aula 001 - noções de comercio e instituições comerciais

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CONTABILIDADE COMERCIAL - 181684 AULA 001 NOÇÕES DE COMÉRCIO E INSTITUIÇÕES COMERCIAIS Prof. Wagner Rodrigues dos Santos Livro Base: Contabilidade Comercial Sérgio de Iudícibus e José Carlos Marion

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  • CONTABILIDADE COMERCIAL - 181684

    AULA001

    NOESDECOMRCIOEINSTITUIESCOMERCIAIS

    Prof.WagnerRodriguesdosSantos

    LivroBase:ContabilidadeComercial

    SrgiodeIudcibus eJosCarlosMarion

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    CAPTULO001 NOESDECOMRCIOEINSTITUIESCOMERCIAIS

    1.1.CONCEITODECOMRCIO

    Entendese por comrcio a troca de mercadorias por dinheiro ou de uma mercadoriapor outra.

    A atividade comercial: inerente natureza humana. permite colocar disposio dos consumidores, fsica ou economicamentedelimitados, grande variedade de bens e servios, necessrios satisfao dasnecessidades humanas

    Comerciante: Pessoa fsica ou jurdica que aproxima vendedores e compradores, levandoos acompletar uma operao comercial, ou seja, a troca de mercadorias por dinheiroou por outras mercadorias.

    Se no existisse moeda, trocaramos bem que temos em excesso por outros que nopossumos (escambo).

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    1.1.CONCEITODECOMRCIO

    O termo comrcio vem de longa data.

    Quando os mercadores de Veneza implementaram o comrcio como atividadeprofissional, na verdade j existia o comrcio.

    Porm, at ento, era efetuado sem a existncia de uma moeda de troca, segundo oconceito que hoje conhecemos.

    Em alguns perodos, utilizaramse algumas mercadorias como moeda. Por exemplo, osal foi utilizado pelos povos fencios como objeto de troca.

    A palavra comrcio tem origem do termo cumercium, uma expresso latina que seformou da preposio cummais o substantivomerx, que resulta do termo mercancia,que significa comprar para vender (SOUZA, 2002, p. 23).

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    Precisar o perodo em que as atividades comerciais foram inventadas um tipo detarefa praticamente impossvel de ser cumprida.

    Contudo, podemos realizar uma breve projeo sobre como as primeiras trocascomerciais apareceram no cotidiano de certas civilizaes. Inicialmente, devemosimaginar que nas primeiras comunidades cada indivduo ou chefe familiar detinha umtipo especifico de habilidade de trabalho.

    Para que a produtividade desse trabalhador se ampliasse, era necessrio que elegastasse um nmero maior de tempo na realizao de suas atividades. Desse modo,garantiria o sustento de sua famlia com a coleta ou produo necessria para certointervalo de tempo.

    Apesar de ser uma soluo eficiente, esses trabalhadores no teriam condiessuficientes para dedicar seu tempo realizao de outras atividades que tambmintegravam seu universo de necessidades essenciais.

    1.2.ORIGENSHISTRICASDOCOMRCIO

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    Dessa forma, um trabalhador poderia recorrer aos produtos de um outro para queento pudesse satisfazer as suas necessidades. Por exemplo, um pescador poderiatrocar parte de sua mercadoria com um agricultor que tivesse batatas disponveispara a troca.

    Assim, as primeiras atividades comerciais se baseavam em trocas naturais em que aspartes estipulavam livremente a quantidade e os produtos que poderiam envolver assuas negociaes.

    Com o passar do tempo, vemos que essas trocas comerciais se tornaram cada vezmais complexas e envolviam uma gama cada vez maior de produtores.

    Em algumas situaes, o produto de troca oferecido por um trabalhador no eraaquele que atendia s demandas de outro.

    Alm disso, a comercializao de determinadas mercadorias de grande porte e dedifcil transporte poderia tornar as trocas diretas muito complicadas para as partesenvolvidas.

    1.2.ORIGENSHISTRICASDOCOMRCIO

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    Foi da ento que as primeiras moedas apareceram como um meio de dinamizar asatividades comerciais entre os povos.

    Alm de serem aceitas como meio de troca, as moedas deveriam ser de fciltransporte, possuir valores fracionados, ter grande durabilidade e no deveriam serfeitas de um material mais importante para outro tipo de atividade. Naturalmente,todas essas qualidades para uma moeda foram definidas por um longo processo, atque as ligas de metal fossem empregadas como forma de pagamento.

    Desde os primrdios das atividades comerciais, a quantidade de trabalho empregadapara a fabricao de uma riqueza ou mercadoria era um pressuposto fundamentalpara que o preo dela fosse determinado.

    Assim sendo, a dificuldade de produo de uma riqueza ou a raridade da mesmaseriam fatores essenciais que indicariam o seu preo elevado. Em contrapartida,outra mercadoria de fcil obteno ou de fabricao simples teria uma valoraobem menor.

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    Progressivamente, vemos que o desenvolvimento do comrcio estipulou umavalorao no limitada ao custo natural da mercadoria. Transporte, impostos,salrios e outros gastos foram incorporados paulatinamente ao processo defabricao de tais riquezas.

    Foi dessa forma que a atividade comercial passou a ganhar ainda mais complexidadeentre seus envolvidos. No mundo atual, vemos que a compreenso das atividadescomerciais abarca um universo cada vez maior de fatores e variantes.

    Na antiguidade, os fencios foram, provavelmente, o povo que mais se destacou naatividade comercial. Vrias causas e fatores contriburam para tal, algumas, inclusive,de natureza geogrfica.

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    A Fencia dispunha de pouca terra para o desenvolvimento de uma agricultura degrande qualidade. Assim, teve de voltarse atividade comercial, construindo grandefrota que realizava extensas atividades comerciais com o Ocidente, bem como, porterra, com o Oriente.

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    Alm dos fencios, foram muitos os povos da Antiguidade que exerceram com cuidadoespecial a atividade comercial, como os gregos e mesmo os romanos.

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    ROMA

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    1.2.ORIGENSHISTRICASDOCOMRCIO

    Mais recentemente, entre os sculos XII e XVI, vrios pases independentes erepblicas europeias desenvolveram intensa atividade comercial. Destacamse Venezae Portugal, bem como outros pases com tradio de descobertas e de navegao.

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    1.2.ORIGENSHISTRICASDOCOMRCIO

    Modernamente, o comrcio uma atividade primordial de todos os pases.

    O Brasil tem, desde a poca da abertura dos portos, no incio do sculo XIX,desenvolvido ampla vocao para as atividades comerciais, tanto interna quantoexternamente, favorecido pela excepcional variedade de produtos primrios esecundrios que produz, bem como pressionado pela necessidade de importar outrosbens de capital dos quais era carente at pouco tempo.

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    1.3.QUALAFUNODEUMAEMPRESACOMERCIAL?

    A funo principal das empresas comerciais servir de mediadora entre o produtor eo consumidor. necessrio que essa mediao de bens e produtos ocorra com afinalidade de obteno de lucros.

    As atividades comerciais (ou mercantis) so exercidas por pessoas denominadas deagentes do comrcio ou comerciantes, os quais praticam atos de comrcio.

    1.4.TIPOSDEENTIDADESMERCANTIS

    Tradicionalmente existem dois tipos de entidades comerciais: atacadistas e varejistas.A distino notada quando se caracteriza a funo que a empresa exercita dentrodo campo econmico:

    a) Atacadistas: clientela preferencial so empresas industriais, agrcolas que utilizammercadorias vendidas pela atacadista como matriaprima ou suprimentos. Taisentidades, por essncia, nunca vai vender diretamente ao consumidor final.

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    1.4.TIPOSDEENTIDADESMERCANTIS

    Tradicionalmente existem dois tipos de entidades comerciais: atacadistas e varejistas.A distino notada quando se caracteriza a funo que a empresa exercita dentrodo campo econmico:

    b) Varejistas: Comercializa, usualmente, bens de consumo que vo diretamente parao consumidor. Para bens especificamente instrumentais (bens de consumointermedirio), pode tambm vender diretamente para certas indstrias detransformao.

    Evidentemente, h tambm empresa com caractersticas mistas.

    Fenmeno do Custo de Distribuio: desequilbrio entre o custo de produo e ocusto de distribuio, encarecendo em demasia o ltimo e, portanto, tornandoproibitivo o preo final ao consumidor.

    Consequncia: produtos de bens de consumo procuram organizar, no mbito daprpria empresa ou consorciandose com outros produtores, a venda direta aoconsumidor.

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    1.4.TIPOSDEENTIDADESMERCANTIS

    Outras diferenciaes entre atacadistas e varejistas abrange:

    a) Poltica de compras;b) Poltica de financiamentos;c) Natureza e grau dos riscos assumidos.

    Considere tambm que algumas empresas executam compra e venda:

    a) Entidades mercantis atacadistas que operam, usualmente, por conta prpria;b) Entidades mercantis varejistas que operam, usualmente, por conta prpria;c) Entidades de comissionados, de representantes e outras, que operam por

    conta de terceiros.

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    1.5.DEFINIODECONTABILIDADECOMERCIALESUASCONSEQUNCIAS

    Conceituao: o ramo da Contabilidade aplicado ao estudo e ao controle dopatrimnio das empresas comerciais, com o fim de oferecer informaes sobre suacomposio e suas variaes, bem como o resultado decorrente da atividademercantil.

    importante entender o quadro econmico e jurdico mais amplo dentro do qual asempresas operam, bem como algumas caractersticas essenciais de sua gesto.

    1.6.HORIZONTESDAESPECIALIZAODECONTADORDEENTIDADESCOMERCIAIS

    Com o desenvolvimento dos conglomerados em que a atividade de distribuio umdos pontos bsicos e mesmo com ampliao e modernizao das empresasmercantis, que atuam em grandes mercados, s vezes ultrapassando at as fronteirasgeogrficas de um pas,multiplicamse as oportunidades para tais profissionais.

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    QUESTESPARADEBATES:

    1. A contabilidade financeira teve sua sistematizao efetuada pelo Frei Luca Pacioliquando escreveu a obra "Summa de Aritmtica, Geometria, Proportioni etProporcionalit", impressa em Veneza, na qual est inserido o seu tratado sobreContabilidade e Escriturao. Qual a influncia da atividade comercial para o autorda obra?

    2. Um sindicato de empregados pode se interessar em ter nos seus quadros umcontador que se especializou em contabilidade comercial? Justifique.

    3. O que vale mais apenas para o consumidor: comprar seus produtos em umaempresa varejista ou atacadista? Justifique.

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    FONTES:

    1. IUDCIBUS, Srgio de; MARION, Jos Carlos. Contabilidade comercial: atualizadoconforme Lei n 11.638/07 e Lei n 11/941/09 9. ed. So Paulo: Atlas, 2010.

    2. SOUZA, Acilon Batista de. Contabilidade de empresas comerciais. So Paulo: Atlas,2002.

    3. Site: www.brasilescola.com, acessado em 12/03/2014.

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    BONSESTUDOS!