w h a t s a p p n o p r o c e s s o d e e n s i n o e a...

O WHATSAPP NO PROCESSO DE ENSINO E

APRENDIZAGEM EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

SUPERIOR NA REGIÃO DO SERIDÓ-RN

SONIA AZEVEDO DE MEDEIROS, CLAUDIANA TELLES

DE OLIVEIRA, LEILANNE KELLY BORGES DE

ALBUQUERQUE SANTOS, LUCIANA DE SOUSA

AZEVÊDO, ZELDA SIMPLÍCIO DE SALES CALDAS Resumo Este artigo visa analisar a aplicabilidade e as possibilidades pedagógicas do uso do WhatsApp como ferramenta de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Para isso, foi aplicado um questionário em uma Instituição de Ensino Superior com alunos de graduação dos cursos de Administração e Ciências Contábeis para saber a usabilidade do aplicativo por parte dos professores e estudantes na educação. A pesquisa trata-se de uma vertente de cunho quali/quantitativo, onde os dados foram analisados a luz das teorias de Lemos (2013), Valente (2014) e Castells (2009). O estudo verificou que o WhatsApp é uma ferramenta com importante potencial para colaboração com fins educacionais. Os dados obtidos mostraram que estudantes e professores utilizam o aplicativo na prática educacional para troca de informações sobre os assuntos ministrados em sala de aula, evidenciando assim, as vantagens em se trabalhar com esta ferramenta no âmbito educacional. Palavras-chave: WhatsApp. Possibilidades pedagógicas. Colaboração. Ensino. Aprendizagem. Abstract This article aims to analyze the applicability and pedagogical possibilities of using WhatsApp as a tool to support the teaching and learning process. For that, a questionnaire was applied in a Higher Education Institution with undergraduate students of the courses of Administration and Accounting Sciences to know the usability of the application by the teachers and students in the education. The research is a qualitative / quantitative one, where the data were analyzed in light of the theories of Lemos (2013), Valente (2014) and Castells (2009). The study found that WhatsApp is a tool with important potential for collaboration for educational purposes. The data obtained showed that students and teachers use the application in educational practice to exchange information about the subjects taught in the classroom, thus showing the advantages of working with this tool in the educational field. Keywords: WhatsApp. Pedagogical possibilities. Collaboration. Teaching. Learning.

Educação e Tecnologia em Tempos de Mudança | 2

INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea e a educação brasileira vêm passando por mudanças significativas no contexto atual. Temos vivenciado um crescente avanço e evolução dos recursos tecnológicos principalmente no apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Tais inovações vêm influenciando as formas de interação e de relacionamentos interpessoais. Não alheio a esse cenário, os aparelhos celulares também têm evoluído e sendo dotados de recursos variados que possibilitam o desenvolvimento de diversas atividades da rotina diária, seja no ambiente familiar, para entretenimento ou para o trabalho.

Nesse contexto, o uso dos celulares com os mais variados recursos juntamente com a tecnologia da rede sem fio, pode ser explorado como potencial instrumento para o desenvolvimento da prática pedagógica por permitir uma maior interação e comunicação entre os sujeitos envolvidos no processo educacional. No entanto, tal usabilidade ainda é pouco utilizada, mas deve ser gradativamente implantada nas escolas (ALENCAR, 2015).

Dentre esses recursos, está o Whatsapp - um aplicativo que possibilita a rápida comunicação entre os indivíduos, além do compartilhamento de arquivos, imagens, vídeos e áudios - surge como uma ferramenta promissora para ser usada na educação (MATTAR, 2014). Nessa perspectiva surge a seguinte indagação: na visão dos alunos de uma Instituição de Ensino Superior, é aplicável e eficaz a utilização do Whatsapp para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem?

Baseado nesta realidade, a aplicabilidade educacional da ferramenta Whatsapp, na construção de um saber colaborativo, uma intervenção em sala de aula a partir da criação de grupos de interesse com esse aplicativo, pode ser relevante para o processo de aprendizagem dos discentes. Seja em sala de aula presencial ou fora dela, à distância. De acordo com Behrens (2008, p. 100)

Os grupos de estudo podem ser formados pela facilidade de comunicação via rede. As dificuldades, os problemas, as descobertas, as opiniões e as dúvidas podem ser compartilhadas pelo grupo e por outros usuários que queiram colaborar, sugerindo ideias e respondendo às questões postas na rede.

Dessa forma a criação de grupos de estudos colaborativos via whastapp, com a participação de educandos e educadores, é essencial para possibilitar a comunicação para a produção colaborativa. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 AS MÍDIAS NO ÂMBITO ESCOLAR

Tendo em vista as transformações ocorridas na sociedade provocadas pelas novas tecnologias, são inquestionáveis as suas contribuições para a sociedade contemporânea, embora se saiba que as tecnologias, por si só, não provoca nenhuma mudança.

Porém, reconhecendo a sua importância e suas influências sobre o processo educativo contemporâneo, torna-se importante disseminar o uso de novos recursos em sala de aula.O WhatsApp enquanto aplicativo de inovação na educação, permite novas formas de disseminação da comunicação em prol do conhecimento no mundo contemporâneo. Com isso, o professor se vê frente a uma situação que implica novas aprendizagens e mudanças na prática pedagógica.

Entretanto, essa abordagem pedagógica requer do professor uma postura diferente daquela habitualmente utilizada no sistema da escola, ou seja, requer uma postura que concebe a aprendizagem como um processo que o aluno constrói “como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação”, conforme Valente (2003, p. 20).

Anais do 15º Congresso Internacional de Tecnologia na Educação Brasil | Recife | Setembro de 2017 ISSN: 1984-6355


Novas propostas pedagógicas também vêm sendo disseminadas, enfatizando novas formas de ensinar, por meio do trabalho por projeto e da interdisciplinaridade, favorecendo o aprendizado contextualizado do aluno e a construção do conhecimento. A escola contemporânea tem enfrentado com a chegada das tecnologias na instituição de ensino, não é tarefa simples se adequar ao novo mundo. Mas, diante desses novos desafios, a escola tem que estabelecer parceria e novas competências que possibilitem fusão do conhecimento do passado, presente e futuro.

De acordo com Moran (2007, p. 167):

Quanto mais avançadas às tecnologias, mais a educação precisa de pessoas humanas, evoluídas, competentes, éticas. São muitas informações, visões, novidades. A sociedade torna-se cada vez mais complexa, pluralista e exige pessoas abertas, criativas, inovadoras, confiáveis.

Mas, com advento das mídias na educação, profundas mudanças na suas estruturas metodológicas, visam adaptar ás novas demandas de uma sociedade que tem vivenciado mutações devido ás grandes expansões tecnológicas. Para Belloni (2001, p. 33) “a escola e a mídia funcionam como fatores de unificação.” Deve assim, fazer a junção dos principais campos dos conhecimentos tecnológicos, facilitando a sua aplicabilidade para a educação.

Para Gadotti (2000, p. 6):

Nesse começo de milênio, a educação apresenta-se numa dupla encruzilhada: de um lado, o desempenho do sistema escolar não tem dado conta da universalização da educação básica de qualidade; de outro, as novas matrizes teóricas não apresentam ainda a consistência global necessária para indicar caminhos realmente seguros na época de profundas e rápidas transformações.

Portanto, a parceria entre escola e tecnologias é extremamente necessária, é por meio dessa instituição que perpassa o conhecimento científico, é por ela que o conhecimento é transformado pela suas definições no currículo escolar, hoje vivemos na sociedade da informação, que, muitas vezes, essas informações não estão fundidas com as necessidades do indivíduo e nem ajustada ao seu uso correto, cabe a escola filtrar esses conhecimentos, utilizando-se de ferramentas inovadoras e transformadoras.

Apesar de sabemos que a inclusão digital é um direito garantido por lei, ele está sendo sonegado por muitas escolas, muitos são os questionamentos que se levantam, a infraestrutura das escolas brasileiras que se apresentam de forma precária, qualificações profissionais e esses aparatos que demoram a chegar em algumas escolas.

Para isso, Moran (2007, p. 39) diz que:

Uma educação inovadora se apóia em um conjunto de propostas com alguns grandes eixos que servem de guia e de base. As tecnologias favorecem mudanças, mas os eixos são como diretrizes fundamentais para construir solidamente os alicerces dessas mudanças. As bases ou eixos principais de uma educação inovadora são o conhecimento integrador e inovador; o desenvolvimento de autoestima/autoconhecimento; a formação do



aluno empreendedor; a construção do aluno-cidadão, e o processo flexível e personalizado.

Mesmo assim, as tecnologias têm chegado em nossas escolas que precisam propor em seus currículos incluindo o uso das mídias, criando proposta de inclusão digital e igualdade social, através de propostas inovadoras, criativas, construtivista e que envolvam seus alunos. 2.2 O WATSHAPP NA EDUCAÇÃO

A educação brasileira no século XXI vivencia mudanças ocasionadas pela disseminação das tecnologias. Em especial as tecnologias digitais de informação e de comunicação (TDIC) que possibilitam a inserção e uso de aplicativos móveis e que estão disponíveis também em desktop. Os educandos vivenciam em seu cotidiano novas formas de comunicar-se. Para isso, os professores precisam estar atentos e acessíveis a essas mudanças, tendo nas TDIC uma aliada do processo de ensino e de aprendizagem. Com isso, devem proporcionar aos educandos novas formas de comunicação, interação e colaboração. Sodré (2012, p.13) enfatiza que a “consciência contemporânea é fundamentalmente tecnológica. Isto equivale a dizer que o relacionamento do sujeito humano com a realidade hoje passa necessariamente pela tecnologia”. O WhatsApp é uma dessas tecnologias que possibilitam a comunicação síncrona e assíncrona e permite esse “relacionamento” virtual. Dessa forma, é um recurso que pode ser utilizado dentro e fora de sala de aula. Para SATHLER (2008, p.63-64)

Ser escola pressupõe a capacidade de gerar novos conhecimentos permanentemente, fazer sentido para a comunidade com a qual se relaciona e inspirar segurança de que a informação difundida pela instituição é confiável e de boa qualidade para a formação das pessoas. Isso implica em ir além do autodidata, exatamente pela relação que se estabelece entre professor-aluno e aluno-aluno.

O uso do WhatsApp no processo de ensino e aprendizagem propõe a autodidaxia mas também permite a formação da cidadania como um dos valores da educação (BELLONI, 2001, p. 5). METODOLOGIA TIPO DE PESQUISA

А pesquisa bibliográfica (GIL, 2010) foi o passo inicial na construção efetiva de um protocolo de investigação. Depois dа escolha do assunto foi necessário fаzer umа revisão bibliográfica do tema proposto. Essa pesquisa auxilia nа compreensão da realidade estudada.

A pesquisa descritiva (GIL, 2010) procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.

Ainda no tocante a definição da pesquisa, esta enquadra-se como quali/quantitativa (GIL, 2010), pois esta analisa os dados de modo objetivo e subjetivo, buscando assim, compreender a realidade estudada e responder a questão de partida.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Trata-se de uma instituição de ensino superior, privada, que oferece os cursos de Administração, Serviço Social e Ciências Contábeis, com reconhecimento do Ministério da Educação. Oferece seus serviços educacionais desde o ano de 2004 e, conta com uma infraestrutura necessária ao pleno desenvolvimento de todas as atividades acadêmicas e



pedagógicas. Tem 24 salas de aulas, banheiros, biblioteca, sala de leitura e pesquisa informatizada, salas de coordenação dos três cursos, diretoria acadêmica e administrativas, salas que funcionam os núcleos de apoio ao discente - NAD, Núcleo de Desenvolvimento Educacional - NDE e Comissão de avaliação permanente - CAP. Convém destacar que todas a infraestrutura está adaptada ás pessoas com deficiência. Dispõe no corpo docente de aproximadamente 75 professores distribuídos nos três cursos, e com uma valor aproximado de dois mil alunos matriculados.

2.3 CARACTERIZAÇÃO DOS SUJEITOS

Os alunos envolvidos na pesquisa fazem parte das turmas dos curso de Administração e

Ciências Contábeis que estavam matriculados no sétimo período e que, por ocasião tem em sua grade curricular duas disciplinas que requer uma aproximação maior dos professores responsáveis por ministrar as disciplinas, trata-se do componente curricular Estágio Supervisionado e Pesquisa científica II. Ambas exigem em suas ementas a construção de trabalhos científicos e o acompanhamento periódico dos professores.Daí a necessidade de se trabalhar com um grupo de WhatSapp para aproximar docentes e educandos neste processo.

2.4 INSTRUMENTO UTILIZADO PARA RECOLHA E ANÁLISE DOS DADOS

O instrumento utilizado foi um questionário (GIL, 2010), construído através da ferramenta Google Forms, composto por nove questões objetivas, aplicado a 68 alunos que estavam matriculados nas disciplinas já nomeadas anteriormente. A escolha pelo questionário deu-se por entender ser um instrumento de fácil acesso e que, deixa o respondente mais a vontade para colocar suas impressões, de uma vez que estes não são identificados. O referido instrumento foi disponibilizado no próprio grupo de WhatSapp das duas turmas. O questionário foi elaborado com questões para levantamento de um breve perfil da população (idade e grau de escolaridade) e perguntas objetivas acerca da utilização da ferramenta no processo de ensino e aprendizagem nos cursos nos quais a população do estudo encontra-se inserida. 3 RESULTADOS

Na aplicação dos questionários, a primeira pergunta indagava idade dos sujeitos, onde estes responderam que: Gráfico 1: Faixa etária dos Sujeitos



Fonte: dados das pesquisadoras, 2017.

Nestes aspectos, percebemos que 44% destes responderam que sua idade está entre 29 a 38 anos, 29% responderam que têm entre 18 a 28 anos e, ainda, 27% ressaltaram que sua idade estaria entre os 39 anos ou mais. Assim, pode-se perceber que o whatSapp trata-se de uma ferramenta utilizada por todas as faixas etárias, mostrando-se presente a sua inserção em todas as faixas etárias.

Neste sentido, Castells (2009), destaca que a inserção das tecnologias em todas as idades minimizam possíveis impedimentos a comunicação, já que esta ocorre de modo mais rápido, possibilitando ainda o acompanhamento dos fatos, ocorrendo assim a troca entre perguntas e respostas mais rápidas. portanto, “as pessoas moldam a tecnologia para adaptá-las às suas necessidades.” (Castells, 2009, p. 449).

Na segunda pergunta, questionou-se a formação acadêmica dos sujeitos envolvidos na pesquisa, onde estes responderam que:

Gráfico 2: Formação dos sujeitos




Nesta perspectiva, tem-se que 73% dos sujeitos estão cursando o ensino superior, 17% encontram-se na segunda graduação e 10, já tem uma especialização.Assim,

Sabemos hoje que as novas tecnologias não conquistaram espaço em nossa vida repentinamente, pois seguem o processo evolutivo da sociedade, obedecendo a uma lógica geral em nossa época [...] E a orientação virtual que acontece hoje fortemente baseada na tecnologia é que possibilita desenvolver processos de interação entre os participantes de processos educativos. (LEITE, 2009, p. 153).

A terceira pergunta, procurava saber se os sujeitos fazem uso do WhatSapp em seu cotidiano. Assim, tem-se a seguinte estimativa: Gráfico 3: Uso do WhatSapp




Neste aspecto, percebe-se que todos os sujeitos fazem uso da ferramenta, pois 100% destes colaram que sim. Assim, esta ferramenta

assume valor social, como reforço do laço grupal e comunitário e, em muitos casos, ele é usado para compartilhar momentos em determinados lugares. Assim com fotos e vídeos, as mensagens de texto são objetos de troca entre pessoas distantes, mas que têm entre elas, laços afetivos e de proximidade. (LEMOS, 2013, p.31).

Na quarta pergunta, questionava-se em quais situações os sujeitos usam o WhatSapp, onde obteve-se as seguintes respostas: Gráfico 4: Em que situação (ões) você usa o WhatSapp?




Percebe-se então, que 90% dos sujeitos disseram que utilizam com os amigos, 80% complementaram que usam em seus estudos, 77% com familiares e 75% disseram que usam no trabalho.

Neste aspecto, ressaltam-se que a incorporação e uso das tecnologias móveis tornam os sujeitos mais produtivos, mais integrados, mais cientes do que se passa ao seu redor, provocando a sensação de que são capazes de realizar melhores escolhas por conseguirem reunir um conjunto de informações mais completo e dinâmico que, em última instância, permitem-lhes tomar decisões mais acertadas. (MOURA e MANTOVANI, 2012, p. 73).

Nesta realidade acima exposta, percebe-se que a utilização nos estudos encontra-se em um percentual considerável, aproximadamente 80% destes colocaram a importância desta ferramenta para melhorar a sua aprendizagem.

A quinta questão, indagava se a turma onde o sujeito estava matriculado, tinha um grupo de WhatSapp composta por alunos e professores, onde assim, tem-se o resultado abaixo apresentado: Gráfico 5: A turma que está matriculado tem Grupo de WhatSapp?




Percebe-se que 100% dos sujeitos colocaram que existe o grupo formado pelos professores e alunos, objetivando trocar informações com mais rapidez e eficiência. Nesta vertente Teixeira (2003), diz que o troca de informações é praticamente simultânea tanto na hora de compartilhar e receber instantaneamente, tais contextos mostram-se atrativos para os sujeitos que usam deste aplicativo.

Na sexta pergunta, procurou-se descobrir se os professores utilizam o grupo do WhatSapp da sala para trocar informações sobre o conteúdo ministrado nas aulas. Nesta questão tem-se os seguintes dados: Gráfico 6: Os professores utilizam o grupo da sala para trocar informações sobre o conteúdo ministrado nas aulas?



Fonte: dados das pesquisadoras, 2017. Dos sujeitos 93% disseram que os educadores utilizam e 7% confirmaram que não.

Facilmente se percebe que um percentual considerável faz uso do grupo para trocar informações. Sob esta realidade Lemos (2004) confirma que todos os professores devem estarem em constante formação e em especial, na inserção das novas tecnologias ás suas práticas pedagógicas.

A sétima questão indagava se os professores utilizam um grupo da disciplina para trocar informações sobre o conteúdo ministrado nas aulas, onde tem-se o resultado exposto abaixo no gráfico abaixo. GRÁFICO 7: Os professores utilizam um grupo da disciplina para trocar informações sobre o conteúdo ministrado nas aulas?

Fonte: dados das pesquisadoras, 2017. No tocante aos dados apresentados no gráfico acima, percebe-se que 66% dos

professores utilizam o grupo de WhatSapp da turma para trocar informações sobre o assunto ministrado em sala de aula, 27% destacaram que não utilizam e apenas 7 % responderam que não se aplica a nenhuma resposta sugerida.

Corroborando com os dados da pesquisa acima, Lacerda Santos (2014, p. 530) diz que “assim definidas justamente por serem suportes privilegiados e inovadores para que nos informemos com mais intensidade, para que nos comuniquemos com mais agilidade e para que nos expressemos com mais liberdade..

As principais intervenções que os professores fazem no grupo, foi indagada na oitava questão. Os dados encontram-se expostos no gráfico abaixo: Gráfico 8: As principais intervenções que os professores fazem no grupo




Analisando as respostas dos sujeitos, pode-se perceber que 57% destacaram que os professores realizam intervenções voltadas aos assuntos discutidos nas disciplinas, 48% que retiram dúvidas das aulas, 23% também proporcionam momentos de diversão e 24% de brincadeiras para os alunos. Percebe-se assim, a participação e a contribuição dos educadores frente ao grupo, pois estes participam de modo eficiente.

De acordo com Valente e De Almeida (2014) o WhatsApp permite compreender que este aplicativo pode ser inserido no campo educacional, pois apresenta potencial de interação, possibilita discussões e amplia a aprendizagem colaborativa.

A oitava questão, indagava se os sujeitos entendiam que o grupo de WhatSapp contribuiu para o aprendizado neste semestre, assim, estes disseram que: Gráfico 8: Você entende que o grupo do WhatSapp contribuiu para seu aprendizado neste semestre?

Gráfico: 9: Você entende que o Grupo do WhatSapp contribuiu para seu aprendizado neste semestre?



Fonte: dados das pesquisadoras, 2017. Percebe-se que 71% disseram que o grupo do WhatSapp contribuiu para o seu

aprendizado, 20% colocaram que em parte e apenas, 9% asseguraram que não melhorou sua aprendizagem. Assim, analisa-se a contribuição positiva no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, pois Mattar e Motta (2014) percebe o WhatSapp como um meio favorável para a inserção no ambiente escolar. Pois permite inserir uma diversidade de mídias criação de grupos para trocas destas mídias.

A nona questão, indagava se WhatsApp pode ser uma ferramenta de comunicação na Educação, onde tem-se que: Gráfico 9: O WhatsApp pode ser uma ferramenta de comunicação na Educação

Fonte: dados das pesquisadoras, 2017

Nestes dados acima expostos, ressalta-se que 53% dos sujeitos destacaram que todos ganham tempo, pois a dúvida de um pode ser de outros alunos e, a resposta do professor atinge a todos os alunos de uma vez. Das respostas, 44% foram destinadas ao fato que o grupo do WhatSapp auxilia os integrantes nos momentos de hesitação, uma vez não precisa esperar a hora da aula para perguntar e saber a resposta. Ainda, 35% disseram que os professores respondem mais rápido no grupo, do que individualmente e 32% colocaram que todos no grupo conseguem trabalhar colaborativamente, pois existe a troca de informações entre os membros do grupo e, a cooperação entre si.

Assim, Sathler (2008, p. 63-64) diz que

É preciso discordar da concepção que encara a educação como um produto. O conhecimento é um processo que depende fundamentalmente das pessoas para existir e quando é inscrito em algum suporte audiovisual se torna informação. [...]. Ser escola pressupõe a capacidade de gerar novos conhecimentos permanentemente, fazer sentido para a comunidade com a qual se relaciona e inspirar segurança de que a informação difundida pela instituição é confiável e de boa qualidade para a formação das pessoas. Isso implica em ir além do autodidata, exatamente pela



relação que se estabelece entre professor-aluno e aluno/aluno. (SATHLER, 2008, p. 63-64).

Portanto, a utilização de formas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem garante

uma ampliação dos saberes, pois existe uma troca de informações entre os sujeitos envolvidos no processo. No entanto, ainda tem-se um ganho para o desenvolvimento da aprendizagem significativa no ambiente escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo mostra que a ferramenta WhatsApp tem seu uso bem difundido entre os docentes e discentes, e que ambos utilizam para fins educativos. Neste sentido, ressaltamos que, mediante orientação correta, tal recurso pode ser utilizado amplamente pelos discentes de modo a proporcionar uma aprendizagem colaborativa e eficiente.

Nesta perspectiva, percebe-se de modo evidente, que a colaboração entre os membros do grupo tornam-se eficazes, pois, ao esclarecer as dúvidas de um participante, outros podem ampliar seus conhecimentos e ainda, contribuir com os demais colegas.

Diante do estudo desenvolvido, verificou-se que não podemos pensar que apenas introduzir a tecnologia na escola será a solução para problemas de aprendizagem. O que é importante frisar é que a educação precisa de mais uma estratégia para aplicar na busca pela melhoria da educação e essa qualidade perpassa pela visão de integrar o aluno ao contexto social em que ele vive.

Portanto, a incorporação de aplicativos de comunicação, como a ferramenta WhatsApp, à prática educacional pode e deve ser efetivada enquanto estratégia na busca da construção do saber. Deve-se considerar, que para a aprendizagem se estabelecer, professores e alunos precisam estar envolvidos nesse processo colaborativo.

No entanto, ainda pode-se perceber que alguns sujeitos da pesquisa, não conseguiram perceber os benefícios do aplicativo para a melhoria do seu processo de ensino aprendizagem. Tal contexto, pode está relacionado a dificuldade em interagir com tal ferramenta, ou ainda, em interpretar as informações postadas no grupo.

Assim, ainda destaca-se a necessidade do professor sentir a necessidade de ampliar sua formação, atentando para o fato da inserção das novas tecnologias da informação e da comunicação como um elemento norteador capaz de ampliar o processo de ensino aprendizagem e, ainda melhorar sua prática pedagógica.

Aponta-se ainda, que outras pesquisas devem ser realizadas na área, abrangendo os alunos que estão outros matriculados em outros semestres, por exemplo os primeiros assim como, outros cursos de graduação. A fim de que se possa ampliar a realidade pesquisada e os objetivos alcançados pelo uso do WhatSapp no âmbito educacional.

A Universidade precisa traçar projetos que deem espaço para o uso das mídias, mas que esse espaço não sirva apenas para o manuseio técnico dos instrumentos, mas que ele seja introduzido pedagogicamente para atingir o objetivo de construir conhecimento e promover uma aprendizagem significativa e eficaz.

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