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Agilizar e Mobilizar Candidatura a Director do Departamento de Física da Universidade de Aveiro Programa para o quadriénio 2011-2014 António Luís Ferreira

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Agilizar e Mobilizar

Candidatura a Director do

Departamento de Física da Universidade de Aveiro

Programa para o quadriénio 2011-2014

António Luís Ferreira

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Candidatura a Director Departamento de Física – Programa para o quadriénio 2011-2014

Agilizar e Mobilizar

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ÍNDICE 1. Introdução .......................................................................................................................................... 3

2. Enquadramento ................................................................................................................................. 7

3. O Departamento de Física ................................................................................................................ 10

3.1 Breve resumo histórico ............................................................................................................... 10

3.2 Ensino ........................................................................................................................................ 11

3.3 Alunos ........................................................................................................................................ 13

3.4 Recursos Humanos .................................................................................................................... 17

3.5 Investigação e Desenvolvimento ................................................................................................ 18

3.6 Actividades de Divulgação ......................................................................................................... 19

3.7 Financiamento ........................................................................................................................... 19

3.8 Infra-estruturas .......................................................................................................................... 20

4. Contrato Programa e Contrato de Confiança .................................................................................... 21

4.1 Contrato Programa .................................................................................................................... 21

4.2 Contrato de Confiança ............................................................................................................... 25

5. Áreas, Objectivos Estratégicos e Linhas de Acção ............................................................................ 28

1. Organização, Gestão e Infra-estrutura ..................................................................................... 28

2. Ensino ..................................................................................................................................... 31

3. Gestão dos Recursos Humanos ................................................................................................ 33

4. Investigação e Transferência de Conhecimento ....................................................................... 35

5. Internacionalização ................................................................................................................. 36

6. Ligação á Sociedade ................................................................................................................ 37

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1. INTRODUÇÃO

O Departamento de Física (DF) é a unidade orgânica de ensino e investigação da UA na área de

conhecimento da Física, contribuindo para a missão da Universidade através do Ensino, de actividades

de Investigação e Desenvolvimento, e ainda de actividades de Ligação à Sociedade, tendo em vista a

criação de conhecimento, a formação de profissionais, a transferência de tecnologia e conhecimento e

a promoção da formação e divulgação da Física para públicos alargados. O DF é um agente no projecto

institucional da UA e, por isso, inevitavelmente, a sua actividade desenvolve-se no contexto de um

ambiente globalizado, competitivo e em rápida evolução.

Para se perceber o papel de um departamento de física universitário importa considerar, numa

perspectiva mais abrangente, os desafios que se colocam às sociedades actuais. Crescentemente, todo

o desenvolvimento tem por base a produção de conhecimento ou a sua utilização de uma forma

inovadora. As tecnologias que se revelaram economicamente e ambientalmente insustentáveis são

substituídas e outras são progressivamente introduzidas permitindo melhores níveis de bem-estar

social. Nas sociedades modernas há uma urgência crescente em se abandonarem modelos de

desenvolvimento económico baseados na utilização intensiva de mão-de-obra e recursos naturais por

outro baseado na produção de conhecimento. Este desenvolvimento socioeconómico depende da

disponibilidade na economia de uma actividade industrial que inclua uma forte componente de

inovação e desenvolvimento em estreita interacção e colaboração com instituições de investigação. As

instituições de ensino universitário têm aqui o duplo papel de formar profissionais qualificados e o de

produzir e transferir conhecimento para a sociedade.

A Física é uma área do conhecimento que estuda a matéria desde escalas sub-atómicas até escalas

cosmológicas. A evolução histórica do conhecimento em Física, em áreas como a Mecânica, a

Relatividade e Gravitação, a Mecânica Quântica, com Galileu, Newton, Einstein, Bohr e Heisenberg,

entre outros, alteraram radicalmente o entendimento humano da Natureza e o posicionamento do

Homem no Cosmos, influenciado decisivamente toda a reflexão filosófica e metafísica.

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A formação de profissionais em Física, quer com um perfil menos dirigido para aplicações, quer com um

perfil de Engenharia, é de grande importância e actualidade. O processo de produção de conhecimento

envolve crescentemente o contributo de equipas interdisciplinares onde a Física tem um papel

integrador. Uma boa formação de base em termodinâmica, em elasticidade e física de fluidos, em

electromagnetismo e ondas, por exemplo, permite a um Físico fazer a ponte entre várias áreas de

engenharia. Com novas ideias e tecnologias a serem desenvolvidas e testadas, esta formação de base é

essencial para a necessária adaptação e flexibilidade dos profissionais. Por outro lado, a importância

das tecnologias quânticas como tecnologias emergentes e em uso no dia-a-dia faz com que a

contribuição dos Físicos, em aplicações e engenharia, seja crescente. Na UA, em áreas como Materiais,

Energia, Ambiente, Mar e Saúde a colaboração interdisciplinar é uma prática corrente na qual o DF se

encontra empenhado.

Decidi apresentar a minha candidatura ao lugar de Director do Departamento de Física da Universidade

de Aveiro por considerar ter o perfil e as competências necessárias para o cargo, por ter um

conhecimento profundo do departamento, no qual me encontro há quase 25 anos, e por ter uma visão

estratégica e um plano de acção capaz de contribuir para que o DF atinja ainda melhores níveis de

qualidade e excelência nas suas áreas de actividade.

A minha visão para o DF é a de um departamento atractivo para os bons alunos nacionais e

estrangeiros, pela formação de qualidade proporcionada em estreita ligação com a investigação,

atractivo para os docentes e investigadores de elevada qualidade, pela disponibilização de boas

condições de trabalho e um ambiente de troca de ideias propiciador da criatividade, com uma produção

de investigação e transferência de conhecimento reconhecidas pela sua contribuição importante para o

avanço do conhecimento e para o desenvolvimento socioeconómico.

Para a minha candidatura escolhi o lema Agilizar e Mobilizar. Agilizar os processos é essencial quando

somos confrontados com alterações rápidas que exigem respostas prontas. Este é o sentido de algumas

das alterações introduzidas recentemente na estrutura organizativa da UA, que nos conduziram até

aqui. Agilizar significa aqui também promover a eficiência e a focalização em tarefas produtivas,

eliminando ou reduzindo tarefas e recursos associados a actividades que não contribuem para os

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objectivos globais definidos. Todo o progresso só pode ser conseguido através de um trabalho de

equipa para o qual é necessário Mobilizar todos os membros do DF no contexto de uma cultura

partilhada de compromisso e rigor. Neste processo, será necessário escutar, escolher e decidir. A nossa

visão, os nossos objectivos e as nossas metas definem um caminho para o qual todos têm de ser

mobilizados.

O meu compromisso é o de empregar nesta tarefa todas as minhas competências e toda a minha

determinação.

Iniciei na UA a minha formação superior em 1982, o meu percurso profissional em 1986 sendo

actualmente Professor Associado. Como estudante, em 1984, participei no movimento associativo

estudantil, na qualidade de presidente da mesa da Reunião Geral de Alunos, tendo sido, ainda como

estudante, membro do Conselho Pedagógico. Mais tarde, em 1990, terminado o curso, fui sócio

fundador da Associação de Antigos Alunos da UA. Em 1989, como assistente, fui eleito membro da

Assembleia Constituinte da Universidade, que elaborou os seus primeiros Estatutos. Em diversos

períodos, fui eleito membro da Assembleia da Universidade e do Senado Universitário, primeiro como

representante do corpo dos Assistentes e, mais tarde, do corpo dos Professores. No DF fui

representante, em 1989, dos Assistentes na Assembleia de Representantes tendo exercido, entre 2001

e 2002, as funções de coordenador da Comissão Científica Departamental, envolvendo-me

activamente na revisão e transição curricular decorrente do processo Repensar os Curricula. Fui director

da Licenciatura em Física em 2009 tendo sido, entre 2006 e 2010, vogal do Conselho Directivo do DF.

Nessas funções, durante 2008, coordenei um processo de auto-avaliação interno do DF e, em 2009,

coordenei a elaboração da contribuição do DF para o Contrato Programa da UA com o governo. A nível

institucional, entre 2004 e 2006, exerci as funções de pró-Reitor. Desde Fevereiro de 2010 tenho

exercido interinamente as funções de Director do DF.

Refiro também a minha actividade de participação cívica e social, exercida como membro dos corpos

gerentes de associações culturais, destacando o exercício, ao longo de vários mandatos, das funções de

Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação de Solidariedade Estarrejense, cargo que ainda

exerço.

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O Programa de Candidatura ao cargo de Director que apresento, começa por enumerar as principais

condicionantes externas e internas que determinam a actividade do DF. Faço uma caracterização do DF

nas áreas de Ensino, Alunos, Recursos Humanos, Investigação e Desenvolvimento, Actividades de

Divulgação, Financiamento e Infra-estruturas, incluindo um breve resumo histórico. O Contrato

Programa a 5 anos entre a UA e o Governo, do inicio de 2009, assim como, mais recentemente, o

Contrato de Confiança entre o Governo e as Instituições de Ensino Superior nacionais representam

compromissos institucionais para os quais o DF irá contribuir. Neste âmbito, foram estabelecidos

indicadores e metas que são uma métrica importante para avaliar a nossa evolução futura. Apresento

aqui a comparação entre as previsões efectuadas para o período 2009-13, com a evolução entretanto

verificada em 2009 e 2010.

Defino seis Áreas Estratégicas nas quais enuncio Objectivos Estratégicos e Linhas de Acção.

Áreas Estratégicas:

1. Organização, Gestão e Infra-estrutura

2. Ensino

3. Recursos Humanos

4. Investigação e Transferência de Conhecimento

5. Internacionalização

6. Ligação à Sociedade

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2. ENQUADRAMENTO

Em 2006 as instituições de ensino superior iniciaram um período de grandes transformações,

marcado pela publicação do decreto-lei sobre graus académicos e diplomas do ensino superior (Lei

74/2006 de 24 de Março), que foi o ponto de partida para a concretização da Reforma de Bolonha.

Os propósitos desta reforma são bem conhecidos: a adopção de um sistema de créditos europeu

(ECTS) que permita comparar as formações, o estabelecimento de três ciclos de estudos com

durações semelhantes às adoptadas na maioria dos estados europeus, a convergência da estrutura

das formações, facilitadora da mobilidade e a adopção de uma metodologia de ensino centrada na

aquisição de competências, em detrimento de uma centrada na transmissão de conhecimento.

O regime jurídico das instituições de ensino superior (RJIES) publicado em finais de 2007 introduz

uma maior diversidade e novos modelos de organização das instituições. Foi criada a Agência de

Acreditação e Avaliação (A3ES - Decreto Lei 369/2007). Mais recentemente, foi promulgada uma

revisão e aditamento ao Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU, 31 de Agosto de 2009).

Desde 2006 que os funcionários não docentes têm vindo a ser submetidos a um processo de

avaliação SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho), baseado na definição de

objectivos individuais e em competências, ao qual foram introduzidas modificações a partir de

finais de 2007 (Lei nº 66-B/2007 de 28 de Dezembro), incluindo três subsistemas – a avaliação de

desempenho de cada serviço baseada no Quadro de Avaliação e Responsabilização do serviço

incluindo objectivos estratégicos plurianuais e objectivos anualmente fixados (SIADAP1), a

avaliação dos dirigentes (SIADAP2) e a avaliação do desempenho dos trabalhadores (SIADAP3).

O ECDU estabelece a avaliação de desempenho de docentes com periodicidade de três anos,

determinando as linhas gerais a que essa avaliação deve obedecer e remetendo a sua

concretização para o correspondente regulamento a elaborar em cada instituição.

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Ao abrigo da possibilidade aberta pelo RJIES, a Universidade de Aveiro (UA) adoptou o regime

fundacional, publicando os seus novos estatutos em Abril de 2009. De acordo com o previsto,

foram redigidos novos regulamentos para as Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação,

incluindo o novo regulamento do Departamento de Física (DF) (Regulamento n.o 595/2010,

publicado no Diário da República Nº 134, 2ª série, de 13 de Julho.).

As instituições de ensino superior estão sujeitas a um crescente escrutínio público relativamente

aos recursos utilizados e aos resultados conseguidos, num contexto de grande competição e

abertura ao exterior. Este novo enquadramento jurídico procura fornecer às instituições

instrumentos para que respondam a estes desafios.

No plano institucional, a nova estrutura do Conselho Científico e do Conselho Pedagógico termina

com uma lógica anterior de representação das Unidades Orgânicas ou dos Cursos. No plano dos

Departamentos, as alterações introduzidas vão no sentido de uma maior capacidade de decisão e

responsabilização das Direcções, tendo em vista uma gestão mais eficiente e capaz de uma

resposta rápida e flexível. Instituiu-se a figura de Director, indigitado por um Comité de Escolha

mediante apresentação de candidatura e programa – o Director escolhe os membros de uma

Comissão Executiva, cria-se um Conselho de Departamento com funções consultivas obrigatórias

em certas matérias. No novo regulamento do DF não se encontram previstos órgãos adicionais,

embora sejam possíveis outras estruturas orgânicas, enquadradas nas suas funções.

Nomeadamente, é permitido ao Director criar comissões específicas de apoio ao exercício das suas

competências.

No processo de adopção do regime fundacional a UA elaborou um Plano de Desenvolvimento

(Janeiro de 2008) e assinou um Contrato-programa a 5 anos com o Governo que inclui uma

projecção de indicadores nas áreas de Pós-graduação, Publicações, Citações, Alunos Estrangeiros,

e Contratação Externa. Na sequência de solicitação da Reitoria, em Março de 2009, o Directivo do

DF discutiu e preparou a sua contribuição, em conjunto com colegas representativos das Unidades

de Investigação e Laboratórios Associados em que participa, fazendo as suas próprias projecções

de evolução nos indicadores seleccionados.

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Em resultado da candidatura da UA ao programa SAICT – Sistema de Apoio a Infra-estruturas

Científicas e Tecnológicas, com comparticipação FEDER, em meados de Julho de 2009, os

investigadores do DF integrados nos Laboratórios Associados CICECO, CESAM e I3N contarão com

um reforço significativo das infra-estruturas de investigação à sua disposição.

Mais recentemente, em Março/Abril de 2010, foi estabelecido um Contrato de Confiança entre o

Governo e as instituições de ensino superior nacionais a que corresponde o objectivo de aumentar

o número de diplomados por ano, qualificando mais 100 mil activos nos próximos 4 anos (2010/11 a

2013/14). No ensino superior universitário prevê-se um número adicional de 67000 diplomados,

num sistema que actualmente forma cerca de 40000 diplomados por ano. Este contrato prevê,

entre outros instrumentos, o incremento do número de estudantes na modalidade de ensino à

distância, a abertura para novos públicos, a requalificação de diplomados através da criação de

mestrados de índole profissional e oferta cursos de formação avançada e especializada, a atracção

de licenciados pré-Bolonha para completarem mestrados, a disponibilização de horários pós-

laborais e a promoção e melhoria do sucesso escolar.

A UA tem em funcionamento um Subsistema para a Garantia da Qualidade das Unidades

Curriculares (SubGQ_UC) que faz parte de um sistema mais global de qualidade no processo

ensino-aprendizagem, no qual o DF foi alvo de aplicação piloto no 2º semestre de 2008/09 e que se

encontra desde 2009/10 em aplicação estendida a toda a instituição. Este sistema permite aos

vários actores, estudantes, comissões de curso e docentes, serem ouvidos nas suas várias fases,

identificando dificuldades e problemas de funcionamento, dando ainda a possibilidade de,

mediante planos de melhoria, serem feitos os ajustes necessários para o melhor funcionamento

das unidades curriculares.

A nível institucional estão a ser disponibilizados diversos instrumentos auxiliares de gestão,

promotores de maiores níveis de eficiência, de que são exemplos a aprovação e publicação do

Calendário das Tarefas do Ciclo Académico, o Programa de Monitorização das Tarefas do Ciclo

Académico (PMCA), o sistema de Gestão Documental (GESDOC) e a implementação do sistema e-

ABS de aquisição de bens e serviços em ambiente electrónico.

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Está em curso na UA um processo extenso de revisão e elaboração de novos regulamentos, alguns

já publicados e outros em fase de consulta e elaboração, de entre os quais se salientam os

Regulamentos de Contratação de Pessoal Docente, o Regulamento da Escola Doutoral, o

Regulamento de Prescrições, o Regulamento de Creditação de Formações e Experiência e o

Regulamento da Avaliação de Desempenho.

3. O DEPARTAMENTO DE FÍSICA

A missão do DF está descrita no seu regulamento através da enumeração das suas funções e pode

ser resumida da seguinte forma: O Departamento de Física é a unidade orgânica de ensino e

investigação da UA na área de conhecimento da Física contribuindo para a missão da Universidade

através do Ensino, nos três ciclos de estudo, através de actividades de Investigação e

Desenvolvimento e ainda de actividades de Ligação à Sociedade, tendo em vista a criação de

conhecimento, a formação de profissionais altamente qualificados, a transferência de tecnologia e

conhecimento e a promoção da formação e divulgação da Física para públicos alargados.

3.1 BREVE RESUMO HISTÓRICO

O DF foi dos primeiros Departamentos a ser criados na UA. Até 1992 funcionou no 1.º andar do

edifício nº 2 do Campus, onde se encontra, actualmente, o Departamento de Línguas e

Culturas.

A primeira formação oferecida pelo DF, com o Departamento de Química, foi o Bacharelato

em Física e Química (ensino) mas, logo em 1978, na área de formação de professores, foi

criada, por estes departamentos, a licenciatura em Ensino de Física e Química (LEFQ). Três

anos mais tarde foi criada a licenciatura em Física (LF), com dois ramos (Física de Materiais e

Física da Atmosfera). Um marco importante para o ensino de Física em Portugal foi a

introdução em várias universidades portuguesas, de cursos de Engenharia Física. Em 1990, o

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DF criou a sua licenciatura em Engenharia Física (LEF), reconhecida como importante por

formar profissionais versáteis, com uma forte formação de base que lhes permite interagir com

outras especialidades. Na sequência destes anos de grande crescimento da UA iniciou-se uma

aposta na pós-graduação, tendo sido criados diversos mestrados e cursos de especialização,

como o Mestrado em Física Aplicada, criado em 1990 e os mestrados na área de formação de

professores em Física e Química e em Física, em 2000/1. Dando resposta a alterações

importantes verificadas no contexto educacional nacional e internacional, foi necessário

proceder ao longo do tempo a diversas revisões curriculares, adaptando a formação oferecida.

Assim, em 1993 foi criado o 1º ano comum; em 1999/2000, o processo repensar os Curricula;

em 2006/07, o processo de Bolonha. Um marco importante foi a autonomização da formação

oferecida em Meteorologia e Oceanografia com a criação, em 2003, da licenciatura em

Meteorologia e Oceanografia Física (LMOF), actual licenciatura em Meteorologia,

Oceanografia e Geofísica. Com uma interrupção de breves anos, o DF manteve sempre em

funcionamento a sua licenciatura em Física.

A avaliação externa das LEFQ, LEF e LMOF, no âmbito da CNAVES (Conselho Nacional de

Avaliação do Ensino Superior ocorreu em dois ciclos, o primeiro em 1997/98 e o segundo em

2002/03.

Paralelamente, em estreita ligação com actividades de investigação, o DF sempre teve

actividades de formação ao nível de doutoramento. O primeiro doutoramento em Física pela

UA foi outorgado em 1986.

3.2 ENSINO

Neste momento, o DF oferece no 1º ciclo: a licenciatura em Física (LF), a licenciatura em

Meteorologia, Oceanografia e Geofísica (LMOG) e participa na licenciatura em Ciências do

Mar (LCM). No 2º ciclo oferece os mestrados em Física e em Meteorologia e Oceanografia

Física (MMOF) e, ainda, o Mestrado Integrado em Engenharia Física (MIEF).

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Participa no mestrado EMMS (European Master in Materials Science e Mestrado em Ciência e

Engenharia de Materiais), no M.Sc. FAME, no Mestrado em Materiais e Dispositivos

Biomédicos e no Mestrado em Ciências do Mar e das Zonas Costeiras.

A nível do 3º ciclo oferece o programa Doutoral MAP-FIS (PD MAP-FIS), em colaboração com

as Universidades do Porto e Minho e o programa Doutoral em Engenharia Física (PDEF),

participando no Programa Doutoral em Nanociências e Nanotecnologia e no Programa

Doutoral em Ciências do Mar e do Ambiente.

Para além da leccionação de Unidades Curriculares de Física dos primeiros anos dos cursos de

Ciências e Engenharia, o DF colabora também com o Departamento de Educação, a Escola de

Saúde e a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda na leccionação de Unidades

Curriculares de Física.

1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo

Licenciatura em Física Mestrado em Física Programa Doutoral MAP-FIS

Licenciatura em Meteorologia

Oceanografia e Geofísica

Mestrado em Meteorologia e

Oceanografia Física

Mestrado Integrado em Engenharia Física Programa Doutoral em Engenharia

Física

European Master in Materials

Science ( EMMS)

Msc. FAME

Programa Doutoral em

Nanociências e NanoTecnologia

Licenciatura em Ciências do Mar Mestrado em Ciências do Mar e das

Zonas Costeiras

Mestrado em Materiais e

Dispositivos Biomédicos

Programa Doutoral em Ciências do

Mar e do Ambiente

Tabela 1 – Oferta Formativa do DF incluindo cursos em que o DF participa.

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3.3 ALUNOS

O DF diploma, anualmente, cerca de 60 alunos, dos quais cerca de 5 a nível de doutoramento

e 30 a nível de mestrado.

Dados de Janeiro de 2011, obtidos a partir do sistema PACO, mostram a distribuição do

número de alunos pelas licenciaturas, mestrados e programas doutorais do DF constante da

Tabela 2. Comparando com dados de Março 2010 verifica-se um aumento significativo no

número de alunos dos programas doutorais, que era de 42 nesse momento. Este aumento nos

programas doutorais deve-se à admissão de 20 novos alunos no MAP-FIS que funciona na UA

no ano lectivo 2010/11, mas inclui alunos que vão ser orientados por docentes das outras

instituições participantes e, portanto, não farão a totalidade dos seus estudos na UA.

Ano Curricular

Código Curso 1º 2º 3º 4º 5º Total

1º ciclo

8285 MIEF

34 37 41 17 34 163

8258 LF 22 14 16 52

8251 LMOG 30 16 29 75

8266 LCM 23 19 19 61

2º ciclo

9167 MF 5 2 7

9177 MOF 9 7 16

3º ciclo

9016 DF 11

9217 PD MAP-FIS 32

9933 PDEF 19

Tabela 2. Distribuição do número de alunos por cursos e anos curriculares.

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Número Total de Alunos por ciclo de estudos

Contando apenas 1/3 dos alunos de Ciências do Mar

1º ciclo 259

2º ciclo 74

3º ciclo 62

Pós-graduação (2º + 3º ciclos) 136

Total de Alunos 395

Tabela 3. Número de alunos por ciclo de estudos e número total de alunos

O concurso nacional de acesso 1ª fase de 2010-11 preencheu 6 vagas na LF num total de 22

vagas preenchendo a totalidade das 23 vagas em LMOG e das 30 vagas em MIEF. O curso LF,

contabilizando as várias fases de acesso, teve 17 novos alunos. No Gráfico 1 mostra-se o

número de candidatos e o número de colocados no Concurso Nacional de Acesso (1ª fase) nos

cursos LF, MIEF, LMOG ao longo dos últimos 4 anos.

Gráfico 1. Número de candidatos (castanho) e número de colocados (azul) no Concurso

Nacional de Acesso (1ª fase) nos cursos LF, MIEF, LMOG ao longo dos últimos 4 anos.

As notas de acesso do último colocado na 1ª fase, em 2010-11, rondaram os 11 valores para LF

e LMOG e foram de 12 para MIEF e LCM. O Gráfico 2 mostra que a percentagem de alunos

candidatos em 1ª opção em LF tem vindo a diminuir. A percentagem de colocados em 1ª

opção em MIEF foi este ano a maior dos últimos 4 anos e igual a 67%.Os cursos LF e MIEF têm

LF

MIEF

LMOG0

100

200

300

811

186

19 3030

30

17 23 1923

20072008

20092010

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15

conseguido uma percentagem de alunos colocados com classificação de entrada maior ou

igual que 15 superior a LMOG.

Gráfico 2. Percentagem de alunos candidatos em 1ª opção, Percentagem de alunos colocados

em 1ª opção, Percentagem de alunos candidatos com nota superior a 15 e Percentagem de

alunos colocados com nota superior a 15 no Concurso Nacional de Acesso (1ª fase) nos cursos

LF, MIEF, LMOG ao longo dos últimos 4 anos.

Gráfico 3. Origem geográfica dos alunos colocados no Concurso Nacional de Acesso (1ª fase)

nos cursos LF, MIEF, LMOG ao longo dos últimos 4 anos.

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1ª opção %Cand

1ª opção %Col

Nota>=150 %Cand

Nota>=150 %Col

LMOG

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10MIEF

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Resto

Porto, Coimbra, Viseu

Aveiro

LMOG

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Agilizar e Mobilizar

16

A percentagem de alunos colocados com origem na região de Aveiro pode ser estimada como

sendo 38±10% para LF, 45±5% para MIEF e 47±14% para LMOG. A região de Porto, Coimbra e

Viseu, em torno a Aveiro, apresenta um peso próximo de 25% para qualquer um dos cursos.

Gráfico 4. Origem geográfica dos alunos candidatos no Concurso Nacional de Acesso (1ª fase)

aos cursos LF, MIEF, LMOG ao longo dos últimos 4 anos.

Os números para a origem geográfica dos candidatos mostram um padrão semelhante em

que o peso da região de Aveiro está no intervalo 35-45%, o das regiões circundantes Porto,

Coimbra Viseu e Guarda no intervalo 20-30% e o do resto do país, 35-45%, é idêntico ao da

região de Aveiro.

O número de alunos de Mobilidade, neste semestre lectivo, é de seis, compreendendo alunos

da Áustria (2), Brasil (1), Espanha (1), Polónia (1) e Sérvia (1). Temos apenas 1 aluno no

exterior.

O número total de alunos a tempo integral (AETI) tem estado, nos últimos anos, próximo de

500.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

20

07

20

08

20

09

20

10

LF

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

20

07

20

08

20

09

20

10MIEF

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

20

07

20

08

20

09

20

10

Resto

Porto, Coimbra, Viseu, Guarda

Aveiro

LMOG

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Agilizar e Mobilizar

17

3.4 RECURSOS HUMANOS

O DF conta com 9 Professores Catedráticos, 3 Professores Associados com Agregação, 9

Professores Associados, 26 Professores Auxiliares, 1 Professor Auxiliar Convidado, 2

Professores Auxiliares Convidados a 30%, 1 Assistente Convidado em Regime de Requisição,

num total de 49 docentes a tempo integral (dos quais apenas 44 se encontram a prestar

serviço docente) e 2 a tempo parcial. A percentagem de Catedráticos e Associados

relativamente ao número de professores de carreira situa-se nos 45%, um pouco abaixo da

faixa de 50% a 70% fixada no ECDU.

O DF tem ainda 16 investigadores (sendo 1 investigador coordenador e os restantes

investigadores auxiliares) e 14 funcionários não docentes e não investigadores (5 técnicos

superiores, 1 coordenador técnico, 7 assistentes técnicos e 1 técnico operacional). Exercem

ainda actividade no DF 23 bolseiros de pós-doutoramento.

Entre os investigadores, temos 31% de membros de origem estrangeira (5 em 16), sendo esta

percentagem ainda maior, 65% (15 em 23), entre os bolseiros pós-docs.

O número de horas semanais de serviço docente é muito elevado não permitindo que os

docentes dediquem o tempo desejável a actividades de investigação. No Serviço Docente do

ano lectivo 2010/11 encontravam-se 7 docentes em licença sabática no 1º semestre e 6 no 2º

semestre, sendo o número médio de horas lectivas semanais por docente 11.6h no 1º

semestre e 9.3h no 2º semestre.

O DF conta entre os seus docentes, investigadores e pós-docs, com alguns elementos com

uma actividade profissional de excelência, avaliada pelo impacto das suas publicações e pela

atribuição de importantes prémios à carreira ou a projectos de investigação ao longo dos

anos: o prémio Gulbenkian de Ciência, o prémio de Estímulo à Excelência da Fundação para a

Ciência e Tecnologia, o programa Gulbenkian de estímulo à investigação (em 2004 e este

ano), o prémio BES inovação (este ano) e ainda vários prémios em festivais de divulgação da

ciência.

Um funcionário do DF venceu o prémio Eng. Galiano referente a 2008 e outro foi nomeado

em 2009.

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18

3.5 INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

O DF tem docentes e investigadores de três Laboratórios Associados da UA, I3N, CICECO e

CESAM e ainda da unidade de investigação CiDTFF. As principais áreas de investigação do DF

são a Física de Materias, Nanociências e Nanotecnologia, a Física Teórica e Computacional, a

Óptica e Fotónica, a Meteorologia e Oceanografia e a História e Ensino da Física.

Actualmente, a importância crescente de áreas de natureza interdisciplinar faz com que a

colaboração do DF com outros departamentos, nestas áreas, seja muito significativa, quer em

termos de actividades de ensino, quer de investigação.

A consulta à ISI Web of Science com a pesquisa no campo address (aveiro same (phys* or fis*)

mostra um número total de referências: 144 em 2007, 174 em 2008, 140 em 2009 e 145 em

2010. Se contarmos apenas Articles e Letters (excluindo proceedings) temos 89 em 2007, 119

em 2008, 96 em 2009 e 111 em 2010. Até 2005 verifica-se um grande crescimento anual no

número de artigos e, desde essa altura, um comportamento de flutuação em torno de um

valor aparentemente estabilizado.

O número total de artigos referenciado na ISI Web of Science é igual a 949 (excluindo

proceedings e até Janeiro de 2011), apresentando 10612 citações (a citação por artigo é 11.2 e

7 se excluirmos auto-citações) correspondendo a um índice h departamental de 461.

Docentes e Investigadores do DF têm publicado livros em editoras de referência (1 em 2009, 1

em 2008). Têm sido publicados artigos por membros do DF em revistas de grande prestígio e

impacto como a Nature, a Science, a Reviews of Modern Physics, a Physical Review Letters,

Applied Physics Letters e a Advanced Materials, entre outras.

Entre 2008 a 2010 houve, em média, um pedido de patente por ano.

Relativamente ao número de projectos de investigação em actividade verifica-se que

terminaram no final de 2010 ou estão a ser terminados nos próximos meses 12 projectos.

Terminarão 5 projectos até ao final de 2011 e 6 projectos até ao final de 2012. Activos durante

1 O índice h igual a 46 significa que foram publicados, ao longo dos anos, por todos os docentes e

investigadores do DF, 46 artigos com pelo menos 46 citações.

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Agilizar e Mobilizar

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2013, terminando até ao final desse ano, contamos com 27 projectos. Neste momento,

existem 5 contratos activos de prestação de serviços a empresas.

3.6 ACTIVIDADES DE DIVULGAÇÃO

O DF tem tido uma actividade muito intensa na área de divulgação da Física dirigida a todos,

embora pensando muito particularmente nos jovens: o Show da Física, realizado no âmbito da

Academia de Verão e da Semana Aberta da Ciência e Tecnologia, apresentado em algumas

escolas básicas e secundárias, um programa na Academia de Verão que inclui mini-cursos e

projectos experimentais, a exposição Física viva, na Semana Aberta, em duas sessões diárias,

este ano, visitada por 620 jovens, de 22 escolas, actividades formativas na área da óptica e da

holografia, inseridas no projecto HoloRede, actividades para o ensino básico no âmbito do

projecto Science2all, estágios no âmbito do programa Ciência Viva de Ocupação Científica de

Jovens, o ciclo de palestras Odisseia pela Física, destinado a estudantes dos cursos do DF,

procurando uma abordagem pedagógica de temas da fronteira do conhecimento.

Durante o ano de 2010 realizaram-se 18 actividades, das quais 10 correspondem a visitas a (e

de) escolas do ensino não superior.

3.7 FINANCIAMENTO

O orçamento do DF atribuído directamente pela UA tem sido de cerca de 80k€ nos dois

últimos anos. Em 2003, valor máximo registado até hoje, atingia o valor de 160k€, diminuindo

substancialmente a partir de 2006 e 2007, para os valores actuais. Nos últimos anos, foram

processados documentos de despesa num total de volume financeiro próximo de 900k€,

incluindo aqui também verbas de projectos e actividades de investigação2. Em 2010

3 este

montante foi significativamente superior atingindo valores próximos de 1300k€ o que

representa um aumento de 53% face ao ano anterior. Em 2010 a receita total do DF

2 Embora não todas as despesas de projectos de investigação de docentes e investigadores do DF.

3 Os valores de 2010 referidos são ainda aproximados.

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Agilizar e Mobilizar

20

correspondente ao orçamento directamente atribuído, acrescido de receitas associadas a

actividades do DF não incluídas nos Labs/ Unidades de investigação, foi de 227k€ e a despesa

total 228k€.

Tabela 4. Movimento financeiro no DF ao longo do tempo não incluindo as verbas de LAs e UIs

processadas.

Tabela 5.Execução do Orçamento ao longo do tempo. Tabela 6. Volume total de despesa processada.

3.8 INFRA-ESTRUTURAS

Em 1992/93 o DF mudou-se para um edifício novo (edifício 13 do Campus), onde se encontra

actualmente. O edifício tem uma área útil de 2900m2. Cerca de 12% desta área é ocupada por

Ano

Orçamento

(k€)

Receita

(k€)

Receita Total

(k€)

Despesa Imputada

LAs

(k€)

Despesa total

(k€)

2006 111.052 322.377 433.429

396.786

2007 72.992 175.388 248.38 10.325 277.794

2008 73.257 96.343 169.6 32.556 347.929

2009 80.583 261.217 341.8

225.695

2010 80.583 146.104 226.687

228.426

Ano

Orçamento

(k€)

Executado

(k€)

2006 111.052 120.069

2007 72.992 83.317

2008 73.257 85.503

2009 80.583 73.334

2010 80.583 82.321

Ano Volume total (k€)

2007 897

2008 882

2009 872

2010 1336

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21

30 gabinetes (12 m2

cada) e 34% é ocupado por laboratórios de investigação. Apenas dois

laboratórios de ensino para disciplinas laboratoriais avançadas e práticas de computação e o

anfiteatro se encontram a ser utilizados para ensino. Para além da utilização do Complexo

Pedagógico nas disciplinas do 1º ano, o DF utiliza 4 laboratórios nas instalações do edifício 12

do Campus. Duas salas do DF são utilizadas por bolseiros de pós-doutoramento doutoramento

e de investigação como espaços de trabalho. Numa delas (com 99m2) encontram-se 16

bolseiros e noutra, de menores dimensões, 7 bolseiros. Outros bolseiros têm as suas

secretárias de trabalho em espaços atribuídos à utilização de grupos de investigação (veja-se

por exemplo a sala dos grupos de Meteorologia e Oceanografia, com 150m2, que tem neste

momento 28 investigadores/bolseiros instalados).

Em Janeiro de 2011 foi iniciada a construção do edifício Complexo Interdisciplinar de Ciências

Físicas aplicadas à Nanotecnologia e Oceanografia, cuja conclusão, num prazo de 2 anos,

permitirá uma melhoria substancial nas condições de trabalho .

4. CONTRATO PROGRAMA E CONTRATO DE CONFIANÇA

4.1 CONTRATO PROGRAMA

No processo de adopção do regime fundacional, a UA assinou um Contrato Programa a 5

anos com o Governo. Em Março/Abril de 2009, o Directivo do DF, em consulta com membros

do DF dos diferentes Laboratórios Associados, discutiu e elaborou a sua contribuição para

esse Contrato Programa. Foi seguida a mesma metodologia que a utilizada pela UA para as

previsões institucionais. As previsões supunham um reforço do número de investigadores e

pós-docs em resultado do próprio financiamento associado ao Contrato Programa e de

recursos obtidos competitivamente pelos membros do próprio DF: pressupunha-se a

contratação de dois investigadores coordenadores de elevado mérito (1 em 2010 e 1 em

2013), 9 pós-docs (4 em 2010 e 5 em 2011), a contratação competitiva de um número igual de

9 pós-docs, atingindo um total de 38 pós-docs em 2013 e ainda a contratação de 3 técnicos.

Admitia-se ainda que o número de alunos de doutoramento deveria atingir valores próximos

de 50 no final de 2013. Supunha-se, ainda, a obtenção de um financiamento em infra-

estruturas e equipamentos de investigação no valor de 2,7 M€ um pouco abaixo do que se

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22

espera possa vir a ser obtido globalmente pelos investigadores do DF no âmbito da

candidatura SAICT.

O Contrato Programa e o Contrato de Confiança determinam métricas que devem ser usadas

para medir o desenvolvimento do DF e a sua contribuição para os compromissos

institucionais.

Alunos de Pós-graduação

A meta da UA consiste em passar de 34% dos seus alunos em pós-graduação (2º + 3º ciclos),

em 2008, para 45% em 2013. A meta do DF do Contrato Programa, no mesmo período,

corresponde a um aumento de 64% nos alunos de pós-graduação e de 17% no número total

de alunos, assumindo que o número de alunos de 1º ciclo se mantém estável.

Pós-

Graduação Dados Previsão

Ano 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo pós-grad. Nº Total % PG/NT pós-grad. Nº Total % PG/NT

20084 279 50 34 84 363 23

20095 180 69 42 111 360 31 96 375 26

20106 259 74 62 136 395 34 108 387 28

2011

118 400 30

2012

134 413 32

2013

148 424 35

Tabela 7. Número de alunos de pós-graduação e número total de alunos em 2009 e 2010 e

previsões do Contrato Programa para o período 2009-13. Os alunos da Licenciatura em

Ciências do Mar foram contados a 1/3.

4 Dados para o Contrato Programa fornecidos pela Reitoria em Março de 2009

5 Dados de Março de 2010 fornecidos pelos Serviços Académicos.

6 Dados obtidos por consulta directa do PACO em Janeiro de 2011. O número de alunos de 3º ciclo em

2010 inclui alunos de doutoramento que não farão as suas teses no DF.

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23

Publicações e Citações

Os dados são baseados em pesquisas na ISI Web of Science com o campo address (aveiro same

phys*) or (aveiro same fis*). São considerados períodos de 5 anos e as citações referem-se às

publicações registadas nesse período durante esse mesmo período. As previsões são

baseadas em taxas de crescimento do número de artigos em cada período de cerca de 11% e

o número de citações por artigo (excluindo proceedings) de cerca de 7%. A meta da UA é

passar de 3600 publicações, em 2004/08, para 5500, em 2009/13. Este aumento corresponde a

um aumento anual perto dos 9%. Em termos das citações o crescimento previsto para a UA é

de um aumento anual de cerca de 18% e para o DF de cerca de 19%. A Tabela 8 mostra os

dados registados em 2009 e 2010, comparando as previsões efectuadas no Contrato

Programa.

DF - Publicações e Citações (das mesmas) - Períodos de 5 anos

Excluindo Proceedings Previsão

Período Artigos Citações Rácio Artigos Citações Rácio

2004/08 467 2290 4.9

2005/09 503 2615 5.2 497 2524 5.1

2006/10 523 3005 5.8 547 2944 5.4

2007/11

607 3463 5.7

2008/12

674 4152 6.2

2009/13

755 5022 6.7

Tabela 8. Número de artigos publicados e citações desses mesmos artigos nos mesmos

períodos de 5 anos (Pesquisa ISI Web of Science) e previsões do Contrato Programa

efectuadas em Março/Abril de 2009.

Alunos Estrangeiros

A UA previu um aumento do número de alunos estrangeiros de 30% em 5 anos. O número de

alunos estrangeiros no DF era em 20087 de 15, tendo sido apontado um crescimento acima da

7 Dados fornecidos em Março de 2008 pela Reitoria referentes à comunidade estrangeira do DF.

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Agilizar e Mobilizar

24

média para a UA, de 50% em 5 anos, de modo a atingir 24 alunos estrangeiros no final de

2013. O número actual de 6 alunos é inferior ao número utilizado nas previsões que deveria

incluir alunos do mestrado EMMS que não se encontra actualmente em funcionamento. A

comunidade estrangeira do DF, incluindo os bolseiros pós-docs, é actualmente de 21.

Contratação Externa

As projecções efectuadas (ver Tabela 9.) seguiram metodologia usada para a UA e tinham em

conta o reforço em recursos humanos. O aumento projectado em receitas de privados em 5

anos é 49% perto do projectado para a UA (56%). Assumiu-se um objectivo de convergência

do Financiamento UE para 20% do total mas o valor final projectado foi 15%.

Tabela 9. Previsões efectuadas relativamente ao volume de contratação externa no Contrato

Programa do DF.

Os resultados de 2009 e 2010 entretanto verificados, mostram que as receitas provenientes

de serviços prestados a privados têm uma evolução muito favorável, sendo nos dois últimos

anos já bastante superiores às previsões efectuadas. Em contrapartida o financiamento

proveniente da UE (União Europeia) é significativamente inferior, apesar de os dados de 2010

ainda serem provisórios. Mercê do aumento muito significativo da receita proveniente da FCT

em financiamento programático e plurianual dos LAs, projectos de investigação e propinas o

volume global de contratação externa em 2010 foi já 16% superior ao previsto em 2008 para

2013.

Descrição das RECEITAS (k€)

Anos

2009 2010 2011 2012 2013

Receitas provenientes de serviços

prestados pela UA a entidades privadas, ou

subsídios concedidos por estas.

68 85 97 98 101

Financiamento proveniente de entidades

públicas nacionais (inclui as propinas pagas

pela FCT)

1252 1271 1312 1354 1351

Financiamento proveniente da UE 326 399 448 448 448

Total 1646 1755 1858 1900 1900

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Agilizar e Mobilizar

25

Tabela 10. Evolução do volume de contratação externa por tipo de Receita entre 2008 e 2010.

4.2 CONTRATO DE CONFIANÇA

Em Março/Abril de 2010, foi estabelecido um Contrato de Confiança entre o Governo e as

instituições de ensino superior nacionais que corresponde ao objectivo de aumentar o número

de diplomados por ano, qualificando mais 100 mil activos nos próximos 4 anos (2010/11 a

2013/14). No ensino superior universitário prevê-se um número adicional de 67000

diplomados num sistema que actualmente forma cerca de 40000 diplomados por ano.

No âmbito da contribuição do DF para o esforço da UA no Contrato e Confiança foi

promovida pelo Conselho Directivo uma discussão, envolvendo os Directores de Curso do DF,

com a finalidade de responder a este desafio:

8 Os valores de 2009 e 2010 não incluem a contribuição do CESAM e do CiDTFF ; Os valores de 2010 são

ainda provisórios e a contribuição do CICECO não inclui indústrias e UE.

Descrição das RECEITAS (k€)

Anos

2008 2009 20108

Receitas provenientes de serviços

prestados pela UA a entidades

privadas, ou subsídios concedidos

por estas.

63.256 192.248 189.442

Financiamento proveniente de

entidades públicas nacionais (inclui

as propinas pagas pela FCT)

1167.488 1420.733 1984.709

Financiamento proveniente da UE

313.639

120.857

28.658

Total

1544.383

1733.838

2202.809

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26

Tendo em conta o número de diplomados em cursos do Departamento de Física no ano de

2008/09 que se cifrava em 54, bem como o objectivo de um aumento anual de 30%, apontou-

se para uma contribuição do Departamento de Física, no programa, ao longo dos 4 anos, de

65 diplomados adicionais. Estes números foram estimados numa perspectiva minimalista,

cumprindo a meta prevista, mas podendo traduzir-se num aumento mais significativo, se as

medidas pensadas tiverem o êxito esperado. As modalidades e as linhas de acção

preconizadas foram as seguintes:

1- Ensino à distância no 2º ciclo

Abertura do mestrado em MOF prevendo no edital que, do número total de vagas (20 vagas)

(das quais apenas 6 foram usadas em 2009/10), se abram 5 na modalidade de ensino à

distância, a fim de permitir que candidatos impedidos de se deslocar às aulas presenciais se

possam inscrever.

2- Cursos não conferentes de grau

Desenho de uma oferta neste tipo de cursos a partir de 2011/12 dirigido a uma actualização

científica e profissional de licenciados para dois tipos de público: professores do Ensino

Secundário, que procurem um reforço de conhecimentos em temas de Física como

Astrofísica, Clima, Ensino experimental de Física e licenciados que procurem a aquisição de

competências em Física relevantes para o desenvolvimento das suas actividades profissionais.

Foram identificadas dificuldades em enquadrar uma oferta de cursos não conferentes de grau

de nível de 2º ciclo com a tipologia prevista para os Cursos de Especialização ou Cursos de

Formação Avançada actualmente previstos e ainda a necessidade de funcionamento em

horários pós-laborais, bem como considerar um valor de propinas adequado.

3- Licenciados Pré-Bolonha/Mestres (só dissertações), Reingressos (1º ciclo)

A possibilidade de atrair candidatos com licenciaturas pré-Bolonha para os mestrados e

Reingressos de no 1º ciclo pode ser incrementada recorrendo ao contacto privilegiado com

pessoas nestas condições e divulgando de forma alargada as possibilidades de creditação da

formação anterior.

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Agilizar e Mobilizar

27

4- Melhoria do Sucesso Escolar

O sucesso escolar aferido pela razão entre o número de alunos diplomados num dado ano

lectivo e o número de alunos inscritos pela primeira vez no ano lectivo em que teria entrado

um aluno que faça o percurso normal do curso, sem repetir qualquer unidade curricular, é

afectado não só pelo baixo sucesso nas Unidades Curriculares e um percurso académico lento,

mas também pelo abandono de alunos que mudam para outros cursos na mesma

universidade ou noutra universidade. Aumentando a interacção com os alunos logo desde o

1º ano, acompanhando o seu estudo de uma forma atenta, reforçando a interacção (informal)

com o Departamento (docentes, investigação, laboratórios, Associação de Estudantes de

Física) e também formal, organizando sessões dirigidas aos alunos dos nossos cursos (ex: 1

vez por mês, palestras, sessões de experimentação) e fomentando o contacto dos estudantes

com os Directores de Cursos, é possível não só melhorar os resultados globais dos alunos mas

ainda motivá-los para a Física e para o seu curso.

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Agilizar e Mobilizar

28

5. ÁREAS, OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS E LINHAS DE ACÇÃO

O meu programa de candidatura organiza-se nas seguintes Áreas Estratégicas:

1. Organização, Gestão e Infra-estrutura

2. Ensino

3. Recursos Humanos

4. Investigação e Transferência de Conhecimento

5. Internacionalização

6. Ligação à Sociedade

para as quais indico Objectivos Estratégicos e Linhas de Acção a desenvolver.

1. ORGANIZAÇÃO, GESTÃO E INFRA-ESTRUTURA

1.1 Consolidar as novas estruturas organizativas previstas no

Regulamento do DF

1.1.1 Formar uma Comissão Executiva composta por três membros.

1.1.2 Promover a elaboração de regimentos dos órgãos do DF no seio de cada

órgão.

1.1.3 Elaborar o Regulamento de Organização e Serviços previsto no Regulamento

do DF.

1.1.4 Criar uma comissão de apoio ao Director para assuntos pedagógicos,

constituída pelos Directores de Curso.

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Candidatura a Director Departamento de Física – Programa para o quadriénio 2011-2014

Agilizar e Mobilizar

29

1.2 Melhorar a Gestão

1.2.1 Elaborar anualmente o QUAR do DF, procurando a sua adequação aos

objectivos institucionais, bem como uma boa articulação com os objectivos

individuais dos funcionários não docentes.

1.2.2 Promover a elaboração e publicitação dos procedimentos relativos a

processos internos, enquanto componente de um sistema de qualidade.

1.2.3 Continuar e reforçar os mecanismos já existentes de recolha de indicadores

de gestão, enquanto componente de um sistema de qualidade.

1.2.4 Reforçar a exigência de cumprimento dos procedimentos.

1.2.5 Continuar políticas de controlo e redução de custos.

1.2.6 Promover o cumprimento rigoroso do Calendário de Gestão Académica.

1.2.7 Promover a utilização de novas ferramentas de controlo e gestão,

disponibilizadas centralmente.

1.3 Melhorar a qualidade e disponibilidade da informação nas páginas

Web sobre o DF e os seus cursos, incluindo a disponibilização de

informação em língua inglesa

1.4 Optimizar a gestão dos espaços

1.4.1 Abater equipamentos obsoletos e retirar para arquivo documentos de acordo

com procedimentos definidos de modo a libertar espaços.

1.4.2 Aproveitar os espaços ainda disponíveis para postos de trabalho de bolseiros

de doutoramento e pós-doutoramento.

1.4.3 Manter organizados e arrumados os espaços do edifício.

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1.5 Gerir o novo edifício e espaços de investigação

1.5.1 Acompanhar o processo de construção do novo edifício.

1.5.2 Com LAs e UIs gerir a utilização dos espaços para investigação.

1.5.3 Com LAs e UIs encontrar soluções para a instalação provisória de

equipamentos a adquirir no âmbito do programa SAICT, nomeadamente

enquanto não está disponível o novo edifício.

1.6 Melhorar as Infra-estruturas

1.6.1 Continuar a politica de investimento em equipamentos laboratoriais para o

ensino.

1.6.2 Melhorar as condições no anfiteatro.

1.6.3 Instalar um sistema de emissão de video/som pela internet, online e offline,

de seminários, que também possa ser usado em e-learning e em aulas no

âmbito de ofertas inter-universitárias.

1.6.4 Estudar com os LAs e UIs uma solução para os problemas da qualidade da

água usada por equipamentos de investigação, montando um sistema de

ciclo fechado com retorno em termos de poupança de água.

1.7 Acompanhamento de fontes e programas de financiamento

disponibilizando informação e estimulando a apresentação de

candidaturas.

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2. ENSINO

2.1 Aumentar a atracção de estudantes de qualidade

2.1.1 Prosseguir com as acções de divulgação da Física, receber e visitar Escolas e

responder a solicitações de apoio de grupos de alunos que se nos dirigem à

procura de conhecimentos em diversas áreas da Física.

2.1.2 Divulgar cursos.

2.1.3 Acompanhar e divulgar percursos de sucesso após a graduação.

2.1.4 Com os Directores de Curso de 2º ciclo e 3º ciclo definir e promover outras

estratégias de atracção de estudantes que permitam atingir as metas do

Contrato Programa em termos de número de estudantes de pós-graduação.

2.2 Aumentar o número de diplomados

Através da diminuição do abandono dos cursos e da melhoria do sucesso nas UCs.

2.2.1 Mobilizar os docentes para um maior acompanhamento dos estudantes

transmitindo e estimulando métodos de trabalho de modo a aumentar o

sucesso. Importa aqui reflectir sobre o papel das Ots.

2.2.2 Continuar o Ciclo de Palestras “Odisseia pela Física” destinado aos alunos de

modo a conseguir uma maior integração na vida departamental e maior

interesse e motivação pelo seu curso.

2.2.3 Manter a atribuição de prémios no Dia do Departamento aos melhores alunos

dos cursos

2.2.4 Promover a utilização dos espaços existentes no edifício como espaços de

estudo para os estudantes aumentando a sua ligação ao DF.

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Através da oferta para públicos não convencionais

2.2.5 Criar uma oferta de cursos de formação especializada (de nível de 2º ciclo)

para profissionais e professores do ensino não superior, procurando, neste

caso, a possibilidade de creditação para efeitos da carreira.

2.2.6 Atrair Licenciados Pré-Bolonha para os mestrados garantindo e publicitando

as possibilidades de creditação previstas.

2.2.7 Oferecer modalidades de ensino à distância no 2º ciclo.

2.3 Aumentar visibilidade e atractividade da oferta formativa

2.3.1 Colaborar com as Universidades do Porto e Minho no âmbito do mestrado em

Física, de acordo com protocolo em preparação, assim como no âmbito do

Programa Doutoral MAP-FIS.

2.3.2 Continuar contactos relativamente a colaborações em áreas como a Física

Médica, que o DF pretende desenvolver.

2.3.3 Procurar, em conjunto com os Directores de Curso dos programas doutorais

possibilidades de financiamento de bolsas de doutoramento para os

programas doutorais.

2.4 Garantir a qualidade da Formação

2.4.1 Promover uma análise dos programas curriculares das UCs de modo a

identificar as carências na formação fornecida e a deficiente articulação entre

as UCs.

2.4.2 Identificar falhas a corrigir através dos mecanismos disponíveis no Sub-

sistema de Garantia de Qualidade Pedagógica.

2.4.3 Continuar uma politica de investimento em equipamentos laboratoriais para

o ensino.

2.4.4 Promover uma cultura de empenho e compromisso com o DF e a UA.

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2.4.5 Continuar com a atribuição, no Dia do Departamento, do Prémio Pedagógico

Anual a um docente do DF baseado na resposta aos Inquéritos Pedagógicos.

2.4.6 Pugnar pela disponibilização actualizada de Guiões Pedagógicos das UCs,

Sumários e utilização do e-learning para disponibilização de material

pedagógico.

2.4.7 Colaborar com a futura Escola Doutoral, nomeadamente em matéria de

avaliação e promoção da qualidade dos programas doutorais.

2.5 Aumentar a oferta de estágios e realização de projectos em

colaboração com empresas.

3. GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

3.1 Melhorar a eficiência de utilização dos Recursos Humanos para a

docência

3.1.1 Sem comprometer a qualidade pedagógica, identificar Unidades Curriculares

de diferentes cursos (principalmente do 2º e 3º ciclos) com conteúdos

pedagógicos semelhantes que podem funcionar em conjunto.

3.1.2 Estabelecer um catálogo de módulos de temas para formação em 2º e 3º ciclo

a utilizar nas Ucs que funcionem nesta modalidade.

3.1.3 Estudar a possibilidade de diminuir as horas de contacto directo em algumas

Ucs estimulando actividades de estudo autónomo pelos estudantes.

3.1.4 Estudar a possibilidade de, em certas Ucs, aumentar o número de estudantes

por turma teórica.

3.1.5 Prosseguir com o estímulo aos investigadores e bolseiros de pós-

doutoramento para que leccionem, em temas próximos das suas actividades

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de investigação (no 2º ciclo e 3º ciclo), um número limitado de horas semanais

(até 4h), tendo em vista aproveitar as suas competências e estreitar a ligação

entre ensino e investigação.

3.1.6 Abrir um número de lugares, por concurso, a alunos de doutoramento para o

exercício de actividades de apoio lectivo (equivalente a 4h semanais) com a

contrapartida do pagamento das suas propinas contemplando as seguintes

actividades: 1) Apoio a docentes na leccionação de aulas laboratoriais. 2)

Apoio pedagógico a alunos dos primeiros anos curriculares 3) Apoio a

docentes coordenadores das disciplinas laboratoriais na organização e

montagem dos laboratórios.

3.2 Valorizar os Recursos Humanos

3.2.1 Promover, em articulação com a Reitoria e demais órgãos, a contratação de

Recursos Humanos altamente qualificados para as necessidades de

substituição e reforço do corpo docente e de investigação, incluindo o reforço

previsto no Contrato Programa.

3.2.2 Definir em articulação com a Reitoria, ouvido o Conselho do Departamento,

uma política de abertura de concursos que permita atingir a faixa dos 50-70%

de professores Catedráticos e Associados de carreira, sendo esta

percentagem actualmente de 45%.

3.2.3 Em articulação com os LAs e UIs e com os seus docentes e investigadores,

incentivar o aumento do número de bolseiros de Pós-Doutoramento.

3.2.4 Contribuir para a definição e acompanhamento do Plano de Formação dos

funcionários não docentes.

3.2.5 Promover a valorização dos funcionários não docentes, em articulação com a

Administração.

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3.3 Promover o bom funcionamento dos sistemas de Avaliação de

Desempenho

3.3.1 Participar, em articulação com coordenadores dos LAs e UIs do DF, no

processo de Avaliação de Desempenho dos Docentes nos moldes que

venham a ser definidos em sede de Regulamento.

4. INVESTIGAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO

4.1 Promover uma boa colaboração com os responsáveis dos LAs e UIs,

no respeito pelas suas atribuições em matéria de gestão da

actividade de investigação, tendo em vista atingir as metas previstas

no Contrato Programa em termos de número de Publicações,

Citações e Contratação Externa.

4.2 Promover um ambiente de trabalho que estimule a criatividade e a

produtividade

4.2.1 Definir com os LAs e UIs um programa de seminários do DF.

4.2.2 Gerir os espaços de modo a dar boas condições de trabalho a bolseiros

envolvidos em actividades de investigação.

4.2.3 Promover melhorias na organização e gestão a nível dos serviços e a nível

pedagógico de modo a que o tempo disponível dos docentes para actividades

de investigação possa ser optimizado.

4.3 Promover a interligação entre as actividades de formação e de

investigação.

4.3.1 Em articulação com os Directores de Curso dos programas doutorais definir e

promover estratégias de captação de estudantes, essencial para o

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desenvolvimento de actividades de investigação e transferência de

conhecimento.

4.4 Promover a visibilidade da Investigação

4.4.1 Prosseguir com o projecto de publicação dos Highlights do DF.

4.4.2 Estimular, em articulação, com os LAs e UIs a organização de Conferências e

Workshops que aumentem a visibilidade da investigação produzida no DF.

5. INTERNACIONALIZAÇÃO

5.1 Aumentar o número de estudantes estrangeiros em mobilidade no

DF tendo em vista cumprir as metas do Contrato Programa.

5.1.1 Criar uma brochura de oferta formativa em inglês, com indicação sobre

leccionação em inglês.

5.1.2 Utilizar os estudantes da UA em mobilidade como mensageiros das condições

e oferta do DF.

5.1.3 Aumentar o número de acordos de cooperação ERASMUS, em particular com

universidades em que existem já colaborações a nível de investigação.

5.1.4 Acompanhar o percurso académico dos alunos de mobilidade no DF,

identificando e procurando estratégias de superação das dificuldades.

5.2 Aumentar a colaboração com países de língua oficial portuguesa.

5.3 Promover ofertas de formação conjunta com instituições

estrangeiras ancoradas nas formações já oferecidas.

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6. LIGAÇÃO Á SOCIEDADE

6.1 Criar uma oferta de cursos não conferentes de grau.

6.2 Participar activamente na Academia de Verão e na Semana Aberta

de Ciência e Tecnologia.

6.3 Manter/ Aumentar o número de projectos de divulgação

financiados.

6.3.1 Apoio á apresentação de candidaturas a financiamentos por membros do

Departamento.

6.4 Manter/Aumentar contacto com Escolas Básicas e Secundárias

6.4.1 Dar resposta positiva aos pedidos de visita de escolas ao DF e visitar escolas a

seu pedido.

6.4.2 Criar uma bolsa de oferta de palestras para escolas.

6.4.3 Dar resposta ao pedido de apoio técnico/científico sobre temas de Física aos

grupos de alunos do ensino não superior que os solicitam.

6.5 Organizar o Dia do Departamento

6.6 Acompanhar o percurso dos diplomados

6.6.1 Explorar a utilização do sistema sigaaa - sistema integrado de gestão do

acompanhamento dos antigos alunos da UA.

6.7 Divulgar os Cursos e o DF

6.8 Aumentar colaboração com a Sociedade Portuguesa de Física.

6.9 Manter o apoio ao FISUA nas suas actividades.

Aveiro, 7 de Fevereiro de 2011