extensao
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EXTENSÕES DA ANÁLISE MENDELIANA Conceitos fundamentais A maioria das características é determinada por conjuntos de genes que interagem uns com os outros e com o ambiente. Proporções monohíbridas modificadas revelam interações alélicas Proporções dihíbridas modificadas revelam interações gênicas A relação entre: genes x ambiente genético
genes e o meio ambiente Pleiotropia fenômeno quando uma simples mutação acaba afetando muitos outros aspectos que aparentemente não estavam relacionados.
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Tipos de Herança Dominância Completa x Recessividade: Quando a expressão de um alelo (o dominante) é suficiente para a
expressão normal do fenótipo e mascara por completo a
existência do outro (o recessivo) tornando tanto o
homozigoto como o heterozigoto fenotipicamente
semelhantes.
O recessivo só é expresso na sua forma homozigota
Proporção da F2 é de 3:1
Dominância Incompleta (ou Semidominância, Dominância parcial): Quando o fenótipo do heterozigoto é intermediário
ao dos parentais.
Ex. : cor da flor em boca-de-leão e maravilha (Mirabilis
jalapa)
AA púrpura
Aa rosa
aa branca
Proporção da F2 é de 1:2:1
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Codominância Quando o fenótipo de ambos os alelos é expressado. Ex. Tipo sangüíneo AB
Ex.1: O sistema sangüíneo ABO
Fenótipo sangüíneo Genótipo
O Ii Ii A IA IA ou IA Ii B IB IB ou IB Ii AB IA IB
Proporção da F2 é de 1:2:1
Obs. O IA é o IB são dominantes sobre o Ii IA é o IB são codominantes
Sobredominância: Quando o valor do heterozigoto é maior do que o do homozigoto (raro para poucos genes)
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Letais: Quando o homozigoto não tem chances de sobreviver
Ex.: Galinhas rastejantes
C _ Pernas curtas e tortas
CC Letal
Cc x Cc
C C C CC (letal) Cc c Cc Cc
Proporção da F2 é de 2:1
2 rastejantes : 1 normal
No cruzamento teste tem-se 1 normal : 1 rastejante
Cc x cc
C c c Cc cc c Cc cc
Sub-Letais: Em um cruzamento do tipo Aa x aa espera-se 50% A_ e 50% aa, mas com freq. observa-se com freqüência
uma variação nesta proporção p. ex. 55%: 45% ou 60%:
40%
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INTERAÇÃO GÊNICA E PROPORÇÕES DIHÍBRIDAS Interação gênica: Quando a expressão de um alelo de um gene altera a expressão de um ou mais alelos de um segundo
gene não alélico
Ex. Crista da galinha
Wyndottes Crista rosa RR pp
Brahmas Crista ervilha rr PP
Leghorn Crista simples rr pp
Crista noz R_P_
Rosa
(wyandottes)
Ervilha
(brahmas)
Noz
(híbrida)
Simples
(leghorns)
Quatro tipos de crista em galinhas
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Dissecação genética da Interação gênica P1
RR pp x rr PP
(rosa) (ervilha)
F1 RrPp
(todas noz)
F2
RP Rp Rp rp
RP RRPP (noz) RRPp (noz) RrPP (noz) RrPp (noz)
Rp RRPp (noz) RRpp (rosa) RrPp (noz) Rrpp (rosa)
rP RrPP (noz) RrPp (noz) rrPP( ervilha) rrPp (ervilha)
rp RrPp (noz) Rrpp (rosa) rrPp( ervilha) rrpp (lisa)
Proporção da F2 é de 9: 3: 3: 1
9 R_P noz _ (não expressos nos parentais)
3 rrP_ ervilhas
3 R_ pp rosas
1 rrpp lisa (não expressos nos parentais)
Obs:
1- Na F1 o fenótipo era diferente de ambos os parentais
2- Crista noz e crista simples não estavam expressos nos
progenitores originais, mas aparecem na F2
3- Os genes não alélicos se interagem para formar um
segundo fenótipo
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INTERAÇÃO GÊNICA E PROPORÇÕES DI-HÍBRIDAS COMO RESULTADO DE DIFERENTES TIPOS DE EPISTASIA Epistasia: Quando ocorre interação funcional de diferentes genes não alélicos. Qualquer gene que mascare a expressão
de um outro gene não alélico, é epistático a este gene.
Quando dois genes não alélicos codificam enzimas que são capazes de catalisar a mesma reação
PRECURSOR PRODUTO
GENE A1
ENZIMA A1
GENE A2
ENZIMA A2
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Ex.: forma do fruto (coração ou afilada) em bolsa-de-pastor.
A1A1a2a2 x
a1a1A2A2
(coração)
(coração)
F1 A1a1A2a2 (produz ambas as enzimas) todas em forma de coração
F2 A1A2 A1a2 a1A2 a1a2 A1A2 A1A1A2 A2 A1A1A2a2 A1a1A2A2 A1a1A2a2 A1a2 A1A1A2a2 A1 A1a2a2 A1a1A2a2 A1a1a2a2 a1A2 A1a1A2A2 A1a1 A2a2 a1a1A2A2 a1a1A2a2 a1a2 A1a1A2a2 A1a1a2a2 a1a1A2a2 a1a1a2a2
Proporção da F2 é de 15:1
9 com ambas as enzimas (A1_ A2_) (coração)
3 só com a enzima A1 (A1_ a2a2) (coração)
3 só com a enzima A2 (a1a1 A2_) (coração)
1 sem ambas as enzimas a1a1a2a2 (alongada)
9
Quando dois genes não alélicos codificam enzimas que são necessários para catalisar etapas de uma mesma reação
(ALELO C)
PRECURSOR
PRODUTO
INTERMEDIÁRIO
GENE C ENZIMA C
GENE P ENZIMA P
(ALELO P)
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Exemplos: a cor roxa da ervilha-de-cheiro (Lathyrus
odoratus) (Bateson & Punnett) e do milho
CC pp x cc PP (todas brancas) F1 CcPp (todas roxas)
F2
CP Cp cP cp
CP CCPP (roxa) CCPp (roxa) CcPP (roxa) CcPp (roxa)
Cp CCPp (roxa) CCpp (branca) CcPp (roxa) Ccpp (branca)
cP CcPP (roxa) CcPp (roxa) ccPP(branca) ccPp(branca)
cp CcPp (roxa) Ccpp (branca) ccPp(branca) ccpp (branca)
Proporção da F2 é de 9: 7
9 roxas C_P_
7 brancas 3 cc P_; 3 C_ pp; 1 cc pp
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Epistasia no controle da pelagem de roedores
Proporção da F2 é de 9:3:4 Epistasia no controle da cor da flor "boca-
de-leão" Proporção da F2 é de 9:3:4
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Alelos múltiplos Em um organismo podem ocorrer no máximo 2 formas
de um gene, mas na população podem ocorrer muito mais
Ex. II: Gene C na pelagem de coelhos
Fenótipo da cor da pelagem Genótipo
Cor total CC ou Ccch ou Cch ou Cca
Chinchila cchcch ou cchch ou cchca
Himalaio chch ou chca
Albino caca
C Total
cch Chinchila
ch Himalaio
ca Albino
C>cch>ch>ca
Sistemas supressores Ex. Esterilidade citoplasmática no milho