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Edith Modesto Desde 1992, reaproximando os pais de seus filhos LGBTs

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Edith Modesto

Desde 1992, reaproximando os pais de seus filhos

LGBTs

Edith Modesto

Índice

Desconstruindo mitos sobre a diversidade sexual e de gênero

- Conceitos de Sexualidade e Sexo- Conceitos de gênero

Processos:Autoaceitação das diferenças;Aceitação da família e sociedade.

O papel da família

O papel da escola

Preconceito, Bullying e Discriminação

Para compreender a sexualidade e gênero, na perspectiva da diversidade sexual e de gênero, faremos um recorte a partir de parâmetros fundamentais:

Biológico Social PsíquicoDaí teremos: Identidades sexuais – Orientações afetivo-sexuais Identidades de gênero Papéis sociais de sexualidade e gênero

Desconstruindo mitos sobre a diversidade sexual

Sexo biológico

Pela noção de sexo biológico, somos homens ou mulheres de acordo com nossos órgãos genitais

2 - Conceito de gênero

O nosso jeito de ser homem ou mulher, isto é, nosso gênero, é em grande parte construído pela cultura e pode ser mudado.

2 - Conceito de gêneroIdentidade de gênero

Maneira como alguém se sente e se apresenta para si próprio e/ou para os demais, sem que haja uma conexão obrigatória com o sexo biológico:

- como homem ou como mulher; - como uma mescla de ambos, gênero fluido

(trans não binários, andrógenos, etc.);- gênero incompatível com o sexo biológico.

2 - Conceito de gêneroIdentidades de gênero:- Cisgênero/Cissexual é a pessoa cujo gênero corresponde ao sexo

biológico.-Transgênero/Transexual é a pessoa cujo gênero não corresponde ao sexo biológico.- Há normas do CFM brasileiro sobre hormonização das pessoas trans.

Denominações que estão mudando no decorrer do tempo:

. travestis – se sentem homens e mulheres ao mesmo tempo, devem ser tratados no feminino sempre;

. transexuais – se dizem homens em corpos de mulheres ou mulheres em corpos de homens;

. Transgêneros/trans não binários/andrógenos - transitam na aparência e na identidade, entre um gênero e outro.

Nem sempre a identidade de gênero, masculino ou feminino, corresponde ao sexo biológico.

3 - Sexualidade e Sexo

Conceito de sexualidade

A sexualidade envolve, além do nosso corpo (fatores biológicos), nossa história, nossos costumes, nossas relações afetivas e nossa cultura, sendo construída desde o nosso nascimento até a nossa morte.

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3 - Sexualidade e Sexo

• Diferença entre sexo e sexualidadeA palavra sexo é usada em dois sentidos diferentes: Refere-se ao gênero e define se a pessoa é do gênero

masculino ou feminino. Refere-se às características físicas que diferenciam macho e

fêmea, isto é, remete ao sexo biológico da pessoa:

– sexo masculino, caracterizado pela presença da glândula sexual masculina, ou testículos e pênis.

– sexo feminino, caracterizado pela presença da glândula sexual feminina, ou ovário e vagina.

A sexualidade é muito mais do que sexo. Ela faz parte importante do conjunto de aspectos do nosso ser e da

nossa vida.

3 - Sexualidade e Sexo

• Sexualidade e Sexo são assuntos tabusSexualidade e sexo ainda são assuntos tabus. A escola deve conversar sobre sexualidade abertamente, para que os alunos tenham consciência de seus direitos e deveres e exerçam sua sexualidade plenamente e de forma mais responsável.

Ser heterossexual, homossexual ou bissexual é uma capacidade natural e espontânea do ser humano.A homossexualidade é uma orientação sexual como as outras.

3 - Sexualidade e Sexo

Orientação sexualA heterossexualidade, assim como a homossexualidade,não é opção, é uma condição natural do ser humano.Ninguém leva ninguém a determinada orientação sexual.

Orientação sexual

atração afetiva e/ou erótica:• por pessoas do sexo oposto – heterossexuais• por pessoas do mesmo sexo – homossexuais• por pessoas de ambos os sexos – bissexuais

Identidade sexual

é o que a pessoa “representa” ser para os outros e às vezes para si mesma. Um homossexual pode viver como heterossexual: roupas, atitudes, relacionamentos.

3 - Sexualidade e Sexo

Orientação sexual

• A orientação sexual não pode ser mudada através de terapia, pois não é uma doença psíquica, emocional, etc., é uma característica.

• As pessoas trans podem ser heterossexuais ou homossexuais.

Em 1997, as terapias de reversão foram proibidas pela Associação Americana de Psicologia. Em 1999, essa mesma norma foi regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia.

3 - Sexualidade e Sexo

Orientação sexual• A homossexualidade não é doença

O Conselho Federal de Medicina, desde 1985, a Organização Mundial de Saúde e as principais associações científicas brasileiras e internacionais deixaram de considerar a homossexualidade como desvio ou doença e, hoje, a entendem como uma orientação tão saudável quando a bissexualidade ou a heterossexualidade.

Ninguém leva ninguém a determinada orientação sexual.

Orientação sexual não muda através de terapia. Homossexualidade não é doença.

4. O papel da família

• O amor e o apoio dos pais e familiares é fundamental para o bom desenvolvimento emocional dos filhos

• Quando jovens, nossa autoestima depende em grande parte da aprovação e apoio de nossos pais

• A falta desse amor é um dos principais conflitos para a autoaceitação dos jovens GLBTs

4. O papel da escola

• Sabemos que a escola, entre outros agentes sociais, tem papel determinante no comportamento dos jovens. Respeitar a diversidade sexual também faz parte da ética e da cidadania.

• A escola é um importante espaço de: Troca e aprendizado, onde se constrói uma parte

considerável da socialização dos jovens Implantação de ações que promovem o fortalecimento da

auto-estima Fomentação de uma vivência mais democrática Desenvolvimento de atitudes de respeito e tolerância às

diversidades Melhoria da qualidade de vida.

5. As dificuldades das famílias e dos jovens

- Os pais não foram preparados para ter filhas/oshomossexuais e/ou com questões de gênero.

- Os jovens também não foram preparados para seremdiferentes daquilo que a sociedade e a famíliaesperam dele.

- O difícil processo de aceitação dos pais é muitosemelhante ao difícil processo de autoaceitação dosfilhos.

A diferença é que se pede aos pais que aceitem adiferença dos filhos em muito pouco tempo.

Fases do Processo de Aceitação das Mães

- Fase da descoberta- Fase da negação- Fase das atitudes de defesa- Fase do estranhamento/perda/luto- Fase da conformação- Fase da aceitação

Mãe e pais com mais dificuldades

- Pais religiosos- Pais de filhos únicos

Edith Modesto

www.gph.org.br