeculturaéaautoclave.Asautoclavestrabalhamàsemelhançadepanelasdepressãodomésticas.Asautoclavesdelaboratóriooperamnormalmentesobumapressãode1,02Baraumatemperaturade121ºC.Aautoclaveesterilizaamaioriadosmateriaisem15-30minutos,sendoavariaçãodotempodeesterilizaçãodevidaàrelaçãosuperfície/volumedosmateriaisaseremesterilizados.
Aspetosdaesterilizaçãoporvapor-pressão
Temperatura
Osendósporosdasbactériassãoasformasdevidamaisresistentesaocalor,easuadestruiçãopodeserconseguidaseforaplicadovaporsobrepressão.Umatemperaturade121ºCofereceumaboamargemdesegurançaseformantidaduranteumespaçodetempoapropriado.
Humidade
Acoagulaçãodoprotoplasmabacterianoemtemperaturasmoderadasrequerhumidadeehámedidaqueestaéremovidaatemperaturanecessáriaparahavercoagulaçãoaumentarapidamente.Seovaporforsobreaquecidoficarámais"seco"oqueocasionaumaumentodatemperaturaedotempodeexposiçãoparaaesterilização,quenasituaçãoextremadeesterilizaçãoemcalorsecoseráde170ºCduranteumahora.Emconclusão,vaporexcessivamentequenteperdealgumadasuaeficáciacomoagenteletalparaalémdepoderserlesivoparaosmateriaisaseremtratados.
Pressão
Apressão,nosvaloresusadosnaautoclave,porsisónãoexercequalquerefeitonaesterilização,sendoútilparaelevaratemperaturadovaporacimados100°C.
Tempo
Otempoénecessárioparaqueovaportenhaaoportunidadedepenetrareaquecerosmateriaisaseremesterilizados.Mesmoquandoastemperaturasdeesterilizaçãosãoatingidas,osagentesviraisoumicrobianosnãosãotodosmortosdeumavez.Avelocidadedemorteéumaconstanteaumadadatemperaturaeporcadaunidadedetempodeexposiçãoaoagenteletal,umaproporçãoqueéconstanteparaumadadapopulação.Normalmentedemora11a12minutosa121°C(calorhúmido)paramatarosendósporosdasbactériastermofílicas,osagentesmaisresistentesnasmanipulaçõesdodia-a-dia.
Purga
Oarrelativamentefrionacâmaradeesterilizaçãoémuitomaispesadoqueovaporàtemperaturadeesterilização.Senãoforpermitidaasaídadoarcria-seumaestratificaçãonaautoclavequeconduzaumafaltadeuniformizaçãodastemperaturasdesenvolvidas.Umavezqueoareovaporsãolentosamisturarem-se,asdiferençasdetemperaturaentrecamadaspodemsermuitograndes,porissoanecessidadedesesubstituirtodooarporvapor(purga).
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Natureza do carregamento
Geralmente,osmateriaismaisvolumososrequeremummaiortempodeesterilização,sendopreferívelesterilizarpequenosvolumesdecadavez,porexemploépreferívelesterilizar5balõesdelitrodecadavezdoqueesterilizarapenasumbalãocomcincolitros.Osfrascosdevemsertapadoscomalgodãooupapel.Sefornecessáriousartampasroscadas,devemirpoucoapertadasparaaautoclavedemodoapermitiremasaídadeareentradadevapor,evitando-seassimorebentamentodefrascosnaautoclave.
B.Calorseco
Ocalorsecoéusadoparaesterilizarmaterialdevidro,outrosmateriaissólidostermoestáveisealgunscomponentesdemeiosoualimentosqueficariamimprópriosseexpostosaovapor.Trata-setambémdeumdosmétodosdeesterilizaçãomaisusadosedemuitofácilaplicação.Oequipamentoindispensáveléapenasumaestufadealtatemperatura(160–200ºC).Paraalémdeterdesertidaemcontaaresistênciatérmicadosmateriaisaesterilizarporestatécnica,aoutraprecauçãoaconsiderarprende-secomaminimizaçãodapossibilidadedecontaminaressesmateriaisdepoisdaesterilização.
ESTERILIZAÇÃOPORGASESOrecenteincrementodousodematerialdeplásticodeutilizaçãoúnica("disposable")comoseringas,caixasdePetri,tubosdecultura,filtros,etc.,levouaodesenvolvimentodeumanovaformadeesterilizaçãoqueusagasestóxicosparaaeliminaçãodosmicrorganismosdemateriaistermo-sensíveis.Aaplicaçãodestatécnicarequerautilizaçãodeequipamentosprópriosqueforcemacirculaçãodogástóxicoatravésdetodasassuperfíciesdosmateriais,oqueatornadedifícilutilizaçãoemlaboratóriosdetiponãoindustrial.
Oóxidodeetilenoéogásusadocommaiorfrequêncianestetipodeesterilizações.Estegás,aocontráriodemuitosprodutosquímicostóxicos,époucocorrosivoenãoalteraosmateriaisaseremesterilizados,sendofacilmenteremovidoporarejamento.Assuasdesvantagensincluemanecessidadedelongosperíodosdeexposiçãoparaseobteraesterilização(váriashoras),areatividadecomcomponentesdosmeiosecertostiposdeplásticoseanecessidadedeequipamentosprópriosedisponibilidadedogás,comosereferiu.
RADIAÇÕESAlgunsprocessoscomerciaisusamasradiaçõesparaaesterilizaçãoafriodecertosmateriaiscomoprodutosfarmacêuticos,porexemplo.Airradiaçãoéousoderadiaçõesionizantesdealtaenergiaqueincluemraiosgamaproduzidosapartirdecobalto-60oucésio-139ederaioscatódicosproduzidosemgeradoreseaceleradoresdeeletrões.
Airradiaçãocomluzultravioletanãoéumaformamuitosatisfatóriadeesterilizaçãodadaasuafracacapacidadedepenetraçãonosmateriaiseprodutosaesterilizar.É,contudo,deutilizaçãofrequentenadiminuiçãodoníveldecontaminaçãodeespaçosconfinados,comosalasestéreisoupequenosambientes,sendoparticularmenteúteistambémparaareduçãodainfecciosidadeviraldevidoàsalteraçõesinduzidasnomaterialgenéticodaspartículasviraisexpostas.
FILTRAÇÃOESTÉRILOprincipalmétodoparaaesterilizaçãodelíquidosquecontenhamcomponentestermo-sensíveistaiscomovitaminas,proteínasséricaseantibióticos,porexemplo,éafiltração.Tradicionalmenteosmicrobiologistasesterilizavamestesprodutosrecorrendoafiltrosfeitosapartirdeterradediatomáceasefibrasdeasbesto,previamenteesterilizadosemautoclave.Presentementeestesfiltrosforamsubstituídosporfiltrosdeacetatodeceluloseoupolicarbonatosnosquaisostiposdeporosdesenvolvidospermitemfiltraçõescomelevadosgrausdeprecisão.Existematualmentedisponíveisnomercadofiltrosesterilizantesdeváriosporosecapacidadesfiltrantes.Osmaisfrequentese,porisso,maisacessíveissãofiltrosdeporosde0,45µmou0,2µmdediâmetro,queretêmosmicrorganismospresentesnassoluções.
Paraesterilizarumasoluçãoporfiltração,nãohámaisquepassaressasoluçãoatravésdeumdestesfiltrospelaaplicaçãodeumapressãopositivanolíquidoafiltrar(filtrosdeseringa,porexemplo)ounararefaçãodoarnocontentorquerecebeofiltrado.Emqualquerdoscasosestatécnicarequerarecolhadofiltradoemcondiçõesdeassepsiaparaimpediracontaminaçãodolíquidoesterilizado.
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Virologia2017/18 11
Salvorarasexceções,afiltraçãoestérilnãoretémaspartículasvirais.Nãopodendoserconsideradocomométodode"esterilizaçãodevírus".Afiltraçãoestérilémesmoumatécnicafrequentementeusadaemvirologiaparaapurificaçãodesuspensõesviraispelaeliminaçãodebactériaspotencialmentecontaminantes.
DESINFETANTESEANTISSÉPTICOSMúltiplosreagentesquímicossãodiariamenteutilizadosparacontrolodadisseminaçãodemicrorganismos.Osprodutosusadosna"limpeza"deutensíliosdiversos,frequentementedemasiadotóxicosparaserusadosdiretamentenoHomem,sãochamadosdedesinfetantes.Osprodutosqueaplicamosnapele,comomesmoobjetivodeeliminareventuaismicrorganismos,sãoantissépticos.
Particularmenteeficazemuitoútilnolaboratório,paraeliminaçãodevírusemicrorganismoséasoluçãodehipocloritodesódio(lixívia)comquesetratamosmateriaisdelaboratórioapósexposiçãoaagentesinfeciosos.
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Virologia2017/18 12
BACTERIÓFAGOSOsvírusdiferemdasbactériasporseremmuitomaispequenos,deconstituiçãonãocelulareparasitasintracelulares.Adicionalmentenãosãocapazesdecresceremmeiosdeculturanãovivos.Apesardissoépossívelestudá-losnolaboratório,detetandoasuapresençapelosefeitosqueprovocamnascélulasqueinfetam.
Existemvíruscomespecificidadeparadiversostiposdecélulas,tantoeucarióticascomoprocarióticas.Aestritadependênciadecélulashospedeirasdeve-seàsuaincapacidadeparasintetizarasenzimasnecessáriasaosmecanismosdasuapropagação.Aopenetraremnascélulassãocapazesdeusarasenzimasdohospedeiroemseupróprioproveito.
Oestudodevírusqueparasitamcélulasvegetaisouanimaisexigerecursosespecíficosparaculturadetecidos,sendoestastécnicasemgeraldemasiadodemoradasparaexecuçãoemaulaspráticasdonívelqueaquisepretendemdesenvolver.Paraalémdissoeapesardaespecificidadeparacertoshospedeirosautilizaçãodevírusdeeucariotasexigecuidadosdecontençãobiológicabastanteapertados.
Osvírusqueparasitamasbactérias,osbacteriófagosousimplesmentefagossãodemaisfácilmanipulação,exigemaaplicaçãodetécnicasgeraisdemicrobiologia,menosdemoradasporviadasrápidastaxasdecrescimentodasbactériasusadas.Ocuidadoparaoconfinamentobiológicodasexperiênciastambémnãoprecisadesertãoapertadocomoparaousodevíruseucarióticos.
Quandoumfagoinfectaumabactériarecetivaumadeduascoisasacontecerá:aliseoualisogeniadabactéria.QuandoocorrealiseometabolismodabactériaéreorientadoparaasíntesedoDNAgenómicodovírusedasproteínasparaproduziraspartículasfágicasmaduras.Usadoomaterialcelulardisponível,acélularebentaelibertaosviriõesmaduros,capazesdereinfectarnovasbactériasqueencontrem.
Osbacteriófagosqueprovocamalisedabactériasãochamadosdevirulentosoulíticos.Quandoainfeçãonãoconduzàmortedabactéria,estabelece-seentreestaeovírusumrelacionamentodesignadoporlisogeniaeofagoédenominadodetemperadooulisogénico.NestescasosoDNAdofagoéintegradonocromossomadabactériaeestacrescenormalmente.Ocasionalmenteumadestasbactériasentraemciclolíticoelibertaviriõescapazesdeinfetaroutrascélulas.
Aevidênciavisualdalisedeumabactériaéconseguidapelaculturadabactériaemmeiosólido,emcamadauniformeeinfeçãodealgumascélulascomobacteriófago.Acamadadebactérias,naturalmenteopaca,apresentacírculosclaroscorrespondentesaoslocaisemqueumfagoinfetouedestruiuapopulaçãodecélulasvizinhas.Sãoasplacasvirais.Noscasosdefagoslisogénicos,comosóalgumasdasbactériasentramemciclolítico,estasplacassãotranslúcidas.
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PROTOCOLOSEXPERIMENTAIS
PIPETAGENS,SOLUÇÕESEDILUIÇÕES
Introdução
Origornasdiluiçõesaefetuarcomalgunsmateriaisbiológicosereagentes,nocontextodeváriosdostrabalhosexperimentaisqueaquiseincluem,écríticoefundamentalparaosucessoeparaafiabilidadedosresultados.
Porqueseobservacomfrequênciaalgumainabilidadeinicialdosestudantesparaamanipulaçãoadequadadasmicropipetas,paraumraciocíniooperacionalsobrediluições(emespecialquandoexpressasempotênciasde10)enasformasdeprepararsoluçõestituladas,introduz-seestetrabalhopreliminar.
Materialereagentes¾ Soluçãosaturadadeazul-de-metileno¾ Águadestilada¾ Micropipetasdiversas¾ Microtubos¾ Espectrofotómetro
Procedimento(porgrupo)
Diluiçõesdecimais
1. Marquemicrotubosde1a102. Apartirdasoluçãoconcentradadeazul-de-metilenoproceda,àsseguintesdiluiçõessequenciais:Tubo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Solvente(mL) 0 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,5Corante(mL) 1,5 0,15 0 0 0 0 0 0 0 0Soluçãoprecedente(mL) 0 0 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15 0Diluição(10x)
3. Completaropreenchimentodatabelaacimacomasdiluiçõesemcadatubo.4. Verifiqueosvolumesrelativoseregisteasintensidadesdecorobserváveisnosdiferentestubos5. Determineaabsorvênciadassoluçõesa600-660nm(lerdamaisdiluídaparaamaisconcentrada,namesma
cuvete.Amostra:brancodecontrolo).
Diluiçõescentesimal
1. Marquetubosdeensaiode1a62. Apartirdasoluçãoconcentradadeazul-de-metilenoproceda,àsseguintesdiluiçõessequenciais:
Tubo 1 2 3 4 5 6Solvente(µL) 0 1500 1500 1500 1500 1500Corante(µL) 1500 15 0 0 0 0Soluçãoprecedente(µL) 0 0 15 15 15 0Diluição(10x)
3. Completaropreenchimentodatabelaacimacomasdiluiçõesemcadatubo.4. Verifiqueosvolumesrelativoseregisteasintensidadesdecorobserváveisnosdiferentestubos5. Determineaabsorvênciadassoluçõesdostuboscomnúmeropara600-660nm(lerdamaisdiluídaparaamais
concentrada,namesmacuvete.Últimaamostra:controlo)
Diluiçõesdetrêsemtrês
6. Marquetubosdeensaiode1a10)
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Virologia2017/18 14
7. Apartirdasoluçãoconcentradadeazul-de-metilenoproceda,àsseguintesdiluiçõessequenciais:
Tubo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Solvente (mL) 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,5 Corante (mL) 1,5 0,5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Solução precedente (mL) 0 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0 Diluição (10x)
8. Completaropreenchimentodatabelaacimacomasdiluiçõesemcadatubo.9. Registeasintensidadesdecorobserváveisnosdiferentestubos10. Determineaabsorvênciadassoluçõesdostuboscomnúmeropara600-660nm(lerdamaisdiluídaparaamais
concentrada,namesmacuvete)
Diluiçãoúnica(TPC)
¾ Considerandosotrabalhosanteriores,desenheumprotocoloparaarealizaçãodetesteadiluiçõesmilesimais.¾ Apartirdasoluçãoconcentradadeazul-de-metilenofaçaoscálculosparaprocederàpreparaçãode5mLdecada
umadasseguintessoluções,indicandoosvolumesausar:a. Diluiçãode5x102b. Diluiçãode5x10-2
Preparaçãodesoluções(TPC)
¾ Pretendendo-seobter100mLdecadaumadassoluçõesqueselistam,indiqueasquantidadesdeprodutosamisturarparaasuapreparaçãonolaboratório:
a. NaOH0,1Nb. SO4H20,1Nc. NaCl0,1Md. NaCl100mMe. Glicerol10%(fórmulaC3H8O3)f. Glucose10%(fórmulaC6H12O6)g. Etanol70%(fórmulaC2H6O2)
Pesosatómicos:H=1;C=12;O=16;Na=23;S=32;Cl=35.
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RegistodeobservaçõeseResultados
PIPETAGENSEDILUIÇÕES
Operador: Data: ____/____/____
Diluiçõesdecimais
Tubo Amostra DO600nm/mL Concentraçãocalculada Observações
1
2
3
4
5
6
Diluiçõescentesimais
Tubo Amostra DO600nm/mL Concentraçãocalculada Observações
1
2
3
4
5
6
Diluiçõesdetrêsemtrês
Tubo Amostra DO600nm/mL Concentraçãocalculada Observações
1
2
3
4
5
6
Diluiçõesúnicas
Amostra DO600nm/mL Concentraçãocalculada Observações
5x102
5x10-2
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Gráficos
Notas:
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SOLUÇÕES
Operador: Data: ____/____/____
NaOH0,1N(100mL)
Componentes Peso/volume
SO4H20,1N(100mL)
Componentes Peso/volume
NaCl0,1M(100mL)
Componentes Peso/volume
NaCl100mM(100mL)
Componentes Peso/volume
Glicerol10%(100mL)
Componentes Peso/volume
Glucose10%(100mL)
Componentes Peso/volume
Etanol70%(100mL)
Componentes Peso/volume
Notas:
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Virologia2017/18 18
CALIBRAÇÃODEPIPETAS
Introdução
Origornasdiluiçõesaefetuarcomalgunsmateriaisbiológicosereagentes,nocontextodeváriosdostrabalhosexperimentaisqueaquiseincluem,écríticoefundamentalparaosucessoeparaafiabilidadedosresultados.
Autilizaçãofrequentedaspipetasdisponíveisnolaboratórioporestudantessemexperiêncialevaautilizaçõesincorretasdonderesultaquealgunsdosvolumesindicadosnosvisoresnãocoincidamcomasquantidadesmedidas.Nestecontextoéimportanteconheceraformadecalibraraspipetasausar.
Materialereagentes¾ Águadestilada¾ Micropipetasdiversas¾ Microtubos,coposdeboémia¾ Balançadeprecisão
Procedimento(porgrupo)
Ajustedevolume(5µL)
1. Utilizeumapipetade20µL2. Ajusteoindicadordevolumeaos5µL3. Pipete,nabalança,paratubocalibrado5µL4. Observeopesoindicado5. Sesuperioraos5mg,reduzaovolumeindicadonapipetaerepita3.e4.6. Seinferioraos5mg,aumenteovolumeindicadonapipetaerepita3.e4.7. Quandoaquantidadedeáguadestiladapesadaforde5mg,anoteaindicaçãodevolumeque,napipeta,
correspondeaos5µL.
Ajustedevolume(50µL)
1. Utilizeumapipetade200µL2. Repitaospassosdoprocedimentoanterior(de1.a7.)paraamassade50mg(correspondentea50µL)
Ajustedevolume(500µL)
1. Utilizeumapipetade1000µL2. Repitaospassosdoprocedimentoinicial(de1.a7.)paraamassade500mg(correspondentea500µL)
Calibraçãodepipeta(200µL)
1. Meça,nabalança,umvolumede10µLparacopotarado.Anoteopeso2. Repitamaisduasvezesestadeterminação3. Repitaospontos1e2paraosvolumesde20µL;50µL;100µL;150µLe200µL4. Façamédiasdecadaconjuntodetrêspesagenshomólogas5. Desenheográficodecalibraçãodapipeta,fazendocorresponderosvolumesindicadosnovisorcomospesos
avaliados.
NB
Osprocedimentosparaoutrosvolumesououtraspipetassãoidênticos.
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Virologia2017/18 19
RegistodeobservaçõeseResultados
CALIBRAÇÃODEPIPETAS
Operador: Data: ____/____/____
Calibraçãodepipeta20µL
Volume Peso1 Peso2 Peso3 Média Observações
1µL
2µL
5µL
10µL
15µL
20µL
Calibraçãodepipeta200µL
Volume Peso1 Peso2 Peso3 Média Observações
10µL
20µL
50µL
100µL
150µL
200µL
Calibraçãodepipeta1000 µL
Volume Peso1 Peso2 Peso3 Média Observações
50µL
100µL
200µL
500µL
750µL
1000µL
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Virologia2017/18 20
Calibraçãodepipeta
Notas:
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Virologia2017/18 21
CURVADECRESCIMENTOBACTERIANO
Introdução
Comosesabe,asbactériasmultiplicam-seporprocessosdefissãobinária.Umabactériaemcrescimentometabolizaosnutrientesdisponíveisnomeio,aumentaoseutamanhoedivide-seemduas.Otempoparaumabactériasereplicareformardoisindivíduoséotempodegeração,caraterísticodaestirpenascondiçõesdeculturaaplicadas.
Umvírusparasepropagarprecisadeinfectarumhospedeirometabolicamenteativoparapoderutilizarosseusmecanismosdereplicaçãodogenomaedesíntesedasproteínasviraisconstitutivasdosviriões.
Particularmentenosbacteriófagoslíticos,oseuestudoimpõeautilizaçãodebactériashospedeirasemfasedecrescimento.Importa,porisso,conheceroperfildascurvasdecrescimentodestasbactériasparadeterminaromomentoemqueainfeçãocomovírusdeveráserdesencadeada.
Nestetrabalhodeterminar-se-áexperimentalmenteacurvadecrescimentodeumabactériaE.coliautilizarnodesenvolvimentodostrabalhossubsequentes.
Materialereagentesespecíficos¾ CulturarecentedeE.coli(ATCC25250)emmeionutritivo(culturadediaanterior)¾ Sorofisiológicoestéril¾ PlacasdePetricomagarnutritivo¾ Tubosdeensaio,contendo5mLdeagarnutritivosemissólido(0,75%)fundidoeembanhoa50ºC¾ Tubosdeensaioesterilizados(10mLmínimo)¾ Tubosdecentrífugaesterilizados(cercade10mL)¾ PipetasPasteuresterilizadas¾ Microtuboseppendorfesterilizados¾ Micropipetas(200e1000)erespectivaspontasesterilizadas¾ Espectrofotómetrodovisível(600nm)
Procedimento(porgrupo)1. AvaliaraDO600nmdasuspensãobacterianafornecida2. Inocular100mLdemeionutritivo,previamenteaquecido,comasuspensãobacterianaàconcentraçãofinalde
DO600nm=0.053. Incubara37ºCembanhooucâmaracomagitação(cercade120rpm)4. Homogeneizarasuspensão5. Tomaramostrade4mL.AvaliaraDO600nm(diluircommeiosenecessário)6. Tomar2X0.1mLdesuspensão7. Espalharumadasamostrasnasuperfíciedeumaplacadeagarnutritivo8. Diluiraoutraamostra1:10eespalhar0.1mLnasuperfíciedeoutraplacadeagarnutritivo9. Incubarasplacasemestufaa37ºCduranteumanoite10. Repetirpassos5a10,dehoraahoraatéàsoitohorasdeincubação11. Observarasplacasdeagarnutritivoecontarascolóniasdesenvolvidas12. FazergráficoquerelacioneasleiturasdaDOcomotempodeincubação13. Calcularaconcentraçãodebactérias,determinadapelonúmerodecolóniasreveladas,pormLdecadasuspensão14. Fazergráficoquerelacioneaconcentraçãodebactériascomotempodeincubação15. RelacionarasDO600nmdeterminadascomaconcentraçãobacterianadassuspensõesanalisadas
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Virologia2017/18 22
RegistodeobservaçõeseResultados
CURVADECRESCIMENTOBACTERIANO
Operador: Data: ____/____/____
Tempo(horas) DO600nm/mL Bactérias/mL Observações
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Notas:
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Virologia2017/18 23
CURVADECRESCIMENTOBACTERIANO-2
Introdução
Dadoqueasduashorasdasessãolaboratorialformalnãosãosuficientesparaarealizaçãointegraldacurvadecrescimentobacteriano,propõe-searealizaçãodestetrabalhoparailustraraformadeestabelecerumacurvadecrescimentoetomarosdadosnecessáriosàprossecuçãodetrabalhosfuturos.
Materialereagentesespecíficos
(idênticoaanterior)
Procedimento(porgrupo)1. AvaliaraDO600nmdasuspensãobacterianafornecida(culturarecente“overnight”)2. Inocular20mLdemeionutritivo,previamenteaquecido,comasuspensãobacterianaàconcentraçãofinalde
DO600nm=0.053. Homogeneizarasuspensão4. Tomaramostrade2mL.Separar
a. AvaliaraDO600nm(diluircommeiosenecessário).Registarvalor5. Tomar2X0.2mLdesuspensão
a. Espalharumadasamostrasnasuperfíciedeumaplacadeagarnutritivob. Diluiraoutraamostra1:10(adicionar1,8mLSF)eespalhar0.2mLnasuperfíciedeoutraplacadeagar
nutritivo6. Incubara37ºCemestufacomagitação(cercade120rpm)7. Repetirpassos3a5demeiaemmeiahora.8. Continuaraincubaçãodetodasasplacasinoculadasemestufacomagitaçãoa37ºCduranteumanoite
9. Observarasplacasdeagarnutritivoecontarascolóniasdesenvolvidas10. FazergráficoquerelacioneasleiturasdaDOcomotempodeincubação11. Calcularaconcentraçãodebactérias,determinadapelonúmerodecolóniasreveladas,pormLdecadasuspensão12. Fazergráficoquerelacioneaconcentraçãodebactériascomotempodeincubação13. RelacionarasDO600nmregistadascomaconcentraçãobacterianadassuspensõesanalisadas14. Calcularaabsorçãoespecíficadaculturabacteriana.
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Virologia2017/18 24
RegistodeobservaçõeseResultados
CURVADECRESCIMENTOBACTERIANO-2
Operador: Data: ____/____/____
Tempo(minutos) DO600nm/mL Bactérias/mL Observações
0
30
60
90
Notas:
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Virologia2017/18 25
Gráficos
Notas:
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Virologia2017/18 26
PREPARAÇÃODESUSPENSÃOVIRALDEALTOTÍTULO
Introdução
Todososvírussãoparasitasintracelularesobrigatóriosesãoincapazesdesepropagaremmeiosnutritivoscomoacontececomgrandenúmerodebactériaseoutrascélulas.Cadatipodevírusrequerumhospedeiroadequadoparasereplicar.Hávírusqueconsegueminfectardiferentestiposdehospedeiroseoutrosdemaiorespecificidadeparaumtipoparticulardecélulas.
Porqueosvírusnãopossuemasatividadesenzimáticasnecessáriasàsdiferentesfasesdosseusciclosdereplicação,estãodependentesdaatividademetabólicadohospedeiroparasepropagarem.Acélulainfectadadeveencontrar-seemcrescimentoativocomainerenteproduçãodeenergiaemacromoléculasutilizáveispelovírusaquandodainfeção,paraqueestapossaserprodutiva.
Nocasodosbacteriófagos(="comedoresdebactérias"),oshospedeirosnosquaissepodemmultiplicarsãobactérias.Énecessárioqueabactériaseencontreemcrescimentoexponencialparaaefetividadedainfeção.Seocrescimentobacterianonãoéóptimonaalturadainfeção,areplicaçãoviralpoderánãoocorrerousermuitoreduzida.
Materialereagentesespecíficos
¾ SuspensãodebacteriófagolíticodeE.coli¾ CulturarecentedeE.coliemmeionutritivo
(faseexponencial)¾ Sorofisiológicoestéril¾ PlacasdePetricomagarnutritivo¾ Tubosdeensaiocontendo5mLdeagar
nutritivosemissólido(0,75%)fundidoeembanhoa50ºC
¾ Tubosdeensaioesterilizados(10mLmínimo)¾ Tubosdecentrífugaesterilizados(12mL)¾ PipetasPasteuresterilizadas¾ Microtuboseppendorfesterilizados¾ Micropipetas(200e1000)erespectivaspontas
esterilizadas
Procedimento
NB
Cadagrupoexecutaoensaiocomduasdiluiçõesdevírus1. Identificaromaterialautilizarnotrabalho:
a. 2X7Tuboseppendorf(de1a7)b. 7PlacasdePetricomagarnutritivo(de1a7)eidentificar:nomedogrupo,dataeexperiência
2. Nosmicrotubospreparardiluiçõesdecimaisseriadasdaamostradobacteriófagoaamplificar,umaamostranãodiluídaeumcontrolonegativo,conformeaoesquema:
Tubo# 1 2 3 4 5 6 7Amostrainicial 200µL 100µL - - - - -Diluiçãoanterior - - 100µL 100µL 100µL 100µL Sorofisiológico - 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µLDiluiçãofinal 100 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 0
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Virologia2017/18 27
3. Emmicrotuboesterilizadomisturar:a. 0,3mLdeculturabacterianaemcrescimentoexponencialb. 0,1mLdecadadiluiçãodebacteriófago
4. Misturarnovortexeincubarembanho-mariaa37ºCdurante5minutos5. Adicionaroconteúdoa5mLdeagarsemissólidonoestadolíquidoa50ºC6. Misturareverterdeimediatonasuperfíciedeumaplacadeagarnutritivo7. Homogeneizaredeixarsolidificaràtemperaturaambiente(15a20minutos)8. Incubaremestufaa37ºCdurante24horas(conservarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte)9. Repetirpassos3a8paracadadiluição.10. Observarasplacaseregistarasobservações11. Escolheraprimeiraculturaquecontenhaasplacasdovírusconfluentes12. ComauxíliodeumapipetaPasteurdobradaremoveracamadadeagarsemissólidoparatubodecentrífuga13. Adicionar5mLdesorofisiológicoehomogeneizarporaspiraçãocompipeta14. Repartirasuspensãopormicrotubos15. Centrifugar5minutos.
a. Repetircentrifugaçãoseosobrenadantenãoestiverlímpido16. Tomarosobrenadanteeconservaremfrigoríficoa4ºC
a. Senecessárioprocederafiltraçãoestéril-0,22nmou0.45nmNBEstaamostraseráafontedevírusparaostrabalhossubsequentes.Cadagruporesponsabiliza-sepeloseumaterial.
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Virologia2017/18 28
RegistodeobservaçõeseResultados
PREPARAÇÃODESUSPENSÃOVIRALDEALTOTÍTULO
Operador: Data: ____/____/____
Placa Amostra Observação
#1
#2
#3
#4
#5
#6
#7
Notas:
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Virologia2017/18 29
ISOLAMENTODEPLACAVIRAL
Introdução
Nostrabalhosdevirologia,emparticularquandosemanipulamagentesresultantesderecolhasdoambiente,nãoégarantidoqueestejapresenteapenasumaespécieviral.Éfrequentenestetipodetrabalhosobservar-seaformaçãodeplacasviraisdecaraterísticasdiferentes(dimensão,transparência,p.ex.)correspondendoaestirpesviraisdetipodiferente.
Nestetrabalhopreparar-se-áumasuspensãouniformedevírus,isolandoumtipodosrestantes.
Materialereagentesespecíficos
¾ PlacadePetricomplacasviraisisoladas¾ CulturarecentedeE.coliemmeionutritivo
(faseexponencial)¾ Sorofisiológicoestéril¾ CaixasdePetricomagarnutritivo
¾ PipetasPasteuresterilizadas¾ Microtuboseppendorfesterilizados¾ Micropipetas(200e1000)erespectivaspontas
esterilizadas
Procedimento1. DeumacaixadePetricomplacasviraisselecionarumabemisoladaemarcarposiçãonacaixa.2. CompipetaPasteuraspirarum“plug”deagarcontendoaplacaviralselecionada3. Transferiro“plug”deagarparadentrode500µLdeSFemmicrotubo4. Homogeneizarcommicropipetaaspirandoeexpirandoo“plug”5. Identificaremarcar5X2microtubosecincoplacasdeagarcontendomeionutritivo6. Nosmicrotubospreparardiluiçõesdecimaisseriadasdaamostradobacteriófago,conformeaoesquema:
Tubo# 1 2 3 4 5Amostrainicial 200µL 100µL - - -Diluiçãoanterior - - 100µL 100µL Sorofisiológico - 900µL 900µL 900µL 900µLDiluiçãofinal 100 10-1 10-2 10-3 0
7. Nooutroconjuntodemicrotubosesterilizadosmisturar:
a. 0,3mLdeculturabacterianaemcrescimentoexponencialb. 0,1mLdecadadiluiçãodebacteriófago
8. Misturarnovortexeincubarembanho-mariaa37ºCdurante5minutos9. Transferiratotalidadedoconteúdodecadatuboparaasuperfíciedoagardarespetivacaixa10. Comespalhador(pipetaPasteurduasvezesdobrada)espalharuniformeecompletamenteatéàabsorção
completa.11. Repetirparatodasasdiluições12. Incubaremestufaa37ºCdurante24horas(conservarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte)13. ObservarasplacasdePetrieregistarasobservações
a. Ocontrolovalidaoensaio(ausênciadeplacasvirais)b. ObservarcaixadePetricomplacasviraisisoladaseregistarpresençaounãodeplacasdetipos
diferentes
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RegistodeobservaçõeseResultados
ISOLAMENTODEPLACAVIRAL
Operador: Data: ____/____/____
Placa Amostra Observação(existênciadeplacasviraisdetiposdiferentes)
#1
#2
#3
#4
#5
Notas:
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TITULAÇÃODESUSPENSÃODEBACTERIÓFAGOS–FORMAÇÃODEPLACAS
Introdução
Diversastécnicasemvirologiarequeremoconhecimentopreliminardaconcentraçãoviraldassuspensõesausar.Importaconheceronúmerodeunidadesinfeciosasporunidadedevolumedasuspensão.
Emcadaciclodeumainfeçãocombacteriófagolítico,cadabactériainfectadaproduzváriaspartículasviraisqueselibertamparaomeioexteriornasequênciadamortedohospedeiro.Cadaumadestaspartículasviraisterácapacidadeparainfectarumanovabactériaaqueseligue.
Quandoainfeçãoocorreemmeiosemissólido,aspartículasviraisqueselibertamapenaspodeminfectarasbactériasvizinhasdevidoàsuadifusãoretardadapelomeiogelificado.Porcadabactériainicialmenteinfectadaobservar-se-á,apósculturaadequada,umespaçonaculturaconfluentedebactérias,correspondenteaoslocaisemqueasbactériasforamdestruídaspelosvírus(placadelise).
Aconcentraçãodevírusnasuspensãooriginal,determinadapelonúmerodeunidadesformadorasdeplacas(pfu,plaque-formingunits),podesercalculadausandoaseguintefórmula:
Concentraçãoviral=Númerototaldeplacasvirais
VolumeusadoXFatordediluição
Materialereagentesespecíficos¾ SuspensãodebacteriófagolíticodeE.coli(T4)preparadonotrabalhoanterior¾ CulturarecentedeE.coliemmeionutritivo(diaanterior)¾ Sorofisiológicoestéril¾ PlacasdePetricomagarnutritivo¾ Tubosdeensaiocontendo5mLdeagarnutritivosemissólido(0,75%)fundidoeembanhoa50ºC¾ Tubosdeensaioesterilizados(10mLmínimo)¾ Microtuboseppendorfesterilizados¾ Micropipetas(200e1000)erespectivaspontasesterilizadas
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Virologia2017/18 32
Procedimento1. Emmicrotubosestéreis,identificadosde1a9,prepararasseguintesdiluiçõesdecimaisdofago:
Tubo# 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Amostrainicial 100µL - - - - - - - -
Diluiçãoanterior - 100µL 100µL 100µL 100µL 100µL 100µL 100µL -
Sorofisiológico 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL
Diluiçãofinal 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 Controlo
2. Emmicrotuboesterilizadomisturar:
a. 0,3mLdeculturabacterianaemcrescimentoexponencialb. 0,1mLdecadadiluiçãodebacteriófagoc. Misturarnovortexeincubarembanho-mariaa37ºCdurante5minutos
3. Adicionaratotalidadedoconteúdoa5mLdeagarsemissólidonoestadolíquidoa50ºCa. Misturareverterdeimediatonasuperfíciedeumaplacadeagarnutritivob. Homogeneizaredeixarsolidificaràtemperaturaambiente(15a20minutos)c. Incubaremestufaa37ºCdurante24horas(conservarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte)
4. ObservarasplacasdePetriecontaronúmerodeplacasviraisemtrêsplacasdePetriconsecutivascomplacas
viraiscontáveisa. Registarasobservaçõeseosresultados.
5. Calcularotítulodasuspensãoinicialempfu/mLparacadadiluiçãoavaliada
a. Estabelecerotítulodasuspensãoviralinicialpormédiadosvaloresencontrados
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RegistodeobservaçõeseResultados
TITULAÇÃODESUSPENSÃODEBACTERIÓFAGOS–FORMAÇÃODEPLACAS
Operador: Data: ____/____/____
Placa Amostra NúmerodeplacascontadasTítulodasuspensão
inicial Observações
#X
#X+1
#X+2
Média
Notas:
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TITULAÇÃODESUSPENSÃODEBACTERIÓFAGOS–DILUIÇÃOLIMITE
Introdução
Inoculandodiversasculturaslíquidasdebactériashospedeirascomdiluiçõescrescentesdasuspensãoviralemestudo,atinge-seumpontoapartirdoqualnãomaisépossíveldetectarpartículasvirais.Determinandoadiluiçãodasuspensãoqueaindacontempelomenosumapartículaviralépossívelcalcularaconcentraçãodasuspensãoinicial.
Materialereagentesespecíficos¾ SuspensãodebacteriófagolíticodeE.coli(T4)¾ CulturarecentedeE.coliemmeionutritivo(diaanterior)¾ Sorofisiológicoestéril¾ Tubosdeculturacontendo5mLdeagarnutritivolíquido¾ Microtuboseppendorfesterilizados¾ Micropipetas(200e1000)erespectivaspontasesterilizadas
Procedimento1. Emmicrotubosestéreis,identificadosde1a12,prepararasseguintesdiluiçõesdecimais:Tubo# 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12Amostrainicial(µL) 150 100 - - - - - - - - - -Diluiçãoanterior(µL) - - 100 100 100 100 100 100 100 100 100 -Sorofisiológico(µL) 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900 900Diluiçãofinal 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9 10-10 10-11 controlo2. Emmicrotuboesterilizadomisturar:
a. 0,3mLdeculturabacterianaemcrescimentoexponencialb. 0,1mLdecadadiluiçãodebacteriófagoc. Misturarnovortexeincubarembanho-mariaa37ºCdurante5minutos
3. Marcaradequadamenteostubosdeensaiocontendo5mLdemeiodeculturalíquidoa. Inocularcadatubocomatotalidadedecadasuspensãobacterianainfectada.b. Misturarnovortex.c. Incubarembanho-mariacomagitação(ouemincubadoracomagitação)a37ºCdurante24horas
(conservarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte)4. Observaraturvaçãodasculturas
a. Registarasobservações5. Calcularotítulodasuspensãoinicial
a. Compararcriticamentecomotítulocalculadopelatécnicadeformaçãodeplacas
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RegistodeobservaçõeseResultados
TITULAÇÃODESUSPENSÃODEBACTERIÓFAGOS–DILUIÇÃOLIMITE
Operador: Data: ____/____/____
Tubo Amostra Turvação(+/-) Observações
#1
#2
#3
#4
#5
#6
#7
#8
#9
#10
#11
#12
Títulodasuspensãoviralinicial:
Notas:
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CURVADECRESCIMENTODEUMBACTERIÓFAGOLÍTICO
Introdução
Oaspetotípicodeumacurvadecrescimentodebactériasmostraumcrescimentoconstantedonúmerodeindivíduosnafaseexponencial,quedecorreduranteumdeterminadoperíododetempocorrespondenteageraçõessucessivasdeindivíduos.Poresgotamentodosnutrientesnomeiooupelodesenvolvimentodeoutrascondiçõesadversas(pH,acumulaçãodeprodutostóxicos,etc.),ocrescimentobacterianoéinibido.
Areplicaçãodeumvíruslíticonabactériadesenvolve-senumúnicopassoconducenteàmortedohospedeiroelibertaçãodosfagosparaomeioenvolvente.Estefenómenoqueocorrenumaúnicacélulainfetadapodeserdemonstradonumapopulaçãodemicrorganismossetodososindivíduosforeminfetadosaomesmotempo.
Amultiplicidadedeinfeção–MOI(multiplicityofinfection)éumconceitoquerelacionaonúmerodepartículasviraisinfeciosasusadasparainfetarumdeterminadonúmerodecélulashospedeiras.UmaMOIde1.0correspondeaumasituaçãodeumapartículaviralinfeciosaporcélula.
Nestetrabalhodetermina-seoperfildecrescimentodeumbacteriófagolítico.
Materialereagentesespecíficos¾ SuspensãodebacteriófagolíticodeE.coli(T4)preparadonotrabalhoanterior¾ CulturarecentedeE.coli(ATCC25250)emmeionutritivo(diaanterior)¾ Sorofisiológicoestéril¾ PlacasdePetricomagarnutritivo¾ Tubosdeensaiocontendo5mLdeagarnutritivosemissólido(0,75%)fundidoeembanhoa50ºC¾ Tubosdecentrífuga(10mLmínimo),Microtuboseppendorf,Micropipetas(200e1000)epontasesterilizadas
Procedimento(culturadevírus)1. Inocularfrascoerlenmeyerscontendo50mLdemeionutritivocom2mLdeculturabacterianarecente.2. Incubara37ºC,sobagitação,atécrescimentoexponencial(Oprocessodemoraentre3a5horasatéqueacultura
comeceaduplicarasuadensidade–crescimentoexponencial).3. AvaliaraDOdasuspensãobacteriana4. Avaliaraquantidadedebactériasexistentesem10mldesuspensão5. Tomar10mLdeculturaparacadaumdedoistubosdecentrífugaestéreis(Tubos1e2)6. AdicionarsuspensãoviralsuficienteparaatingirumaMOIde5a10notubo17. AdicionarigualvolumedemeiodeculturaLBaotubo28. Incubar37ºCdurante5minutos9. Centrifugar1500rpmX5minutos.Decantarossobrenadantesparatubosestéreis10. Preservarsobrenadantedetubo1econservara4ºC11. Conservarosedimentobacterianosecoa4ºCparaaaulaseguinte12. Ressuspenderosedimentodecadatubocom20mLdemeiodeculturapré-aquecido.13. TransferirasuspensãodecadatuboparafrascosErlenmeyer14. Incubara37ºCsobagitação15. Tomarassepticamenteasamostrasseguintesaotempo0(zero):
a. Daculturabacterianainoculadacomvírus(tubo1):i. Amostrade1mLdesuspensão.LeraDO600.Registarleitura.ii. Amostrade0,5mLdesuspensão.Conservara4ºC
b. Daculturabacteriananãoinoculadacomvírus(tubo2):i. Amostrade1mLdesuspensão.LeraDO600.Registarleitura.
16. Repetirpasso15decada15minutosatéaofimdaaula
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Procedimento(revelação)1. Materialbiológiconecessárioconservadoa4ºC:
a. Sobrenadantedaculturainicialdosvírusb. Umaamostradesuspensãobacterianadetempo0(zero)c. Umaamostradesuspensãobacterianadecadatemporecolhido
2. Faceàquantidadedevírusebactériasinicialmenteutilizadoscalcularasdiluiçõesafazerparacadacaso3. Procederàdiluiçãodecadaamostraaestudardeacordocomoseguinteesquemaeemfunçãodadiluição
máximanecessária:
Tubo# 1 2 2 2 2 ... NSorofisiológico 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µLSobrenadante(sessãoanterior) 100µL - - - - - -Diluiçãoanterior - 100µL 100µL 100µL 100µL 100µL -
4. Selecionardecadaamostraastrêsdiluiçõesparainocularnasbactérias5. Emeppendorfsesterilizados:
a. 300µLdesuspensãobacterianarecenteb. 100µLdadiluiçãodasuspensãoviralemestudoc. Homogeneizar
6. Repetirpasso5paratodasasamostrasatestar7. Incubarostubosa37ºCdurante5minutos8. Pipetaratotalidadedoconteúdodecadaeppendorfparatubodeensaiocontendoagarsemissólidoliquefeitoe
aquecidoa50ºC9. Rolarotuboentreasmãosparahomogeneizar10. Verterdeimediatonasuperfíciedeumaplacadeagarnutritivopreviamentemarcada11. Homogeneizaredeixarsolidificaràtemperaturaambiente(15a20minutos)12. Incubaremestufaa37ºCdurante24horas(conservarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte)13. Repetirprocedimentosde8a12paratodasasamostrasselecionadas.14. ObservarasplacasdePetriecontaronúmerodeplacasvirais15. Registarasobservaçõeseosresultados16. CalcularamédiadonúmerodepartículasviraispormLdecadasobrenadanteinicial17. Prepararacurvadecrescimentodobacteriófago.18. Determinaroperíododeexplosão(burstsize)
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RegistodeobservaçõeseResultados
CURVADECRESCIMENTODEUMBACTERIÓFAGOLÍTICO
Operador: Data: ____/____/____
Sobrenadante
Amostra
(Diluições)Tempodeinfeção
Contagensdeplacasvirais
PlacadePetriX-1 PlacadePetriX PlacadePetriX+1
Inicial
(____________)
-
1
(____________)
0
2
(____________)
3
(____________)
4
(____________)
5
(____________)
6
(____________)
Notas:
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CURVADECRESCIMENTODEUMBACTERIÓFAGOLÍTICO-PROCESSOSIMPLIFICADO
Materialereagentesespecíficos(IDÊNTICOSAOSDATÉCNICAANTERIOR)
Procedimento(culturadevírus)1. AvaliaraDOdeculturadeE.colidediaanterior2. Calcularonúmerodebactériaspresentesem5mLdecultura3. Medir5mldeculturabacterianaparacadaumdedoistubosFalconde20mL(tubos1e2)4. Adicionaraotubo1suspensãoviralatéumaMOIde5a105. Adicionaraotubo2meiodeculturaemvolumeigualaodasuspensãoviralacrescentadaaotubo16. Incubara37.ºCdurante10min7. Centrifugara1500rpmX5min8. Decantarsobrenadantesereservarparaavaliaçãoposterior9. Suspenderosprecipitadosbacterianosdecadatubocom50mLdemeiodeculturapré-aquecidoa37.ºC10. Transferirparaerlenmeyers11. Incubara37.Ccom.Agitação12. De30em30minutos:
a. Tomaramostrade1mLdecadacultura.b. AvaliarDO.Registar.c. Tomaramostrade200a500µLdotubo1.Conservara4ºC.
13. Continuararecolhadeamostrasatéàobservaçãodecrescimentoevidentenotubo2eparagemdecrescimentonotubo1.
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Virologia2017/18 40
Procedimento(revelaçãodostítulosvirais)1. Materialbiológiconecessárioconservadoa4ºC:
a. Sobrenadantedaculturainicialdosvírus(passo8.doprocedimentoanterior)b. Amostrasdesuspensãodaculturainfetadaacadatemporecolhido
2. Faceàquantidadedevírusebactériasinicialmenteutilizadoscalcularasdiluiçõesafazerparacadacaso3. Procederàdiluiçãodecadaamostraaestudardeacordocomoseguinteesquemaeemfunçãodadiluição
máximanecessária:
Tubo# 1 2 2 2 2 ... NSorofisiológico 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µL 900µLSobrenadante(sessãoanterior) 100µL - - - - - -Diluiçãoanterior - 100µL 100µL 100µL 100µL 100µL -
4. Selecionardecadaamostraastrêsdiluiçõescorrespondentesaaproximadamente10,100e1000placasvirais,
parainocularnasbactérias5. Emeppendorfsesterilizados:
a. 300µLdesuspensãobacterianarecenteb. 100µLdadiluiçãodasuspensãoviralemestudoc. Homogeneizar
6. Repetirparatodasasamostrasatestar7. Incubarostubosa37ºCdurante5minutos8. Pipetaratotalidadedoconteúdodecadaeppendorfparatubodeensaiocontendoagarsemissólidoliquefeitoe
aquecidoa50ºC.Homogeneizar9. Verterdeimediatonasuperfíciedeumaplacadeagarnutritivopreviamentemarcada10. Homogeneizaredeixarsolidificaràtemperaturaambiente(15a20minutos)11. Incubaremestufaa37ºCdurante24horas(conservarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte)12. ObservarasplacasdePetriecontaronúmerodeplacasvirais13. Registarasobservaçõeseosresultados14. CalcularamédiadonúmerodepartículasviraispormLdecadasobrenadanteinicial15. Prepararacurvadecrescimentodobacteriófago.16. Determinaroperíododeexplosão(burstsize)
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RegistodeobservaçõeseResultados
CURVADECRESCIMENTODEUMBACTERIÓFAGOLÍTICOProcessoSimplificado
Operador: Data: ____/____/____
Sobrenadante
Amostra
(Diluições)Tempodeinfeção
Contagensdeplacasvirais
PlacadePetriX-1 PlacadePetriX PlacadePetriX+1
Inicial
(____________)
-
1
(____________)
0
2
(____________)
3
(____________)
4
(____________)
5
(____________)
6
(____________)
Notas:
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REVELAÇÃODEVÍRUSVEGETAL(TMV)
Introdução
OTMV(TobaccoMosaicVírus)éumvírussimpleshelicoidal,degenomaaRNAdecadeiasimplesqueinfectaasplantasdotabacoedotomateiroalémdeoutrostiposdeplantas.Foioprimeirovírusaseridentificado,purificadoecristalizadoeédosvírusmaisestudados.Ainfeçãoviralcausalesõeslocalizadasnasfolhas,dando-lhesumaspectoheterogéneo(mosaico),podendotambémcausarinfeçãosistémicasetransmitidoàplantainteira.Devidoàexistênciadeumaparedecelularrígida(celulósica)nascélulasvegetais,ainfeçãosópodeestabelecer-sequandoocorreroturanessaparede,napresençadovírusinfecioso.
Nestetrabalhopretende-sepesquisarapresençadeTMVemprodutoscomerciaisdetabacoporabrasãodasfolhasdaplanta.
Materialereagentesespecíficos¾ Vasoscomplantasdotabacoemcrescimento(1porgrupo)¾ Produtosdetabacocomerciais(cigarros,charutos,tabacodecachimbo),dediferentesfabricantes.¾ Almofarizepistão¾ Sorofisiológico¾ Areiafina¾ Algodãoesterilizado(bolas)
Procedimento
1. Identificarovasodecadagrupo2. Pendurarumapequenaetiquetaemcadaumdedoisramosdaplanta,marcadascomcontroloeteste3. “Pisar”umaporçãodetabaco(umcigarrodesfeito)noalmofarizcomumapequenaporçãodesorofisiológico4. Aspergirsorofisiológiconumadasfolhasdoramomarcadocomocontrolo.5. Espelharumapequenaporçãodeareiamuitofinasobreafolhamolhada6. Embeberumaboladealgodãocomsorofisiológico7. Esfregarligeiramenteafolhadaplantacomoalgodão8. Repetirospassos4.e5.numafolhadoramomarcadocomoteste9. Embeberumaboladealgodãocomomaceradodetabacopreparado10. Esfregarligeiramenteafolhadaplantacomoalgodão11. Cuidardamanutençãodaplanta12. Observarsemanalmenteasfolhasutilizadasnoensaio13. Registarasobservaçõesefetuadas
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Virologia2017/18 43
RegistodeobservaçõeseResultados
REVELAÇÃODEVÍRUSVEGETAL(TMV)
Operador: Data: ____/____/____
Observações
Data Folhacontrolo Folhateste
Conclusão:
Notas:
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Virologia2017/18 44
ISOLAMENTODEBACTERIÓFAGOSELVAGEM(TRABALHOFINALAUTÓNOMO)
Introdução
Comoparasitasintracelularesobrigatórios,osvírusencontrar-se-ãonosmesmosecossistemasnaturaisondesedesenvolvemosseushospedeiros.
Oscoliformessãobactériasqueseencontramemgrandesquantidadesnotratointestinaldosmamíferos,peloqueédeesperarencontrarbacteriófagosdeE.colinamatériafecalnãotratadaoueminsectosqueapovoem.
ÉobjetivodestaexperiênciademonstrarapresençadefagoslíticosdeE.coli,emdejetosdemamíferosecapacitarosestudantesparaarealizaçãodeumtrabalhoautónomoemVirologia.
Materialereagentesespecíficos
¾ Matériafecal,maceradodemoscas,etc.¾ MeiodeculturaTYG(1%triptona;0.5%
extratodelevedura;0,2%glucose)¾ CulturarecentedeE.coli(JF335)emmeio
TYG(diaanterior)¾ CulturarecentedeE.coli(JF417)emmeio
TYG(diaanterior)¾ Banho-mariaa50ºCea42ºC
¾ Estufadeincubaçãoa37ºC¾ Sorofisiológicoestéril¾ PlacasdePetricomagaremTYG¾ Tubosdeensaiocontendo5mLdeagarnutritivo
semi-sólido(0,75%)fundidoeembanhoa50ºC¾ Tubosdeensaioesterilizados(10mLmínimo)¾ Microtuboseppendorfesterilizados¾ Micropipetas(200e1000)erespectivaspontas
esterilizadas
Procedimentosugerido
Enriquecimento
1. Tomar“umanoz”dematériafecal,50mLdefluidorecolhidodoesgotonãotratado(doméstico,deexploraçãopecuáriaououtro)ouumadúziademoscasdomésticas.1
2. Homogeneizaremaceraromaterialsólidoem25mLdesorofisiológico.Tomaramostradecercade25mLdemateriallíquidooupastoso
3. Centrifugar5000rpmX10minutos.Recuperarsobrenadante.4. Repetircentrifugaçãoatésobrenadantelímpido.5. A20mLdesuspensãolímpidaadicionar:
a. 2,5mLdeLB10Xconcentradob. 2,5mLdeculturadeE.colirecente
6. Incubara37ºCdurante24horas(guardarnofrigoríficoatéàsessãoseguinte,senecessário)
Clarificação
1. Centrifugar20mLdesuspensãoa5000rpmX10minutos.Recuperarosobrenadante2. Repetiracentrifugaçãoatéàclarificaçãodosobrenadante3. Esterilizarsobrenadante,porfiltração(usarseringaefiltrode0,22nm)atécolmataçãodofiltro4. Homogeneizartodasasamostras5. Conservara4ºC
1 Tratar o material recolhido do esgoto como potencialmente infecioso para o homem. Usar luvas e evitar o contato direto.
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Virologia2017/18 45
Amplificaçãodevírus
Prepararumasuspensãoviraldealtotítulo
Isolamentodevírus
Seàobservaçãoforevidenteaexistênciadediferentestiposdeplacasvirais(opacidadeedimensões),selecionarapenasumtipoeamplificar
Titulação
Titularassuspensõesobtidas,tentandoreportaraosníveisdecontaminaçãodomaterialbiológicoinicialmenteutilizado.
Curvadecrescimentodovírus
Estabeleceracurvadecrescimentodovírusisolado.
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Virologia2017/18 46
RegistodeobservaçõeseResultados
ISOLAMENTODEBACTERIÓFAGOSELVAGEM
Operador: Data: ____/____/____
Enriquecimento
Clarificação
Titulação/Isolamento
Amplificação
Titulaçõesespecíficas
Curvadecrescimento
Notas:
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Virologia2017/18 47
APÊNDICE–MEIOSDECULTURA(FÓRMULAS)
MeiodeculturaLB(stock)
LB10X:
Bacto-triptona 100g
Extratodelevedura 50g
NaCl 100g
H2Odestiladaaté 1000mL
pH7,5.
Autoclavar.Conservarestérila4°C.
MeioLBlíquido
MeioLB10X 100mL
Águadestiladaestéril 900mL
Conservarestérila4ºC.
AgarLBsemi-sólido
MeioLBlíquido 1000mL
Agar 7,5g
Autoclavar.DistribuirassepticamenteporplacasdePetri.Conservara4ºC.
AgarLBnutritivo
MeioLBlíquido 1000mL
Agar 7,5g
Autoclavar.DistribuirassepticamenteporplacasdePetri.Conservara4ºC.
CarlosSinogas