ajuste a valor presente: os impactos da adoÇÃo em uma microempresa
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O trabalho busca evidenciar os itens envolvidos na prática do Ajuste a Valor Presente, quea partir da Lei nº 11.638/07 é de exercício obrigatória. Portanto, objetiva analisar a técnica detrazer ao valor presente um fluxo de caixa futuro e as taxas inseridas no valor inicial, como formade não o alterar, estas elencadas como receitas ou despesas financeiras. Usando como metodologia a tipologia analítico-descritiva, embasado em material previamente publicado, bibliográfico e aplicado em uma microempresa. Justifica-se este texto pela exiguidade de materialdisponibilizado aos profissionais da área contábil, ao longo da formação acadêmica, o que criauma lacuna ao conhecimento dos atuantes na área sobre subsídios integrantes ao processo do ajuste a valor presente. Além de, contemplar os efeitos financeiros efetivados evitando afetar ou alterar minoritariamente o valor presente. Aplicado em uma microempresa que tenha registros deoperações de longo prazo, o Ajuste a Valor Presente, poderá mudar a visão da posição financeirareal da empresa na data de suas demonstrações, o que é demonstrado no presente trabalho.Palavras-chave: Ajuste a valor presente, microempresa, demonstrações contábeis.TRANSCRIPT
FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL
AJUSTE A VALOR PRESENTE:
OS IMPACTOS DA ADOÇÃO EM UMA MICROEMPRESA.
Porto Alegre
2013
Paulo Henrique Staudt Da Costa
AJUSTE A VALOR PRESENTE:
os impactos da adoção em uma microempresa.
Relatório de estágio apresentado à disciplina de
Estágio II da FADERGS Laureate International
Universities como requisito para aprovação na
disciplina.
Orientadora: Profa. Mestre Laura Elaine
FADERGS
PORTO ALEGRE
2013
AJUSTE A VALOR PRESENTE:
OS IMPACTOS DA ADOÇÃO EM UMA MICROEMPRESA.
___________________________
Paulo Henrique Staudt da Costa
Aluno
___________________________
Luciano Rosenhaim de Andrade
Orientador Interno
RESUMO
O trabalho busca evidenciar os itens envolvidos na prática do Ajuste a Valor Presente, que
a partir da Lei nº 11.638/07 é de exercício obrigatória. Portanto, objetiva analisar a técnica de
trazer ao valor presente um fluxo de caixa futuro e as taxas inseridas no valor inicial, como forma
de não o alterar, estas elencadas como receitas ou despesas financeiras. Usando como
metodologia a tipologia analítico-descritiva, embasado em material previamente publicado,
bibliográfico e aplicado em uma microempresa. Justifica-se este texto pela exiguidade de material
disponibilizado aos profissionais da área contábil, ao longo da formação acadêmica, o que cria
uma lacuna ao conhecimento dos atuantes na área sobre subsídios integrantes ao processo do
ajuste a valor presente. Além de, contemplar os efeitos financeiros efetivados evitando afetar ou
alterar minoritariamente o valor presente. Aplicado em uma microempresa que tenha registros de
operações de longo prazo, o Ajuste a Valor Presente, poderá mudar a visão da posição financeira
real da empresa na data de suas demonstrações, o que é demonstrado no presente trabalho.
Palavras-chave: Ajuste a valor presente, microempresa, demonstrações contábeis.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Conceito de Valor Futuro e Valor Presente. .................................................................. 18
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Ativos e Passivos que devem ser expressos em Valor Presente. .................................. 19
Quadro 2 - Contabilizações efetuadas ........................................................................................... 33
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Cálculo do Valor Presente ........................................................................................... 25
Tabela 2 - Demonstração das fórmulas do Excel .......................................................................... 26
Tabela 3 - Plano de Contas ............................................................................................................ 26
Tabela 4 - Lançamentos no Livro Diário ...................................................................................... 27
Tabela 5 - Balanço Patrimonial ..................................................................................................... 27
Tabela 6 - Cálculo do AVP de Clientes ......................................................................................... 30
Tabela 7 - Cálculo do AVP de Fornecedores ................................................................................ 31
Tabela 8 - Cálculo AVP da Receita ............................................................................................... 32
Tabela 9 - Balanço Patrimonial antes do AVP .............................................................................. 34
Tabela 10 - Demonstração de Resultado do Exercício antes do AVP........................................... 35
Tabela 11 Balanço Patrimonial depois do AVP ............................................................................ 35
Tabela 12 - Demonstração de Resultado do Exercício depois do AVP ........................................ 36
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas
AVP = Ajuste a Valor Presente
CPC = Comitê de Pronunciamentos Contábeis
DRE = Demonstração de Resultado do Exercício
EPP = Empresa de Pequeno Porte
IASB = International Accounting Standards Board – Conselho Internacional de Normas
Contábeis
IFRS = International Financial Reporting Standard – Normas Internacionais de Contabilidade
ME = Microempresa
ORTNs = Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................................................... 10
1.2 PROBLEMA DE ESTÁGIO ................................................................................................... 11
1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 11
1.3.2 Objetivo específico .............................................................................................................. 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 12
2.1 MICRO EMPRESA NO BRASIL ........................................................................................... 12
2.2 RESULTADO ECONOMICO ................................................................................................ 14
2.3 RESULTADO ECONOMICO EM UMA MICRO EMPRESA ............................................. 17
2.4 AJUSTE AVALOR PRESENTE ............................................................................................ 17
2.4.1 Lei nº 11.638/07 ................................................................................................................... 17
2.4.2 O Que É Ajuste A Valor Presente ........................................................................................ 18
2.4.3 Classificação ......................................................................................................................... 22
2.4.4 Taxa de Juros ........................................................................................................................ 22
2.4.5 Contabilização e Reflexos Contábeis ................................................................................... 24
2.4.6 O Ajuste a Valor Presente e a Inflação ................................................................................. 25
2.5 CASO PRÁTICO DE AJUSTE Á VALOR PRESENTE ....................................................... 25
3. INTERVENÇÃO ..................................................................................................................... 29
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ESTAGIADA ........................................................... 29
3.2 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ......................................................................................... 29
3.2.1 Resultado econômico da empresa estagiada .................................................................... 30
3.2.2 Calculo do AVP da empresa estagiada ............................................................................. 30
3.2.2.1 Ajuste a Valor Presente na conta de Clientes .................................................................... 30
3.2.2.2 Ajuste a Valor Presente na conta de Fornecedores............................................................ 31
3.2.2.3 Ajuste a Valor Presente na Receita.................................................................................... 33
3.2.4 Comparação dos resultados ............................................................................................... 34
4. CONCLUSÃO E SUGESTÕES ............................................................................................. 38
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 39
APÊNDICE A – RELATÓRIO E RESPECTIVO CÁLCULO DO AVP DE CLIENTES .. 43
APÊNDICE B – RELATÓRIO E RESPECTIVO CÁLCULO DO AVP DA RECEITA .... 47
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1. INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Na totalidade dos segmentos integrantes a área contábil, os valores nela inseridos sofrem
alterações decorrentes de processos que se adaptam as modificações, alterações e aquilo que
venha efetivar mudanças no posicionamento socioeconômico, através das políticas contidas no
atual sistema vigente.
O entendimento necessário, durante a formação do profissional da área contábil, tem
teoricamente nas matérias disciplinares os passos para que se chegue aos ajustes a valor presente.
Entretanto, na praticidade cotidiana este processo mostra-se bem mais complexo de ser aplicado
às ações realizadas por aqueles que atuam nessa área. Acrescido de que, o material pré-elaborado
disponibilizado é parco, conforme se pôde evidenciar ao longo da confecção deste trabalho, assim
como outras abordagens de temática contábil.
Ajuste a Valor Presente (AVP) é, simplesmente, o ajuste de valores contratados trazidos
para o montante atual na completude de uma obrigação ou direito cuja exigência devesse ser
realizada em data futura, podendo ser relevante ao credor ou devedor, dependendo do caso.
Neste sentido, é que o entendimento do ajuste a valor presente deve ser compreendido
pelo profissional contábil frente às práticas nacionais esclarecidas pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC), através das normas dele emanadas. Especificamente neste
caso o: CPC 12; corroborando com os pronunciamentos da International Accounting Standards
Board (IASB), cuja tradução é Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade, que emite
os pronunciamentos chamados de International Financial Reporting Standard (IFRS), ou
simplesmente Normas Internacionais de Contabilidade. Essas diretrizes que reportam a
contabilidade internacional e, por conseguinte, estão sendo adotadas pelo Conselho Federal de
Contabilidade (CFC).
Este tema embora conste em matéria disciplinar nos Cursos de Ciências Contábeis, pelas
Universidades brasileiras, a aplicabilidade da regra, na prática, fica a desejar e os profissionais
mesmo tendo teoricamente os preceitos a serem desenvolvidos não têm acesso a sua aplicação.
Isso evidencia uma problemática.
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1.2 PROBLEMA DE ESTÁGIO
Qual o impacto econômico da utilização do ajuste ao valor presente em uma
microempresa?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
O objetivo geral deste trabalho é apresentar qual o impacto econômico da utilização do
ajuste ao valor presente em uma microempresa.
1.3.2 Objetivo específico
Para que se possa atingir o objetivo geral deste trabalho, faz-se necessário o
estabelecimento dos seguintes objetivos específicos:
Apresentar o resultado econômico de uma micro empresa;
Calcular o AVP de uma micro empresa;
Comparar os resultados econômicos obtidos.
11 2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 MICROEMPRESA NO BRASIL
As pequenas empresas tiveram o início de suas atividades no início do século XX na
Europa, como segue trecho sobre o assunto de Magro, Cavalcante e Silva (2004, p. 11):
Os primeiros registros sobre o surgimento das pequenas empresas deram-se na Europa, onde no início do século XX eram poucas as grandes empresas e os grandes empreendimentos eram agrícolas. Com a acentuada urbanização ocorrida até 1930 e a rápida industrialização, sobretudo na fabricação de produtos novos, com elevada tecnologia: eletrificação, telefonia, autopeças, moinhos, prensas, etc, facilitaram a rápida expansão das pequenas empresas, muitas delas familiares.
Corroborando com esse pensamento Sofer (2002, p. 26) discorre da seguinte forma:
[...] Esses produtos técnicos, que exigiam conhecimentos novos e específicos e ao mesmo tempo agentes locais para instalação e manutenção, necessitavam de microempresas quase que em cada município. As grandes indústrias, longe do consumidor, procuravam, treinavam e apoiavam até mesmo financeiramente oficinas autorizadas, que, quase sempre, representavam outros produtos da mesma especialidade, muitas vezes até concorrentes.
Já no Brasil, as microempresas só começaram realmente a serem valorizadas a partir dos
anos 80, como segue Laureano (2006, p. 20):
[...] as pequenas empresas começaram a ser valorizadas pela sociedade brasileira em meados da década de 80. Por serem extremamente vulneráveis às mudanças no mercado, essas empresas só começaram a ter condições de disputar espaço no mercado, em meados da década de 90, com a criação do Plano Real.
A primeira Lei no Brasil que trouxe algum tipo de benefício às pequenas empresas data de
1922, a Lei nº 4.625, porém, a mais importante veio em novembro de 1984, e ficou conhecida
como Lei do Estatuto da Microempresa, a Lei nº 7.256, que foi a que realmente deu benefícios às
microempresas no país. Ela trouxe aos pequenos comerciantes certas isenções de tributos e/ou
simplificações de controles administrativos, também foi simplificado o registro das empresas,
diminuição das exigências trabalhistas e previdenciárias para com seus funcionários, além de uma
grande concessão de apoio ao crédito. (TOIGO, 2003).
12
Foi essa a Lei que definiu o que era Microempresa, quais as condições peremptórias para
o enquadramento como tal, e ainda promoveu dois grandes avanços na legislação tributária no
Brasil, um que trata dos incentivos à legalização de pequenas entidades que atuavam na
informalidade, e o outro que eliminaria toda e qualquer chance de pessoas jurídicas mais
evoluídas de obterem os mesmos benefícios que eram apenas concedidos aos pequenos
comerciantes.
Este estatuto alicerçou-se sobre três questões primordiais que deram formato ao seu
conteúdo, que foram: os benefícios tributários e de ordem burocrática, apoio creditício e
definição de microempresa. Foi definida como microempresa toda e qualquer pessoa jurídica que
obtenha receita bruta anual igual ou inferior ao valor nominal de 10.000 ORTNs – Obrigações
Reajustáveis do Tesouro Nacional. Segundo a própria Constituição Federal em seu Art. 179:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
Portanto, é visto que, a Constituição, que é legislativamente o que há de mais importante
no Brasil, já prevê tratamento especial para as microempresas, cabendo a definição de quais
empresas se enquadram como tal, através de leis.
A Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, estabelece e justifica o tratamento jurídico e
tributário diferenciado para as microempresas e empresas de pequeno porte, conforme segue seu
Artigo 1º:
Art. 1º - Nos termos dos artigos 170 e 179 da Constituição Federal, fica assegurado às microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial, em conformidade com o que dispõe esta Lei e a Lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996 e alterações posteriores. Parágrafo único - O tratamento jurídico simplificado e favorecido, estabelecido nesta Lei, visa facilitar a constituição e o funcionamento da microempresa e empresa de pequeno porte, de modo a assegurar o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento econômico e social (BRASIL, 1999).
Para Chér (1991, p. 17), a definição exata de pequenas e médias empresas torna-se
dificultosa devido aos seguintes pontos explicados pelo autor:
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[...] existem muitos parâmetros para definir as pequenas e médias empresas, muitas vezes dentro de um mesmo país, como no Brasil [...] para se conceituar as pequenas e médias empresas, algumas variáveis são tradicionalmente utilizadas, tais como mão-de-obra empregada, capital registrado, faturamento, quantidade produzida, etc.
Portanto, fica claro que o critério para definição do que é uma micro, pequena ou média
empresa pode ser modificada, o que já foi feito diversas vezes pela legislação Brasileira, por
exemplo.
A Lei nº 9.841/99, que ficou conhecida como o Estatuto de MPE, em seu artigo 2º nos
incisos I e II define os critérios para o enquadramento de uma empresa em microempresa, e o
limite para ser considerada uma pequena empresa, como discorre:
I – microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14; II – empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma individual mercantil que tiver receita bruta anual superior a R$ 433.755,14 e igual ou inferior a R$ 2.133.222,00.
Este novo estatuto admite apenas firmas individuais que forem mercantis para o
enquadramento como ME ou EPP, excluindo o prestador de serviços que, segundo o Código
Comercial (Lei nº 556, de 25/6/1850) abrange as empresas comerciais e industriais.
2.2 RESULTADO ECONÔMICO
Sendo a Contabilidade uma ciência social aplicada, ela é descrita por Iudícibus (2010, p.
1) da seguinte forma:
A Contabilidade, na qualidade de ciência social aplicada, com metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente, seja pessoa física, entidade de finalidade não lucrativas, empresa, seja mesmo pessoa de Direito Público, tais como Estado, Município, União, Autarquia etc. tem um campo de atuação muito amplo.
É a Contabilidade, então, a ferramenta utilizada por investidores, administradores, bancos,
governo, ou qualquer outra pessoa ou entidade interessada em saber detalhes sobre a situação
financeira, econômica e/ou patrimonial de determinada entidade, e um dos pontos abordados por
ela e que altera o patrimônio da entidade, é o Resultado.
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Resultado Econômico, conforme Szuster (2009, p. 39), “deriva do confronto das receitas
com as despesas e, consequentemente, pode ser positivo – lucro –, se as receitas forem maiores
que as despesas, ou negativo – prejuízo –, se as receitas forem menores que as despesas”, ou seja,
o resultado é o saldo decorrente do cálculo das receitas, subtraindo as despesas, podendo obter-se
o lucro ou o prejuízo. Quando as receitas de um período são maiores do que as despesas no
mesmo período, acaba gerando riqueza pela empresa, essa riqueza é representada pelo lucro,
quando as despesas são maiores que as receitas, advém disso, a destruição das riquezas da
entidade, o prejuízo.
O período em questão, é o período contábil, que é denominado por Iudícibus (2010, p. 67)
como “espaço de tempo escolhido para que a Contabilidade mostre a situação patrimonial e
financeira na evolução dos negócios da empresa, quando de um ano, é também denominado
exercício social”, também chamado de exercício financeiro, exercício social. A Lei nº 6.404/76
institui como:
Art. 175. O exercício social terá duração de um ano e a data do término será fixada no estatuto. Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.
Para sabermos mais sobre a situação patrimonial econômica e/ou financeira de uma
entidade, a contabilidade nos fornece diversas demonstrações contábeis ou financeiras, dando
diversos detalhes, entre elas, as principais usadas para mensurar o patrimônio de uma empresa é o
Balanço Patrimonial, e para o resultado a principal é a Demonstração do Resultado do Exercício.
O Balanço Patrimonial objetiva demonstrar a real posição financeira da entidade em
questão, em determinado momento, e corroborar a capacidade da entidade de gerar caixa no
futuro, e segundo Iudícibus (2010, p. 2, 3), ele é composto por três elementos básicos, que são os
seguintes:
ATIVO – Compreende os recursos controlados por uma entidade e dos quais se esperam benefícios econômicos futuros. PASSIVO – Compreende as exigibilidades e obrigações. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Representa a diferença entre o ativo e passivo, ou seja, o valor líquido da empresa. [...] Portanto, é importante que as contas sejam classificadas no balanço de forma ordenada e uniforme, para permitir aos usuários uma adequada análise e interpretação da situação patrimonial e financeira. Visando atender a esse objetivo, a Lei nº 6.404/76, por meio dos arts. 178 a 182, definiu como deve ser a disposição de tais contas, seguindo,
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para o Ativo, a classificação em ordem decrescente de grau de liquidez, e para o Passivo, em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades, ou seja: no Ativo, são apresentadas em primeiro lugar as contas mais rapidamente conversíveis em disponibilidades, iniciando com o disponível (caixa e bancos), contas a receber, estoques, e assim sucessivamente; no Passivo, classificam-se em primeiro lugar as contas cuja exigibilidade ocorre antes.
Ou seja, as contas são dispostas em ordem decrescente de liquidez, no ativo, ou
decrescente de exigibilidade, no passivo, lembrando que a diferença entre o ativo e passivo,
resulta no patrimônio líquido, que é, caso viesse o fim das atividades da entidade, sobraria para os
acionistas, depois de utilizar o ativo para pagar o passivo da mesma.
Já a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), como o próprio nome diz, nos
mostra o resultado auferido pela entidade que emite a demonstração, como descreve Szuster
(2009, p. 147, 148):
A Demonstração de Resultado do Exercício é uma forma estruturada de se evidenciar a composição do resultado da entidade, ou seja, é um critério de se organizarem as receitas auferidas e as despesas incorridas no período. Ao apresentar o resultado (lucro ou prejuízo), a DRE evidencia a riqueza gerada pela entidade num determinado período (exercício), sabendo-se que essa riqueza pertence, ao fim das contas, aos acionistas da entidade. [...] A Demonstração de Resultado do Exercício é um resumo ordenado de receitas e despesas da empresa em determinado período, chegando-se ao lucro ou prejuízo. As receitas são representadas pelas vendas de produtos – bens e serviços – realizadas no período de referência (exercício), ainda que não tenham sido recebidas. Por sua vez, as despesas representam o esforço da entidade para conseguir sua receita do período sob exame, mesmo que não haja desembolso de recursos nesse mesmo período.
Resumidamente, a DRE nada mais é do que uma apresentação concisa das operações
concretizadas pela entidade no decorrer do exercício em questão, exprimindo no final o resultado
líquido, para avaliação do desempenho da mesma.
2.3 RESULTADO ECONÔMICO EM UMA MICRO EMPRESA
Para a NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, define o
Resultado (desempenho) da seguinte forma (2012, p. 11):
Desempenho é a relação entre receitas e despesas da entidade durante um exercício ou período. Esta Norma requer que as entidades apresentem seu desempenho em duas demonstrações: demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente. O
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resultado e o resultado abrangente são frequentemente usados como medidas de desempenho ou como base para outras avaliações, tais como o retorno do investimento ou resultado por ação. Receitas e despesas são definidas como se segue: Receitas são aumentos de benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de entradas ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos, que resultam em aumento do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aportes dos proprietários da entidade. Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimos no patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.
2.4 AJUSTE AVALOR PRESENTE
Sabendo-se que a contabilidade tem como objetivo transparecer a real condição
econômica e financeira das empresas, sendo que essas inseridas no mercado são expostas a riscos
quando se trata de suas operações, para se proteger de tais riscos, ainda que não completamente,
usa-se o Ajuste a Valor Presente para tal tarefa.
Justifica-se a confecção do presente trabalho, pois o tema é de suma importância para os
usuários das informações provindas da contabilidade, que, quando usado o AVP corretamente,
trazem os valores do patrimônio mais próximos da realidade, e assim fazendo com que essas
informações sejam mais úteis e ainda mais confiáveis.
O uso das informações da contabilidade baseadas em seu valor presente converge para o
desenvolvimento do valor preditivo da contabilidade, permitindo o apuro de ponderações a
respeito de acontecimentos pretéritos que já foram registrados, trazendo, assim, um
melhoramento no processo de reconhecimento dos eventos presentes (CPC 12, p. 2).
Fazendo-se o uso correto da técnica do AVP, tem-se um maior grau de relevância
proveniente das demonstrações contábeis, qualidade essa que se faz importante, já que dessas
informações baseiam-se as escolhas que serão feitas a respeito do futuro das entidades em
questão.
2.4.1 Lei nº 11.638/07
Desde janeiro de 2008 está vigorando a Lei nº 11.638/07, que alterou a Lei nº 6.404/76
cuja qual até então regia a contabilidade brasileira, com esta nova legislação vieram diversas
17 modificações, entre elas, a inserção da obrigatoriedade do Ajuste a Valor Presente, como discorre
a redação da própria 11.638/07:
Art. 183, VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. Art. 184, III – as obrigações, encargos e riscos classificados no passivo exigível a longo prazo serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.
Portanto evidencia-se que o AVP abrange os elementos do passivo e do ativo de longo
prazo fazendo ajustes capazes de evitar perda de qualquer valor, no futuro, que seja reflexo no
valor presente. Um problema que existia na contabilidade brasileira e que com o advento da Lei
11.638/07 buscou-se a solução, tem a ver com os juros introduzidos nas operações a prazo, de
acordo com Braga e Almeida (2008, p. 120):
As entidades, via de regra, vinham dando às transações a prazo o mesmo tratamento contábil das operações à vista, ignorando o custo do dinheiro ao longo do tempo, deixando de reconhecer despesas e receitas financeiras incluídas nas transações e apurando resultados distorcidos. Assim, quanto maior for a taxa de juros embutida e o prazo de vencimento da operação, maior tenderia a ser a distorção causada pela falta do ajuste a valor presente.
Justifica-se, assim, o ajuste a valor presente, incidindo nos valores transacionados, como
forma de manter o valor inicial.
2.4.2 O Que É Ajuste A Valor Presente
Para definir o que é AVP, faz-se necessário explicar, primeiramente, do que se trata valor
presente, e para definir isso, INGRAM e ALBRIGHT (2007) ilustram as diferenças entre valor
presente e valor futuro da seguinte forma:
Valor presente e valor futuro consideram as diferenças no momento em que o dinheiro é recebido ou pago e o valor presente do mesmo. Eles são baseados no conceito simples que um dólar recebido no futuro vale menos que um dólar recebido no momento presente. A diferença entre os dois depende dos valores da taxa de juros e o período de tempo. O montante investido hoje deve compensar o valor para que o investidor desista da utilização do montante investido. Quanto maior a taxa de juros exigida a partir de um investimento, maior será o valor futuro comparando com o valor presente. Quanto mais tempo um investidor esperar antes de receber o valor futuro, maior o valor no futuro deve ser em relação ao valor presente.
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Figura 1: Conceito de Valor Futuro e Valor Presente.
Fonte: adaptado de Imgram e Albright (2007).
Por definição do CPC em seu pronunciamento 12, Valor Presente “é a estimativa do valor
corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade”. E ainda no
mesmo pronunciamento ele define o objetivo do AVP como:
AVP: em como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos (ou montante equivalente; por exemplo, créditos que diminuam a saída de caixa futuro seriam equivalentes a ingressos de recursos). Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informações são requeridas: valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as condições contratados), data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto aplicável à transação (CPC 12, 2008, p. 12).
Desta forma, por analogia, compreende-se que o objetivo do AVP é verificar todas as
variantes que integram o processo e equalizar os valores evitando distorções atinentes as mesmas,
aquilo que faça referência aos valores. Para Barbosa (2009, p. 2) a intenção principal do valor
presente é que o dinheiro tem um valor ao longo do tempo, pois as pessoas e entidades optam por
receber valores diferentes no ato da operação ou em uma data ainda por vir, aí se dá o uso do
desconto para pagamentos à vista. Assim, cabe asseverar a conceituação de Abdel-Khalik (2004,
p. 77) sobre o que afirma ser o valor presente o resultado de um ou vários fluxos de caixa futuros
somados os juros para evitar perda de valor real.
Quantia investida em data presente
Valor
Futuro
Valor
Presente
Quanto maior a taxa de
juros, maior a diferença.
Quanto mais longo o
período, maior a diferença.
Quantia recebida no futuro
19
O mais importante na discussão sobre a aplicação da apreciação de valor presente não é a
exposição de quais passivos ou ativos são incluídos na norma, mas sim estabelecer quais
diretrizes gerais e que metas devem ser alcançadas. Portanto, os ativos e passivos que tiverem
uma ou mais características condizentes com as citadas no texto do CPC 12 (CPC, 2010, p. 4)
deverão estar sujeitos ao tocante do mesmo, de acordo com o escrito da norma:
a) Transação que dá origem a um ativo, a um passivo, a uma receita ou a uma despesa (conforme definidos na NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis deste CFC) ou outra mutação do patrimônio líquido cuja contrapartida é um ativo ou um passivo com liquidação financeira (recebimento ou pagamento) em data diferente da data do reconhecimento desses elementos; b) Reconhecimento periódico de mudanças de valor, utilidade ou substância de ativos ou passivos similares emprega método de alocação de descontos; c) Conjunto particular de fluxos de caixa estimados claramente associado a um ativo ou a um passivo;
Ainda definindo o que deve e não ser ajustado, os palestrantes da Semana Acadêmica de
Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Sul de 2009 Rodrigo La Rosa e
Michel Nowacki, mostram um quadro durante a sua apresentação que é bastante explicativo:
Quadro 1: Ativos e Passivos que devem ser expressos em Valor Presente.
São normalmente objeto de AVP Não são normalmente objeto de AVP
- Operações de vendas a clientes e compras de fornecedores em prazos superiores ao ciclo operacional da empresa; - Operações de parcelamento de impostos com parcelas prefixadas; - Contingências passivas com liquidação em data futura.
- Impostos diferidos; - Operações de vendas a clientes e compras de fornecedores em prazos condizentes com o ciclo operacional da empresa (30, 60, 90 dias); - Saldos credores de impostos, disponíveis para imediata compensação, mesmo que a realização seja prevista para data futura (ex: IR, IRRF, CSSL, PIS, COFINS, ICMS); - Operações de parcelamento de impostos cujas parcelas sejam atualizadas pela SELIC; - REFIS e outros parcelamento`s com liquidação atrelada a faturamento futuro; - Financiamento com o BNDES a taxas inferiores ás praticadas por outros bancos em outras modalidades de empréstimos; - Operações de mútuos entre empresas ligadas.
Fonte: La Rosa e Nowacki (2009).
20
O pronunciamento ainda diz que alguns ativos e passivos que não têm a possibilidade de
serem trazidos a valor presente, por tratarem-se de recebíveis ou pagáveis que não tenham um
prazo determinado, ou com alguma dificuldade ou impossibilidade na determinação da data em
que o pagamento irá ocorrer. Como o caso de vários contratos de mútuos entre dois agentes que
não tenha uma data definida para se dar o término, o que certamente, impossibilitará a
mensuração do AVP.
Para QUEIROZ, OLIVEIRA, MEDEIROS et al. (2010, p. 1) “Esta avaliação [dos ativos e
passivos] tem como objetivo apresentar o valor do ativo e passivo a valores condizentes com os
da data da publicação do Balanço Patrimonial ou na data do encerramento do exercício”, ou seja,
mostrar os valores de fluxos de caixa futuros a valor presente. Os mesmos autores ainda
recomendam que para a aplicação do AVP devam ser seguidos alguns fatores importantes, como
o de identificar quais os elementos deverão ser ajustados, do ativo e do passivo, em qual
momento deve ser feito o ajuste, entre outros.
Segundo MORIBE, PANOSSO e MARRONI (2007):
Com a utilização da técnica de ajuste a valor presente, as contas do Ativo e Passivo são avaliadas por critérios que possibilitam apresentá-las a valores coincidentes com a data de cada transação, atendendo, assim, o Princípio do Denominador Comum Monetário. [...] Considerando o impacto que os juros pré-fixados provocam nas transações, as demonstrações contábeis, ao serem elaboradas em dado período, não refletem a realidade daquele momento. Desse modo, torna-se importante que tais transações [...] sejam traduzidas a valor presente nos respectivos registros contábeis, fazendo o expurgo dos juros embutidos, tornando os valores compatíveis à época da transação.
Ou seja, o AVP faz com que as demonstrações contábeis traduzam a realidade da empresa
no momento da elaboração de suas demonstrações, levando em conta os efeitos dos juros nessas
operações que foram trazidas ao seu valor presente, mas tirando os juros que ainda não incidiram
sobre o processo, por serem representativos a uma data vindoura.
Uma limitação evidenciada é a entre o custo e o benefício no uso do AVP, pois segundo a
NBC T 1 (Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis)
em seu item 44 que discorre sobre o assunto, e diz que deve haver um equilíbrio dentre custo e
benefício, pois os benefícios trazidos pela informação não devem extrapolar o custo de
confeccioná-la, o que pode ser uma tarefa complicada devido ao fato de se tratar de um exercício
de avaliação por parte dos responsáveis.
21 2.4.3 Classificação
Quanto à classificação no balanço, quando o valor de algum Ativo ou Passivo não
Circulante não for relevante em arrolamento com as outras contas inseridas no Balanço, esta
poderá ser representada pelo valor absoluto dos seus subgrupos, contendo uma indicação da
importância das esperadas perdas das quais estão reduzidas. Mas quando uma dessas contas
constantes, conterem uma relevância maior, esta deverá ser, então, destacada no Balanço. E ainda
se o valor total do Ativo não Circulante não for relevante levando em consideração a situação
patrimonial ou financeira da empresa, ele pode ser apontado por apenas um valor.
Se o ajuste for realizado em 2010, ele deverá, obrigatoriamente, ser realizado também no
ano de 2009, para efeitos comparativos, pois o ajuste é retrospectivo, conforme o CPC 23 –
Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro transcorre em seu texto:
“Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, a outros eventos e a
condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada”.
2.4.4 Taxa de Juros
A taxa de juros é o “preço” do dinheiro, e para o seu uso correto, busca-se uma paridade
em que se evidenciem os valores praticados no início e que os mesmos não tenham alteração ao
final do processo. E ainda se faz imprescindível estimar a taxa dessa operação, levando em conta
as taxas de juros praticadas no mercado. Até mesmo em casos em que os integrantes da operação
assegurem que as importâncias a prazo e à vista são iguais, deve ser mensurado o AVP e ainda se
for proeminente, registrado.
A taxa de juros é descrita por Mereniuk (2003, p. 42) da seguinte forma:
A capitalização de juros e das taxas de juros não é merda prática para a obtenção do lucro; ela em muito se distancia dos períodos aristotélico e de S. Tomás de Aquino. É na atualidade, a expressão resultante da incerteza quanto ao futuro das taxas de juros, que, devido à complexa evolução histórica do sistema financeiro, aliado à evolução tecnológica da informatização, confirma uma nova usura, a usura na velocidade do tempo, como bem define a visão keynesiana: “...pudéssemos, pois, prever com certeza, todas as taxas que iriam dominar no futuro, todas as taxas vindouras poderiam ser inferidas das taxas presentes para as dívidas de diversos vencimentos e estas se ajustariam ao valor conhecido das taxas futuras”.
22
Portanto, conclui-se que os juros colocados nas operações não são somente visando à
obtenção de lucro, mas são usados como uma forma de os envolvidos se protegerem da incerteza
do futuro.
O texto do Pronunciamento Técnico CPC 01 trata que a taxa de desconto deve ser:
53) A taxa (ou as taxas) de desconto deve(m) ser a taxa (ou as taxas) antes dos impostos, que reflita(m) as avaliações atuais de mercado: (a) do valor da moeda no tempo; e (b) dos riscos específicos do ativo para os quais as futuras estimativas de fluxos de caixa não foram ajustadas. 54) Uma taxa que reflita avaliações atuais de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo é o retorno que os investidores exigiriam se eles tivessem que escolher um investimento que gerasse fluxos de caixa de montantes, tempo e perfil de risco equivalente àqueles que a entidade espera extrair do ativo. Essa taxa é estimada a partir de taxas implícitas em transações de mercado atuais para ativos semelhantes, ou ainda do custo médio ponderado de capital de uma companhia aberta que tenha um ativo único, ou uma carteira de ativos semelhantes em termos de potencial de serviço e de riscos do ativo sob revisão. Entretanto, se os fluxos estiverem em moeda de poder aquisitivo constante, ou ajustados por determinados riscos, a(s) taxa(s) de desconto utilizada(s) para mensurar o valor de um ativo em uso não deve(m) refletir a inflação projetada e os riscos para os quais as futuras estimativas de fluxos de caixa já tiverem sido ajustadas. Caso contrário, o efeito de algumas premissas será levado em consideração em duplicidade. 55) Quando uma taxa de um ativo específico não estiver diretamente disponível no mercado, a entidade deve usar substitutos para estimar a taxa de desconto. [...]
Portanto, entende-se que a taxa que será aplicada em uma operação de AVP de passivos e
ativos não pode ser líquida de decorrência fiscal, mas antes dos tributos, incluindo nela os riscos
possivelmente atrelados a operação, e ainda vale a pena salientar que, uma vez estipuladas as
taxas, ela não podem mais ser alteradas durante o decorrer do tempo. E quanto às diferenças
temporárias entre o alicerce contábil e fiscal de passivos e ativos ajustados a valor presente, elas
precisam atender as regras contábeis vigorantes para que possa ocorrer a consideração e
mensuração do imposto de renda e contribuição social que serão diferidos.
Já se tratando do tipo de taxa de juros a ser aplicada no cálculo do AVP, chega-se a dois
tipos diferentes de taxas, as taxas explícitas, que já vem constante no contrato; ou, taxas
implícitas, que não são descritas no contrato mas que são introduzidas no preço inicial da
operação. Em qualquer dos processos, se faz necessário o uso de uma taxa de desconto que
conjeture juros compatibilizados com a tipologia da operação, os riscos e o tempo de durabilidade
do processo, levando ainda em conta as taxas vigentes mercadologicamente.
23
Quando são utilizadas informações para fins contábeis que tenham como base o fluxo de
caixa e o valor presente, improbabilidades intrínsecas são obrigatoriamente levadas em conta,
para destino de mensuração. Da mesma maneira, o “custo” que os integrantes do mercado estão
preparados a “cobrar” para assumirem os riscos sobrevindos das incertezas ligadas aos fluxos de
caixas (“prêmio pelo risco” na linguagem financeira) tem que ser avaliado da mesma forma.
Quando essa parte é deixada de lado acontece a produção de uma informação contábil conflitante
com a realidade.
Há ainda situações em que não se consegue obter uma estimativa de confiança para a
recompensa pelo risco, ou ainda, o valor estimado pode ser acanhado em relação a potenciais
erros dos fluxos de caixa estimados, somente nesse tipo de caso pode ser obtido o valor presente
desses fluxos de caixa que são esperados podem ser alcançados adotando-se uma taxa de
desconto que conjeture apenas com a taxa de juros livre de risco, mas deve ser divulgado o fato e
as razões que puxaram para o uso desse procedimento.
Vale a pena salientar que o uso de uma taxa de juros padrão para todas as operações
envolvendo passivos e ativos não é plausível, ainda que o uso de uma taxa padrão para um grupo
de passivos e ativos com peculiares similares, seja admissível, já que essa utilização elucubra a
taxa que é comumente aplicável. Isso por se tratar de um grupo menor de subdivisões tornando,
assim, com aplicabilidades passíveis de ocorrer com maior propriedade. Lembrando ainda que
após a adoção de uma taxa de juros para determinada operação, ela não poderá mais ser trocada
até o término da operação.
2.4.5 Contabilização e Reflexos Contábeis
Conforme IUDÍCIBUS (et al. 2010) explica, o AVP, em transações para contas ativas,
deve ser registrado no período derradeiro da operação, e essa contabilização não aplica-se apenas
para transações de vendas de serviços, produtos ou mercadorias, mas do mesmo modo para às
operações de venda de qualquer ativo cujo o valor da venda difere do valor à vista, assim como se
aplica a qualquer crédito, não importando para isso, a sua natureza.
Já a contabilização do AVP nas contas passivas, segundo IUDÍCIBUS (et al. 2010), é
feita através do método do custo amortizado, ou seja, o valor vai sendo apropriado período por
período ao resultado, até mesmo sendo essa, uma conta passiva. A operação é registrada através
24 do seu valor líquido, que nada mais é do que o valor da operação sem os juros, e o saldo dessa
conta retificadora vai aumentará na medida em que os juros vão sendo apropriados pelo
resultado, até o momento em que essas contas retificadoras fiquem zeradas.
Quanto aos efeitos contábeis após o registro da operação, passado algum tempo, as
normas internacionais tratam da utilização do método que contém a taxa efetiva de juros
exatamente quando ocorrer o registro inicial de tal operação, deste modo, os juros inseridos nela,
que poderão ser receita ou despesa financeira, precisam ser contabilizados em concordância com
a taxa efetiva da transação.
Os componentes não monetários precisam ser registrados pelo valor presente acurados no
momento em que se realizar a operação relacionada, podendo o registro ser efetuado por meio de
uma conta retificadora ou, ainda, pelo valor líquido.
2.4.6 O Ajuste a Valor Presente e a Inflação
Ainda pode se considerar que o AVP é uma das ferramentas que o contador tem para se
proteger da inflação, pois sem o uso da correção monetária desde 1995, quando essa prática foi
extinta pela Lei nº 9.249/95, que segundo a redação da mesma, ficou proibido o uso de qualquer
tipo de correção monetária das demonstrações financeiras, até mesmo para fins societários.
Corroborando com esse pensamento Szuster (et al. 2009):
“O problema [na mensuração de valores passados] reside em trazer o valor passado a valor presente, anulando o efeito inflacionário, por dois motivos principais: os índices de inflação são medidos e divulgados por órgãos governamentais, normalmente, sofrem influência de pressões políticas, distorcendo o verdadeiro impacto da inflação sobre os preços; e mesmo não havendo pressões políticas, o segundo problema é inevitável, qual seja, a discrepância entre a variação geral e a variação específica de preços, devendo a empresa escolher um índice. [...] Outro grande problema, relacionado à mensuração a valores passados, é a proibição de se reconhecer, na Contabilidade (para fins de apuração de tributos e distribuição de dividendos), os impactos da inflação. Isso ocorre hoje, no Brasil, por determinação da Lei nº 9.249/95. Os itens que compões o patrimônio da entidade devem ser contabilizados a valores históricos, vedada a correção monetária. Embora a inflação acumulada medida pelo IGP-M, desde 1º/1/1996 até 31/3/2008, tenha sido de 209,88%.
2.5 CASO PRÁTICO DE AJUSTE A VALOR PRESENTE
25
Para facilitar o entendimento no que tange a aplicação do Ajuste a Valor Presente e sua
respectiva contabilização, usaremos um exemplo bastante didático fornecido pelos autores
Novochadlo e Teodoro (2011) que descorre “Uma empresa efetuou uma venda a prazo em 10-04-
2010, no valor de R$ 100.000,00 com vencimento da duplicata para 20-05-2010, a taxa de 5%
a.m.”. A seguir seguem as tabelas com os cálculos e contabilizações dos mesmos autores:
Tabela 1 – Cálculo do Valor Presente
Fonte: Novochadlo e Teodoro (2011).
Nessa tabela são demonstrados os valores de uma operação de venda, no valor de
100.000,00, considerando uma taxa de juros de 5% ao mês, que ajustando ao seu valor presente
na data da venda teria um desconto de 6.298,27, caso fosse quitado nessa data. Já no dia do
balanço, é apropriado 3.097,92 que sai da conta de Ajuste a Valor Presente, que é uma conta
redutora da conta de Clientes, esse valor é a apropriação de parte do desconto que, se fosse
quitado nessa data (30/04/2010) o cliente “perderia” 3.097,92 dos 6.298,27 que teria direito se
pagasse o valor à vista.
No vencimento da duplicata é feito a apropriação do resto do valor ajustado a valor
presente na data da venda.
26
Tabela 2 - Demonstração das fórmulas do Excel
Fonte: Novochadlo e Teodoro (2011).
Tabela 3 - Plano de Contas
Fonte: Novochadlo e Teodoro (2011).
27
Tabela 4 - Lançamentos no Livro Diário
Fonte: Novochadlo e Teodoro (2011).
Tabela 5 - Balanço Patrimonial
Fonte: Novochadlo e Teodoro (2011).
28 3. INTERVENÇÃO
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ESTAGIADA
A empresa escolhida para a realização do presente trabalho é uma microempresa, com
sede situada em Porto Alegre, com 27 anos de atividade, cujo nome ficará não será exposto para
que a marca da mesma seja poupada de qualquer resultado que possa advir do presente trabalho,
portanto vamos denomina-la para fins ilustrativos de YYZ Ltda.
A missão da empresa YYZ é “atender aos mercados nacional e internacional com
embalagens com elevado padrão de desempenho, contribuindo para o aumento da qualidade e
segurança dos produtos dos nossos clientes”.
A empresa tenta alinhar todas suas atividades com a sua visão é “estar entre as maiores e
melhores empresas do mercado embalagens contribuindo para eliminar as perdas com danos no
transporte de produtos”.
A empresa YYZ atua no setor de embalagens, desde papelão, isopor, plástico entre outros
materiais, atua na região sul do Brasil, e exporta para Argentina, Uruguai e Chile. Apesar de se
encaixar como uma microempresa, 2012 foi o último ano que ela se encaixa como tal, a direção
da empresa já prevê crescimento de 20% a 30% nas vendas para o atual exercício, fato esse que
vem se confirmando nos resultados mensais da companhia.
Um dos pontos que chamam a atenção é que o AVP nunca tinha sido cogitado dentro da
empresa, até porquê a contabilidade ainda é terceirizada, e portanto alguns pontos fogem ao foco
deles, portanto a aplicação do AVP nos números da empresa ajudará a trazê-los mais próximos da
realidade.
3.2 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A problemática levantada no presente trabalho trata do Ajuste a Valor Presente em
microempresas, aplicando o cálculo nas demonstrações de determinada empresa, para esse
trabalho utilizamos o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício,
comparando então as demonstrações antes, e depois da aplicação do AVP, para analisar-se as
diferenças e os resultados entre ambos.
29 3.2.1 Resultado econômico da empresa estagiada
O resultado econômico da empresa estagiada vem crescendo ano a ano, e no último
exercício (de 2012) alcançou o número de R$ 63.574, valor esse, líquido. A receita aumentou,
mas além disso, um dos fatores favoráveis ao resultado, foi que as despesas e custos não
aumentaram na mesma proporção, o que dá uma maior liquidez à empresa.
3.2.2 Cálculo do AVP da empresa estagiada
Será demonstrado abaixo os cálculos nas contas usadas no presente estudo, que são
clientes, fornecedores e receita, foram usados os relatórios auxiliares da empresa das respectivas
contas e calculado então o valor presente dos mesmos, demonstrando o total a ser ajustado em
cada conta.
Todos os cálculos foram feitos utilizando a Taxa de juros de Certificados de Depósitos
Interbancários, a CDI, acumulada de 01/01/2012 até 31/12/2012, que era 8,37% (http://
http://www.cetip.com.br/), que transformada para diária, fica em 0,0223%, que é o valor que
utilizamos para os cálculos, usando como base os dias até a data do vencimento do respectivo
documento.
3.2.2.1 Ajuste a Valor Presente na conta de Clientes
Abaixo segue a posição de clientes da empresa YYZ em 31/12/2012:
30
Tabela 6 - Cálculo do AVP de Clientes Dias NF AVP
Valor
PresenteDias NF AVP
Valor
PresenteDias NF AVP
Valor
Presente
2 3.874,50 1,73 3.872,77 55 500,00 6,10 493,90 376 2.336,10 188,12 2.147,98
3 6.411,67 4,29 6.407,38 58 1.019,91 13,12 1.006,79 384 4.529,85 372,20 4.157,64
4 4.339,12 3,87 4.335,25 62 3.388,05 46,58 3.341,47 385 3.161,89 260,45 2.901,44
5 1.076,78 1,20 1.075,58 66 2.000,53 29,26 1.971,27 391 1.434,12 119,89 1.314,23
6 2.000,53 2,68 1.997,85 70 1.502,40 23,30 1.479,10 393 986,64 82,89 903,75
7 1.602,17 2,50 1.599,67 71 2.572,98 40,47 2.532,51 406 435,65 37,76 397,89
8 5.960,93 10,64 5.950,29 72 2.793,71 44,55 2.749,16 424 586,44 52,97 533,47
9 1.428,92 2,87 1.426,05 80 514,68 9,11 505,57 452 1.195,24 114,74 1.080,50
10 9.980,56 22,26 9.958,30 83 1.000,00 18,36 981,64 483 1.813,17 185,37 1.627,80
11 4.138,10 10,15 4.127,95 87 445,52 8,57 436,95 485 790,60 81,14 709,46
12 4.588,18 12,28 4.575,90 88 537,26 10,45 526,81 513 2.440,37 264,11 2.176,26
13 74,95 0,22 74,73 96 2.000,53 42,42 1.958,11 748 7.703,69 1.184,92 6.518,77
14 3.455,47 10,78 3.444,69 100 1.502,38 33,17 1.469,21 751 3.917,25 604,74 3.312,51
15 2.359,62 7,89 2.351,73 102 2.793,71 62,91 2.730,80 754 7.598,65 1.177,37 6.421,28
17 4.599,51 17,43 4.582,08 110 514,68 12,49 502,20 758 3.444,33 536,28 2.908,05
18 1.202,39 4,82 1.197,57 114 1.000,00 25,13 974,87 764 3.613,77 566,75 3.047,02
19 23.799,72 100,75 23.698,97 118 1.034,47 26,90 1.007,57 771 1.902,95 300,95 1.602,00
20 7.150,44 31,86 7.118,58 126 2.000,53 55,50 1.945,03 772 1.156,83 183,17 973,66
21 304,68 1,43 303,25 132 2.794,23 81,15 2.713,08 781 527,78 84,46 443,32
25 998,81 5,56 993,25 140 514,81 15,84 498,96 809 527,78 87,22 440,56
27 1.394,70 8,38 1.386,32 144 1.000,00 31,64 968,36 840 527,78 90,26 437,52
28 2.915,69 18,17 2.897,52 148 549,66 17,87 531,79 870 527,78 93,18 434,60
32 3.387,03 24,11 3.362,92 156 2.000,99 68,50 1.932,49 1095 1.066,00 231,21 834,79
33 998,82 7,33 991,49 162 745,78 26,49 719,29 1143 3.337,75 751,82 2.585,93
34 2.800,26 21,18 2.779,08 171 527,78 19,77 508,01 1275 3.076,97 762,31 2.314,66
35 2.548,64 19,84 2.528,80 175 1.000,00 38,32 961,68 1305 3.723,13 941,09 2.782,04
36 2.000,53 16,02 1.984,51 201 527,78 23,16 504,62 1504 3.142,91 896,50 2.246,41
40 1.502,40 13,36 1.489,04 232 527,78 26,64 501,13 1520 3.945,99 1.135,63 2.810,36
41 870,72 7,93 862,79 263 527,78 30,10 497,68 1830 3.612,69 1.211,78 2.400,91
42 2.793,71 26,08 2.767,63 293 527,78 33,42 494,36 1852 3.642,49 1.233,64 2.408,85
45 2.360,33 23,60 2.336,73 324 527,78 36,83 490,95 1904 3.517,76 1.218,25 2.299,51
48 1.277,66 13,62 1.264,04 354 527,78 40,11 487,67 2204 3.141,98 1.221,18 1.920,80
50 514,68 5,71 508,97 365 1.066,00 83,43 982,57 2209 4.440,84 1.729,03 2.711,81
51 959,16 10,86 948,30 371 2.541,00 202,01 2.338,99 3287 3.890,84 2.023,15 1.867,69
Dias NF AVPValor
Presente
Total 250.397,65 21.779,63 228.618,02 Elaborado pelo autor.
3.2.2.2 Ajuste a Valor Presente na conta de Fornecedores
Abaixo segue a posição de fornecedores, com os respectivos cálculos necessários para
trazerem os valores ao presente, com os valores líquidos e dos ajustes necessários:
31
Tabela 7 - Cálculo do AVP de Fornecedores
Codigo VencLíquid Vlr doc Dt.lçto. Dias Líquido AVP Meses
9935 12.01.2020 (45.802,00) 28.12.2012 (2.568) (25.814,66) (19.987,34) 86
9515 31.01.2015 (600,25) 09.01.2012 (761) (506,45) (93,80) 26
9542 01.01.2014 (2.980,00) 17.05.2011 (366) (2.746,16) (233,84) 13
9515 31.01.2015 (377,50) 05.07.2012 (761) (318,51) (58,99) 26
9515 31.01.2013 (417,00) 05.07.2012 (31) (414,12) (2,88) 2
9515 31.01.2013 (311,20) 06.07.2012 (31) (309,05) (2,15) 2
9515 31.01.2018 (318,90) 06.07.2012 (1.857) (210,66) (108,24) 62
9515 31.01.2013 (314,20) 09.07.2012 (31) (312,03) (2,17) 2
9515 31.01.2013 (366,40) 10.07.2012 (31) (363,87) (2,53) 2
9515 31.01.2013 (339,20) 10.07.2012 (31) (336,86) (2,34) 2
9515 31.01.2013 (329,40) 10.07.2012 (31) (327,13) (2,27) 2
9519 31.01.2013 (192,90) 10.07.2012 (31) (191,57) (1,33) 2
9515 31.01.2013 (360,90) 10.07.2012 (31) (358,41) (2,49) 2
9515 31.01.2013 (354,30) 10.07.2012 (31) (351,86) (2,44) 2
9515 31.01.2013 (585,20) 10.07.2012 (31) (581,16) (4,04) 2
9515 31.01.2013 (742,30) 11.07.2012 (31) (737,18) (5,12) 2
9515 31.01.2016 (345,10) 11.07.2012 (1.126) (268,38) (76,72) 38
9515 31.01.2017 (533,10) 11.07.2012 (1.492) (382,06) (151,04) 50
9515 31.01.2013 (789,80) 11.07.2012 (31) (784,35) (5,45) 2
9515 31.01.2018 (559,70) 11.07.2012 (1.857) (369,73) (189,97) 62
9515 31.01.2017 (336,10) 11.07.2012 (1.492) (240,87) (95,23) 50
9515 31.01.2017 (362,50) 11.07.2012 (1.492) (259,79) (102,71) 50
9515 31.01.2017 (336,20) 11.07.2012 (1.492) (240,95) (95,25) 50
9513 31.01.2019 (1.430,80) 11.07.2012 (2.222) (871,19) (559,61) 75
9515 31.01.2013 (355,10) 11.07.2012 (31) (352,65) (2,45) 2
9515 31.01.2013 (312,80) 11.07.2012 (31) (310,64) (2,16) 2
9515 31.01.2013 (323,10) 11.07.2012 (31) (320,87) (2,23) 2
9515 31.01.2013 (739,60) 11.07.2012 (31) (734,50) (5,10) 2
9515 31.01.2013 (600,10) 11.07.2012 (31) (595,96) (4,14) 2
9515 31.01.2013 (529,00) 11.07.2012 (31) (525,35) (3,65) 2
9515 31.01.2015 (3.354,30) 11.07.2012 (761) (2.830,14) (524,16) 26
9515 31.01.2016 (3.541,20) 12.07.2012 (1.126) (2.753,99) (787,21) 38
9515 31.01.2017 (5.100,30) 12.07.2012 (1.492) (3.655,25) (1.445,05) 50
9515 31.01.2019 (5.602,70) 12.07.2012 (2.222) (3.411,39) (2.191,31) 75
9515 31.01.2020 (6.400,60) 12.07.2012 (2.587) (3.592,20) (2.808,40) 87
9519 31.01.2014 (2.194,70) 13.07.2012 (396) (2.008,98) (185,72) 14
9514 31.01.2015 (726,50) 13.07.2012 (761) (612,97) (113,53) 26
9515 31.01.2014 (700,20) 13.07.2012 (396) (640,95) (59,25) 14
9515 31.01.2014 (478,60) 13.07.2012 (396) (438,10) (40,50) 14
9515 31.01.2014 (323,30) 13.07.2012 (396) (295,94) (27,36) 14
9515 31.01.2013 (924,00) 13.07.2012 (31) (917,63) (6,37) 2
9515 31.01.2013 (403,00) 13.07.2012 (31) (400,22) (2,78) 2
9515 31.01.2013 (390,00) 13.07.2012 (31) (387,31) (2,69) 2
8623 28.01.2013 (101,95) 21.12.2012 (28) (101,31) (0,64) 1
11346 28.03.2013 (195,00) 05.12.2012 (87) (191,25) (3,75) 3
(92.381,00) (30.006,39)
Elaborado pelo autor.
32 3.2.2.3 Ajuste a Valor Presente na Receita
Abaixo segue o resumo da posição da conta de Receita da empresa em 31/12/2012:
Tabela 8 - Cálculo AVP da Receita
Dias NF AVP Valor
Presente
3 230,26 0,15 230,11
26 63,59 0,37 63,22
29 11.031,91 71,20 10.960,71
31 716,82 4,94 711,88
40 75,20 0,67 74,53
42 1.130,24 10,55 1.119,69
48 29.790,00 317,57 29.472,43
50 1.617,86 17,96 1.599,90
61 9.523,33 128,83 9.394,50
62 1.186,61 16,31 1.170,29
63 803,61 11,23 792,39
88 1.113,80 21,67 1.092,13
93 780,58 16,04 764,54
121 7.105,96 189,41 6.916,55
122 10.022,11 269,32 9.752,79
162 87,79 3,12 84,67
199 8.140,96 353,81 7.787,16
210 4.870,83 223,12 4.647,71
242 40.300,50 2.119,81 38.180,69
321 4.546,35 314,45 4.231,91
353 9.898,82 750,25 9.148,57
413 4.116,11 362,59 3.753,52
597 715,53 89,30 626,24
759 404,94 63,12 341,81
791 7.885,62 1.276,66 6.608,96
823 7.853,58 1.318,34 6.535,24
1157 4.145,71 943,83 3.201,88
1461 4.726,49 1.315,61 3.410,87
1509 12.581,19 3.598,75 8.982,45
1522 12.899,72 3.716,55 9.183,16
1583 4.122,06 1.227,31 2.894,75
1874 11.584,37 3.960,92 7.623,45
2239 4.726,87 1.859,67 2.867,20
Total 218.799,31 24.573,44 194.225,87
Elaborado pelo autor.
33
3.2.3 Contabilização
As contabilizações afetam contas do ativo, o passivo além de contas do resultado, mas
fica claro que todo o Ajuste a Valor Presente, quando efetuado de maneira correta, afeta
diretamente o resultado, pois sempre envolve uma receita ou uma despesa financeira, pois é isso
que representa o AVP em sua essência, uma receita ou despesa, quanto á operação financeira no
tempo.
Com o objetivo de ser mais didático, é apresentado a seguir uma tabela demonstrando as
contabilizações utilizadas para fazer os ajustes nas respectivas contas, para melhor análise, está
disposta além das contas e dos valores, a natureza das contas, assim é mais fácil ter uma ideia de
onde os ajustes terão efeito diretamente:
Quadro 2 - Contabilizações efetuadas
Contas Natureza Montante
Fornecedores D - AVP sobre fornecedores
Redutora do passivo 30.006
C - Receita Financeira DRE (30.006)
Clientes
D - Despesa Financeira DRE 21.780
C - AVP sobre clientes Redutora do ativo (21.780)
Receitas
D - Receita sobre vendas DRE 24.573
C - Receita Financeira DRE (24.573) Elaborado pelo autor.
3.2.4 Comparação dos resultados
Abaixo será feita a análise dos efeitos dos ajustes calculados anteriormente nas contas de
clientes, fornecedores e receita, além de seus respectivos efeitos no Balanço Patrimonial e na
Demonstração de Resultado do Exercício:
34
Tabela 9 - Balanço Patrimonial antes do AVP
Ativo 31.12.2012 31.12.2011 Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 63.016 47.136 Clientes 250.398 187.297 AVP de Clientes - - Estoques 128.568 84.733 Adiantamentos a Fornecedores 23.523 17.595 Impostos a recuperar 151.547 113.357 Outras contas a receber 25.172 18.829
642.223 468.947
Não circulante Impostos a Recuperar 5.057 3.783 Outros Ativos Não Circulantes 3.250 2.431 Investimentos 14.786 11.060 Imobilizado 15.735 11.770 Intangível 4.409 3.298
43.237 32.342
Total Ativo 685.461 501.289
Passivo 31.12.2012 31.12.2011 Circulante
Financiamentos e empréstimos 111.347 83.288 Fornecedores 92.381 92.592 AVP de Fornecedores - - Adiantamento de clientes 32.930 24.632 Obrigações com pessoal 13.607 10.178 Impostos e contribuições a recolher 19.882 14.872 Contas a pagar 36.986 27.666 Outras Provisões e contas a pagar 10.188 7.621
317.322 260.848 Não circulante
Impostos e contribuições a recolher 1.908 1.427 1.908 1.427
Total Passivo 319.229 262.274
Patrimônio líquido Capital social 202.842 151.726 Lucros Acumulados 163.390 87.288
366.232 239.014 Elaborado pelo autor.
35
Tabela 10 - Demonstração de Resultado do Exercício antes do AVP
DRE 31/12/2012 31/12/2011
Receita 218.799 126.466
Custo das vendas (107.045) (61.872)
Lucro bruto 111.754 64.594
Despesas de vendas (27.035) (23.629)
Despesas gerais e administrativas (15.548) (13.589)
Outras (despesas) receitas (274) (239)
Equivalência Patrimonial 940 822
Resultado antes das receitas (despesas) financeiras líquidas, e impostos
69.838 27.959
Receitas financeiras 932 815
Despesas financeiras (2.184) (1.909)
Receitas (despesas) financeiras líquidas (1.252) (1.094)
Resultado antes dos impostos 68.586 26.865
Imposto de renda e contribuição social - -
Imposto de renda e contribuição social diferidos 7.515 6.569
Resultado do período 76.101 33.433 Elaborado pelo autor.
Tabela 11 Balanço Patrimonial depois do AVP
Ativo 31.12.2012 31.12.2011 Ajustes Ajustado
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 63.016 47.136 - 63.016
Clientes 250.398 187.297 - 250.398
AVP de Clientes - - 21.780 (21.780)
Estoques 128.568 84.733 - 128.568
Adiantamentos a Fornecedores 23.523 17.595 - 23.523
Impostos a recuperar 151.547 113.357 - 151.547
Outras contas a receber 25.172 18.829 - 25.172
642.223 468.947 21.780 620.443
Não circulante
Impostos a Recuperar 5.057 3.783 - 5.057
Outros Ativos Não Circulantes 3.250 2.431 - 3.250
Investimentos 14.786 11.060 - 14.786
Imobilizado 15.735 11.770 - 15.735
Intangível 4.409 3.298 - 4.409
43.237 32.342 - 43.237
Total Ativo 685.461 501.289 21.780 663.681
36
Passivo 31.12.2012 31.12.2011 Ajustes Ajustado
Circulante
Financiamentos e empréstimos 111.347 83.288 - 111.347
Fornecedores 92.381 92.592 - 92.381
AVP de Fornecedores - - (30.006) (30.006)
Adiantamento de clientes 32.930 24.632 - 32.930
Obrigações com pessoal 13.607 10.178 - 13.607
Impostos e contribuições a recolher 19.882 14.872 - 19.882
Contas a pagar 36.986 27.666 - 36.986
Outras Provisões e contas a pagar 10.188 7.621 - 10.188
317.322 260.848 (30.006) 287.315 Não circulante
Impostos e contribuições a recolher 1.908 1.427 - 1.908
1.908 1.427 - 1.908
Total Passivo 319.229 262.274 (30.006) 289.223
Patrimônio líquido
Capital social 202.842 151.726 - 202.842
Lucros Acumulados 163.390 87.288 8.227 171.616
366.232 239.014 8.227 374.459 Elaborado pelo autor.
Tabela 12 - Demonstração de Resultado do Exercício depois do AVP
Demonstração de Resultado do Exercício 31/12/2012 31/12/2011 Ajustes Ajustado
Receita 218.799 126.466 (24.573) 194.226
Custo das vendas (107.045) (61.872) - (107.045)
Lucro bruto 111.754 64.594 (24.573) 87.181
Despesas de vendas (27.035) (23.629) - (27.035)
Despesas gerais e administrativas (15.548) (13.589) - (15.548)
Outras (despesas) receitas (274) (239) - (274)
Equivalência Patrimonial 940 822 - 940
Resultado antes das receitas (despesas) financeiras líquidas, e impostos
69.838 27.959 (24.573) 45.264
Receitas financeiras 932 815 54.580 55.512
Despesas financeiras (2.184) (1.909) (21.780) (23.964)
Receitas (despesas) financeiras líquidas (1.252) (1.094) 32.800 31.548
Resultado antes dos impostos 68.586 26.865 8.227 76.813
Imposto de renda e contribuição social - - - -
Imposto de renda e contribuição social diferidos 7.515 6.569 - 7.515
Resultado do período 76.101 33.433 8.227 84.328
Elaborado pelo autor.
37
4. CONCLUSÃO E SUGESTÕES
No presente trabalho falou-se sobre a importância das microempresas para a economia
Brasileira, e infelizmente a contabilidade não é uma das prioridades para tais empresas, que vêem
a contabilidade como uma espécie de “mal necessário”, usada apenas por exigência legal, o que
faz com que essas organizações deixem de usufruir dos benefícios de uma contabilidade bem
aplicada. O Ajuste a Valor Presente é uma dentre as muitas ferramentas advindas da
contabilidade que podem ser utilizadas para melhorar a visão da saúde financeira da empresa, e
ainda até mesmo melhorar os resultados da mesma.
Depois de calculados, os ajustes foram contabilizados e ficou evidente os efeitos, tanto no
Balanço Patrimonial quanto na Demonstração de Resultado do Exercício, o resultado da empresa,
no fim de tudo, ficou R$ 8.227 maior, o que para uma microempresa é um valor bastante
significativo. A administração da empresa informou que de agora em diante adotará o cálculo do
AVP uma das políticas aplicadas na contabilidade assim que a mesma deixar de ser terceirizada,
que conforme o cronograma da empresa, acontecerá no segundo semestre de 2013.
Mas apenas o valor a mais no resultado que deve ser considerado como benefício do
presente trabalho para a empresa YYZ, pois agora, têm-se uma visão mais clara e apurada dos
seus números no momento da elaboração das Demonstrações Contábeis. Concluindo, o impacto
econômico, foi um resultado R$ 8.227 melhor do que o resultado antes dos ajustes e seus efeitos.
No final do estudo, foi sugerido à empresa que o cálculo do Ajuste a Valor Presente seja
inserido nas rotinas de fechamentos mensais, para que se tenha um maior controle das variações,
e principalmente dos valores das receitas e despesas financeiras, que influenciam diretamente no
resultado econômico da entidade. A empresa incluiu no cronograma o cálculo e seus respectivos
ajustes assim que concluir o processo de trazer a contabilidade para dentro da empresa,
terminando com a terceirização da mesma, o que traz maior controle, agilidade e eficiência nos
processos contábeis no ponto de vista de seus administradores, que ficaram muito satisfeitos com
os resultados apresentados no presente trabalho.
38
REFERÊNCIAS
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42
APÊNDICE A – RELATÓRIO E RESPECTIVO CÁLCULO DO AVP DE
CLIENTES
Cliente Data doc Vencimento Vlr Dias Vlr Pres AVP
6307 01.01.2012 30.04.2014 790,60 485 709,46 81,14
6242 12.03.2012 06.01.2014 2.541,00 371 2.338,99 202,01
6150 22.05.2012 20.02.2015 527,78 781 443,32 84,46
6150 22.05.2012 20.03.2015 527,78 809 440,56 87,22
6150 22.05.2012 20.04.2015 527,78 840 437,52 90,26
6150 22.05.2012 20.05.2015 527,78 870 434,60 93,18
6150 22.05.2012 20.06.2013 527,78 171 508,01 19,77
6150 22.05.2012 20.07.2013 527,78 201 504,62 23,16
6150 22.05.2012 20.08.2013 527,78 232 501,13 26,64
6150 22.05.2012 20.09.2013 527,78 263 497,68 30,10
6150 22.05.2012 20.10.2013 527,78 293 494,36 33,42
6150 22.05.2012 20.11.2013 527,78 324 490,95 36,83
6150 22.05.2012 20.12.2013 527,78 354 487,67 40,11
6150 22.05.2012 20.01.2013 527,78 20 525,43 2,35
6164 28.08.2012 28.02.2014 586,44 424 533,47 52,97
6164 28.08.2012 28.01.2014 986,64 393 903,75 82,89
6164 28.08.2012 28.03.2014 1.195,24 452 1.080,50 114,74
6164 28.08.2012 28.04.2014 1.813,17 483 1.627,80 185,37
6164 28.08.2012 28.05.2014 2.440,37 513 2.176,26 264,11
6164 28.08.2012 28.06.2016 3.076,97 1275 2.314,66 762,31
6164 28.08.2012 28.01.2015 3.444,33 758 2.908,05 536,28
6164 28.08.2012 28.07.2016 3.723,13 1305 2.782,04 941,09
6164 28.08.2012 28.02.2017 3.945,99 1520 2.810,36 1.135,63
6164 28.08.2012 28.03.2013 445,52 87 436,95 8,57
6164 28.08.2012 28.04.2013 497,20 118 484,27 12,93
6164 28.08.2012 28.05.2013 549,66 148 531,79 17,87
6176 21.09.2012 19.01.2013 2.623,32 19 2.612,21 11,11
6209 11.10.2012 09.01.2013 1.428,92 9 1.426,05 2,87
6242 22.10.2012 20.01.2013 2.670,31 20 2.658,41 11,90
6194 05.11.2012 04.01.2013 106,13 4 106,04 0,09
6194 05.11.2012 03.02.2013 108,55 34 107,73 0,82
6200 05.11.2012 03.02.2013 2.691,71 34 2.671,35 20,36
6194 05.11.2012 04.01.2018 3.612,69 1830 2.400,91 1.211,78
6194 05.11.2012 03.02.2015 3.613,77 764 3.047,02 566,75
5992 06.11.2012 04.02.2013 1.471,87 35 1.460,41 11,46
6173 09.11.2012 08.01.2013 3.053,07 8 3.047,62 5,45
6194 12.11.2012 11.01.2014 433,72 376 398,79 34,93
6194 12.11.2012 10.02.2014 435,65 406 397,89 37,76
6194 12.11.2012 11.01.2014 1.902,38 376 1.749,19 153,19
6194 12.11.2012 10.02.2015 1.902,95 771 1.602,00 300,95
6137 13.11.2012 11.02.2013 2.048,13 42 2.029,01 19,12
6137 13.11.2012 13.03.2013 2.048,13 72 2.015,47 32,66
6137 13.11.2012 12.04.2013 2.048,13 102 2.002,01 46,12
6137 13.11.2012 12.01.2013 2.048,13 12 2.042,65 5,48
6137 13.11.2012 12.05.2013 2.048,65 132 1.989,15 59,50
43
6194 14.11.2012 13.01.2019 3.141,98 2204 1.920,80 1.221,18
6194 14.11.2012 12.02.2017 3.142,91 1504 2.246,41 896,50
6157 14.11.2012 17.02.2016 3.337,75 1143 2.585,93 751,82
6194 16.11.2012 15.01.2013 366,72 15 365,49 1,23
6194 16.11.2012 14.02.2013 366,82 45 363,15 3,67
6194 16.11.2012 15.01.2013 1.992,90 15 1.986,24 6,66
6194 16.11.2012 14.02.2013 1.993,51 45 1.973,58 19,93
6194 19.11.2012 18.01.2013 573,79 18 571,49 2,30
6194 19.11.2012 17.02.2013 573,97 48 567,85 6,12
6134 21.11.2012 19.02.2013 514,68 50 508,97 5,71
6134 21.11.2012 21.03.2013 514,68 80 505,57 9,11
6134 21.11.2012 20.04.2013 514,68 110 502,20 12,49
6134 21.11.2012 20.01.2013 514,68 20 512,39 2,29
6134 21.11.2012 20.05.2013 514,81 140 498,96 15,84
6302 22.11.2012 20.02.2013 959,16 51 948,30 10,86
6176 26.11.2012 03.01.2013 295,61 3 295,41 0,20
6176 26.11.2012 03.01.2013 601,14 3 600,74 0,40
6157 26.11.2012 25.01.2013 998,81 25 993,25 5,56
6157 26.11.2012 02.02.2013 998,82 33 991,49 7,33
6157 26.11.2012 10.01.2013 1.721,78 10 1.717,94 3,84
6150 28.11.2012 02.01.2013 487,47 2 487,25 0,22
6157 28.11.2012 27.01.2013 1.394,70 27 1.386,32 8,38
4172 29.11.2012 13.01.2013 74,95 13 74,73 0,22
6134 29.11.2012 28.01.2013 482,50 28 479,49 3,01
6134 29.11.2012 27.02.2013 482,65 58 476,43 6,21
6134 29.11.2012 28.01.2013 537,26 28 533,92 3,35
6134 29.11.2012 27.02.2013 537,26 58 530,35 6,91
6134 29.11.2012 29.03.2013 537,26 88 526,81 10,45
6134 29.11.2012 28.04.2013 537,27 118 523,30 13,97
4172 30.11.2012 14.01.2013 112,46 14 112,11 0,35
6187 30.11.2012 04.01.2013 653,31 4 652,73 0,58
6154 03.12.2012 03.01.2013 700,78 3 700,31 0,47
6194 03.12.2012 03.01.2013 890,77 3 890,17 0,60
6137 03.12.2012 01.02.2013 931,34 32 924,71 6,63
6137 03.12.2012 02.01.2013 931,34 2 930,92 0,42
6137 03.12.2012 03.03.2013 931,63 62 918,82 12,81
6241 03.12.2012 03.01.2013 1.181,52 3 1.180,73 0,79
6137 03.12.2012 01.02.2013 2.455,69 32 2.438,21 17,48
6137 03.12.2012 02.01.2013 2.455,69 2 2.454,59 1,10
6137 03.12.2012 03.03.2013 2.456,42 62 2.422,65 33,77
6207 03.12.2012 03.01.2013 2.741,85 3 2.740,01 1,84
6157 04.12.2012 04.01.2013 859,95 4 859,18 0,77
6157 04.12.2012 04.01.2013 2.719,73 4 2.717,30 2,43
6150 04.12.2012 08.01.2013 2.907,86 8 2.902,67 5,19
6165 06.12.2012 04.02.2013 608,50 35 603,76 4,74
6165 06.12.2012 05.01.2013 608,51 5 607,83 0,68
6184 06.12.2012 04.02.2013 468,27 35 464,62 3,65
6184 06.12.2012 05.01.2013 468,27 5 467,75 0,52
6194 07.12.2012 07.01.2013 1.098,63 7 1.096,91 1,72
6137 07.12.2012 05.02.2013 2.000,53 36 1.984,51 16,02
6137 07.12.2012 07.03.2013 2.000,53 66 1.971,27 29,26
44
6137 07.12.2012 06.04.2013 2.000,53 96 1.958,11 42,42
6137 07.12.2012 06.05.2013 2.000,53 126 1.945,03 55,50
6137 07.12.2012 06.01.2013 2.000,53 6 1.997,85 2,68
6137 07.12.2012 05.06.2013 2.000,99 156 1.932,49 68,50
6194 07.12.2012 07.01.2013 503,54 7 502,75 0,79
6151 10.12.2012 10.01.2013 1.202,59 10 1.199,91 2,68
6151 10.12.2012 10.01.2013 1.202,59 10 1.199,91 2,68
6170 10.12.2012 10.01.2013 1.258,85 10 1.256,04 2,81
6184 10.12.2012 10.01.2013 2.194,59 10 2.189,70 4,89
6208 11.12.2012 11.01.2013 18,85 11 18,80 0,05
6337 11.12.2012 11.01.2013 556,81 11 555,44 1,37
7473 11.12.2012 11.01.2013 897,24 11 895,04 2,20
6151 11.12.2012 10.04.2013 1.502,38 100 1.469,21 33,17
6151 11.12.2012 09.02.2013 1.502,40 40 1.489,04 13,36
6151 11.12.2012 11.03.2013 1.502,40 70 1.479,10 23,30
6151 11.12.2012 10.01.2013 1.502,40 10 1.499,05 3,35
6174 11.12.2012 11.01.2013 1.794,47 11 1.790,07 4,40
6137 12.12.2012 10.02.2013 870,72 41 862,79 7,93
6137 12.12.2012 11.01.2013 870,73 11 868,59 2,14
6200 12.12.2012 12.03.2013 1.002,13 71 986,37 15,76
6302 12.12.2012 12.03.2013 1.570,85 71 1.546,14 24,71
6188 12.12.2012 12.01.2013 1.794,47 12 1.789,67 4,80
6157 12.12.2012 26.01.2018 3.642,49 1852 2.408,85 1.233,64
6137 13.12.2012 12.01.2013 745,58 12 743,58 2,00
6137 13.12.2012 11.02.2013 745,58 42 738,62 6,96
6137 13.12.2012 13.03.2013 745,58 72 733,69 11,89
6137 13.12.2012 12.04.2013 745,58 102 728,79 16,79
6137 13.12.2012 12.05.2013 745,58 132 723,93 21,65
6137 13.12.2012 11.06.2013 745,78 162 719,29 26,49
4172 13.12.2012 10.01.2013 897,76 10 895,76 2,00
6189 14.12.2012 14.01.2013 1.440,17 14 1.435,68 4,49
6209 14.12.2012 14.01.2013 1.902,84 14 1.896,90 5,94
6207 17.12.2012 17.01.2013 1.743,13 17 1.736,53 6,60
7552 17.12.2012 17.01.2013 2.856,38 17 2.845,56 10,82
6188 18.12.2012 18.01.2013 628,60 18 626,08 2,52
6209 19.12.2012 19.01.2013 9.101,87 19 9.063,34 38,53
6206 19.12.2012 19.01.2013 327,97 19 326,58 1,39
6208 19.12.2012 19.01.2013 8.489,70 19 8.453,76 35,94
6273 19.12.2012 17.02.2013 703,69 48 696,19 7,50
6273 19.12.2012 18.01.2015 7.703,69 748 6.518,77 1.184,92
6175 19.12.2012 19.01.2013 1.295,82 19 1.290,33 5,49
6198 19.12.2012 19.01.2013 1.961,04 19 1.952,74 8,30
6302 19.12.2012 19.03.2018 3.517,76 1904 2.299,51 1.218,25
6157 19.12.2012 19.01.2014 4.529,85 384 4.157,64 372,20
6159 20.12.2012 20.01.2013 678,78 20 675,76 3,02
6145 20.12.2012 20.01.2013 897,24 20 893,24 4,00
6150 20.12.2012 20.01.2013 897,24 20 893,24 4,00
6151 20.12.2012 20.01.2013 964,41 20 960,11 4,30
6242 20.12.2012 20.01.2014 1.181,53 385 1.084,21 97,32
6137 20.12.2012 20.01.2014 1.980,36 385 1.817,23 163,13
6208 21.12.2012 21.01.2013 304,68 21 303,25 1,43
45
6137 21.12.2012 21.01.2015 3.917,25 751 3.312,51 604,74
6247 21.12.2012 18.01.2019 4.440,84 2209 2.711,81 1.729,03
6208 26.12.2012 26.01.2014 1.434,12 391 1.314,23 119,89
6137 28.12.2012 28.01.2013 602,12 28 598,37 3,75
7552 28.12.2012 28.01.2013 643,71 28 639,70 4,01
7442 28.12.2012 28.01.2013 650,10 28 646,05 4,05
6157 28.12.2012 11.02.2015 1.156,83 772 973,66 183,17
7552 31.12.2012 24.03.2013 1.000,00 83 981,64 18,36
7552 31.12.2012 24.04.2013 1.000,00 114 974,87 25,13
7552 31.12.2012 24.05.2013 1.000,00 144 968,36 31,64
7552 31.12.2012 24.06.2013 1.000,00 175 961,68 38,32
6197 31.12.2012 31.12.2013 1.066,00 365 982,57 83,43
6197 31.12.2012 31.12.2015 1.066,00 1095 834,79 231,21
7617 31.12.2012 31.12.2021 3.890,84 3287 1.867,69 2.023,15
7552 31.12.2012 24.01.2015 7.598,65 754 6.421,28 1.177,37
7552 31.12.2012 24.02.2013 500,00 55 493,90 6,10
250.397,65 228.618,02 21.779,63
46
APÊNDICE B – RELATÓRIO E RESPECTIVO CÁLCULO DO AVP DA
RECEITA
Cliente. Emissão Total NF Vencimento Dias AVP Valor Líquido
60302 05.12.2012 1.380,61 04.02.2013 61 18,68 1.361,93
60302 22.12.2012 4.145,71 22.02.2016 1157 943,83 3.201,88
29510 04.12.2012 321,02 05.04.2013 122 8,63 312,40
29510 04.12.2012 351,88 05.04.2013 122 9,46 342,43
29510 04.12.2012 605,10 05.04.2013 122 16,26 588,83
29510 04.12.2012 711,86 05.04.2013 122 19,13 692,73
29510 04.12.2012 4.122,06 05.04.2017 1583 1.227,31 2.894,75
29510 04.12.2012 401,24 05.04.2013 122 10,78 390,46
29510 04.12.2012 378,13 05.04.2013 122 10,16 367,97
29510 04.12.2012 716,75 05.04.2013 122 19,26 697,48
29510 04.12.2012 493,40 05.04.2013 122 13,26 480,14
29510 04.12.2012 155,70 05.04.2013 122 4,18 151,51
29510 04.12.2012 291,62 05.04.2013 122 7,84 283,78
29510 04.12.2012 303,79 05.04.2013 122 8,16 295,62
29510 04.12.2012 694,02 05.04.2013 122 18,65 675,37
29510 04.12.2012 462,01 05.04.2013 122 12,42 449,59
29510 04.12.2012 1.037,56 05.04.2013 122 27,88 1.009,67
29510 04.12.2012 273,93 05.04.2013 122 7,36 266,57
29510 04.12.2012 202,63 05.04.2013 122 5,45 197,19
30362 04.12.2012 131,80 05.04.2013 122 3,54 128,25
30362 04.12.2012 33,39 05.04.2013 122 0,90 32,49
628412 04.12.2012 100,34 03.02.2013 61 1,36 98,98
628412 04.12.2012 47,73 03.02.2013 61 0,65 47,08
627706 04.12.2012 74,59 03.02.2013 61 1,01 73,58
631782 04.12.2012 478,78 21.01.2013 48 5,10 473,68
631782 04.12.2012 250,37 21.01.2013 48 2,67 247,70
631782 04.12.2012 50,25 21.01.2013 48 0,54 49,71
627963 04.12.2012 153,36 21.01.2013 48 1,63 151,73
627963 04.12.2012 441,75 21.01.2013 48 4,71 437,04
627963 04.12.2012 161,17 21.01.2013 48 1,72 159,45
630478 04.12.2012 88,54 21.01.2013 48 0,94 87,60
750771 04.12.2012 4.138,74 21.01.2018 1874 1.415,12 2.723,62
613592 04.12.2012 7.885,62 03.02.2015 791 1.276,66 6.608,96
613592 04.12.2012 8.784,99 03.02.2017 1522 2.531,05 6.253,94
627991 04.12.2012 199,32 21.01.2013 48 2,12 197,20
605312 04.12.2012 46,86 21.01.2013 48 0,50 46,36
11495 04.12.2012 4.114,73 03.02.2017 1522 1.185,50 2.929,23
620120 04.12.2012 69,53 21.01.2013 48 0,74 68,79
620120 04.12.2012 143,09 21.01.2013 48 1,53 141,56
47
631783 04.12.2012 126,96 21.01.2013 48 1,35 125,61
631782 04.12.2012 54,85 21.01.2013 48 0,58 54,26
11832 04.12.2012 7.871,03 21.01.2017 1509 2.251,44 5.619,59
629605 04.12.2012 4.726,87 21.01.2019 2239 1.859,67 2.867,20
628299 04.12.2012 748,02 21.01.2013 48 7,97 740,04
630809 04.12.2012 46,61 21.01.2013 48 0,50 46,11
632772 04.12.2012 428,70 21.01.2013 48 4,57 424,13
629834 04.12.2012 116,64 03.02.2013 61 1,58 115,06
490811 04.12.2012 4.710,16 21.01.2017 1509 1.347,30 3.362,86
699670 04.12.2012 440,04 21.01.2013 48 4,69 435,35
631492 04.12.2012 190,89 21.01.2013 48 2,03 188,86
946606 04.12.2012 66,13 21.01.2013 48 0,70 65,43
627799 04.12.2012 192,85 21.01.2013 48 2,06 190,79
603 04.12.2012 929,06 03.02.2013 61 12,57 916,50
629605 05.12.2012 309,29 22.01.2013 48 3,30 305,99
630113 05.12.2012 32,91 08.03.2013 93 0,68 32,23
628069 05.12.2012 43,44 22.01.2013 48 0,46 42,98
628069 05.12.2012 1.277,69 22.01.2013 48 13,62 1.264,07
628069 05.12.2012 144,58 22.01.2013 48 1,54 143,04
629956 05.12.2012 58,13 22.01.2013 48 0,62 57,51
629956 05.12.2012 7.445,63 22.01.2018 1874 2.545,81 4.899,82
629956 05.12.2012 100,33 22.01.2013 48 1,07 99,26
629956 05.12.2012 4.116,11 22.01.2014 413 362,59 3.753,52
627963 05.12.2012 80,08 22.01.2013 48 0,85 79,23
627963 05.12.2012 272,87 22.01.2013 48 2,91 269,96
627857 05.12.2012 154,67 04.02.2013 61 2,09 152,58
627963 05.12.2012 156,74 08.03.2013 93 3,22 153,52
967308 05.12.2012 57,22 04.02.2013 61 0,77 56,45
630087 05.12.2012 7.853,58 08.03.2015 823 1.318,34 6.535,24
630087 05.12.2012 465,02 08.03.2013 93 9,56 455,47
630087 05.12.2012 37,99 08.03.2013 93 0,78 37,21
630882 05.12.2012 199,78 04.02.2013 61 2,70 197,08
630882 05.12.2012 75,41 04.02.2013 61 1,02 74,39
630882 05.12.2012 780,82 04.02.2013 61 10,56 770,25
631783 05.12.2012 273,66 04.02.2013 61 3,70 269,96
631783 05.12.2012 779,95 04.02.2013 61 10,55 769,40
631783 05.12.2012 740,82 04.02.2013 61 10,02 730,80
628919 05.12.2012 43,52 22.01.2013 48 0,46 43,06
628919 05.12.2012 68,25 22.01.2013 48 0,73 67,52
628919 05.12.2012 56,20 22.01.2013 48 0,60 55,60
11495 05.12.2012 159,96 04.02.2013 61 2,16 157,80
627991 05.12.2012 34,54 22.01.2013 48 0,37 34,17
627991 05.12.2012 413,24 22.01.2013 48 4,41 408,84
48
627991 05.12.2012 51,48 22.01.2013 48 0,55 50,93
629605 05.12.2012 8.140,96 22.06.2013 199 353,81 7.787,16
629605 05.12.2012 4.546,35 22.10.2013 321 314,45 4.231,91
629605 05.12.2012 84,61 22.01.2013 48 0,90 83,71
629605 05.12.2012 9.898,82 23.11.2013 353 750,25 9.148,57
627799 05.12.2012 2.976,98 22.01.2013 48 31,74 2.945,25
628299 05.12.2012 42,30 22.01.2013 48 0,45 41,85
628299 05.12.2012 97,15 22.01.2013 48 1,04 96,12
628299 05.12.2012 63,78 22.01.2013 48 0,68 63,10
630087 05.12.2012 39,63 22.01.2013 48 0,42 39,21
630087 05.12.2012 286,65 22.01.2013 48 3,06 283,60
630087 05.12.2012 52,30 08.03.2013 93 1,07 51,22
630087 05.12.2012 35,61 08.03.2013 93 0,73 34,88
631783 05.12.2012 88,70 04.02.2013 61 1,20 87,50
631783 05.12.2012 4.870,83 03.07.2013 210 223,12 4.647,71
631783 05.12.2012 61,09 04.02.2013 61 0,83 60,26
631783 05.12.2012 541,87 04.02.2013 61 7,33 534,54
631783 05.12.2012 2.202,04 22.01.2013 48 23,47 2.178,57
631783 05.12.2012 117,34 22.01.2013 48 1,25 116,09
750771 05.12.2012 1.181,41 04.02.2013 61 15,98 1.165,43
630809 05.12.2012 621,24 22.01.2013 48 6,62 614,62
613592 05.12.2012 224,99 04.02.2013 61 3,04 221,95
967308 05.12.2012 300,01 04.02.2013 61 4,06 295,96
630716 05.12.2012 328,01 22.01.2013 48 3,50 324,51
620120 05.12.2012 138,73 04.02.2013 61 1,88 136,85
627863 05.12.2012 416,47 04.02.2013 61 5,63 410,84
627863 05.12.2012 36,59 04.02.2013 61 0,49 36,10
627850 05.12.2012 68,34 22.01.2013 48 0,73 67,61
631782 05.12.2012 1.041,97 22.01.2013 48 11,11 1.030,86
60307 05.12.2012 196,39 04.02.2013 61 2,66 193,73
630885 06.12.2012 699,20 25.01.2013 50 7,76 691,43
631782 06.12.2012 563,13 25.01.2013 50 6,25 556,88
631734 06.12.2012 103,04 25.01.2013 50 1,14 101,90
631734 06.12.2012 181,14 25.01.2013 50 2,01 179,12
29510 06.12.2012 483,06 06.04.2013 121 12,88 470,18
29510 06.12.2012 448,08 06.04.2013 121 11,94 436,13
29510 06.12.2012 402,64 06.04.2013 121 10,73 391,91
29510 06.12.2012 43,85 06.04.2013 121 1,17 42,68
29510 06.12.2012 132,03 06.04.2013 121 3,52 128,51
29510 06.12.2012 247,82 06.04.2013 121 6,61 241,21
29510 06.12.2012 410,80 06.04.2013 121 10,95 399,85
29510 06.12.2012 32,01 06.04.2013 121 0,85 31,16
699670 06.12.2012 31,66 25.01.2013 50 0,35 31,31
49
699670 06.12.2012 39,70 25.01.2013 50 0,44 39,26
60307 07.12.2012 765,11 08.02.2013 63 10,69 754,42
60307 07.12.2012 38,50 08.02.2013 63 0,54 37,97
29510 08.12.2012 719,34 08.04.2013 121 19,17 700,17
29510 08.12.2012 886,25 08.04.2013 121 23,62 862,63
29510 08.12.2012 444,71 08.04.2013 121 11,85 432,85
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29510 08.12.2012 1.682,15 08.04.2013 121 44,84 1.637,31
29510 08.12.2012 52,31 08.04.2013 121 1,39 50,91
29510 08.12.2012 570,09 08.04.2013 121 15,20 554,89
627779 08.12.2012 39,15 08.02.2013 62 0,54 38,61
627779 08.12.2012 196,40 08.02.2013 62 2,70 193,70
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628340 08.12.2012 652,14 25.01.2013 48 6,95 645,19
806843 08.12.2012 211,37 25.01.2013 48 2,25 209,11
628866 08.12.2012 121,75 25.01.2013 48 1,30 120,45
709004 08.12.2012 118,07 25.01.2013 48 1,26 116,82
630478 08.12.2012 272,84 25.01.2013 48 2,91 269,93
627779 08.12.2012 388,40 25.01.2013 48 4,14 384,26
631800 08.12.2012 393,22 25.01.2013 48 4,19 389,03
631782 08.12.2012 81,90 25.01.2013 48 0,87 81,03
631782 08.12.2012 326,07 25.01.2013 48 3,48 322,59
628919 08.12.2012 54,60 25.01.2013 48 0,58 54,02
628919 08.12.2012 161,92 25.01.2013 48 1,73 160,19
628919 08.12.2012 44,75 25.01.2013 48 0,48 44,27
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630882 08.12.2012 44,08 25.01.2013 48 0,47 43,61
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628299 08.12.2012 340,87 25.01.2013 48 3,63 337,23
628299 08.12.2012 236,01 25.01.2013 48 2,52 233,49
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630809 08.12.2012 74,58 25.01.2013 48 0,80 73,79
630110 08.12.2012 59,67 25.01.2013 48 0,64 59,03
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628431 08.12.2012 74,58 25.01.2013 48 0,80 73,79
630782 08.12.2012 144,42 25.01.2013 48 1,54 142,88
630782 08.12.2012 37,29 25.01.2013 48 0,40 36,89
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803198 08.12.2012 37,29 25.01.2013 48 0,40 36,89
627756 08.12.2012 100,75 08.02.2013 62 1,39 99,36
620120 08.12.2012 215,42 08.02.2013 62 2,96 212,46
630478 08.12.2012 36,60 25.01.2013 48 0,39 36,21
630478 08.12.2012 115,74 25.01.2013 48 1,23 114,50
50
627779 08.12.2012 614,30 25.01.2013 48 6,55 607,76
631800 08.12.2012 404,31 25.01.2013 48 4,31 400,00
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631734 08.12.2012 60,69 25.01.2013 48 0,65 60,04
709004 08.12.2012 109,82 08.02.2013 62 1,51 108,31
11832 08.12.2012 159,96 08.02.2013 62 2,20 157,76
630972 08.12.2012 35,57 25.01.2013 48 0,38 35,19
630972 08.12.2012 187,96 25.01.2013 48 2,00 185,96
630972 08.12.2012 908,01 25.01.2013 48 9,68 898,33
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96714 11.12.2012 92,80 12.04.2013 122 2,49 90,31
96714 11.12.2012 306,10 12.04.2013 122 8,23 297,87
96714 11.12.2012 161,75 12.04.2013 122 4,35 157,41
96714 11.12.2012 85,58 12.04.2013 122 2,30 83,28
96714 11.12.2012 105,25 12.04.2013 122 2,83 102,42
96714 11.12.2012 444,54 12.04.2013 122 11,95 432,59
96714 11.12.2012 247,68 12.04.2013 122 6,66 241,02
96714 11.12.2012 370,62 12.04.2013 122 9,96 360,66
96714 11.12.2012 49,53 12.04.2013 122 1,33 48,20
96714 11.12.2012 411,59 12.04.2013 122 11,06 400,53
96714 11.12.2012 180,86 12.04.2013 122 4,86 176,00
627965 11.12.2012 740,80 28.01.2013 48 7,90 732,90
631092 11.12.2012 367,37 10.02.2013 61 4,97 362,40
631072 11.12.2012 410,39 28.01.2013 48 4,37 406,01
631077 11.12.2012 708,30 28.01.2013 48 7,55 700,75
490811 11.12.2012 783,24 28.01.2013 48 8,35 774,89
490811 11.12.2012 461,30 28.01.2013 48 4,92 456,38
176068 11.12.2012 115,90 28.01.2013 48 1,24 114,67
176068 11.12.2012 366,22 28.01.2013 48 3,90 362,32
627991 11.12.2012 205,95 28.01.2013 48 2,20 203,76
627991 11.12.2012 49,23 28.01.2013 48 0,52 48,70
630882 11.12.2012 157,46 28.01.2013 48 1,68 155,78
627991 11.12.2012 456,66 28.01.2013 48 4,87 451,79
490811 11.12.2012 114,17 28.01.2013 48 1,22 112,95
60307 31.12.2012 166,18 11.02.2013 42 1,55 164,63
490811 31.12.2012 877,50 29.01.2013 29 5,66 871,84
633013 31.12.2012 659,90 29.01.2013 29 4,26 655,64
627974 31.12.2012 526,96 29.01.2013 29 3,40 523,56
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631782 31.12.2012 66,12 29.01.2013 29 0,43 65,69
631734 31.12.2012 401,60 29.01.2013 29 2,59 399,01
631734 31.12.2012 60,89 29.01.2013 29 0,39 60,49
51
632232 31.12.2012 421,00 11.02.2013 42 3,93 417,07
629893 31.12.2012 392,00 11.02.2013 42 3,66 388,34
629893 31.12.2012 61,80 11.02.2013 42 0,58 61,22
632766 31.12.2012 44,46 11.02.2013 42 0,41 44,04
11832 31.12.2012 550,30 29.01.2013 29 3,55 546,75
11832 31.12.2012 752,00 29.01.2013 29 4,85 747,15
627704 31.12.2012 44,81 11.02.2013 42 0,42 44,39
627779 31.12.2012 80,47 29.01.2013 29 0,52 79,95
631783 31.12.2012 783,53 29.03.2013 88 15,25 768,28
631783 31.12.2012 305,03 29.01.2013 29 1,97 303,06
632891 31.12.2012 207,19 29.01.2013 29 1,34 205,85
629605 31.12.2012 466,40 29.01.2013 29 3,01 463,39
620120 31.12.2012 480,92 29.01.2013 29 3,10 477,81
620120 31.12.2012 193,80 29.01.2013 29 1,25 192,55
631783 31.12.2012 463,00 29.01.2013 29 2,99 460,01
631783 31.12.2012 108,67 29.01.2013 29 0,70 107,97
628299 31.12.2012 32,14 29.01.2013 29 0,21 31,94
630885 31.12.2012 713,57 29.01.2013 29 4,61 708,97
631072 31.12.2012 520,50 29.01.2013 29 3,36 517,14
631072 31.12.2012 132,79 29.01.2013 29 0,86 131,94
627967 31.12.2012 75,20 09.02.2013 40 0,67 74,53
630882 31.12.2012 98,06 29.01.2013 29 0,63 97,43
627991 31.12.2012 631,70 29.01.2013 29 4,08 627,62
627991 31.12.2012 113,57 29.01.2013 29 0,73 112,83
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627714 31.12.2012 716,82 31.01.2013 31 4,94 711,88
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627779 31.12.2012 768,74 29.01.2013 29 4,96 763,78
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631400 31.12.2012 87,79 11.06.2013 162 3,12 84,67
565095 31.12.2012 4.726,49 31.12.2016 1461 1.315,61 3.410,87
565095 31.12.2012 40.300,50 30.08.2013 242 2.119,81 38.180,69
218.799,31 24.573,44