a odontologia e o paciente com esquizofrenia
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ESQUIZOFRENIA
Paula Dresch PortellaMarina Braga, Lucas Bedra
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁPET ODONTOLOGIA
MARÇO, 2016
A ESQUIZOFRENIA
• Doença psíquica;
• Dano precoce;
• Dano cognitivo;
• Desordens de raciocínio;
• Não há múltiplas personalidades;
• Crônica e complexa;
• Tratamento ao longo da vida. Chuong R. Schizophrenia. Oral Surgey Oral Medicine Oral Pathology.
Medical Management Update. 1999; 88: 526-8
A ESQUIZOFRENIA
“Os pensamentos e ideias são desprovidos de
significado. O paciente possui dificuldade para
comunicar-se com os outros, seu desempenho
social fica muito comprometido. ”
Saúde em movimento, http: www.saúdeemmovimento.com.br/ conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=438,
acessado em 08/11/2015, 11:53.
A ESQUIZOFRENIA
“A esquizofrenia atinge - na maioria das vezes de maneira devastadora -, cerca de 1% da população ou 70 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo
dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Classificada hoje pela psiquiatria como uma
síndrome, ela é caracterizada por uma série de sintomas e sinais que costumam surgir pela primeira
vez, na forma de um surto psicótico, por volta dos 20 anos, nos homens, e 25, nas mulheres.”
Alice Giraldi e Silvia Campolim. Novas abordagens para esquizofrenia. Cienc. Cult. vol.66 no.2 São Paulo June 2014
A ESQUIZOFRENIATIPOS:• Esquizofrenia paranóide;• Esquizofrenia indiferenciada;
• Esquizofrenia desorganizada;• Esquizofrenia catatônica ;• Esquizofrenia residual;• Esquizofrenia simples .
No entanto, em um mesmo paciente, o subtipo pode diferentes graus
de comprometimento e mudar no decorrer do tempo.
ISLANA ANDRADE FERREIRA. ESTUDO DE CASO DE UM PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA. Relatório apresentado à professora Irene Sousa como requisito para obtenção da 3ª nota na disciplina de Enfermagem em Saúde Mental do curso de
Enfermagem UEMA/CESC – Caxias., 2009
CAUSAS• DOENÇA COMPLEXA;
• Relação aos fatores ambientais:– Falta de acesso à educação, baixa inteligência, falta de apoio social,
mudanças impactantes e negativas na infância/adolêscencia, famílias desestruturadas, má relação com à família.
– Ser exposto a toxinas, vírus e à má nutrição dentro do útero da mãe;– Fazer uso de medicamentos psicotrópicos durante a adolescência e o
início da vida adulta;– Tabagismo.
• Relação à genética:– Pais com esquizofrenia;– Complicações na gestação ou no parto atuam com variáveis.– Ter um pai com idade mais avançada no momento da fecundação;
Muller, Jeanne: El Niño psicótico, su adaptación familiar y social: experiencias vividas con niños inadaptados. Barcelona, España, Heder. (1976)
SINAIS E SINTOMAS• Personalidade pré-mórbida:
– Retraimento social e emocional, introversão, tendência ao isolamento e comportamento desconfiado e excêntrico.
• Sintomas positivos :– Caracterizados por comportamentos obviamente anormais,
como delírios, alucinações, comportamento desconfiado, etc;
• Sintomas negativos:– São apenas ausência de comportamentos normais, como
retraimento emocional, ansiedade exacerbada e outros.
Minha Vida. Site http://www.minhavida.com.br/saude/temas/esquizofrenia. Acessado em 08/11/2015, 12:36.
SINAIS E SINTOMAS• Quadro agudo:
– Primeira vez usualmente no adolescente ou adulto jovem;
– Ao longo de dias ou semanas o paciente costuma apresentar-se angustiado, perplexo e com a vivência de que "algo está para acontecer“;
– A aparência em geral é desleixada.
• Quadro residual: sinais e sintomas que persistem em maior ou menor grau de severidade, após a remissão parcial do quadro agudo.
Minha Vida. Site http://www.minhavida.com.br/saude/temas/esquizofrenia. Acessado em 08/11/2015, 12:36.
DIAGNÓSTICO• Não há exames médicos disponíveis capazes de diagnosticar
definitivamente a esquizofrenia;
• Um psiquiatra deve examinar o paciente para confirmar se é um caso da síndrome ou não;
• O diagnóstico é feito com base em uma entrevista minuciosa:– com a pessoa e seus familiares;– Presença dos fatores de risco e dos sinais e sintomas;
• Exames cerebrais e exames de sangue podem ajudar a descartar outras doenças com sintomas semelhantes à esquizofrenia, mas não são capazes de determinar se ela é a causa dos sintomas.
Minha Vida. Site http://www.minhavida.com.br/saude/temas/esquizofrenia. Acessado em 08/11/2015, 12:36.
TRATAMENTO“Apesar do estigma e do medo do desconhecido,
pois o próprio doente não sabe a princípio o que está acontecendo consigo, o diagnóstico
precoce permite o uso de DROGAS E TERAPIAS que podem combater os sintomas e os
prejuízos causados ao cérebro, permitindo que o paciente (e a família) tenha uma QUALIDADE DE VIDA SATISFATÓRIA e aprenda a lidar com certos aspectos da doença” (RAMOS, 2004).
Marcos R. C. Ramos e Carlos Von Krakauer Hübner, “Esquizofrenia”, Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, 2004, v.6, n.1, p.1-4.
A ESQUIZOFRENIA E A ODONTOLOGIA
COMO AGIR FRENTE A UM PACIENTE COM ESTA SINDROME?
A ESQUIZOFRENIA E A ODONTOLOGIA
• Paciente com baixo auto-cuidado;– Higiene bucal negligenciada .
• Utilização contínua de medicamentos que causam a diminuição da salivação:- Sensação de boca-seca,- cáries,- gengivites, - glossites, - estomatites, - candidoses e parotidites agudas
Chuong R. Schizophrenia. Oral Surgey Oral Medicine Oral Pathology. Medical Management Update. 1999; 88: 526-8.
RELATO DE CASO• J. D. P.;• 31 anos;• Trabalha como digitadora;• Tabagista;
– “Começa” 40 cigarros por dia.• Utilização de medicamentos contínuos;• Ganho de 25kg durante o tratamento de
esquizofrenia;• Escova os dentes 3 vezes ao dia;• Última consulta ao dentista há 7 anos, relatou que
não concordou com a extração dos dentes.
A ESQUIZOFRENIA E A ODONTOLOGIA
• Realizar um questionário de saúde minucioso, posteriormente assinado pelo paciente ou seu responsável;
• O profissional pode designar um espaço para registrar observações complementares sobre o estado de saúde do indivíduo:– O uso de antipsicóticos e antidepressivos, medicações
usualmente indicadas aos pacientes com esquizofrenia, e que têm como efeitos colaterais no âmbito bucal.
Friedlander AH, Mills MJ, Aummings JL. Consent for dental therapy in severely ill patients. Oral Surg Oral Med Oral Pathol.1988; 65(2):179-82
A ESQUIZOFRENIA E A ODONTOLOGIA
• Entrar em contato com o psiquiatra do paciente, quando necessário; – Em busca de informações sobre o estado psicológico e o regime de
medicação.
• Usar com cautela agentes anestésicos devido ao risco de interação com a medicação antipsicótica;– Medicação antipsicótica é depressora do sistema nervoso central.
• Dar preferência para próteses fixas mesmo se a higiene oral do paciente estiver comprometida;
Goff DC, Baldessarini RJ. Drug interationswith antipsychotic agents. J Clin Psychopharmacol.1993; 13(1):57-67. Chalmers JM, Kinsford SD; Carter KD. A multidisciplinary dental program for community
living adults with chronic mental illness. Spec Care Dentist. 1998;18(5):194-201.
A ESQUIZOFRENIA E A ODONTOLOGIA
• Priorizar a educação em saúde e medidas preventivas, com utilização de evidenciadores de placa e motivação do paciente e membro da família e/ou cuidador;
• Indicar o uso de saliva artificial, agentes antimicrobianos e dentifrícios fluoretados;
• Recomendar consultas odontológicas periódicas, conforme o risco de cárie.
CERISE DE CASTRO CAMPOS et al. MANUAL PRÁTICO PARA O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS.
Goiânia, UFG, 2ª edição, 2009.
A ESQUIZOFRENIA E A ODONTOLOGIA
• Ambiente tranquilo, falar suavemente e realizar tratamento delicado para evitar episódios psicóticos;
• O Cirurgião Dentista deve ganhar a confiança do paciente, para que este coopere;
• Explicar previamente passo à passo do que será realizado;
• Poucos instrumentos à vista do paciente;
• Manipulação delicada de tecidos bucais e instrumentos;
• Explicar a situação da saúde bucal e o que será realizado na próxima consulta.
Ferro M., Medina E., Rodriguez K., Tineo A."¿Cómo tratar odontológicamente a niños con esquizofrenia?.”Revista Latinoamericana de Ortodoncia y Odontopediatria "Ortodoncia.ws" edición electrónica mayo 2010. Obtenible en: www.ortodoncia.ws. Consultada, 08/11/2015, 14:50.
• História médica prévia do paciente para diferenciar a consulta odontológica.– Tratamento especializado Condição bucal e sistêmica.
• Conhecer o paciente e a qualidade do apoio familiar/médico Tratamento odontológico eficiente.– Não confronte as idealizações e fantasias geradas pelo
individuo;– Uma relação de confiança deve ser assim estabelecida,
para que sejam evitadas as tensões e os medos possíveis.
REFERÊNCIAS• Alice Giraldi e Silvia Campolim. Novas abordagens para esquizofrenia. Cienc. Cult. vol.66 no.2 São
Paulo June 2014• Chuong R. Schizophrenia. Oral Surgey Oral Medicine Oral Pathology. Medical Management Update. 1999; 88:
526-8• Goff DC, Baldessarini RJ. Drug interationswith antipsychotic agents. J Clin Psychopharmacol.1993; 13(1):57-67.
6 Chalmers JM, Kinsford SD; Carter KD. A multidisciplinary dental program for community living adults with chronic mental illness. Spec Care Dentist. 1998;18(5):194-201.
• CERISE DE CASTRO CAMPOS et al. MANUAL PRÁTICO PARA O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS. Goiânia, UFG, 2ª edição, 2009
• Ferro M., Medina E., Rodriguez K., Tineo A."¿Cómo tratar odontológicamente a niños con esquizofrenia?.”Revista Latinoamericana de Ortodoncia y Odontopediatria "Ortodoncia.ws" edición electrónica mayo 2010. Obtenible en: www.ortodoncia.ws. Consultada, 08/11/2015, 14:50.
• Friedlander AH, Mills MJ, Aummings JL. Consent for dental therapy in severely ill patients. Oral Surg Oral Med Oral Pathol.1988; 65(2):179-82
• I.K. Friedlander, A.H. Friedlander La atención odontológica del paciente esquizofrénico. Archivos de odontoestomatologia, 2004: 20, 7, 463-473
• ISLANA ANDRADE FERREIRA. ESTUDO DE CASO DE UM PACIENTE COM ESQUIZOFRENIA. Relatório apresentado à professora Irene Sousa como requisito para obtenção da 3ª nota na disciplina de Enfermagem em Saúde Mental do curso de Enfermagem UEMA/CESC – Caxias., 2009
• Minha Vida. Site http://www.minhavida.com.br/saude/temas/esquizofrenia. Acessado em 08/11/2015, 12:36• Marcos R. C. Ramos e Carlos Von Krakauer Hübner, “Esquizofrenia”, Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, 2004, v.6,
n.1, p.1-4.• Muller, Jeanne: El Niño psicótico, su adaptación familiar y social: experiencias vividas con niños inadaptados.
Barcelona, España, Heder. (1976)• Saúde em movimento, http: www.saúdeemmovimento.com.br/ conteudos/conteudo_frame.asp?
cod_noticia=438, acessado em 08/11/2015, 11:53.