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\ \\ m, I' Jtr K Publica-se ás Terças e Sabbados na tvpographia do J. J. Lopes, onde so recebem assignoluras por 1 anuo, e C mezes, pagas adiantado. Osannuncios propriamente dos Srs. ossignantes pa. gao AO reis por linha, quaesquer ou- *Yas publicações serão feitas por ajuste. (Wtxcctot—Joòe. %. oLopeò % REÜACTORES- DIVERSOS. muet. % % V s PREÇOS DA ASSIGNATÜRA. Por armo1 C$000 » semestre ..... G&OOÓ COM POKTE PELO CORREIO. Por anno . . . , . . li^OOO » s<,"1(,str*'6£>500 POLUA AVULSA 240 llÉtS. Au uo XI11 llcstcrro §abba«lo fltt de 3»r-itiiljro «1<; 1875. >. 1,391. 0 DESPERTADOR. rjESTERno, 1G de outubro. DIVERSAS OCGÜRUENCIAS. tX^assamento.—Falleceu pa tarde de 14 do corrente, e sepultou-se ao dia seguinte, no cemitério do Impe- rial Hospitalde Caridade, o Sr. commeiuto- dor Thomaz Silveira de Souza. Contava mais de 80 annos do idade; era cirurgiao-raór reformado do exercito; exercia a medicina, com especialidade a homceopatbia; foi sem- pre prestanto ao seu paiz; respeitado e aca- tado dos seus conterrâneos por seu caracter probo o houesto. O seu sahimeuto foi muito concorrido, prova evidente das sympathias que grau- geárados seus concidadãos. A terra lhe seja leve. Seutidospezara.es dirigimos aos seus in- coueolaveis filhos e parentes. IVíAufraSi^.— No dia 13 do correu- te, por telegramma recebido do Sul, coustou nesta capital ter naufragado na costa da Republica Oriental Castilhos o vapor Arinos, de viagem para Montevidéo. Feliz- mente não ha a lamentar perda alguma de vidas; tripulação e passageiros foram sal- vos. Dizem pessoas que viajaram ultimamente nesse navio, que o seu estado de ruiua era tal, que quem uão tinha amor á vida se arriscava a embarcar nelle. Da Oõrto.— Entrou na manha de 14 deste mez o paquete Rio Grande, trazen- do jornaes da procedência até 11. As folhas recebidas coníirra&o a noticia telegraphica do encerramento das câmaras legislativas, e a falia do Throno por ocea- (18) FOLHETIM 1)0 DESPERTADOR HIADEWÍ01SELLE CLEOPATRA HBSTOIIM PAK19IEÜV8E por ARSENIO BOUSSAYE Traducção de Salvador de Mendonça. XXVIII. EM QUE SE QUE A MARQUEZA CAV0N1 EUA MENOS CRUEL QUE MARGARIDA DE llOHGONHA. ²Eutão ama muito a essa mulher ? ²Muito, minha senhora, mortalmente. Houve uma pausa. A marqueza estava a um tempo otTendida e altiva com as palavras de Rodolpho. Via-se humilhada e trium- phante. Como não queria que o sr. do Marcil- lac tomasse demasiado ao sério essa decla- ração, tomou a tomar os seus ares moteja- dores. Eis abi como somos nós outras que nao podemos desempenhar papel activo nas paixões, contentamo-nos cora a comedia dellas, e, não podendo habitar o castello da felicidade, limitamo-nos a ediíicar castellos no ar. ²Entendo, disse Rodolpho. A marqueza Cavoni acaba de representar o papel da egy- pcia, c, como Josó deixei-lhe nas mãos a mi- nha capa, porque sabia que queria gracejar comungo. ²E si fosse rio ? sitio desse acto solemne, a qual em seguida transcrevemos., « Augustos e digníssimos Srs. representou- tes da Nação:— As imporlunles medidas de- creladas nesta legislatura, dando toslemunho irrecusável do vossa solicitude pela causa pu- blica, tornara-vos merecedores do reconheci- menlo nacional. « Dentro ellas são dignas do especial men- ção: « A reforma da guarda nacional, abolindo o serviço de guarnicâo o de policia quo pesava sobre essa inilicia cívica, aliás insliluuto pa- ra defesa do Estado e manulonção da ordem publica em circuinstâncias extraordinárias; « A loi do alistamento para o serviço militar quo, pondo termo ao systema vexatório ante- riormcnle cm vigor, distribuiu com a possi- vol igualdade esse ônus a que são obrigados todos os braziloiros; « O augmonto do soldo ao exercito o ar- mada, aconselhado pela exiguidado da remu- neração dessa classe comparativamente a ou- trus servidores do Estudo; « A toi quo regulou a promoção da mari- nha de guerra, conciliando as conveniências do serviço com os direitos oíliciaes; « Os auxílios á educação e inslrucçáo pu- blica, condição indeclinável do desenvolvi- menlo nacional; « Os favores concedidos para a construcção do novas estradas de forro, cuja importância não é prociso ou carecer; « A creação de Relações cm varias provin- cias do Império, como pedia a boa adminis- liação da justiça para quo mais prompla o eflicazmonle sejam protegidos os direitos in- dividüaes; « A lei do eleições que, estabelecendo além de melhor processo da qualificação, as incom- palibilidadcs parlamentares, o alargamento das eleitoriios c o principio da representação das minorias, produzirá benéfica inlluencia na livro escolha dos representantes da nação; o que ó empenho de honra para o govorno; « As leis annuas de fixaçüo do forças edo orçamento, indispensáveis á pratica regular de nosso systema do governo; « Finalmente os meios prestados á lavoura quo com urgência os solicita e tanto moro- cia vossa atlençâo, pur ser a principal fonto da riquoza publica c particular. ²Teria também deixado a capa. ²Ora graças a Deus! o senhor nflo é co- mo o sr. de Cbavailles. Hei de escrever is- to nas minhas notas: "Em 1863, a 13 de Ju- lho, encontrei cm Pariz ura homem fiel á sua amante." ²E essa será a verdade, si a senhora ro- fere-se á fidelidade do coração. Rodolpho tomou meigamente a mão da marqueza, beijon-a doas vezes e sahiu como entrara—apaixonado por Cleopatra. ²E'singular, disse ella, nflo julgava que elle me amasse tanto. Mísero Rodolpho ! mais dias menos dias tornarei a cabir-lhe nos braços. E a marqueza poz-se a chorar. Nesse dia o sr. de Cbavailles voltou á ca- sa de Cleopatra. Recebeu-o de na porta da antecamara e perguntou-lhe o que queria. ²E' bem simples, quero amá-la. ²A mim ! Eu não o conheço, disso fe- chando-lhe a porta. E Cleopatra poz-se a chorar. XXIX. DISTRACÇSES DE MLL. CLEOPATRA. Vendo de perto a vida de Cleopatra, Rodol- pho perdia a esperança de arrancá-la a si própria. Cleopatra tinha ainda sobejo prazer om dominar todos os espíritos. E não era uni- camente pelo encanto da sua belleza, era pelo imprevisto o pela sorpreza. Cora a sua curiosidade de verdadeira filha de Eva, tu- do queria saber. Lia, c lia bom. Uma vez « Agradeço-vos o consentimento que oulor- gastos para minha sabida temporária do Ini- poriò, principalmente determinada pelo esla- do precário da saudo da Imperatriz. « Sobre proposta do governo, e ouvido o conselho do listado, foram amnisliados os bispos, governadores o clérigos das dioceses de Olinda o do Pará, envolvidos no conlltoto entro o poder civil o a autoridade ecclesiasti- ca. Esto aclo de clemência concorrerá para o restabelecimento da harmonia o do respeito que deve haver entro o Estado o a Igreja. « São do boa inlelligeneia nossas relações com as potências estrangeiras. « O governo protestou contra o tratado ul- limam ento celebrado nesta Corto entre os pie- nipoleuciartos das Republicas Argentina o do Paraguay. Não lendo, porém sido ratificado o mosino tra lado pelo governo do Paraguay, o havendo o do Império recebido da Hcpubli- ca Argentina explicações salisfaclorias a ros- poilo dessa negociação e dos incidontos que então occorrerauí, restabeloceram-se as anti- gus relações, o o governo Imperial continua disposto ao leal cumprimento do pado de ai- liança o do accôrdo do 19 de Novembro de 1872. « Augustos c Digníssimos Senhores Uepro- sen lautos da Nação « Confio que, regressando ao lar doméstico não deixareis do meditar sempre sobre os no- gocios públicos, o especialmente do empregar toda vossa influencia em prol da observância das leis, procurando assim firmar cada vez ínaiá as instituições quo nos regem, o das quaes depende a felicidade de nossa pátria. « Eslá encerrada a sessão. « D. Pedro II. Imperador Constitucional e Defensor Peiipefuo do Brazil.» La fSaisori. —Recebemos o n. 17 deste interessante jornal de modas parizien- se. Traz lindos desenhos de figurinos de modas para senhoras, bordados, moldes, etc. EXTRÁCTO DK JORNAES. Jennor o a vacci.ua.— (Con- tinuação.)—A inoculaçflo invadia rapidaraen- te a Inglaterra, depois a Europa, por fim a America. A França mostrou-se largo espaço por semana presidia á sua mesa aos homens de lettras, pintores, diplomatas, que, mara- vilhados, com o seu espirito, foliavam delia como rapariga mais bem dotada do mun- do. Nada lhe era extrauho, quer sciencias quer artes. Perguntava-se onde achava ella tempo de aprender tudo. Si ella sabia ler, sabia também ouvir; si sabia fallar, sa- bia também calar-se. A sua juventude, pas- sada a estudar, creára a mulher na moça; tivera o cuidado de preservar-se da posição ridícula da mulher preteuciosa, mas sheu- dirá sósinha a arvore, da sciencia. Era a primeira a reconhecer que a mulher deve apenas conhecer o seu coração, mas não que- ria quo o homem a subjugasse pelo espirito. Quando o amor exaltava-a, pouco so lhe dava do mais, preferindo a indolénte volu- ptuosidade á inquietação febril; mas quan- do fatiavam deante delia, queria provar que estava presente. Por isso o ^r. Babinet dis- um dia quo Newton nunca se compreheu- dòra a si próprio uudlior do quo Mil. Cleopa- tra houvera comprehendido Newtou, e ac- crescentou ri ndo-se: Essa rapariga é todo um mundo mais inexplicável que o outro. Uma manhã vi em casa delia Diaz a fa- zer-lhe o retrato. Diaz não ó retratista, é um pintor nascido de Murillo e de Corregio, que joga com a luz e com a perspectiva co- mo um mago. Cleopatra seduzira-o com esse não sei que de luminoso e do velado ao mesmo tempo, que faz o desespero dos pin- toros e que foi o tnumpho de PnuPhon. Queria tentar o milagre de traduzir a ex- pressão divina e perversa da bella encanta- dora. A moça punha-se om attitwto de refractaria: foi em 17G4que a faculdade de medicina tolerou a pratica. Quando Jenner descobrio a vaccina, a inoculação estava uo seu apogêo. Ü sagaz observador não deixou de reconhecer os graves inconvenientes deste ultimo systema. Muitas vezes a erupção, promovida artificialmente, produzia pheno- menos intensos, tão funestos como a varíola natural, e sempre os inoculados podiao tran- smittir o mal, convertendo-se em focos de contagio. Os médicos illustradosconhecião esses in- convenientes, e recorrerão ao methodo do Jenner. Os seus ensaios forão coroados do suecesso e repotirão-se em toda a Europa. Descobrio-se que, uão a vacca era sujeita á varíola, mas que a erupção se manifestava no cavallo, no carneiro, na cabra. Na Lom- bardia o na Áustria recorreu-se ao púa do cavallo. A origem do liquido preservador não se limitou ao cow-pox, esteudeu-so ao horse-pox. Fundarão-se associações que procuravBo o precioso pús, e propagarão o novo methodo. A Inglaterra mandou vaccinudores a todas as suas colônias. Em 1802 forão vacciua- dos,_em Agosto, 128,732 indivíduos, e não se via mais nm único caso de bexigas na ilha, de Fevereiro de 1808 a Outubro de 180!), quando ura navio procedente da costa de Malabar trouxe de novo o contagio. Na Suécia vaccinou-so com extremo vigor, e por espaço de trinta annos não houve ali be- xigas. Na Prússia, antes da vaccina, mor- rião 40,000 infectados por anno; depois da sua introduecão, os óbitos nunca excederão de 3,000. Em França a vaccinação custou aaclima- tar. O bloqueio continental tornava diíliceis as cominunicações com a Grã-Bretanha. A despeito dos esforços de Valentim, medico de Nancy, do Sr. de la Rochefoucauld, do Luciano Bonaparte, ministro do interior, o publico e os médicos não confiavão na vae- cina. Entretanto, em 1804, Napoleão en- viou a Jenner uma grande medalha, e con- cedeo-lhe a liberdade de três de seos couci- dadãos aprisionados pelos Francezes. São estas as vantagens da sciencia: um modesto sábio vale mais que os melhores diplomatas. Jenner teve a ventura de assistir ao tri- umplio completo da sua descoberta. Em toda a parte, sob o influxo da vaccina, ser pintada sem parecê-do, tomando o seu chocolate, lendo jornaes, respondendo ao pintor. ²Consegui? perguntou-mo Diaz. ²Sim e não, respondi-lhe. ²Espere, disse Cleopatra lovantando-se. Pediu a Diaz que lbe desse a palheta o os pincéis, e, sem olhar duas vezes para tela, poz-se a retocar o retrato com uma firmeza de mão que poz-nos admirados. ²Eu também sou pintora, disse cila, vendo a nossa sorpreza. Passei urn anno inteiro em Troyes a pintar flores, fruetos' virgens e Magdnlenas; cruzei os braços vendo um dia uma madohà do Raphaêl. O que communicára gênio ao pintor de Par- ma, fez me cahir o pincel da mão. Elle o divino artista, sentira-se capaz de egualar Raphaêl. Eu, miscra profana, que nada ti- nha de divino, conheci que não era digna do borrar taboletas. E emquanto assim Paliava, Cleopatra, que continuava a pintar, provava-nos que eram- lho familiares os toques mais delicados, os contornos indecisos, a morbidezza. Cleopatra não pintava a pastel, minia- tarava com verdadeira sciencia do colorido e do relevo, o que dava ás suas miniaturas vida e luz. Não fallo de faltas do desenho e de composição. Possuía umas horas lati- nas c francezas dnXV século com uma «n- cadernação de marroquim encarnado, se- meado de flores de lis, em que mandara es- tampar o seu brazão de familia. Esse vo- lume, prodígio deilluminuras do alpaim dis- cipnlo efremitiado do Verocchio, estava por acabar; muitas paginas de fundo de ouro, otumulduradas com plantas, pássaros e in-

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Publica-se ás Terças e Sabbados natvpographia do J. J. Lopes, onde sorecebem assignoluras por 1 anuo, e Cmezes, pagas adiantado. Osannuncios

propriamente dos Srs. ossignantes pa.gao AO reis por linha, quaesquer ou-*Yas publicações serão feitas por ajuste.

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REÜACTORES- DIVERSOS.

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PREÇOS DA ASSIGNATÜRA.

Por armo 1 C$000» semestre ..... G&OOÓ

COM POKTE PELO CORREIO.

Por anno . . . , . . li^OOO» s<,"1(,str*' 6£>500

POLUA AVULSA 240 llÉtS.

Au uo XI11 llcstcrro — §abba«lo fltt de 3»r-itiiljro «1<; 1875. >. 1,391.

0 DESPERTADOR.rjESTERno, 1G de outubro.

DIVERSAS OCGÜRUENCIAS.

tX^assamento.—Falleceu

patarde de 14 do corrente, e sepultou-seao dia seguinte, no cemitério do Impe-

rial Hospitalde Caridade, o Sr. commeiuto-dor Thomaz Silveira de Souza. Contavamais de 80 annos do idade; era cirurgiao-raórreformado do exercito; exercia a medicina,com especialidade a homceopatbia; foi sem-

pre prestanto ao seu paiz; respeitado e aca-tado dos seus conterrâneos por seu caracter

probo o houesto.O seu sahimeuto foi muito concorrido,

prova evidente das sympathias que grau-geárados seus concidadãos.

A terra lhe seja leve.Seutidospezara.es dirigimos aos seus in-

coueolaveis filhos e parentes.

IVíAufraSi^.— No dia 13 do correu-te, por telegramma recebido do Sul, coustounesta capital ter naufragado na costa daRepublica Oriental — Castilhos — o vaporArinos, de viagem para Montevidéo. Feliz-mente não ha a lamentar perda alguma devidas; tripulação e passageiros foram sal-vos.

Dizem pessoas que viajaram ultimamentenesse navio, que o seu estado de ruiua eratal, que só quem uão tinha amor á vida searriscava a embarcar nelle.

Da Oõrto.— Entrou na manha de14 deste mez o paquete Rio Grande, trazen-do jornaes da procedência até 11.

As folhas recebidas coníirra&o a noticiatelegraphica do encerramento das câmaraslegislativas, e a falia do Throno por ocea-

(18) FOLHETIM 1)0 DESPERTADOR

HIADEWÍ01SELLE CLEOPATRAHBSTOIIM PAK19IEÜV8E

por

ARSENIO BOUSSAYE

Traducção de Salvador de Mendonça.

XXVIII.EM QUE SE VÊ QUE A MARQUEZA CAV0N1

EUA MENOS CRUEL QUE MARGARIDA DEllOHGONHA.

Eutão ama muito a essa mulher ?Muito, minha senhora, mortalmente.

Houve uma pausa. A marqueza estava aum tempo otTendida e altiva com as palavrasde Rodolpho. Via-se humilhada e trium-phante.

Como não queria que o sr. do Marcil-lac tomasse demasiado ao sério essa decla-ração, tomou a tomar os seus ares moteja-dores.

Eis abi como somos nós outras quenao podemos desempenhar papel activo naspaixões, contentamo-nos cora a comediadellas, e, não podendo habitar o castello dafelicidade, limitamo-nos a ediíicar castellosno ar.

Entendo, disse Rodolpho. A marquezaCavoni acaba de representar o papel da egy-pcia, c, como Josó deixei-lhe nas mãos a mi-nha capa, porque sabia que queria gracejarcomungo.

E si fosse só rio ?

sitio desse acto solemne, a qual em seguidatranscrevemos. ,

« Augustos e digníssimos Srs. representou-tes da Nação:— As imporlunles medidas de-creladas nesta legislatura, dando toslemunhoirrecusável do vossa solicitude pela causa pu-blica, tornara-vos merecedores do reconheci-menlo nacional.

« Dentro ellas são dignas do especial men-ção:

« A reforma da guarda nacional, abolindo oserviço de guarnicâo o de policia quo pesavasobre essa inilicia cívica, aliás insliluuto pa-ra defesa do Estado e manulonção da ordempublica em circuinstâncias extraordinárias;

« A loi do alistamento para o serviço militarquo, pondo termo ao systema vexatório ante-riormcnle cm vigor, distribuiu com a possi-vol igualdade esse ônus a que são obrigadostodos os braziloiros;

« O augmonto do soldo ao exercito o ar-mada, aconselhado pela exiguidado da remu-neração dessa classe comparativamente a ou-trus servidores do Estudo;

« A toi quo regulou a promoção da mari-nha de guerra, conciliando as conveniênciasdo serviço com os direitos oíliciaes;

« Os auxílios á educação e inslrucçáo pu-blica, condição indeclinável do desenvolvi-menlo nacional;

« Os favores concedidos para a construcçãodo novas estradas de forro, cuja importâncianão é prociso ou carecer;

« A creação de Relações cm varias provin-cias do Império, como pedia a boa adminis-liação da justiça para quo mais prompla oeflicazmonle sejam protegidos os direitos in-dividüaes;

« A lei do eleições que, estabelecendo alémde melhor processo da qualificação, as incom-palibilidadcs parlamentares, o alargamentodas eleitoriios c o principio da representaçãodas minorias, produzirá benéfica inlluenciana livro escolha dos representantes da nação;o que ó empenho de honra para o govorno;

« As leis annuas de fixaçüo do forças edoorçamento, indispensáveis á pratica regularde nosso systema do governo;

« Finalmente os meios prestados á lavouraquo com urgência os solicita vá e tanto moro-cia vossa atlençâo, pur ser a principal fontoda riquoza publica c particular.

Teria também deixado a capa.Ora graças a Deus! o senhor nflo é co-

mo o sr. de Cbavailles. Hei de escrever is-to nas minhas notas: "Em 1863, a 13 de Ju-lho, encontrei cm Pariz ura homem fiel ásua amante."

E essa será a verdade, si a senhora ro-fere-se á fidelidade do coração.

Rodolpho tomou meigamente a mão damarqueza, beijon-a doas vezes e sahiu comoentrara—apaixonado por Cleopatra.

E'singular, disse ella, nflo julgava queelle me amasse tanto. Mísero Rodolpho !mais dias menos dias tornarei a cabir-lhe nosbraços.

E a marqueza poz-se a chorar.Nesse dia o sr. de Cbavailles voltou á ca-

sa de Cleopatra.Recebeu-o de pó na porta da antecamara

e perguntou-lhe o que queria.E' bem simples, quero amá-la.A mim ! Eu não o conheço, disso fe-

chando-lhe a porta.E Cleopatra poz-se a chorar.

XXIX.

DISTRACÇSES DE MLL. CLEOPATRA.

Vendo de perto a vida de Cleopatra, Rodol-pho perdia a esperança de arrancá-la a siprópria.

Cleopatra tinha ainda sobejo prazer omdominar todos os espíritos. E não era uni-camente pelo encanto da sua belleza, erapelo imprevisto o pela sorpreza. Cora a suacuriosidade de verdadeira filha de Eva, tu-do queria saber. Lia, c lia bom. Uma vez

« Agradeço-vos o consentimento que oulor-gastos para minha sabida temporária do Ini-poriò, principalmente determinada pelo esla-do precário da saudo da Imperatriz.

« Sobre proposta do governo, e ouvido oconselho do listado, foram amnisliados osbispos, governadores o clérigos das diocesesde Olinda o do Pará, envolvidos no conlltotoentro o poder civil o a autoridade ecclesiasti-ca. Esto aclo de clemência concorrerá para orestabelecimento da harmonia o do respeitoque deve haver entro o Estado o a Igreja.

« São do boa inlelligeneia nossas relaçõescom as potências estrangeiras.

« O governo protestou contra o tratado ul-limam ento celebrado nesta Corto entre os pie-nipoleuciartos das Republicas Argentina o doParaguay. Não lendo, porém sido ratificadoo mosino tra lado pelo governo do Paraguay,o havendo o do Império recebido da Hcpubli-ca Argentina explicações salisfaclorias a ros-poilo dessa negociação e dos incidontos queentão occorrerauí, restabeloceram-se as anti-gus relações, o o governo Imperial continuadisposto ao leal cumprimento do pado de ai-liança o do accôrdo do 19 de Novembro de1872.

« Augustos c Digníssimos Senhores Uepro-sen lautos da Nação

« Confio que, regressando ao lar domésticonão deixareis do meditar sempre sobre os no-gocios públicos, o especialmente do empregartoda vossa influencia em prol da observânciadas leis, procurando assim firmar cada vezínaiá as instituições quo nos regem, o dasquaes depende a felicidade de nossa pátria.

« Eslá encerrada a sessão.« D. Pedro II. Imperador Constitucional e

Defensor Peiipefuo do Brazil.»La fSaisori. —Recebemos o n. 17

deste interessante jornal de modas parizien-se. Traz lindos desenhos de figurinos demodas para senhoras, bordados, moldes, etc.

EXTRÁCTO DK JORNAES.

Jennor o a vacci.ua.— (Con-tinuação.)—A inoculaçflo invadia rapidaraen-te a Inglaterra, depois a Europa, por fim aAmerica. A França mostrou-se largo espaço

por semana presidia á sua mesa aos homensde lettras, pintores, diplomatas, que, mara-vilhados, com o seu espirito, foliavam deliacomo dá rapariga mais bem dotada do mun-do. Nada lhe era extrauho, quer scienciasquer artes. Perguntava-se onde achavaella tempo de aprender tudo. Si ella sabialer, sabia também ouvir; si sabia fallar, sa-bia também calar-se. A sua juventude, pas-sada a estudar, creára a mulher na moça;tivera o cuidado de preservar-se da posiçãoridícula da mulher preteuciosa, mas sheu-dirá sósinha a arvore, da sciencia. Era aprimeira a reconhecer que a mulher deveapenas conhecer o seu coração, mas não que-ria quo o homem a subjugasse pelo espirito.Quando o amor exaltava-a, pouco so lhedava do mais, preferindo a indolénte volu-ptuosidade á inquietação febril; mas quan-do fatiavam deante delia, queria provar queestava presente. Por isso o ^r. Babinet dis-sé um dia quo Newton nunca se compreheu-dòra a si próprio uudlior do quo Mil. Cleopa-tra houvera comprehendido Newtou, e ac-crescentou ri ndo-se:

— Essa rapariga é todo um mundo maisinexplicável que o outro.

Uma manhã vi em casa delia Diaz a fa-zer-lhe o retrato. Diaz não ó retratista, éum pintor nascido de Murillo e de Corregio,que joga com a luz e com a perspectiva co-mo um mago. Cleopatra seduzira-o comesse não sei que de luminoso e do velado aomesmo tempo, que faz o desespero dos pin-toros e que foi o tnumpho de PnuPhon.Queria tentar o milagre de traduzir a ex-pressão divina e perversa da bella encanta-dora. A moça punha-se om attitwto de

refractaria: foi só em 17G4que a faculdade demedicina tolerou a pratica. Quando Jennerdescobrio a vaccina, a inoculação estava uoseu apogêo. Ü sagaz observador não deixoude reconhecer os graves inconvenientes desteultimo systema. Muitas vezes a erupção,promovida artificialmente, produzia pheno-menos intensos, tão funestos como a varíolanatural, e sempre os inoculados podiao tran-smittir o mal, convertendo-se em focos decontagio.

Os médicos illustradosconhecião esses in-convenientes, e recorrerão ao methodo doJenner. Os seus ensaios forão coroados dosuecesso e repotirão-se em toda a Europa.Descobrio-se que, uão só a vacca era sujeitaá varíola, mas que a erupção se manifestavano cavallo, no carneiro, na cabra. Na Lom-bardia o na Áustria recorreu-se ao púa docavallo. A origem do liquido preservadornão se limitou ao cow-pox, esteudeu-so aohorse-pox.

Fundarão-se associações que procuravBo oprecioso pús, e propagarão o novo methodo.A Inglaterra mandou vaccinudores a todasas suas colônias. Em 1802 forão vacciua-dos,_em Agosto, 128,732 indivíduos, e nãose via mais nm único caso de bexigas nailha, de Fevereiro de 1808 a Outubro de180!), quando ura navio procedente da costade Malabar trouxe de novo o contagio. NaSuécia vaccinou-so com extremo vigor, epor espaço de trinta annos não houve ali be-xigas. Na Prússia, antes da vaccina, mor-rião 40,000 infectados por anno; depois dasua introduecão, os óbitos nunca excederãode 3,000.

Em França a vaccinação custou aaclima-tar. O bloqueio continental tornava diíliceisas cominunicações com a Grã-Bretanha. Adespeito dos esforços de Valentim, medicode Nancy, do Sr. de la Rochefoucauld, doLuciano Bonaparte, ministro do interior, opublico e os médicos não confiavão na vae-cina. Entretanto, em 1804, Napoleão en-viou a Jenner uma grande medalha, e con-cedeo-lhe a liberdade de três de seos couci-dadãos aprisionados pelos Francezes. Sãoestas as vantagens da sciencia: um modestosábio vale mais que os melhores diplomatas.

Jenner teve a ventura de assistir ao tri-umplio completo da sua descoberta.

Em toda a parte, sob o influxo da vaccina,

ser pintada sem parecê-do, tomando o seuchocolate, lendo jornaes, respondendo aopintor.

Consegui? perguntou-mo Diaz.Sim e não, respondi-lhe.Espere, disse Cleopatra lovantando-se.

Pediu a Diaz que lbe desse a palheta o ospincéis, e, sem olhar duas vezes para tela,poz-se a retocar o retrato com uma firmezade mão que poz-nos admirados.

Eu também sou pintora, disse cila,vendo a nossa sorpreza. Passei urn annointeiro em Troyes a pintar flores, fruetos'virgens e Magdnlenas; só cruzei os braçosvendo um dia uma madohà do Raphaêl.O que communicára gênio ao pintor de Par-ma, fez me cahir o pincel da mão. Elle odivino artista, sentira-se capaz de egualarRaphaêl. Eu, miscra profana, que nada ti-nha de divino, conheci que não era digna doborrar taboletas.

E emquanto assim Paliava, Cleopatra, quecontinuava a pintar, provava-nos que eram-lho familiares os toques mais delicados, oscontornos indecisos, a morbidezza.

Cleopatra não pintava só a pastel, minia-tarava com verdadeira sciencia do coloridoe do relevo, o que dava ás suas miniaturasvida e luz. Não fallo de faltas do desenhoe de composição. Possuía umas horas lati-nas c francezas dnXV século com uma «n-cadernação de marroquim encarnado, se-meado de flores de lis, em que mandara es-tampar o seu brazão de familia. Esse vo-lume, prodígio deilluminuras do alpaim dis-cipnlo efremitiado do Verocchio, estava poracabar; muitas paginas de fundo de ouro,otumulduradas com plantas, pássaros e in-

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O DESPERTADOR.

descrescia o varíola, as suas vantagens tor-nav8o-se incontestáveis. O iliustre inventorfoi accuraulado de honras. Em 1802 a ca-mura dos commnns votourlbe L 10,000 a ti-tolo de recompensa nacional.

Us vereadores de Londres éntregarao-lhoo diploma de cidadão nVraa caixa cravejadade diamantes. A cidade de Obeltenham no-meou-o mavor. Os médicos e cirurgiões daarmada eutregarao-lhe uma medalha com-memorativa. . .

Tantas deferencias nao inebriarão Jen-ner. Emquanto vivo, manteve-se na bre-cha para refutar as objecçSes dos adversa-rios, e sobretudo para recomtnendar os meios

próprios de fazer prosperar a vaccina. Re-conheceo queasna acção não tinha dura-

ção eterna, e que para dar-lhe eficácia cum-

pria escolhe-la com esuu-ro. Indicou os pre-coitos para selecçEo e transporte do pús. Asua tarefa podia reputar-se concluída, quan-do falièceo a Í6 de Janeiro de IS"J3, na ida-do de 73 annos.

A vaccina não deixou do ter antagonistasdepois da morte de Jeuneri Continuou a serargoida de engendrar moléstias mais gra-ves, como a febre typhoide. Dizia-se: a vae-Cina diminuo a mortalidade da varíola, masaugmeiita-a com outras aífocções. O ra-ciocino 6 pueril. A vaccina nunca cogitou desupprimir a morte; só cura de subtrahir as

populações a uma causa de morto prétnatti-ra. ''Fechando a porta á morte, dizViller-mo, o preservativo de uma moléstia abreoutras, porque mais pessoas são victimas dooutras enfermidades. "

Chegou-se a aíhrraarque a vaccina podoproduzira varíola. E' um erro grosseiro.Basta saber que o beneficio de uma vaccina-cão só chega no nono dia. Até então o vae-chiado pôde ser atacado do bexigas; o si orevaccinão surgem novas postulas. Aindanão está preservado.

Outra objecção mais grave se apresentou.Grande uuraero de pessoas vaccinadas sof-frerão ataques de bexigas. Logo, a vaccinanão é preservativo absoluto. A asserção ésimultaneamente verdadeira o falsa. A vae-cina tem uma acção temporária; ao cabo decinco annos,segundo nus, e de doze segundooutros, porde a sua eííicacia.

E' mister fazer reváccinaçâo, o para ef-foctuar a nova inoculação cumpre usar delyrapha vaccinica convenientemente escolhi-da. Ha boa e má vaccina. Pôde dizer-se

que se tem deixado degenerar o liquido sal-vador. Nao se cura de recorrer á origem do¦coto-poíc; contentão-se de vaccinar de braçoa braço sem escolher exclusivamente ns me-lhores pústulas Quando não ha pús vaceumnatural, produz-se um artificial, inoculandovaccina humana nas vacas que deixao deapresentar o genuíno remédio.

Chegou-se a colher lyrapha dos botões quedesabrochao nos indivíduos revaccinados.Ora, a etücacia deste liquido é mui fraca. OSr. Blot acaba de demoustrar á academia demediciua que perde as suas propriedadesdepois.da sexta inoculação. Estas uegligen-cias do grande cópia de facultativos produ-zirão a degeneração da vaccina. Segundouma estatística do Sr. Letulle, interno nohospital dos engeitadas, tem-se visto crian-cas, vaccinadas quando nascem, fallecer devaríola na idade de 2 e 3 annos; também se

vio a reváccinaçâo produzir pústulas na ida-de de 4 annos, achando-se extineto o influxo 'da primeira vaccina.

Quando se tiver regenerado a vaccina,será possível conseguir a extineção completada varíola. E' essa a opinião dos facultou-vos mais eminentes. Mas, para attingir oiraraenso resultado, cumpre decretar a obri-gação da vaccina e da reváccinaçâo. No ex-ame da questão a liberdade individual 6 fa-cto accessorio, quando se considera que cadavarioloso se torna um foco de iufücçílo, Avaccina obrigatória é reclamada pelas cor-porações scientiíicas de todos os paizes; masmuitos deneírao os subsídios indispensáveisao serviço em questão. O porvir que se ap-potece ainda está distante. Felizmente ha oselementos necessários para instar pela ado-pçfio das medidas prescriptas pela scieucia abem da humanidade.

[Jornal des Dèbals.j

EXTERIOR

Europa.

São sobremodo contradictorias as noticias

que sobre a marcha da insurreição da ller-Zügoviiia nos dão as folhas homem recebi-das polo Gironde', comquanlo confirmemcilas os acontecimentos quo registrámos nanossa chronica de honlem, isto ó, o fiavtí-réni os insurgentes retomado a offensivaem vários pontos daquelie Estado o derro-tado os turcos, contestam um outro factopor nós apontado, o ter sido mallogrmla atentativa de mediação por parle dos consu-los estrangeiros.

Não resta, porém, duvida quo, apezardas esperanças de ver terminada a insur-reiçãu, para o quo se contava', além do ro-sultiido da mediação, com as promessas deneutralidade dos governos da Servia c doMontenegro, do mesmo modo que com asconciliadoras disposições do governo oito-mano. a lula reassumira sérias proporções,ameaçando ampliai-se pela altitude quemanifestava o povo da Sorvia a favor dosrevollosos.

O território deste Eslado fora violado

pelas tropas turcas, do (jue resultará umcombate entre eslas forças e as da Sei \ia,acampadas na fronteira; faclu este que con-correra para atigmetilar as synipalhiasafavor dos insurgentes, constando mesmo

que a maioria dos representantes de Sku-

ptchina. que se pronunciara contra a guer-ra, diminuirá consideravelmente, quee o

povo recebora com oiiiliiwasmo a noticia doenconiro com as forças turcas, considerandoesle facto como devendo influir nas dispo-sições do governo c obrigal-o a proteger arevolução.

li' verdade que um despacho do Cons-laiilinopla diz quo u governo ollomanomondara iinmedialameute retirar as suas

HB a p ¦ *"*? .[L. J _L. I ... i. .

tropas da fronteira da Servia* mas ello ac-crescenta (jue naquelle Estado o governofazia transportar para a fronteira canhões,armas e munições o que os servios procu-rafam com instância provocar a subleva-ção.

Alóm dis'o o movimento começava nova-mente ua Bosnia, cujas forças procuravamteuuir-sè ás da llcrzogoviua.

Depois Ia derrota inlligida pelos insur-gentes ás tropas turcas om Glorko seguio-so outra nao proximidades de Trebigoe; avingança, porém, uão se fez laular o foipor demais cruel; lio dia li do passado asforças olloinaiias, comniaudadas por Ache-uiol-Pachá, bateram nm grande corpo doinsurgentes perto do Zeniyarsrish, fazendomiiilos prisioneiros, alguns dos quaes foram por cilas degolados.

liste acto cruel do general do Sultão nãoeslá de accordo com as disposições qne pa-rece manifestar seu soberano, o qual an-nunciara sulemnemenle que estava resolvi-do a fazer as concessões que forem justassendo seu desejo pôr termo a uma situaçãotão deplorável.

« O sultão Abdul—Aziz, diz-nos umafolha, fez publicar um firman destinado adar uma primeira satisfação ás populaçõeschnslãs do seu impei io, cujo ado não 6 sórelativo á Bosnia o á Herzogovina, senãoque lambem é dirigido a todos os governa-dores geraes dos vilayels das províncias.

Na caria que o Sultão escrevo ao gião-vizir, eiiviando-lhe o firman, reconheçoaquelle formalmente que o descunlenlameii-to das populações insurgentes e a sua ie-bellino tinham por causas principaes, porum lado. as isenções dos arrendatários doimposto, e do outro a incapacidade e osabuzos do poder de certos funccio.uarios.

O firman consigna que tanlo na adminis-tração como na magistratura as aulorida-de/publicas estão longe de cumprir os seoscargos com a imparcialidade appelecivel,e que o governo ollomano prometle reme-diar laes abusos. »

A mesma folha accrcsconta que seria

jiossivel que a desconfiança dos inswgen-lC9 tornasse eslas disposições ineflicazes, o

que parece ter suecedido, não sendo de cer-lo actos do barbaridade, como os praticamas forças turcas, o meio seguro de reslabe-lecor a confiança.

Os insurgentes pareciam dispostos a sus-tentar a lula e para isso não desesperavamde contar cum o apoio da Servia o doMontenegro.

Sobre as disposições tomadas pelos che-fes da revolução assim como com refeien-cia á marcha da mediação dos cônsules es-trangeiros, (jue, como dissemos, e não li-vera ainda a solução por nós aniiunciada,diz nos unia folha:

« Os chefes da robelliüo parecem deci-didos a sustciilar-se a todo tronco.

sectos, esperavam ainda figuras de aposto-los ou de santas. Cleopatra pintara nellascora sentimento mais corregiauo queevan-•adico a Paixão de Magdalena. Aqui Ma-gdaleua peccadora, alli Magdalena arrepeu-dida, mais adeanto Magdalena no deserto.Mas na ebriedade do peccado ou nos êxtasesdo arrependimento, ora sempre a paixão quedominava.

Sabia escrever como sabia pintar, monta-va a cavallo como a sra. de Montespau, es-grania como MU. de Maupin, patinava comoMil. de Camargo. Em suinma, ora a mu-lherraais perfeita—e mais imperfeita qnehavia em Pariz uo anno da graça do 18(])5.

Cleopatra punha confundidos os joalhei-ros quando examinava pérolas e diamantes.Punha confundidos todos os amadores de eu-riosidades quando explicava faianças, bron-zes, terras cosidas.

Um dia que o celebre Sr.¥** estava em ca-sa delia:

Não ó perraittido a todos ir a Corin-tho, disse-lhe, mas é-me perraittido ofíere-cer-lhe vinho de Chypre uo mais antigo va-so de Corin tho.

Era ura vaso globular ornado no bojo comura friso era que o artista pintara algum dosheroes dalliada. Winckcelmaun e de Wittehaviam-no descripto e commentado. Na opi-nifio delles, era o mais antigo que revelavaura nome de artista: estava assignado kai>ezmeppaye.

Nao acha, disse Cleopatra ao celebrehomem de Estado, que o vinho de Chypresó é hora era um vaso de Corintho ? ^Seria aiuda melhor, disse o Sr.***, siso pudesse carregar com o vaso.

As decisões que adoptarem na sua re-conte reunião no mosteiro de Kossivovo,nada toem de conciliadoras; não estão dis-postos por modo algum a entrar em con-irados com os cônsules europeus. Kslçs,segundo os últimos despachos, depois deestarem esperando inutilmente cinco dias ede haverem lido uma conferência prévia,na qual reconheciam a impossibilidade doexecutar a mediação, segundo o projectoprimitivo, parecem quo redigiram um pro-tocollo no dia 7 de Setembro.

Nesse documento fariam notar quo nascondições actuaes seria escusado inlenlaruma tratisacção com os insurgentes, c quoestes n I li mos não lei iam o menor desejo de',entabolar negociações acerca da base pro-posla.

liai taes circumslancias os cônsules vi-am-se no caso de pedir novas instrucções.

Entretanto, os cônsules, afim de cumpri-rom o seo encargo o melhor possível, sa-hirani no dia 1*2 de Mostãr, os da Allema-nha, Áustria e Itália para us confins dafronteiro austríaca, o os da França, Ingla-terra c Hussia, seguindo uma direcção pa-rallela. no interior do paiz, em busca doschefes dos insurgentes.

Tanto uns como outros deviam procurarvôr estes e tratar de os coinenccr de quonão lêem que esperar auxilio algum daspotências nem nos principados, aconselhamdo-lhes ao mesmo tempo quo deponhamarmas o apresentem as suas queixas aocommissario da Poria.

Dado osle passo, reunir-sc-hão os consti-les em Stolatz. onde informarão Server-Pa-Pa chá do resultado da sua missão.

So esse resultado não for satisfactorio,publicará Server-Pachá uma proclamaçáo,promctlendo dar satisfação a Iodas as quei-xas que se mostrem justificadas, so os in-surgentes so submetlerem, o lixará uniprazo, dentro do qual devora oíTocluar-soa submissão.

Então so verá como os insurgentes aco-Ihem as propostas do governo turco.

Um despacho do Vienna, com referenciaa noticias de Belgrado, dá-nos e&trolanluanoticia dos accôrdos tomados pelos chefesdos insurgentes ua sua reunião em Kossi-vovó na fronteira monteuegra. Esses ac-côrdos parecem ser os seguintes:

1.* Adiar a eleição do commandanle emchefe, por quanto havia indícios do quo oMontenegro entraria breve em acção. e nos*se caso o commatido supremo seria con-fiado ao príncipe Nikiia de Montenegro.

2." Uilo dus chefes exerceriam enlrctan-lo o governo provisório.

3.° Velkolich, cunhado do príncipe doMonioncgio, seria o representante do go-verno- provisório nas negociações com oscônsules, mas a sua missão não seria ne-

gociar, senão unicamente apresentar aos

Nao dá pouco trabalho sustentar em Pa-ri/ a realeza da moda.

Uma mulher em moda, quer seja da boasociedade quer mio, ê uma actriza represei)-tar que mal tem tempo de entrar para osbastidores para mudar de roupa ou para mu-dar de papel. Si nao, vejamos: aqui, dirigeo cotilbilo; alli, aposta nas corridas; hontemguiava uo Bosque dous cavallos de puraraça, levantando as bridas com a graça deApollo a dirigir o carro do sol; hoje, dejioisde uma noite, passada era ura coupé da es-trada de ferro era que jogou-se o lausqiienet,preside em Bade o trinta 6 quarenta, em quearriscaria o seu quinhão de paraíso si hamuito tempo nao houvesse perdido a chavedelle; amanha, si ê uma senhora de boa so-ciedade, tirará esmolas no sermão do padreFelix; si 6 uma mulher da peior sociedade,arrastará a cauda do vestido no Châteaudes Fleurs. Faça o que fizer, precisa con-tinnamente de uma moldura de ouro em pie-na luz: si se deixasse invadir pelas meias-tinetas, seria dentro em pouco aj)euas umalua velha.

Depois de Cleopatra, pela sua belleza,pelo seu espirito e pela sua extravagância,conquistara esse sceptro, nao consentia quealguém fosse mais bella, mais espirituosa,mais extravagante. Assistia a todas as fes-tas de Pariz, de dia e de noite. Viam-naem toda a parte, até nos sermões; tinha ca-marote na Opera e nos Italianos; ia a todasas primeiras representações, o que a arrui-uava. Haviam querido prohibir-lhe a en-trada na Opera e nos Italianos, mas nao eradas quo dão-se por vencidas deante do fiscalda moralidade publica. Ella dizia: "Hei do

Iriompharpor meio da minha força ou daminha fraqueza.

Cleopatra tinha de mais a mais amigos

por toda parte. Embalde dizia-se: esta ra-

pariga, bastava apresentar-se para desarmara todos.

Os seus amigos diziam que ella riscara a

palavra impossível do seu diecionano. Como irecebia príncipes e duques, homens illustreade toda a casta, MU. Submissa, que tinhafumaças de fidalguia, disse-lhe uma vez:

Com tudo isto, terás homens no teu sa-lão, mas não mulheres.

Deixa-te disso, quando me der na

phantasia, alugarei mulheres da boa so-ciedado. Si quando muito é preciso pagar-lhes as dividas para tê-las em casa, pagar-lh'as-hei.

Cleopatra não duvidava de cousa alguma,nao perdera a esperança de mudar as leis doinundo. Até consegui-lo, couteatava-se comter uma corte era casa. Do res:o tinha do-masiado espirito para ir violentamente rteencontro aquillo que chamava preconceitos,mundanos. Posto que achasse logar em to-da parte, conservava-se sempre no seu, nosCampos Elyseos e no arrabalde Saint-Ger-main. Por exemplo, neste ultimo invernotodos viram-na patinar sobre o lago de Loug-cjiamp, um dia marqueza Cavoni, no outroCleopatra, cru.zando-se quasi só pelo seu la-do com todas as bellezas heráldicas, cotn to-das as virtudes de trinta e seis quilates quesão o orgulho do Pariz oflicial, ninguémlemhrava-se de dar-se por oftendido com avisiuhança, tão adoráveis erão os arabescos

que ella descrevia no gelo.Nao era só no gelo, 'no Bosque, nos ba-

nhos de mar, na missa, que raisturava-so

com as fidalgas. Haviam-na reconhecido

em um baile de phantasia em casa de ura ai-

to personagem, onde havia revolucionado to-

da a sociedade á custa de gracejos. Arma-

da ató aos dentes, ferira os mais oncouraça-

dos, sabendo sempre por ondo atacar.

Fora a duqueza d'Armailly quem levára-a

a esse baile de phantasia. Estavam ambas

de dominó. O dono da casa, que erguia as

mascaras á entrada dos salões, nao pediu,ao ver a princeza, para erguer a mascara do

Cleoj)atra. Demais, talvez soubesse do 3e-

"•redo. E' um homem de muito espirito

para offender-se cora ver uma mulher deca-

hida no meio de tantas mulheres que oceul-

tam a sua queda.A duqueza e Cleopatra foram a alegria e

a alma da festa. Quantas paixões repenti-

nas serviram-lhes de séquito ! Mas perten-

ciam ao numero das que se importam bem

pouco com o damno que causara: preferiam

o damno que lhes faziam. A duqueza di-

zia: "Prefiro o amor que me inspiram ao

que eu dou."E Cleopatra invertera o provérbio: A mais

bella moça do mundo só pôde dar o que

tem.-Que tolice! dizia ella; a mais bel-

Ia moça do mundo pôde dar o que não tem:

o amor. [Continua.)

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O DESPERTADOR, 8

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cônsules um memorandum e declarar que o

povo não linha confiança na Torta nemacreditava nas suas promessas.

4.' Combiuou-se um plano de operações,do fjnat naturalmente não se dão pormono-res.

5.' Convidou se o governo provisório a

que fizesse quanto possível para procurarai mas.

G.° Decidiu-se informar a Servia e oMoulenegro, de que o fim do levantamentoera juntar a Bosnia ea llerzcgovitia áquel-les prtocipados. "

Addicionaremos como complemetilo a estanoticia (pie, segundo um correspondente de\ieuua, o governo uiislro-hnngaro pareciaanimado das disposições do intervir a favordos insurgentes, o que neste intuito era au-xiliadu pela Rússia e pela Allemaiiba.

Etn Gonslantlnopla rouninm-se os con-lingenles dos corpos das províncias com des-tiuo ao theatro das operações, o quo demons-tra mais claramente que o Sultão c.s7auaanimado do desejo de proteger os revoluci-onarios clirislâus por meio do seu completoextermínio.

Já (|ue oslamos em território turco dare-mos uolicia de um conflielo armado entro ossoldados du Sultão, que foi promovido pelanecessidade cm quo so vêogoveruo ollonia-no de reunir poderosos elementos para aca-bar com uma revolução, que a sua imprensaconsidera como de nenhum valor.

Nas províncias da Asih o governo chamouás armas as forças da reserva para seremmandadas para a Herzegovina; tendo-seestas recusado a marchar, o Pucluí gover-nador mandou marchar centra os insubor-dinados uma colnmna de Iropa regular e,mantendo elles a altitude de recusa, travou-so um sério combate enlre as duas forças, do

que resultou ticarem no campo muitos mor-los e maior numero de feridos.

Vô-sc, pois, que a revolta da Ucrzegovi-na tende a tornar muito grave a situação daPorta Oltomaua, se conseguir desenvolver-so.~ Passando á fronteira austríaca, lambemabfsó vemos hidicios de que o coufliclo doOriente podo trazer as conseqüências quetemos apresentado; a imprensa de Vieiinaaconselha o governo a intervir e no mesmosentido se pronunciam os jornaes allemâes.

O Tàj Blacl considera como de grandeimportância a viagem do imperador Guilher-meá Itália e entende que elle não será ostra-nho ás vistas políticas de grande alliançano sentido de garantir por algum lempo a•paz da Europa.

Na Allemanha não deixava também doser assumplo de vários commenlarios a via-

gem do soberano, que devia ir acompanha-(lo pelo príncipe do Bistnark o pelo generalalüllko.

Os jornaos de Berlin ecusuram o ministrodos cultos por so mostrar sobremodo bane-volo para com os calholicos ua execuçãodas leis que foram votadas polo parlamento.

A este respeito diz tuna folha:.

« A dissolução d&s associações calholicas,sociodados religiosas, caminha rapidamenteiia Prussia; e dentro de pouco tempo, mes-mo anles do termo designado pela lei, a mai-or parle dos convênios toiâu desapparecidoou serão transformados om estabelecimentosdo Eslado. Parece comtudo que as intluon-cias ullramoulanas, bastante poderosas des-de muilo tempo nas mais altas regiões dacorte, põem ludo em pratica para salvar dodesastre geral o maior numero de cousas quelhe fòr possível. Diz-se. por exemplo, queos franciscanos do A-poIlinansberg e os ca-puchintios de Ehreubreitstein foram uulori-sadosa continuar na vida mouaslica, com acondição, porém, de deixar o habito da or-denvpara usar o do clero secular.

Os órgãos liberaes-nacionaes parecemnão estar contentos com lal-coucessão, queacham contraria,' não só ao espirilo, masaté ao texto da própria lei. Esla com effei-to exre mais do que a simples mudança dotrajo.°para quo o religioso lenha direito adomicilio; julga que o habito não faz o mon-ge o estipula que, actiando-se abolida a or-dem, óda sua exlincção que deve dependera excepçao de quo poderá ser objecto. Lia,como geralmente se sabe, corporações exce-ptuadas da obrigação de dissolver-se: asor-deus exclusivamente consagradas ao traia-mento do doentes o á educação dos orphãos.Os joruaes a que alludimos são do parecer

que ludo quanto se fizer em opposição a lei-Ira e espirilo da lei, não poderá achar favorperanloa fandslag, por isso que o ministrodos cullos não tem autoridade para fazerexcepções por sua alta iccreação. »

Por sua parle o correspondente da Agen-cia Européa e Americana diz de Berlin o se-

guinte:« O ministro dos cullos c da iusttucção

publica, Mr. Falk. foi acolhido, senão comenthusiasmo, ao menos conliafissimamimlepelos habitantes do ducado do Elbe.

A provincia de Schleswig-Holslein temuma insigniíicaule porção de calholicos, porisso as manifestações em homenagem a Falknão podem ler o caracter aggressjvo das

que lhe foram feitas no paiz rbenaiio, ondeo fanatismo religioso é assaz violento.

ü que os habitantes do Scbleswig-Uols-lein desejam, o isso patentearam o ao mi-tiíslro, óque termine promptamenle a lutaenlie a Igreja e o Estado.

Mr. Falkdisse-lhesdesojar lambem a pazo que só com a Igreja calholica podia haveruma paz séria.

Da viagem do ministro ás províncias doNorte resultou já chamar a attenção publi-ca sobre o Schleswig-Hulslein e sobre aquestão dinainarquoza.

A Gazela de Silesm transcreveu de umperiódico dinamarquez o lexlo do um pre-tendido projecto de alliança, que so dizapresentado ao governo dinamarquez. hamuitos annos, e no qual a Prussia deixavaentrever a possibilidade da restituição deSchleswig.se a Dinamarca se Compromel-lesse a pôr as suas forcas de lerra e mar ádisposição da Allemanha. Esle projecto,

aclualidade, só tom interesse relrospe-tvo. oTambém o imperador Guilherme so pro-

nunciouno sentido conciliador do seu mi-nislro: depois do ler assistido ás manobrascm Stricgen visitou o conde do ÍMess emFuralenslein, que lhe fez a mais brilhanterecepção.

Na véspera da sua partida o Imperadormandou quo lhe fossem apresentadas algu-mas pessoas que ha dous annos tinham sidoexcluídas da associação dos cavalleiros deMultada Silcsia por cireumslancias cunhe-cidas; e que haviam pedido a sua demissãoem conseqüência dsestarem opposição coma ordem de Multar no quo respeitava á poli-lica religiosa da Allemanha. O Imperadordisse-lhes:

a Muito mo alegro por ter oceasiao devêr-vos; não ignoro que vos tendes conser-vado fieis; sabeis tão bom como eu o hojemais do que nunca, quo a minha intençãonunca foi perseguir a vossa religião, massim unicamente fazer respeitar as leis doEslado. »

Falleceu em Muniej] o príncipe AdalbertoGuilherme, .lio do rei da Ba viera e casadocom uma infante da Ilespauha.

Na Bélgica devia reunir-se a 29 do pas-sado em Bruxellas o congresso medicodn-lernacioiial.

psar-nos, superar-nos, u si lhe fosse possivel, iinpòr-nos.

E' este o quid dessa guerra tentada comtflo triste gloria diante de Paysandú.

. E-um capricho guerreiro que custa aoBrasil uns 300 milhões de duros, para vir

provar-os, após tantos sacrifícios, sua im- |

(Continua.)

TRANSCRIPÇÃO

Cartas políticas.Rosário, abril 2 de 1875.Sr. Dr. D. Nicoláo Avellancda etc etc.

IMeu illustre compatriota.— O Sr. Saraiva

dizia-me era Montevidéo, urgido pelas mi-nhas observaçõesultimamente tem o Brasil que militarisar-se atoáo custo; o Brasil necessita levantar umexercito, jd cansado de soffrer tantos ultra-ges e ser todos os dias motejado cm sua mo-deração e no seu caracter

A guerra do Paraguay tinha com effeito

para o Brasil um importante interesse fluvial-Necessitava gaiantir contra os caprichos

do déspota paraguayo ü passagem franca

para a sua provincia de Matto-Grosso; mashavia era primeiro termo um interesse desuscepiibUidade e de orgulho: O Brasilqueria ostentar um exercito, apresentar umexercito, mostrar-se uma vez soldado, ecli-

possibilidade de militarisar-se e manter-semilitarmente.

De seu grande exercito do Paraguay nflollcam de pé nem os tambores. Seria mistercreiil-ues para uma nova lide, e crear aomesmo tempo o espirito militar, a disciplina,a iustrucçao e todos os atiributos exigidospara a guerra exterior.

O orgulho levantou aquelle exercito. Emminha convicção aíirmam-no dous expressi-vos íuetos, um de todos conhecido, outro sa-bidode poucos.

Os homens politicos do Império, os ho-meus firmes e sizudos resistiram a idéa dearmar o Brasil paru aquella guerra que seelaborava. Foi necessário que subisso ao po-dernm partido de acçflo, o partido liberal,como homens novos, paixões ardentes e ani-mo irritado, que representasse aquellas pai-xões, aquella irritação que transbordaram,sobre o Estado Oriental, primeiro e sobre o

Paraguay, depois.Nessa coalisao nflo era consultado o inte-

resse do Brasil ainda que lisongearam porpreço elevado o.s devaneios do império.

Os interesses da navegaçflo, mais ou me-nos restringidos pelas torpezas do governoparaguayo, nflo disvirtuavum um direito re-conhecido por aquelle no facto mesmo denavegar por nossos rios, de adherir á nossadoutrina expansiva e sujeitar-se ás regrasdo direito publico imposto aos co-ribeirinhos.

O governo imperial tinha títulos conquis-tados ás predilecções do governo paraguayo.

O Sr. Pimenta Bueno, um dos velhos sol-dados da diplomacia imperial, acreditado noParaguay, merecera toda a confiança de D.Carlos A. Lopez, e o que a diplomacia pudecom o pai bern pôde obter do filho.

Assim 6 que, o verdadeiro e talvez únicointeresse positivo da guerra uão foi assum-

pto de gestão, como não o foi a dilataçflo deterritório brasileiro, tropheu recolhido amãos limpas depois da victoria; porque osfados contemporâneos nos revellam que oBrasil declarou a guerra, motivando a comsuecessivos actos de hostilidade ao territórioOrieutal.

Assim pois, aquella guerra nfio foi umauecessidade para o Brasil, mas um desígnio

para o Império.O Império queria militarisar-se a todo o

casto, queria levantar um exercito, apresen-tar-se como poteucia guerreira, procurandoabater ou debilitar a preponderância dos es-tados do Prata, que julgava uma ameaça ouum perigo.

Isto, nrio sao presumpções, porém fadoshistóricos e actos poliíicos coutemporuneos,

que ninguém ignoru.

Incidentes sobreviudos impediram que seproduzisse outro facto que como exemplo

pudéramos agora citar para garantir o juizoque vamos emittindo; incidentes sobrevindosimpediram que no primeiro período da guer-ra, e já sériameute travada, o Brasil tratas-ae separadamente com Lopez e fizesse forçosaa paz ao alliado.

O ministro Octaviano não desconhece este

plano nem poderia aílirmar que o ignora; e

por conseqüência a política imperial collo-cada sob a direcção de espíritos bellicosospôde chegar a conformar-se com apresentarem espeduçfío um exercito que desfillasse emgrande numero á vista dos estados do Prata.

II

Profusões de t&o grave gênero nflo podemfacilmente reproduzir-se, sem menoscabo dariqueza de uma nação, sem quebra de suacircumspecçao, sem a justa reprovação docritério universal, e sem arrostrar conse-queucias tão sérias como desnecessárias.

III

E' justo reconhecer que o Império do Bra-sil teiu homens eminentes, a cuja perspica-cia nilo escapa o verdadeiro espirito da opi-nino de seu paiz, suas necessidades q suaslacunas internas, como os perigos de umdesmembramento quasi inevitável, mais oumenos próximo.

O povo brasileiro é muito patriota, seushomens pensadores mui sensatos, seus pro-prietarios mui ricos; e este conjuudo de qua-lidades e de interesses, impelia uaturalmen-te o Brasil a collofiar-se fora do caminho dasaventuras o a modificar os repudiados in-stinetos de sua velha política.

O Brasil nflo pude pensar em adquirir maisterritório, nflo pôde condemnar-se a estar se-"•uiudo as emoções dos distúrbios alheiosnem estar á espreita das migalhas de eyra-pathia que lhe offereçam as facções ou o8partidos do Rio da Prata; nem puerilmenteconsumindo seus thesouros em esquadrasque se movem tenuemente nas mausas águasde seus portos.

Tem que pensar seriamente em si mesmo,som curar do que tem a lucrar nas conteu-das alheias, sinfloo que uellas vai perdendo.

D. Pedro II 6 segumraeute o ultimo Impe-rador do Brasil.

Sua suecessão política já sahiu do berçocom o atavio natural das idéas republicauas

que refervem no âmago dessa nação, que se

propagam com o alento de sua moderna es-cola e que hão de favorecer, pela mesmaforça do excesso, as massas desherdadas eoppriraidas.

Este paiz ba de organisar-se rápida e fa-talmente sob outro regimeu: nao ba recurso.

Tem que obedecer ás leis da épocha e da

geograpbia.O Brasil é immensamente rico, immensa-

mento grande, mas o Brasil ó rico com acondição de conservar seus escravos e eslávazio precisamente por ser tao grande.

Mais de 700 léguas separam por um de-

serto Mato-Grosso do Rio de Janeiro. Aquel-la povoaçílo ignorada do mundo não pôdegovernar-se cora esse grande afastamento.Tem riquezas que não explora, aldêas queconsoraem-se pela inércia, e em cem annos

ha de ser o que hoje é, si uma transicçao

política nilo lhe mudar o destino.Suas províncias do Pará e Maranhão têm

a temperatura de Cayena: seus habitantesmorrem nbrasados ou dormem nas redes es-

perando que um dia a navegação do Ama-zonas chame para junto delles homens e iu-teresses novos, movimento e navegação.

Pernambuco o Bahia estilo preparadaspara constituírem uma autonomia própria.A idéa republicana despedaçará os lategosdos ferozes capatazes o dispensará um poucotle humauidade para os tormentos do traba-lho.

As províncias do Brasil sao como planetassemeados era distancias immensas pelos es-

paços do infinito. Esse formoso paiz é umdeserto colossal era cujas costas marítimas

se agrupa a sua população.O privilegio de existirem uma superfície

gigante só se pôde obter com 400.000,000de habitantes, como a China, como o Japãoou como o Indostüo; assim é possível a uni-dade despotica ao menos.

O estimulo das federações ó a extensão doterritório; e o Brasil dividido entre milharesde milhares de léguas tem de obedecer auma necessidade suprema e lógica qüe seacha comprimida, entretanto, pelas razõesmoraes já explicadas e que fazem aceitávelo seu sceptro.

Assim, pois, o Brasil ó uma nação excessi-vãmente débil em meio de sua grandeza ter-ritorial e de sua exhuberante riqueza, comoé excessivamente débil para comsigo mesmaem razáo de seus costumes.

(Continua.,

Page 4: 0 DESPERTADOR. - memoria.bn.br

O DESPERTADOR.

VARIEDADE.

Os casai noritos do liojo.

(Jornal das Famílias.)

() especlaeulo diário de casamentos malsuecedidos suggorio-nos as soguinlos reilo-xões, que pedimos venia para apresentar asnossas loiloras o leitores, na fó de quo podo-dráõ aproveitar-lhes para seus filhos, propor-cionaildo-se assim o inoflavel gozo que expe-ritiienla uma alma certa do haver cumpridoseo dever.

O liomom e a mulher, sendo feitos natural-menle um para o ouiro, óo casamento um doslins a que tendo a educação; por isso cumprentio perder do vista que as qualidades queolla cultiva no adolescente aclifio seu complo-mento na esposa, o igualmente as quo cultivami monina acliãoo complemento no esposo.

Em nossa sociedade, cumpro confessai-o,ha demasiado açodamento era casar as mo-ças.

Ila mães que anlicláo por casarom-ifasafim de recuperarem sua liberdade, desune-rando-se por esso meio da forçada vigilância,

que aliás em algumas famílias não exisle, coulras fazem-se um dever do Irocarem a odu-caçoo do suas filhas por um casamento pro-maturo, pois julgariào soo amor próprio offendido si tivessem de adia-lo para mais lar-de; ao passo quo, conlraliindo osso vinculoem tenra idade, indica a importância do suaposição social, cujo brilho deseja-se parti-lliar, ou quo os morilos de suas (ilhas são taesque forão dovidaiueiilo apreciados logo aodespontar.

Disso quo os paes fulgiio de truiicarom aeducação de suas filhas por um casamentoprecoco, som atlenderom quo só depois dos14 annos 6 quo uma menina começa a ro-lleclir o comparar, tirando proveitosas LLções de tudo quanto vò c ouvo; só então dcVxa do ser uma altimna passiva o aborrecidapara aprondor com gosto aquillo para quetom aplidão. E' nessa época quo so lhe des-envolvo ophysieooa inlellligencia para lo-marem sua fôrma definitiva.

Rcflictão as famílias no soguinlo asscrlo:para quo a educação seja completa o possaproduzir duranle a vida as competentes floreso fruclos, o mister quo o casamento vonha cmlempo conveniente, nom muito cedo, comoaconleoe ao gorai das moças, nem muilo lar-do como soem fazer os homens, porquo n'cs-so caso ollcs so assemellião a uma praça des-mantolada: convém quo se roalise no inomon-lo em quo todas as faculdades, tendo recebi-do o necessária cultura, só resta pol as sob amoralisadora proleeção do hymonoo.

Uma das condições indispensáveis no ca-samonto é a harmonia das idades. Tão claraé esta asserçào que não careço do provas: por-quanto, uniu moça c um velho, ou uma velhao um moço, são incompatíveis para formarembons casamentos, visto como são duas qiianü-dados heterogêneas quo produzem —uniõessem união.—As vontades e os gostos, oslandosompre cm opposiçào, fazem do matrimôniouma posada cadôa, o os íillios desso discordanteconsórcio são as vietimas innoccnlos immola-das á inqualificável ambição das famílias: por-que, nascidos (fuma mãe, ainda não complo-tamenlü formada, ou d'um paojá gasto, ira-zom unia constituição cachelica o doentia,qüòíM Gondomno a arrastarem uma vida duincessante soIlVimciilo; e depois, vivendo tf es-so lar, sem amor nom harmonia, dcsconlie-cem a doçura d'eslo ncclar chamado—amorde família—criào-so rixosos, egoístas, indo-pondenlos, o não scnlcm a menor afleiçàonom respeito pelos autores de seus dias, queII)os não souborão dar a mais proveitosa daslições—o exemplo.

Oulra condição a que lambem cumpre ai-Icnder-sc, paia maior probabilidade do umcasamento, é não unir a intelligencia á imbo-cilidado, a virtude ao vicio, nem a saúde á«nformidado.

Acaso essas famílias, sequiosas do uniõesprematuras, pensarão alguma vez no que pó-do haver do agradável n'iim consórcio em quoum dos cônjuges é destinado d'anle-mÜo a soro enfermeiro do ouiro ? Em que o intolligon-to não ó coniprcliondido pelo estúpido ? Emais que tudo aquelle em que a honra c a re-ctidão lem de combater inccssanleiiioiilo ospendores deshonestos o lorpezas do outro quoropresonta a infâmia ?

Infelizmente a maior irroílcxâo preside aoacto mais solemne da vida, confrango se-noso coração ao vermos que não são só os con-Iracntes que assim pralicão, mas ns indeseul-pavois famílias, que estando calmas, o ásmais das vezes tendo do combaterem obstina-ções, suscitadas por uma paixão cega, nãotom justificação possível de tramarem a des-graça dessas filhas que dizem amar.

Não duvidamos afilrmar que c da confor-midado das qualidades physicas, moraes e in-tellectuaes que depende a sorte do casamento.

Ainda não manifestamos nossa opinão rela-livaoientcá fortuna no matrimônio.

Começaremos por declarar quo classifica-mos de paradoxo o axioma que vigora cmquasi iodas as famílias—do quo a riqueza sub-slitue vantajosamonlo a moeidado, a força, abolloza e a sympalbia. Não so collija destasexpressões quo aconselhamos o desprezo aodinheiro em assumpto do casamento, pelocontrario julgamos sor cllo um poderoso au-xiliar para a boa harmonia do casasál; masd ahi a considerarmos oplimo um consórcio sóporque um dos noivos, ou ambos, lem do for-tuna, disla muilo.

Nâo podemos comprehender como dousentes iniliíTereiiles um para o outro, oucom um sciilimeulo de repulsão possãounir-se tâo estreitamente por laço iodisso-vel, c ainda menos comprchemlemos quosejào os paes (ás mais das vezes) quo im-pillâo os filhos a se infelicilnroin, conlra-liiudo deveres que (Pauto-mno aborrecem,ou lencionâo postergar.

Nâo descoiilieçamos o que ó o coraçãohumano, e lembremo-nos quo a oceasiãodo amor é antes do hymenou, que deveconlrahir-so sob seus auspícios. Si sup-primirmos o amor antes do casamento, crô-de que de um só jacto leremos lambemsupprimidii o amor conjugai depois defle;por isso que, não existindo amor entre osnoivos, jamais nasce entro os esposos oamor conjugai.

Agora, sob pena do parecer-vos umarepresentante do secul.» passado, dir-vos-heiquo çousidoro o amor uma das condi-ções indispensáveis para o matrimônio; pois6 do concurso do positivo com o romanescoque deriva a felicidade delle.

Terminarei aconselhando á maioria dospaes que eduquem suas filhas mais amigasdo trabalho e da virtude que do luxo, assimcomo a seus filhos, ca procederem de modoque possão servirem-lhes de exemplo; a at-tenderem cuidadosamente ao gênero de pes-suas que ad nilloii) em sua intimidade, paraevitarem o perigo de uma inclinação incon-venienteea abjurarem a falsa idóa om quoestão de que na riqueza se encerrão todosos elementos necessários á verdadeira foli-cidade domestica.

Victoria Colonna.

EDITAL.'iniCMOurarsa de faxciiaüa.

Do ordem ifo lllm. Sr. Inspector faço pu-hlico que, no dia 20 do correnle mez, ás 11horas da manhã, esla lliesonraria cm sessãoda junta receberá propostas cm cartas fecha-das, por I." c2.n via, para o fornecimentode um escaier destinado á fortaleza de SantaCruz, cuja compra foi ordenada pelo Expl.Sr. Presidente da província, em virtude de

aviso do ministério da guerra.Na mesma oceasião so venderá cm hasla

publica o escaier da dita fortaleza eslacio-nado junto á capitania do porto.

Thesouraria de fazonda de Santa Ca-lliarina,ciii 8de Oulubro de 187o.

João Pamphilo de L. Ferreira

2.° escriplurario.

OTEL DOS PÁQUE a

O proprietário do HOTEL DOS PAQUE-TFSofforecoao publico fornecer comidas,mandando aqui buscal-as das 2 horas dalarde em diante, pelos preços mais favo-raveis que poder fazer, assim como acceita

qualquer cncommenda do comidas, dandoa nota do que pretende rem.

Desterro, 11 de Oulubro de 1875.

TABELECIMEKTOiTâ,ii i

PHOTOGBAPHICO4

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DE

11|7 TV?RIKÍ<\ALIM IMiKíiiiiMI k li.

EM PORTO-ALEGRE

CASA FILIAL NESTA CAPITAL

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corrente estará aborta esta casa á concorroncia publica. Tiram-so retratos por to- [Jjjjdos os systemâs, como: simples, abri-lliantados, porcelana, esmaltados, llom-brant , ambrotypos, melcanotypos, & &,

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¦1N811TICADE

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CONTRA INCÊNDIOEM

Fundos próprios daCompanhia. . . . to." 1,500,000

Fundos das Compa-nhias ligadas porconlracios ;í nossaCompanhia. ... » 10,000,000A Companhia creou nesla praça uma

agencia geral para esla Provincia o rocom-meuda-separa conclusão de seguros sobreprédios, mercadorias e inoveis, sob fáceiscondições.

Os agentes geraesMiatle, Milrbach & C\

abaixo as$âg«aa«lio, liqnidanloda exlincla firma de JORGE CON-CEICÃO & COMP.\ pode a certose determinados devedores da mesmapara vjiem saldar seus débitos dentro

do imprescindível prazo de 90 dias, findo osquaes, ver-se-ba na necessidade de mandarpublicar seus nomes nas folhas publicasdesta cidade.

Desterro, 20 de Setembro de 187o.

Jorge Conceição.

Movimento ^2*ÍÍ$? do Porto.ENTRADAS.

Dia 2 do Oulubro.Montevidéo. vapor Camões, de 10IJ3 tons.,

comm. Henrique Riuo, equip. 40, compassageiros e malas.

Dia í.ílio de Janeiro, brigue nac. Improviso, de

23í tons., m. Francisco Domingos Viei-ra, equip. 8, com carga.

Dia 6.vapor Arinos, do 900 tons., comm. Ma-

uoel Josó Pereira CaldíHs, equip 35> '•pas-sageiros: Cuido Eugênio Nogueira, An-lonio Porei ra Guimarães, Augusio Bajth-gen e Francisco Damas de Souza Schutel.

vaporGalderon, de 1057 tons., comm.Fábio Hino, equip. 40; passageiros: Bcr-uardinu Rodrigues Barcellos, sua fami-lia e 6 escravos, Paulo Gomes da Motta,Antônio Josó da Cosia, Dr. João PedroFreire Monteiro, sua família e uma oscra-va, Josó Rumou Marlinez Peres, Francis-co Ilcnzman c sua familia, Vicente Alvosde Padua e 5 emigrantes.

Dia 7.Laguna, vapor Itapirobá, de 4o tons.,

m. Francisco da Costa üuorra, equip. 9,com passageiros e malas.

Dia 12.

palacho nac. Vésper, de 86 tons., m.Paulino José da Silva. eq. 8, com carga.

Tijucas, hiate Dous Irmãos, de 11 lons. m.Pedro Domingos Coelho, equip. 3, comcarga.

Dia 11.

Rio de Janeiro, vapor nac. Rio Grande, do1180 tons., comm. ocapiláo-tenenleJoséMoximiano de Mello o Alvim. equip. 47;passageiros: D. Calharina Haeberbèch eseu neto, Joaquim Francisco Calharina,João Casciicse sua filha, D. Maria Fran-cisca, D. Izabcl Francisca, D. Maria Tho-mazia da Conceição Pires, cadelo AÍTonsodcSenna Dias, Dr. Luiz Augusio Crcs-po, Joaquim A. Coelho, Joaquim Fran-cisco da Silva Barreiros e 5' emigrantes.

SABIDAS.

Dia 2 de Outubro.

Rio de Janeiro, vapor Camões.Montevidéo, vapor Arinos.

vapor Caldcron.Dia 8.

Laguna, vaporItopirobá.Dia 11,

Montevidéo, vapor Rio-Grandc.Dia 15.

Laguna palacho nac. Vésper.

P

I Typ .dei. J. Lopes, /« d.% Trindaden.2.