1 introduÇÃo - daciane.files.wordpress.com · sentido o contexto sobre o estudo comportamental...
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1 INTRODUÇÃO
Nota-se que o interesse pelo estudo sobre comportamento organizacional
vem crescendo nos últimos anos. Esse fator foi percebido pelo histórico de artigos
publicados e discutidos nos últimos tempos dentro dos centros acadêmicos e das
organizações com a finalidade de compreender o nível de comprometimento do
vínculo do indivíduo no trabalho, utilizando mecanismos de pesquisa de campo ou
literária.
Diante deste contexto busca-se a cada dia melhorar as políticas de gestão de
pessoas e estimular a motivação pessoal para manter os talentos dentro das
organizações e criar estratégias a fim de tornar o ambiente de trabalho mais
favorável frente às mudanças culturais, tecnológicas que acompanham a evolução e
o desenvolvimento da globalização.
Desta forma o estudo sobre o comportamento humano dentro das
organizações tem a finalidade de compreender a razão pela qual um indivíduo se
difere de outro através de sua motivação causada por diversos aspectos internos e
externos que podem influenciar direta ou indiretamente no nível de
comprometimento do indivíduo relacionado ao seu trabalho, tornado as
organizações mais sustentáveis e competitivas.
O comportamento humano dentro das organizações deve, então, ser
observado com relevância pelos gestores, pois um ambiente de trabalho favorável e
uma equipe sempre comprometida e motivada agregam valor à organização e reduz
os custos com perdas operacionais, quando os colaboradores passam a se sentir
parte do resultado zelando do patrimônio como se fosse seu.
O fator comportamental dentro das organizações torna-se relevante no ponto
de vista pessoal, por necessidade em compreender as variáveis que influenciam as
ações de comprometimento organizacional diante de minhas práticas de gestão a
fim de manter uma equipe de trabalho comprometida e motivada. Vele ressaltar a
importância deste entendimento como fonte de informação para todos os gestores
que busca melhorar a cada dia a produtividade e o vínculo dos indivíduos dentro do
ambiente organizacional.
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Este estudo irá possibilitar ao gestor da empresa estudada e aos demais
interessados a compreender melhor o nível de comprometimento afetivo dos
indivíduos com a empresa e quais são os fatores relevantes que favorecem ao
vínculo, podendo assim desenvolver melhores práticas de gestão.
Assim, este estudo do comprometimento organizacional traz como questão
problema: qual o nível de comprometimento afetivo dos trabalhadores de uma
empresa do ramo de comércio atacadista e varejista de suprimentos industriais
localizada em Feira de Santana? Ressaltando como objetivo geral, identificar o
comprometimento afetivo dentro da empresa Lojão dos Parafusos Ferramentas e
Ferragens, observando os aspectos relevantes das práticas de gestão de pessoas,
que podem estar relacionados direta ou indiretamente.
Diante disto destaca-se como objetivos específicos: expor conceitos sobre
comprometimento organizacional; apresentar a realidade do Lojão dos Parafusos
Ferramentas e Ferragens Ltda; analisar como as práticas de gestão de pessoas que
possam favorecer ao comprometimento do indivíduo com o trabalho através de
estudos dos fatores afetivos motivacionais. Sendo que tais fatores abordados pela
teoria acadêmica irão fundamentar os resultados obtidos no contexto do ambiente
organizacional e observar as praticas da gestão exercida pela empresa para manter
de forma continuada o vínculo de seus colaboradores.
Sendo assim, o presente trabalho tem sua estrutura apresentada da seguinte
forma: na introdução contem os objetivos propostos por esta pesquisa e a
contextualização da questão problema a ser respondida; o referencial teórico com a
socialização do conhecimento necessário para o entendimento dos objetivos que
almejamos alcançar sendo estes a compreensão do nível de comprometimento
afetivo dos trabalhadores da empresa Lojão dos Parafusos Ferramentas e
Ferragens Ltda, a ser estudado.
Dentro deste contexto observam-se as práticas de gestão de pessoas que
influenciam direta ou indiretamente para o comprometimento organizacional, por fim
a proposta de intervenção qual será apresentada conforme o objetivo proposto pela
empresa, às devidas sugestões de intervenções, mudanças ou aperfeiçoamento das
práticas de gestão organizacional.
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1.1 INDICAÇÃO DO PROJETO
Nome de Fantasia: Lojão dos Parafusos
Razão Social: Lojão dos parafusos Ferramentas e Ferragens LTDA.
Endereço: Rua J. J. Seabra, 358. Centro – Feira de Santana/BA
CNPJ: 03.040.903/0001.94
Telefone: (75) 3602-9800
Gerente Comercial: Jackson Pereira Araujo
Sócios Proprietários:
Diretor - Paulo Roberto dos Santos Lima
Gerente Financeiro - Edneuza Medeiros bezerra
1.2 CARACTEÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO
1.2.1 Histórico
Segundo observações realizadas na organização em referência, a empresa
Lojão dos Parafusos Ferramentas e Ferragens, foi fundada no ano de 1999 na Rua
José Joaquim Seabra, assistida em Feira de Santana - Bahia, quando um
representante de fixadores resolveu abrir um ponto comercial varejista de parafusos
no centro da cidade,com a finalidade de suprir o crescente setor industrial qual já era
promissor na época, e que atualmente continua recebendo novas oportunidades de
negócios favorecendo o desenvolvimento local.
Neste período inicial a empresa era conduzida pelo proprietário Sr. Paulo
Roberto, Bacharel em Ciências Contábeis e mais três colaboradores operacionais.
Atualmente, detém um efetivo operacional de 27 colaboradores, está inserida no
segmento de suprimentos Industriais do comércio atacadista de fixadores,
ferramentas elétricas e manuais, ferragens, soldas, abrasivos, químicos, lubrificantes
e equipamento de proteção individual (EPI), é uma empresa de capital fechado e de
caráter familiar.
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1.2.2 Missão
Sua missão: Comercialização de elementos de fixação, ferramentas manuais
e elétricas, soldas, abrasivos, rolamentos, mangueiras, correias, equipamentos de
proteção individual (EPI) e coletiva, e ferragens em geral.
1.2.3 Objetivo
A organização escolhida tem o objetivo: ser referência como fornecedor de
suprimentos para os segmentos produtivos no estado da Bahia ampliando a cada
dia suas fronteiras de atuação.
1.2.4 Valores
Seus valores são: respeito ao ser humano; honestidade com colaboradores,
clientes, fornecedores e autoridades; ética na condução da empresa, tendo como
referência: os valores do bem; otimismo no resultado positivo do trabalho; parceria
de sucesso com clientes e fornecedores.
1.2.5 Expansão
Com a necessidade de expandir seus negócios o Lojão dos parafusos
inaugurou em março de 2008 uma nova unidade varejista na Avenida João Durval
Carneiro em Feira de Santana, e um ponto de distribuição de seus produtos no pólo
petroquímico de Camaçari-Ba, qual deu o nome de Supri-ind Suprimentos
industriais, desta forma formou-se um grupo econômico de três unidades faturando
mais de cinco milhões de reais por ano.
O Lojão dos Parafusos, busca honrar seus compromissos assumidos diante
de seus stakeholders: com os fornecedores busca realizar parcerias comerciais para
fortalecer a cada dia sua capacidade de oferta, disponibilidade e qualidades de seus
produtos; aos clientes ofertar um atendimento eficiente e eficaz mantendo a ética e a
boa fé; com a sociedade gerando oportunidade de emprego para mão de obra local;
e com o governo manter rigorosamente os pagamentos dos tributos e impostos.
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1.2.6 Certificações
A empresa é comprometida com a melhoria contínua da qualidade e
excelência de seus processos, produtos e serviços, sem abrir mão do bom
atendimento, da transparência e da satisfação dos seus clientes. Para isso
implantou em 2006 o Sistema de Gestão da Qualidade (SQG), concedido pelo
Programa de Qualificação de Fornecedores (SUPERFOR), a fim de aperfeiçoar seus
processos e Procedimentos, manter a conformidade dos serviços e diminuir os
custos.
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2 COMPROMETIMENTO
Diante da evolução mercadológica globalizada que o mundo vem passando,
torna-se primordial a busca em compreender a percepção dos valores intrínsecos do
homem e das variáveis que puncionam o sentimento de motivação do
comportamento humano, com o objetivo de favorecer o comprometimento, o vínculo
e o desempenho em suas tarefas laboral. Desta forma, poder possibilitar aos
gestores o desenvolvimento das práticas de gestão e o eficiente plano estratégico na
condução dos resultados proposto pela organização.
A busca pelo entendimento do comprometimento organizacional vem sendo a
cada dia fundamental para o sucesso das empresas, pois é através deste
entendimento que as empresas passam a usar o material humano como propulsor
dos resultados obtidos com qualidade, redução de custo, sustentabilidade e
competitividade. A busca pela harmonia dos fatores de comprometimento entre os
indivíduos e a organização, refletirá diretamente no resulto eficiente das tarefas.
Conforme Bastos (1997) o comprometimento “[...] é tomado como um estado,
caracterizado por sentimentos ou reações afetivas positivas, tais como lealdade em
relação a algo qual se associam intenções comportamentais específicas”. Nesse
sentido o contexto sobre o estudo comportamental traz a necessidade de definir
comprometimento, e observar as principais praticas de gestão de pessoas que
favorecem o aumento do comprometimento do indivíduo dentro das organizações.
Diante do cenário de mudanças de valores e de instabilidade no mercado de
trabalho, o que faz refletir direta ou indiretamente no nível de comprometimento dos
indivíduos com a empresa, proporcionando um menor sentimento afetivo de
pertencer à organização. Bastos (1998) apud Macambira (2009) argumenta sobre a
relevância de se manter uma agenda de pesquisa em comprometimento com o foco
na organização empregadora.
Desta forma esta argumentação pode ser retificada conforme Macambira
(2009) "Esse argumento é pautado na percepção de que justamente nesse período
de instabilidade é que as organizações mais precisam desenvolver trabalhadores
comprometidos com suas missões e valores”. Bastos (1998) e Macambira (2009)
comungam sobres os mesmos ideais, pois cabe as organizações manterem em seu
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planejamento estratégico praticas de gestão que favoreçam ao comprometimento e
criar vínculo dos indivíduos com o trabalho.
2.1 COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL
Compreende-se que o comprometimento organizacional relaciona-se com a
maneira como as organizações utilizam métodos e práticas de gestão de pessoas
para influenciar seus membros e criar vinculo em seu ambiente de trabalho
fomentando a dedicação individual, estimulando a criatividade, a fidelidade, a
motivação e a lealdade organizacional.
Conforme Bastos (1994) apud Bandeira, (2000), “Comprometimento
apresenta características peculiares, quando analisado sob a ótica da dimensão
acadêmica e organizacional, abrangendo diversos elementos no ambiente de
trabalho”. O referido autor mostra que o ambiente qual o individuo está inserido alem
de diversos fatores internos e externos inerentes a organização.
Desta forma o ambiente qual o indivíduo está inserido, pode ser um dos
fatores que determinar o comportamento e a atitude humana no corpo
organizacional, pois se acredita que o comportamento e as reações humanas podem
ser influenciados pelo ambiente e pela forma qual a organização irá conduzir seus
colaboradores.
Conforme Allen e Meyer (2000) o comprometimento organizacional pode ser
definido como o laço psicológico que caracteriza a ligação do indivíduo à
organização e que reduz a probabilidade de ele a abandonar. este conceito traz a
observação que o comportamento do individuo dentro das organizações variam
devido aos fatores psíquicos que influenciam na intenção de abandono efetivo da
organização, rejeição a mudança, desempenho individual, assiduidade, e a
negligência dentro da organização.
Para Kiesler e Sakamura (1966) apud Siqueira (2008), “o comprometimento é
um vínculo do indivíduo com atos ou comportamentos, fazendo com que as
cognições relativas a tais atos se tornem mais resistentes a mudanças posteriores”.
O citado conceito mostra que através dos fatores cognitivos que o homem é
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motivado a praticar suas ações e reações de comprometimento ou de repudio
organizacional.
O comprometimento com uma ação emerge quando o indivíduo se sente responsável pela ação, considera tal ação significativa, acha que ela tem conseqüências importantes e se considera responsável por tais conseqüências (SALANCIK, 1977 apud SIQUEIRA, 2008, p.15).
O autor supracitado defende o pensamento de que o comprometimento do
indivíduo se dar a partir do momento que ele sente parte dos resultados obtidos
devido as suas ações, o que divergi do pensamento dos autores citados
anteriormente voltado para os fatores cognitivos e psíquicos, qual enfatiza o
sentimento de pertencer e de afetividade.
Nota-se então, que todos estes os fatores citados anteriormente sobre o
comportamento humano, fazem com que cresça a cada dia o interesse sobre o
construto do comprometimento, em pesquisar sobre o tema devido ao grau de sua
complexidade, assim entender as razões para tal comportamento que influencie e
motive os indivíduos em circunstancias e ambientes diferentes.
Segundo Bastos (1944b) apud Medeiros e Endres (1998) também definem
que o comprometimento é ainda uma propensão à ação, intenção de se comportar
de determinada forma de seu indivíduo disposto a agir. O referido autor observa os
laços do comportamento humano onde ele enfoca o sentimento afetivo como
propulsor nas ações e reações da satisfação e do comprometimento com a
organização, o que condiz com conceito anterior definido por Allen e Meyer, (2000)
sobre os laços afetivos.
Compreende-se que o estudo sobre comprometimento organizacional torna-
se interessante devido a as varias percepções sobre os fatores que contribuem para
as ações dos indivíduos dentro da organização. Considerações relevantes dos
fatores internos e externos justificam a razão que diferenciar um indivíduo do outro
em praticar as mesmas tarefas com resultados diferentes, considerando as
características pessoais.
Mowday, Steers e Porter (1979) apud Medeiros, Eenders, (1998) buscam um
estudo mais específico relacionado ao vínculo afetivo, entre indivíduo e organização.
Foi utilizado como instrumento de estudo o conceito de Porter e Smith (1970)
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comprometimento é um forte envolvimento entre o indivíduo e a organização
caracterizado por três fatores: comprometimento com o trabalho, crença e aceitação
da cultura da empresa e permanência na empresa.
Toda organização busca desenvolver práticas de gestão de pessoas que
favoreçam ao aculturamento dos indivíduos, fazendo com que eles sintam-se parte
da organização e responsáveis por ela. Assim criando convicções de pertence,
percepção de aceitação e um vínculo de fidelidade junto ao grupo, o
comprometimento proporciona o sentimento de lealdade, diminuindo a intenção de
abandono e desinteresse.
A teoria de Morrow (1983) apud Siqueira (2008) versa sobre a diversidade de
conceitos acerca do estudo de comprometimento organizacional e alerta para a
confusão de conceitos que possa existir, devido a complexidade do tema. Sendo
assim, o presente autor defende a relevância para mais estudos empíricos e
científicos para o construto em múltiplos focos de comprometimento.
Teóricos como Morrow e Reichers, conceituam o comprometimento do
individuo dentro das organizações, onde os sentimentos e ações dependem do meio
qual ele esteja inserido e que as organizações tem que buscar o equilíbrio entre
homem e trabalho criando um clima favorável. Desta forma observa-se a dificuldade
em desenvolver o comprometimento organizacional de forma universal.
Segundo Reichers (1985) apud Siqueira, (2008), as organizações são seres
complexos constituídos de múltiplos segmentos que nem sempre compartilham os
mesmos objetivos e valores. Ele acredita que as organizações são vistas como
entidades únicas e diferenciadas, que promovem a identificação e o envolvimento da
parte dos indivíduos dentro das organizações.
Assim nota-se a importância em estudar e conhecer o comportamento
humano com foco no comprometimento organizacional como um dos fatores que
integram o perfil humano, através de micros pesquisas nas áreas de psicologia
organizacional e Administração. Os resultados obtidos dos estudos sobre
comprometimento servem como ferramenta de trabalho e fonte de informações para
os acadêmicos e gestores em todas as esferas em que, a matéria prima principal
seja o fator humano.
2 .2 FUNDAMENTOS DO COMPROMETIMENTO
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Para podermos entender melhor a importância do comprometimento
organizacional é fundamental observar os principais acontecimentos durante a
evolução mercadológica mundial, o que modificou a ótica sistêmica e global pela
competitividade, obrigando as organizações a buscar o diferencial através dos
recursos humanos como ferramenta principal na eficiência dos resultados, e tornar
gestores mais humanistas com foco no fator comportamental.
Conforme Maximiano (2006), as idéias de Taylor (1911) e Fayol (1916)
contribuíram para o aprimoramento do sistema técnico em busca de ganho de
escala em produtividade, tendo os trabalhadores como agentes passivos dentro da
organização. Nesse sentido, o sistema social que buscava uma nova percepção do
comportamento do indivíduo com a sua estrutura organizacional o que fez ganhar
relevância na teoria e prática administrativa.
Na década de 30, uma série de fatores contribuiu para um pensamento mais
humanista nas organizações, como por exemplo, o movimento sindical que
buscavam melhores condições de trabalho, o pensamento marxista – que buscava a
quebra do sistema mecanicista implantado por Taylor e Fayol, por uma
especialização flexível – e o experimento de Hawthorne, que deu origem a escola
das relações humanas, segundo Maximiano (2006)
O experimento de Hawthorne, orientado pelo professor Elton Mayo de
Harvard, abordou principalmente, o relacionamento do indivíduo com o trabalho,
servindo como balizador para novas pesquisas em diversas vertentes. Na década de
50, mais ou menos, ainda na Escola das Relações Humanas inicia-se o estudo e
teorias sobre motivação, que explicam o desempenho das pessoas nas
organizações e é um dos temas centrais do enfoque comportamental, conforme
Maximiano (2006).
O termo comprometimento surgiu com os avanços dos estudos sobre
motivação, conforme a definição de Robbins (2009, p. 48) “a motivação é um
comportamento externo”. O referido autor define de forma descritiva, porém menos
substancial, descrevendo a motivação “como a disposição para fazer alguma coisa,
que é condicionada pela capacidade dessa ação de satisfazer uma necessidade do
indivíduo”, Robbins (2009, p. 480).
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Desta forma, entende-se que motivação é descrita pelo autor anteriormente
citado, que o comportamento das ações humanas é determinado por fatores
externos. Sendo assim, o comprometimento busca a auto-motivação, fortalecer os
laços de vínculos do individuo com o trabalho e o sentimento de pertencer a
organização, eliminando o sentimento de abandono, conforme Allen e Meyer (2000),
citado anteriormente
Conforme Siqueira (2008) et. al., o comprometimento é um conceito mais
recente, surgiu partir de 1970, e tornou-se uma das vertentes mais estudadas e
pesquisadas no comportamento organizacional devido sua complexidade, o que
confirma a continuidade dos estudos sobre motivação. Estudos de Morrow (1983),
Reichers (1985), Meyer e Allen (1984) fomentaram novas pesquisas e motivaram
teóricos a se aprofundarem com mais dedicação em novos conceitos sobre o
construto do comprometimento.
O trabalho desenvolvido por Morrow (1983) traz uma observação sobre o
confronto conceitual dos diversos modos de interpretação inerentes ao
comprometimento, e o conhecimento empírico para apoiar o entendimento.
Conforme afirmação de Mowday (1998) que há uma sobre posição conceitual entre
os diversos modelos propostos para conceitualizar o comprometimento.
Nota-se então que o consenso sobre o fator comportamental no campo de
estudos do comprometimento organizacional demonstra a importância em refletir,
observar e analisar os fatores internos e externos que favoreçam ao
comprometimento, sem deixar de avaliar e ponderar as condições e circunstâncias
do ambiente e das filosofias organizacionais.
Reichers (1985) alerta a necessidade de estudar a multiplicidade do
comprometimento organizacional, através da decomposição, pois estudar o
comprometimento de forma generalizada aumentaria a possibilidade de resultados
imprecisos o que tornaria os resultados esperados pela organização incipiente
diante da complexidade no entendimento do. comportamento.
As pesquisas desenvolvidas por Meyer e Allen na década de 80, tinham o
objetivo de identificar a natureza do vínculo de comprometimento do individuo com a
organização e o trabalho por entendimento dos fatores psicológicos, da pesquisas
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de Meyer e Allen, surgi então o do modelo de estudo tridimensional, o qual é mais
aconselhável atualmente, segundo Siqueira (2008, p. 52).
Assim compreende-se que não há consenso definitivo acerca do que é
comprometimento organizacional, pois o mesmo se trata de valores, princípios,
cultura, fatores internos e externos que variam de acordo com o ambiente que cada
indivíduo esteja atuando. O termo comprometimento organizacional então tratado
por várias definições e modelos teóricos ao longo dos tempos, resultando numa rica
pulverização de conceitos obtidos.
2.3 DIMENSÕES DO COMPROMETIMENTO
O comprometimento organizacional é visto como um complexo de fatores
culturais, inerentes ao bem estar do individuo, visto o comportamento como macro
objeto de estudo o que poderia haver maior dificuldade no entendimento dos
resultados, pois o comportamento é analisado por alguns teóricos por partes. Assim
alguns autores criaram métodos onde a partir de micros aspectos, tentam entender o
comportamento do individuo dentro das organizações.
Trata-se do comprometimento por parte utilizando o modelo tridimensional o
qual lidera as pesquisas e estudos sobre o comportamento organizacional, a fim de
buscar um melhor entendimento dos fatores internos e externos que motivam e
favorecem ao vínculo do individuo ao trabalho, obtendo resultados positivos para as
organizações.
A base para este estudo constitui das pesquisas e investigações acadêmicas
realizadas com as teorias de Etzione (1975), desenvolvidas através dos trabalhos de
Mowday, Steers, Porter (1982) qual define que a premissa básica do enfoque
afetivo, como o nome indica, revela a identificação do individuo com as metas
organizacionais, bem como a introjeção de seus valores, assumidos como próprios.
Desta forma entende-se que os autores Etzione (1975), Mowday, Steers,
Porter (1982) socializam o pensamento de que o individuo tem a necessidade e
desejo de pertencer à organização mostrando lealdade e dedicação. Diante disto o
individuo determina suas atitudes e seu comportamento dentro do ambiente de
trabalho criando um vínculo de afetividade e bem estar.
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Dos estudos de Meyer e Allen (1984) apud Medeiros, Enders, (1998). O
modelo tridimensional é conceituado em três componentes na definição do
comprometimento organizacional: o comprometimento afetivo, em que o indivíduo se
sente parte da organização interiorizando sua cultura como próprias, demonstrando
lealdade, vontade de permanecer e dedicação a corporação.
Conforme Bandeira (2000, p. 4) “[...] a dimensão afetiva se alimenta e
sedimenta nos sentimentos do empregado, aceitação de crenças, identificação e
assimilação dos valores da organização.” Este autor defende a teoria que, partindo
do fator afetivo o individuo vai estar cada vez mais motivado e envolvido dentro da
organização, o que não garante que todos os indivíduos sejam motivados pelo
mesmo fator, a final são seres únicos e complexos.
Outro enfoque do comprometimento estudado por Meyer e Allen (1984) é o
normativo, qual pressupõe a aceitação do indivíduo aos objetivos e valores
organizacionais. Neste pressuposto o que faz com que o individuo esteja vinculado à
organização é o sentimento de obrigação de conduta e ética, esta teoria pode ser
retificado por Rego (2007, p. 7) “[...] um sentido de obrigação de nela permanecer
(laço normativo)”.
Assim verifica-se que na percepção de alguns indivíduos o sentimento
normativo impera de forma moral, aquilo que é certo, o sentido de obrigação em
permanecer para não desapontar ou sujar sua conduta, é estar convicto que o mais
coerente a ser feito é permanecer na organização envolvido por normas, embora
tomado pela consciência de sua permanência.
O modelo normativo-instrumental definido por Wiener (1990) afirma que o
comportamento humano está vinculado a esses valores e costumes recebidos ao
longo da vida que aliados as crenças instrumentais (recompensas), justificariam as
intenções comportamentais que predizem o comprometimento organizacional. O
referido autor pressupõe o fator atitudinal as suas ações e o fator normativo advindo
da cultura organizacional imposta em sua conduta que podem pressionar suas
convicções.
O terceiro modelo tridimensional é o instrumental, sua caracterização se dar
pelo poder da troca de interesses, o indivíduo sempre estará esperando alguma
recompensa pela sua dedicação e empenho, sua motivação só ocorre quando é
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ofertado algo em troca e sua permanência na organização só ocorre enquanto o
mesmo visualiza oportunidade de benefícios próprios.
Conforme Bastos (1993, p. 56), apud Bandeira, (2002) o comprometimento
instrumental “seria, então, um mecanismo psicossocial, cujos elementos side-bets ou
conseqüência das ações prévias – recompensas ou custos – impõe limites ou ações
futuras”. O autor mostra que o comprometimento instrumental, é caracterizado por
uma análise, na qual o indivíduo permanece na organização pelo fato de existirem
trocas laterais, ou seja, associam-se os custos com a saída do mesmo.
Allen e Meyer (199) apud Bandeira (2000) caracterizam o vínculo dos
indivíduos em três dimensões da seguinte forma: Empregados com um forte
comprometimento afetivo permanecem na organização porque eles querem
permanecer, aquele com comprometimento instrumental permanecem porque eles
precisam do trabalho e aqueles com comportamento normativo permanecem porque
eles se sentem obrigados a permanecer na organização.
Dentro deste contexto nota-se a necessidade de boas práticas de gestão e
conhecimento dos fatores do comportamento humano, a fim de obter conseqüentes
de permanência, inibindo o turnover, que é o fluxo excessivo de empregados em
uma organização em um curto espaço temporal; o absentismo, que é a falta dos
empregados em suas atividades diárias por motivos incipientes; e a desmotivação,
qual é responsável pela falta de comprometimento e baixa produtividade dos
empregados na organização.
Nota-se, então, que com a utilização da teoria tridimensional é possível tornar
um ambiente organizacional mais favorável, assim estimulando o vínculo do
individuo com o trabalho. Um empregado comprometido e motivado consegue ser
mais produtivo ter mais qualidade nas tarefas desenvolvidas, refletindo diretamente
na redução dos custos e ganho de produtividade.
No Brasil, observa-se que os estudos e publicações de Bastos dos anos de
1993, 1994, 2000, 2002, 2008, serviram de balizadores para teóricos. Bastos (2000,
p. 315) apud Zanelli, et. al. (2004) identificou padrões de comprometimento como:
duplo compromisso, no qual o indivíduo busca o comprometimento recíproco da
organização com a carreira. Outro padrão é o duplo descompromisso, ou seja, o
baixo comprometimento com a organização e a carreira.
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Ainda conforme Bastos (2000, P.315) apud Zanelli, et. al. (2004): o terceiro
padrão é chamado unilateral com a organização, o indivíduo está mais
comprometido com a organização do que com a carreira. O último padrão é
chamado unilateral com a profissão, o indivíduo está mais comprometido com a
carreira do que a organização.
Atualmente com os avanços tecnológicos e com a globalização as
organizações têm a necessidade de acompanhar as novas tendências, o que reflete
diretamente na estrutura organizacional tendo que modificar suas crenças e
convicções o que afeta a cultura regida pela empresa. Esta nova vertente manifesta
nos colaboradores algum tipo de sentimento seja ele de satisfação ou rejeição ao
novo, assim as organizações devem estar cada vez mais preparadas para o novo
aculturamento.
Bastos (2000) pontua ainda que os aspectos culturais, os avanços
tecnológicos e as novas formas de gestão inseridas num cenário de mudança global
nas organizações e no mundo do trabalho, fazem relevância na importância do
conceito de comprometimento como, “esquema cognitivo” internalizado e partilhado
pelos membros das organizações.
De acordo com o que pôde ser observado nas teorias citadas acima sobre o
comportamento dos indivíduos dentro das organizações com foco no
comprometimento, fica demonstrado que ainda é muito incipiente e confuso a
conceituar de forma prescritiva a melhor maneira de promover o vínculo de
comprometimento dos indivíduos dentro das organizações, devido à complexidade
do objeto de estudo que é o comportamento humano, em suas crenças, princípios e
valores.
Dentre as teorias citadas, podemos destacar a teoria de Meyer e Allen (1984)
qual conceitua o modelo de validação do comprometimento organizacional com base
no modelo tridimensional, que são: afetivo, normativo e instrumental, qual faz uma
abordagem mais ampla dos fatores comportamentais do indivíduo que favorecem o
comprometimento.
Para a relevância do estudo de deste trabalho, será tomado como fonte
balizadora a teoria defendida por Meyer e Allen, focando o comprometimento afetivo
como instrumento de trabalho e fundamentação de uma nova pesquisa de campo
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que será realizada numa empresa do comercio atacadista/varejista de Feira de
Santana.
Diante de todo este arcabouço teórico, a brainstorming que foi exposta e
discutida na fundamentação do conceito sobre o comprometimento organizacional,
proporciona a busca pelo entendimento dos fatores que influenciam o
comportamento do vínculo afetivo do indivíduo com o trabalho. Apesar dos acordes
e divergências entre os conceitos citados, tomaremos como base o vinculo afetivo
para fundamentação deste estudo dentro de uma organização do seguimento
comercial.
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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 TIPO DE PESQUISA
Esta pesquisa será realizada tomando como base a classificação apresentada
por Vergara (2009), quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins, a pesquisa será descritiva, explicativa e metodológica.
Descritiva porque visa descrever características, percepções, expectativas do
quadro de empregados do Lojão dos Parafusos, a cerca do nível de
comprometimento afetivo dentro da empresa. Explicativa, devido ao fato de buscar,
esclarecer efetivamente quais fatores contribuem para manter o nível de
comprometimento com o trabalho. Metodológica, pois serão realizados
procedimentos para atingir o grau de comprometimento afetivo dentro da empresa
citada.
Quanto aos meios a pesquisa se classifica em de campo e bibliográfica. De
campo, pois será realizada entrevista com o diretor geral da organização e aplicação
de questionários aos empregados da mesma, para verificar o nível de
comprometimento afetivo deles com a organização. Bibliográfica porque faz um
estudo desenvolvido com base em material publicado em livros e redes eletrônicas,
podendo ser classificados em fonte primária e secundária.
3.2 UNIVERSO
A atual pesquisa será conduzida na região de Feira de Santana na empresa
Lojão dos Parafusos Ferramentas e Ferragens Ltda. O universo da pesquisa
constitui, então, no corpo de funcionários do contingente efetivo da cidade,
totalizando 27 pessoas. O corte temporal será apresentado na segunda etapa deste
trabalho diante de um prévio agendamento com a organização pesquisada, sendo
que o mesmo corresponde ao período de 2011.1..
3.3 COLETA DOS DADOS
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O instrumento de coleta utilizado será através de questionário elaborado por
Bastos et. al. (2008, p. 78) composto de 18 questões respondidas por todos os
empregados da empresa, além disso, será feita entrevista com o diretor da
organização com o objetivo de obter informações sobre as praticas de gestão.
O questionário é composto de afirmações que admitem valores de 1 a 5.
Aborda itens que avaliam o grau de comprometimento afetivo entre o indivíduo e a
organização. Os dados com os quais trabalharemos consistirá em análise
quantitativa. A análise fatorial será utilizada para estabelecer a dimensão de
comprometimento e os escores fatoriais observados para os indivíduos presentes na
amostra.
3.4 ANÁLISE DOS DADOS
A apuração dos resultados dos questionários e interpretação da escala de
comprometimento organizacional será realizada de acordo com a metodologia de
Bastos, o qual faz o cômputo do escore médio de cada resposta, que será obtido
somando-se os valores assinalados em cada um dos itens e dividindo-se este valor
pelo número de itens da escala. Os valores médios ficaram entre 1 e 5.
Os valores assinalados pelos respondentes para os três itens negativos
foram invertidos, antes de se proceder ao cômputo do escores médios, se o
respondente marcou 1, foi invertido para 5 e assim sucessivamente conforme a
indicação seguinte: 1 foi invertido para 5; 2 para 4; 3 foi mantido 3; 4 para 2 e 5 foi
invertido para 1. Os valores negativos que foram invertidos estão assinalados com
(**), na apresentação da ECOA inserido no anexo.
De acordo com critérios de avaliação, os valores entre 4 e 5 sugerem, que o
empregado sente-se afetivamente comprometido com a empresa. Valores entre 3 e
3,9 podem indicar indecisão do empregado quanto ao seu vínculo afetivo. Valores
entre 1 e 2, 9 sugerem fragilidade quanto ao compromisso afetivo com a
organização.
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REFERÊNCIAS
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