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CASTRO-PR, QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015 * ANO XXV * Nº 2743 * EDIÇÃO ESPECIAL www.paginaum.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIRETOR / EDITOR: SANDRO ADRIANO CARRILHO TIBAGI, 143 anos de uma incrível história que ainda está sendo escrita

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Jornal Página Um Edição 2743

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CASTRO-PR, QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015 * ANO XXV * Nº 2743 * EDIÇÃO ESPECIAL www.paginaum.com

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

DIRETOR / EDITOR: SANDRO ADRIANO CARRILHO

TIBAGI,143 anosde umaincrívelhistória

que aindaestá sendo

escrita

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143 ANOSEla tem o título de 'Melhor Cidadezinha do

Brasil', mas de pequena não tem nada. Rica em sua história, Tibagi se destaca pela sua pecuária e agricultura forte, mas é no turismo, no carnaval e na prática de esportes radicais que mostra, hoje, toda a sua grandeza. Grandeza que nasceu de um rio, que a cidade herdou o nome. Conhecido como o El-Dorado, revelou muito cedo sua riqueza aos paulistas que, na Pedra Branca, iniciaram o sonho e a realidade do garimpo, descobrindo o ouro e o diamante. A fama do Tibagi, o rio maravilhoso, atravessou as fronteiras e foi ecoar lá ao longe. Do Norte, do Sul, do Centro, de toda parte vieram garimpeiros audazes, embalados pelas boas pers-pectivas do rio afortunado. O tempo passou e da outrora Freguesia nasceu o município de Tibagi, através da Lei número 302, de 18 de março de 1872. Uma cidade amada e respeitada por todos. Viva Tibagi!

EDITORIAL

2 QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015

Mais indústrias e mercado de trabalho, pois as empresas / comércio pedem experiências, mas ninguém quer dar o primeiro emprego.

Aline Ap° Carvalho – Estudante

Os cidadãos de Tibagi tem que investir mais no comércio local da cidade e não gastar o dinheiro em outras cidades como Castro, Ponta Grossa. Mais indústrias para que a nossa mão de obra não vá para outras cidades.

Janete dos Santos Pedroso – Comerciante

Os cidadãos de Tibagi tem que investir mais no comércio local da cidade e não gastar o dinheiro em outras cidades como Castro, Ponta Grossa.

Andressa Liennech – Estudante

Moro em Ponta Grossa, mas nasci e morei muito tempo nesta cidade. Acho que a Saúde deve ser mais investida, pois aqui a situação é bem complicada. Tem a demora no atendimento dos postos e hospital.

Abimael Neves –Caixa de posto

Acho que a cidade precisa mais de empregos pra as novas gera-ções mais indústrias.

José Carlos da Silva – Mecânico

Falta bastante coisa para a cidade. Mais trabalho, educa-ção melhor, mais ônibus para o transporte escolar e melhorias na saúde.

Regiane Negoski– Do lar

Divulgação

A vocação para o turismo e a agricultura todos sabem, mas na sua visão o que falta para Tibagi tornar-se uma grande cidade?

DA REDAÇÃO

A reportagem no Página Um esteve essa semana na Praça Edmundo Mercer, buscando saber da popula-ção qual o maior anseio dos tibagianos. Foram várias as respostas, mas duas se des-

tacaram quando questiona-dos 'o que estaria faltando para Tibagi tornar-se uma grande cidade'. Investimen-tos em indústrias e emprego acabaram sendo a tônica.

A cidade de Tibagi foi lembrada por todos os entrevistados, pelas suas

belezas naturais como Par-que Estadual do Guartelá, Salto Santa Rosa, Salto Puxa- Nervos, turismo e agricultura.

Para os entrevistados, a maior necessidade são os investimentos na geração de emprego, pois para os

recém-formados a procura pelo primeiro trabalho é constante e eles esbarram na falta de experiência. Mas, a cidade também é bastante elogiada pela população, que reconhece seus atrati-vos, e pela comemoração do seus 143 anos.

Mais indústrias e mercado de trabalho. E mais áreas de lazer.

Jaison Costa -Estudante

Acho que o executivo tem que melhorar a saúde e educação.

Mireile Ishimaru –Comerciante

Mais oportunidade de trabalho e cursos de aperfeiçoamento.

Andressa de Camargo Banks - estudante

Melhorar a informação na área do turismo, pois já aconteceu de visitantes chegarem no Canyon e estar fechado. Isso não é bom para a imagem da cidade. Josefina dos Santos – Agricultora

Mais empregos para os jovens, e curso, pois aqui não tem investimentos em cursos.Maria Tereza- Empresária

Falta a prefeita trazer mais recursos, indústrias e aproveitar a mão de obra da cidade, pois a que tem não é aproveitada pela cidade, mas sim nas regiões. Bruna Ribeiro – secretária

Investir em indústrias, pois o turismo não dá em nada e sem indústria é impossível crescer. O comér-cio não ganha e a população também não. Nilton Cezar Nascimento – Professor de Música

Página Um Jornais e Publicações Ltda

CNPJ 81.405.763/0001-14Fundado em 1º de outubro de 1.989Diário desde 19/01/2005

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Redação e AdministraçãoBenjamin Constant, 490

Tel. (42) 3232-5148CEP 84.165-220 - Castro - PR

DistribuiçãoMARENDA

(42) 3028-8990

ImpressãoFOLHA DELONDRINA

Diretor-EditorSANDRO ADRIANO CARRILHO

Reg. Prof. nº 2447/10/[email protected]

EDIÇÃO ESPECIAL 143 ANOS DE TIBAGI

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LUCIANA WESTPHAL

Tibagi é destino para quem procura a tranqui-lidade típica do interior e também opção aos que gos-tam de esportes radicais e ecoturismo. Se a vocação do município é para o turismo, a aventura ganha espaço e credencia a cidade que está de aniversário.

A região, cortada por rios e relevos acidentados que proporciona paisagens e atividades de tirar o fôlego, vem se tornando referência como a capital dos esportes de aventura dos Campos Gerais. Além do voo livre e do rapel, Tibagi é bastante famosa pela canoagem estilo slalom; modalidade olím-pica desde 1972. Slalom é praticado com caiaques ou canoas em águas rápidas, em percursos que variam entre 250 e 300 metros, definidos por 'portas', que o canoeiro deve percorrer sem faltas e no menor tempo possível.

De acordo com a prefeita Angela Mercer de Mello, o município investe cerca de R$ 48 mil, anualmente, na modalidade. “Reativamos, a escola de canoagem de Tibagi. Sabíamos da impor-tância desse esporte para o município e, a canoagem estava esquecida, então procuramos a Associação Tibagiana de Canoagem – ATICA, e a Prefeitura retomou os repasses para a associação. Hoje eles con-seguem manter professores e parte da estrutura”. expli-cou a prefeita.

Angela também destacou a importância dos esportes radicais. “Tibagi tem um potencial turístico grande e muito deles em cima de esportes radicais. Nossa intenção é explorar e forta-lecer esse tipo de modali-dade”, completou.

O secretário Municipal de Esporte e Recreação Orientada, Tadeu Moarassu Machado, divulgou que a escola de canoagem existe há um ano e já está com 32 alunos, entre eles rapazes e moças de oito a 18 anos. “Queremos ampliar ainda mais esse número e incenti-var a cada dia nossos jovens a praticarem esse, que é o esporte tão famoso em nossa cidade”, acrescentou o secretário.

André Luiz de Paula, técnico da equipe, ressal-tou o esporte na vida dos adolescentes tibagianos. “Comecei a praticar cano-agem através de um pro-jeto social, pra mim, foi de extrema importância ter envolvido esse esporte na adolescência, pois, essa, é a época ‘divisora de águas’ devido às más influencias e etc... Estamos bastante satisfeitos com esse projeto que foca o esporte e a natu-reza na vida do jovem”, des-creveu o técnico.

A equipe de canoagem é dividida por faixas Branca, Amarela e Verde, e cor-respondem aos níveis de experiência dos alunos que treinam diariamente no Rio Tibagi e Rio Iapó, em con-traturnos escolares.

Conhecida mundialmenteEm meados da década

de 90, Tibagi foi sede do Campeonato Mundial de Canoagem. A competição contou com a presença de aproximadamente 14 paí-ses, entre eles, Noruega e Nova Zelândia, polos gaba-ritados no esporte.

Rio TibagiPara o secretário Moa-

rassu, o Rio Tibagi está entre os três melhores rios do Brasil para a prática do

esporte, pois, apresenta uma das melhores condi-ções para que seja possível realizar esse prática. “O rio é de cachoeira pesada. E os remadores só precisam disso. Vale a pena destacar que, Foz do Iguaçu, consi-derado um dos melhores lugares para treinamentos, conta com uma correnteza artificial e, aqui, nosso rio é totalmente natural. Então, recebemos a visita de mui-tos atletas que vem treinar, conhecer e apreciar essa nossa riqueza”, enalteceu Moarassu.

O secretário se refere a equipe brasileira de rafting que optou pela região tiba-giana para os preparativos finais da competição mais importante do calendário nacional no esporte, o mun-dial de 2014. Os brasilei-ros escolheram o município pela estrutura e, também, pela falta de chuvas em São Paulo, pois a equipe costu-mava treinar na cidade pau-

lista de Brotas. Essa cena está se repetindo, pois Moa-rassu salientou que a equipe tem interesse de retornar a cidade para se hospedar num período de treina-mento. “Vamos recebê-los, mais uma vez de braços abertos”, finalizou.

Turismo A fim de agradar os

amantes dos esportes radi-cais, Tibagi conta com duas empresas especializadas nessa área. Guartelá Eco-turismo e Tibagi Aventuras, que trabalham com a comer-cialização de pacotes seja para uma pessoa ou grupo. Também recebem excursões e contam com profissionais de altíssimo grau.

Alain Jourdant, de nacio-nalidade francesa, ex-téc-nico da Seleção Brasileira de Canoagem Slalom entre os anos de 1999 a 2007, é o proprietário do Guartelá Ecoturismo. O empresário que participou da Olimpíada

de Sidney em 2000 oferece, inclusive, estágios, cursos e treinamentos (individual ou para grupos) de canoagem, canoagem slalom, rafting e duke.

Segundo Guilherme Noceira, gerente da Guar-telá Ecoturismo, o raffiting é classificado por níveis de dificuldade e, para os turis-tas a classificação acontece da seguinte maneira: Do nível um ao nível três a pes-soa não precisa ter nenhuma experiência no esporte; já para fazer o nível quatro, cinco e seis, os remadores precisam conhecer um pouco mais das técnicas. “É diver-tido e quem participa das atividades acaba voltando e acaba fazendo o percurso nos níveis mais altos”. A empresa recebe desde crian-ças a partir de cinco anos até adultos. E, os percursos são divididos em criança, emo-ção, completo, expedição e noturno, que acontece nos períodos de lua cheia.

QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015 3

Cidade conta com um dos melhores rios para treinamentos

Esporte radical é marca em TibagiAVENTURA E EMOÇÃO

A Associação de Cano-agem é composta pela pre-sidente Neuza Maria Pupo Martins, vice Daniela do Rocio de Oliveira, secretá-ria Leri Ribeiro, Tesoureira Carla Herichi, departa-

mento Técnico Desportivo André Luiz de Paula, depar-tamento Social Nalvina Banks, departamento Patri-monial Alain Jordant, depar-tamento Ecológico Silvania Bezerra de Barros. O Con-

selho Fiscal é formado por Sueli Menezes Reis, Sandra Ribas de Lima, Margareth Rose Natel Kososki, Már-cia de Jesus Carneiro, Ana Cristina Chaves e Alexson Ferreira Lopes.

FORMAÇÃO ESCOLA CANOAGEM

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4 QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015

ENTREVISTA “O precatório do ano passado acabou atrasando alguns projetos, mas em geraleu não me arrependo de nada que tenha feito ou deixado de fazer, apenas temos a intenção de sempre fazer mais.

DA ASSESSORIA

No dia em que Tibagi com-pleta 143 anos de historia, de conquistas e de crescimento, o Página Um traz uma entre-vista exclusiva com a pre-feita Ângela Regina Mercer de Mello Násser, a primeira mulher a ocupar o cargo a frente do Executivo Municipal.

-------------------Página Um - Você con-

seguiu sanar as dívidas da gestão anterior? Como está essa situação atualmente?

Ângela Mercer - Todas as dívidas da gestão ante-rior que estavam empenha-das foram pagas, alguns fornecedores ficaram sem receber porque não conse-guiram provar a prestação de serviços, ainda em 2013.

P1 – Tibagi é conhe-cida pela sua vocação turística. Como fazer para manter essa identidade?

AM – O Turismo representa um potencial grande, embora a nossa economia gire em fun-ção do setor agrícola. E, para manter esse potencial, inves-timos em uma programação forte de carnaval e apoiamos a prática de esportes radicais, e isso está ligado à tradição da cidade, daí procurarmos manter o que já é tradicional em Tibagi, porque os investi-mentos vindos dos governos federal e estadual são muito pouco para criarmos novas alternativas para o Turismo.

P1 – Você é can-didata a reeleição?

AM - Estando ocupando o cargo de executiva, o meu nome já é opção para reelei-ção, sou candidata a qualquer tempo. Mas, agora estamos apenas estreitando conversas com o grupo, possíveis can-didatos a vereador, com foco em parceiras e, principal-mente, em discursos de união.

P1 - Até onde as greves, que vem acontecendo em diversos setores, como Edu-cação, Transporte (caminho-neiros) e Judiciário atrapalham o crescimento de Tibagi?

AM - Podemos falar em efeito cascata. Os problemas dos governos, seja estadual ou federal, acabam refletindo diretamente nos municípios, e resultando em corte e redução de repasses. Por exemplo, já temos redução em números

reais no Fundo de Participa-ção dos Municípios (FPM), o repasse deste mês foi menor em 50%. Dessa forma, nossas obrigações aumentam, e aca-bamos ficando em estado de alerta, porque manifestações maiores ainda podem aconte-cer. Recentemente estivemos em Brasília, e o que vimos por lá foi um clima de tensão, o que nos deixa apreensivos com as decisões a serem tomadas.

P1 – Existe algo que a senhora deveria fazer pelo município e ainda não o fez? Algum projeto antigo seu que ainda não conseguiu colocar em prática, mas que gostaria de fazê-lo até o final do mandato?

AM - Duas situações: como professora eu quero defender bastante a educação. Já tivemos obras importantes, como a construção da Escola Aquarela, que vinha traba-lhando de forma indevida, mas eu ainda quero implantar o plano de carreira do profes-sor municipal, e construir uma escola no Distrito de Caetano Mendes, e um Centro Muni-cipal de Educação Infantil (CMEI) para atender o Dis-trito de São Bento. Essas são reivindicações de muitos anos.

P1 - Em todo governo exis-

tem renovações, você prevê mudanças dentro do seu pri-meiro escalão, como alteração no secretariado, por exemplo?

AM - Já iniciamos esse ano com alterações nas secretarias de Educação, Turismo, Plane-jamento e Obras, e nos próxi-mos 15 dias apresentarei dois novos secretários, para o setor de Indústria e Comércio e para Agricultura. São pastas que já existem, mas estão sendo administradas por secretá-rios de outras, uma delas pelo vice-prefeito, ai acaba ocor-rendo acúmulo de funções.

P1 - O primeiro ano de sua gestão foi de pagar con-tas, o segundo para rees-truturações, e o terceiro e quarto serão para que?

AM - O grande desa-fio do nosso governo será a moradia. Também quere-mos trazer para o município uma pequena indústria, para atender principalmente o público feminino, visto que a agricultura emprega muitos homens. Na saúde também estamos fazendo reformas e ampliações de mais qua-tro postos, e vamos batalhar por mais calçamentos e pavi-mentação para os distritos.

P1 - Como é o tom de

relacionamento do Execu-tivo com a Casa de Leis?

AM – É de muito res-peito e parceria. Eu sempre tive o amparo dessa Casa de Leis, e inclusive já passei por lá como vereadora e sei da importância do trabalho deles. Só tenho que deixar o nosso agradecimento, afi-nal tivemos apoio em gran-des projetos. Vejo que todos querem o mesmo objetivo.

P1 - Você se arrepende de algo que fez ou deixou de fazer ao longo desses dois primeiros anos de gestão?

AM - O precatório do ano passado acabou atrasando alguns projetos, mas em geral eu não me arrependo de nada que tenha feito ou deixado de fazer, apenas temos a inten-ção de sempre fazer mais.

P1 - Você acha que os deputados fazem pouco pelos municípios?

AM - Não cabe a mim afir-mar se estão fazendo pouco ou muito, mas é claro que eu gostaria que fizessem mais, entretanto, eu compreendo a crise e as dificuldades, além de limitações como o fato de o orçamento desse ano ainda não ter sido votado. Mesmo assim, eu só tenho a agrade-cer o apoio do deputado San-dro Alex, por exemplo. Ele

sempre nos recebe, mas nós acreditamos que todos os que tiveram votação no nosso município farão algo por ele.

P1 - Já em relação aos governos estadual e fede-ral, eles fazem pouco?

AM - Sempre acho que estão fazendo menos do que eu gostaria, e sempre vou pedir mais, acreditando que possa ser melhor atendida, mas tam-bém entendo as dificuldades enfrentadas pelos governos.

P1 - Defina uma prefeitura (enquanto instituição) como é estar a frente da administração?

AM - Ser prefeita é um grande desafio. Nós saímos de casa toda produzida, ima-ginando um dia cheio de con-quistas, acreditando que cada dia será melhor, mas durante o caminho encontramos bura-cos, lama, atolamos, mas eu encaro tudo isso como uma maneira de ganhar forças para ultrapassar, vencer. É difícil administrar, mas nenhuma situação é impossível de resol-ver, as dificuldades existem justamente para que consiga-mos a solução. Além de traba-lhar dentro de planejamento, orçamentos - também temos que trabalhar para desmisti-ficar a imagem generalizada de que todo político é cor-rupto e de que não trabalha.

P1 - A sua mãe (Maria

Regina Mercer de Mello) foi presidente da Associa-ção Tibagiana de Artesanato (Atiart) durante o início da atual gestão. Na época houve aumento de repasse para a instituição? Você sendo prefeita e filha da presi-dente, poderia ter feito isto?

AM – Não, e não houve aumento de repasse. Ela foi eleita por unanimidade da diretoria e, neste caso, o papel da Prefeitura, assim como se tratando de outras entidades, é passar subven-ções, só que ela teve que sair da diretoria justamente por ser a minha mãe. Mas não houve aumento, mesmo por-que todo aumento de repasse tem que ser aprovado pela Câmara de Vereadores. A Atiart teve o mesmo aumento que todas as entidades tive-ram, seguindo a inflação.

AM, considerações finais:Desde o primeiro momento

em que assumi a Casa, me coloquei como do povo e para o povo, de forma participativa. assim, a Prefeitura está de portas abertas para a popu-lação. Eu não quero simples-mente passar pelo Executivo, e sim realmente deixar o meu trabalho e da minha equipe. Estaremos trabalhando diu-turnamente para que nossas metas sejam alcançadas, e sempre pensando no que é melhor para o município.

Fotos: João Pedro Agostinho

"Não quero simplesmente passar"

“Ser prefeita é um grande desafio.Nós saímos de casa toda produzida, imaginando um dia cheio de con-quistas, acredi-tando que cada dia será melhor, mas durante o cami-nho encontramos buracos, lama, atolamos, mas eu encaro tudo isso como uma maneira de ganhar forças para ultrapassar, vencer.

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QUINTA-FEIRA, 19 DE MARÇO DE 2015 5

DA ASSESSORIA

A noite de sábado (14) foi espe-cial para os tibagianos e visitantes que participaram do evento Tibagi de Outros Tempos, que transfor-mou a praça central em um túnel do tempo. Durante algumas horas, a temática era o passado, e as histórias do Tibagi antigo partilhadas com os presentes. Dentro das comemorações

alusivas aos 143 anos de Tibagi, a melhor cidadezinha do Brasil retor-nou ao passado, uma alusão à histó-ria preservada e a oportunidade de relembrar e conhecer um pouco mais sobre o município.

O Museu Histórico Desembarga-dor Edmundo Mercer Júnior perma-neceu aberto até às 23 horas, e tudo dentro dele ganhou vida. Os visitantes, ao percorrer as salas, encontravam

personagens vivos que representa-vam parte da história ali contada. "A Noite no Museu surgiu de uma ideia do diretor do Museu e historiador Nery Assunção, e contamos com a participação de várias pessoas para conseguir dar vida ao lugar. Quem visitou o Museu na noite de sábado encontrou figuras importantes na his-tória da formação do Tibagi que hoje conhecemos”, destaca o secretário de Turismo e idealizador do evento, Alberto Portugal.

Na Praça, em frente à Igreja, uma ferinha gastronômica trouxe

uma variedade de produtos tradicio-nais tibagianos, enquanto a recém-reativada Banda Musical subia ao palco para apresentar o progresso cada vez maior dos integrantes. Para finalizar, aconteceu a apresentação do documentário Nostalgia, que trouxe depoimentos sobre o Tibagi de antigamente. "A ideia inicial era de produzir um vídeo curto, de mais ou menos 15 minutos, relatando algumas histórias de Tibagi antigo, mas quando avaliamos a riqueza do material gravado decidimos transfor-mar em um documentário mais longo,

respeitando as histórias contadas na íntegra”, explica Alberto.

Para aqueles que não puderam assistir ao documentário, ele passa a ser exibido em sessão especial no Museu Histórico a partir desta quar-ta-feira (18). A noite contou ainda com apresentações especialmente preparadas pela Escola de Dança do Conservatório Municipal, sob a coordenação do professor Guilherme Tupich, e para coroar o clima nostál-gico os moradores da região central da cidade foram homenageados com serestas na porta de suas casas.

Visitantes, ao percorrer as salas, encontravam personagens vivos

História de Tibagi ganha vida em museu'TIBAGI DE OUTROS TEMPOS'

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Fotos: Divulgação/ João Pedro Agostinho

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6 QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015

DA REDAÇÃO

Conhecido em todo estado pelas suas belezas naturais e grande potencial turístico, e por deter um dos maiores cânions (Guartelá) do mundo em exten-são, o município de Tibagi - localizado há 63 km de Castro - também cresce a cada ano nas produção agrícola e pecuária.

No setor primário, os desta-ques são a produção de milho,

trigo e, principalmente, soja. De acordo com a Prefeitura de

Tibagi, o município é um dos maiores produtores do grão no

país.Em 2014 Tibagi colheu

101.500 hectares de soja. Em toneladas, a produção chegou a 373.750 e o rendimento foi de R$ 390.232.000. Já a produ-ção de milho ficou em 26.000 hectares, 256.000 toneladas colhidas e rendimentos de R$ 106.032.000. A produção de trigo alcançou 39.000 hecta-res, 117.000 toneladas e R$ 87.750.000. A produção de outras culturas como aveia, cevada, feijão e fumo também contribuem significativamente para com a arrecadação anual do município. Atualmente, a cidade conta com aproximada-mente 1.263 produtores rurais.

A produção leiteira também vem se destacando, e já chega a movimentar perto de R$ 5 milhões ao ano. Ao todo, são aproximadamente 210 mil hec-

tares produtivos, somando pecu-ária de corte e pecuária leiteira.

Atividade turísticaOutro setor de extrema

importância para a economia da cidade é a atividade turís-tica. Segundo a prefeita Ângela Mercer, 150 mil visitantes vão ao município por ano, para conhecer e desfrutar das pai-sagens privilegiadas e de festas tradicionais como o Carnaval.

Pontos turísticos como os saltos Puxa-Nervos e Santa Rosa, as cachoeiras da Dora e da Ponte de Pedra, e outros patrimônios naturais também atraem centenas de turistas a cada ano e fomentam o ecotu-rismo em Tibagi, fazendo com que a cidade seja lembrada sem-pre como potencial turístico.

Soja é a cultura mais plantada em Tibagi

Produçãoagrícola é ocarro chefe daarrecadaçãomunicipal

Divulgação / Emater PR

O que move Tibagi além do turismo?PRODUÇÃO AGRÍCOLA E PECUÁRIA

Tibagi Digital conecta zona rural e melhora índices na EducaçãoDA ASSESSORIA

Tibagi, localizada nos Cam-pos Gerais e com 20 mil habi-tantes, é uma das pioneiras no Estado a investir em tecnologia para levar o acesso gratuito de internet à população. A loca-lidade integra a Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), que realiza nessa semana, em conjunto com a Rede Cidade Digital e Prefeitura de Ponta Grossa, o I Fórum de Cidades Digitais dos Campos Gerais, destinado a gestores públicos justamente para tratar das Tecnologias da Informação de Comunicação

para o desenvolvimento regio-nal.

A importância do Tibagi Digital vai mais além, por exem-plo, para cerca de 400 famílias da zona rural que antes, assim como acontece em grande parte do país, estava desco-nectada do mundo. De acordo com o Coordenador de Manu-tenção de TI de Tibagi, José Jadir Orza, o programa munici-pal tem, ao todo, 650 famílias cadastradas e contam com uma velocidade de 512 Kb para uso. Em contrapartida, para usufruir da internet gratuita o munícipe precisa estar em dia com os impostos municipais. “Profes-

sores que fazem cursos online também se valem dessa internet no interior”, ressalta.

O gerente de TI da pre-feitura, Willy Verhagen Neto, acrescenta que nove torres dis-tribuem o sinal via rádio para a população. Além do sinal nas residências, na área urbana os moradores encontram o sinal wi-fi na Praça Leopoldo Mer-cer.

A infraestrutura que inter-liga órgãos públicos com uma rede de rádios de alta perfor-mance também leva internet para as salas de aulas. Aliado ao uso de lousas digitais, a tecnologia vem deixando as

atividades mais atrativas para os alunos, fator que, segundo a secretária de Educação do município, Beatriz Flores, aumentou o índice de aprendi-zado. “Os alunos apresentam muita facilidade em lidar com essas tecnologias e a gente percebe que a aprendizagem melhora significativamente. As aulas se tornaram muito mais interessantes, o que deu uma impulsionada”, enaltece a secretária.

Outro ponto em que a admi-nistração municipal vem utili-zando a tecnologia é no fomento ao turismo. Recentemente, lan-çou um aplicativo gratuito para

celular com o objetivo de forne-cer dicas do que fazer na cidade que é conhecida como a “Terra dos Diamantes”. Com uma grande diversidade de atrações e belezas naturais, a localidade atrai, conforme informações da Secretaria Municipal de Turismo, cerca de 10 mil visi-tantes em meses de férias. O Parque Estadual do Guartelá é uma das principais atrações turísticas de Tibagi e possui o 6º maior cânion do mundo e o único com mata nativa.

Fórum de Cidades Digitais O I Fórum de Cidades Digi-

tais dos Campos acontecerá na

próxima quinta-feira (19) em Ponta Grossa. As inscrições são gratuitas para servidores públi-cos e podem ser feitas pelo site http://forum.redecidadedigital.com.br.

Levantamento da RCD mostra que dos 18 municípios que integram a AMCG, seis têm iniciativas digitais. “A ideia do evento é buscar soluções que atendam às necessidades e particularidades de cada muni-cípio interessado no aprimora-mento dos serviços públicos e melhoria da qualidade de vida da população”, disse o diretor da Rede Cidade Digital, José Marinho.

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QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015 7

DA ASSESSORIA

A pescaria em comemora-ção ao aniversário da cidade, realizada tradicionalmente no dia 18 de março no Par-que Passo do Risseti, está de portas abertas para rece-ber os pescadores. Desde a manhã desta quarta-feira (18), a pesca amadora está liberada e segue até domingo (22).

A inscrição para a pes-caria pode ser feita na secretaria de Esportes, ou no dia do Festival. Cada participante deverá trazer doces, que será entregue às Pescaria é uma grande diversão

Acesso ao lago está liberado até o próximo domingoDivulgação

Pesca amadora está liberada no lagoATÉ DOMINGO

crianças carentes na Pás-coa. "Durante a Quaresma o consumo de peixes é muito alto, e o lago tem grande quantidade disponível. É uma excelente oportunidade de unir o entretenimento e lazer ao cardápio tradicional deste período. A expectativa é de mais um festival ani-mado”, ressalta o secretá-rio de Esportes e Recreação

Orientada, Tadeu Moarassu Machado.

O acesso ao lago está liberado das 7 às 19 horas. É permitido o uso de varas de pesca e linhas de mão, sendo proibido no local a utilização de redes e tar-rafa. "Esta atividade é uma excelente oportunidade para integração da comunidade”, pontua o secretário.

“Durante a Quaresma o consumo de peixes é muito alto e o lago tem grande quantidade

A Associação Comercial, Empresarial e Turística de Tibagi (ACETT) divulgou termo aditivo à convenção coletiva de trabalho para o ano de 2015, regulamentando o trabalho em domingos e feria-dos dentro do setor lojista de comércio varejista de Tibagi, definido em encontro reali-zado no dia 25 de fevereiro juntamente com o Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa e Sindicato dos

Empregados no Comércio de Ponta Grossa.

De acordo com o docu-mento, com prazo de vigên-cia até 20 de novembro deste ano, “somente poderão exigir labor extraordinário dos seus empregados, nos dias e horá-rios abaixo discriminados, res-salvado o disposto na cláusula nona do presente instrumento e a clausula 35 da CCT da CCT 2014/2015”, com horá-rios já definidos para abertura

do comércio até a data apre-sentada.

A presidente da ACETT, Maria de Lourdes Cardoso Martins, enfatiza que o acordo é válido para unificar o fun-cionamento de todos os esta-belecimentos comerciais do município, assim como a jor-nada de trabalho daqueles empregados pelo comércio tibagiano. “O acordo prevê que as empresas que não seguirem a normativa podem ser multa-

das, e indica que horários que não sigam o estabelecido preci-sam ser negociados com ante-cedência, assim como todas as

decisões que visam proteger os comerciários e também aqueles empregados no comércio”, res-salta.

Confira a tabela com os horários de funcionamento do comércio tibagiano até o dia 20 de novembro de 2015.

Convenção define horários de funcionamento do comércio2015 EM TIBAGI

HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO

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TIBAGI!É impossível afastar-me de ti.

Sinto saudade de Tua beleza de teu Povo Orgulho-me de ter adotado, como

minha, A MELHOR CIDADEZINHA DO BRASIL.PARABÉNS POR MAIS ESTE ANIVERSÁRIO!

Angelo Martins

8 QUARTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2015

D+D+por Peter Allan

Recebe a homenagem dos amigos e familiares, Edneia Garcia, por mais um ano de vida. Sucesso!

O dia 18 de março além de celebrar oaniversário deTibagi é também dia de comemoração para José Tibagy de Mello, ex-prefeito da cidade. Na foto com afamília representada pela filha, a prefeita Ângela Mercer,e a esposa Maria Regina

A tibagiana mais idosa do município, Maria Julia dos Santos, com Esmeralda Bogdanovicz e sua mãe Ignes Bittencourt

Quemcomemora

idade nova é Silvana

Martins, na foto com a

neta Luisa

O registro da família Nolte, com Aparecida e os filhos Artur, Cindy e o neto Caíque

Semana de comemoração para Regina Célia Martins que está de aniversário. Na foto com a filha Joanicelly

destaque

A quarta-feira (18) também

é de festa para

Krislem Aleixo.

Parabéns!

Niver

Marcando presença na edição de aniversário de Tibagi, o amigo Maurício Chizini Barreto

Família

Especial

Especial Especial