[email protected]. introduÇÃo Às ciÊncias sociais 1.para que estudar ciências sociais?...

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Apresentao do PowerPoint

[email protected] S CINCIAS SOCIAISPara que estudar Cincias Sociais?Imaginao SociologicaAs Cincias Sociais 3.1 Conhecimento Tipos de Conhecimento 3.2 Caracteristicas do conhecimento cientifico 3.3 As Cincias Humanas As Cincias Sociais4 O estudo da sociedade antes do aparecimento das Cincias Sociais 4.1 O Mito 4.2 A Filosofia 4 3.A Teologia5. A Revoluo Cientfica6. Dificuldades metodolgicas das Cincias HumanasAs Cincias Sociais se debruam sobre fenmenos sociais que nos afetam em nosso dia a dia.Por que a vida em sociedade como ?Por que uns tm tanto e outros tm pouco?Por que obedecemos ou contestamos? Por que as pessoas se renem ou se tornam rivais? O que nos proibido e o que nos imposto por obrigao?Por que os governos se organizam de uma forma ou de outra?

Para que estudar Cincias Sociais? Por que estudar a sociedade em que vivemos? No basta viv-la? possvel conhecer a sociedade cientificamente? As Cincias Sociais servem para que serve para qu?Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro ps uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lanavam um jato de gua fria nos que estavam no cho. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros o enchiam de pancada. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subiu mais a escada, apesar da tentao das bananas. Ento os cientistas substituram um dos cinco macacos.A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelo outros, que lhe bateram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo no subia mais a escada. Um segundo foi substitudo, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato.Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto, e finalmente, o ultimo dos veteranos foi substitudo.Os cientistas ficaram, ento, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar s bananas. Se fosse possvel perguntar a algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: No sei, as coisas sempre foram assim por aqui... (Texto atribudo a Albert Einstein)

In Sociologia para jovens do sculo XXI, Luiz F. de Oliveira/Ricardo C. Costa, Ed, Novo Milenio, 2 edio, 2010)

O que a histria dos macacos tem a ver com as Cincias Sociais ?E o que as Cincias Sociais tem a ver comigo ou com a minha vida?Veja no site: TEXTOS/SOCIOLOGIA GERALOS MACACOS E AS BANANAS6Os achados das Cincias Sociais no nos dizem nada alm do que j sabemos ou, o que pior, vestem com linguagem tcnica o que perfeitamente familiar na terminologia de todos os dias. As Cincias Sociais tratam do que todo mundo j sabe em uma linguagem que ningum entende. Anthony GiddensO negocio dos cientistas mesmo lidar com o obvio. O que a cincia faz ir tirando os vus, desvendando a realidade, a fim de revelar a obviedade do bvio. (Darcy Ribeiro) A Sociologia a cincia do obvio Nelson Rodrigues A funo das Cincias Sociais, como a de todas as cincias, revelar o que est escondido ( Pierre Bourdieu) pem em duvida as certezas que temos AS CINCIAS SOCIAIS questionam nossas opinies mais arraigadas modificam nossa percepo sobre o que vivemos em nossa rotina contribuem para alterar a maneira de vermos nossa prpria vida e o mundo que nos cerca.

A maior parte do tempo, o socilogo aborda aspectos da experincia que lhe so perfeitamente familiares, assim como maioria dos seus compatriotas e contemporneos. Estuda grupos , instituies, atividades que os jornais falam todos os dias. Mas as suas investigaes comportam outro tipo de paixo da descoberta. No a emoo da descoberta de uma realidade familiar mudar de significao aos nossos olhos. A seduo da sociologia provem de ela nos fazer ver sob uma outra luz o mundo da vida cotidiana no qual todos vivemos. Peter Berger mundo inundado de mudanas, tenses, enormes conflitos e divises sociais e ataque destrutivo da tecnologia moderna ao ambiente natural.Sculo XXIPreocupaes dos cientistas sociaisPossibilidades de controlar o nosso destino e moldar nossas vidas muito maiores do que as geraes anteriores.Por que nossas condies de vida so to diferentes daquelas de nossos pais e avs? Que direo as mudanas tomaro no futuro?porque somos o que somos e porque agimos como agimos? Cinciais Sociaisaquilo que encaramos como natural, inevitvel, bom ou verdadeiro pode no ser bem assimos dados de nossas vidas so influenciados por foras sociais e histricasAs inovaes tecnolgicas trouxeram mudanas sociais comparveis s produzidas pela Revoluo IndustriaO aumento da automao e da informatizaoO crescimento do setor de servios o consumismoOs avanos na comunicao e na mobilidadeAs desigualdades sociaisA identidade culturalOs efeitos da globalizao15abrangnciadesde a anlise de encontros ocasionais entre indivduos na rua at a investigao de processos sociais globaisAprender a pensar sociologicamentecultivar a imaginaoLibertar-se do imediatismo das circunstncias pessoais e ver as coisas num contexto mais amplo. 2. Imaginao SociolgicaO que imaginao sociolgica? A imaginao Sociolgica ttulo do livro, publicado pela primeira vez em 1959, pelo socilogo norte-americano Wright Mills. . O que raciocnio sociolgico?

Como podemos desenvolver com os alunos a imaginao, o raciocnio, as formas de pensar sociologicamente? O Raciocnio Sociolgico titulo do livro, publicado em 1991, pelo socilogo francs Jean-Claude PasseronA imaginao sociolgica capacita seu possuidor a compreender o cenrio histrico mais amplo, em termos de seu significado para a vida intima e para a carreira exterior de numerosos indivduos. Permite-lhe levar em conta como os indivduos, na agitao de sua experincia diria, adquirem frequentemente uma conscincia falsa de suas posies sociais. Dentro dessa agitao, busca-se a estrutura da sociedade moderna e dentro dessa estrutura so formuladas as psicologias de diferentes homens e mulheres. Atravs disso, a ansiedade pessoal dos indivduos focalizada sobre fatos explcitos e a indiferena do pblico se transforma em participao nas questes pblicas. O primeiro fruto dessa imaginao _ e a primeira lio da cincia social que incorpora _ a idia de que o individuo s pode compreender sua prpria experincia e avaliar seu prprio destino localizando-se dentro de seu perodo; s pode conhecer suas possibilidades na vida tornando-se cnscio das possibilidades de todas as pessoas, nas mesmas circunstncias em que ele. (...) A imaginao sociolgica nos permite compreender a histria e a biografia e as relaes entre ambas, dentro da sociedade. Essa sua tarefa e sua promessa. A marca do analista social clssico o reconhecimento delas [...]. (Mills, 1975, p.11-12, grifos meus)

Exemplo: considere o simples ato de tomar o caf da manh. A imaginao sociolgica (Wright Mills)

No capitalismo, a produo de cada objeto envolve uma complexa rede de trabalho e trabalhadores

Veja as suas dimenses: O caf tem um valor simblico O caf uma drogaO caf cria relacionamentos sociais e econmicosH um processo histrico de desenvolvimento social e econmicoO caf est ligado globalizao, comercio internacional, direitos humanos e destruio ambientalO caf no somente uma bebida. Ele possui um valor simblico. s vezes o ritual associado a beber caf muito mais importante do que o ato de consumir a bebida. Considere o seu ritual ao longo do dia nas suas interaes sociais.Valor simblico

O caf uma droga por conter cafena que tem um efeito estimulante sobre o crebro. Cria dependncia mas uma droga socialmente aceita, ao contrrio, por exemplo, da maconha.Uma droga

Um indivduo que bebe uma xcara de caf cria uma trama de relacionamentos sociais que se estendem pelo mundo. O caf uma bebida que conecta as pessoas das mais ricas e das mais pobres: consumido nos pases ricos mas cultivado nos pases pobres. Relacionamentos sociais

Ao lado do petrleo, o caf uma das mercadorias mais valiosas no comercio internacional. Relacionamentos econmicos

Relacionamentos econmicosA produo supe o plantio, a colheita, a secagem, o transporte e a distribuio que requerem relaes contnuas entre pessoas a milhares de quilmetros de distncia do consumidor.

Colheita e secagem na Fazenda Cabral- Jacui MG-2009O ato de beber caf pressupe todo um processo passado de desenvolvimento social e econmico. O caf s passou a ser consumido em larga escala a partir dos fins do sculo XIX. O legado colonial tem tido um impacto enorme no desenvolvimento do comercio mundial do caf. Processo histrico de desenvolvimento social e econmico

Processo histrico de desenvolvimento social e econmicoNo Brasil, no Vale da Paraba, foi em torno da fazenda, como unidade bsica da agricultura mercantil, que se articulou a vida social . A produo do caf permaneceu dentro dos moldes coloniais, baseada no trabalho escravo e no plantio de grandes extenses de terra, segundo tcnicas agrcolas rudimentares.

Processo histrico de desenvolvimento social e econmicoA expanso da cultura do caf pelos Oestes paulistas, a partir de 1870, foi um momento fundamental para a formao da sociedade brasileira contempornea.Provocou a decadncia do trabalho escravo e a introduo do trabalho livre.As riquezas acumuladas pelo caf, o capital cafeeiro, foram o motor do desenvolvimento capitalista no Brasil

28O caf um produto que permanece no centro dos debates contemporneos sobre a globalizao, direitos humanos e destruio ambiental. Passou a ser uma marca e foi politizado. Os consumidores podem boicotar o caf que vem de paises que violam os direitos humanos e acordos ambientaisGlobalizao,Comercio Internacional, Direitos Humanos e Destruio Ambiental

TrigoSalguaFermento30

TrigoPlantioColheitaMoagemComercializaoSalRetirada do marProcessamentoEmbalagem

31guaFermento

CaptaoTratamentoDistribuioProduoComercializaoDistribuio32EquipamentosMquina para preparar a massaForno para assar o poFabricados em indstriasMatria primaTipo de energiaFogoMadeiraCarvoEnergia eltricaLinhas de transmisso

33

Consumidor34

Tempo de trabalhoTempo de trabalhoComparao de trabalho humanoEquivalncia

35Se para tomar uma caf da manh, h tanta gente envolvida, direta ou indiretamente, voc pode imaginar quanto trabalho necessrio para a fabricao de nibus, bicicleta, automvel, para a construo da casa em que voc vive ou da Universidade onde estuda.36IMAGINAAOSOCIOLGICAcapacidade de a pessoa poder ver a sua prpria sociedade como uma pessoa de fora o faria, em vez de faz-lo apenas da perspectiva das experincias pessoais e dos preconceitos culturaispermite ir alm das experincias e observaes pessoais para compreender as questes com maior amplitude. uma ferramenta que nos proporciona poder, pois nos permite olhar para alm de uma compreenso limitada do comportamento humano.IMAGINAAOSOCIOLGICAPermite-nos ver que muitos acontecimentos que parecem dizer respeito somente aos indivduos, na verdade, refletem questes sociais mais amplas. Ex. o divorcio, o desemprego, etc. Embora sejamos influenciados pelo contexto social em que nos encontramos, nenhum de ns est determinado em nosso comportamento por aquele contexto. Possumos e criamos a nossa prpria individualidade.Tente aplicar este tipo de perspectiva sua prpria vida. Use sua imaginao sociolgica em relao a uma realidade social.3. AS CINCIAS SOCIAISCONHECIMENTORepresentaoSensivelIntelectualConcretoAbstratoCINCIAObservao sistemtica dos fenmenosConstruo de hiptesesExperimentaoGeneralizao dos resultados da investigao (formulao de leis e teorias)Fundamento bsico: Validao emprica dos resultados da investigaoOBJETIVIDADEadequao do conhecimento realidade objetivaNEUTRALIDADEa no interferncia dos valores, concepes religiosas e polticas e preconceitosuma pretenso, uma ambio, uma intenoUm mito ?CONHECIMENTOCIENTIFICO40CINCIACINCIASNATURAISHUMANASSOCIAIS41HOMEMLINGUSTICASOCIOLOGIAECONOMIAADMINISTRAODIREITOPSICOLOGIAANTROPOLOGIAPOLTICAPEDAGOGIAGEOGRAFIA HUMANAHISTRIA42

CINCIAS SOCIAISSOCIOLOGIAANTROPOLOGIAPOLITICAAs Cincias Sociais surgiram no processo de formao e desenvolvimento da sociedade capitalista.

44SOCIOLOGIAANTROPOLOGIAPOLITICAEstrutura da SociedadeCultura na SociedadePoder na SociedadeCINCIAS SOCIAISComo a sociedade era conhecida antes do aparecimento da cincia?Toda cincia conhecimentoTodo conhecimento um produto histricoQuais foram os fatores histricos que propiciaram o surgimento das Cincias Sociais? 4. O estudo da sociedade antes do aparecimento das Cincias SociaisANTES DO APARECIMENTO DA CINCIAA REVOLUO CIENTFICAAS DIFICULDADES METODOLGICAS DAS CINCIAS HUMANASEVOLUO DO CONHECIMENTO DA SOCIEDADE 4. O estudo da sociedade antes do aparecimento das Cincias Sociais47DA FILOSOFIASOCIAL(O QUE DEVE SER)PR-HISTRIAIDADE ANTIGAMITOFILOSOFIATEOLOGIAFATORESDETERMINANTESSOCIO-CULTURAISINTELECTUAISRELATIVOS AO SISTEMA DE CINCIAAscenso da BurguesiaFormao do Estado NacionalDescoberta do Novo MundoRevoluo ComercialReforma protestanteRevoluo IndustrialRenascimentoRacionalismoIluminismoRevoluo FrancesaAplicao do mtodo cientifico ao conhecimento da sociedadeCINCIAS HUMANAS= CINCIAS NATURAISPOSIT IVISMOUtopismoPARACINCIA SOCIAL(O QUE )DIFICULDADES METODOLGICAS DAS CINCIAS HUMANASANTESDEPOISSECULOSXVI, XVIIXVIIIIDADE MEDIA483. 4. O estudo da sociedade antes do aparecimento das Cincias Sociais 4.1. O Mito

] 4.2 A Filosofia

4.3 A TeologiaPr-Histriaantes da escritaMitoImaginaoIdade AntigaDo aparecimento da escrita at 476 d. C.FilosofiaRazoIdade Mdiade 476 d. C. at 1453TeologiaF503.1. Mito Pr-HistriaMito Histrias oraisIdentidade cultural de um povoConcepo de mundo51Mito Pr-Histria modelos antropomrficos e divinizados das relaes humanas sobre os fenmenos naturais. a idia da superioridade do homem sobre a mulher, como uma coisa natural e divina.

o trabalho como castigo.O IMAGINARIO COLETIVO:Quem somos ns? De onde viemos ? Para onde vamos?52Mito Pr-HistriaO mito no um estado de infantilidade da humanidade. O mito o estado de conscincia de um povo sobre si mesmo e sobre a realidade que o circundaEle se manifesta como verdade , de origem intuitiva, pr-reflexiva, no havendo comprovaes crtica e racionaisNo pode ser apresentado como uma primeira forma de cincia, por ser de natureza pr-reflexiva. Mas parte do saber acumulado de um povo, numa determinada poca53Mito Pr-HistriaO mito no um estado de infantilidade da humanidade. O mito o estado de conscincia de um povo sobre si mesmo e sobre a realidade que o circundaEle se manifesta como verdade , de origem intuitiva, pr-reflexiva, no havendo comprovaes crtica e racionaisNo pode ser apresentado como uma primeira forma de cincia, por ser de natureza pr-reflexiva. Mas parte do saber acumulado de um povo, numa determinada poca54

O MITO DE PANDORAOs mitos revelam uma forte carga pedaggica pois as narrativas contem ensinamentos sobre o modo como as pessoas vivem e concebem o mundo55 Mito

ou

Realidade ?

ADO E EVA563.2 Filosofia Idade Antiga (at 476 d.C.)FIM DA ORGANIZAO TRIBAL ORGANIZAO DAS CIDADES GREGASo desenvolvimento do comercioo aparecimento da moedaa utilizao da escritaa base econmica assentada no trabalho escravoIsto tudo criou condies para o aparecimento de pessoas ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicar-se, dar-se ao luxo cultura letrada.Filosofia Idade Antiga (at 476 d.C.)A BUSCA DA EXPLICAO DA REALIDADE2. O avano dos conhecimentos matemticos, astronmicos, criando modelos de racionalidade. 1. As formas mticas de representao no davam mais conta de explicar a complexa teia scio-poltica-econmica da vida humana. 3. Nasce a Filosofia no sculo V a. C., considerada pelos historiadores como a primeira forma de cincia (conhecimento).Filosofia Idade Antiga (at 476 d.C.)A FILOSOFIA GREGA1. foi um avano em termos de de sistematizao racional em face do antigo paradigma mtico, 2. no permitiu, porem, uma verificao emprica, o que tornava as concluses desprovidas de utilidade prtica para o3. A filosofia grega revela um contedo ideolgico relativo aos costumes e interesses sociais da poca ao refletir o desprezo pelo trabalho manual. 4. A base aristocrtica e escravagista do modus vivendi das elites helnicas explica o porqu de a cincia da poca ser voltada para a especulao terica e no ter desenvolvido a tcnica. Filosofia Idade Antiga (at 476 d.C.)A EXPLICAO DA SOCIEDADE1. a filosofia propunha normas para melhorar a sociedade de acordo com seus princpios. 2. Os estudos sobre a vida social tinham sempre por objetivo propor formas ideais de organizao da sociedade mais do que lhe compreender a organizao real. 3. Eram normativos (buscavam estabelecer regras e normas) e finalistas (propunham uma finalidade para a organizao social).Filosofia Idade Antiga (at 476 d.C.)Filosofia Esses estudos eram fragmentrios e o fator poltico sob o domnio de um interesse puramente tico tinha prioridade sobre o fator social Plato (427/347 a.C.) RepublicaAristoteles (384/322 a. C.) Poltica

61 3.3 Teologia Idade Media 476 a 1453 SECULO VDesagregao do Imprio RomanoInvaso dos brbarosFechamento da Europa sobre si mesmaEconomia de subsistncia : os feudos

a instituio mais bem estruturada no perodo. Livros e artes reunidos e conservados em mosteiros

MONOPLIO DO SABER IGREJA CATLICA63Teologia Idade Mdia (de 476 1453)A CINCIA(conhecimento) tornou-se TEOCNTRICATudo era interpretado luz da fTudo o que no fosse ligado f era falsoA Igreja era detentora da verdadeTeologia Idade Mdia (de 476 1453)Acincia(conhecimento) continua distanciada da tcnica e da experimentaoAs elites (nobreza e clero) levavam vida aristocrtica, valorizavam o cio, desprezavam as atividades prticas. O corpo era desprezado, castigado. A preocupao fundamental era a salvao da alma 65Teologia Idade Mdia (de 476 1453)Santo Agostinho (354/430) A Cidade de Deus : os homens viviam na cidade onde reinava o pecado e deveriam caminhar para a cidade da graa, a cidade de Deus.Teologia Santo Tomas de Aquino ( 1227/1274) A Suma Teolgica : uma filosofia crist, chamada filosofia escolstica, que estudava as relaes do homem com Deus.Tais como os estudos da Antiguidade eram tambm finalistas e normativos

664. A Revoluo Cientfica Idade Moderna (1453) Perodo de transio da progressiva substituio da concepo finalista e normativa da sociedade para uma representao positiva da vida socialSculos XVI, XVII e XVIII67A Revoluo Cientfica Idade Moderna (1453 ...)Antecedentes Crise do sistema feudal (sculo XII)

a estagnao da tcnica e da agricultura, a falta de terras produtivas, o excesso de populao nos feudos.misticismo religioso CRUZADAS68Transio : Seculos XVI, XVI e XVIIIFLORESTAN FERNANDESFATORES SOCIOCULTURAUSFATORES INTELECTUAISFATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CINCIA

69FaToRes

Rev. Industrial

Rev. Francesa Rev. Cientifica

Burguesia e ProletariadoUrbanizaoIndustrializaoPobrezaDireitos CivisDemocraciaCidadaniaNovas relaes de poderConhecimento CientficoLuz da RazoMudana na estrutura econmicaMudana na estrutura polticaMudana no modo de pensar Ascenso da Burguesia Formao do Estado Nacional Descoberta do Novo Mundo Revoluo Comercial Reforma Protestante REVOLUO INDUSTRIAL: Mudanas na estrutura econmicaFATORES SOCIO-CULTURAIS71Transio : Fatores Socio-culturaisDesagregao da sociedade feudalconsolidao da sociedade capitalista,com mudanas naordem tecnolgica,econmica e social,com um novo modode produo e novasrelaes de produo Sec. XVIII Revoluo Industrial

72Conseqncias:a produo agrcola destinada ao abastecimento de matrias primasfluxo migratrio para as cidades industriais,expulso dos camponeses, Inchao urbano,misria,mendicncia,prostituio, alcoolismo, promiscuidade, epidemias, Revoluo Industrial73Revoluo IndustrialConseqncias:o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, a conscincia de classe,a formao de associaes e sindicatos, o enriquecimento da burguesia.74Transio : Fatores Intelectuais 1. O Renascimento 2. O Utopismo 3. O Racionalismo 4. A Filosofia da Histria 5. O Iluminismo 6. A REVOLUO FRANCESA: Mudanas nas relaes de poder75Transio : Fatores IntelectuaisRenascimentoDO TEOCENTRISMO PARA O ANTROPOCENTRISMOVALORIZAO DO CORPOVALORIZAO DO TRABALHO E NO DO CIOSUPERAO DA RELIGIO QUE PROMETIA O PARASO NO CU (CATOLICISMO) POR OUTRA QUE CONSIDERAVA A RIQUEZA TERRENA UMA BNO (PROTESTANTISMO).

76Transio : Fatores IntelectuaisO Renascimento inspirou-se no Humanismo , movimento de artistas e intelectuais que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltao do homem.

77Transio : Fatores IntelectuaisO florescimento de utopias (descries de sociedadesideais aqui na terra). Exemplo : A Utopia, de Thomas Morus (1478/1535).

Utopismo78O Leviat, de Thomas Hobbes (1588/1679) que sustenta a necessidade de um poder absoluto para manter os homens em sociedade e que impea que eles se destruam mutuamente.

Transio : Fatores Intelectuais79Transio : Fatores IntelectuaisNovum Organum, de Francis Bacon (1561 - 1626), que apresenta um novo mtodo de conhecimento, baseado na experimentao.

80Transio : Fatores IntelectuaisDiscurso sobre o mtodo, de Descartes (1596/1650), afirmando que para conhecer a verdade preciso inicialmente colocarmos todos os nossos conhecimento em dvida:se eu duvido, eu penso, penso, logo existo.

81Transio : Fatores IntelectuaisIluminismoSCULO XVIII SCULO DAS LUZESOS FILSOFOS PRETENDIAM NO SOMENTE TRANSFORMAR AS FORMAS DE PENSAMENTO MAS A PRPRIA SOCIEDADEAFIRMAVAM QUE LUZ DA RAZO POSSVEL MODIFICAR A ESTRUTURA DA VELHA SOCIEDADE FEUDAL. 82Transio : Fatores IntelectuaisRevoluo Francesa (1789): mudanas na estrutura poltica.

83CONSEQNCIAS novas relaes de poderdemocracialiberdade, igualdade, fraternidade.cidadania, poder poltico burguesia,Destruio dos fundamentos da sociedade feudal.84Quadros comparativos: Idade Media e Idade ModernaEm relao ao desenvolvimento econmicoFEUDALISMOA produo era restrita aos feudosPropriedade : a terraServo: obrigaesA produo sustentava o senhor feudal e a IgrejaO povo vivia no campoDuas classes sociais : senhores e servosDO FEUDALISMO AO CAPITALISMOProduo de excedentes com objetivos de mercadoPropriedade : o capitalTrabalhador livre, mas vende a sua fora de trabalhoProduo com objetivo de lucro Desenvolvimento das cidadesDuas classes : burguesia e assalariadosEm relao organizao polticaFEUDALISMOSenhores feudais e Igreja dominavam os servos e camponesesSurge o Estado Nacional patrocinado pela burguesiaDO FEUDALISMO AO CAPITALISMOAusncia de Estado e NaesAparecimento das Naes e da figura do EstadoAusncia de teorias polticasSurgem as teorias polticas que sustentavam a idia de Estado NacionalAs teorias que justificavam o poder do senhor e da Igreja se baseavam na vontade de DEUSBaseadas no Iluminismo, as teorias polticas ganham fora e se tornam justificaes para a existncia do Estado e das leisEm relao s mentalidades e conhecimentoFEUDALISMODO FEUDALISMO AO CAPITALISMOTeocentrismoAntropocentrismoA verdade estava na Bblia e na autoridade da IgrejaA verdade obtida pela razo e pelos mtodos cientficoA religio era tudo. A realidade era explicada pela vontade de DeusA realidade explicada a partir do que acontecia na terra entre os homensQualquer mudana era contrria vontade de DeusO progresso passou a ser o objetivo humanoO conhecimento significava contemplar a realidade criada por DeusO conhecimento significava transformar a natureza e domin-la.A Revoluo Cientfica Idade Moderna (1453 ...)A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os cientistas para o desenvolvimento da tcnica, necessria para o desenvolvimento da economia.Cincia A cincia vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia, na explicao dos fenmenos da natureza, constituindo as denominadas cincias naturais 88

o uso da razo como meio de alcanar o conhecimento. Revoluo Cientifica (sculos XVI e XVII)O fundamento da cincia moderna consiste na afirmao da necessidade de observar todos os fatos e o fenmenos e demonstrar as explicaes propostas para eles. Fica excluda qualquer possibilidade de especulao sem um experimento que comprove sua plausibilidade. A cincia moderna se caracteriza como um saber no dogmtico, critico, aberto, reformulvel, suscetvel de correes ou refutaes um saber universal que utiliza provas (experincias) para que se possam testar resultados o saber era desligado das questes prticas e era voltado para a contemplao terica,

ANTESAGORAAs necessidades econmicas do capitalismo e a valorizao do trabalho redirecionaram o conhecimento rumo tcnica90o critrio da verdade limitava-se coerncia conceitual o saber continha concepes finalistas sobre o mundoANTESAGORAdeveria se submeter ao crivo da observao emprica matematizao e comprovao experimental. o saber passa a ser descritivo e utilitarista.91OS MTODOS CIENTFICOS ressaltam mais a historicidade do conhecimento (mtodos experimentais e tcnicos)refletem os valores empiristasRefletem o modo de pensar (utilitarista) Expressam os interesses (produo e comercio) Desenvolvem uma cultura das novas classes dominantes 7. DIFICULDADES METODOLGICAS DAS CINCIAS HUMANAS93Os resultados das cincias humanas so realmente cientficos ou no passam de opinies particulares dos cientistas?

94OBJETODificuldades Metodolgicas das Cincias HumanasCincias Naturais tm como objeto coisas materiais que so exteriores ao universo humanoCincias Humanas tm um objeto que se identifica com o prprio sujeito do conhecimento, o que torna difcil a objetividade.DELIMITAO DO OBJETONas Cincias Naturais relativamente fcil isolar e delimitar seu objeto de conhecimento, Para as Cincias Humanas tal recorte , muitas vezes, invivel, porque os fenmenos humanos so imensamente complexos: no h como separar o psquico do histrico, o econmico do social, do poltico, do cultural, etc.EXATIDO DO MTODONas Cincias Naturais, o controle das interferncias ideolgicas do cientista facilitado pela exatido do mtodo No campo das Cincias Humanas tal controle impossvel por causa da insero social do cientista no prprio fenmeno estudado: a sociedade.LINGUAGEM CIENTFICAH ainda o problema da linguagem cientfica. As Cincias Naturais se caracterizam pelo rigor e exatido dos conceitos.Entretanto os fenmenos humanos no so redutveis a quantificaes e clculos em razo de sua forte carga valorativa, simblica, psquica, etc.EXPERIMENTAOOutra grande dificuldade consiste no problema da experimentao, vivel nas Cincias Naturais, que conseguem isolar situaes de laboratorioTal procedimento inaplicvel e, no raras vezes, intil para as Humanidades porque as reaes e motivaes das pessoas diante dos eventos da vida social so variveis, subjetivos, imprevisveis.DETERMINISMOA busca de causalidades procedimento tpico das Cincias Naturais para explicar os fenmenos da natureza porque estes so regulares, constantes, repetitivos, denotando determinismo. J os fenmenos humanos so complexos e livres. As Cincias HumanasNecessidade da construo de uma metodologia prpria.As relaes humanas passaram a ser concebidas no mais como objeto em si ou como fato, mas sim como um fenmeno dotado de totalidade, complexidade e significado.Tendncia humanista das cincias humanas101Fenmeno HumanoNo um objeto delimitvel, isolvel, quantificavel e verificvelMas algo vivo, complexo, histrico e dinmico102Fenmeno HumanoA noo de verdade se afasta dos ideais gregos e latinos que pressupem a verdade como algo absoluto. Tem como verdade o consenso da comunidade cientfica, sempre provisria e precria que durar at que o curso histrico do prprio conhecimento promova a sua superao.103