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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

QUÍMICA

PROPOSTAS ALTERNATIVAS PARA O ENSINO DE NOMENCLATURA DOS TERCEIROS ANOS DO ENSINO MÉDIO

ODIR JOSÉ ZUCCHI PDE – 2009

         

APRESENTAÇÃO

Uma   tendência   atual,   no   ensino   da   Química,   tem   sido   a   de   enfatizar   aos estudantes os aspectos sociais,  num amplo sentido, associados ao desenvolvimento e aplicações   desta   Ciência,   e   aqui   se   inclui   obviamente   a   Química   Orgânica. Independentemente de qualquer crítica  que se possa fazer a esta tendência,  não tem havido   uma   boa   compreensão   da   mesma,   e   quando   há,   nem   sempre   a   prática corresponde à proposta, somadas a dificuldades dos alunos em entender experimentos e regras a serem aplicadas para o entendimento do conteúdo de química.

O problema é que no terceiro ano são atribuídas somente duas horas aulas para a disciplina  de química orgânica que abrange uma quantidade grande de conteúdos, isomeria e reações dos grupos funcionais. O conteúdo de nomenclatura envolve todos os grupos funcionais, alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos, cilcanos, ciclenos, aromáticos, funções  oxigenadas,  nitrogenadas,   tio  álcoois.  O  professor  gasta  uma  carga  horária grande, pois além das regras de nomenclatura, deve ensinar os alunos a reconhecer os grupos funcionais, não restando muita carga horária para os outros conteúdos que são extremamente  importantes.

Uma idéia  dominante na proposta deste projeto é  o uso de jogos como um instrumento   de   descoberta,   que   permita   desenvolver   no   aluno   e   no   professor   a capacidade de buscar soluções para uma  aprendizagem mais significativa.

Diante disso a necessidade de se experimentar  na sala de aula e ao mesmo tempo  contextualizar,     propondo a  construção  de  um banner,  que   tem por  objetivo permitir   um   maior   contato   do   aluno   com   o   conteúdo   e   facilitar   assim   a   sua aprendizagem.

A utilização em sala de aula dessa ferramenta, antes de ser apenas um material didático, tem como finalidade o favorecimento para o entendimento das nomenclaturas oficiais   e   usuais   da   química   orgânica,   bem   como   fundamentar   a   sua   história.   A utilização   dos   jogos   provoca   o   estímulo   cognitivo,   auxiliando   na   compreensão   e aprendizagem, facilitando a construção do conhecimento e fixação dos conteúdos.

Por conseguinte,  está  unidade temática foi elaborada com a contribuição de muitas ideias, colhidas nos livros, pesquisas bibliográficas, experiências do cotidiano. Elaborar uma unidade temática como esta, exige além de muito amor, tempo disponível, planejamento, trabalho e atenção.

PRODUÇÃO DO CADERNO TEMÁTICOQUÍMICA ORGÂNICA  ­ PROFESSOR ODIR

RESUMO DAS FUNÇÕES ORGÂNICAS

N° de C Prefixo N° de  C Prefixo  1 Met 7 Hept

        2 Et 8 Oct 3 Prop 9 Non 4 But 10 Dec 5 Pent 11 Undec 6 Hex 12 Dodec

Função Grupo Funcional

 Exemplos Oficial e Usual

Uso ou características

Alcano terminação ano

Ligação SimplesCadeia abertaR ­H

CH3 CH3 Etano Combustível, componentes de Biogás

Alceno terminação eno

Ligação dupla CH2 CH2 Eteno Fabricação   de Plásticos   de polietileno, amadurecimento de frutas.

Alcino Terminação ino

Ligação tripla CH CH Etino ou Acetileno

Soldas elétricasFabricação de plásticos como PVC e PVA

Ciclano ou Ciclo Alcano

Ligação SimplesCadeia Fechada

Ciclo butano Obtenção de alcanos simples

Cicleno ou Ciclo Alceno

Ligação DuplaCadeia Fechada

Ciclo Buteno Perfumes, armas

Aromáticos MononuclearesAnel Aromático

Benzeno Obtenção do Nylon, roupas, calçados, solventes.

Aromáticos Polinucleares Naftaleno ou

Naftalina

IncetecidaSolventesObtenção de novos produtos

Haleto de Alquila

Halogênio radical carbono

H3C­Cl Cloro Metano OF.Cloreto de Metíla

AnestésicoObtenção de ácidos Cianídricos, Nitrilas

CH4 Sp3

C   C═ Sp2

C C sp

C   C   C═ ═ sp2 sp  sp2

Hibridização do Carbono

Haleto de Arila

Halogênio e anel aromático

F Flúor Benzeno ouFluoreto de Feníla

ClorofórmioFreonsDDT

Álcool R  ­ OH simples

CH3­CH2­OH Etanol      OF.Álcool EtílicoEtil Carbinol

Combustível, bebidas alcoólicas

Enol Hidroxila ligada a dupla

H2C=CH­OH Etenol Tautomeria de álcoois e enóis

Fenol Hidroxila ligada ao anel aromático

OH Hidróxi Benzeno ouFenol

Fungicida, bactericida

Éter R – O ­ R CH3­ O – CH3 Metóxi­Metano

Anestésico local

Aldeído Grupo aldoxílaCHO

HCOH Metanal ou aldeído fórmico

Conservante

Cetona R – C O ­ R       

H3C –CO­CH3 Propanona ouDimetil cetona

Solvente, esmaltes

Ácido Carboxílico

Carboxila­ C = O    |    OH

CH3 – C = O            |            OHCHOO

Àcido Etanóico ouAcético (vinagre)

Componente do vinagre

Éster Derivados de ácidos Carboxílcos CHOOR

CH3 – C = O            |            O – CH3

Etanoato de Metíla

Essência da maçãFlavorizantes

Amina Primária R­NH2

CH3­NH2 Metil Amina Cheiro de peixe

Amina SecundáriaR­NH­R

CH3­NH­CH3 Dimetil Amina AminoácidosAntitérmicos

Amina TerciáriaR­N­R      |     R

CH3­ N – CH3

               |

          CH3

TrimetilAmina

ProteínasAnalgésicos

Amida O

NH2

CH3

O

NH2

CH3

Etano Amida Matéria prima para produção de plásticos, uréia.

Nitrila R­C N≡ CH3­C N≡ Etano Nitríla Fabricação de fibras do tipo lã

Isonitrila R­N C≡ CH3­N C≡ Isocianeto de metíla

Incolores, tóxicos cheiro desagradável

Nitro Composto

R­NO2 CH3­NO2 Nitro Metano Propelente, explosivos

Àcido Sulfônico

R­SO3H CH3­SO3H Ácido metil sulfônico

Matéria­prima para produção de detergentes

 Composto de  R­Mg­ X CH3 – Mg ­ Cl Cloreto de etil  Cheiro 

Grignard magnésio extremamente desagradável

Tio álcool ou Tiol

R­SH CH3­SH Metano Tiol Semelhante aos Álcoois

Tio Éter R – S ­ R CH3­S­CH3 Dimetil Tio èter

Cheiro do alho da cebola

Compostos Organolépticos

R­Metal CH3­Na Sódio Metíla Síntese orgânica de outros produtos, como oshidrocarbonetos

Cloreto de Ácidos

Haleto de AcilaCOX

H3C­COCl Cloreto de Etanoíla

Produção de ácidos Carboxílicos e amidas

Subgrupo característica exemplo Fórmula geral

Alcanos ou parafinas

Cadeia AbertaLigações simples

H3C—CH2—CH2—CH3 (C4H10) CnH2n+2

Alcenos, alquenos ou olefinas

Cadeia Aberta1 ligação dupla

H3C—CH=CH—CH3(C4H8) CnH2n

Alcinos ou alquinos

Cadeia aberta1 ligação tripla

H3C—C≡ C—CH3(C4H6)

CnH2n­2

Alcadienos ou dienos

Cadeia aberta2 ligações duplas

H2C=CH—CH=CH2(C4H6) CnH2n­2

CiclanosCadeia fechadaLigações simples

                        (C4H8) CnH2n

Ciclenos Cadeia fechada1 ligação dupla

                        (C4H6) CnH2n­2

AromáticosContém anel aromático

                        (C6H6) ­­­­­­

Sufixo Indica que o composto é um

o Hidrocarboneto

ol Álcool

al Aldeído

ona Cetona

oico Ácido carboxílico

JOGOS

Adaptação   de   um   material   elaborado   pelos   alunos   do   curso   de   química licenciatura na disciplina de Projetos de Ensino de Química C.

REGRAS DO JOGO ­1

CONSTRUINDO ÀS CADEIAS CARBÔNICAS

1.0­ ESTRUTURA:Este  jogo é  composto  por  69 cartas  plastificadas  com os  nomes das  cadeias 

carbônicas.

2.0­ OBJETIVO:Representar as cadeias carbônicas, envolvendo a utilização do banner para dar a nomenclatura dos hidrocarbonetos.

3.0­ CONTEÚDOS:Funções  Hidrocarbonetos,  nomenclaturas  oficiais   e   usuais,   representação  das cadeias carbônicas e vice­versa.

4.0­ NÚMERO DE JOGADORES:No mínimo três máximo seis.

5.0­ TEMPO:10 a 15 minutos.

6.0­ REGRAS:1.0 Dividir  a   turma em seis  grupos  e  distribuir  aleatoriamente  dez cartas  do 

baralho ou deixar que cada um escolha as cartas.2.0 Dar um tempo mínimo de cinco a dez minutos para que eles construam os 

compostos e identifiquem a nomenclatura.3.0 Ao término  do  tempo estabelecido  a  equipe  vai  ao quadro  e  constrói  às 

cadeias carbônicas referentes às suas cartas.4.0 Após explicara para as demais equipes, a função e o tipo de nomenclatura 

utilizada.5.0 O   valor   dos   trabalhos   resolução   e   apresentação,   no   máximo   um   ponto. 

(sugestão).6.0 O Professor ao final da aula e exposição das equipes no quadro, poderá fazer 

um resumo das funções hidrocarbonetos e aplicar outros tipos de exercícios, utilizando toda mídia e aulas práticas.

AUTOR

PDE­2009

PROFESSOR : ODIR JOSÉ ZUCCHI

REGRAS DO JOGO ­2

NOMENCLATURA DOS COMPOSTOS DE CARBONO

7.0­ ESTRUTURA:Este   jogo  é   composto  por  69  cartas  plastificadas   contendo  às   estruturas  das 

cadeias carbônicas.

8.0­ OBJETIVO:Dar a nomenclatura das cadeias carbônicas, envolvendo a utilização do banner.

9.0­ CONTEÚDOS:Funções   Hidrocarbonetos,   nomenclaturas   oficiais   e   usuais,   das   cadeias carbônicas.

10.0­ NÚMERO DE JOGADORES:No mínimo três máximo seis.

11.0­ TEMPO:11 a 15 minutos.

12.0­ REGRAS:7.0 Dividir  a   turma em seis  grupos  e  distribuir  aleatoriamente  dez cartas  do 

baralho ou deixar que cada um escolha as cartas.8.0 Dar um tempo mínimo de cinco a dez minutos para que eles construam no 

seu caderno  os compostos e identifiquem a nomenclatura.9.0 Ao término  do  tempo estabelecido  a  equipe  vai  ao quadro  e  constrói  às 

cadeias carbônicas com a nomenclatura  referentes às suas cartas.10.0Após explicara para as demais equipes, a função e o tipo de nomenclatura 

utilizada.11.0O   valor   dos   trabalhos   resolução   e   apresentação,   no   máximo   um   ponto. 

(sugestão).12.0O Professor ao final da aula e exposição das equipes no quadro, poderá fazer 

um resumo das funções hidrocarbonetos e aplicar outros tipos de exercícios, utilizando toda mídia e aulas práticas.

AUTOR

PDE­2009

PROFESSOR : ODIR JOSÉ ZUCCHI

REGRAS DO JOGO ­3

IDENTIFICANDO FUNÇÕES QUÍMICAS E NOMENCLATURAS

13.0­ ESTRUTURA:Este jogo é composto por 48 cartas plastificadas contendo às estruturas 

das funções orgânicas, onde em cada carta possuí o seu nome num retângulo e mais o nome de três outros compostos a serem construído.

14.0­ OBJETIVO:Construir às cadeias carbônicas das três funções da carta e explicar que tipo de nomenclatura foi utilizada nas cadeias carbônicas,  envolvendo a utilização do banner.

15.0­ CONTEÚDOS:Funções Orgânicas, nomenclaturas oficiais e usuais, das cadeias carbônicas.

16.0­ NÚMERO DE JOGADORES:No mínimo três máximo seis.

17.0­ TEMPO:12 a 15 minutos.

18.0­ REGRAS:13.0Dividir  a   turma em seis  grupos  e  distribuir  aleatoriamente  dez cartas  do 

baralho ou deixar que cada um escolha as cartas.14.0Dar um tempo mínimo de cinco a dez minutos para que eles construam no 

seu caderno os compostos e identifiquem a nomenclatura.15.0Ao término  do  tempo estabelecido  a  equipe  vai  ao quadro  e  constrói  às 

cadeias  carbônicas  dos   três  compostos  com a nomenclatura   referentes  às suas cartas.

16.0Após explicara para as demais equipes, a função e o tipo de nomenclatura utilizada.

17.0O   valor   dos   trabalhos   resolução   e   apresentação,   no   máximo   um   ponto. (sugestão).

18.0O Professor ao final da aula e exposição das equipes no quadro, poderá fazer um resumo das funções hidrocarbonetos e aplicar outros tipos de exercícios, utilizando toda mídia e aulas práticas.

AUTOR

PDE­2009

PROFESSOR : ODIR JOSÉ ZUCCHI

ANEXOS

REFERÊNCIAS

BECKER, Fernando. Epistemologia do professor: o cotidiano da escola. Petrópolis: Vozes: 2000. pg. 45­52.

BEJARANO, N. R. R.; CARVALHO, A. M. P. A educação química no Brasil: uma visão através das pesquisas e publicações da área. São Paulo, 1998.

BELTRAN, N. & CISCATO, C. A. M.  Breve histórico e principais problemas do ensino de Química. São Paulo: Cortez, 1993.

BORGONOVO, T. Em busca de nova natureza? Monografia. As representações de Educadores de Guarapuava. 1994.

BORNHEIM, G. Os filósofos pré­socrático. São Paulo: Cultrix, 1985. pg.30­39.

BROUGÉR, Gilles. Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

CHAGAS, Aécio Pereira. Como se faz química. Campinas, Editora d Unicamp, 1989.

CHASSOT, Attico Inácio.  A educação no ensino de química. Ijuí: Livraria UNIJUI, 1990.

CHATEAU, J. O jogo e a criança. Trad. G. de Almeida. São Paulo: Summus Editora, 1994.

CHRISPINO, Álvaro.  O que é Química.  São Paulo, Editora Brasiliense, 1989. (Col. Primeira Passos, vol. 226).

ELKONIN, Daniil. A Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

GEPEQ / Grupo de Pesquisa para o Ensino de Química. Interação e Transformação: química para o 20 grau. Editora da Universidade de São Paulo, 1993.

GUIMARÃES,   Mauro.  A   dimensão   ambiental  na   educação.   São   Paulo:  Papirus, 1995.

MORRISON e BOYD. Organic Chemistry. Boston, Massachusetts 02210. Copyright. 1973.

NARDI, Roberto. Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

NOSSO   FUTURO   COMUM.  Comissão   mundial   sobre   Meio   Ambiente   e Desenvolvimento. Rio de Janeiro: FGV, 1998.

QUIMICA   NOVA.  Experimentação   no   Ensino   de   Química:   Caminhos   e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. (Vol. 31 , N° 3 , Agosto 2009). GUIMARÃES, C. Cleidson.

REGO, T. C. Vygotsky.  Uma perspectiva histórico­cultural da educação.  108 ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

ROMANELLI, Rosária da Silva Justi.  Aprendendo química. Ijuí: Ed. 2005. (coleção ensino do  20 grau).

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