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Coerência textual (distribuição da informação, dictum versus modus). Semântica e Pragmática da Língua Portuguesa Professora Dn. Sabine Mendes 1/2013

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Coerência textual (distribuição da informação, dictum versus modus).

Semântica e Pragmática da Língua PortuguesaProfessora Dn. Sabine Mendes

1/2013

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Semântica e o texto...

• Benveniste e a semântica da enunciação;• Bakhtin e a enunciação;• Ducrot e a semântica da argumentação;• Semântica textual: coesão e coerência.• No Brasil: Ingedore Villaça Koch, Irandé

Antunes.

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Teoria da Enunciação

• Sujeito como o centro dos estudos da linguagem;

• Enunciação Enunciado;• Marcas de subjetividade;• Enunciação como fenômeno individual/social

(língua e fala saussurianas em não oposição).

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Teoria da Enunciação

“O ato individual pelo qual se utiliza a língua introduz em primeiro lugar o locutor como parâmetro nas condições necessárias da enunciação. Antes da enunciação, a língua não é senão possibilidade da língua. Depois da enunciação, a língua é efetuada em uma instância de discurso, que emana de um locutor, forma sonora que atinge um ouvinte e que suscita uma outra enunciação de retorno”. (BENVENISTE, 1989, p. 83-4)

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Dictum vs. Modus

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Dictum vs. Modus

“ (...) As noções de dictum (a estrutura semântica da frase) e de modus (reação de um sujeito modal diante do dictum), tomadas por Bally da filosofia medieval e tidas como fundamentais em sua Linguistique Générale et Linguistique Française, mostram já a indispensável presença de um sujeito e de um verbo modal no enunciado. Percebe-se, com isso, que a língua, diferentemente do que propõe Saussure aparece relacionada à fala, na perspectiva enunciativa. Tal fato aponta, então, para leituras próprias desenvolvidas por teorias da Enunciação, que modificam, por vezes contrariam conceitos estruturalistas, mas se apresentam filiadas a Saussure, reconstruindo seu pensamento, para dar conta do emprego da língua” (Barbisan e Flores, 2009: 5)

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Modus = modalização

• Graus diferentes de certeza e/ou expressão da exatidão do conteúdo proposicional;

• Transferência de responsabilidade pela afirmação (verbos regentes, tempos e modos verbais);

• Circunscrição da validade da sentença;• Qualificação da fala;• Entre outros...

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Graus de certeza (Tereza e Feola, 2007)

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LONDRES (Stringer/Reuters) - O pioneiro da fertilização in vitro, o professor Robert Edwards morreu, nesta quarta-feira, aos 87 anos. Ele coordenou o projeto do primeiro bebê de proveta do mundo, que deu luz à Louise Brown, em 25 de julho de 1978, no Hospital Oldham General, no Reino Unido.A Universidade de Cambridge, de onde o professor ainda é associado, disse que seu trabalho “tinha um enorme impacto no mundo”. Num comunicado, a universidade afirmou: “É com enorme tristeza que a família anuncia que o professor Robert Edwards, vencedor do Nobel de Medicina, cientista e pioneiro da fertilização in vitro, faleceu tranquilamente enquanto dormia depois de lutar contra uma longa doença”, sem especificar qual.Nascido a 27 de Setembro de 1925 em Manchester, o cientista dedica-se desde a década de 1950 à investigação da fertilização in vitro. Até hoje, cerca de quatro milhões de pessoas nasceram a partir desta técnica (O Globo on-line no dia 10/04/2013)

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Dêixis e anáfora

• Expressões dêiticas (apontar, mostrar) = referência a contexto extralinguístico (ancoragem)

• Anáfora – referência a passagens anteriores de um texto.

• Catáfora – referência a passagens posteriores de um texto.

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Dêixis e anáforaKarl Bühler atribuiu ao fenômeno da dêixis uma importância central no funcionamento da linguagem verbal.

Segundo Karl Bühler, o conceito de mostração verbal tem duas implicações:

- Campo mostrativo: não é de natureza física, mas linguística: uma vez que só pode gerar-se a partir de um ato de fala;

- Marco de referência egocêntrico: "Para que a dêixis funcione [...] é imprescindível que exista um termo ou ponto de referência [...]: esse termo ou baliza referencial é a pessoa do próprio sujeito que fala, no momento em que fala e em que, apontando ou chamando a atenção para si próprio, se designa como EU." (Carvalho, 1973: 664-665.).

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Roncarati (2008)

“tendência de emprego do demonstrativo como marca de subjetividade na mídia jornalística escrita (p. 222)” e, podemos acrescentar, na fala cotidiana”

• “Essazinha”, “Aquela outra lá”, “Isso eu não quero”

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Roncarati (2008)

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