virtudes da sétima economia mudial · 2018-03-26 · tratamento de imagens e arquivos digitais -...
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FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011 - 3
DIRETORIADiretoresJosé Augusto Ferraz Solange Sebrian
REDAÇÃODiretor de Redação e Jornalista ResponsávelJosé Augusto Ferraz – (MTB 12.035)[email protected]ônia [email protected] Eduardo [email protected] Aurélio (texto)[email protected]ábio Bortoloto (MTB 31.295)[email protected]
COMERCIALDiretoraSolange [email protected] de contasFred [email protected]. [email protected]
CIRCULAÇÃOGerenteJosé Carlos da [email protected]
ADMINISTRAÇÃOGerenteEdna [email protected]
Assinaturas e Alterações de Dados CadastraisServiço de Atendimento ao AssinanteFone/Fax (0**11) 3871-1313E-mail: [email protected] ANUAL - R$ 132,00 (12 edições)Preço do Exemplar Avulso: R$ 11,00REDAÇÃO, PUBLICIDADE,CIRCULAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua Ministro Godói, 507 (Água Branca)05015-000 – São Paulo – SP – BrasilFone/Fax (0**11) 3871-1313Home page: www.frotacia.com.brFROTA&Cia é uma publicação mensal da Editora Frota Ltda,de circulação nacional e controlada, enviada a empresários eexe cutivos em cargos de direção, de empresas de transportesde cargas e passageiros. Circula também junto a embarcado-res de cargas, compradores de serviços de transportes, frotis-tas em geral e fornecedores de produtos e serviços de trans-portes. Direitos autorais reservados. É proibida a reproduçãototal ou parcial de textos e ilustrações integrantes da ediçãoimpressa ou virtual, sem a prévia autorização dos editores. Ma-térias editoriais pagas não são aceitas e textos editoriais nãotem qualquer vinculação com material publicitário. Conceitosexpressos em artigos assinados e opiniões de entrevistadosnão são necessariamente os mesmos de FROTA&Cia.
Editoração eletrônica - Editora FrotaTratamento de imagens e Arquivos digitais - FênixImpressão - Vox EditoraLaboratório fotográfico - PH ColorTiragem - 13.000 exemplaresCirculação - Novembro-Dezembro 2011Filiada ao Instituto Verificador de Circulação Dispensada de emissão de documentos fiscais conforme Regi-me Especial Processo SF-04-908092/2002
Foto de capa: Montagem sobre fotos: Marcelo Moscardi
Virtudes da sétima economia mudial
FROTA SERVIÇOS
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Linha diretaAssinaturas/Alteração de CadastroJosé Carlos da Silva - [email protected]
Redação/Sugestões de PautaSônia Crespo - [email protected]
Publicidade/Reprintes de matériasSolange Sebrian - [email protected]
Diretoria/ReclamaçõesJosé Augusto Ferraz- Diretor de Redaçã[email protected]
EDITORIAL
M esmo com a freada da economia brasileira registra-da no terceiro trimestre, quando o PIB apresentoutaxa zero de expansão, o ano 2011 termina como
mais um marco na história do país. Pelo segundo ano conse-cutivo, o Brasil consegue enfrentar e superar os ventos som-brios que, desde 2009, devastam a economia de boa parte dasnações. Uma situação bem diferente de um passado ainda re-cente, quando uma simples brisa vinda de um país distante,muitas vezes, era o bastante para provocar um vendaval emterras tupiniquins.
Hoje, ao contrário, depois de registrar uma expansão de7,5% no desempenho econômico em 2010, o maior percen-tual desde o biênio 1985-86, auge do Plano Cruzado, o PIB brasileiro deve encerrar esse anocom um crescimento próximo de 3%. Com fortes chances de repetir e até ampliar essa mar-ca em 2012, em consequência das medidas quem vem sendo adotadas pelo governo para es-timular o consumo e o investimento.
Por conta desses e de outros fatores, a indústria brasileira e o agronegócio, de maneira ge-ral, conseguiram registrar bom desempenho no ano em que se encerra. Incluindo a indústriaautomobilística, produtora de veículos comerciais. Os fabricantes de caminhões esperam en-cerrar o ano com vendas próximas de 170 mil unidades, repetindo o ano anterior.
Os transportadores rodoviários de cargas, por sua vez, também não tem do que reclamar.Salvo performances negativas, em especialidades pontuais, os ganhos tanto no faturamentoquanto no volume de cargas devem permitir encerrar o ano de forma bastante satisfatória.
Embora as projeções futuras apontem para a cautela e a redução da atividade econômicaé inegável, também, que o Brasil dispõe de trunfos e virtudes que poucas nações hoje podemcontar. Entre eles, a realização dos grandes eventos esportivos que o país irá sediar, a existên-cia de um grande mercado interno, o elevado nível de divisas, o controle relativo da inflação,a existência de um robusto parque industrial, além de instituições financeiras sólidas.
Mais importante de tudo é continuar acreditando na capacidade do povo brasileiro, seusagentes econômicos e suas instituições de superar adversidades e vencer desafios. Como temsido a tônica dos últimos anos. Um fato reconhecido até pela revista semanal inglesa “The Eco-nomist”, em edição especial, ao projetar que o Brasil vai se tornar a sétima maior economia doplaneta, ainda este ano, superando a Itália, com PIB superior a US$ 2 trilhões.
Aos nossos milhares de leitores que mantém a confiança em dias ainda melhores, deixoaqui registrado meus votos de Boas Festas e um Ano Novo ainda mais próspero pela frente.
José Augusto FerrazDiretor de Redação
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SUMÁRIO
Edição nº 151 - Novembro/Dezembro - 2011
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Seções
Editorial
06Transporte On-line
66Panorama
51pag.
Maior feira do setor de transportes da América Latina, a edição da Fenatran de 2011 ganhou brilho especial pelas suas atrações, novos expositores, bons resultados e milhares de visitantes
Fenatran 2011
18
Em sua primeira exposição pública, caminhões da montadora norteamericana causam boa impressão nos visitantes da feira,e revelam sua disposição de competir no mercado brasileiro
DAF
22
Ao comunicar que deixará de fabricar a tradicional Linha F, aFord também anunciou que investirá R$ 455 milhões até 2015para agragar a produção de extrapesados ao portfólio da marca
Ford
23
Para acompanhar a mudança na configuração de motoresexigida por lei, a montadora gaúcha incorporou uma série de importantes alterações no design das cabines
Agrale
24
A elevação do IPI sobre os veículos importados pega de surpresaos representantes das primeiras marcas chineses de caminhõesque chegam ao país e apressa seus planos de nacionalização
Asiáticas
26
Fabricantes apresentam na Fenatran soluções sustentáveis ecustomizadas que demonstram o quanto o setor está prontopara atender qualquer demanda do transporte de cargas
Implementos
30
Joel Anderson, da Sinotruck, fala sobre os planos da companhiapara 2012, que incluem o início da comercialização da linha A7 Euro V e a inauguração da futura fábrica brasileira
Entrevista
36
As fabricantes Tipler e Vipal apresentaram no palco concorridoda Fenatran seus novos sistemas de gestão de pneus e linhas de bandas de rodagem, para diferentes aplicações
Pneus
38
O tão esperado boom de vendas de caminhões Euro III, nosúltimos meses do ano, não aconteceu conforme o esperado: nas concessionárias já há procura por veículos da safra Euro V
Revendas
42
A Júlio Simões Logística aposta, agora, no nicho de aluguel decaminhões, oferecendo serviços a empresas e pessoas físicas comcontratos diários, semanais e mensais, com ou sem motoristas
Empresas
46
Raízen e Ecofrotas apresentam ao mercado o Expers, umsoftware de gestão de frota que permite, segundo elas, a redução de até 10% de consumo de combustível de caminhões e ônibus
Administração
49
Com incentivo da Scania e da Bellini Cultural, a TransportadoraAmericana aproveita a Fenatran para lançar o livro que conta a história de seus 70 anos de existência da operadora paulista
Transportadoras
48
Aparelhamento de segurança e novas tecnologias de telemetriareforçam a qualidade dos serviços prestados pelasgerenciadoras de risco no transporte rodoviário de cargas
Segurança
50
❚ A Iveco inaugurou em 1º de dezembro sua 100ª concessionária. A revenda es-tá situada em Jundiaí (SP) e pode ser considerada a primeira totalmente sus-tentável do Brasil. A instalação conta com tecnologia de reciclagem e arma-zenamento da água da chuva, geração de energia solar, redução de tempera-tura ambiente via teto verde, entre outros destaques benéficos aos meio am-biente. A iniciativa é dos empresários Hélio e Cristina Cangueiro e, segundoMarco Mazzu, presidente da Iveco Latin America, é a concessionária maisverde do mundo da marca italiana.
Revenda sustentável
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TRANSPORTE ON LINE
Sem riscos■ Pelo menos nesse momento, as
marcas asiáticas não representam
grande perigo para as fábricas es -
tabelecidas no país, segundo exe -
cutivos ouvidos por FROTA&Cia, du -
rante a Fenatran 2011. Três mo tivos
principais explicam essa con fiança:
1. As novas sanções impostas à im -
portação de veículos, como o au -
mento do IPI, que devem reduzir as
margens e a rentabilidade do negó cio;
2. A necessidade de grandes inves -
timentos para instalação de fábri -
cas no Brasil;
3. O poder limitado de fogo dos
distribuidores locais, já que não
podem contar com a ajuda fi nan cei -
ra das fábricas que repre sen tam.
Único temor■ Ao pé do ouvido, os mesmos
executivos confidenciaram o seu
único temor em relação aos novos
competidores que chegam para dis-
putar o mercado brasileiro de
veículos comerciais. Ele atende pe-
lo nome de DAF, marca européia
controlada pela Paccar norteame -
ricana, que a partir de 2013 pro -
mete entrar com tudo na disputa
por nosso mercado.
Novo MercedinhoO mercado central de São Paulo, centro distribuidor de alimentos para 876 feiras públicas, poronde passam diariamente mais de mil comerciantes, serviu de palco para a Mercedes-Benzmostrar as características e aplicabilidade da nova linha de caminhões Accelo 2012. O princi-pal destaque é o novo “Mercedinho” 815, agora com 1,3 mil kg a mais de capacidade de car-ga que seu antecessor, o modelo 710, que deixará de ser produzido. A nova linha Accelo tam-bém introduziu o modelo 1016, para 10 toneladas de PBT. Todos os modelos ganharam 36%a mais de potência e 26% mais torque. “São as maiores plataformas de carga para este lo-cal”, salienta Tânia Silvestri, diretora de Vendas de Veículos Comerciais da montadora.
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O bom desempenho nas vendas do caminhão Cargo 2629 6x4tem sido motivo de festa para Oswaldo Jardim, diretor deOperações da Ford Caminhões. O modelo se revelou uma gratasurpresa para o fabricante. A marca tinha uma lacuna nessa faixade mercado, pela falta, até então, da versão cabine leito. “Depoisdo seu lançamento, junto com a cabine nova do Cargo, fomossurpreendidos pelo aumento da demanda. No começo,recebíamos 15% de pedidos de instalação do leito no 6x2. Com o6x4, já são 40%”, comemora o executivo.
Grata surpresa Apatia e comemoração■ Alguns expositores da Fenatran comentaram as
diferenças no comportamento do público, que visitou a
edição anterior e desse ano do Salão Internacional do
Transporte. Enquanto em 2009, a apatia tomou conta
dos visitantes, por conta da eclosão da crise econômica
mundial, em 2011 o clima foi de comemoração, diante
dos bons resultados internos e a euforia com tantas
novidades expostas nos estandes.
• Prova do interesse do público podia ser visto no
estande da Ford, entre outros. Uma apresentação sobre
os produtos da empresa, realizada a cada meia hora,
reunia centenas de interessados, que se acotovelavam
para conferir cada slide, ainda que recheados de
expressões em inglês.
• O mesmo de deu no estande da Volvo, onde a
demonstração prática da caixa I-Shift provocou filas de
interessados em aprender o significado da letras R, N A
e M que ilustram o componente, correspondentes a ré,
neutro, automático e manual.
Rigor americanoAlinhada ao tema sustentável da feira, aThermo King apresentou a linha T, deequipamentos de refrigeração totalmentedesenvolvida com material reciclável.Criada especialmente para caminhões, assoluções em refrigeração da empresaatendem às exigentes normas daCalifórnia (EUA), muito mais rigorosas quea atual legislação brasileira, no que dizrespeito às emissões de gases.
A paulista ESL comemora os frutos dos contatos realizados durantea Fenatran com o lançamento do Business Analytics, um conjunto deferramentas de análise de negócio com a leitura dos dados colhidosem tempo real. Até o final do ano, o produto estará disponível. Para2012, a empresa promete o lançamento de outra ferramenta nosegundo semestre. “Será inovador”, garante Rinaldo de Oliveira,diretor Comercial. Além disso, as primeiras duas filiais serão abertasem RJ e MG e a expectativa é crescer em 50% o faturamento.
Expansão à vista
Após adquirir a operaçãobra sileira da Fontaine, o Gru -po Ibero apresentou seus lan -ça mentos no Salão In ter -nacional do Transporte 2011.A empresa mostrou um novoconceito de quinta roda, comcartucho acopla do, que agili -za a reposição de peças, sem
a necessidade de desmontagem do chassi do caminhão. Outra novi -dade foi o protótipo de quinta roda de 3.1/2, para aplicação pesada,que estará no mercado a partir de 2012.
Quinta roda
Um novo recurso para seu sistema de gestão de frotas, oGlobus, foi apresentado na Fenatran pela BGM Rodotec. Oaplicativo integra o módulo TMS (Transport Manage Sytem) quemaximiza a logística nas operações de frotas. Batizado deControle de Produtividade Online ele permite a criação virtual deum roteiro, que indica os melhores trajetos para a entrega e acoleta de mercadorias.
Roteiro virtual
Bitrem no chão■ Um chassi invertido de
um bitrem graneleiro,
mon tado sob um piso de
vidro, chamou a atenção
dos visitantes no estande
da Guerra, na Fena tran. A
idéia, desen volvida pela
empresa Connect On, pos -
sibilitava visualizar cada
detalhe da imensa estru -
tura de aço. “Nunca nin -
guém tinha feito algo pa -
recido”, comenta o ana lis -
ta de Marketing da em -
presa, Fernando Berga -
mas chi Demore, orgulhoso
de seu pioneirismo.
Para a Meritor, fabricante de eixos e sistemas para drivetrain deveículos comerciais, o ano de 2011 foi altamente positivo. Aempresa registrou um faturamento superior a US$ 700 bilhões noBrasil, o representou um acréscimo de 40% do lucro da companhiaregistrado em 2010. Em comemoração ao fato, a empresa que vaiiniciar a produção dos eixos 17X e 18X no começo o de 2012, naplanta industrial de Osasco (SP). Além da ampliação da produçãode cardans e a expansão de seus laboratórios. Para o próximo ano,a companhia também pretende instalar uma nova fábrica emResende, nos arredores da fábrica da MAN.
Ano positivo
A Michellin prepara o lançamento de mais um pneu para ônibusurbanos. Com medida 295/80 e R 22,5 terá apelo maior aos siste-mas BRT. Foi adaptado para isso. “Será possível uma economia de15% tanto para articulados quanto biarticulados”, revela LuigiCannelloni, diretor de marketing para América do Sul.
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14 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
TRANSPORTE ON LINE
Trilha verde
■ Fator humano
O comportamento humano é a
principal causa dos acidentes nas
rodovias brasileiras tanto fede-
rais, quanto concedidas, segundo
pesquisa divulgada pelo Núcleo
CCR de Infraestrutura e Logística
da Fundação Dom Cabral, em par-
ceria com o Banco Interamericano
de Desenvolvimento (BID). Segun-
do Paulo Resende, responsável pe-
lo estudo, o motorista tende a au-
mentar a velocidade média em es-
tradas que apresentam boas con-
dições, o que aumenta o risco de
acidentes. Já em rodovias deterio-
radas e em más condições, dentre
os acidentes, as fatalidades ocor-
rem com maior frequência.
■ Álcool e drogas
Ainda segundo o estudo, as pri -
meiras horas da sexta-feira, sá -
bado e domingo respondem pelo
maior número de acidentes. "O
comportamento perigoso do con -
dutor, frequen temente enco -
rajado por consumo de álcool e
outras drogas, carac terístico dos
finais de semana, leva a um
aumento nas taxas de acidentes
assim como a um acrés cimo nos
acidentes com fatalidades neste
período da semana", avalia Re -
sende. Em 2009, 66% dos aci -
dentes fatais causados por atro -
pelamento ou colisão nos tre -
chos pesquisados ocorreram no
fim de semana.
Em sua busca pela cooperação sustentávele com o principal objetivo reduzir os im-pactos ambientais produzidos por sua fro-ta, a Letsara Transportes e Logística, em-presa gaúcha que opera o transporte inter-nacional no Mercosul, tem colhido resulta-dos positivos com o Projeto EcoSocial. O
projeto da empresa adotou os fatores deconversão do Programa Brasileiro GHG Pro-tocol e está quase atingindo os 5% de re-dução de poluentes, traçados para o quar-to semestre do ano, cuja meta é deixar deemitir 170 toneladas de gases poluentesaté o final de 2011.
Finame é favoritoDe acordo com o resultado divulgado pelaAnef (Associação Nacional das Empresas Fi-nanceiras das Montadoras), no mês de ou-tubro, o Finame foi a opção de financia-mento mais procurada na aquisição de ca-
minhões de ônibus. No mês, os números dalinha de crédito chegaram a 71%. Os 29%restantes respondem entre compras à vista,financiamento, consórcio, leasing e Finameleasing, na respectiva ordem.
EncontroA Veloce Logística realizou em novem-bro seu primeiro Clube de Compras,em Diadema (SP) com a presença demais de 100 participantes. As fabri-cantes Scania, Iveco, Ford e MAN ex-puseram seus produtos em condiçõesespeciais para motoristas contratados
como terceiros ou agregados em suasoperações para a troca dos veículosusados por novos. A Veloce anuncianos próximos meses seus dois novosclientes. “São grandes contratos”, an-tecipa Sueli Canabarro, gerente deMarketing.
As linhas arrojadas doInternational LoneStar,o extrapesado que amarca norteamericanacolocou em destaqueem seu estande na Fe-natran, provocaram fi-las de interessados emposar ao lado do mode-lo e, também, das belas recepcionistas contratadas pela empresa.Com design inspirado nos caminhões antigos da marca, mas equi-pado com o top da tecnologia veicular, o LoneStar na versão 6x4esconde um robusto motor Cummins de 6 cilindros e 15,2 litrosque oferece 532 cavalos de potência e 2.508Nm de torque, juntocom a transmissão Eaton de 18 velocidades.
Fila de interessados
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Há 12 anos no mercado, a Sascar é apaixonada pela inovação, por isso está entre as líderes nacionais em telemetria, gestão de risco e logística para sua frota.
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TRANSPORTE ON LINE
O Programa pela Vida, iniciativa doInstituto Julio Simões, completou seismeses de atividades com resultadosavançados. O programa já conta com10 trailers (começou com três) nospontos de maior fluxo das principaisrodovias e oferecem diversos testesgratuitos de saúde. Mais de 3 mil mo-toristas já foram atendidos e conscien-tizados da importância dos cuidadosbásicos de saúde. As primeiras pesqui-sas com base nos testes indicam quecerca de 68% dos profissionais estãocom sobrepeso ou obesidade.
Balanço positivo
Vendas em altaA Labor comemora vendas 50% superiores em 2011 (100 unidades) em comparação a
2010. Para 2012, com o aumento da procura por implementos personalizados, HebersonCosso, diretor Comercial, prepara um investimento de R$ 8 milhões numa nova fábrica,em Taubaté (SP). “Vamos passar de 84 unidades anuais, da matriz em Guarulhos, para
100 produtos no ano que vem e chegar a 360/ano em 2013”, projeta.
A Noma repensou seu planejamento e decidiu ser ainda mais ousada. A meta, agora, ésetornar a terceira fabricante de implementos do país até 2016. Hoje, a empresa ocupaa quarta colocação, com 9% de participação. Para ganhar uma posição, precisa de 15%.“A nova fábrica em São Paulo vai dobrar a produção e será vital no processo”, diz o pre-sidente Marcos Noma.
Nova meta
■ Padrão internacional
A Dibracam, concessionária MAN,
comemorou dois feitos em novem-
bro. Inaugurou a sua nova sede em
Santo André (SP) e se tornou, com
as instalações, a primeira conces-
sionária que atende a todos os pa-
drões internacionais da montado-
ra. A nova matriz possui 21 mil m2
de terreno e 9 mil m2 de área cons-
truída. Um exemplo da padroniza-
ção MAN são os boxes passantes,
que conforme layout padrão de-
vem ter largura de 5m, atendendo
às áreas de circulação de serviços.
Um dos destaques da revenda é o
moderno sistema aéreo automati-
zado que fornece a quantidade
certa de óleo lubrificante para as
bombas instaladas na oficina. O
mecânico pede por comando digi-
tal a quantidade e o óleo chega por
meio de um sistema instalado no
teto da oficina. Sem desperdício e
sujeira. O sistema completo custou
R$ 500 mil. A construção da reven-
da consumiu R$ 20 milhões e re-
sultou num ganho de produtivida-
de de 20% a 30%.
■ No limite
A Rodofort, de Sumaré (SP), pretende iniciar uma fase de expansão. A atual ca-
pacidade de produção da fabricante de implementos está chegando ao limite e
será necessária outra planta industrial, em no máximo cinco anos. “Estamos ne-
gociando com a cidade de Paulínia”, revela Delci Vedana, gerente de Pós-Vendas.
JBC agora no BrasilJá está disponível no mercado brasileiro o modelo JBC da Effa Motors. O ca-minhão leve capaz de transportar até duas toneladas é produzido na Chinapela marca Jinbei, pertencente ao grupo Brilliance Auto Group, e chega àsconcessionárias brasileiras com o preço sugerido de R$ 49.980,00.
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capa
Por Sônia Crespo
Com novos expositores e atrações inéditas, a Fenatran 2011 saiu dois moldes tradicionais, trouxe bons resultados comerciais
para os expositores e agradou o publico em geral
parte da visitação. Para os exposito-res, em geral, os negócios gerados du-rante a feira e as perspectivas para ospróximos meses com a aprovação deaberturas de linhas de crédito forambastante significativos.
SATISFAÇÃO GARANTIDA – ParaMarcelo Bouhid, gerente de Marke-ting da Iveco, o resultado da Fenatran2011 foi extremamente satisfatório.“Nossa expectativa de vendas foi ul-trapassada em 12%, pois fechamos oevento com 562 veículos vendidos. Nocaso das intenções de compra, onderegistramos informações de clientespara posterior contato, ultrapassamosnossa meta de 1.000 cadastros em73%, fechando a feira com 1.726 regis-tros”, detalha o dirigente, ressaltando
Pequenas mas notáveis, as ino-vações introduzidas na Fena-tran 2011 incrementaram o
evento e agradaram tanto visitantesquanto expositores, que já colhemfrutos. O público bateu na casa dos 57mil visitantes, um novo recorde emrelação às edições anteriores. Como jáera esperado, os novos motores P7ganharam, de longe, a maior audiên-
cia do espetáculo. Mas outras atra-ções também concentraram picos devisitação, como a área exclusiva paratest drive, que recebeu mais de 4 milparticipantes: 19 caminhões adapta-dos à tecnologia Euro V atenderam oscuriosos sobre a nova tecnologia. Asnovas marcas de montadoras de ca-minhões – Sinotruk, Foton, Shacmane DAF, também concentraram boa
NOVIDADES DE IMPAC
Corredores da Fenatran 2011, no Anhembi: público bateu na casa dos 57 mil visitantes
Corredores da Fenatran 2011, no Anhembi: público bateu na casa dos 57 mil visitantes
que dessas 1.726 inten-ções, 767 já são para pro-dutos da nova geraçãoEcoline. No estande damontadora o destaque foio caminhão Stralis ActiveSpace, modelo que contaopções de motorização de440, 480 e 560 cv. Tambémchamou a atenção dos vi-sitantes o Iveco Daily, de-senhado por GiorgettoGiugiaro, que ganhouuma nova grade dianteira.
“Isso mostra como opreview que fizemosdesses produtos no even-to foi bem sucedido. Ou-tro ponto é que fomosmuito bem avaliadosquanto a concepção doestande, tanto pelos qua-
se 500 clientes que leva-mos em caravanasquanto pelos jornalistasque lá estiveram. Aténossos concorrentes re-conheceram o trabalho,e isso nos traz grande
satisfação”, observa Bouhid.
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CAVALINHO SAI NA FRENTE – Du-rante a Fenatran, a Scania fechou avenda de 56 caminhões para a Trans-portes Cavalinho, com sede em Vaca-ria, no Rio Grande do Sul. Dos 56 veí-culos adquiridos pela transportadora,30 são G 400 6X2 com tecnologia SCR,e estão equipados com o novo motorde 13 litros da Scania, que foi apre-sentado mundialmente pela monta-dora durante a feira.
"A Transportes Cavalinho foi umdos primeiros clientes a adquirir oscaminhões equipados com os novosmotores, o que reafirma a confiançada empresa na marca. Essa venda éresultado de nossa filosofia de sem-pre trabalhar lado a lado com cliente,entendo suas necessidades e ofere-cendo sempre as melhores soluções",afirma Victor Carvalho, gerente exe-
cutivo de Vendas de Caminhões daScania no Brasil. As outras 26 unida-des, modelos G 420 6x2, fazem parteda linha Euro 3 e serão entregues atédezembro deste ano.
Além do potente caminhão Highli-ne V8, com 620 cv, a Scania manteve emdestaque em seu estande o caminhão P-270, com motor a etanol.
ADVANTECH: SUCESSO – Mais de 12mil pessoas visitaram o estande daMAN Latin America e quase 10 milclientes assinaram intenções de com-pras, indicando um grande volumepotencial de vendas para os próximosmeses. No estande, a montadora exi-biu a nova linha Advantech de cami-nhões com motorização P7.
De acordo com informações damontadora, mais de 400 pessoas diri-giram os veículos da linha VW 2012na pista exclusiva para test drive."Nossa presença na Fenatran superoutodas as expectativas. A feira é umagrande oportunidade para estarmosainda mais perto de nossos clientes efãs das marcas Volkswagen e MAN eo sucesso de nossas ações mostramque estamos no caminho certo", dizRicardo Alouche, diretor de Vendas,Marketing e Pós-Vendas da MAN La-tin América.
MOMENTO DA VIRADA – Para Tâ-nia Silvestri, Diretora de Vendas e Mar-keting de Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, a participação da Mer-cedes-Benz na Fenatran 2011 foi muitoespecial, porque além dos novos conta-
CTO
Iveco: das 1.726 intenções de compra, 767 foram para produtos da
nova geração de caminhões Ecoline
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Estande da Mercedes-Benz:novos contatos comerciais
ao longo do evento
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tos comerciais que se concretizam aolongo do evento, a feira coincidiu comum momento de virada da Empresa.“Fomos a única fabricante do Brasil arenovar totalmente, ao mesmo tempo,toda a sua linha de veículos comerciais.Introduzimos avançadas tecnologias,como o BlueTec 5 para caminhões eônibus, visando atender ao ProconveP-7. Estamos também ampliando a ca-pacidade de produção na planta de SãoBernardo do Campo e expandindo aprodução de caminhões para a unida-de de Juiz de Fora. Com isso, estamosainda mais preparados para atendertodas as demandas dos nossos clien-tes”, comentou a executiva, acrescen-tando que na Fenatran, foi possívelmostrar a nova face da Mercedes-Benz– uma empresa mais forte, mais ágil emais competitiva.
O próprio conceito moderno do es-tande espelhou bem o objetivo damontadora. “Por tudo isso, estamostotalmente satisfeitos com os resulta-dos alcançados na Fenatran, que favo-rece o estreitamento de relacionamen-to com novos e potenciais clientes, ge-rando também bons negócios”. Todaos modelos da Linha BlueTec 5 – Ac-tros, Axor, Atego, Accelo e a novaSprinter, expostos no estande da mon-tadora, exibiam a nova identidade vi-sual da marca.
PINTURA DIFERENCIADA – “Deuma forma geral, nossa participaçãona Fenatran 2011 teve um resultadobastante positivo, com cerca de 500veículos comercializados", disse Pedrode Aquino, gerente de Marketing deCaminhões da Ford. Chamou a aten-ção a exposição de alguns modelosCargo com pintura diferenciada. "Du-rante o evento, tivemos a oportunida-de de apresentar para o público a nos-sa nova linha Ford Cargo, equipadacom motorização Euro 5. Além disso,apresentamos as novidades de nossalinha de produtos e estreitarmos o re-lacionamento com clientes, fornecedo-res e distribuidores. Muitas das nego-ciações se iniciaram durante a feira eforam concluídas posteriormente. Ou-tras foram fechadas durante o eventomesmo”, avalia o executivo.
NOVA FRENTE – Para UbirajaraChoairi, Diretor de Vendas de Veículos
da Agrale, aparticipaçãoda Agrale naFenatran 2011foi especialpor dois moti-
vos: “No próximo ano a empresa fará50 anos de atividades e porque tive-mos a oportunidade de apresentarnossa nova linha de caminhões e utili-tários para 2012”, detalha. Com designinovador e com mais tecnologia em-barcada, os caminhões da marca tive-ram excelente aceitação por parte darede de distribuidores, clientes e pú-blico em geral, diz Choairi. Os cami-nhões foram totalmente remodelados,não somente para atender as exigên-cias da legislação em relação ao EuroV, mas receberam nova cabine, maisconfortável e moderna”, detalha (vermatéria na página 24).
Embora os produtos tenham inicioda comercialização para de janeiro de2012, as perspectivas da montadorasão muito positivas. “Para coroar todoo investimento feito na linha 2012, anossa nova cabine dos caminhões aca-ba de conquistar prêmio de design, doMuseu da Casa Brasileira”, comemorao executivo.
DESTAQUES – O estande da Volvodo Brasil, que se manteve cheio du-rante todo o evento, recebeu 25.000visitantes. Os números divulgadospela montadora surpreendem: 300pessoas estiveram envolvidas na or-ganização e 15 toneladas de comida e5.000 litros de chope foram servidos.Soma-se a estes números mais de 500test-drives realizados nos caminhõesda marca. Outros fabricantes de veí-culos também conseguiram chamar aatenção com as novidades que trou-xeram para o evento, como a Fiat,que mostrou um protótipo do UnoFurgão, e a EFFA Motors, que apre-sentou seu novo modelo de cami-nhão leve JMC, produzido pela chi-nesa Jinbei (JBC), com capacidade pa-ra transportar até duas toneladas, e anova linha de veículos comerciais daHafei, que foi remodelada e ganhouvisual mais moderno.
Estade da Volvorecebeu 25 milvisitantesdurante os cincodias da feira
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Em sua primeira apresentação paraos transportadores brasileiros, naFenatran 2011, a DAF confirmou os
receios dos fabricantes instalados no país,que enxergam a montadora norteameri-cana de origem européia como o mais for-te concorrente entre as novas que chegampara disputar o mercado de veículos co-merciais. No grande palco de exposiçõesdo Anhembi, os visitantes puderam confe-rir e apreciar os principais destaques damarca. Incluindo o caminhão topo de linha,o modelo XF 105, para uso no transportepesado de longa distância. Além das séries
que serão destinados basicamente àconstrução da fábrica, montagem dainfraestrutura e adequação do produtopara o mercado brasileiro.
REDE AUTORIZADA - Márcio D’Ávi laconta que no final de 2012 e meadosde 2013 chegarão os primeiros cami-nhões DAF importados da Holanda,para suprir as revendas já instaladase atender clientes preferenciais emtestes de demonstração. A empresaespera contar com uma rede inicialde 40 a 50 concessionárias, de 25 gru-pos empresariais, que deverão aten-der cerca de 100 localidades estratégi-cas. Para garantir o suporte aos clien-tes, a rede irá oferecer assistência ro-doviária 24 horas x 7 dias da semana,com base no programa DAF Interna-tional Truck Service da Europa e noPaccar Customer Center da Américado Norte.
LF de configuração urba-na e CF, multifuncional.O bom acabamento e es-paço interno dos mode-los foram alvo de inúme-ros comentários positi-vos por parte dos visitan-tes, colhidos pela Reda-ção de FROTA&Cia.
Durante coletiva deimprensa, o presidentenomeado da DAF Cami-nhões Brasil, Márcio An-tonio D’Ávila, ressaltoucom firmeza a disposiçãoda empresa de buscaruma participação de 10%no mercado brasileiro decaminhões, no prazo de5 a 10 anos. “Os cami-nhões serão produzidosna cidade de Ponta Gros-
sa (PR), escolhida por ser um ponto es-tratégico para atender ao Mercosul”.As obras começam já em 2011 e devemestar concluídas até o primeiro trimes-tre de 2013. A planta com 30.690 m2 deárea construída prevê a fabricação dostrês modelos apresentados no Salão,começando com o XF 105, e a contrata-ção de 500 colaboradores diretos. A ca-pacidade de produção começa com 10mil unidades/ano, número que devesubir para 15 mil, a partir de 2016. Oinvestimento da Paccar, controladorada empresa, totaliza US$ 200 milhões,
22 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
DAF
Temor justificadoMontadora norteamericana de origem européia motra boa impressão em sua primeira apresentação na Fenatran e firmezapara competir no mercado brasileiro de veículos comerciais
Por José Augusto Ferraz
Caminhão DAF XF 105: visitantes aprovam modelo
Mar
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Para garantir o acesso ao Fi-
name, os primeiros caminhões
DAF produzidos no Brasil vão
contar com 60% de conteúdo
local. Para tanto, a empresa pre-
tende contar com a ajuda de
fornecedores estabelecidos no
país. É o caso da Usiminas para
montagem das cabinas, ZF
(trans missões) Meritor (eixos),
Suspensys (suspensão) e Max-
ions e Metalsa (chassis). Os mo-
tores, por sua vez, terão o su-
porte da Cummins, que já pro-
duz sob encomenda para a em-
presa os engenhos da família
GR, que equipam os médios e
semipesados CF, além dos Paccar
FR, da linha de leves LF.
Fornecedores locais
FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011 - 23
Oano de 2011 comprovou que aFord Caminhões parece co-meçar a dar passos mais lar-
gos no mercado brasileiro. Depois demanter a mesma cabine por mais de 20anos, a marca lançou no primeiro se-mestre a nova cabine Cargo. Na Fena-tran, em outubro, a fabricante fez umanúncio histórico: vai entrar no seg-mento de extrapesados. Para concreti-zar esse e outros planos foi declaradoum novo pacotão de investimentos deR$ 455 milhões, até 2015. O lado nega-tivo da coletiva de imprensa na Fena-tran, para os fãs, foi o anúncio da saí-da de produção da tradicional Linha F.
O inédito extrapesado será confec-cionado numa plataforma global naclássica planta de São Bernardo doCampo (SP). “O extrapesado vai per-mitir que disputemos todos os seg-mentos de mercado”, diz Oswaldo Jar-dim, diretor de Operações de Cami-nhões da Ford América do Sul.
A tendência é que a linha de produ-ção do modelo será justamente no lu-gar de onde até o dia 31 de dezembroserão feitos os veículos semileves e le-ves da Linha F. Mas, não é impossível acriação de uma linha de produção maismoderna. Em princípio, a Ford preten-dia lançar o novo caminhão apenas na
Por Carlos Eduardo Biagini
Ford
Ford anuncia duas notícias bombásticas na Fenatran. A boa, confirma a entrada no segmento dos extrapesados. A ruim, a descontinuação da produção da Linha F
Extra! Extrapesado vem aí!
Fenatran de 2015. Mas, a que tudo in-dica resolveu antecipar o projeto e háuma chance de apresentá-lo já no Salãode 2013. A correria para isso, nos basti-dores da fábrica, se intensificou.
FORA DE LINHA -A decisão de tirar aLinha F de cena foi a inviabilidade deadaptá-la à tecnologia Proconve P7. Opreço ficaria muito caro para a fabri-cante e depois para o cliente final. Anotícia foi uma surpresa para o chão-de-fábrica e o sindicato, que passarama pressionar a empresa para uma subs-tituição. Tudo porque 90 empregadosda funilaria e montagem ficariam pa-rados. Ganhou mais força a possibili-dade de fabricar aqui a Linha Transit enão mais importá-la da Turquia. Algoque ainda não foi descartado.
A Ford avisou sua rede de conces-sionárias da retirada da Linha F em ju-lho deste ano. Os concessionários tam-bém ficaram surpresos, especialmente,porque vários modelos lideram seussegmentos e alguns, como o F-40004x4 não têm concorrentes.
Discretamente, os vendedores co-meçaram a oferecer com mais empe-nho os veículos. Tanto que as vendassubiram em pouco tempo. O patamarnormal era de cerca de 500 unida-des/mês e passou para 600.
Historicamente, os primeiros F-4000 começaram a sair da fábrica deSão Bernardo em 1976. A Linha F vaideixar saudades nos fãs, pelo seu con-sagrado apelo no mercado.
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Os novos modelos Cargo vão ganhar a companhia de
um inédito extrapesado, avisa a Ford
24 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
Acompanhando as exigênciasde motorização impostas pe-la legislação do Conama P 7,
presentes em toda a linha Agrale 2012de veículos comerciais, de cargas epassageiros, a montadora introduziuna linha de caminhões uma série denovidades que valorizam o design e a
cabine dos modelos. A apresentaçãofoi feita durante a Fenatran 2011.“Nossa participação na feira acabou setornando especial porque a Agrale, em2012, completaremos 50 anos de ativi-dades. Para nós será uma data muitosignificativa: há cinco décadas come-çamos no segmento agrícola e hoje
Por Sônia Crespo
agrale
Nova linha de caminhões Agrale, que incorpora a nova motorizaçãode baixas emissões, surpreende com cabine e visual externo totalmente reformulados, fruto de 3 anos de desenvolvimento
Visual renovado
operamos fortemente em vários outrossetores – além do segmento de cami-nhões, nosso foco principal dentro dafeira”, diz Ubirajara Choairi, Diretorde Vendas de Veículos da Agrale.
Choairi comenta que, além das ade-quações de motorização exigidas porlei, a montadora aproveitou para fazeruma remodelação completa nas cabi-nes dos camminhões, cujo projeto dedesenvolvimento levou três anos. “Areestruturação foi completa e atende asdemandas do mercado. Nossos clien-tes estão sempre pedindo melhorias,assim como nossos revendedores estãosempre nos dão feedback dessas neces-sidades. A reestruturação exigiu váriaspesquisas para que pudéssemos identi-ficar os pontos onde deveríamos traba-lhar”, comenta Choairi. A partir daí,diz, o que sobrou dos caminhões anti-gos foram apenas os pneus.
Na introdução da motorização P7,a Agrale está operando com motoresCummins e MWM. “Fizemos a ade-quação de toda a nossa gama de pro-dutos, de acordo com os motores maisapropriados, que ficou assim: para a li-nha de 6,5 t, o motor é Cummins; omodelo 8.500, que ganhou upgradepara 8.700, também tem motorizaçãoCummins; já o 9.200, agora 10.000,vem com motor MWM; o caminhão13.000, que passou para 14.000 cilin-dradas e motor 6X2, também ganhoumotor MWM”, detalha o dirigente.
CABINES ESTENDIDAS – Presenteapenas no antigo modelo 9.200, a novacabine estendida agora contempla todaa linha de caminhões da marca. “Suaestrutura interna foi remodelada, ga-rantindo mais visibilidade para o moto-rista. Trabalhamos muito para que sejaforte, com revestimento em fiberglass.Cuidamos muito das questões de con-forto e acessibilidade. Foram três anosde pesquisas para o produto, que foidesenvolvido numa parceria entre nos-
Remodelação completa das cabines levou em conta o desejo dos clientes e sugestões dos revendedores
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FROTA&Cia - Março 2010 - 25
so corpo de Engenharia e uma empresaterceirizada”, explica Choairi.
Para acompanhar as mudanças es-téticas do caminhão, o conjunto do es-capamento dos veículos também foisubstituído. A cadeia de fornecedores,por sua vez, também foi ampliada.Choairi conta que o sistema de monta-gem da cabine foi modificado. “Aatual cabine (linha Euro III) se compõede uma peça única. Já a versão da li-nha 2012 tem diversos componentes.Quando decidimos criar a cabine no-va, alguns importantes quesitos foramconsiderados – um deles seria agilizara produção”, destaca o diretor. Outrofator que pesou na hora da concepçãofoi melhorar o conforto interno e a ca-pacidade de manutenção do equipa-mento. “Isso tudo, claro, considerandoque o custo final fosse igual ou menorque o da cabine antiga”, observa.
O novo processo de montagem en-volverá o agrupamento de conjuntos esubconjuntos. “Alguns conjuntos jávêm montados e, sendo assim, o ganhode tempo será perceptível. Antes semontava tudo na própria linha. Hojesó se agregam os conjuntos dentro dalinha”, diz. Choairi destaca a preocu-pação da montadora em utilizar mate-riais recicláveis nos novos componen-tes: “A utilização já existia, mas foi con-sideravelmente melhorada. O parala-ma, o parachoque, o parabarro, todo orevestimento interno da cabine agorasão de materiais recicláveis e plásticosreaproveitáveis. Se ganha em peso e
em praticidade”, complementa. O preço para os modelos da linha
Agrale 2012 ainda não está definido.“Trabalhamos para que as mudançasda cabine não influíssem no preço fi-nal. O impacto de custo se concentraráno sistema de pós-tratamento de emis-sões. Este impacto será maior quantomenor for o caminhão, e vice-versa.Acreditamentos que nossa linha deveículos vai ficar entre 1O% e 15%mais cara, incluindo aí o preço doschassis, caminhões e utilitários”, resu-me o diretor. No caso dos chassis deônibus, a montadora fez um estudopara que o condicionamento dos equi-pamentos não diminuísse a área detransporte das pessoas. “Portanto, nãohá perda de espaço no salão de passa-geiros”, diz.
CONCORRÊNCIA À VISTA – Choairidiz que a entrada de novos players nomercado brasileiro não é motivo deapreensão. “De uma forma geral, acre-ditamos que os novos produtos EuroV nacionais devem ser valorizados.Boa parte desses novos competidores
não estão no nosso segmento. O mer-cado vem crescendo e há espaço paraeles. E o cliente só tem a ganhar com aampliação da oferta de caminhões.Hoje, o comprador está mais inteligen-te: antes ele considerava apenas a van-tagem do preço; agora ele avalia a vidaútil do veículo. E nessee quesito pe-sam a manutenção, a facilidade e opreço das peças, assim como o valorde revenda”, detalha. A Agrale nãovem registrando compras antecipadasem função do Euro V, por enquanto.“Não vejo que isto esteja acontecendono mercado, de uma maneira geral”,revela.
De acordo com o executivo, a mon-tadora é a terceira maior fabricante doBrasil. “Somos líderes no mercado dechassis leves, com 54% de participa-ção. Na Argentina mantemos a segun-da posição no mercado comercial dechassis, com 26%, onde a Agrale atuahá 40 anos em vendas e há três anosestá produzindo localmente”, enfatiza.
Choairi diz que as vendas domésti-cas da Agrale continuam crescendoem níveis superiores aos de mercado.“Em 2010 crescemos pouco mais de20%. Em 2011, computando resultadosde janeiro a setembro continuamosacima do mercado: 26% em emplaca-mentos, e em vendas 31%. No seg-mento de médios crescemos 28%. Nos-sos revendedores tiveram uma identi-ficação muito forte com o caminhão, oque nos leva a pensar que haverá umaaceitação muito boa para 2012. Espera-mos continuar crescendo nesses parâ-metros”, diz.
Para 2012, Choairi acredita que de-verá haver uma pequena redução co-mercial geral, em função do impactocausado pelo aumento de custo doproduto P7. “Estimo uma retraçao de5% nas vendas, principalmente nosprimeiros meses do ano”, avalia. AAgrale deverá fechar o ano de 2011com 1 mil caminhões vendidos.
Novidades da linha Agrale 2012: revestimento plástico reciclável, no interior, novo conjunto de escape e tanque extra de Arla 32
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caminhões chineses
A elevação do IPI sobre os veículos importados pega de surpresaos representantes das primeiras marcas chineses de caminhõesque chegam ao país e apressa seus planos de nacionalização
Por José Augusto Ferraz
Estreia sob pressão
Aelevação em 30 pontos per-centuais da aliquota do Im-posto sobre Produtos Indus-
trializados (IPI), incidente sobre osveículos importados e decretada pelogoverno no início de setembro, rouboua cena dos expositores de marcas chi-
nesas de caminhões, em sua primeiraaparição na Fenatran 2011. Além de re-presentar um duro golpe nos planosde conquistar o mercado brasileiro, asestreantes Sinotruk, Foton e Shacmanse viram forçadas a antecipar o anún-cio da instalação de fábricas no país,
como forma de atender os 65% de na-cionalização exigidos pelo decreto go-vernamental, para se livrar do aumen-to do tributo.
A Elecsonic, que representa a marcaSinotruk, anunciou a compra de umaárea de 275 mil m2 em Curitiba (PR),que pode abrigar a futura linha de mon-tagem da marca. Embora o diretor ge-ral da empresa, Joel Anderson, tenha seapressado em explicar que o local exatoda planta dependia de uma reuniãocom o governo federal, marcada para aprimeira quinzena de dezembro. A em-presa espera, ainda, que outros estadose municípios acenem com propostas in-teressantes, na forma de incentivos fis-
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Estande da Sinotruk, na Fenatran:palco de apresentação da família A7
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país. Os atuais modelos P-5(Euro III) serão comercializa-dos até o mês de março, quan-do serão substituídos pela no-va família A7, apresentada pe-la primeira vez ao público, jáequipada com motores queatendem a norma P-7 (Euro V)de emissões.
Solução mexicana - AFoton Aumark do Brasil, porsua vez, que representa a Fo-ton Motor Group, da China,adotou uma outra estratégiapara atender às exigências go-vernamentais. Em lugar deuma fábrica no país, a empresa
planeja montar seus caminhões no Mé-xico, aproveitando o acordo de recipro-cidade que o Brasil mantém com aque-le país. “Temos um distribuidor damarca no México que já opera em regi-me de CKD, para atender ao mercadolocal. Como ele tem capacidade ociosa,vamos aproveitar esse fato”, comentaRicardo Mendonça de Barros, diretorcomercial da Foton Aumark, que proje-ta receber os primeiros caminhões
Passados quase três
anos de investimento na
montagem da infraestru-
tura da empresa e da rede
de revendas, a Sinotruk
Brasil quer dar um novo
passo no sentido de me-
lhorar o seu atendimento
ao cliente. A partir do pri-
meiro semestre de 2012 a
empresa inicia a certifica-
ção das concessionárias em
operação, num total de 30
casas; um processo que de-
verá se estender para as
outras 12 revendas previs-
tas até o final do ano. Se-
gundo Joel Anderson, di-
retor geral da empresa, “a
certificação da rede faz
parte da busca pela exce-
lência na área de pós-ven-
da, única forma de
garantir a fideliza-
ção dos clientes à
marca”. Aliado a essa ini-
ciativa, Joel destaca a en-
trada em funcionamento
do Centro de Distribuição
de Peças (CD), localizado
em Campina Grande do
Sul (PR), próximo da sede
da empresa (foto). Com
5,9 mil m3 de espaço para
armazenagem e 2,4 mil m2
de área construída, o CD
abriga 2,7 mil itens da li-
nha Howo, número que
dever subir para 4,2 mil
part numbers com a che-
gada da linha A7.
Excelência no atendimento
cais, para instalação da fábrica, que de-ve contar também com participação fi-nanceira da CNHTC (China NationalHeavy Duty Truck Corporation), quedetém os direitos da marca .
Montagem em CKD - É certo,contudo, que a montagem dos primei-ros caminhões da nova família HowoA7 começará em regime de CKD, siste-ma que utiliza partes completas do veí-culo importadas do país de origem.Com a linha em funcionamento, a Sino-
truk Brasil pode dar prosseguimento aoplano de nacionalização do produto,até alcançar a marca de 65% de compo-nentes locais.
Enquanto isso não acontece, os ca-minhões Sinotruk devem sofrer umreajuste médio de 12% a 13%, por con-ta do aumento do IPI. “O impacto sónão será maior porque a maior partedo imposto será rateada entre CNHTC,a Elecsonic e a rede de revendas damarca”, explica Joel, que projeta encer-rar o ano com 42 concessionárias no
Caminhões da Foton Aumark:fabricação no México, a
partir de janeiro de 2012
de instalar uma fábrica no Brasil já es-tá tomada. A localização da planta, éclaro, ainda não está definida, já que aempresa estuda diversas propostas.Ele adianta, porém, que os Estados doNordeste são fortes candidatos, já queoferecem inúmeros incentivos e linhasde crédito bastante atraentes.
O dire tor de Produto da Me-troshacman, João Comelli, aprovei-tou a ocasião para dizer que os fu-turos clientes da marca poderãocontar, a partir de janeiro de 2012,com dois centros logísticos para dis-tribuição de peças, em Boituva(SP) eRecife (PE). Na mesma data tambémdevem entrar em funcionamento assete primeiras revendas da Shacmanno país, de um total de 30 casas pre-vistas até o final do ano.
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caminhões chineses
“made in Mexico” a partir de janeiropróximo. Ele conta que a estratégia vaipossibilitar uma redução sensível dostributos, que deve impactar o preço fi-nal dos veículos em apenas 1% paramais.
Além de apresentar seus três cami-nhões de entrada no mercado brasilei-ro, os modelos 1031, 1051 e 1089, a Fo-ton Aumark aproveitou o grande pal-co da Fenatran 2011 para lançar seuprograma exclusivo de pós-vendas.Batizado de PAF ( Programa de Aten-dimento Foton) ele promete um con-junto de serviços e benefícios para osfuturos clientes da marca. O programainclui socorro 24 horas, plano de revi-sões programadas e entrega rápida depeças, entre outras vantagens.
À ESPERA DE DEFINIÇÕES – Umaoutra representante chinesana Fenatran 2011 -
a Shacman - preferiu adotar uma pos-tura defensiva em relação às medidasgovernamentais que culminaram como aumento da carga do IPI sobre osveículos importados. O diretor execu-tivo da Metroshacman do Brasil, Ro-drigo Teixeira, afirmou durante a cole-tiva de imprensa que a empresa vaiaguardar um melhor posicionamentodas autoridades federais, em relação àpolítica industrial para o setor. “Já queo governo admite a possibilidade deaceitar um índice menor de nacionali-zação do produto, para as empresasque pretendem instalar fábrica nopaís, vamos esperar uma melhor defi-nição do que isso significa, para rede-finir nosso planejamento”.
Apesar da incerteza em relação aofuturo, Teixeira garantiu que a decisão
Metroshacman: apesar dasincertezas, marca mantém decisão
de instalar fábrica no país
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implementos rodoviários
Os implementos apresentados na Fenatran 2011 com soluções sustentáveis e customizadas demonstram o quanto a indústria está madura e pronta para atender qualquer demanda do mercado
Por Carlos Eduardo Biagini e Bruno Aurélio
Na medida dasnecessidades
Semirreboque basculantede três eixos distânciados
"Lev +" , da famíliaAlumimanos
A possível retração geral domercado de implementos ro-doviários para 2011 não des-
motivou os expositores durante a Fe-natran. Os lançamentos já antecipadose os guardados a sete-chaves chama-ram a atenção dos visitantes que ávi-dos por novas soluções para o trans-porte fizeram consultas, discutiramdescontos e fecharam negócios. Desdeos lançamentos de linhas tradicionais,
produtos com maior emprego de alu-mino até as ecosoluções, a indústria deimplementos mostrou seu poderio epotencial para os próximos anos. Con-firam, agora, nessa e nas páginas se-guintes as tendências e as realidadesapresentadas no Salão.
COLETOR DE LIXO PEGASUSA Cimasp lançou na Fenatran o Pe-
gasus, veículo que passa a integrar a li-
nha de coletores e “se destaca por suadurabilidade, eficiência, maior força esimplicidade, em relação ao outrosequipamentos da empresa”, salienta Ri-cardo Ribeiro, engenheiro da Cimasp.
Para garantir maior eficiência aomodelo, a marca ampliou a caixa decarga e modificou a inclinação da tam-pa traseira para 60 graus. “A inclina-ção da tampa garante melhor centrode gravidade”, explica. Para propor-cionar maior força, os cilindros da pla-ca compactadora trabalham na posi-ção invertida, o que gera mais pressãodurante o ciclo de compactação da co-leta. Além disso, um novo projeto geo-métrico do sistema de compactação re-duz o desgaste das peças. Algo possí-vel por conta da adoção de polímeros,que facilitam a substituição e a manu-tenção das placas transportadora,compactadora e do painel ejetor. O Pe-gasus possui um sistema especial paraa transferência de carga, denominadoCher´s, que reduz o efeito sanfonacausado pelo diferencial de resistênciaentre o chassis do caminhão e do cole-tor.
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Implementos 151:E-commerce NOVO 141.qxd 15/12/2011 13:54 Page 30
LABORO Sider Maxiloader da Labor foi
um dos implementos que mais cha-mou a atenção dos visitantes. Únicodo mercado com dois pisos de chapade alumínio, ele carrega 42 pallets, en-quanto os semirreboques tradicionaisde três eixos carregam 28 pallets. “Nu-ma livre comparação, três carretas tra-dicionais precisariam fazer o trabalhode apenas dois Sider Maxiloader”,afirma Heberson Cosso, diretor Co-mercial.“A troca geramais economia depneus, diesel, pedágio eredução de emissões. Éum conceito novo naEuropa”, completa. Acapacidade do piso in-ferior é de 14 pallets ede 28 pallets (de 1m x1,20m) na superior. Suaaltura interna chega a3.930mm, sendo 1.870mm em cada andar.“Ainda sobra um espa-ço bônus na parte infe-rior que comporta vá-rios tipos de cargas”,completa. São duas op-
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mais de 200 produtos e espera que ou-tros 500 negócios em andamento sejamconcretizados nos próximos meses.“Nossas vendas cresceram 60% em2011 em relação a 2010, com a vendade aproximadamente 5.200 produtos”,afirma Thayni Librelato, gerente demarketing e jurídico.
Segundo a gerente, a empresa pre-para novidades. No caso, sua quintafábrica, que será construída nos próxi-mos dois anos, em local ainda não de-finido. A maior chance é de ser noCentro-Oeste. Também está em pauta,uma nova fábrica de componentes emSanta Catarina. O início da operaçãoestá prevista para 2012.
Para obter mais oportunidades demercado, especialmente na região Su-deste, a Librelato vai abrir um escritó-rio em Guarulhos (SP), que será umponto de apoio à matriz. Hoje, a fabri-cante possui 43 distribuidores e pre-tende fechar o ano com 45.
MANOSDireto de Videira, Santa Catarina,
a Manos Implementos Rodoviáriostrouxe diversas novidades ao SalãoInternacional do Transporte. A nívelinstitucional, a Manos anunciou a
ções de versões, sider (R$ 210 mil) ecarga seca (R$ 260 mil). Cosso revelaque já vendeu 15 unidades do modelocarga seca.
NOVA FÁBRICADurante a Fenatran, o silo de 6 ei-
xos e o novo compactador de lixo Ma-ximus foram os mais comentados noestande da Librelato. Além deles, este-ve exposta a linha canavieira comoprojeto para o futuro.
Na feira, a Librelato comercializou
Coletor de lixoPegasus: maisfacilidade namanutenção
Sider Maxiloader, daLabor: dois pisos e capacidadepara 42 pallets
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parceria tecnológica com a fabricanteespanhola Valtrailler.
Em relação aos novos produtos, aempresa apresentou o carrega-tudo se-mirrebaixado de quatro eixos, o bascu-lante de três eixos plano ou rebaixado,um basculante de três eixos distancia-dos (‘Vanderléia’) em alumínio, alémdo basculante standard sob chassi cons-truído com chapas de alta resistência.
“O basculante de três eixos distan-ciados “Lev +”, da família Amumima-nos, é um dos frutos da parceria com aValtrailler”, diz Itacir Deon, diretor-presidente da Manos.
O parque fabril de Videira (SC) es-tá em fase de expansão, com o objetivode aumentar em mais 3 mil metrosquadrados a área atual de 8 mil metrosquadrados. Com o investimento, a em-presa ampliará a produção atual de 60para 200 produtos/mês.
Em São Cristóvão do Sul (SC), ondea companhia possui um terreno de 120
mil metros quadrados, será construídauma nova fábrica de 10 mil metros, aocusto de R$ 8 milhões, para onde serãotransferidas as linhas de implementosde alumínio e a linha pesada de aço.
NOMAAlém de lançar a Linha Fênix, que
substituiu o compensado naval comduas camadas de alumínio e uma depolímero, as grandes surpresas da No-ma foram o anúncio da nova fábricaem São Paulo e o projeto Bitrem Con-ceito 4x2, este em fase de homologaçãono Denatran.
A Noma prepara a construção desua terceira planta ao custo de R$ 75milhões. A localização, ainda mantidaem segredo, será no Estado de SãoPaulo. A provável cidade será Soroca-ba. O funcionamento começa em 2013.Com a nova fábrica, a Noma pretendedobrar sua capacidade de produção,passando para 1.500 unidades/mês.
Já o bitrem Conceito 4×2 tem a pro-posta de ser inovador por ter apenasseis eixos, sendo dois espaçados em ca-da semirreboque, acoplados a um ca-valo-mecânico 4x2. Ele poderá atingir amaior capacidade de carga da catego-ria com 38.500kg, mesmocom 56 ton de PBTC, uma to-nelada a menos do que o pa-drão de 57ton, que necessitade um cavalo-mecânico 6x4.“Com o Bitrem Conceito 4x2queremos surpreender omercado. Era difícil, masconseguimos chegar numatara de 9.980kg no bitremgraneleiro. Assim, o trans-portador poderá utilizarum caminhão 4x2 e não um6x2 ou 6x4, economizandopelo menos R$ 100 mil”, afirmaKimio Mori, diretor comercial.
Com um eixo a menos há tambémmenor consumo de combustível, dimi-nuição de emissão de gases, economiade quatro pneus, menos custo de ma-nutenção, bem como, de peças de re-posição e gastos com pedágios.
RODOFORTA Fenatran 2011 marcou a estreia
da fabricante de Sumaré (SP), apesarda marca já existir a 40 anos. “Quere-mos expandir nossa marca para todo oBrasil e faltava marcar presença no Sa-lão”, diz Delci Vedana, gerente de Pós-Vendas. O lançamento foi o semirrebo-que basculante, disponível para cava-los-mecânicos 4x2 e 6x2 e com capaci-dade volumétrica de 20, 25 ou 30 me-tros cúbicos. O investimento foi de R$600 mil. Até 2013, a Rodofort pretendecompletar a família de basculantescom sete novos modelos, nas versões,graneleiro, três eixos distanciados, bi-trenzinho, bitrem, bitrenzão e rodo-trem. Este ano, a produção da empresaserá de 4.500 unidades; em 2010, che-gou a 2.500. A meta para 2012, com a
Basculantes Rodofort:expostos pela primeira
vez na Fenatran
implementos rodoviários
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chegada da nova linha, é crescerde 10% a 12%.
RODOLÍNEAA fabricante paranaense apresen-
tou na feira oito produtos, entre eles, osemirreboque graneleiro, semirrebo-que basculante, colheitadeira e RodoSider. A colheitadeira tem um sistemapatenteado que elimina na vocaçãocarga seca a utilização de guindaste emunk para colocar o molinete. “Quan-do não usado como colheitadeira, aplataforma encolhe e volta a ser umcarrega-tudo”, conta Nelson HübnerJunior, diretor da empresa.
O Rodo Sider, por exemplo, possuium fechamento dianteiro que evita aentrada de água, evitando prejuízos nacarga paletizada.
O basculante 25m3 chega ao merca-do com uma vedação da tampa de bas-culamento com borracha prensada enão mais colada. “Os clientes vêmconversando com as fabricantes expli-cando que perdem de 10% a 15% dosgrãos do início até o fim do transporte.
Ouvimos a crítica e apresentamosessa solução simples e eficiente”, diz.
STEELBROEm sua primeira participação na
Fenatran, a Steelbro, empresa neozeo-landesa com sede em Christchurch,que produz um equipamento carrega-
dor lateral de contêiner (Sidelifter),despertou a curiosidade dos visitan-tes. O Sidelifter tem capacidade paracarregar e descarregar contêineres deaté 45 pés e pesando até 40 toneladas.
“Vendemos produtos na feira, quefoi muito boa e superou nossas expec-tativas”, afirma Cristiano Tatsch Sartu-ri, gerente da Steelbro para as Améri-cas. O executivo salienta a maior pro-dutividade que seu produto propor-ciona, devido a independência na lo-gística dos contêineres, o que evita oestacionamento do caminhão, que che-ga a durar horas, dependendo da es-trutura do terminal ou local que rece-be o cofre de carga.
TECNOLOGIA TERMOSTÁTILEm sua primeira participação na
Fenatran, a Uniflex, empresa produ-tora de implementos refrigerados, si-tuada em Cotia (SP), lançou um pisoreforçado e a porta roll up para im-plementos frigoríficos. O piso reforça-do suporta maior capacidade de car-ga. Já a porta roll up possibilita umaoperação mais simplificada assim co-mo o melhor manuseio da porta noveículo frigorífico.
Durante a Fenatran 2011, a Associação Nacional dos
Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), apre-
sentou um selo próprio que visa a certificar as empresas
associadas à entidade que seguem todos os critérios le-
gais, atesta a regularidade e conformidade às normas vi-
gentes e amplia a confiança do mercado na indústria. “O
Selo Anfir é um instrumento a mais para o mercado conhecer as empresas do
setor, consolidando nossa transparência perante clientes e fornecedores”, afir-
ma Rafael Wolf Campos, presidente da entidade.
Até o momento, as empresas que já possuem o selo são: Boreal, Facchini,
Fibrasil, Guerra, Kronorte, Librelato, MM, Pastre, Planalto, Randon, Rodo Li-
nea, Rodofort, Truckvan e Universal Kit.
Selo ANFIR
Sidelifter Steelbro: maior
produtividadelogística
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Comandando as operações da montadora chi-nesa Sinotruk no Brasil desde o ano passado,Joel Anderson anunciou recentemente que afabricante pretende fechar 2011 com a marcade 1,2 mil caminhões pesados comercializados.
Já para 2012, os planos da companhia se concentram naconsolidação da marca no país, através da estruturação darede de concessionários, o início da comercialização da li-nha de extrapesados A7 e a inauguração da futura fábricabrasileira da marca, possivelmente na região metropolitanade Curitiba (PR). “Estas ações permitirão que praticamentedobremos as vendas em relação a 2011, saltando para 2,2mil unidades”, antecipa o executivo. Veja mais detalhes naentrevista exclusiva para a revista Frota & Cia.
FROTA&Cia: Que expectativas comerciais tem a Si-notruk para a linha A7 de caminhões pesados?
Joel Anderson: Neste primeiro momento, a Sinotruk tra-balhou muito o pequeno transportador e o transportadorautônomo, até porque não havia volume de demandas. Ob-viamente que com uma rede bem maior e um pós-vendamais eficiente nós mudaremos o foco com relação a 2012.Já temos um público para o Howo, nas configurações 6X2 e4X2, que atendem segmentos de volumes, e não de peso.Com a Linha A7 entramos em uma nova categoria premium,com a qual pretendemos alçar voos mais altos. Nossa pro-jeção é comercializar em 2012 um total de 2,2 mil cami-nhões, o que representa um crescimento de 80%. Estamos
Bom para o clienteA chegada de novos competidores no mercado brasileiro de caminhões é vista com bons olhos
pelo representante da marca chinesa, por oferecer mais opções de escolha de um caminhão
36 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
entrevista
Joel Anderson, Diretor Geral da Sinotruk Brasil
certos que alcançaremos esta nossa meta em função da es-truturação de nossa rede de concessionários, que este anochegará a 42 revendas. No primeiro momento, o impor-tante era consolidar a marca no país. Sem uma rede estru-turada, não conseguiremos fazer volume nunca, assim comosem acompanhar as reais necessidades de nossos clientes. Apartir de agora teremos uma pretensão, digamos, estratos-férica para o mercado nacional, que cresce a uma taxa de12% a 13% ao ano.
FROTA&Cia: Em que estágio estão as negociaçõespara a implantação da nova fábrica?Joel Anderson: Por enquanto pouco temos a revelar so-bre esse assunto, por questões legais. Podemos adiantarapenas que a planta deverá ocupar um terreno de 270 milm2, próximo à cidade de Curitiba (PR).
FROTA&Cia: Qual será a composição do mix comercial?Joel Anderson: Pretendemos compor nosso mix de cres-cimento comercial com 60% da linha A7 e 40% da linha Ho-wo 380. Com a motorização mais robusta, a linha A7 entrapara atender uma faixa de mercado diferenciada, como bi-trens, por exemplo.
FROTA&Cia: Como é enfrentar uma concorrênciatão diversificada, de fabricantes locais, por um lado,e duas novas concorrentes chinesas (Shacman e Fo-ton) e uma norteamericana (DAF), por outro?Joel Anderson: Com relação à indústria brasileira, a con-corrência é um desafio enorme porque nós conhecemosesses fabricantes e conhecemos a qualidade de seus pro-dutos. É uma grande responsabilidade trazer para nossomercado produtos tão bons quanto os já existentes. Sobreos novos players que estão chegando agora ao país não te-mos muito que dizer, pois desconhecemos os produtos queestão sendo introduzidos no mercado. Mas acredito queteremos espaço suficiente para trabalharmos juntos. Nósviemos para o Brasil com o objetivo de participar destemomento de mercado.
FROTA&Cia: Podemos interpretar, portanto, que aSinotruk está preocupada apenas com a concorrên-cia nacional?Joel Anderson: A maior preocupação que temos, sempre,é com o nosso produto e com nossos clientes. Porque seeu me preocupar demasiadamente com os concorrentes eesquecer de olhar para meu produto, estarei adotando umapolítica totalmente equivocada. Devo estar preocupado,primeiramente, em ter uma rede de concessionárias con-solidada, para oferecer um eficiente suporte de vendas; por
que isso é o que vai gerar a segunda venda ao cliente. O se-gundo caminhão você só vende quando seu cliente enxer-gou que você prestou um serviço de qualidade. Por isso,neste momento, estou muito preocupado em consolidar amarca no Brasil.
FROTA&Cia: Você acha que há espaço suficientenesse mercado para novos players?Joel Anderson: O Brasil é um país que tem uma oportuni-dade fantástica de crescimento. Se nós olharmos o horizon-te econômico, num todo, acredito que continuaremos cres-cendo nos próximos anos. Eu vi uma declaração de um po-lítico dizendo que o país estaria protegendo a indústria na-cional para garantir empregos....mas temos que recordarque a indústria automobilística só contratou nestes últimosanos, não desempregou ninguém. Eu acredito que quemmais ganha com mais players no mercado é o cliente, por-que ele vai ter mais opções de escolher o caminhão quemais se adequa às necessidades de seu negócio.
FROTA&Cia: Qual é a posição da Sinotruk no ran-king de fabricantes chineses de caminhões pesados?Joel Anderson: A Sinotruk tem 30% do mercado de cami-nhões pesados na China, atualmente. É a maior fabricante des-se segmento hoje existente na China. É um belíssimo merca-do, levando em conta que a montadora produziu um total de219 mil caminhões em 2010. Hoje a Sinotruk é líder de mer-cado na China no segmento de pesados e extra-pesados.
FROTA&Cia: Está nos planos da montadora trazeros veículos leves e médios para o Brasil?Joel Anderson: Estamos estudando a implantação da fábri-ca no Brasil. Essa comissão formada por engenheiros chine-ses e engenheiros brasileiros entenderá, inicialmente, quaisserão os produtos que deverão ser fabricados aqui no país.Logicamente que nós temos intenção de ter uma linha com-pleta de caminhões aqui! É apenas uma questão de priori-dades, mas acredito que deveremos iniciar, a partir de 2013,a oferta de uma linha mais diversificada de caminhões.
FROTA&Cia: Vocês têm registrado antecipação decompras por parte dos clientes?Joel Anderson: Sim, temos um pedido em carteira de 60caminhões para uma empresa cliente. Acredito que ostransportadores brasileiros vivam essa expectativa sobrecomo será o abastecimento do diesel S50, sobre como vaise portar o novo motor etc. Não que haja problemas, masna ótica dos clientes as novidades sempre geram expectati-vas. E existe também a preocupação financeira, quanto aopossível encarecimento do produto.
FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011 - 37
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As empresas produtoras debandas para pneus arregaça-ram as mangas a apresenta-
ram uma série de soluções sustentá-veis e rentáveis aos transportadores,gestores e aficcionados no assunto du-rante os cinco dias em que a Fenatranesteve aberta ao público.
A Vipal, porexemplo, fabricantede produtos parareforma e reparosde pneus e câmarasde ar, apresentouvárias novidadespara a monitoraçãoe gestão de pneusradiais e de carga.Através da aplica-ção tecnológica, acompanhia oferecesistemas de monito-ração de pressão emtempo real e por ra-diofreqüência, me-didores de quilome-tragem e um siste-ma de leitura auto-mática de dadosdos pneus, atravésda instalação desensores.
Com exclusivida-de, a empresa apre-sentou o BAT/RF,sistema de monito-
ração da pressão dos pneus por radio-frequência. O mecanismo, que será co-mercializado a partir de dezembro, po-de ser instalado em pneus de carga ouradial e notifica o motorista através deum alerta sonoro e visual, a partir deum leitor fixado na cabine do cami-nhão, caso um ou mais pneus apresen-
Por Bruno Aurélio
pneus
Ferramentas permitem ao frotista monitorar a pressão de cadapneu em tempo real e registrar a quilometragem percorrida
Pressão controladate calibragem diferente daquela confi-gurada no início da viagem, pelo con-dutor.
MAIOR RENTABILIDADE – A Tiplermostrou sua linha de produtos e servi-ços no segmento de reforma de pneus,sempre voltados à rentabilidade domotorista, frotista e empresários. Du-rante a realização da feira, seu estanderecebeu mais de 1.500 visitantes, entreempresários, motoristas e curiosos,que buscavam soluções mais rentáveisde recapeamento. Os produtos Pre-mium, todos expostos na Fenatran, fo-ram desenvolvidos para atender dife-
rentes necessidades na área detransporte de carga e passagei-ros. Nos últimos anos, a compa-nhia desenvolveu três novoscompostos de borracha, que de-ram origem a diferentes linhasde bandas de rodagem.
A linha Performance, segun-do a fabricante, apresenta de-sempenho imbatível quilômetroa quilômetro. Com um exclusivocomposto de alta performance,esta banda de alta durabilidadeé resultado dos avanços na oti-mização de profundidade, escul-tura, composto de borracha eprocesso de vulcanização. Jácom a linha Ecomais, segundo aTipler, o frotista irá reduzir oconsumo de combustível em até12%. Isto ocorre devida a otimi-zação da escultura, profundida-de de sulco, composto de borra-cha e processo de vulcanização,que diminuem a resistência aorolamento, exigindo menor es-forço do motor para a movimen-tação do veículo.Sistema BAT/RF, da Vipal: controle da pressão por radiofrequencia
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Oito depois de seu lançamentooficial no Brasil, como opcionalda família F, a caixa de câmbio
I-Shift da Volvo ganha status de celebri-dade e uma linha própria de montagemno país. A fama do componente é reflexodireto da sua incrível aceitação junto aoscompradores dos caminhões FH e FM.“Hoje, cerca de 80% desses veículossaem de fábrica equipados com essatransmissão automatizada. Da mesma
forma que 90% dos ônibus rodoviáriosproduzidos pela Volvo”, atesta RogerPalm, presidente da empresa no Brasil.
Inaugurada no final de novembro,a nova unidade da Volvo está localiza-da dentro do complexo industrial daempresa, em Curitiba (PR). A plantatambém irá abrigar a produção localdos motores de 11 litros, que equipamos caminhões da linha FM e os chassisde ônibus pesados da marca. Os dois
Por José Augusto Ferraz
empresas
O sucesso da transmissão automatizada I-Shift, junto aos transportadores, estimula a Volvo a instalar um fábrica do componente no Brasil, a primeira do mundo fora da Suécia
Mérito reconhecidoprojetos consumiram investimentosque somam R$ 25 milhões.
PRIMEIRO NO MUNDO - Nilton Roe-der, diretor de Powertrain da VolvoLatin America, explica que o Brasil é oprimeiro país do mundo a ter uma fá-brica de caixas de câmbio I-Shitf, forada Suécia. Segundo ele, o processo denacionalização do produto durou cer-ca de dois anos e envolveu as enge-nharias dos dois países.
“A fabricação no país dos motoresde 11 litros amplia ainda mais o portfó-lio de produtos da marca”, explica Car-los Castilho, gerente responsável peloprojeto, fazendo coro com seu colegaNilton Roeder, ao afirmar que a “pro-dução local deste engenho dá mais agi-lidade para a operação brasileira”.
Linha de montagem daI-Shift, em Curitiba:
capacidade para 13.000unidades/ano
Div
ulga
ção
Segundo a empresa, o sucesso
da transmissão automatizada se
deve, em boa parte, à economia
proporcionada no consumo de
combustível, da ordem de 5%.
Acrescente-se a isso, os ganhos
com a maior durabilidade da
embreagem, menor desgaste de
pneus e o aumento do conforto
e a segurança do motorista. “A
vantagem da I-Shift é que ela
não tem dia ruim ou dia bom.
Ela promove o mesmo consumo
de combustível, independente
de quem está dirigindo”, obser-
va Ake Zander, diretor técnico
da Volvo Powertrain.
Sem dia ruim
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revendas
Associações de revendas de caminhões revelam seu desapontamentocom o movimento das vendas de caminhões P7 (Euro III). Previsão de antecipação das compras não aconteceu.Por Sônia Crespo e Carlos Eduardo Biagini
Expectativa frustrada
das Volvo do Brasil, o boom da comer-cialização de caminhões concentrou-sena Fenatran, segundo Márcio Paschoa-lin, presidente da Associação Brasileirados Distribuidores Volvo – Abravo, etambém diretor executivo do GrupoTreviso, um dos maiores da rede. “Pra-ticamente 80% da produção de novem-bro e dezembro foi comercializa-da durante a Feira”, especifica.Os 20% restantes, diz, atenderãodemandas específicas de clientesaté março de 2012. Com o preçodo caminhão fixado pela monta-dora, as estratégias de vendas paraesses veículos, adianta, são regio-nalizadas. O executivo estima que
de dezembro para janeiro, em toda a re-de, o estoque de caminhões some entre300 e 400 unidades. “É um volume pe-queno se considerarmos que a fábricaproduz atualmente uma média de 2 milunidades/mês”, estima.
O último trimestre de 2011, diz Pas-choalin, registrou o maior volume decomercialização em todo o ano de 2011,pela concentração das vendas da linhaEuro III. “Em 2011 conseguiremos umamédia de 20% a mais de produtos co-
mercializados – con-siderando as duas li-nhas de caminhões,pesados e médios”,especifica Pas-choalin. Ele escla-rece que a monta-dora incremen-tou a produçãoem aproxima-damente 500
A tão esperada antecipação decompras de caminhões P5(Euro III) para renovação de
frotas, antes da implantação da fase 7do Proconve a partir de janeiro de2012, no fim das contas não aconteceu,como vaticinavam as montadoras deveículos. Cinco associações de reven-das de caminhões – Volvo, Scania,Ford, Iveco e MAN/Volkswagen, ou-vidas pela reportagem de FROTA&Ciarevelam que o movimento comercialem praticamente todas as marcas ficouaquém das expectativas ou normal pa-ra a época do ano.
FLUXO SAZONAL – Na rede de reven-
Foto
s: D
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gaçã
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Rede MAN aguarda amanutenção do
financiamento via Finamepara escoar a linha Euro III
42 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
unidades nestes últimos meses do ano– a média normal estava em 1,4 milunidades/mês – mas em função das fé-rias coletivas agendadas para o mês dejaneiro e da previsão do período deadaptação necessário para consolidar alinha de produção dos novos veículoscom motor P7 (Euro V).
O dirigente confirma que os clien-tes da marca têm diversas dúvidasquanto às mudanças de motorizaçãopor conta do P7. “Mas são dúvidasconcentradas nas questões de abasteci-mento de combustíveis: a maioria quersaber se haverá distribuição adequadade diesel S50, assim como ARLA 32(aditivo necessário para motores comsistema SCR)”, detalha, acrescentandoque, para isso, a rede está se preparan-do desde já para realizar o atendimen-to remoto dos veículos, ao longo dasestradas. Mas as dúvidas não intimi-daram a clientela Volvo: um volumeconsiderável de clientes da Rede Volvojá está fazendo encomendas do novocaminhão. “No caso do Grupo Treviso,de Minas Gerais, já comercializamos150 caminhões da nova safra, atenden-do a mais de 150 clientes”, diz. Pas-
FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011 - 43
de 2011. “Mas isto é apenas uma proje-ção inicial, que poderá mudar de cursoao longo do ano”, avalia o executivo.Estrutura para atender bem os clientesnão vai faltar: Ainda em 2011 a redeinaugurou cinco novas casas e ampliououtras 13, que somaram investimentosde R$ 41,9 milhões. Para 2012, já estãoprevistas inaugurações de novas con-cessionárias da rede Volvo.
PRODUTO ESGOTADO –Da mesmaforma, as revendas de caminhões daScania estão registrando uma movi-mentação comercial normal à épocado ano. “É possível que registremosum volume de vendas um pouco aci-ma do normal do primeiro trimestrede 2012, mas certamente não será pelaprocura por versões Euro 3, e sim pelademora na aprovação de financiamen-tos via BNDES”, antecipa Luiz CarlosTaoni, diretor superintendente da As-sociação Brasileira dos Concessioná-rios Scania – Assobrasc, reafirmandoque não haverá lotes excepcionais deveículos, uma vez que a montadoraproduz apenas a demanda de pedidosexistentes. “Mesmo com relação aosveículos standard, que eventualmentesão produzidos em volumes superio-
choalin diz que embora não concentredados de toda a rede de concessioná-rios, pode adiantar que essas enco-mendas vêm acontecendo em pratica-mente todas as regiões do país.
Paschoalin diz que, com a entradada nova legislação, a Volvo e a redeAbravo estimam uma retração entre5% e 10% nas vendas a partir de janei-ro – caso o comportamento do merca-do mantiver as mesmas características
Taoni, da Assobrasc: movimentação comercial foi absolutamente normal para a época
Só restam 20% daprodução Euro III à disposição da rede Volvo
44 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
revendas
res, não estamos registrando esto-ques”, detalha. Taoni diz que a Scanianão dispõe mais de caminhões Euro IIIpara venda. “A capacidade de produ-ção está esgotada. O que pode havereventualmente é uma ou outra desis-tência do comprador”, comenta.
Taoni diz que os clientes da marcajá se anteciparam nas compras por ca-minhões com motorização Euro V.“Dos 600 caminhões da marca que fo-ram comercializados na Fenatran, ametade deles são da linha Euro 5”, re-lata. A maior preocupação dos clientesda marca, diz, também é com relação àoferta de combustível. “Eles queremsaber se haverá o diesel adequado emtodos os postos do caminho”, diz.
A rede Scania prevê encerrar o anocom a comercialização de aproxima-damente 14 mil caminhões. “Será umvolume um pouco inferior ao registra-do em 2010, mas representa um resul-tado excepcional, quase o dobro dasvendas de 2007. Na verdade é umaacomodação comercial, visto que no
ano passado registramos um volumede vendas atípico, 80% superior ao de2009”, conclui.
AQUÉM DO ESPERADO – Paulo Ma-tias, Presidente da Associação Brasilei-ra dos Distribuidores Ford Autos e Ca-minhões – Abradif, observa com outravisão o momento que antecede a en-trada dos veículos Euro V. “Os gran-des frotistas, concreteiras, administra-doras de rodovias, por exemplo, reali-zam compras anuais e já apresentaramsuas intenções de compra, porém o fa-turamento só pode ocorrer a partir dejaneiro por conta da liberação interna edo crédito. Para nós, a demanda estábastante aquecida, ela cresceu de 26%a 32% de novembro para dezembro”,revela. Um crescimento de vendas sempreços promocionais, garante Matias.Porém, o presidente não esconde que aexpectativa era bem maior. “Planeja-mos um aumento de 15% nas vendastotais no acumulado, mas já reduzi-mos para 5% ou 6%”.
Mas, segundo ele, os fãs da marcaprecisam correr: alguns modelos EuroIII já estão esgotados. É o caso da F-4000 4x4. Outros modelos a exemplodo C-815 e o C-2628 6x4, versão con-creteiro, estão com demanda acima damédia. “Não temos como fazer gran-des encomendas dos veículos 2422 e2428”, diz. Já os modelos com tração4x2, em geral, estão com consultasabaixo do esperado. Por isso, a redeFord está com uma promoção especial:financiamento em 12 meses sem juros,em 24 meses com taxa de 0,79% e em36 meses com 0,99% de juros. Todas ascondições com 30% de entrada.
A respeito da saída da Linha F, Ma-tias reconhece que foi uma surpresapara a rede, pois alguns modelos lide-ravam segmentos e representavam27% de toda a produção. “Poucos me-ses antes da Ford anunciar o fim da li-nha na Fenatran, preparamos a rede.As vendas pularam de 500 unida-des/mês, em média, para 600 unida-des”, revela. “O estoque da Linha F es-tá praticamente vendido. O cliente vaiter que suar para encontrar um mode-lo”. Esse processo de grande procuraacabou por elevar seus preços de 5% a6%. Matias ainda aposta que os veícu-los vão ganhar uma valorização e nãoao contrário por saírem de linha.“Quem tiver, não vai vender”, acredita.
O presidente relata o mesmo dis-curso da Ford de que os investimentosna Linha F para o Euro V eram inviá-veis, mas acha que ela não será aban-donada para sempre. “A Ford tem umaestratégia que não posso antecipar”.
APOSTA NO FINAME – Pelos ladosda Iveco, a antecipação de comprastambém foi menor do que o esperadopela Associação Nacional de Conces-sionários Iveco – Ancive. Ainda menosnos estados do Norte e Nordeste.Quem informa é seu presidente, AirtonVieira. “Os bancos dizem que estão
Matias, da Abradif:demanda aquecida epromoções especiais
Div
ulga
ção
FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011 - 45
perto do limite de crédito. Por conta dacrise, as instituições financeiras estãomais criteriosas. Isso não significa queo cliente seja mal pagador”, afirma.
De acordo com os relatórios deVieira, a consulta em geral por mode-los na rede Iveco chegou a cair de 15%a 20% e a venda de peças e manuten-ções despencaram 10% nas últimas se-manas. “Efetivamente, a queda nasvendas da linha pesada chegou a 10%e de 15% a 20% na linha leve. Justa-mente o contrário do que houve emagosto, setembro e outubro e impensá-vel no começo do ano”, conta. Diferen-
te da liberação decrédito, a esperan-ça de Vieira nãoestá no limite.“Normalmente, omês de dezembroé um bom períodode vendas, espe-cialmente no vare-jo”, salienta.
As promoçõesfazem parte da es-tratégia da Ivecopara turbinar as
vendas. A marca oferece uma taxa es-pecial de 0,82% no Finame, parcela-mento da entrada e taxa subsidiadado CDC e Leasing.
Outra aposta de Vieira é que o go-verno fará um contra-ataque em janei-ro ou fevereiro para aquecer novamen-te o mercado. O Finame Verde é umadas esperanças do presidente da Anci-ve. “O mercado vai demorar 90 diaspara reagir. O cliente está esperandoaté o final de março, prazo para vendado Euro III, para começar a comprar oEuro V. Ele não está motivado. Brasi-leiro espera até o último momento,não tem jeito”, opina. Por outro lado,
Vieira acha que em março poderá fal-tar caminhão na praça.
Mesmo nesse cenário de incerte-zas, Vieira acredita que a Iveco deveráregistrar um crescimento nas vendastotais de 10% a 12% em comparação a2010. Porém, não é o mesmo otimismopara 2012. “Poderá haver uma retra-ção de 5% a 10%”.
NA LIDERANÇA – O ano de 2011 estásendo muito positivo para toda a Redede Concessionários MAN Latin Améri-ca, segundo Sergio Zonta, presidente daAssociação Brasileira dos Concessioná-rios MAN Latin America –ACAV. “Asvendas continuam em um bom ritmo,com uma média de 700 unidades diá-rias emplacadas. Nesse cenário, a rededa marca trabalha para conquistar maisum ano de liderança de mercado navenda caminhões”, adianta o executivo.De acordo com Zonta, os volumes devendas registrados até o momento de-monstram que o crescimento comercialda rede este ano ficará em torno de 10%.
Nos concessionários da marca,tanto para os produtos Euro III comopara a nova linha Euro 5 a garantia deescoamento será a manutenção dos fi-nanciamentos via BNDES Finame, es-clarece o dirigente. “O Euro V repre-senta um novo momento para o setore todas as montadoras terão que seadequar à nova demanda de motori-zação. Nas revendas da ACAV, porenquanto, ainda não registramos pe-didos ou venda antecipada de veícu-los”, revela.
Ao mesmo tempo, Zonta diz queos clientes da marca ainda têm muitasduvidas com relação à motorizaçãoEuro V. “Mas, essa posição é naturaldiante de uma mudança no mercado.As principais dúvidas são em relaçãoaos custos do produto, do novo com-bustível e da disponibilidade de abas-tecimento em todas as regiões do Bra-sil e da América Latina.
Heitor Tosi Neto, diretor presidente da Di-
bracam Caminhões e Ônibus de bandeira
MAN e matriz em Santo André (SP), também
esperava uma antecipação de compra mais in-
tensa – que acabou não acontecendo. “Está-
vamos vendendo, em média, 200 veículos por
mês. Em outubro vendemos 150 veículos e em
novembro percebemos um aumento, pulando
para cerca de 250 unidades. Temos, hoje, 400
pedidos em carteira de veículos Euro III. Esta-
mos demorando mais de 30 dias para entre-
gar”, detalha.
Expectativa frustrada
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Zonta, da Acav:crescimento de 10%da rede MAN em 2011
46 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
Adiversificação de negócios éuma tendência cada vez maisadotada por centenas de
transportadoras. A Júlio Simões Logís-tica aposta, agora, no nicho de aluguelde caminhões. Atualmente, a maioriadas empresas que aluga veículos co-merciais trabalha com contratos delonga duração. A JSL, pelo contrário,vai oferecer uma estratégia pioneira,segundo ela. O principal diferencial é osistema flexível de locação em opçõesde contratos diários, semanais e men-sais; além de um formato para perío-dos maiores de tempo. O investimentofoi de R$ 7,5 milhões numa frota de 50veículos.
Para centralizar as operações e faci-litar o contato direto com o cliente, até
o final de dezembro e em São Paulo, atransportadora vai abrir “a primeiraloja de aluguel de veículos comerciaisdo Brasil”, acredita Irecê Andrade, di-retora Comercial da empresa.
Porém, a aposta maior será nasconsultas por telefone, porque o servi-ço será disponibilizado para todo oPaís. Como? “Vamos usar a estruturade nossas 121 filiais e colocar à dispo-sição toda a nossa frota, não apenas os50 caminhões exclusivos. Dessa forma,podemos enviar o veículo que o clien-te quer em qualquer lugar do Brasil”,explica. O cliente vai poder alugar oveículo com a opção também pelo mo-torista. Se o locatário levar seu moto-rista, ele só sairá após um teste de di-reção. Portanto, o aluguel pode ser
Por Carlos Eduardo Biagini
empresas
JSL apresenta ao mercado um novo conceito de aluguel de caminhões, que oferece serviços a empresas e pessoas físicas comcontratos diários, semanais e mensais, com ou sem motorista
Atendimento customizado uma porta de entrada ao próprio ser-viço de transportes de carga da JSL.
ATENDIMENTO CUSTOMIZADO -Com o nome de JSL Aluguel de Cami-nhões, viabilizado com estrutura pró-pria de vendas e corpo administrativo,o novo ramo do Grupo JSL vai atendertanto a empresas quanto pessoas físi-cas. “Podemos oferecer a solução a umapessoa que precisa fazer uma pequenamovimentação de carga e necessita deum veículo por apenas algumas horas”,exemplifica a diretora. “Disponibiliza-mos ainda contratos de maior duraçãocom preços diferenciados de acordocom o período. Vamos levar para o alu-guel de caminhões o conceito de aten-dimento customizado”, completa.
O aluguel do implemento será opróximo passo, garante a diretora.“Estamos nos estruturando para lo-car o veículo, o motorista e ainda oimplemento”.
Os seguintes modelos de cami-nhões estarão disponíveis na frota ex-clusiva: Iveco Daily 35S14, VW 8.150,VW 24.250, VW 26.260, VW 19.320 eScania G380. Além de qualquer outromodelo solicitado pelo cliente.
Irecê, da JSL: teremos a primeira
loja de aluguel deveículos comerciais
do Brasil
48 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
Qualquer história pode virarum livro. Mas, só uma boahistória vira um bom livro. É
o que se pode comprovar na obra:‘Transportadora Americana 70 anos deHistória’. O interior da edição é reple-to de fotos o que torna o dedilhar naspáginas uma tarefa prazerosa. Quanto“peso” tem o contexto histórico e essasfotos. A TA aproveitou o momento his-tórico de seu septuagésimo aniversá-rio para fazer uma grande festa no es-tande da Scania, na Fenatran.
O livro é uma realização da TA comincentivo da Scania e da Bellini Cultu-ral. Para chegar na elegante edição, o
projeto necessitou de dedicadas pes-quisas no acervo da TA, em revistas,jornais, federações e sindicatos, alémde entrevistas, imagens e informaçõesde arquivos pessoais de diversos cola-boradores.
As comemorações pelo aniversáriocomeçaram em março com a campa-nha “Em 70 Anos Muita Coisa Mudou,Mas o Melhor Continua”.
“Nossa empresa continua jovem. Pa-ra chegar aos 70 anos num mercado co-mo o nosso é preciso reinventar tudo oque já fizemos. O segredo do sucesso éinvestir em pessoas. Em 2011, uma novageração começou e eles farão nossa his-
tória daqui emdiante”, relata Cel-so Luchiari, umdos diretores. “Oimportante não éser uma transpor-tadora grande, oimportante é ter re-sultado”, comple-ta. Segundo ele, aTA pretende fechar2011 com alta de15% a 20% em com-paração a 2010.
Por Carlos Eduardo Biagini
empresas
Transportadora Americana completa 70 anos e comemora comlivro e festa durante a Fenatran larga experiência não acomodaempresa paulista, que busca sempre reinventar o que já fez
A história virou livro
Livro narra todoprocesso deprofissionalizaçãoda TA
Div
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ção
A Transportadora America-
na nasceu com os irmãos Hugo
e Carlos Luchiari e o primo Af-
fonso Panzan que adquiriram,
em 1941, o primeiro caminhão
da frota: um Chevrolet Gigante
para ajudá-los no dia a dia dos
armazéns de secos e molhados.
O Gigante fazia o trecho
Americana-São Paulo vazio e
voltava com suprimentos. Um
dia, o proprietário da Indústria
Têxtil Thomaz Fortunato, de
Americana, descobriu que seria
muito mais vantajoso trazer de
São Paulo os fios das Indústrias
Reunidas Francisco Matarazzo
junto com as cargas do arma-
zém, já que o trem demorava
15 dias para fazer o trajeto que
o caminhão fazia em menos de
24 horas.
A continuação pode ser con-
ferida no livro, que traz outras
curiosidades como a imagem
da carteira de habilitação de
Joaquim Amarante, o primeiro
motorista contratado da em-
presa, além da história do Co-
rujão, que cruzava as rodovias
Anhanguera e Dutra, servindo
de modelo de profissionaliza-
ção do transporte rodoviário
noturno para outras empresas.
Parabéns TA e que venham ou-
tros 70 anos!
Gigante desde o início
FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011 - 49
Um sistema de gestão de frotaque funciona integrado àsbombas de combustíveis e per-
mite determinar o volume a ser abaste-cido, além de indicar quando e em qualposto o serviço deverá ser feito. Esse éo cartão de visitas do Expers, o primei-ro software de gestão da Raízen (for-mada na fusão da Shell e Cosan). Oproduto foi desenvolvido em parceriacom a Ecofrotas. Ambas prometemuma redução de até 10% de consumode combustível e a redução das emis-
sões de gases de efeito estufa das frotas.“Estamos falando em até 10% sem
contar com a redução de consumo,que pode variar de 5% a 7%, dos pró-prios motores Euro V”, afirma Dou-glas Pina, gerente nacional Expers, daRaízen. A empresa já investiu R$ 20milhões dos R$ 30 milhões previstosnos próximos cinco anos.
O programa tem como público-al-vo transportadoras, empresas de logís-tica e as que utilizam o transporte ro-doviário na cadeia produtiva. “O Ex-
Por Carlos Eduardo Biagini
software
Raízen e Ecofrotas apresentam ao mercado o Expers, um software de gestão de frota que permite, a redução de até 10% de consumo de combustível
Sem transbordar a gestãopers possibilita que o cliente acesseonline e 100% em tempo real todo osistema de abastecimento de cada uni-dade de sua frota”, conta EduardoFleck, diretor de Marketing da Ecofro-tas. A solução pelo preço completo,que ambos não divulgam, garanteuma consultoria técnica para auxiliarna melhoria do desempenho da frota.
“Com todas essas ações, pretende-mos fidelizar o cliente e aumentar em30% a venda de combustíveis nos pos-tos em que o sistema estiver instala-do”, contabiliza Pina. “Já temos 200postos Shell e Esso operando o sistemae a meta é chegar a 400 até o final de2012”, informa.
Também para o ano que vem, o ob-jetivo é compor uma cartela de 200 a300 clientes e faturar R$ 200 milhões.Pina revela que colocou em sua plani-lha de estratégias faturar R$ 2 bilhõescom o Expers nos próximos cinco anos.
EURO V - Um assunto que não sai dacabeça do frotista e que interessa umpronunciamento oficial da Raízen ésobre o Euro V. “Queremos tranqüili-zar o mercado. Estamos investindo pe-sado para disponibilizar o diesel S50 apartir de janeiro de 2012”, salientaDouglas Pina. A empresa dividiu osinvestimentos em quatro direções.Adaptação das bases de distribuiçãopara garantir a oferta; adequação dospostos com investimentos até o finaldo primeiro trimestre de R$ 2 milhões;comercialização do Arla 32 marcaShell com estimativas de volumes de100 milhões de litros e faturamento deR$ 200 milhões a R$ 250 milhões, já em2012. Por último, o quarto ponto da es-tratégia é justamente o Expers, que se-rá mais eficiente com o diesel S50.
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O Expers foi o grande destaque do estande da Raízen durante a Fenatran 2011
damente, têm contrato fixo de trabalho. Os resultados alcançados pelas no-
vas tecnologias de telemetria tambématrai novos clientes. “As empresas as-sociadas à Gristec dispõem de ferra-mentas de ponta, que permitem oacompanhamento gradativo de todo opercurso do caminhão. Essencialmen-te, essas empresas dispõem de umacentral de monitoramento, uma cen-tral de inteligência, que desenvolveprojetos para preservar a segurançapatrimonial e novas rotas, e uma cen-tral de escoltas – além, é claro, do in-dispensável cadastro de motoristas. Is-so tudo tem seu preço: cada veículoacompanhado custa, em média R$ 120reais por mês para o transportador.
gerenciamento”, avalia o dirigente.Existem no Brasil cerca de 200 empre-sas de gerenciamento e de rastreamen-to – metade são gerenciadoras e a outrametade rastreadoras. Buonnavoglia,que também é diretor-presidente daempresa de gerenciamento de riscosBuonny, comenta que apenas 5% dasgerenciadoras absorvem 80% do mer-cado atual e 5% das rastreadoras cui-dam de 90% dos contratos em vigor.
DIFERENCIAL - A elaboração de umcadastro de motoristas, por exemplo, éum diferencial oferecido por poucascompanhias e que pesa na hora de fe-char contrato. “Ele existe para não per-mitir que quadrilhas infiltrem seus ele-mentos para espionar as operações”,detalha. Segundo Buonavoglia, existematualmente no país cerca de 2 milhõesde caminhoneiros – 500 mil, aproxima-
segurança
Risco controladoTecnologias inovadoras e moderno aparelhamento reforçam a qualidade dos serviços de gerenciamento de risco, que atendem a novas demandas de transporte rodoviário de cargas
Por Sônia Crespo
Recente pesquisa divulgada
pela NTC & Logística revelou que
o volume de roubos de cargas no
país diminuiu 5% em 2010, em
relação ao ano anterior. O total
de sinistros caiu de 13,5 mil para
12,8 mil ocorrências e a soma de
prejuízos encolheu de R$ 900
milhões para R$ 880 milhões.
A concentração de roubos
aconteceu na região Sudeste, que
respondeu por 79,94% das ocor-
rências, seguida da região Sul,
com 8,63% de casos e da Região
Nordeste, com 7,21% de ocorrên-
cias. As Regiões Norte e Centro-
Oeste foram menos afetadas, com
2,03% e 2,19% de incidências, re-
spectivamente. Eletro eletrô ni cos,
componentes de informática e
farmacêuticos são alguns dos pro-
dutos mais visados pelos ladrões
de carga.
A carga em perigo
Gerenciar operações de trans-porte de cargas transformou-se num grande negócio. Pou-
cas empresas oferecem o serviço nopaís e inúmeras transportadoras de-pendem exclusivamente dele para tercerteza que suas cargas chegarão ínte-gras ao destino. As atuais demandaspor gerenciamento e rastreamento decargas garantirão ao setor, em 2011,um faturamento próximo do R$ 1 bi-lhão, resultado 20% superior ao de2010, informa Cyro Buonnavoglia,presidente da Gristec – Associação dasBrasileira das Empresas de Gerencia-mento de Riscos e de tecnologia deRastreamento e Monitoramento.
Preservar a segurança da carga aolongo da viagem tem um custo bastan-te salgado: “Dos R$ 65 bilhões de reaisde fretes estimados para 2011, entre12% e 15% são destinados a seguro e
Cyro Buonnavoglia:12% a 15% dos fretesvão para seguro egerenciamento
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66 - FROTA&Cia - Novembro/Dezembro 2011
PANORAMA
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No†ícias do mundo do transporte atualizadas em tempo real
“Viva as conquistas de 2012”ilustra alguns dos caminhõesda empresa
Demanda sustentável Para 2012 a Honeywell
Turbo Technologies anuncioua produção de mais de dezmilhões de sis temas de tur -
bocompressores. Os com po -nentes vão atenderaos pe didos dasmon tadoras,que devemreduzir asemissões deCO2 de seusmotores.
Gilson Mansur é o novo diretor deVendas e Marketing Ônibus da Mer-cedes-Benz do Brasil. O cargo queocupava anteriormente, de diretorde Vendas de Veículos Comerciais,passou para Tânia Silvestri, que an-teriormente exercia a direção deVendas e Marke ting Caminhões damontadora.
Rogério Arruda é o novo gerentenacional de vendas da Dayco PowerTransmission no Brasil. O executivopossui mais de 20 anos de experiên-cia no setor.
A Continental terá um novo ge-rente global a partir de primeiro de janeiro de 2012. AndreasEsser assumirá a responsabilidade de dez unidades de produ-ção e de desenvolvimento na Europa, América do Norte, Amé-rica do Sul e Ásia.
Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio) aassumirá a presidênciada ABAG, Associação Brasileira do Agronegócio em janeirode 2012, com mandato de três anos.
Humberto Cancela assumiu o cargo de diretor comercial ede marketing da Gefco, subsidiária do braço logístico do Gru-po PSA Peugeut Citroën. Ainda na Gefco, Guillaume Lemar -chand assumiu a diretoria de recursos humanos.
Vai e vem
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Novo visualA Braspress adotou uma nova estratégia de comunicação
visual para sua frota. Os veículos terão estampa das principaisimagens da Companhia e começam a circular no início de 2012.
Veículo global Para produzir um novo
veículo global em São Ber -nardo do Campo, SP, a Fordanunciou um investi mento deR$ 800 milhões. Até 2012, aempresa promete lançar trêsnovos produtos mundiais.
Kombi faz história A Volkswagen atingiu a
marca histórica de 1,5 milhão
de unidades produzidas noBrasil do modelo Kombi, quechegou ao país em 1957.
DiversificaçãoEm uma transação de R$
405 milhões, a JSL aumentousua atuação no segmento delogística de produtos de tem -peratura controlada, atravésda aquisição da RodoviárioSchio Ltda.
Tema festivoParte da frota da
Jamef EncomendasUrgentes foi enve -lopada com ima -gens come mora -tivas alusivas asfestas de final deano. A mensagem
Na grandeza do Brasil tem Volvo
Cin
to d
e se
gura
nça
salv
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