apostila cipa 2014

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COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES CIPA

Comisso

Interna de

Preveno de

Acidentes

ndice

1. Objetivo do Treinamento42. O Trabalho da CIPA43. Composio da CIPA54. Atribuies da CIPA64.1. Atribuies do Presidente64.2. Atribuies do Vice-Presidente64.3. Atribuies do Secretrio (a)74.4. Atribuies do Vice-Presidente e do Presidente74.5. Atribuies do Empregador84.6. Atribuies do Empregado85. Funcionamento da CIPA96. Acidente do Trabalho106.1. Conceito Legal

106.2. Conceito Prevencionista117. Causa de Acidente127.1. Atos inseguros12

7.2. Condies Inseguras13

7.3. Maneiras de se Vestir13

7.4. Ordem e limpeza14

8. Mapa de Riscos15

8.1. Etapas da Elaborao16

8.2. Sobre a elaborao do Mapa a legislao diz19

9. Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC)24

10. Equipamentos de Proteo Individual (EPI)25

10.1. Porque Equipamentos de Proteo Individual26

10.2. Exigncia Legal para a empresa e o empregado26

10.3. Escolha de EPI27

10.4. Utilizao do EPI2710.5. Tipos de EPI28

10.5.1. Protetores de Cabea28

10.5.2. Protetores Auriculares28

10.5.3. Protetores Oculares29

10.5.4. Proteo dos Membros Inferiores29

10.5.5. Proteo do Corpo3010.5.6. Proteo do Tronco30

10.5.7. Proteo dos membros superiores30

10.5.8. Proteo Respiratria311. Objetivo do TreinamentoEste treinamento tem por objetivo oferecer aos cipeiros os conhecimentos necessrios para que possam desenvolver suas funes de forma atuante e correta.

2. O trabalho da CipaConforme a Portaria 3.214 de 08 de Junho de 1978, as Empresas privadas que possuam Empregados regidos pela CLT Consolidao das Leis do Trabalho, ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento por estabelecimento uma CIPA - Comisso Interna de Preveno de Acidentes.

A COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES (CIPA) uma comisso composta de representantes do capital e do trabalho para cuidar de interesses comuns. enorme sua importncia na preveno de acidentes do trabalho e na preservao da sade do trabalhador, que seu bem estar fsico e mental.

fato comprovado por estudos da Organizao Internacional do Trabalho que o elemento humano tem grande participao nas causas de acidente e comprovou que esse o mais complexo e mais importante que qualquer outro.

O trabalho da CIPA deve ser um objetivo onde possam unir os esforos, dividir a carga de responsabilidades e atribuies. Cabe a CIPA e ao SESMT, promover a SIPAT, Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho.

Tanto no campo prtico, orientando seus companheiros de trabalho no uso correto dos equipamentos de proteo, como no campo doutrinrio, nos momentos de reunies e palestra, mais se fortalece as atividades de uma CIPA devidamente organizada e prestigiada por apoio constante.

Por experincia, sabemos, uma CIPA s pode ser bem sucedida se a direo da empresa acreditar em seu trabalho, se os representantes forem bem escolhidos e dedicados, e os demais trabalhadores depositarem nessas partes a sua confiana.

3. Composio da cipa

A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com a Norma Regulamentadora n5, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos para setores econmicos especficos.

Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes sero por eles designados.

Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados.

O nmero de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos de setores econmicos especficos.

O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de um ano, permitida uma reeleio.

vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direo de Comisses Internas de Preveno de Acidentes desde o registro de sua candidatura at um ano aps o final de seu mandato.

Sero garantidas aos membros da CIPA condies que no descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferncia para outro estabelecimento sem a sua anuncia, ressalvado o disposto nos pargrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. O empregador dever garantir que seus indicados tenham a representao necessria para a discusso e encaminhamento das solues de questes de segurana e sade no trabalho analisadas na CIPA.

O empregador designar entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolhero entre os titulares o vice-presidente.

Os membros da CIPA, eleitos e designados sero empossados no primeiro dia til aps o trmino do mandato anterior.

Ser indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretrio e seu substituto, entre os componentes ou no da comisso, sendo neste caso necessria a concordncia do empregador.

4. Atribuies da CIPA

Identificar Os Riscos Do Processo De Trabalho, E Elaborar O Mapa De Riscos, Com A Participao Do Maior Nmero De Trabalhadores, Com Assessoria Do SESMT, Onde Houver;

Elaborar Plano De Trabalho Que Possibilite A Ao Preventiva Na Soluo De Problemas De Segurana E Sade No Trabalho;

Participar Da Implementao E Do Controle Da Qualidade Das Medidas De Preveno Necessrias, Bem Como Da Avaliao Das Prioridades De Ao Nos Locais De Trabalho;

Realizar, Periodicamente, Verificaes Nos Ambientes E Condies De Trabalho Visando A Identificao De Situaes Que Venham A Trazer Riscos Para A Segurana E Sade Dos Trabalhadores;

Realizar, A Cada Reunio, Avaliao Do Cumprimento Das Metas Fixadas Em Seu Plano De Trabalho E Discutir As Situaes De Risco Que Foram Identificadas;

Divulgar Aos Trabalhadores Informaes Relativas Segurana E Sade No Trabalho;

Participar, Com O SESMT, Onde Houver, Das Discusses Promovidas Pelo Empregador, Para Avaliar Os Impactos De Alteraes No Ambiente E Processo De Trabalho Relacionados Segurana E Sade Dos Trabalhadores;

Requerer Ao SESMT, Quando Houver, Ou Ao Empregador, A Paralisao De Mquina Ou Setor Onde Considere Haver Risco Grave E Iminente Segurana E Sade Dos Trabalhadores;

Colaborar No Desenvolvimento E Implementao Do PCMSO E PPRA E De Outros Programas Relacionados Segurana E Sade No Trabalho;

Divulgar E Promover O Cumprimento Das Normas Regulamentadoras, Bem Como Clusulas De Acordos E Convenes Coletivas De Trabalho, Relativas Segurana E Sade No Trabalho;

Participar, Em Conjunto Com O SESMT, Onde Houver, Ou Com O Empregador Da Anlise Das Causas Das Doenas E Acidentes De Trabalho E Propor Medidas De Soluo Dos Problemas Identificados;

Requisitar Ao Empregador E Analisar As Informaes Sobre Questes Que Tenham Interferido Na Segurana E Sade Dos Trabalhadores;

Requisitar Empresa As Cpias Das CAT Emitidas;

Promover, Anualmente, Em Conjunto Com O SESMT, Onde Houver, A Semana Interna De Preveno De Acidentes Do Trabalho - SIPAT;

Participar, Anualmente, Em Conjunto Com A Empresa, De Campanhas De Preveno Da AIDS.4.1. Atribuies do Presidente

Convocar os membros para as reunies da CIPA;

Coordenar as reunies da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decises da comisso;

Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;

Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;

Delegar atribuies ao Vice-Presidente;

4.2. Atribuies do Vice Presidente

Executar atribuies que lhe forem delegadas;

Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporrios;

4.3. Atribuies do (a) Secretrio (a)

Acompanhar as reunies da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovao e assinatura dos membros presentes;

Preparar as correspondncias; e

Outras que lhe forem conferidas.

4.4. Atribuies do Presidente e Vice Presidente

Em conjunto, tero as seguintes atribuies:

cuidar para que a CIPA disponha de condies necessrias para o desenvolvimento de seus trabalhos;

coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcanados;

delegar atribuies aos membros da CIPA;

promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver;

divulgar as decises da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

encaminhar os pedidos de reconsiderao das decises da CIPA;

constituir a comisso eleitoral.

4.5. Atribuies do Empregador

Proporcionar aos membros da CIPA os meios necessrios ao desempenho de suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantes do plano de trabalho.

4.6. Atribuies dos Empregados

Participar da eleio de seus representantes;

Colaborar com a gesto da cipa;

Indicar cipa, ao sesmt e ao empregador situaes de riscos e apresentar sugestes para melhoria das condies de trabalho;

Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaes quanto a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho.

5. O Funcionamento da CIPAA CIPA ter reunies ordinrias mensais, de acordo com o calendrio preestabelecido.

As reunies ordinrias da CIPA sero realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado.

As reunies da CIPA tero atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cpias para todos os membros.

As atas ficaro no estabelecimento disposio dos Agentes da Inspeo do Trabalho - AIT.

Reunies extraordinrias devero ser realizadas quando:

houver denncia de situao de risco grave e iminente que determine aplicao de medidas corretivas de emergncia;

ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;

houver solicitao expressa de uma das representaes.

As decises da CIPA sero preferencialmente por consenso. No havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociao direta ou com mediao, ser instalado processo de votao, registrando-se a ocorrncia na ata da reunio.

Das decises da CIPA caber pedido de reconsiderao, mediante requerimento justificado.

O pedido de reconsiderao ser apresentado CIPA at a prxima reunio ordinria, quando ser analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessrios.

O membro titular perder o mandato, sendo substitudo por suplente, quando faltar a mais de quatro reunies ordinrias sem justificativa.

A vacncia definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, ser suprida por suplente, obedecida ordem de colocao decrescente registrada na ata de eleio, devendo o empregador comunicar unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego as alteraes e justificar os motivos. No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicar o substituto, em dois dias teis, preferencialmente entre os membros da CIPA.

No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representao dos empregados, escolhero o substituto, entre seus titulares, em dois dias teis.

6. Acidente de Trabalho6.1. Conceito Legal (LEI 6367/76)

Acidente do trabalho aquele que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da Empresa, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou perda, ou reduo permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. Equipara-se ao acidente do trabalho o acidente sofrido pelo empregado no local e no horrio de trabalho, em conseqncia de:

Alto de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de trabalho;

Ofensa fsica internacional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;

Ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiros, inclusive companheiro de trabalho;

Ato de pessoa privada do uso da razo;

Desabamento, inundao ou incndio;

Outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior.

De acordo com o item III do pargrafo 1; nos perodos destinados refeio ou Descanso, ou por ocasio da satisfao de outras atividades fisiolgicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado ser considerado a servio da empresa.

Tambm sero considerados acidentes do trabalho os acidentes sofrido pelo empregado ainda que fora seu local e horrio de trabalho:

Na execuo de ordem realizao de servio sob a autoridade da empresa;

Na prestao espontnea de qualquer servio empresa para he evitar prejuzo ou proporcionar proveito;

Em viagem a servio da empresa, seja qual for o meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do empregado;

No percurso da residncia para o trabalho ou deste para aquela.

De acordo com o item V equipara-se ao acidente do trabalho, para fins desta lei de acordo com o item II do pargrafo 1:

O acidente que, ligado ao trabalho que no tenha sido causa nica, haja contribudo diretamente para a morte ou perda ou reduo da capacidade para o trabalho;

A doena proveniente da contaminao acidental de pessoal da rea mdica, no exerccio da sua sade;

A doena profissional ou de trabalho, assim entendida e inerente ou peculiar a determinado ramo de atividade e constante de relao organizada pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social (MPAS).

Em casos excepcionais, constatando a doena no includa na relao prevista no item I do pargrafo 1 resultou de condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, o Ministrio da Previdncia Assistncia Social dever considera-la como acidente do trabalho.

No podero ser consideradas, doena degenerativa, a inerente a grupo etrio e a que no acarreta incapacidade para o trabalho.

Considera-se como dia do acidente, no caso de doena profissional ou de trabalho, a data de comunicao desta empresa ou, na sua falta, a da entrada no pedido do benefcio no INPS, a partir de quando sero devidas as prestaes cabveis.

No ser considerada agravamento ou complicao do acidente do trabalho, leso que, resultante de outro acidente, se associe ou se superponha conseqncia do anterior.

6.2. Conceito Prevencionista

Acidente de trabalho uma ocorrncia no programada, inesperada ou no, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo til e/ou danos materiais.

7. Causas de Acidente do TrabalhoSo vrias as causas dos acidentes, desta forma vamos dividir o estudo para melhor compreenso. fundamental ao cipeiro conhecer essas causas, pois ser til nos momentos de analisar os acidentes e melhor preveni-lo.

7.1. Atos Inseguros

So geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que residem, exclusivamente, no fator humano, isto , aqueles que ocorrem da execuo das tarefas de forma contrria s normas de segurana;

falsa a idia de que no se pode predizer ou controlar o comportamento humano. Na verdade, possvel analisar os fatores relacionados com a ocorrncia de atos inseguros e control-los. Seguem-se, para orientao, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar atos inseguros:

Inadaptao entre homem e funo por fatores constitucionais. Eis alguns exemplos: sexo, idade, tempo de reao, coordenao motora, agressividade, impulsividade, problemas neurolgicos, nvel de inteligncia e grau de instruo.

Fatores circunstanciais so os que esto influenciando o desempenho do indivduo no momento. Eis alguns exemplos: problemas familiares, abalos emocionais, discusso com colegas, alcoolismo, grandes preocupaes, doena, estado de fadiga e outros.

Desconhecimento dos riscos da funo e/ou da forma de evita-los causado por: seleo ineficaz, falha ou falta de treinamento.

Desajustamento relacionado com certas condies especficas de trabalho. Eis alguns exemplos: problemas com colegas ou chefias, poltica proporcional imprpria e clima de insegurana.

Personalidade do trabalhador quando se manifesta por comportamentos imprprios. Eis alguns exemplos: desleixado, exibicionista, desatento, brincalho.

7.2. Condies Inseguras

So aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade fsica e/ou mental do trabalhador devido possibilidade do mesmo acidentar-se. Tais condies apresentam-se como deficincias tcnicas:

Na construo e instalaes onde se localiza a empresa, por exemplo: reas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de rudo e trepidaes, falta de ordem e limpeza, instalaes eltricas imprprias ou com defeitos, falta de sinalizaes.

Na maquinaria, por exemplo: localizao imprpria, falta de protees, e mquinas defeituosas.

Na proteo do trabalhador podemos citar os exemplos; proteo insuficiente, roupas no apropriadas, calados imprprios, equipamentos de proteo com defeito.

Deve-se levar em conta que, as vezes, os acidentes so provocados por associao entre ato e condio insegura.

7.3. Maneira de Se Vestir no Trabalho

As partes mveis das mquinas formam pontos de agarramentos que representam constante fonte de perigo para o operador.

Vejamos alguns exemplos: cilindros, correias, polias, engrenagens.

Alguns pontos que podem ser agarrados so: cabelos compridos, roupas soltas, camisa de magas compridas, jias e relgios.

O calado tambm um grande problema no ambiente de trabalho porque, geralmente, os tipos utilizados so desaconselhveis e ningum est livre de que algo pesado caia sobre os ps ou ultrapasse a sola.

Precisam ser observados todos os aspectos, porm algumas medidas podem ser tomadas para minimizar os riscos. Vejamos alguns exemplos: usar toca ou gorro para prender os cabelos, usar mangas curtas ou se compridas abotoadas, usar sapatos de segurana, usar calas de coca estreita, no usar quaisquer enfeites no pescoo ou nos membros, usar roupa ajustada ao corpo no agarrada ou larga demais.

7.4. Ordem e Limpeza

No ambiente de trabalho, muitos fatores de orem fsica exercem influncia de ordem psicolgica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano. Neste contexto a ordem e a limpeza constituem um fator de influncia positiva no comportamento do trabalhador.

As pessoas que trabalham em um ambiente desorganizado sentem uma sensao de mal estar que poder tornar-se um agravante de um estado emocional j perturbado, por outros problemas. Vejamos alguns exemplos de desorganizao: passagens obstrudas, obstculos que impedem o trnsito normal entre mquinas ou onde se possa facilmente tropear, cho sujo de graxa ou de outros elementos qumicos.

A limpeza e organizao so muito importantes nas mquinas, bancadas, equipamentos e ferramentas de uso individual assim como nas reas de uso comum, exemplificando temos: bancadas e mquinas devem permanecer sempre limpas e em ordem, no deve existir acmulos de resduos como serragens, cada objeto deve ter seu local apropriado para a guarda, deve ser desimpedido o acesso aos materiais de combate a incndios, limpeza de refeitrios, manter as instalaes sanitrias limpas, desinfetadas e a conservao do vestirio em ordem e limpa.

8. Mapa de RiscosO mapa a representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos locais de trabalho, por meio de crculos de diferentes tamanhos e cores.O seu objetivo informar e conscientizar os trabalhadores pela fcil visualizao desses riscos. um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrncia de acidentes do trabalho. Objetivo que interessa a companhia e seus funcionrios, uma vez que estabelece o diagnstico da situao de segurana e sade no trabalho na empresa.

Objetiva, ainda, possibilitar, durante sua elaborao, a troca e a divulgao de informaes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participao nas atividades de preveno.

Como resultados finais, deve-se esperar dos Mapas de Riscos:

1) Informar sobre as reas sujeitas e riscos de acidentes na empresa;

2) Conscientizar os empregadores e empregados sobre a necessidade de se diminurem os graus de riscos, ou elimina-los em determinadas reas da empresa;

3) Alertar para necessidade da adoo de medidas de proteo nas reas onde os riscos no podem ser eliminados;

4) Induzir o estabelecimento de metas e prioridades para a preveno de acidentes;

5) Reduzir os riscos e doenas nos locais de trabalho.

O mapa de riscos deve ser feito obrigatoriamente nas empresas que possuem CIPAS, segundo a portaria n 05 de 17 de agosto de 1992, do Departamento Nacional de Segurana e Sade do Trabalhador, da Secretaria Nacional do Trabalho e da Administrao. A ntegra dessa portaria foi publicada no Dirio Oficial da Unio de 20 de agosto do mesmo ano.

Foi objeto de nova portaria, de n 25 de 29 de dezembro de 1994, publicada no D.O.U. de 30/12/94 e republicada no de 15/12/95.

O mapa de risco feito pela Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA, aps ouvir os trabalhadores de todos os setores e com a colaborao do Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho SESMT.

Vejamos como a CIPA pode construir esse mapa.

importante ter uma planta do local, mas, se no houver condies de se conseguir, isto no dever ser um obstculo: faz-se um desenho simplificado, um esquema ou croqui do local.

A CIPA deve se familiarizar com a tabela a seguir, que classifica os riscos de acidente do trabalho. Nessa tabela que faz parte dos anexos da Portaria Ministerial h cinco tipos de riscos que correspondero a cinco cores diferentes no mapa.

Aps o estudo dos tipos de risco, identificam-se as diversas reas de acordo com suas atividades.

Geralmente isso corresponde as diferenas de sees da empresa. Essa diviso facilitar a identificao dos riscos de acidentes do trabalho.

Em seguida o grupo dever percorrer as reas a serem mapeadas, com lpis e papel na mo, ouvindo as pessoas acerca de situaes de riscos de acidentes do trabalho.

Sobre esse assunto, importante perguntar aos demais trabalhadores o que incomoda e quanto incomoda, pois isso ser importante marcar, para fazer o mapa.

Tambm preciso marcar os locais dos riscos informados em cada rea.

Nesse momento, no se deve ter a preocupao de classificar os riscos. O importante anotar o que existe e marcar o lugar certo. O grau e o tipo de risco sero identificados depois.

A Legislao em sua ltima redao, estabelece as seguintes etapas para a sua elaborao:

8.1. Etapas da Elaborao

a) conhecer o processo de trabalho no local analisado:

os trabalhadores: nmero, sexo, idade, treinamento, profissionais e de segurana e sade, jornada;

os instrumentos e materiais de trabalho;

as atividades exercidas;

o ambiente.

b) identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificao da tabela:

Grupo 1

VerdeGrupo 2

VermelhoGrupo 3

MarronGrupo 4

AmareloGrupo 5

Azul

RISCOS

FSICOSRISCOS

QUMICOSRISCOS

BIOLGICOSRISCOS

ERGONMICOSRISCOS DE

ACIDENTES

RudosPoeirasVrusEsforo fsico intensoArranjo fsico inadequado

VibraesFumosBactriasLevantamento e transporte manual de pesoMquinas e equipamentos sem proteo

Radiaes

IonizantesNvoasProtozoriosExigncia de postura inadequadaFerramentas inadequadas ou defeituosas

Radiaes no

IonizantesNeblinasFungosControle rgido de produtividadeIluminao inadequada

FrioGasesParasitasImposio de rtimos excessivosEletricidade

CalorVaporesBacilosTrabalha em turno e noturnoProbabilidade de incndio ou exploso

Presses

AnormaisSubstncias, compostos ou produtos qumicos em geralJornada de trabalho prolongadaArmazenamento inadequado

UmidadeMonotonia e repetitividadeAnimais peonhentos

Outras situaes de stress fsico e/ou psquicoOutras situaes de risco que podero contribuir para causar acidentes

c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia:

medidas de proteo coletiva;

medidas de organizao do trabalho;

medidas de proteo individual;

medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatrios, vestirios, armrios, bebedouro, refeitrio, rea de lazer.

d) identificar os indicadores de sade

queixas mais freqentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;

acidentes de trabalhos ocorridos;

doenas profissionais diagnosticadas;

causas mais frequentes de ausncia de trabalho.

e) conhecer os levantamentos ambientais j realizados no local.

Com as informaes anotadas, a CIPA deve fazer uma reunio para examinar cada risco identificado na visita rea ou setor.

Nesta fase, faz-se a classificao dos perigos existentes conforme o tipo de agente (tabela anterior).

Tambm se determina o grau (tamanho): pequeno, mdio ou grande.

Depois disso que se comea a colocar os crculos na planta ou croqui para representar os riscos.

Os riscos so caracterizados graficamente por cores e crculos.

O tamanho do crculo representa o grau de risco.

E a cor representa o tipo de risco, conforme segue:

Fsico

Qumico

Biolgico Ergonmico Acidente

Os crculos podem ser desenhados ou colados. O importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos.

Cada crculo deve ser colocado naquela parte do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema.

Caso existam, num mesmo ponto de uma seo diversos riscos de um s tipo por exemplo, riscos fsicos: rudo, vibrao e calor no preciso colocar um crculo para cada um desses agentes. Basta um crculo apenas neste exemplo, com a cor verde dos riscos fsicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade.

Uma outra situao a existncia de riscos de tipos diferentes num mesmo ponto.

Neste caso, divide-se o crculo conforme a quantidade de riscos 2, 3, 4 e at 5 partes iguais, cada parte com sua respectiva cor, conforme a figura abaixo (este procedimento chamado de critrio de incidncia):

Quando um risco afeta a seo inteira exemplo: rudo uma forma de representar isso no mapa coloc-lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que aquele problema se espalha pela rea toda. Veja como fica.

8.2. Sobre a elaborao do Mapa, a Legislao diz:

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando atravs de crculos:

O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;

O nmero de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do crculo;

A especificao do agente (por exemplo: qumico slica, hexano, cido clordrico ou ergonmico repetitividade, ritmo excessivo), que deve ser anotada tambm dentro do crculo.

A intensidade, de acordo com a percepo dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferente de crculo.

Aps discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Risco, completo ou setorial dever ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visvel e de fcil acesso para os trabalhadores.

Caso se constate a necessidade de medidas corretivas nos locais de trabalho, o gerente da unidade definir a data e o prazo para providenciar as alteraes propostas, atravs de negociao com os membros da CIPA e do SESMT. Tais datas devero ficar registradas no livro de atas da CIPA.

O Mapa de Riscos deve ficar em local visvel para alertar as pessoas que ali trabalham, sobre os riscos de acidentes em cada ponto marcado com os crculos.

O objetivo final do Mapa conscientizar sobre os riscos e contribuir para elimin-los, reduzi-los ou control-los. Graficamente, isso significa a eliminao ou diminuio do tamanho/quantidade dos crculos. Tambm podem ser acrescentados novos crculos, por exemplo quando se comea um novo processo se constri uma nova seo na empresa ou se descobre perigos que no foram encontrados quando se fez o primeiro Mapa.

O Mapa, portanto dinmico. Os crculos mudam de tamanho, desaparecem ou surgem. Ele deve ser revisado quando houver modificaes importantes que alterem a representao grfica (crculos) ou no mnimo de ano em ano, a cada nova gesto da CIPA.

O questionrio abaixo pode ser usado para facilitar o levantamento dos riscos, se a CIPA considerar necessrio. Ele funciona como uma srie de lembretes:

Grupo 1 Riscos Fsicos

1. Existe rudo constante na seo?

2. Existe rudo intermitente na seo?

3. Indique os equipamentos mais ruidosos:

4. Os funcionrios utilizam protetor auricular?

5. Existe calor excessivo na seo?

6. Existem problemas com o frio na seo?

7. Existe radiao na seo? Onde?

8. Existem problemas de vibraes? Onde?

9. Existe umidade na seo?

10. Existem equipamentos de Proteo Coletiva na seo? Eles so eficientes? Se no, indique as causas:

Observaes complementares:

Recomendaes:

Grupo 2 Riscos Qumicos1. Existem produtos qumicos na seo? Quais?

2. Existem emanaes de gases, vapores, nvoas, fumos, neblinas e outros? De onde so provenientes?

3. Como so manipulados os produtos qumicos?

4. Existem equipamentos de Proteo Coletiva na seo?

5. Estes equipamentos so eficientes? Se no forem eficientes, indique as causas.

6. Quais so os Equipamentos de Proteo Individual EPIs utilizados na seo?

7. Existem riscos de respingos na seo? Por qu?

8. Existem riscos de contaminaes? Atravs e que?

9. Usam leos/graxas e lubrificantes em geral?

10. Usam solventes? Quais?

Observaes complementares:

Recomendaes:

Grupo 3 Riscos Biolgicos1. Existe problema de contaminao por vrus, bactrias, protozorios, fungos e bacilos na seo?

2. Existe problema de parasitas?

3. Existe problema de proliferao de insetos? Onde?

4. Existe problema de aparecimento de ratos? Onde?

5. Existe problema de mau acondicionamento de lixo orgnico?

Observaes complementares:

Recomendaes:

Grupo 4 Riscos Ergonmicos1. O trabalho exige esforo fsico pesado?

2. Indique as funes e os locais relativos a esforos fsicos.

3. o trabalho exercido em postura incorreta?

4. Indique as causas da postura incorreta.

5. o trabalho exercido em posio inmoda?

6. Indique a funo, o local e equipamentos ou objetos, relativos posio incmoda.

7. O ritmo de trabalho excessivo? Em que funes?

8. O trabalho montono? Em que funes?

9. H excesso de responsabilidade ou acmulo de funo? ( ) sim ( ) no

10. H problema de adaptao com EPIs? Quais?

11. H situaes causadoras de stress fsico e/ou psquico?

Observaes complementares:

Recomendaes:

Grupo 5 Riscos de Acidentes1. Com relao ao arranjo fsico, os corredores e passagens esto desimpedidos e sem obstculos?

2. Indique os pontos onde aparecem os problemas.

3. Os materiais ao lado das passagens esto convenientemente arrumados

4. Os produtos qumicos esto convenientemente guardados?

5. Os servios de limpeza so organizados na seo?

6. O piso oferece segurana aos trabalhadores?

7. Existe chuveiro de emergncia e lava-olhos na seo?

8. Com relao a ferramentas manuais, estas so usadas em bom estado? Onde?

9. As ferramentas utilizadas so adequadas?

10. As mquinas e equipamentos esto em bom estado? Se no indique os problemas e indique funo/local.

11. As mquinas esto em local seguro?

12. O operador pra as mquinas para lubrifica-las ou fazer manuteno? Se no explique por qu.

13. Indique outros problemas de acionamento ou desligamento de equipamentos.

14. As mquinas tm proteo?

15. Os dispositivos de segurana das mquinas atendem s necessidades de segurana? Se no indique os casos.

16. Nas operaes que oferecem perigo os operadores usam EPI?

17. Quanto aos riscos com eletricidade, existem mquinas, ou equipamentos com fios soltos sem isolamento? Indique onde.

18. Os interruptores de emergncia esto sinalizados (pintados de vermelho)? Indique onde falta.

19. Existem cadeados de segurana nas caixas de chaves eltricas ao operar com alta tenso? Indique onde falta.

20. H instalaes eltricas provisrias? Indique onde.

21. Indique pontos com sinalizao insuficiente ou inexistente.]

22. Quanto ao transporte de materiais, indique o meio de transporte e aponte os riscos.

23. Quanto edificao, existem riscos aparentes? Onde?

24. A iluminao adequada e suficiente? Indique os pontos deficientes.

Observaes complementares:

Recomendaes:

9. Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC)Alguns equipamentos de proteo coletiva, instalados na empresa:

1. Porta corta-fogo porta especial, feita de ao, com isolamento no combustvel, tem por finalidade evitar, em caso de incndio, a propagao das chamas, calor e fumaa para outras dependncias.2. Chuveiro de Emergncia equipamento utilizado para irrigar abundantemente queimaduras em caso de derramamento de produtos qumicos, evitando o avano das mesmas e aliviando o local afetado.

3. Chuveiro lava-olho aparelho para limpeza dos olhos e do rosto do trabalhador, quando atingidos por substncias qumicas.

4. Pra-raios conjunto de captadores, descidas atravs de cabos at a caixa de eletrodos na terra, destinado a proteger as edificaes das descargas eltricas atmosfricas.

5. Luz de emergncia - luminria autnoma de emergncia que proporciona acionamento automtico em caso de falha de energia.

6. Sistemas de ventilao processos de ventilao e renovao de ar, disponveis para o controle de um ambiente de trabalho.

Classificam-se em:

a) Ventilao geral para manuteno do conforto trmico e eficincia do homem (refrigerao ou aquecimento do ar), pode ser natural ou mecnica.

b) Ventilao geral diluidora (mecnica) para manuteno da sade e segurana, atravs de controle de concentrao de gases, vapores e partculas emitidas no processo laborativo.

c) Ventilao local exaustora que capta diretamente na fonte os gases, os vapores e as partculas emitidas no processo laborativo.

7. Sada de emergncia so acessos que possibilitam o abandono do prdio em caso de emergncia com absoluta segurana, devem ser equipadas com portas corta fogo, iluminao de emergncia, mantida sinalizadas e desobstrudas.

8. Equipamento de combate a incndio so equipamentos que podem ser utilizados em casos de princpio ou incndio, como extintores, hidrantes e mangueiras.

Quando as medidas de segurana geral Equipamentos de Proteo Coletiva no so eficientes para garantir a proteo contra riscos de acidentes e doenas profissionais, deve-se utilizar o EPI Equipamento de Proteo Individual.

10. Equipamento de Proteo Individual (EPI)Os Equipamentos de Proteo Individual so recursos que previnem o trabalhador contra riscos. Esses dispositivos, embora importantes, no eliminam os riscos, que continuam a existir; (somente protegem o funcionrio), constituindo uma barreira entre o risco e a pessoa.

So considerados equipamentos de proteo individual: capacete, protetores auriculares, culo, uniformes, botas, cinto de segurana, luvas, etc., que so fornecidos pela Empresa e devem ser utilizados enquanto uma medida de ordem no resolva totalmente o problema.

Os equipamentos de proteo individual, usualmente identificados pela sigla EPI, so empregados, rotineira ou excepcionalmente, em quatro principais circunstncias:

a) quando o trabalhador se expe diretamente a fatores agressivos que no so controlveis por outros meios tcnicos de segurana;

b) quando o trabalhador se expe a riscos apenas em parte controlados por outros recursos tcnicos;

c) em casos de emergncia, ou seja, quando a rotina de trabalho quebrada por qualquer anormalidade e se torna necessrio o uso de proteo complementar e temporria pelos trabalhadores envolvidos;

d) provisoriamente, em perodo de instalao, reparos ou substituio dos meios que impedem o contato do trabalhador com o produto ou agente agressivo.

Em qualquer circunstncia, o uso do EPI ser tanto mais til, e trar melhores resultados, quanto mais correta for sua identificao. Esta indicao no difcil, mas requer certo cuidado, nos seguintes aspectos.

a) Identificao do risco existente, verificar a existncia ou no de elementos da operao, de produtos, de condies do ambiente, que sejam, ou que possam vir a ser agressivos ao trabalhador;

b) Avaliao do risco existente: determinar a intensidade e extenso do risco, quanto as possveis conseqncias para o trabalhador; verificar com que freqncia ele se expe ao risco e quantos trabalhadores esto sujeitos aos mesmo perigos;

c) Indicao do EPI apropriado: selecionar, entre vrios EPIs o mais adequado para solucionar o problema que se tem pela frente, contando, para isto, com a assistncia dos fabricantes e dos tcnicos de segurana, com instruo apropriadas e claras.

10.1. Porque Equipamento de Proteo Individual?

O prprio nome j define: cada funcionrio deve usar exclusivamente o seu; por isso a definio Proteo Individual.

10.2. Exigncia legal para empresa e empregado

O uso de equipamento de proteo individual, alm da indicao tcnica para operaes locais e trabalhadores determinados, exigncia constante em textos legais. A seo IV, do Captulo V da CLT, cuida do Equipamento de Proteo Individual em dois artigos, a saber:

Art. 166 A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteo individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes e danos sade dos empregados.

Art. 167 O equipamento de proteo s poder ser posto venda ou utilizado com identificao do Certificado de Aprovao do Ministrio do Trabalho.

Por outro lado, a regulamentao de Segurana e Medicina do Trabalho, em sua Norma Regulamentadora 6, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteo Individual, mencionando, entre outras coisas, as obrigaes do empregado, que incluem o dever de utilizar a proteo fornecida pela empresa.

10.3. Escolha do EPI

O EPI deve ser escolhido de acordo com a necessidade de uso e a parte do corpo que precisa ser protegida. Em funo dos riscos especficos de cada atividade, so desenvolvidos vrios modelos de EPIs, com formato e materiais distintos, como luvas de borracha, de PVC, de couro, etc.

10.4. Utilizao de Equipamentos de Proteo Individual

Quanto a utilizao de Equipamento de Proteo Individual, deparamos co vrios problemas reais. Observamos que nos casos de acidente, mesmo utilizando EPI, ele pode estar sendo mal utilizado, havendo portanto, falha na orientao de como utiliza-lo e de como proceder a execuo da atividade com o uso do equipamento.

Pode ainda existir:

defeitos de fabricao do EPI;

utilizao de matria prima, na fabricao, de qualidade inferior;

utilizao de EPI inadequado com o tipo de tarefa a ser executada;

Sendo os equipamentos inadequados, tornam-se prejudiciais e no sero utilizados com eficincia, causando repulsa, criando preconceitos e fazendo com que jamais o trabalhador se habitue com o uso deles.

A resistncia que muitos trabalhadores colocam ao uso do equipamento outro problema que enfrentamos. As alegaes normalmente so: desnecessrios, desconfortveis, esquisitos, etc.

So preconceitos que precisam ser combatidos, porque a eficcia do equipamento s obtida quando o funcionrio utiliza de maneira espontnea e adequada.

Quando existe o mau hbito dos superiores, encarregados ou funcionrios mais antigos que acostumaram a fazer o servio sem o uso de qualquer proteo, a resistncia inevitvel. A grande maioria dos funcionrios procura imit-lo e torna-se difcil e quase ineficiente qualquer programa de preveno. Mesmo porque, o responsvel pelo setor fica sem moral para exigir o uso dos mesmos.

O trabalhador que coopera na Campanha de Preveno de acidentes mais consciente de suas responsabilidades, conhece o valor de sua sade e sabe valorizar a vida.

Quando no h cooperao, o trabalhador deve se lembrar que existe uma exigncia legal que impe a obrigatoriedade do uso de tais equipamentos: NR 6 Equipamento de Proteo Individual EPI Lei 6514 de 22 de dezembro de 197 regulamentado pela Portaria n. 3214 de 08 de junho de 1978 MTE.

10.5. Tipos de EPI

10.5.1. Protetores de Cabea

O encfalo no est em contato direto com os ossos do crnio: tambm a medula no toca diretamente nas vrtebras. Envolvendo esses rgos, existem trs membranas chamadas meninges:

Dura-mter membrana externa unida aos ossos;

Pia-mter membrana interna, que envolvem os rgos;

Aracnide membrana intermediria.

Entre a segunda e a terceira membrana, existe um lquido chamado cefalorraquidiano, que defende os rgos do sistema nervoso central contra os choques do exterior.

A composio dessa estrutura serve para atitudes normais e corriqueiras da sobrevivncia. Para o posicionamento em atividades profissionais que requerem maior proteo, foram desenvolvidos equipamentos para proteger a cabea, que so os capacetes de segurana.

A finalidade do uso do capacete amortecer o impacto de qualquer objeto, penetraes ou choques eltricos que porventura venham a atingir o crnio e destruir a fora da ao uniformemente sobre a cabea do usurio.

No s foram desenvolvidos capacetes, mas tambm capuzes e bons que protegem contra produtos qumicos, resduos infectantes, corrosivos e condies climticas adversas (calor/frio).

10.5.2. Protetores Auriculares

O ouvido garante o equilbrio do corpo: nos canais semicirculares existe um lquido que causa estmulos num nervo; os estmulos so elevados ao cerebelo, que informa sobre a posio do corpo.

O ouvido o rgo da audio. Quando o estmulo acstico muito prolongado (por diversas horas) a sensibilidade auditiva declina devido ao excesso de estimulao e se persistir durante certo tempo, mesmo aps o trmino do estmulo ocorre a chamada fadiga auditiva.

No entanto, em pessoas que sofreram por meses e anos a ao de rudos constantes, o declnio da audio resulta da degenerao das clulas especiais do ouvido e nos elementos nervosos do ouvido interno.

Esse trauma acstico responsvel pela diminuio auditiva e surdez profissional, que se manifestam depois de muitos anos de trabalho.

O prprio mecanismo do ouvido, protege contra estmulos fortes, mas , s vezes, no suficiente. Equipamentos forma desenvolvidos para minimizar os nveis de rudo mais elevados no ambiente.

Os canais do ouvido diferem no tamanho, forma e posio de pessoal para pessoa. Sendo assim, os protetores devem ser escolhidos corretamente.

10.5.3. Protetores Oculares

A perda da viso de um olho reduz de um tero da amplitude do campo visual. A falta do campo externo impede a viso perifrica no lado, anoftalmo. Em princpio o homem esbarra nas pessoas e objetos ao Aldo, o que suficiente para provocar alteraes emotivas.

Para o adulto que perde repentinamente a viso, a cegueira uma espcie de morte. Entra num perodo de choque que pode durar alguns dias ou semanas. Parece psicologicamente mobilizado, incapaz de pensar ou sentir.

Quando recupera sua capacidade de sentir e pensar segue-se em perodo de depresso; freqentemente se lamenta e culpa os outros pelo infortnio que o atingiu. Sente limitaes quanto a sua segurana financeira, em comunicar-se com os outros e acompanhar a poca.

Se algum acha esquisito usar culos, deve saber que muito or perder a viso. O uso inadequado do equipamento provoca: dor de cabea, distores da imagem, mas estar, irritaes e prejudicam a sade dos olhos.

10.5.4. Protetores dos membros Inferiores

O p constitudo de 26 ossos e 33 articulaes unidos por mais de 100 ligamentos.

Quando existe sobre estas articulaes uma dificuldade de flexo, ocorre um esforo e isto causa o desconforto. para impedir este desconforto que comeamos a distribuir mal o nosso peso, trazendo conseqncias diversas coluna vertebral e fadiga prematura.

Nessa perspectiva, procuramos proteger os ps e as pernas, especificando para cada atividade o equipamento adequado.

A repetio deste processo nos leva a um estado de estresse. Para evitar conseqncias assim, h necessidade de considerar critrios para a aquisio do calado adequado para cada tipo de p.

10.5.5. Proteo do Corpo

Do avental ao macaco, usa-se no s como medida de higiene, mas tambm como proteo contra aes agressivas ao corpo humano.

As roupas devem ser cuidadosamente escolhidas para serem adequadas aos mais variados riscos. So idealizados de feito simples, condizente com a atividade dos que as vestem.Podem ser de algodo, couro, plstico impermevel, l, lona, borracha.

Os equipamentos de proteo ao corpo podem ser:

Total quando protege o corpo por inteiro;

Parcial quando h necessidade de proteger apenas parcialmente, como tronco, membros superiores e inferiores.

10.5.6. Proteo do Tronco

Para proteo do tronco existem coletes que as empregados nas mais variadas atividades.

Alm de impedir agresses na parte torxica, servem tambm co sinalizadores para identificao de situaes diversas.

10.5.7. Proteo dos Membros Superiores

Os membros superiores so as partes do corpo humano composta de braos e mos. Estes membros, ajudam a manter o aparelho locomotor em equilbrio, a coordenao motora, mas nas extremidades, onde se localizam as mos que sua funo aumenta, devido sensibilidade a que chamamos tato, que servem para sentir, pegar e segurar.

Esse membro est adaptado para realizar as mais diversas habilidades ou trabalhos. Pose ser de utilidade inicial no execues das atividades; ficam expostas com freqncia aos mais diversos riscos: golpes, cortes, substncia qumica, choques eltricos, radiaes.

Para sua proteo, foram desenvolvidas as luvas, levando em considerao os trabalhos que oferecem riscos. Podemos exemplificar alguns tipos de luvas:

de couro (vaqueta e raspa) empregadas em: fundio, cermica, funilaria, mecnica, usinagem a frio, manuseio de materiais quentes (at 60 C) carga e descarga de materiais etc.

de borracha para eletricista, produtos qumicos em geral (exceto solvente e leo), galvanoplastia, servios midos etc.

de PVC para trabalhos com lquidos ou produtos qumicos que exige,melhor aderncia no manuseio, lavagem de peas em corrosivos, manuseio de cidos etc.

de Hexanol empregada em servios com solventes, manuseio de peas molhadas.

Existe grande variedade desse equipamento, mas qualquer que seja sua especificao, requer critrios tcnicos para evitar conseqncias indesejveis para o trabalhador.

10.5.8. Proteo Respiratria

O aparelho respiratrio um conjunto de rgos responsveis pela absoro do oxignio e eliminao de gases residuais, principalmente o carbnico.

Os rgos por onde passam o ar so: fossas nasais, laringe, traquia e os pulmes.

O movimento respiratrio tem 2 fases: a inspirao e expirao. A inalao de qualquer tipo de contaminante disperso no ar no so suficientes para proteger o organismo.

Quando a necessidade bsica de respirar, em qualquer situao da vida diria ou especialmente em ambientes de trabalho, envolvem riscos sade, torna-se necessria a proteo respiratria.

Os riscos que requerem proteo respiratria so:

a) deficincia de oxignio no ambiente;

b) contaminantes nocivos presentes no ambiente

Deve-se observar na seleo de equipamentos de proteo respiratria, os seguintes aspectos:

Risco

Ambiente

Atividade

Uso pretendido EMBED Excel.Chart.8 \s

PAGE Rua Joo Cardoso de :Siqueira Primo, 55, sala 25, Vila Hlio Mogi das Cruzes SP, CEP 08710-530

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Site- www.wlambiental.hpg.com.br

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