devolutiva sarem
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Reflexão será baseada no programa Fantástico dodia 13/06/04.
Resultado da avaliação de alunos da 4ª série.Foram aplicados testes de LP e MAT em 270 alunosde escolas públicas de 27 capitais brasileiras.
Refletiremos sobre a influencia e interferência daspesquisas que divulgam o desempenho dos alunosno cotidiano dos professores, pais e alunos.
A autora imagina como essa repercussão se dá em 3famílias diferentes.
Apresenta a reação dos professores diante dosresultados
Havia um misto de crítica e interesse pelo assunto.Que tal aplicarmos aqui na nossa escola para ver noque dá?
Alguns professores concordam, outros ficamindiferentes. Fica assim: quem quiser aplica. Depois,cada professor faz a sua média e, caso o resultadoalcançado fique acima do que o divulgado no jornal,instaura-se uma situação de alívio. A avaliação é tidacomo válida e o professor fica contente porque seugrupo de alunos conseguiu colocar-se fora docaldeirão do inferno da situação caótica do ensinopúblico brasileiro. Conclui-se que a realidade danossa escola é diferente.
Quando o resultado da turma é pior do que odivulgado no jornal o clima da sala é deresistência. A avaliação é tida como não válida e oprofessor tece várias críticas aos exercícios e àforma como foram propostos. Também não estãono caldeirão do inferno. Esta avaliação não éadequada para nossa realidade, que é diferente.
Objetivo, a partir desta simulação, exemplificarcomo, nos números e gráficos, os alunos,saberes, escolas e professores perdem suaidentidade e são “lidos” a partir de um todo, noqual não é possível identificar as partes.
Os resultados não traduzem o processo, mas dão pistas importantes.
não apresentam os sujeitos que expressam seusconhecimentos ao responderem as questões;
não respondem por que os alunos erram, por queacertam;
como passam do erro ao acerto ou do acerto aoerro;
não apresentam os procedimentos, as estratégiasutilizadas na resolução dos exercícios propostos.
(essas respostas precisamos buscar)
Os resultados quantitativos podem ser o ponto departida para uma análise qualitativa
Precisamos interpretar o que está por trás dosnúmeros: há vidas, identidades, vontades, etc.
Refletir como o aluno elabora reflexões pararesponder ao solicitado, como abre a porta de seumundo para deixar transparecer seu conhecimentopor meio de um “x” colocado no item a, b, c ou d.
Apesar da avaliação ter sido feita em outra cidade enão ter relação nenhuma com aquelas professoras, foiperceptível o incômodo causado, como se todasfossem co-responsáveis pelos resultados alcançados.
O resultado alcançado não produz nenhumtipo de reflexão, no sentido de tentar entendero processo de aprendizagem das crianças.Funciona somente para que o professor selocalize entre seus pares e evidencie acompetência no desempenho do seu papel.
Estas indagações, anseios e dualidadesinterpretativas que permeiam o universo dosprofessores interferem no processo deaprendizagem dos alunos.
Qualquer ação no sentido de auxiliar osalunos para que aprendam cada vez mais emelhor e obtenham resultados mais positivosem qualquer processo avaliativo, só poder seroriginada por meio de um movimento internoque cada escola, necessariamente, precisafazer sobre as concepções pedagógicas quebalizam as ações no cotidiano escolar.
“Alguns
professores
consideraram
que a
interpretação do
primeiro texto dá
espaço para
dupla
interpretação e
outros não”
D1 – Localizar informações
explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de
uma palavra ou expressão.
D2 – Estabelecer relações entre
partes de um texto, identificando
repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade
de um texto.
D15 – Reconhecer diferentes
formas de tratar uma
informação na comparação
de textos que tratam do
mesmo tema, em função das
condições em que ele foi
produzido e daquelas em
que será recebido.
“Um bom leitor precisa sercapaz de identificar eselecionar os elementosrelevantes do texto,organizar suas ideias comrelação a esses elementos,estabelecer relações entre oselementos, demonstrarcapacidade de interpretar osdados e elaborar hipótesesexplicativas parafundamentar sua análise dasquestões”. Mônica Soares
“Ficou
comprometida
pelo layout, as
palavras
destacadas
podem induzir
as crianças ao
erro”.
“O cartaz proposto para as
questões 6 a 7 era bastante
subjetivo e para avaliar as
habilidades dessas questões
poderia ter sido utilizado um
cartaz de circulação nacional
real. Ex: campanha de
vacinação, doação de sangue
ou agasalho, etc.”.
“(...) o texto da campanha para
doação de brinquedo usado (...)
dificultou a solução da questão.
Isso porque se entende que
uma campanha publicitária tem
como característica principal o
fato de ser “direta e clara”,
aspecto que o texto utilizado
não contemplava”.
“Na questão 6 sobre o cartaz, embora
muito bem elaborada), deveria avaliar
se o aluno conhece e sabe interpretar
o gênero cartaz que é de grande
circulação social. A questão não deixa
claro que se trata de uma campanha. E
não se trata de uma situação de
comunicação real como é o gênero
cartaz”.
“(...) a palavra “desaparecido” induziu
ao erro, pois os alunos, sem ler todo o
cartaz ficavam satisfeitos com a
primeira resposta”.
“(...) pareceu-nos mais adequada para
ensinar inferência do que para avaliar;
apresentou um grau de dificuldade
muito grande para o 4º ano”.
Durante muito tempo, acreditamos em umaprática pedagógica fundamentada narepetição de exercícios, cujo objetivo era levaro sujeito a ler melhor. Hoje, vemos que se nãoexistir uma reflexão sobre as práticasdesenvolvidas, não obteremos umaaprendizagem da leitura eficazmente.Precisamos, dessa forma, pensar ematividades significativas, produtivas edesafiadoras que promovam o conhecimento.
Quais os índices relevantes
para a compreensão?
O leitor deve suprir elementos
ausentes. Nesse texto, quais
são?
O leitor deve complementar
informações através de
inferências.
Antecipar fatos. Quais?
Criticar o conteúdo e reformular
hipóteses.
Estabelecer relações com outros
aspectos do conhecimento
Transformar ou reconstruir o
texto lido são condições para
atingirmos um nível de
abstração considerando-nos
leitores construtores e
reconstrutores dos textos que
lemos.
E é exatamente essa concepção quedevemos ter no processo ensino-aprendizagem da leitura em sala de aula paraque possamos envolver, no planejamento dasaulas, técnicas para atrair o leitor,desenvolvendo no mesmo a habilidade de lere, consequentemente, a competêncialinguística.
D5 – Interpretar texto com auxílio
de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto,
etc.).
D9 – Identificar a finalidade de
textos de diferentes gêneros.
D4 – Inferir uma informação
implícita em um texto.
Dificuldade para entender o sentido dos recursos visuais e dos textos interligados a uma imagem.
“7 – As
alternativas C e
D podem ser
relevantes
dependendo da
interpretação”.
“Embora a alternativa
C seja a correta a D
pode gerar uma
interpretação que
também seja correta
para a criança”.
D3 – Inferir o sentido de uma
palavra ou expressão.
D10 – Identificar as marcas
linguísticas que evidenciam o
locutor e o interlocutor de um
texto.
D14 – Identificar o efeito de
sentido decorrente do uso da
pontuação e de outras
notações.
“Reconsiderar
a limitação de
personagens,
afinal, o aluno
pode se sentir
restrito em
possibilidades
de criação.
Acreditamos
que o aluno
que usou da
sua
imaginação
deveria ser
valorizado,
pois está
atendendo
parcialmente a
proposta”.
“(...) os critérios utilizados na correção do
SAREM, que o não atendimento a proposta
zeraria toda a nota de produção, não eram
conhecidos por nossa equipe e nem
utilizados até então”.
“Ser mais específico na elaboração da proposta”.
“(...) a proposta foi muito extensa e isso acabou atrapalhando
a compreensão e a atenção. Poderia ser mais clara e objetiva”.
“Os desenhos foram facilitadores, porém as crianças podem
ter ficado presas a ele”.
A primeira etapa da redação é analisar bem a proposta do
tema e verificar o gênero pedido: conto, fábula ou carta. É
comum verificarmos nas pastas de produção que os
professores trabalham com propostas sem deixar claro ou
definido o gênero que deverá ser escrito o texto.
É importante que o título seja atraente e inteligente, ele
deve dizer sobre o que vai tratar o texto. Como ele deve
fazer uma “chamada” para o que vem pela frente, a dica é
escolhê-lo depois que o texto estiver pronto.
“Produção de
texto em outro
dia a fim de
favorecer a
criatividade”.
“(...) o roteiro
dado como
exemplo
prejudicou o
processo criativo
dos educandos”.
“(...) as professoras relatam que apesar da
disposição de subsídios para a produção,
estes tornaram-se complicadores no
momento do desenvolvimento”.
“(...) poderia ter sido mais sucinta e direta, pois vários
alunos ficaram confusos com os desdobramentos do
tema”.
“(...) o único fator ao nosso ver negativo foi ofato da existência de uma folha específicapara o rascunho e ausência de uma folhaoficial para a Produção final”
Folha Oficial
“O rascunho
poderia ser
impresso no
verso da
proposta ao
lado da folha
destinada ao
texto final a fim
de facilitar a
sua transcrição
pelos alunos”.
“Qual a finalidade da página 7? (folha em branco)”.
“Avaliações diferenciadas para alunos comlaudo e Adequação Curricular”
Escola Alunos com adequação
Curricular
Américo Capelozza 03
Antonio Garcia Egéa 0
Antonio Moral 03
Antonio Ribeiro 02
Célio Corradi 01
Cecília Guelpa 0
Chico Xavier 02
Edméa Braz Rojo Sola 01
Geralda César Vilardi 01
Governador Mário Covas 02
Isaltino de Campos 01
Myrthes Pupo de Negreiros 01
Nelson Gabaldi 01
Nicácia Garcia Gil 04
Nivando Mariano dos Santos 0
Olímpio Cruz 06
Paulo Freire 03
Reny Pereira Cordeiro 01
Roberto Caetano Cimino 0
Total 32 alunos
Não é raro
encontrar turmas
com mais de um
aluno com
adequação
curricular
Como cada
caso é um
caso, teríamos
que preparar
32 avaliações
diferentes para
LP e 32 para
MAT
(totalmente
inviável)
“(...) a produção
de texto seja
aplicada em dia
diferente da
leitura e
compreensão, a
fim de favorecer a
criatividade”.
“A avaliação foi extensa, composta por diversastipologias textuais, sistematizadas em sala deaula, porém algumas questões eram confusas(não cita quais)”.
“A proposta (...) continha excesso de informaçõesque confundiam os alunos (não deixa claro)”.
“A proposta (...) estava muito extensa. (...) nossosalunos não tem autonomia na leitura e o excessode informações ao invés de ajudar, acabaatrapalhando” (grifo nosso)
“São atividades coerentes com os descritorespropostos, embora o vocabulário não foi tãopróximo ao usado habitualmente. Para asprofessoras, o nível da prova foi além doesperado para a série (referente ao uso dotexto jornalístico e publicitário)”.
“Entregar as avaliações na escola na vésperado SAREM”.
“Retirar as avaliações na escola, ao final doperíodo”.
“Sentimos falta de um tema gerador, comumentepresente nas avaliações bimestrais e em ediçõesanteriores do SAREM, bem como a exploraçãoortográfica”.
Avaliação em caixa alta para facilitar a leitura dosalunos (apenas para os alunos nãoalfabetizados)”.
“Proposta de produção com “menos” informações(os alunos não alfabetizados ou com grandesdefasagens de conteúdos não conseguiramconcluir a leitura da proposta devido a suaextensão)”.
“A proposta pareceu-nos um tanto confusa,pois pede a produção de um conto, porémapresenta os personagens lendários, o quepode causar uma confusão de gêneros.Achamos não ser necessário a folha derascunho”.
“(...) o personagem sugerido “lobisomem” foitrabalhado durante o mês de agosto devido aofolclore, levando a muitos alunos a
Qual parte do
processo de produção
temos “falhado” mais?
A “situação de
comunicação” tem
tido a devida atenção
em nossas salas de
aula?
O que é mais
trabalhado: “O que
dizer?” ou “Como
dizer?”
Proposta 57% conseguiram
Título 75% conseguiram
Paragrafação 58% conseguiram
Coerência 47% conseguiram
Coesão 42% conseguiram
Estrutura 55% conseguiram
Ortografia 39% conseguiram
Pontuação 53% conseguiram
Vocabulário 62% conseguiram
Apresentação 64% conseguiram
“Quando as avaliações medem o domínio dosistema alfabético - as correspondências entreletras e sons, objeto do cuidado do professor -e deixam de lado o universo da compreensão,os resultados são razoáveis. Ao contrárioporém, no quinto ano os alunos formatadospara transformar letras em sons, sem teremsido educados a compreender um texto, obtêmresultados ruins na Prova Brasil que mede acompreensão.” (grifo nosso)
“Existe um divórcio entre o universo daalfabetização, centrado sobre o ensino dascorrespondências fonográficas e o universo dacompreensão, medido pela Prova Brasil doquinto ano. Notamos como, por exemplo, as"estratégias de leitura" - que Joice pesquisou -pressupõem uma alfabetização já bemsucedida.” (grifo nosso)
“A mudança não ocorre se você não seempenha por ela. Você tem que batalhar, daràs pessoas as informações certas econquistar apoio. Não basta fazerapresentações bonitas; é preciso fazerreuniões e deixar que as pessoas façam asperguntas espinhosas. É necessário envolvê-las uma de cada vez.” – Anne M. Mulcahy,presidente e CEO da Xerox Corp.
No Enem, cada uma das redações são avaliadas por doiscorretores entre os mais de 4 mil contratados para isso. Osavaliadores têm a função de atribuir uma nota de 0 a 200 pontosem cada uma das cinco competências abaixo:
1) Domínio da norma padrão da língua portuguesa;
2) Compreensão da proposta de redação;
3) Seleção e organização das informações;
4) Demonstração de conhecimento da língua necessária paraargumentação do texto
5) Elaboração de uma proposta de solução para os problemasabordados, respeitando os valores e considerando as diversidadessocioculturais.
A nota final da redação do Enem é a média aritmética da pontuaçãototal dada pelos dois corretores, exceto em casos em que hádiscrepância entre as duas notas.
O Edital do Enem prevê sete situações em que a redação doparticipante pode ser zerada ou anulada. São elas:
1) Fuga total ao tema;
2) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa;
3) Texto com até 7 linhas;
4) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ouparte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
5) Desrespeito aos direitos humanos;
6) Redação em branco, mesmo com texto em rascunho.
7) Cópia do texto motivador
Prováveis causas:
1. Não saber o que e
como dizer sobre o
tema proposto
2. Considerar que o
texto não será lido
3. Desconhecimento
total das regras da
prova
4. Falta de “cobrança”
dos professores
sobre não desviar do
tema proposto
Prováveis causas:
1. Desconhecimento
da estrutura do
gênero pedido
2. Considerar que o
texto não será lido
3. Desconhecimento
total das regras da
prova
4. Falta de “cobrança”
dos professores
sobre não alterar o
gênero proposto
Prováveis causas:
1. Falta de costume em
utilizar a folha de
rascunho
2. Considerar que o
texto não será lido
3. Desconhecimento
total das regras da
prova
4. Falta de “cobrança”
dos professores
sobre a quantidade
mínima de linhas e
não plagiar os textos
da prova
Prováveis causas:
1. Desconhecer os
“Direitos Humanos”
2. Considerar que o texto
não será lido
3. Desconhecimento total
das regras da prova
4. Falta de “cobrança” dos
professores sobre
proibição de posições
discriminatórias e
ofensivas e os motivos
desse posicionamento
Por onde começar? Pelo título pode ser ummau caminho. Afinal, para tentar se manternaquilo que o seu título indica, você podeacabar limitando seu texto. Então, comecepelo texto e deixe o título por último. No casoda dissertação-argumentativa do Enem, nãose esqueça de adiantar o assunto logo noprimeiro parágrafo.
Se quiser fazer alguma citação, atenção para alguns detalhes:
- Citar frases ou bordões de novelas, filmes ou programas deentretenimento pode parecer fútil e vazio aos olhos da bancacorretora.
Prefira frases, declarações ou expressões de personalidades daeducação, da literatura ou das artes, que estão mais ligadas aoseu cotidiano estudantil e mostram vínculo cultural.
- Cuidado na hora de citar esses autores. Se não se lembrar aocerto o que ele (a) disse, prefira uma citação indireta, dizendo comsuas palavras a citação em questão (como paráfrase) dando oscréditos ao dono da “ideia”. Se lembrar da frase por completo,coloque aspas do início ao fim e também cite o nome do autor,sem mudar sua declaração.
- Não utilize gírias
A não ser que esteja absolutamente dentro do contexto (se estiversendo usada para exemplar a fala dos jovens atualmente, em umtexto sobre a adolescência, por exemplo), as gírias não sãoaconselhadas.
- Cuidado com a letra
Sabe aquele caderninho de caligrafia que você tanto odiava? Pois é,ele poderia ser um grande aliado no quesito legibilidade. Como asredações do Enem são escritas à mão (e de caneta, o que torna aescrita mais escorregadia e menos aderente do que com um lápis oulapiseira), subentende-se que quem vai ler o que você escreveuprecisa entender sua letra. Se sua letra é ilegível, a leitura podetornar-se cansativa e de difícil compreensão, deixando o corretor(que, no mesmo dia, lerá dezenas de redações semelhantes) umpouco irritado.
- Esqueça o “internetês”!
A não ser que, como no caso das gírias, você esteja exemplando aescrita dos jovens na internet, por exemplo, em hipótese alguma,escreva da mesma forma com a qual se comunica pela rede. Alíngua portuguesa acaba de receber algumas reformas, mas, porenquanto, incorporar abreviações como “pq”, “vc”, ou expressõescomo “naum” e substituir o acento agudo pelo “h” ou o “o” pelo “u”ainda não está nos planos da Academia Brasileira de Letras.
É preciso apresentar uma história, umdesencadeamento de fatos que envolvampersonagens. Assim como toda história, esta deveconter introdução, desenvolvimento com o clímax danarração e fim, com o desfecho da situação. Estaordem pode ser alterada, desde que o texto continuecoerente e atrativo. É possível posicionar-se sobre umassunto por meio de uma personagem ou aindautilizar o narrador onisciente (aquele que tudo sabe etudo vê). O uso da norma culta é indispensável e otexto pode apresentar um desenvolvimento maissubjetivo.
São contadas por alguém
Acontecem em um determinado lugar
Caracteriza-se por ser uma narrativa curta
O espaço e o tempo são reduzidos
Apresenta poucos personagens.
* Introdução (ou apresentação) – Constitui o início dahistória a ser narrada. Neste momento, o narradorapresenta os fatos iniciais, os personagens e, namaioria das vezes, o tempo e o espaço.
* Complicação (ou desenvolvimento) – Representa aparte em que se desenvolve o conflito. O conflito é omomento em que algo começa a acontecer, e nós,como leitores, ficamos surpresos à espera do que estápor vir .
* Clímax – É o momento mais tenso da narrativa, poistudo pode acontecer, podendo ser aquilo queesperávamos ou não.
* Desfecho (ou conclusão) – Revela o final da história,a solução para o conflito, sendo que este fim poderáser de vários modos: triste, alegre, surpreendente,engraçado, e até mesmo... trágico!!!
Havia uma vez um príncipe que queria se casar comuma princesa, mas não se contentava com umaprincesa que não fosse de verdade. De modo que sededicou a procurá-la no mundo inteiro, ainda queinutilmente, pois todas que via apresentavam algumdefeito. Princesas havia muitas, porém não podia tercerteza, já que sempre havia nelas algo que não estavabem. Assim, regressou ao seu reino cheio desentimento, pois desejava muito uma princesaverdadeira!
Esta parte representa a
introdução da história
Certa noite, caiu uma tempestade horrível. Trovejava echovia a cântaros. De repente, bateram à porta do castelo, eo rei foi pessoalmente abrir.
No umbral havia uma princesa. Mas, Santo Céu, como haviaficado com o tempo e a chuva! A água escorria por seucabelo e roupas, seu sapato estava desmanchando.
Apesar disso, ela insistia que era uma princesa real everdadeira.
"Bom, isso vamos saber logo", pensou a rainha velha.
E, sem dizer uma palavra, foi ao quarto, tirou toda a roupade cama e colocou uma ervilha no estrado, em seguidacolocou vinte colchões sobre a ervilha, e sobre eles vintealmofadas feitas com as plumas mais suaves que se podeimaginar.
Ali teria que dormir toda a noite a princesa.
Nesta parte constatamos a complicação, pois algo de
novo aconteceu... Mas será o que ocorre depois
disso? Algo mais emocionante ainda? Será que com
tudo isso a princesa ainda perceberá?
Na manhã seguinte, perguntaram-lhe como tinhadormido.
- Oh, terrivelmente mal! - disse a princesa. Nãoconsegui fechar os olhos toda a noite. Vá se saber oque havia nessa cama! Encostei-me em algo tão duroque amanheci cheia de dores. Foi horrível!
Aqui, percebemos o clímax, ou,
seja o momento de maior
expectativa
Ouvindo isso, todos compreenderam que se tratava deuma verdadeira princesa, já que havia sentido a ervilhaatravés dos vinte colchões e vinte almofadões. Só umaprincesa podia ter uma pele tão delicada.
E assim o príncipe casou com ela, seguro que sua erauma princesa completa. A ervilha foi enviada a ummuseu onde pode ser vista, a não ser que alguém atenha roubado.
Aqui, certamente que você
percebeu que se trata do final
e, para a alegria de todos, feliz,
não é mesmo?
Propor atividades envolvendo a identificaçãodas semelhanças/diferenças entre osdiferentes gêneros, permitindo reforçarsimultaneamente nos alunos a ampliação dosconhecimentos em relação aos diversos tiposescritos, reconhecendo suas especificidades,suas diferentes funções e organizaçõesdiscursivas – Proposta Curricular de LínguaPortuguesa da SME de Marília
Diferentemente das edições anteriores doSAREM, na avaliação de 2014 o gênero daprodução textual estava definido comantecedência. Essa decisão permitiu que oprofessor trabalhasse com os alunos o gêneroescolhido.
Esperava-se que o professor tivessetrabalhado com inúmeros contos para leitura,análise e observação de sua estruturaorganizacional.
Média da produção do SAREM = 5,6
É uma média adequada?
Qual o reflexo dessa média no 5º ano?
O SAREM foi em setembro. O professor conseguiu
em um bimestre melhorar esse quadro?
NOTASQUANTIDADE DE
ESCOLAS
De zero - 3,9 01
De 4,0 - 4,9 05
De 5,0 - 5,9 08
De 6,0 - 6,9 02
De 7,0 - 7,9 03
As crianças do 4º ano não sabiam o gêneropedido na avaliação;
Apesar dos critérios serem apresentadosanteriormente, o resultado não saiu comoesperado;
Um grande questionamento foi a proposta terintervindo na nota dos demais itens;
Como avaliar se a criança não escreveu o que foisolicitado, ou seja, não atendeu a proposta?
Qual é a importância da proposta no momento daescrita?
O texto se reporta de forma singular aos elementosque compõem um conto de medo ou terror?
A situação que gerou o texto foi narrada de maneiraclara de modo a envolver leitor?
Ela orienta a função da escrita;
Ela determina a estrutura do texto;
Ela permite escolher adequadamente oselementos gramaticais e linguísticos;
Ou seja, a proposta é determinante, pois eladireciona o gênero esperado.
O título do conto motivou a leitura?
Que tipo de atividade propor aos alunos?
1. corresponder o texto com a escolha de umtítulo dentre outros;
2. corresponder um título com a escolha de umtexto dentre outros;
3. corresponder os textos com a escolha dosrespectivos títulos, dentre outros.
As ideias e conteúdos apresentados estãoorganizados para seduzir, mobilizar e para aconstrução do enredo?
O texto está estruturado como narrativa e usarecursos de linguagem que lhe conferemcaracterísticas de conto?
A coesão é uma maneira de recuperar emuma segunda frase um termo citado naprimeira. Por exemplo, as frases “por favordigite o documento para a diretora.Coloque- os sobre a minha mesa” constituium texto, pois tratam, as frases, do mesmoassunto. O que liga a segunda frase aprimeira é o pronome “os”.
Os articuladores textuais são apropriados aoconto e usados adequadamente?
Os recursos linguísticos selecionados (vocabulário,figuras de linguagem, por exemplo) contribuem para aconstrução do tom visado?
Ser claro é, portanto, ser coerente, é não secontradizer, não confundir o leitor.
A construção de frases ambíguas:
1. Juliana pediu a Antônio para sair. (Juliana quer que Antônio saia, quer sair com ele, ou quer autorização dele para sair?)
2. O cachorro do vizinho faz muito barulho.Refere-se ao animal de estimação dovizinho ou se está chamando o vizinho decachorro)
Média da SME – 5,4
Seis escolas ficaram abaixo de 5,0
Desempenho mais baixo – 4,1
Desempenho mais alto – 7,0
Total de alunos não alfabetizados - 347
Média da SME – 6,1
Uma escola ficou abaixo de 5,0
Desempenho mais baixo – 4,8
Desempenho mais alto – 7,6
Total de alunos não alfabetizados - 51
Média da SME – 6,6
Nenhuma escola ficou abaixo de 5,0
Desempenho mais baixo – 5,3
Desempenho mais alto – 7,9
Total de alunos não alfabetizados - 31
Não foi trabalhado conforme orientado esolicitado o traçado da letra cursiva nosegundo semestre do segundo ano;
Alunos dos quartos e quintos anos possueminúmeras dificuldades com o uso correto daletra cursiva.
Há necessidade de retomar o traçado dasletras e as regras do uso de maiúsculas eminúsculas.
Vejamos alguns exemplos:
Observe que essa criança inicia praticamente
todas as palavras do texto com letra
maiúscula (41 ocorrências em 13 linhas)
Necessidade de definirmos para cada ano doensino fundamental as conquistas quedeverão serem realizadas no decorrer do anoletivo, por exemplo:
Ao final do segundo ano o aluno deverá:
1. Ter se apropriado do sistema de escritaalfabético;
2. Saber realizar o traçado da letra cursivacorretamente;
Trabalhar sistematicamente e cobrar insistentementeo uso correto da letra maiúscula e minúscula.
Entendemos que esses cuidados precisam sercobrados dos professores que lecionam nos segundose terceiros anos a fim de que essa dificuldadeapresentada pelos alunos do quinto ano desapareçagradativamente;
Com relação à letra cursiva orientamos os professoresa retomar pelo menos os traçados das letras que osalunos possuem dúvidas nos “pontos de emenda”, taiscomo: b+a, b+e, b+i (...) v+a, v+e, (...) b+r+a, b+r+e(...) v+r+a, v+r+e, (...) e assim por diante;
Alunos do quinto ano escrevem textos (na suamaioria) sem um critério para divisão eorganização das ideias (paragrafação) e semrecuo sinalizador do parágrafo (texto embloco);
Permanece problemas não resolvidos noprocesso de apropriação do sistema deescrita, tais como: hipossegmentação ehipersegmentação, ortografia cotidiana, letracursiva, etc.
Uma das grandes
contribuições do professor
Élie Bajard nas orientações
efetuadas a rede municipal de
Marília nos anos de 2013 e
2014, foi nos ajudar a
compreender as “limitações”
do uso da letra de forma
(caixa alta - principalmente no
processo de alfabetização). O
uso da dupla caixa desde o
início do processo permite
que: 1. A criança identifique a
personagem principal como
faz com seu próprio nome,
graças à letra maiúscula
inicial;
2. A criança observa desde o
início do processo que o
texto é construído em
parágrafos, constituídos por
frases limitadas pela
maiúscula, índice primordial
da estrutura gramatical
sintagma nominal-sintagma
verbal, necessária para a
interpretação da frase; 3.
Percebe que as letras têm
uma via dupla com sua
representação maiúscula e
minúscula (e podem aos
poucos internalizar as regras
de uso de cada uma delas);
4. Observa que a palavra é constituída de um pequeno
conjunto de unidades visuais, ou grafes, que incluem a letra,
evidentemente, mas também o travessão, marca textual da
fala do personagem ou ponto de interrogação, marca
indagação e, sobretudo, a grande ausência de um objeto de
ensino: o espaço em branco.
Principais apontamentos feitos pelos educadores e pelo
professor Élie Bajard:
• Não há acentuação, pontuação e espaçamento entre as
palavras;
• A leitura é bem mais "difícil" e "desgastante";
• No início do processo de aquisição da escrita, as crianças
emendam as palavras e não colocam pontuação;
• O uso da caixa dupla (letra maiúscula e minúscula) facilita a
leitura e a compreensão do texto;
• A falta de um caractere - o espaço em branco - dificulta o
reconhecimento da palavra;
• “Ao dificultar a compreensão do texto pelos olhos, a falta de
espaços em branco suscita a participação da voz”;
• Conceito de leitura: "tomar conhecimento de um texto
gráfico desconhecido";
• A Primeira "revolução" da escrita foi a introdução do espaço
em branco - fez "nascer" a imagem da palavra;
• A Segunda "revolução" da escrita foi promovida por
Gutenberg a quem se atribui o mérito da invenção da
imprensa, não só pela ideia dos tipos móveis, como pelo
aperfeiçoamento da prensa;
• A gramática da frase só é possível através do uso do
espaçamento entre as palavras e o uso da dupla caixa.
Necessidade de trabalhar o uso desubstitutos: dengue, pernilongo, mosquito,Aedes, inseto, etc. a fim de evitar repetiçõesde palavras em todo o texto;
No exemplo a seguir tivemos noveocorrências da palavra mosquito, dezocorrências da palavra Aedes Aegypti e trêsocorrências da palavra veneno em um textode 17 linhas.
Nossas crianças estão jogando as palavras na folha de
papel, falta-lhes critério e condições para analisar e
separar o que deve ser retirado, melhorado e
acrescentado ao texto.
Sozinhas jamais chegarão a isso, é o mediador /
professor que precisa orientá-las e conduzi-las nesse
processo.
Orientar os alunos que jamais devem copiartrechos dos textos dados como suporte para aprova. Se quiserem realmente fazer uso dotexto, existe uma forma correta de fazê-lo(ensinar como se faz). Alguns alunos tentaramcopiar trechos e escrever texto de “autoria” aomesmo tempo, produzindo frases desconexasdo tipo: “A dengue é um mosquito febril agudopor um vírus de evolução benigna na maioriados casos (...)”.
O grande problema para combater o mosquito Aedes Aegypti é que
sua reprodução ocorre em qualquer recipiente utilizado para armazenar
água, tanto em áreas sombrias como ensolaradas. A prevenção e as
medidas de combate exigem a participação e a mobilização de toda a
comunidade, com a adoção de medidas simples, como evitar o acúmulo de
água limpa nas casas, visando à interrupção do ciclo de transmissão e
contaminação.
• Unidade de sentido em uma situação
comunicativa.
• Se o texto não tem sentido e não permite a
comunicação, ainda podemos defini-lo como texto?
• Se há por parte do professor, do coordenador, do
diretor e de quem mais tiver acesso ao texto um
trabalho de “descobrir”, “completar”, “traduzir” o
que o aluno pretendia dizer, mas não disse, por
quais motivos esse aluno sentiria necessidade de
melhorar o próprio escrito?
Como avaliar a coerência desses textos?
A interpretabilidade é fator fundamental para determinar a coerência
de uma produção textual. A falta de relações lógicas entre as ideias
apresentadas, contradições e a ausência de conhecimento de
contextos gerais de produção podem tornar um texto incoerente,
dificultando o entendimento entre os falantes da língua em uma
situação de interação comunicativa.
Segundo Koch & Travaglia a coerência nãodepende apenas da forma como elementoslinguísticos são utilizados, mas também doconhecimento de mundo apresentado pelosinterlocutores.
A coerência textual é global. Um texto serácoerente a partir do momento em que suatotalidade puder produzir uma única unidade desentido. Essa coerência global é resultado de umconjunto de coerências locais, ou seja,sequências lógicas dentro do texto que, quandoreunidas, serão capazes de promover umaintenção comunicativa.
A coesão, conectora das diferentes partes do texto, ésintática e gramatical, mas também semântica.A coerência é a responsável para que uma sequêncialinguística seja considerada texto, pois é através delaque relações (sintático-gramaticais, semânticas epragmáticas) poderão ser estabelecidas formando umaunidade global de sentido e dando a ela a textualidade.A coesão auxilia nesse processo, mas não éresponsável pelo fenômeno da textualidade, já que nãoé necessária nem suficiente para isso.
“E qual a função da linguagem em uma redação?Qual a razão? Quando o estudante, seja numaprova de vestibular, seja num exercício escolar,põe-se a escrever, que motivos ou objetivo tem?Aparentemente nenhum. Como bem observaPécora (1980,p.82), “o que levou o aluno aencarar o seu pedaço de papel em branco nãofoi nenhuma crença de que ali estava umachance de dizer, mostrar, conhecer, divertir, ouseja lá que outra atividade a que possa atribuirum valor e um empenho pessoal. Pelocontrário, tudo se passa como se a escrita nãotivesse outra função que não a de ocupar, aduras penas, o espaço que lhe foi reservado” (Geraldi, 2004, p.126).
• Sujeito do que diz (autor real ou imaginário);
• Para quem dizer (interlocutor real ouimaginário);
• Ter o que dizer (ter o tema/ser o sujeito daação)
• Razões para dizer (por que dizer - objetivo);
• Estratégias para dizer (qual gênero textual ecomo dizer-estruturação do gênero);
• Todas essas condições estão sendogarantidas?
A Intenção primordial deve ser discutir com osalunos os acertos ou erros queproduzem/descobrem para que possam refletire reelaborar seus conhecimentos.
• Conversar com o aluno sobre suas ideiasiniciais para produção do texto;
• Questionar se todas as ideias do aluno foramregistradas no texto escrito;
Ler o texto junto com o aluno para que eleperceba se a escrita realmente representou oque quis dizer;
• Discutir se os argumentos e informaçõesutilizados no texto estão relacionados à ideiacentral;
• Possibilitar a comparação do texto do alunocom outros textos do mesmo gênero para queo aluno perceba se esta adequado à estruturado gênero.
• Reescrever coletivamente o texto, após tercombinado com os alunos que seus textosserão utilizados para análise e reescrita;
• Discutir com os alunos a necessidade dasinformações para a compreensão, clareza ecoerência do texto, a partir dos aspectos:elementos de apresentação, sequência lógicadas ideias, concordância verbal e nominal,pontuação, elementos coesivos, ortografia, ...;
• Propor que os alunos formulem hipótesessobre a forma correta da concordância verbal,concordância nominal, uso de pronomes, deadvérbios...
O domínio da escrita depende de que ela sejapraticada, isto é, de que os estudantesescrevam regularmente. Os alunos estãoescrevendo pelo menos uma proposta deprodução de texto semanalmente e umareescrita (com intervenção do professor)?
Depois da primeira versão o texto deve serobjeto de revisão(ões) – de reescrita, decorreção.
Há uma mobilização dos professores com oobjetivo de ajudar os alunos a se apropriarem dalíngua escrita (anos iniciais), porém, após essaapropriação não está havendo umaprofundamento nesse processo.
Há necessidade de se realizar mais escritas ereescritas – com intervenção e orientação dosprofessores.
Intervir não é fazer (pensar no lugar do aluno) oudar resposta pronta para o mesmo. Precisamosensiná-los a escrever.
Só se aprende a escrever escrevendo e a lerlendo;
Não é possível resolver todos os problemasde uma só vez, as intervenções deverãoacontecer de acordo com uma seleçãocuidadosa e criteriosa do professor.
Alguns problemas que temos hoje deverão sersanados no processo de alfabetização.
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http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/enem-e-vestibular/enem-2014-dez-dicas-para-prova-de-lingua-portuguesa-14310529 Acesso em 26/01/15
http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/11/09/tema-da-redacao-do-enem-2014-e-publicidade-infantil-em-questao-no-brasil.htm#fotoNav=1 Acesso em 26/01/15
http://educacao.uol.com.br/album/2014/10/27/veja-como-sera-a-correcao-da-redacao-do-enem-2014.htm#fotoNav=2 Acesso em 26/01/15
http://www.infoenem.com.br/analise-da-proposta-de-redacao-do-enem-2014/ Acesso em 26/01/15
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