andebol

Licenciatura em Educação Física, Desporto e Lazer

1º Ano

Estudos Práticos II

Andebol

Torres Novas, 20 de Junho de 2012 Elaborado por: Raul Cipriano

Francisco Cachado

Índice

Introdução............................................................................................................................3

História do Andebol............................................................................................................4

Características do Andebol................................................................................................5

O Campo de Andebol e a Baliza.......................................................................................5

A Bola de Andebol.............................................................................................................6

Os Jogadores....................................................................................................................6

Regras..................................................................................................................................6

Gestos Técnicos.................................................................................................................6

RECEPÇÃO......................................................................................................................6

OS PASSES......................................................................................................................6

Planificação da Aula...........................................................................................................6

Conclusão............................................................................................................................6

Bibliografia............................................................................................................................6

Estudos Práticos IIPágina | 2

Introdução

O presente trabalho encontra-se enquadrado na disciplina de Estudos Práticos 2,

na modalidade de Andebol. O trabalho pretende de uma forma resumida mas coerente

falar da modalidade de andebol.

As temáticas que achamos mais importantes e que são abordadas são: a História,

as Caraterísticas, as Regras, os Gestos Técnicos e no final um Plano de Treino sobre os

gestos Passe e Receção.

O Andebol, quer pela importância biológica na formação do corpo e fortalecimento

do organismo, quer por apelar à capacidade criadora dos jogadores, é uma valiosa

modalidade desportiva na cultura física socialista.

Em poucas décadas de evolução, este desporto conheceu um aperfeiçoamento

constante e a sua prática estende-se a um número cada vez maior de países em todo o

mundo. O andebol joga-se, hoje me dia, nos cinco continentes e faz parte do programa

dos Jogos Olímpicos desde 1972.


História do Andebol

Não é fácil determinar com precisão as origens do andebol. O Andebol é das

modalidades mais jovens, se bem que tenha as suas origens na mais remota antiguidade.

Assim já na Grécia antiga se praticava um jogo de bola com a mão, conhecido por

jogo da Ucrânia, que Homero descreve na “Odisseia” e do qual foi descoberto, em 1926

em Atenas, um magnífico baixo-relevo que deve datar de 600 anos antes da era cristã.

Durante a Idade Média, os jogadores de bola com a mão continuaram a ser

praticados principalmente na corte, e foram batizados pelos trovadores como “Os

primeiros Jogos de Verão”.

Em fins do século passado, em 1890, o professor de ginástica Konrad Koch criou o

“Raffballspied”, com características muito semelhantes às do Andebol. Na

Checoslováquia praticava-se, há muito, um jogo popular e parecido com o Andebol, “O

Azena”, nome pelo qual este desporto ainda hoje é conhecido naquele país.

Em plena guerra, em 1017, apareceu na Alemanha um novo jogo de equipa, o

Andebol, imaginado pelo professor de ginástica feminina Wasc Heiser, que jogava com as

suas alunas nas áleas de uma das principais avenidas de Berlim. Todavia qualquer

destes jogos não conseguiu impor-se ao Andebol, como desporto devidamente codificado,

só apareceu após a primeira grande Guerra Mundial.

Correntemente atribui-se a sua criação aos alemães Hirschmann e Carl Schelenz.

No entanto, o Uruguai reivindica para si a paternidade desse jogo, hoje tão popular em

todo o mundo.

Teria sido seu criador professor de Educação Física António Valeta, criador aliás

de muitos outros jogos nacionais uruguaios e que pretendeu com ele fazer uma réplica do

Futebol, tendo-lhe dado o nome de “Ballon”. O jogo começou a ser muito conhecido

naquele país, em fins de 1916, e de tal maneira queque se popularizou que, em 1918, se

disputou o primeiro jogo oficial no Estádio “Higiene e Salud” de Montevideu.


Características do Andebol

O Andebol é um jogo desportivo coletivo praticado por duas equipas, cujo objetivo

é introduzir a bola na baliza da equipa adversária e evitar que ela seja introduzida na sua,

respeitando as regras do jogo.

O recinto oficial de jogo é retângular delimitado por duas linhas laterais e duas

linhas de baliza. Sobre cada uma destas últimas, ao centro, está colocado uma baliza.

Ganha o jogo a equipa que, no fim do tempo regulamentar, tenha obtido o maior

número de golos. No entanto, os empates são permitidos no Andebol. Nas situações em

que seja necessário desempatar, existirá um prolongamento de 10 minutos, divididos em

2 partes de 5 minutos. Subsistindo a igualdade, efetua-se um segundo prolongamento e,

só depois, caso seja necessário, séries de 5 livres de 7 metros.

O Campo de Andebol e a Baliza

O campo de Andebol tem 40 metros de comprimento e 20 metros de largura. Este

campo tem várias linhas que são: as linhas de 9 metros, de 7 metros e de 4 metros, a

linha de meio-campo e a linha lateral.

A baliza tem 3 metros de largura por 2 metros altura.

Número de jogadores - 12: 7 efetivos e 5 suplentes

Dimensões do campo - 40 m de comprimento p/20 m de largura


Bola - Perímetro: 4 a 60 cm. Peso: 325 a 475 g.

Baliza - 3 m de largura p/2 m de altura

Duração - 60 minutos, divididos em 2 partes de 30 minutos

Juízes - 2 árbitros, 1 secretário e 1 cronometrista

A Bola de Andebol

A bola de Andebol varia no perímetro e no peso,

consoante os escalões que é jogada.

No escalão de seniores e juniores tem um perímetro

de 58 a 60 cm e um peso de 425 a 475 g.

Na classe das senhoras e no escalão dos juvenis tem

um perímetro de 54 a 56 cm e um peso de 325 a 400 g.

A bola só pode ser jogada com as mãos ou com

qualquer parte do corpo acima dos joelhos. Esta não pode ser agarrada durante mais de 3

segundos, com exceção dos jogos de iniciantes desta modalidade. Os jogadores não

podem dar mais de 3 passos com a bola na mão. No Andebol, é obrigatório usar o drible

com uma das mãos, e se a bola for agarrada durante o drible com as duas mãos, o

jogador terá imediatamente de passar a bola a outro jogador ou rematar (se estiver perto

da baliza)...

É golo, só quando a bola ultrapassa completamente a linha de baliza.

Os Jogadores

Uma equipa é constituída por 12 jogadores: 2 guarda-redes, 10 jogadores, dos

quais 6 estão dentro de campo, e o restante são suplentes. No entanto há equipas que só

têm 1 guarda-redes, dispondo de 11 elementos.

As substituições podem ser feitas sem a autorização do árbitro, mas têm de ser

feitas dentro da zona própria.

Os jogadores têm por obrigação respeitar-se mutuamente dentro do campo, e não

podem recorrer a atitudes incorretas para alcançar o seu objetivo.


Regras

Arbitragem

Começo do jogo

O jogo começa com um lançamento de saída, no centro do campo. O árbitro apita

para iniciar o jogo. Os jogadores defesas devem estar a 3 m do portador da bola, no seu

meio campo.

Golo

É golo quando a bola ultrapassa completamente a linha de baliza entre os postes e

por debaixo da trave. O árbitro assinala o golo com 2 apitos consecutivos. O jogo

recomeça com um lançamento de saída.

Como se pode jogar a bola

A bola é jogada exclusivamente com as mãos, podendo ser passada, rematada ou

conduzida em drible em qualquer direção. A infração a estas regras é sancionada com o

lançamento livre. O árbitro interrompe o jogo. Com um braço aponta o lugar de marcação

do lançamento livre e com o outro sinaliza a direção do ataque. Com a bola nas mãos,

apenas é permitido realizar 3 passes. Na ação de drible, não é permitido:

1) Bater a bola com as 2 mãos simultaneamente;

2) Driblar, controlar a bola com 1 ou as 2 mãos e voltar a driblar;

3) Acompanhar a bola com a mão, no momento do drible (transporte).

Um jogador que não está em drible só pode ter a bola em seu poder durante um

período máximo de 3 segundos. Não é permitido socar a bola ou lançar-se ao solo para

a agarrar!"

Bola fora

A bola está fora quando ultrapassa completamente as linhas laterais ou de baliza,

pois as linhas que delimitam o campo fazem parte dele. Bola saída pela linha lateral

Reposição efetuada pela equipa que não teve responsabilidade na saída da bola. O


árbitro indica o sentido do ataque com os 2 braços paralelos. Bola saída pela linha de

baliza tocada por um defensor. Reposição efetuada por 1 atacante no ponto de encontro

da linha lateral com a linha de baliza.

O árbitro indica o sentido do ataque com os 2 braços paralelos.

A bola saída pela linha de baliza tocada pelo guarda-redes ou por 1 atacante.

Lançamento de baliza.

O árbitro flete a mão apontando para o interior da área de baliza.

Conduta para com o adversário

É proibido agarrar, puxar, empurrar ou impedir o movimento de 1 adversário,

usando os braços ou as pernas. Lançamento livre.

O árbitro indica o local onde deve ser executado o lançamento livre.

Se a falta for cometida sobre 1 jogador que se encontre em situação flagrante de

marcar golo: livre de 7 metros.

O árbitro aponta para a marca de 7 metros

Falta do atacante

Quando 1 atacante carrega um jogador defesa cujo posicionamento estava

claramente definido, diz-se que houve falta do atacante. Lançamento livre.

O árbitro indica o local onde deve ser executado o lançamento livre.

Jogo passivo

Diz-se que há jogo passivo quando, na opinião do árbitro, 1 equipa de posse da

bola não manifesta intenção de rematar à baliza. Os dois árbitros levantam 1 dos braços

na vertical, informando que a equipa está em vias de ser penalizada por jogo passivo.

Se o árbitro assinalar jogo passivo, manda marcar 1 lançamento livre, que será

executado no local onde estava a bola no momento da interrupção.


Sanções disciplinares

Um jogador comete 1 falta não muito grave sobre 1 adversário... Lançamento livre

ou lançamento de 7 metros e advertência.

O árbitro exibe o cartão amarelo.

Sanções disciplinares (cont.)

Um jogador volta a cometer 1 falta pela qual já foi advertido, ou tem uma atitude

antidesportiva, por exemplo, não deixar a bola no solo após o apito do árbitro.

Lançamento livre ou lançamento de 7 metros e exclusão.

Durante 2 minutos o jogador não participa no jogo. O árbitro executa sinal de exclusão.

Um jogador é excluído pela terceira vez ou tem uma atitude antidesportiva grave...

Lançamento livre ou lançamento de 7 metros e desqualificação.

O árbitro exibe cartão vermelho.

O jogador desqualificado abandona o campo e a sua equipa jogará durante 2

minutos com menos um jogador.

Um jogador comete 1 agressão, no interior ou fora do recinto do jogo...

Lançamento livre ou lançamento de 7 metros e expulsão.

O árbitro indica a expulsão, cruzando os braços acima da cabeça. A equipa joga

durante o resto do jogo com menos um jogador.

Área de baliza e guarda-redes

O guarda-redes é o único jogador a quem é permitido permanecer dentro da área

de baliza. Dentro dela, pode defender com qualquer parte do corpo, incluindo os pés, e

movimentar-se com a bola na mão sem limitações. Fora da área de baliza, é considerado

como um jogador de campo. O guarda-redes não pode sair da área de baliza com a

bola na mão. Lançamento livre.

O árbitro aponta para o local da falta na linha de lançamento livre (9 metros).

O guarda-redes não pode entrar na área de baliza com a bola na mão. Livre de 7 metros.

O árbitro aponta para a marca de 7 metros.


Nenhum jogador pode passar a bola ao seu guarda-redes quando este está no

interior da área de baliza. Livre de 7 metros.

O árbitro aponta para a marca de 7 metros.

A área de baliza não pode ser pisada por atacantes ou defensores. O árbitro

indica "violação" da área e assinala lançamento livre, no caso de ter sido um jogador

atacante a pisar a área restrita.

Se for um defesa, desde que acidentalmente, o árbitro marcará

Área de baliza e guarda-redes (cont.)

Lançamento livre. Se houver intencionalidade em entrar na área para apanhar a

bola ou travar 1 ação de remate, assinalará livre de 7 metros.

Substituições

Durante o jogo, qualquer jogador pode ser substituído. A sua entrada em campo

pode fazer-se em qualquer momento, desde que o jogador que vai ser substituído já

tenha saído do terreno de jogo pela zona de substituição existente no seu meio campo

defensivo.

Descontos de tempo

Durante o jogo, cada treinador tem direito a solicitar 1 desconto de tempo de 1

minuto, em cada meio tempo. O delegado da equipa entrega um talão verde a um oficial

de mesa, solicitando o desconto de tempo. O desconto de tempo será concedido

imediatamente antes de 1 lançamento de baliza ou de 1 lançamento de saída após golo, a

ser executado pela equipa que o solicitou.

Gestos Técnicos

RECEPÇÃO

A receção é o gesto técnico que permite controlar a bola com

segurança de forma a poder jogar imediatamente a seguir.


No momento da receção o atleta deve enquadrar-se com o companheiro que lhe

vai passar a bola e na altura da receção os braços deves estar estendidos com os

cotovelos descontraídos para que quando a bola entrar em contacto com as mãos eles

fletirem para amortecer a velocidade desta e protegê-la do corpo.

Na receção, os polegares das duas mãos devem tocar um no outro formado com

os indicadores uma letra “W”, a colocação correta dos polegares é fundamental para que

a bola não escorregue.

A receção pode ser de 2 tipos:

Média – quando se efetua a receção à altura do peito;

Alta – quando se efetua acima ou na linha da cabeça.

OS PASSES

O objetivo do passe é

passar a bola a um

companheiro melhor colocado.

Contudo um bom passe

depende de vários fatores, tais

como a força, a distância a

percorrer, a trajetória, a altura e

a velocidade.

Após o jogador efetuar a análise dos fatores que enumeramos anteriormente pode

optar por vários tipos de passe mas o mais utilizado é o passe de ombro.

O jogador deve dominar bem este GTF pois durante um jogo tem que ser rápido a

escolher o tipo de passe bem como efetuar uma boa leitura do posicionamento dos seus

companheiros para decidir a quem passar a bola. Deve também ter em atenção que o

objetivo final do passe é fazer chegar a bola ao seu companheiro de forma a este poder

joga-la, para tal a transmissão tem que ser efetuada em sincronização com o

companheiro que a vai receber atendendo ao movimento de desmarcação no tempo e no

espaço.

Portanto aquando do passe o jogador deve:


Orientar-se na direção do seu companheiro de equipa ao qual quer endossar a

bola;

Ter em atenção ao ângulo reto que o braço e o antebraço da mão que possui a

bola deve formar, ficando o cotovelo à altura do ombro;

Manter a palma da mão por trás da bola;

Conduzir o braço contrário na direção do companheiro de equipa a que vai passar,

quando lançar a bola;

Fazer recuar o braço livre aquando do passe, na altura do passe, à medida que o

ombro do braço que executa avança.

Planificação da Aula

Escola Superior de Educação

Licenciatura em Educação Física, Desporto e Lazer

Equipa: Turma 1º ano LEFDL Época: 2011/2012

Data:21JUN12 Nº UT: 4

Período: Preparatório Hora: 18h00

Mesociclo: Base Local: Torres Novas

Microciclo: Ajuste UT tipo: Aprendizagem

Dinâmica das Cargas Dias da Semana

Volume: 60` 2F 3F 4F 5F 6F S D

Intensidade: Média

Objetivos Gerais Objetivos Específicos

Passe e Receção Passe de Ombro


Observações Material

18 alunos 10 Bolas, 18 Coletes, 10 Pinos, 2 Balizas

Objetivos Conteúdo Organização TP TT

Parte Introdutória

→Apresentação da aula e delimitação de

objetivos

5` 5`

Alongamentos

→Exercícios Gerais

5` 10`

Estimulação Cardiovascular

Aquecimento

Tarefas básicas do domínio do

corpo

Jogos lúdicos com bola


Estímulo Auditivo

Barra do lenço

→2 Equipas com igual nº de jogadores. Traçam-se no chão 2 linhas paralelas. Os jogadores colocam-se frente a frente, ao longo da respetiva linha numerados. No centro a igual distância das 2 equipas, o treinador com o lenço.

→O professor chama um nº. Os 2 jogadores tentam apoderar-se do lenço e levá-lo para o seu campo

10` 20`


Trabalho de Habilidades

Motoras consideradas importantes para o tema

Parte Principal

Parte Fundamental

Passes de ida e volta

→Dividem-se os jogadores em equipas de igual número, que se colocam em filas

paralelas. Cada equipa tem terá um jogador

que coloca em frente à fila de jogadores mas

afastado destes.

→Ao sinal, o capitão passa a bola ao 1º

jogador da fila, que lha devolve e corre para

trás da fila.

→Quando volta novamente ao primeiro, recebe a volta e troca

de lugar com o capitão.

10` 30`

Trabalho tático

(Integrar habilidades praticados)

Ataque Organizado

→Ataque organizado utilizando os passes praticados.

→Passo do ponta esquerdo para o Pivôt, o Pivôt recebe e faz chegar a bola ao Ponta Direito que remata em Suspensão ou Apoio.

15` 55`


Parte Final

→Alongamentos, reflexão e relaxamento.

5` 60`


Conclusão

Como grupo julgamos que o trabalho concluiu os objetivos propostos. Estes

mesmos objetivos passavam por um planeamento de treino, esse mesmo planeamento foi

realizado. Para complementar quisemos também falar um pouco do andebol em si.

De uma forma geral o trabalho também serviu para conhecermos o andebol um

pouco melhor.

Quanto a dificuldades, não foram muitas, visto que existe um leque de livros de

andebol bastante bom.


Bibliografia

"O Universo das Actividades Físicas" - 5º / 6º de João Jacinto, Sebastião Cruz, Maria da Graça Santos, Francisco Carreiro da Costa - Lisboa Editora

“O Andebol - As Regras, a Técnica, a Táctica”, Jean-Jacques Curelli, Paul Landuré, 1999, Editorial Estampa

“Jogos de Iniciação ao Andebol”, Santos, Filomena, 1992

“Grande Enciclopédia do Desporto”, Cultural, S.A.


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