como orientar um paciente que entra com convulsão no ps?

47
COMO ORIENTAR UM PACIENTE QUE ENTRA COM CONVULSÃO NO PS? Luís Otávio Caboclo locaboclo@einstein. br

Upload: mulan

Post on 23-Feb-2016

55 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Como orientar um paciente que entra com convulsão no PS? . Luís Otávio Caboclo. [email protected]. O palestrante não tem conflitos de interesse a declarar. AGENDA reconhecendo uma crise epiléptica no PS o paciente com a primeira crise t ratamento da crise - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

COMO ORIENTAR UM PACIENTE QUE ENTRA COM CONVULSÃO NO PS?

Luís Otávio Caboclo

[email protected]

Page 2: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

2

O palestrante não tem conflitos de interesse a

declarar.

Page 3: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

3

AGENDA

reconhecendo uma crise epiléptica no PS

o paciente com a primeira crise

• tratamento da crise

• tratamento de manutenção

crise prolongada – estado de mal epiléptico

resumo

Page 4: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

4

Paciente com perda da consciência

Distúrbio circulatório

Síncope cardiogênica ou

não cardiogênica

Outras causas raras

Distúrbio da função cerebral

Crise epiléptica

Epilepsia generalizada

Epilepsia focal

Epilepsia indetermina

da

Evento psicogênico

não epiléptico

Page 5: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

5

Paciente com perda da consciência

Distúrbio circulatório

Síncope cardiogênica ou

não cardiogênica

Outras causas raras

Distúrbio da função cerebral

Crise epiléptica

Epilepsia generalizada

Epilepsia focal

Epilepsia indetermina

da

Evento psicogênico

não epiléptico

Page 6: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

6

Paciente com perda da consciência

Distúrbio circulatório

Síncope cardiogênica ou

não cardiogênica

Outras causas raras

Distúrbio da função cerebral

Crise epiléptica

Epilepsia generalizada

Epilepsia focal

Epilepsia indetermina

da

Evento psicogênico

não epiléptico

Page 7: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

7

Síncopes Crises TCGOcorrência circunstanciais espontâneas

Duração < 30 seg. 1- 2 min.

Evento precipitante 50% nenhum

Queda flácida ou rígida rígida

Convulsões 80% breves, arrítmicas, multifocais ou generalizadas

2-3 min., rítmicos, generalizados

Olhos abertos, desvio para cima ou para o lado transitório

abertos, desvio mantido

Alucinações tardia pode preceder TCG (aura odor e gosto)

Cor da face pálida cianótica

Hipersalivação, sialorréia ausente comum

Incontinência comum comum

Mordedura de língua rara comum

Tempo para recuperação < 30 seg. 1- 2 min.

Page 8: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

8

Homem de 75 anos com episódios de perda de consciênciaECG normal; holter normal

Page 9: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

9

Paciente com perda da consciência

Distúrbio circulatório

Síncope cardiogênica ou

não cardiogênica

Outras causas raras

Distúrbio da função cerebral

Crise epiléptica

Epilepsia generalizada

Epilepsia focal

Epilepsia indetermina

da

Evento psicogênico não

epiléptico

Page 10: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

10

Page 11: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

11

Page 12: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

12

Paciente com perda da consciência

Distúrbio circulatório

Síncope cardiogênica ou

não cardiogênica

Outras causas raras

Distúrbio da função cerebral

Crise epiléptica

Epilepsia generalizada

Epilepsia focal

Epilepsia indetermina

da

Evento psicogênico

não epiléptico

Page 13: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

13

Crise epiléptica: expressão clínica da descarga anormal e excessiva de um grupo de neurônios

Page 14: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

14

Crise epiléptica: expressão clínica da descarga anormal e excessiva de um grupo de neurônios

Crise sintomática aguda: causa imediata identificadaCrise única: 5-10% da populaçãoEpilepsia: recorrência de crises epilépticas não provocadas 1% da população

Page 15: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

15

Crise epiléptica:

1.crise sintomática aguda2.crise não provocada única3.primeira crise de paciente com epilepsia

Page 16: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

16

Crise epiléptica:

1.crise sintomática aguda2.crise não provocada única3.primeira crise de paciente com epilepsia

Page 17: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

17Epilepsia 2010; 51: 671-675

Crise sintomática aguda

Page 18: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

18

Crise sintomática aguda

relação temporal evidente com insulto ao SNC metabólico, tóxico, infeccioso ou inflamatório o intervalo entre o insulto e a crise é variável

Epilepsia 2010; 51: 671-675

Page 19: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

19

Crise sintomática aguda

Epilepsia 2010; 51: 671-675

Causas clínicas: • hiper/hipo glicemia• distúrbios de osmolaridade• distúrbios hidroeletrolíticos• hipóxia/hipercarbia• intoxicação exógena• abstinência de drogas

Page 20: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

20

Parâmetro bioquímico

Valor

glicemia <36 mg/dL ou >450 mg/dL (associado a cetoacidose)

sódio <115 mEq/L (<5 mM)

cálcio <5 mg/dL (<1,2 mM)

magnésio <0,8 mg/dL (<0,3 mM)

creatinina >10 mg/dL

Crise sintomática aguda

Page 21: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

21

Crise sintomática aguda

Epilepsia 2010; 51: 671-675

Causas neurológicas: • hemorragia subaracnóide• hemorragia intraparenquimatosa• AVC isquêmico• infecções do SNC• tumores de SNC• TCE

Page 22: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

22

Crise sintomática aguda

Page 23: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

23

Crise sintomática aguda: investigação inicial

exame clínico: sinais vitais, dextro exame neurológico – nível de consciência,

rigidez de nuca, FO, sinais focais história de uso de medicamentos, drogas

ilícitas, sedativos, álcool doenças pregressas hemograma, eletrólitos (Na, Ca, Mg, P),

glicemia, U/C, gaso, CK, ECG

Page 24: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

24

Crise sintomática aguda: investigação inicial

triagem para tóxicos dosagem de drogas antiepilépticas neuroimagem: TC ou RM LCR

EEG

Page 25: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

25

Crise epiléptica:

1.crise sintomática aguda2.crise não provocada única3.primeira crise de paciente com epilepsia

Page 26: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

26

Crise epiléptica:

1.crise sintomática aguda2.crise não provocada única3.primeira crise de paciente com epilepsia

Page 27: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

27

Crise epiléptica: tratamento inicial

droga antiepiléptica (DAE) de ação rápida Diazepam Midazolam

tratamento de manutenção?

Page 28: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

28

Crise epiléptica não provocada

TRATAMENTO risco de recorrência

Page 29: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

29

Crise epiléptica não provocada

TRATAMENTO risco de recorrência

Hauser WA et al. Seizure recurrence after a first unprovoked seizure. N Engl J Med 1982; 307: 522-528 maior chance de recorrência: etiologia, EEG EEG + neuroimagem normal: 30%

Page 30: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

30

Crise epiléptica não provocada

TRATAMENTO risco de recorrência

3 6 12 240

10

20

30

40

50

60

7 8

17

25

18

28

41

51

TRATADOSNÃO TRATADOS

6 meses 2 anos 5 anos 8 anos0

10

20

30

40

50

60

18

32

4246

26

39

51 52

TRATADOSNÃO TRATADOS

FIR.S.T., 1993(First seizure trial)204 tratados,193 não tratados

MESS, 2005(Multicenter Epilepsy and Single Seizure Study)404 tratados,408 não tratados

Page 31: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

31

Crise epiléptica não provocada

TRATAMENTO risco de recorrência

causa neurológica EEG alterado alteração de neuroimagem opção do paciente

Page 32: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

32

EEG

Page 33: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

33

EEG

Page 34: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

34

NEUROIMAGEM (RM)

Page 35: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

35

Crise epiléptica não provocada

TRATAMENTO risco de recorrência!

Escolha da droga antiepilépticatipo de crise e síndrome epilépticaidade e sexo do pacientecomorbidadesperfil de efeitos colaterais

Risco de recorrência alto dose de ataque?

Page 36: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

36

Como “hidantalizar?” IV dose: 20 mg/kg infusão: 50 mg/min, IV lento, monitorizando ECG

e PA (idosos) puro ou diluído em SF soro glicosado: nunca! veia calibrosa evitar extremidades

Page 37: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

37

Como “hidantalizar?” IV dose: 20 mg/kg infusão: 50 mg/min, IV lento, monitorizando ECG

e PA (idosos) puro ou diluído em SF soro glicosado: nunca! veia calibrosa evitar extremidades

Page 38: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

38

Como “hidantalizar?” IV dose: 20 mg/kg infusão: 50 mg/min, IV lento, monitorizando ECG

e PA (idosos) puro ou diluído em SF soro glicosado: nunca! veia calibrosa evitar extremidades

Page 39: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

39

Como “hidantalizar?” IV dose: 20 mg/kg infusão: 50 mg/min, IV lento, monitorizando ECG

e PA (idosos) puro ou diluído em SF soro glicosado: nunca! veia calibrosa evitar extremidades

Page 40: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

40PURO com SG

Page 41: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

41

Como “hidantalizar?” IV dose: 20 mg/kg infusão: 50 mg/min, IV lento, monitorizando ECG

e PA (idosos) puro ou diluído em SF soro glicosado: nunca! veia calibrosa evitar extremidades

Page 42: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

42

Page 43: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

43

Purple glove syndrome

Page 44: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

44

Crise convulsiva prolongada

➪ Crise prolongada e estado de mal epiléptico

ESTADO DE MAL EPILÉPTICO Crise com duração > 30 minutos Crises recorrentes, sem recuperação da

consciência entre essas crises, por > 30 minutos

Definição operacional (status iminente): 5 minutos

EMERGÊNCIA MÉDICA

Page 45: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

45

IMINENTE

ESTABELECIDO

REFRATÁRIO

5 min 30 min

60-90 min

Diazepam IV10-20 mgOUMidazolam IV5-15 mg

Fenitoína IV20-30 mg50 mg/minOUValproato IV25 mg/kg3-6 mg/kg/min

FosfenitoínaLevetiracetamLacosamida

Midazolam IV0,1-0,3 mg/kg0,05-0,4 mg/kg/hOUPropofol IV2 mg/kg5-10 mg/kg/hOUTiopental IV100-250 mg3-5 mg/kg/h

MidazolamVO ou IN10-20 mgOUDiazepam VR10-20 mg

IsofluranoLidocaínaEtomidatoKetaminaHipotermiaDieta cetogênicaECTTMSVNSCirurgia

PRÉ-HOSPITALAR

EMERGÊNCIA UTI

Lorazepam

via aérea, PA, T, acesso venoso, ECG, HMG, Dx, eletrólitos, TC, toxicológico

EEG contínuo

Estado de mal epiléptico

Page 46: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

46

RESUMO

diagnóstico diferencial: crise x síncope x CPNE

primeira crise:

• crise sintomática aguda

• epilepsia

tratamento: risco de recorrência

crise prolongada = estado de mal epiléptico iminente

Page 47: Como  orientar  um  paciente que entra  com  convulsão  no PS?

47

OBRIGADO !