artigo cietifico - fanese
Post on 09-Jun-2015
805 Views
Preview:
TRANSCRIPT
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE - FANESE
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – NPGE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHERIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
RICARDO ALEXANDRE SANTANA DA SILVA
IMPLATAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, BASEADO NA OHSAS 18000: para empresas construtoras de edificações verticais
Aracaju – Sergipe – Brasil 2008
RICARDO ALEXANDRE SANTANA DA SILVA
IMPLATAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO, BASEADO NA OHSAS 18000: para empresas construtoras de edificações verticais
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Núcleo de Pós-Gra-duação e Extensão da FANESE, como requisito para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. Orientador: Prof. M.sc. Walter Leite Nunes
Aracaju – Sergipe – Brasil
2
2008
3
RESUMO
A industria da construção civil é considerada atrasada tanto tecnologicamente
como gerencialmente, quando comparada a outros setores. No desejo de se
modernizar o setor das edificações tem demonstrado grandes avanços através
da incorporações, às suas atividades tradicionais, de novas tecnologias de
processo. O gerenciamento da segurança do trabalho e saúde ocupacional,
porém, gera grandes problemas principalmente devido a dificuldade da
gerência em utilizar abordagens mais modernas na concepção de ferramentas
de apoio à gestão. Para tanto, foi realizada uma revisão detalhada de vários
trabalhos, desenvolvidos por diversos autores, além das legislações vigente no
país, relativos a estratégias para a melhoria de desempenho da Segurança.
Com isto, buscou-se levantar elementos que possibilitem a construção das
bases para Implementação de uma Metodologia para Implantação de Sistema
de Gestão em Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional voltado as
Empresas ao tramo da construção Civil. Bem como apresentar uma proposta
de Sistemas de Gestão da Segurança, baseada na OHSAS 18000, para ser
implementada por empresas construtoras de edificações verticais em seus
canteiros de obras. Como conclusão, tem - se a confirmação da hipótese da
pesquisa, que é adaptar a OHSAS 18000 para ser implementada em empresas
construtoras.
Palavras-chave: Construção Civil, Segurança do Trabalho, OHSAS 18000.
4
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional 15
FIGURA 2 – Planejamento do Sistema de Gestão em Segurança e
Saúde Ocupacional
19
FIGURA 3 – Identificação das atividades que compõem um Estágio de
Processo
21
FIGURA 4 – Verificação e Ações Corretiva 27
5
SUMÁRIO
RESUMO
LISTAS DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO 0
2. ESTRUTURA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES
1
3. IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NAS EMPRESAS CONSTRUTORA DE EDIFICAÇÕES VERTICAIS
1
3.1 Gerenciamento da Segurança do Trabalho nas Organizações 13.2 Modelo de Sistemas de Gestão em Segurança no Trabalho 13.3 Características dos Sistemas de Gestão em Segurança no Trabalho
1
3.3.1 Política de Segurança e Saúde no Trabalho 13.3.2 Planejamento 13.3.3 Identificação de Perigos, avaliação e controle dos Riscos 13.3.4 Identificação dos Processos e Atividades 23.3.5 Programa de Segurança 23.3.6 Estrutura e Responsabilidade 23.3.7 Treinamento, conscientização e competência 23.3.8 Consulta e Comunicação 23.3.9 Documentação 23.4 Redução dos Acidentes e Suas conseqüências 23.5 Definição de Responsabilidade em Relação à Segurança do Trabalho 23.6 Verificação e Ação Corretiva 23.6.1 Monitoramento e medição do Desempenho 24. ANALISE DOS RESULTADOS 2
8
2
4
4 6
7
7 8 9 1 2 2 3 4 4 5 5 6 7 9
6
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 30 REFERÊNCIAS 31 ABSTRACT 33
7
1 INTRODUÇÃO
A construção é um dos setores de atividades econômicos que mais
absorve acidentes de trabalho e onde o risco de acidentes é maior. De acordo
com as estimativas da OIT, dos aproximadamente 355 mil acidentes mortais
que acontecem anualmente no mundo, pelo menos 60 mil ocorrem em obras
de construção.
O tema da segurança e saúde na construção é relevante não só por se
tratar de uma atividade perigosa, mas também, e sobretudo, porque a
prevenção de acidentes de trabalho nas obras exige enfoque específico, tanto
pela natureza particular do trabalho de construção como de caráter temporário
dos centros de trabalho (obras) do setor.
A construção situou o setor de construção com uma das prioridades
nas políticas e programas nacionais de SST no país e representou, ao mesmo
tempo, avanço significativo em matéria de tripartismo e importante referência
em nível internacional.
Porém, não se pode esquecer que em decorrência da construção de
todas essas obras ocorreram a perda de milhares de vidas, provocadas por
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, causadas principalmente pela
falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo produtivo e da
orientação aos colaboradores.
Muitos desses acidentes poderiam ser evitados se as empresas
tivessem desenvolvido e implementado programas de segurança e saúde no
trabalho, além de dar uma atenção maior à educação e treinamento de seus
colaboradores.
Na questão de acidentes de trabalho, o Brasil tem uma notícia muito
boa e outra muito má. A boa é que as ocorrências de acidentes reduziram-se
em um terço em comparação aos registros da segunda metade da década de
8
80. A má notícia é que, apesar disso, o número de acidentes permanece muito
elevado.
Contudo as mudanças ocorridas na sociedade nestes últimos anos
apontam para a percepção das limitações do mundo, tanto em termos
ecológicos como sociais e econômicos. Estas mudanças refletem-se
diretamente nas organizações, as quais sentem necessidade de proporcionar
rápidas modificações para acompanhar o surgimento dos novos paradigmas
sociais.
Com essa finalidade surgiram nas últimas décadas diversas
ferramentas destinadas a auxiliar as organizações a suprirem suas
necessidades de melhoria. Entre estas ferramentas encontram-se os Sistemas
de Gestão.
Conforme o ocorrido com os Sistemas de Gestão da Qualidade e
Ambiental, o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho também
precisava ter uma norma de aceitação universal que regulamentasse e que o
suportasse na interação com os outros dois sistemas do processo de gestão
das organizações modernas.
Com este objetivo um grupo de organismos certificadores e renome
internacional, juntamente com algumas entidades de normalização mundial,
especialistas e responsável pela publicação de normas, reuniu-se na Inglaterra
para criar a primeira “norma” para certificação de Sistemas de Gestão da
Segurança do Trabalho e alcance global: a série de normas conhecida como
OHSAS 18000, que, como as outras normas ISO, tem o objetivo de unificar as
diversas publicações da área de saúde e segurança no trabalho.
As organizações têm hoje grande preocupação em se adequar e aos
seus procedimentos a políticas de segurança e saúde ocupacional com a clara
intenção de proteger e assegurar a integridade física e mental de seus
colaboradores e terceiros que trabalham em suas dependências, assim como
as comunidades circunvizinhas.
9
A implantação de um Sistema de Gestão da área de Saúde e
Segurança do trabalho deve possuir políticas e princípios estruturados de
forma a agir preventivamente, identificando, controlando e medindo as
condições de trabalho, os riscos de acidentes e de doenças ocupacionais
relativas às atividades desenvolvidas na organização.
As diretrizes apontadas pelas empresas se referem às exigências
normativas e estão consoantes com o ciclo do PDCA (plan-do-chek-act), uma
ferramenta que reflete o compromisso com a filosofia da melhoria contínua,
facilita a integração aos outros sistemas de gestão e equalizar eventuais
diferenças geográficas, sócio-culturais e porte da organização.
O sistema de Gestão deve ainda se preocupar com a mudança de
cultura, base para o sucesso da sua implantação, adequar-se às legislações
vigentes e avaliar o desempenho da organização perante o cliente ou outros
co-participantes da cadeia de valores.
As organizações, quando se posicionam a favor da implantação de um
Sistema de gestão para proteção da integridade do trabalhador, também estão
demonstrando interesse em ser bem avaliadas pelos terceiros e ter
confiabilidade de seus processos aumentada ou comprovada.
Neste contexto o sistema de gestão deve lhe garantir significativas
melhorias nas condições e ambiente de trabalho, compromisso com a
continuidade e sustentabilidade do sistema, redução de custos com
indenizações, seguros, prejuízos de acidentes de trabalho, faltas de
funcionários e benefícios econômicos demonstrativos ao acionista.
O sistema de Gestão deve ter, conforme prerrogativas da norma
OHSAS 18000, preocupação e comprimento expresso com a proteção do
trabalhador, com as leis e regulamentos vigentes e com o processo de
melhorias continua.
Contudo essa especificação é aplicável a qualquer organização que
deseja estabelecer um Sistema de Gestão em Segurança e Saúde
10
Ocupacional para eliminar ou reduzir os riscos aos empregos e outras
interessada que possam estar expostos durante a execução de suas
atividades.
O estudo deste artigo cientifico baseia-se no modelo para implantação
e/ou gerenciamento de Sistema de Gestão em Segurança e Saúde
Ocupacional da OHSAS 18000 – Occoupational Health and Safety Assessment Series, aplicável a qualquer tipo de organização independente de
seu porte, contudo ficando sempre as empresas de construção civil.
11
2 ESTRUTURA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES
Ao se tratar da segurança e saúde do trabalho nas organizações, a
primeira lembrança passa pelo setor responsável pelas atividades
prevencionistas, chamado SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, que segundo a NR 4 do Ministério do
Trabalho, possui “a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do
trabalhador no local de trabalho”. A existência ou não deste setor é vinculada à
graduação de risco da atividade principal da empresa e ao número total de
empregados que trabalhem no estabelecimento, sendo este entendido como
“cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais
como: fábrica, refinaria usina, escritório, oficina e depósito.
Este setor deve ser formado por profissionais com formação na área,
devendo a empresa exigir no ato da contratação a qualificação necessária para
a investidura no cargo. Os profissionais que formam este serviço são os
seguintes: Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho,
Enfermeiro do Trabalho, Técnico de Enfermagem do Trabalho, Auxiliar de
Enfermagem do Trabalho e o Técnico de Segurança do Trabalho.
As competências do SESMT nas organizações, conforme a NR 4, estão
baseadas nas aplicações e conhecimentos sobre prevenção de acidentes e
doenças no ambiente de trabalho e todos seus componentes, de modo a
eliminar os riscos existentes. Deve também determinar medidas de controle,
indicar equipamentos de proteção individual e coletiva, colaborar nos projetos e
implantação de novas tecnologias da empresa, promover atividades de
conscientização, educação e orientação, esclarecer e conscientizar os
empregados dosa riscos, analisar os acidentes e registrar os dados.
Outro apoio para a prevenção nas empresas é chamada CIPA –
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como tarefa a
“prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida dos
12
empregados e do empregador, sendo os primeiros eleitos em escrutínio
secreto e os outros indicados pela empresa. “A CIPA cabe apontar os atos
inseguros dos trabalhadores e as condições de insegurança existentes na
organização.
Apesar do apoio fornecido por este setor especializado, no caso do
SESMT, e orientador, no caso da CIPA, verifica-se a necessidade da criação
de uma cultura organizacional que seja voltada para a segurança e saúde. A
idéia deve partir da alta gerência da empresa, integrando nos esforços da
organização ações efetivas voltadas para segurança, saúde e bem estar e
moral de seus funcionários, através de uma abordagem estruturada para a
avaliação e o controle dos riscos no trabalho. A alta administração deve definir,
documentar e ratificar sua política de segurança e saúde no trabalho,
reconhecendo este tema como parte integrante do desempenho de seu
negócio, fornecendo recursos adequados e responsabilizando os gerentes de
linha, do mais alto executivo ao primeiro nível de supervisão, pelo
cumprimento desta política.
Os profissionais que compõem o serviço de segurança e medicina do
trabalho devem ter o papel de assessores da empresa, contribuindo para o
processo, a formação de idéias e a conscientização. Seu papel será o de, além
de cumprir a legislação, orientar e contribuir com novas idéias.
13
3 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NAS EMPRESAS CONSTRUTORA DE EDIFICAÇÕES VERTICAIS 3.1 Gerenciamento da Segurança do Trabalho nas Organizações
Define sistema de gestão como um conjunto de instrumentos inter-
relacionados, inter-atuantes e interdependentes que a organização utiliza para
planejar, operar e controlar suas atividades para atingirem seus objetivos.
As empresas estão cada vez mais preocupadas em demonstrar sua
preocupação com a segurança e saúde no trabalho, devido principalmente à
legislação cada vez mais exigente e os fatores relacionados com o
desempenho perante as ações prevencionistas. Desta maneira, cabe a
organização buscar gerenciar suas ações de segurança do trabalho de uma
maneira organizada, missão esta que pode ser facilitada através da
implantação de um sistema de gestão da segurança do trabalho.
O sistema de gestão da segurança do trabalho e saúde no trabalho
como parte integrante de um sistema de gestão de toda e qualquer
organização, o qual proporciona um conjunto de ferramentas que potencializam
a melhoria da eficiência de gestão dos riscos da SST. Citam também que esta
ferramenta deve ser desenvolvida após definição da política de segurança,
devendo englobar os seguintes itens: estrutura operacional, disponibilidade de
recursos, planejamento, definição de responsabilidade, práticas, procedimentos
e processos.
Os principais benefícios da implantação de um Sistema de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho:
• Assegurar aos clientes o comprometimento com uma gestão da
SST demonstrável;
• Manter boas relações com os sindicatos dos trabalhadores;
• Fortalecer a imagem da organização e sua participação no
mercado;
14
• Aprimorar o controle dos custos de acidentes;
• Reduzir os acidentes que impliquem em responsabilidade civil;
• Estimular o desenvolvimento e compartilhar soluções de
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;
Para os empregados, a implantação deste sistema acarreta em
melhorias em suas atividades e ambiente de trabalho. Ao estabelecer
procedimentos para o gerenciamento da segurança, a empresa estará
auxiliando na melhoria da qualidade de vida dos empregados.
Figura 01 – Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional
15
3.2 Modelo de Sistemas de Gestão em Segurança no Trabalho
Os sistemas de gestão alteram a forma tradicional de ver a
segurança, baseada principalmente na correção dos riscos e atendimento dos
requisitos legais, com direcionamento corretivo. Como exemplo desta forma
analisar as ações prevencionistas nas organizações, tema a norma britânica
OHSAS 18000.
A OHSAS 18000, cuja sigla significa Ocupacional Health and Safety
Assessment Series, entrou em vigor em abril de 1999. “É uma especificação
que tem por objetivo prover às organizações os elementos de um Sistema de
Gestão da Segurança no Trabalho eficaz, passível de integração com outros
requisitos de gestão”. Trata-se de uma norma passível de certificação por
órgãos competentes, seguindo os mesmos passos das normas ISO 9000 e ISO
14000.
A OHSAS 18000 é passível de utilização por qualquer organização,
independente de seu tamanho e setor de atividade, e que tem como principais
objetivos de minimizar os riscos em suas atividades, através de um processo
contínuo e com avaliação permanente, além da demonstração desta
preocupação à cliente e comunidade através da certificação por uma
organização externa. A OHSAS 18000 baseia-se na premissa de que a
organização irá, periodicamente, analisar criticamente e avaliar o seu Sistema
de Gestão da SST, de forma a identificar oportunidade de melhoria e a
implementação das ações necessárias.
16
3.3 Características dos Sistemas de Gestão em Segurança no Trabalho
Ao analisar os sistemas de gestão baseadas nas normas BS 8000 e
OHSAS 18000, pode-se notar algumas características em comum, e que
acabam delinear as etapas de cada um deste processos.
3.3.1 Política de Segurança e Saúde no Trabalho
Quando de fala da implantação, seja de um sistema de gestão ou
então de uma cultura voltada à segurança do trabalho, o primeiro passo está
relacionado ao estabelecimento de uma política de segurança e saúde no
trabalho, onde esta pode ser definida como a linha de conduta adotada pela
empresa para o desenvolvimento, o desempenho e os objetivos das suas
atividades preventivas de infortúnios trabalho.
Trata-se de uma orientação geral que ao ser desenvolvida deve
levar em conta fatores como as características da organização, seus riscos,
legislação e cultura. O principal aspecto que norteia este processo é o fato de
que a política de segurança e saúde no trabalho deve ser desenvolvida e
ratificada pela alta administração da empresa.
Essa política deve atender no mínimo a alguns requisitos, tais como:
a) Ser apropriada à natureza e escala dos riscos de saúde e
segurança da organização;
b) Incluir o comprometimento para melhoria contínua;
c) Comprometer-se em cumprir com a legislação e regulamentos
em vigor referentes à saúde e segurança, e com outros
requisitos com os quais a organização se subscreva;
d) Ser comunicada a todos os empregados para que se
conscientizem de suas obrigações pessoais com relação à
saúde e segurança;
e) Estar disponível às partes interessadas;
f) Ser revisadas periodicamente para assegurar que permaneça
relevante e apropriada para organização.
17
g) Colocação da gestão da SST como uma primeira
responsabilidade dos gerentes de linha, do mais alto
executivo ao primeiro nível de supervisão;
h) Garantia de treinamento de todos empregados;
i) Análises críticas periódicas das políticas e auditórias;
j) Garantia de seu entendimento, implementação e manutenção
de todos os níveis da organização.
3.3.2 Planejamento
Como qualquer processo desenvolvido em uma organização,
principalmente quando abrangem um grande número de pessoas recursos
como é o caso dos Sistemas de Gestão em SST. Existem as necessidades de
que as seja realizado um processo de planejamento.
Antes do início do processo de implantação do Sistema de Gestão
em Segurança e Saúde Ocupacional, a empresa construtora deverá elaborar
um planejamento amplo considerando os seguintes aspectos:
• Mudança de pessoal;
• Propostas de novos produtos, instalações, processos ou
serviços;
• Mudanças em procedimentos de trabalho;
• Modificações de processos;
• Modificações de Software.
18
Figura 02 – Planejamento do Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional
3.3.3 Identificação de Perigos, avaliação e controle dos Riscos
Visa criar procedimentos para avaliação contínua destas
inconformidades, incluindo as atividades rotineiras e não-rotineiras, além de
todas as pessoas que têm acesso ao local de trabalho, inclusive pessoas
externas à organização.
A empresa construtora deve estabelecer e manter procedimentos
para continuamente identificar fator de riscos, avaliar os riscos e implementar
as medidas de controle necessárias, que incluem:
a) Atividades rotineiras e não rotineiras;
b) Atividades de todas as pessoas que têm acesso ao local de
trabalho (inclusive contratadas e visitantes);
c) Instalação no local de trabalho seja da organização ou de
terceiros.
19
A organização deve assegurar que os resultados dessas avaliações
e os efeitos desses controles sejam levados em considerações ao estabelecer
os objetivos de saúde e segurança da organização.
A organização deve documentar e manter essas informações
atualizadas. A metodologia da organização para identificar de fator de risco e
avaliação de risco deve:
a) Ser definida em seu escopo, natureza e prazo para assegurar
que seja pró-ativa em vez de reativa;
b) Providenciar a classificação dos riscos e a identificação
daqueles que serão eliminados ou controlados por ações;
c) Fornecer dados para a determinação das demandas das
instalações, identificação de necessidades de treinamento
e/ou desenvolvimento de controles operacionais;
d) Prover monitoramento das ações necessárias para assegurar
a eficácia e pontualidade de sua implantação.
3.3.4 Identificação dos Processos e Atividades
Para identificação do fator de risco, avaliação e controle a primeira
tarefa que a empresa construtora deve executar é um levantamento detalhado
de todas as atividades que compõe cada um dos estágios de processo como
será exemplificado a seguir:
Identificação das Atividades que compõem os Estágios de
Processos:
20
Figura 03 – Identificação das atividades que compõem um Estágio de
Processo 3.3.4 Programa de Segurança
Visando auxiliar na implantação da política e objetivo, devem ser
criados programas de segurança direcionados a diversas atividades da
empresa, sendo gerenciados conforme as atividades, produtos, serviços e
condições operacionais a organização. Definem as principais ações
relacionadas a este programa:
Ações formadas e seu cumprimento;
Definição de responsabilidades;
Prazos Fixados;
21
Recursos necessários;
3.3.5 Estrutura e Responsabilidade
A principal responsabilidade sobre a segurança e saúde do trabalho
é da alta administração da empresa, que deve garantir os recursos necessários
para sua implementação. Esta deve também nomear um membro responsável
pela perfeita implantação e manutenção do sistema de gestão de SST, e que
repasse para cada empregado o seu papel perante esta atividade. Definem que
estar atividade devem ser definidas, documentadas e comunicadas, a fim de
facilitar a gestão da Segurança e Saúde do Trabalho.
3.3.6 Treinamento, conscientização e competência
Ao estabelecer uma política educacional na área da prevenção, a
empresa estará garantindo pessoas mais capacitadas para o desenvolvimento
de seu trabalho, utilizando-se de procedimento mais seguros. Descreve que as
pessoas compreenderem o que se espera delas na realização de suas tarefas
e de como estas atividades contribuem para os resultados da organização,
certamente terão um desempenho satisfatório na realização de seus serviços.
Ao mesmo tempo, estes procedimentos servem de apoio para que
os empregados tenham mais condições de participar no processo
prevencionista, além de tirar lições do seu dia a dia para empregado ou grupo
frente à segurança do trabalho.
Desta forma, verifica-se a necessidade constante de treinamento e
conscientização dos empregados, de forma a tornar a segurança do trabalho
um processo continuo no dia a dia do trabalho. Prevenir é um processo e não
um produto, um objeto acabado e palpável. É um processo à medida que é
composto por cadeias de comportamento dos profissionais que ao final
produzem como resultado, que é no caso da segurança no trabalho, a baixa
probabilidade que ao final de ocorrer acidentes após a execução de uma
atividade.
22
Os profissionais que atuam com segurança do trabalho e os
empregados devem desenvolver competências adequadas,com o objetivo de
capacitar este para agir em relação aos determinantes dos acidentes. Isto
significa que a empresa deve relacionar os diversos cargos e atividades
existentes em seus processos, visando detectar em cada um quais as variáveis
relacionadas à segurança do trabalho, para com isso definir as competências
necessárias para cada empregados em sua atividade.
Definem esta etapa como aquela relacionada com as competências
necessárias para desempenhar tarefas que possuam ter algum impacto sobre
a segurança e saúde do trabalho. Isto significa criar nos empregados uma
consciência de garantir a concreta implementação e continuidade do
programa, e qual sua importância para a melhoria da produtividade na
empresa. Deve também ser garantida a formação específica sobre os riscos de
sua atividade.
3.3.7 Consulta e Comunicação
Devem ser considerados os seguintes aspectos quanto às consulta
e comunicação aos empregados:
Envolvimento no desenvolvimento e análise das políticas e
procedimentos para a gestão dos riscos;
Consulta quando existir qualquer mudança que afete sua
segurança e saúde no local de trabalho;
Representação nos assuntos de Segurança e Saúde;
Informação quanto a quem são seus representantes nos
assuntos SST e o representante nomeado pela alta
administração.
23
3.3.8 Documentação
A documentação relativa ao sistema de gestão deve ser criada e
mantida, seja em papel ou meio eletrônico, objetivando a descrição dos
principais elementos do sistema e sua interação, além de fornecer orientação
sobre a documentação relacionada. A organização deve documentar e manter
atualizada toda a documentação necessária para assegurar que o seu sistema
de gestão SST seja adequadamente compreendido e eficazmente
implementado. Todos os documentos relativos ao sistema de gestão devem
ser controlados de maneira a estar disponível, sempre que necessário, tanto
para procedimentos internos quanto de possível fiscalização dos órgãos
competentes.
3.3.9 Monitoração do Desempenho
Entende-se por controle operacional as ações visando monitorar o
desempenho garantindo o cumprimento do programa e o atendimento dos
objetivos propostos. O controle operacional está estritamente relacionado com
os riscos (mais críticos) e com a política, os objetivos e o programa de gestão
SST. Serão identificadas as operações e atividades associadas aos riscos, e
onde serão necessárias as medidas de controle. São colocadas as específicas
ligadas a esta ação:
Estabelecimento e manutenção de procedimentos
documentados;
Estipulação e manutenção de procedimentos relativos aos
riscos de locais de trabalho, processo, instalações,
equipamentos, procedimentos operacionais e organização de
trabalho, incluindo suas adaptações às capacidades
humanas, de forma a eliminar ou reduzir os riscos de SST na
sua fonte.
24
3.4 Redução dos Acidentes e Suas conseqüências
A etapa do planejamento que está ligada à identificação de perigos,
avaliação e controle dos riscos, trata diretamente das melhorias a serem
implementadas nos locais de trabalho, prevenindo assim acidentes e suas
possíveis conseqüências. Uma empresa que não conhece seus riscos não está
preparada para gerenciar a prevenção. Através deste processo, certamente
terão influências frente a diversos aspectos. Esta atividade deve contar com a
participação de todos os empregados envolvidos no processo, desde as
gerências até os operacionais. Isto garante que todos estarão consciente tanto
da sua participação para a redução dos riscos, seu controle e a importância de
reduzir os acidentes tanto para a manutenção do seu trabalho como para o
desempenho da empresa.
Isto porque é ilusão pensar que qualquer empresa está livre dos
danos causados por acidentes, pois a ocorrências destes deixa seqüelas que
influenciam ou afetam os aspectos econômico, social e humano das
empresas, do trabalhador e sua família, do Estado e da Sociedade. Os
acidentes e as doenças do trabalhado forçam as empresas a elevar o preço
dos bens e serviços que produzem, podendo gerar inflação ou prejudicar sua
capacidade de competir – o que compromete a sua saúde econômica, a receita
tributária e o desempenho da economia como um todo.
3.5 Definição de Responsabilidade em Relação à Segurança do Trabalho
O novo pensamento prevencionista parte do princípio de que todos
são responsável pela segurança e saúde, ao contrário da cultura predominante
nas organizações que transfere a atuação frente a este tema unicamente para
o SESMT e a CIPA, com os gerentes surgindo muitas vezes somente quando
da ocorrência de eventos indesejados. Em uma empresa a administração e os
empregados devem estar envolvidos no desenvolvimento de um plano de
saúde e segurança, e que todas as pessoas da organização devem
compreender o benefício desta política para todos.
25
Alta direção da empresa a participação frente ás questões de
segurança e saúde no trabalho, salvo em caso de ocorrências graves que
atingem diretamente a imagem da organização. Este tipo de atitude acaba por
influenciar no pensamento dos gerentes dos mais diversos escalões, que por
não terem sido designados pela alta administração com responsável pela
promoção da segurança e saúde, acabam por se esquivar desta atribuição se
distanciado do seu papel de multiplicar da prevenção de acidentes e doenças.
A segurança do trabalho é uma das responsabilidade da gerência de cada
setor, no que concerne à manutenção de condições apropriadas para o
trabalho seguro e ao desempenho do pessoal na prática de prevenção de
acidentes.
Algumas conclusões relativas à participação dos gerentes perante a
Segurança e Saúde no Trabalho:
Os gerentes que trabalham algumas conclusões com os
riscos potencialmente capazes de gerar danos a saúde dos
trabalhadores não impõem do conhecimento necessário para
com eles lidar de modo adequado;
Os gerentes que convivem riscos, mesmo sabendo de sua
existência, não assumem o compromisso de corrigi-lo pelo
fato de ser essa uma tarefa de competência do SESMT;
Os gerentes que lidam com os riscos podem saber de sua
existência, mas não se esforçam para corrigi-lo porque suas
chefias superiores não lhe dão apoio para as ações
necessárias.
3.6 Verificação e Ação Corretiva
Esse elemento propícia a empresa construtora uma visão global de
todo o processo de implantação e gerenciamento de seu sistema, através do
monitoramento e medição de seu desempenho, análise detalhada das
ocorrências de acidentes e/ou incidentes, bem como as auditorias internas
e/ou externas, conforme ilustradas na figura 4
26
Nesse momento os registros de todas as ações de monitoramento e
medição de desempenho, análise detalhada das ocorrências de acidentes
e/ou incidentes, bem como as auditorias internas e/ou externas devem ser
realizadas.
Figura 4 – Verificação e Ações Corretiva
3.6.1 Monitoramento e medição do Desempenho
O monitoramento e a medição do desempenho são recursos que
objetivam verificar a política, e se os objetivos estão sendo atendidos.
A empresa construtora deve estabelecer e manter procedimentos
para monitorar e medir regularmente tais modificações, tais documentos devem
conter:
Medidas qualitativas e quantitativas adequadas às
necessidades da organização;
Monitoramento do nível de atendimento dos objetivos de
saúde e segurança da organização;
Medidas reativas de desempenhos para monitorar acidentes,
danos pessoais, incidentes (inclusive quase-acidentes) e
27
outras evidências históricas do desempenho deficiente em
saúde e segurança;
Registro de dados e resultados de monitoramentos e
medições suficientes para facilitar uma análise posterior das
ações corretivas e preventivas implementadas.
Se for necessário o uso de equipamento de monitoração para medir
e monitorar o desempenho, a organização deve estabelecer e manter
procedimentos para a calibração e manutenção de tais equipamentos. Devem
ser mantidas registros da calibração, bem como das atividades de manutenção
e seus resultados.
28
4. ANALISE DOS RESULTADOS
Foi desenvolvido o presente estudo baseado em uma referencial teórico
que busca melhoria contínua da qualidade e vida da população.
O estudo teve início com a proposta de se realizar um levantamento do
material bibliográfico existente sobre segurança do trabalho, buscando
apresentar um estudo para implantação de um Sistema de Gestão em
Segurança e Saúde Ocupacional, isso com o objetivo de contribuir para a
melhoria das condições ambientais na industrias da construção civil, focando
como público alvo seus trabalhadores.
Neste pensamento e com base nos resultados deste estudo, onde os
empregados apresentaram várias percepções em relação aos processos
prevencionistas, mas que precisam ser desenvolvidas pela empresa, verifica-se
que os processos prevencionistas, mas que precisam ser desenvolvidos pela
empresa, verifica-se que os processos de treinamento direcionados à
segurança do trabalho devem sofrer uma mudança em seu planejamento, com
revisão de seu conteúdo baseado muitas vezes somente na aplicação de
normas e procedimentos que o trabalhador deve executar, em um atendimento
formal, devendo considerar também os aspectos relativos às mais diversas
situações que possam estar expostos os trabalhadores no seu cotidiano,
criando condições para que eles trabalhem com consciência, capacitando-os
para analisar a realidade e tomar decisões, antecipando-se aos possíveis
riscos e adversidades advinhas do seu trabalho.
Desta forma, cabe também uma reformulação nos treinamento visando a
capacitação dos profissionais que ministram os treinamentos de segurança do
trabalho, seja nos cursos do sistema der ensino oficial ( técnico, tecnólogo e
superior), ou nos treinamentos ministrados internamente nas organizações.
29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste trabalho teve seu direcionamento para um tema
instigante, principalmente por estar ligado ao ser humano nas organizações,
suas atitudes e os riscos a que está exposto. Ao longo do estudo realizados,
no campo teórico, foi verificada a possibilidade de novos trabalhos expandirem
a pequena contribuição que foi dada por este trabalho de artigo científico.
Estas novas idéias podem estar baseadas em estudos mais
aprofundados sobre os comportamentos do trabalhador relacionados à
segurança do trabalho; a aplicação da gestão autônoma em outros temas
organizacionais, avaliação da implantação de um modelo de gestão autônoma
nas organizações e novas possibilidades de adoção no modelo de Gestão da
SST.
Entretanto, temos certeza de que todos os trabalhos acadêmicos
que de algumas forma venham a contribuir para a melhoria da qualidade de
vida do trabalhador, como foi o caso deste estudo, possuem relevância do
desenvolvimento dos campos teóricos e práticos, tanto no meio acadêmico
como na organizacional.
30
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação
de documentação: artigo em publicação periódicas científicas
impressa:apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação
de documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro. 2002. 24p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de
Janeiro. 2002. 6p.
BRAGA, Marcos Moreira. Manual para Elaboração de Artigos Científicos.
Niterói , Rio de Janeiro, 2007, 58 p.
LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 3° Ed., São
Paulo:Atlas, 1991.
FRANÇA, J. L. et al. Manual para Normalização de Publicação Técnico-Científicas. 6 ed. Belo Horizonte: Ed. Da UFMG, 2003.
DE CICCO, F. Manual Sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho: OHSAS 18001. São Paulo: Risk Tecnologia, 1999.
FUNDACENTRO. A Segurança e medicina do Trabalho na Construção Civil. São Paulo: FUNDACENTRO, 1980.
________- Sistema de Gestão. Revista Proteção, Novo Hamburgo, MPF, ano
14, n 112, p. 52-59, abr 2001.
31
________ - Gestão de Segurança e Saúde do Trabalhador – Uma questão para Reflexão. In: IRT, FUNDACENTRO. Novos Desafios em Saúde e
Segurança no Trabalho. Belo Horizonte: PUC/ Minas, 2001.
ANCHIETA, Cleudson Campos de. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) : a sua importância para as organizações. Monografia:
UEMA, 2006.
PAULO, Henrique Covre. Acidentes de Trabalho na Construção Civil. Dissertação de Mestrado, 2006.
BASSAN, José Geraldo. Manutenção de Edifícios Nas Industrias Romi S.A..Monografia: FIEL – Faculdade Integradas Einstein de Limeira, São Paulo,
2006.
BUZOLIN, Alexandre. Planejamento e Controle de Obras. Monografia: FIEL –
Faculdade Integradas Einstein de Limeira, São Paulo, 2006.
Organização Internacional do Trabalho (OIT). Diretrizes Sobre Sistemas de
Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho – Programa de Saúde no Trabalho.
Genebra – Brasília, 2002.
32
ABSTRACT
The civil construction industry is considered delayed both technologically as
gerencialmente when compared to other sectors. No desire to modernize the
sector of the buildings has shown great strides through hires, their traditional
activities, new technologies for process. The management of work safety and
occupational health, however, creates major problems mainly due to the
difficulty of management to use more modern approaches in the design of tools
to support management. Therefore, a detailed review was made of several
works, developed by several authors, in addition to the existing laws in the
country, relating to strategies for improving performance on Security. With this,
sought to raise up elements which enable the construction of the bases for
Implementation of a Methodology for Implementation of Safety Management
System in Labor and Occupational Health Business returned to the leg of the
Civil Construction. As well as presenting a draft Security Management Systems,
based on OHSAS 1800, to be implemented by construction companies for
building vertical in their beds works. In conclusion, it has - the confirmation of
the hypothesis of the research, which is adapting the OHSAS 18000 to be
implemented in construction companies.
Keywords: Civil Construction, Security of work, OHSAS 18000.
33
top related