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Shamati Eu Escutei

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ShamatiE u E s c u t e i

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Não Há Nada Além D’Ele (Ein Od Milvado)

O Livro Shamati, Artigo nº 1

Ouvi em Parashat Yitro, 1, 6 de Fevereiro de 1944

Está escrito, “não há nada além D’Ele.” Isto significa que não há outra força no mundo que tenha a habilidade de fazer o que quer que seja contra Ele. E o que o homem vê, que há coisas no mundo que negam a Casa Superior, a razão é que esta é a Sua vontade.

E é considerada uma correcção, chamada “a esquerda rejeita e a direita atrai,” quer isto dizer que o que a esquerda rejeita é considerado correcção. Isto significa que há coisas no mundo, que, para começar, têm por objectivo desviar uma pessoa do caminho certo, e pelo qual ela é rejeitada da Santidade.

E o benefício das rejeições é que através delas a pessoa recebe uma necessidade e um desejo completo pelo Criador para que a ajude, uma vez que ela vê que de outra forma está perdida. Não só não faz progressos no seu trabalho, mas vê que retrocede, isto é, falta-lhe a força para observar a Torá e Mitzvot mesmo em Lo Lishma (não em Seu Nome). Que apenas ultrapassando genuinamente todos os obstáculos, acima da razão, pode ela observar a Torá e Mitzvot. Mas ela não tem sempre a força para ultrapassar acima da razão; pelo contrário, ela é forçada a desviar-se, Deus proíba, do caminho do Criador, mesmo em Lo Lishma.

E ela, que sempre sente que o estilhaçado é maior que o todo, ou seja, que há mais quedas que elevações, e não vê um fim para esses estados, e permanecerá para sempre fora da santidade, pois ela vê que é difícil para ela observar mesmo tão pouco quanto uma gota, a não ser ultrapassando acima da razão. Mas ela nem sempre é capaz de ultrapassar. E o que será do fim?

Então ela chega à decisão que ninguém a pode ajudar a não ser o Próprio Criador. Isto faz com que faça um pedido sentido para que o Criador abra os seus olhos e coração, e a traga verdadeiramente para perto da adesão eterna com Deus. Segue-se então, que todas as rejeições que tinha experimentado vieram do Criador.

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Isto significa que não foi por estar em falta, que não teve a capacidade de ultrapassar. Em vez disso, para aquelas pessoas que querem realmente aproximar-se do Criador, e por isso não se conformam com pouco, isto é, permanecer como crianças insensíveis, é-lhe por isso dada ajuda de Cima, de forma que não lhe seja possível dizer que graças a Deus tenho a Torá e Mitzvot e boas acções, e que mais preciso?

E apenas se essa pessoa tem um desejo verdadeiro receberá ela ajuda de Cima. E é-lhe mostrada constantemente que está em falta no seu presente estado. Nomeadamente, são-lhe enviados pensamentos e opiniões, que são contra o trabalho. Com isto pretende-se que veja que não é um com o Senhor. E por muito que ultrapasse, vê sempre que está mais longe da santidade que os outros, que sentem que são um com o Criador.

Mas ela, por outro lado, tem sempre queixas e exigências, e não consegue justificar o comportamento do Criador, e como Ele se comporta em relação a ela. Isto fá-la sofrer. Porque é que não é ela um com o Criador? Por fim, chega a sentir que não faz parte da santidade ou que se pareça.

Embora que ocasionalmente receba um despertar de Cima, que momentaneamente a revive, mas pouco depois cai no lugar da baixeza. Contudo, é isto que faz com que ela venha a perceber que apenas Deus pode ajudá-la e trazê-la realmente para perto.

Um homem deve sempre tentar e apegar-se ao Criador; nomeadamente, que todos os seus pensamentos sejam sobre Ele. Isto é, que mesmo que esteja no pior estado, do qual não pode haver maior declínio, não deve deixar o Seu domínio, nomeadamente, que há outra autoridade que o impede de entrar na santidade, e pode trazer benefício ou sofrimento.

Isto é, não deve pensar que existe a força do Sitra Achra (Outro Lado), que não deixa uma pessoa fazer boas acções e seguir os caminhos de Deus. Em vez disso, tudo é feito pelo Criador.

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O Baal Shem Tov disse que aquele que diz que há outra força no mundo, nomeadamente Klipot (cascas), essa pessoa está num estado de “servir outros deuses.” Não é necessariamente o pensamento de heresia que é a infracção, mas se ela pensa que existe outra autoridade e força para além do Criador, com isso ela está a cometer um pecado.

Para além disso, aquele que diz que o homem tem a sua própria autoridade, isto é, ele diz que ontem ele próprio não quis seguir os caminhos de Deus, isso também é considerado cometer o pecado da heresia. Quer isto dizer que ele não acredita que apenas o Criador é o governador do mundo.

Mas quando tenha cometido um pecado, deve certamente arrepender-se e sentir culpa por tê-lo cometido. Mas aqui também devemos colocar a dor e o remorso na ordem correcta: onde coloca ele a causa do pecado, pois esse é o ponto que deve ser arrependido.

Então deve ter remorso e dizer: “Eu cometi aquele pecado porque o Criador me arremessou da santidade a um local de imundice, para o lavatório, o local da sujidade.” Isto para dizer que que o Criador lhe deu o desejo e vontade de se divertir e respirar ar num local fétido.

(E pode dizer que está escrito em livros, que por vezes uma pessoa vem incarnada como porco. Devemos interpretar isso, como ele diz, que uma pessoa recebe um desejo e vontade de adquirir vida de coisas que já tinha determinado serem lixo, mas quer agora receber alimento delas).

Também, quando sente que agora está num estado de ascensão, e sente algum bom sabor no trabalho, não deve dizer: “Agora estou num estado em que percebo que vale a pena adorar o Criador.” Deve, em vez, saber que agora foi favorecido pelo Criador, então o Criador trouxe-o, para mais perto, e por essa razão ele agora sente bom sabor no trabalho. E deve ter cuidado de nunca deixar o domínio da Santidade, e dizer que existe outro que opera para além do Criador.

(Mas isto significa que o facto de ser favorecido pelo Criador, ou o oposto, não depende da própria pessoa, mas apenas do Criador. E o homem, com a sua mente

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externa, não consegue compreender porque agora o Senhor o favoreceu e posteriormente não.)

Da mesma forma, quando se arrepende que o Criador não o aproxima, deve também ser cuidadoso para que a preocupação não seja consigo próprio, no sentido em que ele está distante do Criador. Isto é porque assim ele se torna um receptor para seu próprio benefício, e aquele que recebe é separado. Ele deve antes estar arrependido do exílio da Shechina (Divindade), no sentido em que é ele que causa o pesar da Divindade.

Deve imaginar que é como se um pequeno órgão da pessoa está dorido. A dor é no entanto sentida em primeiro lugar na mente e no coração. O coração e a mente, que são o todo do homem. E certamente, a sensação de um único órgão não se assemelha à sensação do corpo inteiro da pessoa, onde maior parte da dor é sentida.

De forma semelhante é a dor que uma pessoa sente quando está afastada do Criador. Uma vez que o homem é apenas um único órgão da Sagrada Shechina, pois a Sagrada Shechina é a alma comum de Israel, assim, a sensação de um único órgão não se assemelha à sensação da dor em geral. Isto quer dizer que há pesar na Shechina quando os órgãos estão separados dela, e ela não pode cuidar de seus órgãos.

(E devemos dizer que é isto que os nossos sábios disseram: “Quando um homem se arrepende, o que diz a Shechina? ‘É mais leve que a minha cabeça.’”). Ao não relacionar o pesar da distância a si mesmo, é poupado de cair na armadilha do desejo de receber para si mesmo, que é considerado separação da santidade.

O mesmo se aplica quando sente alguma proximidade da santidade, quando ele sente alegria ao ter sido favorecido pelo Criador. Então, também, deve dizer que a sua alegria é principalmente porque agora há alegria Acima, dentro da Sagrada Shechina, ao ter sido capaz de trazer o seu órgão para perto dela, e não ter de enviar o seu órgão para longe.

E deriva alegria por ter sido recompensado por agradar à Shechina. Isto está de acordo com os cálculos acima que quando há alegria para a parte, é apenas uma

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parte da alegria do todo. Através destes cálculos ele perde a sua individualidade e evita ser apanhado pelo Sitra Achra, que é o desejo de receber para o seu próprio benefício.

No entanto, o desejo de receber é necessário, uma vez que isto é o todo do homem, uma vez que qualquer coisa que existe numa pessoa além do desejo de receber não pertence à criatura, mas é atribuída ao Criador, mas o desejo de receber prazer deve ser corrigido para ser com o intuito de dar.

Isto para dizer que, o prazer e a alegria, que o desejo de receber colhe, deve ser com a intenção de que há contentamento Acima quando as criaturas sentem prazer, pois este foi o propósito da criação – beneficiar as Suas criações. E isto é chamado de alegria da Shechina Acima.

Por esta razão, deve procurar conselho em como pode trazer contentamento Acima. E certamente, se recebe prazer, o contentamento será sentido Acima. Por isso, ele deseja estar sempre no palácio do Rei, e ter a habilidade de brincar com os tesouros do Rei. E isso certamente irá provocar contentamento Acima. Segue-se que todo o seu anseio deve ser apenas em pelo bem do Criador.

Por Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag, Baal HaSulam

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Quais São Três Coisas que Ampliam a Mente de Um no Trabalho

Eu escutei em Elul, Agosto de 1942

O Sagrado Zohar interpreta o que nossos sábios tinham escrito: “Três coisas alargam a mente de um. Estas são, uma bela mulher, uma bela abadia, e belos Kelim (Recipientes).” Lá diz, “Uma bela mulher, isto é a Sagrada Shechina (Divindade). Uma bela abadia, isto é o coração de um; e belos Kelim, estes são os seus órgãos.”

Nós devemos explicar que a Sagrada Shechina não pode aparecer na sua verdadeira forma, que é um estado de graça e beleza, excepto quando um tem belos Kelim, que são os órgãos, suscitados do coração. Isto significa que um deve primeiro purificar o seu coração para ser uma bela abadia ao anular a vontade de receber para si mesmo e a se acostumar a si mesmo a trabalhar onde todas as suas acções serão apenas em prol de dar.

Disto se estendem belos Kelim, isto é os desejos de um, chamados Kelim, serão limpos da recepção para si mesmo. Em vez disso, eles serão puros, discernidos como dar.

Contudo, se a abadia não é bela, o Criador diz, “ele e eu não podemos morar na mesma abadia.” Isto é porque deve haver equivalência de forma entre a Luz e o Kli (Recipiente). Assim, quando um toma sobre si mesmo fé em pureza, tanto em mente como em coração, é concedida a um uma bela mulher, isto é a Sagrada Shechina aparece a ele numa forma de graça e beleza, e isto amplia a sua mente.

Por outras palavras, através do prazer e alegria que um sente, a Sagrada Shechina aparece dentro dos órgãos, preenchendo os Kelim internos e externos. Isto é chamado “ampliar a mente.”

Obter isso é através de inveja, luxúria, e honra, que trazem um para fora do mundo. Inveja significa através de inveja na Sagrada Shechina, considerada como zelo em “O zelo do Senhor dos exércitos.” Honra significa que um quer aumentar a glória dos céus, e luxúria é por meio de “Vós escutastes o desejo dos humildes.”

Shamati #9, Quais São Três Coisas que Ampliam a Mente de Um no Trabalho, Rav Yehuda Ashlag

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Cujo Coração O Faz Desejoso

Eu escutei na véspera de Shabat, Beresheet, Outubro de 1942

No verso, “de todo o homem cujo coração o faz desejoso tomarás tu Minhas oferenda.” Este é o significado de “a substância de uma oferenda da Santidade.” Por outras palavras, como chega um a um estado de oferenda? Através de Santidade.

Isto significa que se um se santifica a si mesmo com a permitida, então ele chega a um estado de oferenda, que é a Sagrada Shechina (Divindade), chamada “minha oferenda.” E este é o significado de “de todo o homem cujo coração o faz desejoso.” Todo o seu coração, isto é se ele tivesse dado todo o seu coração, ele é então recompensado com Minha oferenda, para se apegar à Sagrada Shechina.

No verso, “no dia de suas esposas, e no dia da alegria de seu coração,” esposas significa ser de grau inferior, que é humildade. Se uma pessoa toma sobre si mesma a servir o Criador num estado de humildade, e ao mesmo tempo ela está feliz com este trabalho, este é um grau importante. E então um é chamado “um noivo” para a Sagrada Shechina.

Shamati #103, Cujo Coração O Faz Desejoso, Rav Yehuda Ashlag

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A Respeito dos Dois Anjos

Eu escutei em Tetzave, Fevereiro, 1943, Jerusalém

A respeito dos dois anjos que acompanham um na véspera de Shabat, o bom anjo e o mau anjo, um bom anjo é chamado “direita,” pelo qual um se aproxima de servir o Criador. Isto é chamado “a direita aproxima.” E o anjo mau é considerado esquerda, empurrando para a frente. Isto significa que ele trás a um pensamentos estranhos, seja em mente ou em coração.

E quando um prevalece sobre o mal e se trás a si mesmo para perto do Criador, isso significa que em cada altura, ele supera o mal e se anexa a si mesmo ao Criador. Logo, ele se aproximou a adesão com o Criador através de ambos eles. Isto significa que ambos executaram uma única tarefa - eles causaram-o a aderir ao Criador. Nesse estado um diz, “Vem em paz.”

E quando um completou todo o seu trabalho e já admitiu toda a esquerda em Kedusha (Santidade), como está escrito, “não há um lugar para esconder de Ti,” o anjo mau não tem mais para fazer, pois a pessoa já prevaleceu a todas as dificuldades que o mau apresentou. Nessa altura o anjo mau está inactivo, e a pessoa diz-lhe, “Vai em paz.”

Shamati #107, A Respeito dos Dois Anjos, Rav Yehuda Ashlag

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E o Sabotador Estava Sentado

Eu escutei na véspera de Shabat, Beresheet, Outubro de 1942

Em O Zohar, Noé, houve um dilúvio, e o sabotador estava sentado no meio dele. Ele perguntou, “Um dilúvio significa um dilúvio de água. Isto, em si mesmo, é mortal e um sabotador. Então que significa que o sabotador estava sentado no meio dele, no meio do dilúvio? E também, qual é a diferença entre o dilúvio e o sabotador?”

E ele respondeu que o dilúvio são tormentos corpóreos, isto é tormentos do corpo, há todavia outro sabotador, que sabota espiritualidade. Isto significa que as aflições do corpo lhe trazem pensamentos estranhos, até que estes pensamentos estranhos sabotam e matam sua espiritualidade.

Shamati #104, E o Sabotador Estava Sentado, Rav Yehuda Ashlag

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Se Me Deixares Um Dia, Eu Deixar-te-ei Dois

Eu escutei em 1943, Jerusalém

Cada pessoa está afastada do Criador com recepção nela. Mas ela é afastada simplesmente devido à vontade de receber nela. Contudo, dado que essa pessoa não anseia espiritualidade, mas prazeres terrenos, sua distância do Criador é um dia, isto é uma distância de um dia, o que significa que ela está longe de Ele em apenas um aspecto – em estar imersa na vontade de receber os desejos deste mundo.

Porém, quando uma pessoa se trás a si mesma para perto do Criador, e demite recepção neste mundo, ela é então considerada próxima ao Criador. Mas se mais tarde ela cai na recepção do próximo mundo, ela está então longe do Criador porque ela quer receber os prazeres do próximo mundo, e também cai em recepção de prazeres deste mundo, também. Segue-se que agora ela se tornou afastada do Criador por dois dias: 1) por receber prazeres neste mundo, para os quais ela caiu novamente, e 2) uma vez que ela agora tem o desejo de receber a coroa do próximo mundo. Isto é porque ao se empenhar em Torá e Mitzvot ela força o Criador a recompensá-la por seu trabalho em Torá e Mitzvot.

Acontece que no principio ela caminhou um dia e se aproximou a servir o Criador, e posteriormente ela caminhou dois dias para trás. Logo, agora essa pessoa tornou-se necessitada de dois tipos de recepção: 1) deste mundo; 2) do próximo mundo. Logo, ela tem estado a caminhar no estado oposto.

O conselho para isso é de sempre avançar pelo caminho da Torá, que é de dar. E a ordem deve ser que primeiro um deve ser cauteloso com os dois rudimentos: 1) o fazer do Mitzva; 2) a sensação de prazer do Mitzva. Um deve acreditar que o Criador deriva grande prazer quando nós mantemos Seus mandamentos.

Desta forma segue-se que um deve manter o Mitzva na realidade, e acreditar que o Criador deriva prazer pelo inferior manter Seus Mitzvot. E aqui não há diferença entre um grande Mitzva e um pequeno Mitzva. Isto é, o Criador deriva prazer até da mais pequena acção que é feita por Ele.

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Posteriormente há um resultado, que é o objectivo principal pelo qual um deve zelar. Por outras palavras, uma pessoa deve sentir deleite e prazer em causar contentamento a seu Fazedor. Esta é a principal ênfase do trabalho, e isto é chamado “serve o Senhor com alegria.” Esta deve ser a recompensa pelo seu trabalho, de receber deleite e prazer ao ter sido recompensado em deleitar o Criador.

Este é o significado de, “O estranho que está no meio de ti montará acima de ti mais e mais alto; … Ele emprestará a ti, e tu não lhe emprestarás.” O “estranho” é a vontade de receber (quando começando a servir o Criador, a vontade de receber é chamada “estranho.” E antes disso, ela é um completo gentio).

“Ele emprestará a ti.” Quando ela dá força para trabalhar, ela dá a força por meio de empréstimo. Isto significa que quando um dia em Torá e Mitzvot passou, embora ela não tenha recebido instantaneamente a recompensa, ela ainda acreditava nele que posteriormente, ele pagaria pelos poderes para o trabalho que ela lhe tinha dado a ele.

Assim, depois do dia de trabalho ela vem e pergunta pela divida que ele lhe tinha prometido, a recompensa pelos poderes que o corpo lhe deu para se empenhar em Torá e Mitzvot. Mas ele não lhe dá, então o estranho chora, “Que é este trabalho? Trabalhar sem recompensa?” Assim, posteriormente o estranho não quer dar a Israel a força para trabalhar.

“E tu não lhe emprestarás a ele.” Se você lhe der comida e você que ela lhe dê força para trabalhar, então ela diz-lhe que ela não tem divida para lhe pagar pela comida que você lhe está a dar. Isto é porque “Eu dei-te a força para trabalhar para começar; e isso foi com a condição que tu me comprasses posses. Assim, o que tu me estás a dar agora é tudo de acordo com a prévia condição. Desta forma, agora tu vens até mim para que eu te dê mais força para o trabalho, para que tu me tragas novas posses.”

Então a vontade de receber tornou-se mais esperta, e ela usa sua esperteza para calcular a rentabilidade disso. Por vezes ela diz que ela se fica por pouco, que as posses que ela tem são suficientes, e assim ela não deseja dar-lhe mais poderes para o trabalho. E por vezes ela diz que o caminho pelo qual você está agora a avançar é perigoso, e talvez seus esforços sejam em vão. E por vezes ela diz que o esforço é maior que a recompensa; logo, eu não te darei a força para trabalhar.

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Então, quando um lhe pede força para percorrer o caminho do Criador, em prol de dar, e que tudo será apenas para aumentar a glória dos Céus, ela diz, “O que é que eu ganho com isso?” Então ela chega com os famosos argumentos, tais como “Quem” e “O quê,” isto é, “Quem é o Senhor para que Eu deva obedecer à Sua voz?” como o argumento de Faraó, ou “Que pretendes tu por este serviço?” como o argumento dos cruéis.

Tudo isto é porque ela tem um argumento justo, que isto foi o que eles concordaram entre eles. E isto é chamado, “se tu não escutares a voz do Senhor,” então ele queixa-se porque ele não mantêm as condições.

Mas quando você escuta a voz do Senhor, isto é precisamente à entrada (entrada é uma coisa constante porque cada vez que ele tem uma descida ele deve começar de novo. É por isso que ela é chamada uma “entrada.” Naturalmente, existem muitas saídas e muitas entradas) ele diz a seu corpo: “Sabe que eu quero entrar no trabalho de Deus. Minha intenção é apenas de dar e não receber qualquer recompensa. Tu não deves esperar que eu te dê alguma coisa por teus esforços, mas é tudo em prol de dar.”

E se o corpo pergunta, “Que beneficio receberás tu deste trabalho?” isto é, “Quem é que recebe este trabalho, que eu quero exercer e trabalhar?” Ou ele pergunta mais simplesmente: “Para quem estou eu a trabalhar tão arduamente?”

A resposta deve ser que eu tenho fé nos sábios que disseram que eu devo acreditar em fé abstracta, acima da razão, que o Criador assim nos mandou, a tomarmos sobre nós mesmos fé, que Ele nos mandou a manter Torá e Mitzvot. E nós devemos também acreditar que o Criador deriva prazer quando nós mantemos a Torá e Mitzvot por meio de fé acima da razão. E também, um deve estar contente do prazer do Criador do seu trabalho.

Logo, existem quatro coisas aqui:

Acreditar nos sábios, que o que eles disseram é verdade.

Acreditar que o Criador mandou empenhar em Torá e Mizvot apenas através de fé acima da razão.

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Que há alegria quando as criaturas mantêm a Torá e Mitzvot sobre a base de fé.

Um deve receber deleite e prazer e alegria de ter sido recompensado com agradar o Rei. E a medida da alegria e importância do seu trabalho é medida pela medida de alegria que um infere durante o seu trabalho. Disto depende a medida de fé que uma pessoa acredita no mencionado.

Segue-se que quando você escuta a voz de Deus, todos os poderes que ele recebe do corpo não são considerados receber um empréstimo do corpo, o qual um deve devolver, por meio de , “se tu não escutares a voz do Senhor.” E se o corpo pergunta, “Porque te devo eu dar força para o trabalho quando tu não me prometes nada em troca?” ele deve responder, “Porque foi para isto que tu foste feito. Que posso eu fazer se o Criador te odeia, como está escrito no Sagrado Zohar, que o Criador odeia os corpos.”

Além do mais, quando o Sagrado Zohar diz que o Criador odeia os corpos, isto refere-se especificamente aos corpos dos servos do Criador, uma vez que eles querem ser receptores eternos, pois eles querem receber a coroa do próximo mundo, também.

E isto é considerado, “e tu não emprestarás.” Isto significa que você não tem de dar nada pela força que o corpo lhe deu para o trabalho. Mas se você lhe empresta, se você lhe dá qualquer tipo de prazer, ele é apenas como um empréstimo, e ele deve dar-lhe força para trabalhar em troca, mas não de graça.

E ele deve sempre lhe dar força, isto é de graça. Você não lhe dá qualquer prazer e você exige sempre dele para ter força para o trabalho, uma vez que “o mutuário é servo do que empresta.” Logo, ele será sempre o servo e você será o mestre.

Shamati #108, Se Me Deixares Um Dia, Eu Deixar-te-ei Dois, Rav Yehuda Ashlag

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O Temor a Deus É Seu Tesouro

Eu escutei em 31 de Março, 1947

Um tesouro é um recipiente no qual a posse é colocada. Grão por exemplo, é colocado no celeiro, e coisas preciosas são colocadas num lugar mais fortemente guardado. Logo, cada coisa recebida é chamada por sua correlação à Luz, e o recipiente deve ser capaz de receber as coisas. É como nós aprendemos que não há Luz sem um recipiente, e isto aplica-se até na corporalidade.

Todavia, qual é o recipiente na espiritualidade, no qual nós podemos receber o abono espiritual que o Criador quer dar, o qual irá condizer com a Luz? Isto é, como na corporalidade, onde o recipiente precisa de uma correlação com o objecto que é colocado nele?

Por exemplo: nós não podemos dizer que nós temos tesouros de vinho, os quais nós derramámos em novos sacos para impedir o vinho de se tornar amargo, ou que nós levámos muita farinha nos barris. Em vez disso, há uma conduta que o contentor de vinho são barris e jarros, e o contentor de farinha são sacos e não barris, etc..

Logo, há uma pergunta, qual é o contentor espiritual, os recipientes dos quais nós podemos fazer um grande tesouro do Abono Superior?

Há uma regra que a vaca quer alimentar mais que o bezerro quer comer. Isto é porque Seu desejo é de fazer o bem às Suas criaturas, e a razão da Tzimtzum (Restrição), nós devemos crer, é para nosso próprio bem. E a razão deve ser que nós não temos os recipientes certos onde o abono pode estar, como os recipientes corpóreos, que deve ser certo para o que é colocado lá. Assim, nós devemos dizer que se nós acrescentarmos os recipientes, haverá algo para conter o abono adicional.

A resposta que vem a isso é que, na Sua tesouraria, o Criador tem apenas o tesouro de temor a Deus (Berachot 33).

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Todavia, nós devemos interpretar o que é temor, que ele é o recipiente, e o tesouro é feito deste recipiente, e as coisas mais importantes são colocadas nele. Ele disse que temor é como está escrito sobre Moisés: nossos sábios disseram (Berachot p.7), “A recompensa por ‘E Moisés escondeu sua face pois ele tinha medo de olhar,’ ele foi recompensado com ‘à semelhança do Senhor ele viu.’”

Temor refere-se ao medo de um do grande prazer que lá existe, que um não será capaz de o receber em prol de dar. A recompensa para isso, para ter tido medo, é que assim ele tinha feito para si mesmo um recipiente no qual receber o Abono Superior. Este é o trabalho do homem, e à parte disso, nós atribuímos tudo ao Criador.

Todavia, não é assim com temor, pois o significado de temor é de não receber. e o que o Criador dá, Ele dá apenas para receber, e este é o significado de, “tudo está nas mãos de Deus excepto o temor a Deus.”

Este é o recipiente que nós precisamos. Caso contrário nós seremos considerados tolos, como nossos sábios disseram, “Quem é um tolo? O que perde o que lhe é dado.” Isso significa que o Sitra Achra (Outro Lado) tomará a abundância de nós se nós não apontarmos em prol de dar, pois então ele vai para os recipientes de recepção, que é o Sitra Achra e impureza.

Este é o significado de, “E vós ireis observar o festim de pão ázimo.” Observar significa temor. E embora a natureza da Luz é que ela se mantêm a si mesma, isto é que a Luz parte antes que um queira receber a Luz nos recipientes de recepção. Todavia um deve fazê-lo por si mesmo, tanto quanto um puder, como nossos sábios disseram, “Vós ireis observar-vos a vós mesmos um pouco de baixo, e Eu irei observar-vos muito de Cima.”

A razão pela qual nós atribuímos medo às pessoas, como nossos sábios disseram, “Tudo está nas mãos de Deus, excepto o temor a Deus,” isto é porque Ele pode dar tudo excepto medo. Isto é porque o que o Criador dá é mais amor, não medo.

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Adquirir medo é através do poder de Torá e Mitzvot. Isso significa que quando um se empenha em Torá e Mitzvot com a intenção de ser recompensado com trazer contentamento ao seu Fazedor, essa pontaria que repousa nas acções de Mitzvot e o estudo da Torá trás um a alcançá-la. Caso contrário um pode ficar. Embora um mantenha Torá e Mitzvot em cada item e detalhe, um irá ainda assim meramente permanecer no grau do Sagrado Imóvel.

Segue-se que um deve sempre se recordar da razão que obriga um a se empenhar em Torá e Mitzvot. Isto é o que nossos sábios pretendiam dizer por, “que tua Santidade seja por Meu Nome.” Isso significa que eu serei tua causa, significa que todo o teu trabalho inteiro está em Me querer deleitar, isto é que todas as tuas acções serão em prol de dar.

Nossos sábios disseram (Berachot 20), “Tudo o que há em manter, há em recordar.” Isto significa que todos os que se empenham em manter Torá e Mitzvot com a direcção de alcançar “recordar,” por meio de, “Quando eu me recordo D'Ele, Ele não me sofrerá a adormecer.” Segue-se que o manter é principalmente em prol de ser concedido recordar.

Logo, o desejo de um de recordar que o Criador é a causa para manter Torá e Mitzvot. Isto é assim porque segue-se que a razão e a causa para manter a Torá e Mitzvot é o Criador, pois sem isso um não se pode apegar ao Criador, dado que “Ele e Eu não podemos morar na mesma abadia ,” devido à disparidade de forma.

A razão pela qual a recompensa e punição não é revelada, que nós devemos acreditar em recompensa e punição, é porque o Criador quer que cada um trabalhe para Ele, e não para si mesmos. Isto é discernido como disparidade de forma do Criador. Se a recompensa e punição fossem reveladas, um trabalharia devido ao amor próprio, isto é para que o Criador o amasse, ou devido ao ódio próprio, isto é por medo que o Criador o odiasse. Segue-se que a razão pelo trabalho é apenas a pessoa, não o Criador, e o Criador quer que Ela seja a razão convincente.

Acontece que temor é precisamente quando um reconhece a sua baixeza, e diz que sua servidão ao Rei, isto é que seu desejo de dar a Ele, é considerado um grande privilégio, e é mais valioso que ele possa dizer. Isso é de acordo com a regra que com uma personalidade importante, o que lhe é dada a ela é considerado receber dela.

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À extensão que um sente a sua baixeza, a essa extensão um pode começar a apreciar a grandeza do Criador, e o desejo de O servir irá despertar. Contudo, se um é orgulhoso, o Criador diz, “ele e Eu não podemos morar na mesma abadia.”

Este é o significado de, “Um tolo, um mau, e um rude andam juntos.” A razão é que dado que um não tem temor, isto é que um não se pode baixar a si mesmo perante o Criador e dizer que é uma grande honra para ele ser capaz de O servir sem qualquer recompensa, um não pode receber qualquer sabedoria do Criador, e ele permanece um tolo. Então, o que é um tolo é cruel, como nossos sábios disseram, “Um não peca a menos que folia tenha entrado nele.”

Shamati #38, O Temor a Deus É Seu Tesouro, Rav Yehuda Ashlag

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Um Campo Que o Senhor Abençoou

Eu escutei em 1943

“Um campo que o Senhor abençoou.” A Sagrada Shechina (Divindade) é chamada “um campo.” E às vezes um Sadeh (campo) é tornado em Sheker (uma mentira). A Vav dentro de Hey é a alma, e a dalet é a Sagrada Shechina (Divindade). Quando a alma está vestida nela, ela é chamada Hey; e quando um quer acrescentar à fé que ele estende à Vav abaixo, e ela torna-se uma Kof.

Nesse tempo a Dalet torna-se uma Reish, na forma de pobre e escasso, que quer acrescentar. Então ela torna-se uma Reish, por meio de “um pobre nasceu no seu reino,” quando o escasso se tornou pobre. Por outras palavras, ao inserir o mau olhado em si mesmo, em ambos mente e coração, por meio de “O javali do meio do mato o devastou”: o olho é pendurado, dado que ele volta à separação, que o Sitra Achra (outro lado) está destinado a ser um anjo sagrado.

E este é o significado de “Que a glória do Senhor perdure para sempre.” Porque ele chegou a um estado do animal da Yaar (floresta), da palavra Iro (sua cidade), isso significa que toda a sua vitalidade foi derramada, e ele é constantemente fortalecido. Nessa altura ele é concedido o estado de “um campo que o Senhor abençoou,” quando o mau olhado é tornado num bom olhado.

E este é o significado de “um olho pendurado,” isto é que ele pende sobre uma dúvida, se com um bom olho ou com um mau olho. E este é significado de voltar à separação. E este é o significado de “um em frente a um,” como nossos sábios disseram, “Não houve alegria perante Ele como no dia em que os céus e a terra foram criados.” Isto é assim porque no fim, o “Senhor será Um e Seu Nome Um,” que é o propósito da criação.

Mas para o Criador, passado e presente são o mesmo. Logo, o Criador olha sobre a criação na sua forma final, pois ela estará em Gmar Tikkun (o fim da correcção), quando todas as almas na sua completa perfeição são incluídas no mundo Ein Sof, como será em Gmar Tikkun. Sua forma perfeita já está lá, e nada está em falta.

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Mas com os receptores é aparente que eles ainda precisam de completar o que eles devem completar. Isto é, “o que Deus criou e executou,” significando as carências e a irritabilidade. Este é o significado de o que nossos sábios disseram, “o colérico rende apenas cólera,” e também, “todos os que são gananciosos, são coléricos.”

Esta é a verdadeira forma da vontade de receber na sua verdadeira forma, tão obscena quanto ela é. E todas as correcções são para a tornar em prol de dar, que é o trabalho inteiro dos inferiores. Antes do mundo ser criado, ela estava na forma de “Ele é um e Seu Nome Um.” Isto significa que embora Seu nome já tivesse partido do Ele, e se tornou revelado, e é já chamado “Seu Nome,” ainda assim Ele foi um. E este é o significado de “um em frente a um.”

 Shamati #110, Um Campo Que o Senhor Abençoou, Rav Yehuda Ashlag

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O Escrutínio de Doce e Amargo, Verdadeiro e Falso

Eu escutei

Há um discernimento de “doce e amargo,” e há um discernimento de “verdadeiro e falso.” O discernimento de “verdadeiro e falso” está na mente, e o discernimento de “doce e amargo” está no coração. É por isso que devemos prestar atenção ao trabalho no coração, para ser na forma de dar e não na forma de recepção.

Pela natureza, apenas a recepção é doce ao homem, e dar é amargo. E o trabalho - de tornar recepção em dar - é chamado “o trabalho no coração.”

Na mente, o trabalho é de “verdadeiro e falso.” E para isto, nós precisamos de trabalhar em fé, isto é acreditar em fé nos sábios. Isto é assim porque o trabalhador não pode clarificar a questão de “verdadeiro e falso” a si mesmo.

Shamati #148, O Escrutínio de Doce e Amargo, Verdadeiro e Falso, Rav Yehuda Ashlag (BAAL HASULAM)

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A Diferença entre uma Sombra de Kedusha e uma Sombra de Sitra Achra

Está escrito (Cântico dos Cânticos, 2), “Até que o dia respire, e as sombras fujam.” Nós devemos compreender o que são sombras no trabalho, e o que são “duas sombras.” a coisa é que quando um não sente Sua Providência, que o Criador conduz o mundo numa maneira de “Bom que faz o bem,” isso é considerado como uma sombra escondendo o sol.

Por outras palavras, como a sombra corpórea que esconde o sol não muda o sol de nenhuma maneira, e o sol brilha no seu completo poder, assim o que não sente a existência de Sua Providência não induz qualquer mudança Acima, como está escrito, “Eu o Senhor não mudo.”

Em vez disso, todas as mudanças são nos receptores. Nós devemos observar dois discernimentos nesta sombra, nesta ocultação:

1. Quando um ainda tem a habilidade de superar a escuridão e as ocultações que um sente, justificar o Criador, e orar ao Criador, que o Criador venha a abrir seus olhos para ver que todas as ocultações que um está a sentir vêem do Criador, que o Criador está a fazer tudo isso para que ele viesse a revelar sua oração e anseio a se apegar a Ele.

Isto é assim porque apenas através do sofrimento que um recebe D'Ele, desejando libertar-se do dos seus problemas e escapar aos tormentos, então um faz tudo o que pode. Logo, quando recebendo as ocultações e as aflições, um está a fazer o conhecido remédio: de fazer muitas orações para que o Criador o ajude e o livre do estado em que se encontra. Nesse estado, um ainda acredita na Sua Providência.

2. Quando um chega a um estado em que ele não mais pode prevalecer e dizer que todo o sofrimento e dores que um sente são porque o Criador lhas enviou para que ele tivesse uma razão para ascender em grau. Então um chega a um estado de heresia, dado que um não pode acreditar na Sua Providência, e naturalmente, então um não pode orar.

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Acontece que existem dois tipos de sombras. E este é o significado de, “e as sombras fujam,” isto é que as sombras fugirão do mundo.

A sombra de Klipa (Casca) é chamada “Outro deus é estéril e não dá fruto.” Contudo, uma sombra de Kedusha (santidade) é chamada, “De baixo de sua sombra eu me deleitei sentar, e seu fruto era doce ao meu paladar.” Por outras palavras, um diz que todas as ocultações e aflições que um sente são porque o Criador lhe enviou estes estados, para ter um lugar para trabalhar acima da razão.

E quando um tem a força para dizer isso, isto é, que o Criador lhe causa tudo isso, é para seu beneficio. Isto significa que através disso, um pode vir a trabalhar em prol de dar e não se beneficiar a si mesmo. Nessa altura, um chega a perceber, isto é a acreditar que o Criador desfruta especificamente deste trabalho, que é construído inteiramente acima da razão.

Segue-se que um não ora ao Criador que as sombras venham a fugir do mundo. Em vez disso, um diz, “Eu vejo que o Criador quer que eu O sirva desta maneira, inteiramente acima da razão.” Logo, em cada coisa que um faz, ele diz, “O Criador certamente aprecia deste trabalho, então porque me devo eu preocupar se eu trabalho num estado de ocultação da face? Afinal, eu quero trabalhar em prol de dar, que o Criador venha a desfrutar. Logo, eu não tenho humilhação deste trabalho, isto é uma sensação de estar num estado de ocultação da Face, que o Criador não aprecie este trabalho.” Em vez disso, um concorda com a liderança do Criador, e um de todo o coração concorda a como quer que o Criador queira que um sinta a existência do Criador durante o trabalho. Isto é assim porque um não considera que ele possa desfrutar, mas considera que o Criador pode desfrutar. Assim, esta sombra trás-lhe vida.

Isto é chamado, “Sob sua sombra eu me deleitei,” isto é que um cobiça tal um estado em que um possa fazer alguma superação acima da razão. Logo, se um não se esforça num estado de ocultação, quando há ainda espaço para orar que o Criador o venha a trazer para perto, mas ele é negligente nisso, assim é enviada a um uma segunda ocultação na qual um não pode sequer orar. Isto é assim devido ao pecado — que ele não se esforçou com todo seu poder em orar ao Criador. Por essa razão, um chega a tal baixeza.

Mas depois de um ter chegado a este estado, um é compadecido de Cima, e é lhe dado um despertar de Cima uma vez mais. E a mesma ordem começa, até que

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finalmente um se fortaleça em oração, e o Criador escute sua oração e o traga para perto e a corrija.

Shamati #8, A Diferença entre uma Sombra de Kedusha e uma Sombra de Sitra Achra, BAAL HASULAM

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Divindade Em Exílio

Eu escutei em 1942

O Sagrado Zohar diz: “Ele é Shochen (Morador), e Ela é Shechina (Divindade).” Nós devemos interpretar suas palavras: É sabido em respeito à Luz Superior, que eles dizem que não há mudança, como está escrito, “Eu o Senhor não mudo.” Todos os nomes e apelações são apenas em respeito aos Kelim (recipientes), que são a vontade de receber incluída em Malchut – a raiz da criação. Daí ela se pendura até este mundo, até às criaturas.

Todos estes discernimentos, começando com Malchut, sendo a raiz da criação dos mundos, através das criaturas, é chamada Shechina. O Tikkun (correcção) geral é que a Luz superior brilhará nelas em absoluta completude.

A Luz que brilha nos Kelim é chamada Shochen, e os Kelim são geralmente chamados, Shechina. Por outras palavras, a Luz mora dentro da Shechina. Isto significa que a Luz é chamada Shochen porque ela mora dentro dos Kelim, isto é, o todo dos Kelim são chamados Shechina.

Antes que a Luz brilhe neles em absoluta completude, nós chamamos a esse tempo, “Um Tempo de Correcções.” Isto significa que nós fazemos correcções para que a Luz brilhe neles em completude. Até então, esse estado é chamado “Divindade em Exílio.”

Isso significa que não há ainda perfeição nos Mundos Superiores. Abaixo, neste mundo, deveria haver um estado em que a Luz Superior está dentro da vontade de receber. Este Tikkun é considerado receber em prol de dar.

Entretanto, a vontade de receber está cheia de coisas ignóbeis e tolas que não criam um lugar onde a glória dos Céus possa ser revelada. Isto significa que onde o coração deve ser um Tabernáculo para a Luz de Deus, o coração se torna um lugar de desperdício e imundice. Por outras palavras, ignobilidade captura o todo do coração.

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Isto é chamado “Divindade na poeira.” Isto significa que ela é baixada ao chão, e todo e cada um abomina questões de Santidade, e não há desejo que se pareça em a elevar da poeira. Em vez disso, eles escolhem coisas ignóbeis, e isto trás a tristeza da Shechina, quando um não cria um lugar no coração que se venha a tornar um Tabernáculo para a Luz de Deus.

Shamati #2 - Divindade Em Exílio, Rav Yehuda LeiB HaLevi Ashlag (Baal HaSulam)

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Coisas que Vêm do Coração

Eu escutei em 5 de Av, 25 de Julho, durante uma refeição festiva pela conclusão de parte de O Zohar

Sobre coisas que vêem do coração, entram no coração. Então, porque vemos nós que até se as coisas já entraram no coração, um ainda cai do seu grau?

A coisa é que quando um escuta as palavras da Torá do seu professor, ele concorda imediatamente com seu professor, e resolve observar as palavras de seu professor com seu coração e alma. Mas posteriormente, quando ele vai para o mundo, ele vê, cobiça, e é infectado pela multidão de desejos vagueando o mundo, e ele e sua mente, seu coração, e sua vontade são anulados perante a maioria.

Enquanto ele não tiver poder para julgar o mundo a uma escala de mérito, eles subjugam-o. Ele mistura-se com seus desejos e ele é levado como cordeiros para o matadouro. Ele não tem escolha; ele é compelido a pensar, querer, almejar, e exigir tudo o que a maioria exige. Ele então escolhe seus pensamentos estranhos e suas repugnantes luxurias e desejos, que são estranhos ao espírito da Torá. Nesse estado ele não tem força para subjugar a maioria.

Em vez disso, há apenas um conselho então, de se agarrar a seu professor e aos livros. Isto é chamado “Da boca de livros e da boca de autores.” Apenas ao se apegar a eles pode ele mudar sua mente e vontade para o melhor. Contudo, argumentos espirituosos não o ajudarão a mudar sua mente, mas apenas o remédio de Dvekut (adesão), pois esta é uma maravilhosa cura, pois a Dvekut o corrige.

Apenas enquanto um está dentro de Kedusha (Santidade) pode um discutir consigo mesmo e saciar em inteligentes polémicas, que a mente necessita que ele sempre caminhe no caminho do Criador. Todavia, um deve saber que mesmo quando ele é sábio e certo que ele pode já usar sua inteligência para derrotar o Sitra Achra (outro lado), um deve ter em mente que tudo isto é inútil.

Este não é um armamento que pode derrotar a guerra ao desejo, pois todos estes conceitos são senão uma consequência que ele alcançou após a supramencionada

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Dvekut com seu professor. Logo, se ele perde a fundação, então todos os conceitos são impotentes, uma vez que lhes estará agora a faltar a fundação.

Assim, um não deve depender da sua própria mente, mas se apegar uma vez mais aos livros e autores, pois apenas isso o pode ajudar, e não inteligência e intelecto, pois eles são sem vida.

Shamati #25, Coisas Que Vêm do Coração, Rav Yehuda LeiB HaLevi Ashlag (Baal HaSulam)

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Honra

Eu escutei a 25 de Nisan, 1 de Maio, 1951

Honra é algo que impede o corpo, e a essa extensão, ela prejudica a alma. Logo, todos os justos que se tornaram famosos e respeitados, isso foi uma punição. Mas os grandes justos, quando o Criador não os quer perder por serem famosos como justos, o Criador guarda-os de serem honrados, para não prejudicar suas almas.

Assim, à extensão que eles são honrados por um lado, pelo outro lado eles são disputados. Estes justos são degradados com todos os tipos de degradações. Para dar um peso igual de honra dada a um justo, o outro lado dá desgraças a essa mesma medida.

Shamati #181, Honra, Rav Yehuda LeiB HaLevi Ashlag (Baal HaSulam)

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A Dominação de Israel sobre as Klipot

Eu escutei

A respeito da dominação de Israel sobre as Klipot (Cascas), e vice-versa, a dominação das Klipot sobre Israel. Primeiro temos de compreender o que é “Israel” e o que são “As Nações do Mundo.”

É explicado em vários lugares que Israel significa “Interioridade,” chamada “Os Kelim (Recipientes) Anteriores,” com os quais um pode trabalhar em prol de dar contentamento ao seu Fazedor. “As Nações do Mundo” são chamadas “Exterioridade,” “Os Kelim Posteriores,” cujo sustento vem somente da recepção e não de dar.

A dominação das nações do mundo sobre Israel é em que elas não podem trabalhar numa forma de dar e nos Kelim Anteriores, mas apenas nos Kelim Posteriores. Elas atiçam os trabalhadores do Criador a estenderem as Luzes para baixo nos Kelim Posteriores.

A dominação de Israel significa que se elas dão poder para que toda e cada um seja capaz de trabalhar em prol de dar contentamento sobre seu Fazedor, isto é apenas nos Kelim Anteriores, mesmo se eles estenderem Hochma (Sabedoria), é apenas numa forma de “Um caminho pelo qual viajar,” e não mais.

Shamati #46, A Dominação de Israel sobre as Klipot, Baal HaSulam

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Mente e Coração

Eu escutei a 10 de Tevet, 1 de Fevereiro, 1928

Um deve examinar se a fé é em prol, isto é se um tem temor e amor, como está escrito, “Se Eu sou um pai, onde está minha honra, e se Eu sou um Senhor, onde está meu temor?” E isto é chamado “Mente.”

Nós devemos também ver que não haverão quaisquer desejos de gratificação própria, que até um pensamento de querer para si mesmo não surgirá nele, mas todos seus desejos serão apenas para dar sobre o Criador. Isto é chamado “coração,” que é o significado de “O Misericordioso quer o coração.”

Shamati #44, Mente e Coração, Baal HaSulam

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Ele Não Disse Cruel ou Justo

Eu escutei a 21 de Iyar, Jerusalém

“Rabino Hanina Bar Papa disse, ‘Aquele anjo, nomeado à concepção, seu nome é Laila (noite). Ele toma uma gota e coloca-a oposta ao Criador, e diz perante Ele: ‘Senhor, o que será desta gota, um herói ou um fraco, um sábio ou um tolo, um rico ou um indigente?’ Mas ele não disse ‘um cruel ou um justo’” (Nida 16b).

Nós devemos interpretar de acordo com a regra que um tolo não pode ser justo, como nossos sábios disseram, “Um não peca a menos que um espírito de folia tenha entrado nele.” É tanto ou quanto mais assim com o que é um tolo todos os seus dias. Então, o que nasce um tolo não tem escolha, dado que ele foi sentenciado a ser um tolo. Desta forma, o dizer, “ele não disse ‘um cruel ou um justo’” é assim para que ele tivesse uma escolha. Mas qual é o beneficio se ele não disse um “um justo ou um tolo”? Afinal de contas, se ele é sentenciado a ser um tolo, é o mesmo quer ser sentenciado a se tornar um cruel!

Nós devemos também compreender as palavras de nossos sábios: “Rabino Yochanan disse, ‘O Criador viu que os justos são poucos, Ele levantou-se e plantou-os em cada geração, como está escrito, ‘pois os pilares da terra são os do Senhor, e Ele colocou o mundo sobre eles.’’” E Rashi interpreta: “‘Ele colocou o mundo sobre eles’ – Ele dispersou-os em todas as gerações para serem uma infraestrutura e existência e fundação para o sustento do mundo” (Yoma 38b).

“Eles são poucos” significa que eles se estão a tornar poucos. Então, que fez ele para os propagar? “Ele levantou-se e plantou-os em cada geração.” Nós devemos perguntar, “Qual é o beneficio de os plantar em cada geração, pela qual eles se multiplicam?” Nós devemos compreender a diferença entre todos os justos estarem numa única geração ou estarem dispersos por todas as gerações, como Rashi interpreta. Será que estar em muitas gerações propaga os justos?

Para compreender compreender o mencionado, nós devemos expandir e interpretar as palavras de nossos sábios, que o Criador sentencia a gota a ser um sábio ou um tolo. Isto significa que um nasce fraco, sem a força para superar sua inclinação, e nasce com um fraco desejo e sem talento, uma vez que durante a preparação,

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quando começando na obra de Deus, um deve estar qualificado a receber a Torá e a sabedoria, como, está escrito, “eu darei sabedoria aos sábios,” ele perguntou, “Se eles já são espertos, porque precisam eles ainda de sabedoria? Deveria ter sido ‘darei sabedoria aos tolos.’”

E ele explica que um sábio é um que anseia por sabedoria, embora ele ainda não tenha sabedoria. Em vez disso, porque um tem um desejo, e um desejo é chamado um Kli, logo, os que têm um desejo e anseio por sabedoria, este é o Kli no qual a sabedoria brilha. Segue-se desta forma que um tolo significa um sem um desejo por sabedoria, e cujo todo o desejo é apenas pelas suas próprias necessidades. Em termos de dar, um tolo é completamente incapaz de alcançar qualquer tipo de dar ou que se pareça.

Desta forma, o que nasce com tais qualidades, como pode ele alcançar o grau de um justo? Segue-se que ele não tem uma escolha. Desta forma, qual é o beneficio de dizer, “ele não disse, ‘um justo ou um cruel’?” Para que ele tenha uma escolha. Afinal, dado que ele nasceu fraco e insensato, ele não mais é capaz de ter uma escolha, dado que ele é completamente incapaz de qualquer superação e anseio por Sua sabedoria.

Para compreender isso, isto é que pode haver escolha até para um tolo, o Criador fez uma correcção, à qual nossos sábios chamam, “o Criador viu que os justos eram poucos; Ele levantou-se e plantou-os em cada geração.” E nós perguntámos, “Qual é o beneficio disso?”

Agora nós iremos compreender esta questão. É sabido que é proibido se unir com os cruéis mesmo quando um não faz como eles fazem, como está escrito, “nem se sentou no banco dos zombadores.” Isto significa que o pecado é primariamente porque ele se senta entre os zombadores, ainda embora ele se sente e aprenda Torá e mantenha Mitzvot. Caso contrário, a proibição seria devido ao cancelamento da Torá e Mitzvot. Mas em vez disso, o sentar em si mesmo é proibido, dado que o homem toma os pensamentos e desejos dos que ele aprecia.

E vice versa: se um não tem qualquer desejo e anseio por espiritualidade, se ele está entre pessoas que têm um desejo por espiritualidade; se ele gosta destas pessoas, ele, também, irá tomar sua força para prevalecer, e seus desejos e aspirações, embora por sua própria qualidade, ele não tenha estes desejos e

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anseios e o poder para superar. Mas de acordo com a graça e a importância que ele atribui a estas pessoas, ele irá receber novos poderes.

Agora nós podemos compreender as palavras acima: “O Criador viu que os justos são poucos.” Isto significa que nem qualquer pessoa se pode tornar um justo, por falta das qualidades nela, como está escrito, que ele nasce um tolo ou um fraco; ele, também, tem uma escolha e suas próprias qualidades não são uma desculpa. Isto é porque o Criador plantou os justos em toda geração.

Logo, uma pessoa tem a escolha de ir para um lugar onde existem justos. Um pode aceitar sua autoridade, e então ele irá receber todos os poderes que lhe falta pela natureza de suas próprias qualidades. Ele irá recebê-lo dos justos. Este é o beneficio em “plantou-os em cada geração,” para que cada geração tenha alguém para quem se voltar, para se apegar, e de quem receber a força necessária para se elevar ao grau de um justo. Então, eles, também, subsequentemente se tornam justos.

Segue-se que “ele não disse um cruel ou um justo’” significa que ele tem uma escolha: ele pode ir e se apegar aos justos por orientação, e através deles receber força, pela qual, eles, também, mais tarde se tornam justos.

contudo, se todos os justos estivessem na mesma geração, os tolos não teriam qualquer esperança de aproximarem o Criador, e então, não teriam uma escolha. Mas ao dispersar os justos em cada geração cada pessoa tem o poder da escolha, de abordar e se aproximar aos justos que existem em cada geração. Caso contrário, a Torá de um deve ser uma poção de morte.

Nós podemos compreender que de um exemplo corpóreo. Quando duas pessoas se encontram de frente uma para a outra, o lado direito de uma é oposto ao lado esquerdo da outra, e o lado esquerdo de uma é oposto ao lado direito do seu amigo. Existem dois caminhos: o direito – o caminho do justo, que é de dar apenas, e o esquerdo – cujo interesse é apenas de receberem para si mesmos, pelo qual eles são separados do Criador, que é apenas dar. Logo, eles são naturalmente separados da Vida das Vidas.

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É por isto que os cruéis nas suas vidas são chamados “mortos.” Segue-se desta forma que quando a um ainda não concedida Dvekut (adesão) com o Criador, eles são dois. Então, quando um aprende Torá, que o separa D'Ele, a sua Torá torna-se uma poção de morte para ele. Isto é porque ele permanece separado, pois ele quer que sua Torá vista seu corpo. Isto significa que ele quer que a Torá aumente seu corpo, e isto faz a sua Torá a poção da morte.

Porém, quando uma pessoa se torna aderida a Ele, uma autoridade singular é feita, e essa pessoa une-se na Sua singularidade. Então, o lado direito de uma pessoa é o lado direito do Criador, e então o corpo torna-se uma veste para a alma de um.

A maneira de saber se um está a marchar no caminho da verdade é que quando um se empenha nas necessidades corpóreas, um deve ver que ele não se empenha nelas mais do que é necessário para as necessidades da sua alma. E quando um pensa que um tem mais que ele precisa para vestir para as necessidades da sua alma, ela é como uma veste que uma pessoa coloca sobre o seu corpo. Nessa altura ele deve meticulosamente manter a veste não mais longa e largamente, mas precisamente vestindo seu corpo. Similarmente, quando se empenhando nas necessidades corpóreas de um, um deve ser meticuloso a não ter mais do que um precisa para a sua alma, isto é para revestir a sua alma.

Para chegar à adesão com o Criador, nem todos os que desejam tomar o Senhor podem vir e tomar, dado que isso é contra a natureza do homem, que foi criado com uma vontade de receber, que é amor próprio. É por isto que nós precisamos dos justos da geração.

Quando uma pessoa se segura a um Rav genuíno, cujo único desejo é o de fazer boas acções, mas um sente que ele não pode fazer boas acções, que a direcção seja de dar contentamento sobre o Criador, ao se apegar a um verdadeiro Rav e querendo o carinho do Rav, ele faz coisas que o seu Rav gosta, e odeia as coisas que seu Rav odeia. Então ele pode ter Dvekut com seu Rav e recebe os poderes de seu Rav, até aqueles que ele não tem ao nascer. Este é o significado de plantar os justos em cada geração.

Contudo, de acordo com isto, é difícil ver porquê plantar os justos em cada geração. Nós dissemos que foi para os tolos e os fracos. Mas ele poderia ter resolvido por outro conselho: de não criar tolos! Quem o fez dizer que esta gota será um fraco ou um tolo? Ele podia ter criado todos espertos.

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A resposta é que os tolos, também, são necessários, dado que eles são os transportadores da vontade de receber. Eles vêem que não têm qualquer conselho de si mesmos pelo qual se aproximarem ao Criador, então eles são sobre quem está escrito, “E eles avançaram, e olharão sobre as carcaças dos homens… pois seu verme não morrerá, nem será seu fogo extinto; e eles serão uma abominação para toda a carne.” Eles tornaram-se cinzas sob os pés dos justos, pelas quais os justos podem reconhecer o bem que o Senhor fez por eles, ao os criar sábios e fortes, pelos quais Ele os trouxe para mais perto D'Ele.

Então, agora eles podem dar graças e louvar o Criador, uma vez que eles vêm o humilde estado em que eles estão. E isto é chamado “cinzas sob os pés dos justos,” ou seja que os justos caminha sobre elas, e então dão graças ao Criador.

Mas nós devemos saber que os graus inferiores são necessários, também. A Katnut (pequenez) de um grau não é considerada supérflua, dizendo que seria melhor se os graus de Katnut nascessem imediatamente com a Gadlut (grandeza).

É como um corpo fisico. Existem certamente órgãos importantes, tais como a mente, os olhos, etc., e existem órgãos que não são assim tão importantes, tais como o estomago, os intestinos, os dedos, e as pontas dos pés. Mas nós não podemos dizer que um órgão que executa uma tarefa não-tão-importante é redundante. Em vez disso, tudo é importante. É o mesmo na espiritualidade: nós precisamos dos tolos e os fracos, também.

Agora nós podemos compreender o que está escrito, que o Criador disse, “Volta para Mim, e Eu voltarei para ti.” Isso significa que o Criador diz, “Volta,” e Israel dizem o oposto: “trás-nos de volta, Senhor, e então nós voltaremos.”

O significado é que durante o declínio do trabalho, o Criador diz “Volta” primeiro. Isto trás uma pessoa a uma ascensão no trabalho de Deus, e um começa a chorar, “Trás-nos de volta.” Contudo, durante o declínio, um não chora, “Trás-nos de volta.” Pelo contrário, ele escapa ao trabalho.

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Desta forma, um deve saber que quando ele chora, “trás” nos de volta, isso deriva de um despertar de Cima, uma vez que o Criador disse previamente “Volta,” pelo qual um tem ascensão, e pode dizer “trás-nos de volta.”

Este é o significado de, “E veio a passar-se, quando a arca se anunciou, que Moisés disse: ‘Levanta-te, Ó Senhor, e deixa Teus inimigos serem dispersados.” Anunciar [a palavra Hebraica é viajar] significa que quando avançando em servidão do Criador, que é um tempo de ascensão. Então Moisés disse “Sobe.” E quando eles repousaram ele disse “Volta.” E durante o repouso do trabalho de Deus, nós precisamos que o Criador diga, “Volta,” isto é “Volta para Mim,” significando que o Criador dá o despertar. Então, um deve saber quando dizer “sobe” ou “Volta.”

Este é o significado do que está escrito em Parashat Akev, “E tu irás recordar todo o caminho… para saber o que estava em teu coração, caso tu mantenhas Seus mandamentos, ou não.” “Mantenhas Seus mandamentos” é discernido como “Volta.” “Ou não” é discernido como “sobe,” e nós precisamos de ambos. E o Rav sabe quando “subir” e quando “Voltar,” uma vez que os quarenta e dois caminhos é uma questão de ascensões e descidas que se abrem no trabalho de Deus.

Shamati #99, Ele Não Disse Cruel ou Justo, Baal HaSulam

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Para Todo o Homem De Israel

Eu escutei 3 de Inter

Todo o homem de Israel tem um ponto interno no coração, que é considerado simples fé. Esta é uma herança de nossos pais, que estiveram no Monte Sinai. Contudo, ele está coberto por muitas Klipot (cascas), que são todos os tipos de vestes de Lo Lishma (não por Seu Nome), e as vestes devem ser removidas. Então a sua base será chamada “somente fé,” sem qualquer apoio e ajuda exterior.

Shamati #199, Para Todo o Homem De Israel, Baal HaSulam

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Para Compreender as Palavras do Sagrado Zohar

Eu escutei em 5 de Adar, 15 de Fevereiro, 1948

Para compreender as palavras do Sagrado Zohar, nós devemos primeiro compreender o que Sagrado Zohar quer dizer. E compreender o que o Sagrado Zohar quer dizer depende da dedicação de um à Torá e Mitzvot. A Torá e Mitzvot podem trazer limpeza a uma pessoa, para ser limpada do amor próprio. E é por isso que ela se empenha em Torá e Mitzvot. E a essa extensão nós podemos compreender a verdade que o Sagrado Zohar quer dizer. Caso contrário, existem Klipot que escondem e bloqueiam a verdade nas palavras do Sagrado Zohar.

Shamati #89, Para Compreender as Palavras do Sagrado Zohar, Baal HaSulam

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Um Comentário sobre o Salmo, "Para o Líder sobre as Rosas"

Eu escutei em 23 Adar Aleph, 28 de Fevereiro, 1943

Para o Líder, o que já venceu.

Sobre Shoshanim (rosas), isto é a Sagrada Shechina (Divindade), que diz respeito à inversão do pesar a um bom dia e Sasson (alegria). E dado que existem muitos estados de ascensões e descidas, chamados Shoshanim, das palavras “cerrou seus Shinaim (dentes),” as perguntas dos cruéis não devem ser respondidas, mas invés, cerrar seus dentes. E dos múltiplos golpes, isto é a a proliferação do cerrar de seus dentes, chegamos às rosas. Então existem muitos discernimentos de Sasson (Alegria) nisso, que é porque é dito no sentido plural, “rosas.”

Dos filhos de Korá, da palavra Karachá (arrojado), isto é que o cabelo ficou arrojado. Se’arot significa Hastarot (ocultações), da palavra Se’ara (tempestade). É sabido que “recompensa é de acordo com o esforço.” Isto significa que quando existem Se’arot, é um lugar para trabalhar. E quando corrigido, cabelo vem sobre a tempestade, por meio de, “Este é o portão do Senhor.” E quando um corrigiu todas as tempestades, e um não tem mais ocultações, então ele não tem qualquer lugar para trabalhar, e desta forma não tem qualquer lugar para recompensa.

Segue-se que quando uma pessoa vem ao estado de Korá, ela não pode mais estender fé, chamada “o portão do Senhor.” Isto é porque se não há qualquer portão, um não pode entrar no palácio do Rei, uma vez que ela é a fundação, dado que a estrutura inteira é construída sobre fé.

“Filhos de Korá” vem da palavra Bina. Eles entenderam que Korá é considerada esquerda, da qual o Inferno se estende. É por isto que eles queriam continuar sua passada amizade, do tempo em que eles estavam na forma de “Oh Senhor, Eu escutei o relatório de Ti, e estou receoso” (Zohar, Beresheet, 4:7). Isto significa que com a força com que eles se teriam estendido do passado, eles poderiam suportar os estados e avançar de força em força. Este é o significado de “os filhos de Korá não morreram.” Isto é, eles entenderam que se eles permanecessem num estado de Korá, eles não seriam capazes de continuar a viver, então eles não morreram.

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Maskil (aprenderam) Uma Canção de amores, significa que eles aprenderam que a medida de amizade com o Criador é completa.

Meu coração transbordava. O transbordar no coração é por meio de, “não revela de coração a boca.” Isto significa que não há nada para extrair da boca, que é apenas recepção no coração, como em, sussurrou nos lábios.

Uma questão divina – fé é chamada “uma questão divina.”

Eu digo: “Meu trabalho diz respeito a um rei.” Quando ele recebe a Luz da fé, ele diz, “Meu trabalho diz respeito a um rei,” e não para mim mesmo. E então é lhe concedido, minha língua é a pena de um pronto escritor, quando lhe é concedido o discernimento da Torá escrita, que é o significado da língua de Moisés.

Vós sois mais bela que as crianças dos homens, quando ele diz à Sagrada Sechina que sua beleza é das pessoas. Isto significa que o que as pessoas pensam dela, que é considerado insignificante, precisamente disso nasce a beleza.

Graça é vertida sobre teus lábios. Graça pertence particularmente onde louvor não pode ser dito, mas nós ainda o queremos. Então nós dizemos que é gracioso.

Sobre teus Sefataim (lábios) significa no Sof (fim), isto é que ele viu do fim do mundo até ao seu fim.

Shamati #101, Um Comentário sobre o Salmo, "Para o Líder sobre as Rosas," Baal HaSulam

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Um Aprende Da Sua Alma

Eu escutei em 8 de Elul, 24 de Agosto, 1947

“Um aprende da sua alma.”

É sabido que toda a Torá é estudada primariamente para as necessidades da alma, isto é para os que já foram recompensados com o discernimento de uma alma. Porém, eles devem ainda assim ansiar e procurar as palavras da Torá de outros que alcançaram, para aprender novos caminhos delas, que os anteriores inventaram nas suas inovações na Torá. Logo, será fácil para eles avançarem nos Altos Graus, isto é que através deles eles irão avançar de grau em grau.

Mas há uma Torá que é proibida a divulgar, dado que cada alma deve fazer esse escrutínio por si mesma, e não deixar esse escrutínio ser feito por ela por outrem. Então, antes de fazerem o escrutínio eles mesmos, é proibido divulgar para eles as palavras da Torá.

É por isto que os grandes escondem muitas coisas. E excepto esta parte, há grande beneficio para as almas pelo que elas recebem de outros inovações da Torá. E “um aprende da sua alma” como e o que receber, e para ser assistido pelas inovações de outros na Torá, e o que ele mesmo deve inovar.

Shamati #77, Um Aprende Da Sua Alma, Baal HaSulam

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Os artigos no livro Shamati (Eu Escutei) não foram escritos por Baal HaSulam como obras nas quais o escritor

examina cada palavra, mas invés, estes artigos foram entregues como conversas durante refeições com seus

estudantes, as quais RABASH (o filho e primeiro estudante de Baal HaSulam) escutou e mais tarde registou em

papel.

Baal HaSulam não permitia os estudantes a escreverem alguma coisa na sua presença, incluindo durante a lição.

Até hoje, esta abordagem existiu ao longo de toda a história da Cabala. Através de todas as gerações, nenhum

dos Cabalistas registou uma única palavra durante os estudos, dado que era proibido escrever.

Afinal de contas, um estudante recebia a Torá “oral”, “da boca” do professor. Um percepcionada de acordo com o

que ele tinha escutado e compreendido. Isto é porque quando uma pessoa escreve, ela não compreende. Ao

passo que quando uma pessoa escuta, o material é absorvido, ele entra nos seus desejos e qualidades, logo

elevando-o.

Além do mais quando um entra na espiritualidade, cada palavra que o professor falou incluindo os detalhes mais

minúsculos, serão recordados. Um recorda-se da forma na qual foi falado, juntamente com tudo no seu mais

profundo sentido.

Nada desaparece na espiritualidade. O nosso “filme” inteiro já existe e está a estrear perante nós. Nós precisamos

apenas de aprender a mover-nos dele e viver num espaço informativo absolutamente novo.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabala 4/1/10, Shamati 59