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21 InterneteEspíritoSanto

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Page 1: 21 MÚSICA 2

Aliás, diga-se, este próprio movimento caiu de quatro por tropeçar em sua própria falta de vocação temporal. Plantou apenas para sua própria subsistência”.Hoje, com a verba cultural de todo o Estado se apoiando em épocas eleitoreiras, com comícios, além de showsvazios, sem carga cultural autêntica e patrocinados vazios, sem carga cultural autêntica e patrocinados por governantes com interesses imediatos e sem a devida preo- cupação com a cultura local, Castro vê o ce- nário independente capi- xaba nas mãos de “um trilhão e meio de canto- ras de bares de MPB e meia-dúzia de classemedi- anos fazendo Hardcore ou algo próximo de um in- die-rock imitação de Los Hermanos (quase cinco die-rock imitação de Los Hermanos (quase cinco anos depois da banda carioca fazer sucesso)”. Em meio ao descaso político, a banda Zema- . ria com mais público na Europa do que aqui; a banda Casaca que graças ao movimento Rockcon- go caiu nas graças dos governos municipais e estadu- . al; e a banda Solana, que trouxe em seu segundo álbumuma roupagem diferente para o indie-rock capixaba, não deixam a música capixaba no vazio. “Apenas duas bandas vivem, de fato, essa tentativa de compreender o que . está acontecendo no cenário independente: Solana e abandabanda Supercombo (o 2ois também). As duas foram quase que obrigadas a saírem do Estado, o que se tornou normal para quem quer ganhar alguma grana. Mas esse processo praticamente aniquila as economias de uma banda inde-pendente e, consequentemente, o processo autoral”, encerra o jornalista.

Internet e Espírito Santo

Longe das brigas das gravadoras pelos artistas mais rent-áveis está a internet e seu público pra lá de indenido. Yuri de Castro, jornalista de 23 anos, locutor e programador mu-sical do Sonar, da Universitária FM, vê na internet a possibi-lidade de criar um estilo vanguardista na música brasileira. “Idos anos noventa (1990), quem mandava no submundo do rock do Estado do Rio eram as bandas Acabou La Tequila, Carne de Segunda e seus pares Rogério Skylab, etc”, esquadrinha o jornalista. Castro ainda conta que Los Hermanos, talvez a banda considerada independente mais aclamada em todo o Brasil, também fez parte desta geração. “Quem representa também muito bem essa turma é a galera que emanou desses gruposdireta ou indiretamente. Como por exemplo – e princi- palmente – o Lucas Santtana. Lucas é, de fato, o artis-ta mais bem quisto fora do país quando o assunto é uma música brasileira. A obra de Lucas não seria possível sem o underground dos 90 cario- ca, uma vanguarda menor do Es- tado”, desvenda. Em solo capixaba, desde o co-meço dos anos 2000, década de estreia do disco “No Tambor Na Casaca Na Guitarra” da banda Ca-saca, a produção fonográca do Es-pírito Santo apareceu para o país, pa-ra o mundo e para a galáxia – a banda Casaca, em 2004, acordou o robô Spirit em Casaca, em 2004, acordou o robô Spirit em Marte. No entanto, para o programador musical do Sonar, depois do “movimento chamado ‘Rockongo’, não se produz música música autoral com destaque no Estado.

Independência ou Morte!o que é mesmo novo na música independente brasileira e capixaba.

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