tomás de aquino de regno. capítulo viii o que motiva o rei para bem governar? É a honra? É a...
Post on 17-Apr-2015
112 Views
Preview:
TRANSCRIPT
Tomás de Aquino
De Regno
Capítulo VIII
O que motiva o Rei para bem
governar?
É a honra?
É a glória?
Capítulo VIII – 22
Rei:
Deve buscar o bem da multidão.
Atividade – onerosa
É preciso que haja um bem próprio para ele.
Qual é o prêmio conveniente para o Rei
por desempenhar sua função?
Capítulo VIII - 22
Prêmio: [1] Honra
[2] Glória
Túlio:O príncipe deve nutrir-se da glória.
Ao príncipe que não basta a glória e a honra, torna-se tirano.
Capítulo VIII - 22
Prêmios frágeis:
Dependem dos outros;
A ambição da glória humana tira a grandeza da
alma;
Para agradar a todos, torna-se escravo;
A glória humana é incompatível com o dever do
Rei.
Capítulo VIII - 23
Glória e Honra:
Nociva ao Rei
Nociva à multidão
Capítulo VIII - 23
Homem Bom:
Despreza a glória e os bens temporais
Glória – não é um prêmio conveniente
para um bom homem
Capítulo VIII - 23
Busca imoderada da glória:
Males perigosos
Leva a escravidão
Dissimulação
Capítulo VIII - 24
Honra – Glória
Próximos da virtude
Vestígios da virtude
Melhor do que outros vícios
Têm aprovação dos homens bons
Capítulo VIII - 24
E isto bem se exprime pelo que Aristóteles diz do
magnânimo na Ética (IV, 7, 1124 a 16-17): que o
magnânimo não busca a honra e a glória, como algo
grande que seja prêmio suficiente da virtude, mas nada
mais exige dos homens do que isto. Porque, entre
todas as coisas terrenas, parece ser o principal darem
os homens a um homem o testemunho da virtude dele.
Capítulo IX
Qual é o verdadeiro fim do
Rei, para levá-lo a
governar bem?
Capítulo IX - 25
Prêmio do Rei:
[a] Não é a honra nem a glória
mundana;
[b] O que lhe é o suficiente?
Capítulo IX - 25
Prêmio do Rei:
Vem de Deus
Ao governar o povo, o rei é um
ministro de Deus
Capítulo IX - 25
Deus:
Premia com bens temporais
Comum:
Bons
Maus
Capítulo IX - 25
Se, pois, aos reis iníquos em peleja contra os inimigos de
Deus, ainda que não com a intenção de servirem a Deus,
mas de pôr em ação seus ódios e cobiças, o Senhor
premia com tanta recompensa, como seja o dar-lhes
vitória sobre os inimigos, submeter reinos e apresentar-
lhes espólios às mãos, que não fará aos reis bons, que
com piedosa intenção regem o povo de Deus e acometem
aos inimigos?
Capítulo IX - 25
Certo, não lhes promete paga terrena, senão eterna, nem
noutra coisa que n’Ele mesmo, consoante diz Pedro aos
pastores do povo de Deus (1Pd 5,2.4): “Apascentai o
rebanho do Senhor, que vos foi confiado, e, quando vier o
príncipe dos pastores, quer dizer, o Rei dos reis, Cristo,
recebereis a coroa imarcescível de glória de que diz Isaías
(28,5): Será o Senhor grinalda de exultação e diadema de
glória para o seu povo”.
Capítulo IX - 26
Prêmio da virtude – Felicidade
Aristóteles:
A virtude de alguma coisa torna boa
a quem a possui e torna boa sua
obra.
Capítulo IX - 26
Busca – ser feliz
Virtude – torna o homem feliz
É obra da virtude proceder bem
Obra do rei: bem governar os súditos
Capítulo IX - 26
Se é obra da virtude proceder bem;
Se a obra do rei é bem governar os
súditos;
Então, será recompensa do rei o que o
faça feliz.
Capítulo IX - 26
Denominamos felicidade o fim último dos desejos.
E o movimento do desejo não procede em infinito; pois
seria vazio o desejo natural, visto que os infinitos não
podem ser percorridos.
Mas, sendo o desejo da natureza intelectual do bem
universal, só poderia fazer feliz verdadeiramente aquele
bem que, alcançado, não resta mais bem algum que
possa desejar.
Capítulo IX - 26
Por onde, também se denomina felicidade o bem
perfeito, como abrangendo tudo o que é
desejável, o qual não é nenhum dos bens
terrenos; pois quem possui riquezas deseja ter
mais, e os que gozam de prazeres desejam
gozar mais e semelhantemente se patenteia
com outras coisas.
Capítulo IX - 26
E se não se buscam mais vastas, não obstante
deseja-se que permaneçam, ou outras sucedam
em lugar delas. Nada havendo de permanente
nas coisas terrenas, nada há de terreno que
possa aquietar o desejo. Assim, nada do que é
terreno pode fazer feliz, para poder ser prêmio
conveniente do rei.
Capítulo IX - 27 – 28
Não há algo mais criado, que faça o homem feliz e
ao rei se possa conferir como prêmio.
A mente humana conhece o bem universal pelo
intelecto e o deseja pela vontade; ora, não se
encontra senão em Deus o bem universal. Nada há,
pois, que possa fazer o homem feliz, preenchendo-
lhe o desejo, senão Deus.
Capítulo IX - 28
Prêmio do Rei:
Honra e glória de Deus, não
mundana.
top related