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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CAMPUS PALMAS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Richardson Diego de Melo Pires
ELETROMAGNETISMO II
AULA PRÁTICA N°4
FORÇA MAGNÉTICA E MOTOR ELEMENTAR DE PARTIDA
Palmas - TO, 26 de Outubro de 2015.
Richardson Diego de Melo Pires
ELETROMAGNETISMO II
AULA PRÁTICA N°4
FORÇA MAGNÉTICA E MOTOR ELEMENTAR DE PARTIDA
Trabalho apresentado à disciplina
“Eletromagnetismo II”, 5º período.
Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Tocantins,
Centro de Engenharias Civil e Elétrica.
Professor Dr. Sérgio Ricardo
Gobira Lacerda.
Palmas - TO, 26 de Outubro de 2015.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................4
OBJETIVO......................................................................................................................6
MATERIAIS E MÉTODOS...........................................................................................6
RESULTADOS................................................................................................................7
CONCLUSÃO................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................11
INTRODUÇÃO
Cargas elétricas em movimento sofrem uma força quando em sua trajetória está
atuando um campo magnético. Esta força, denominada força magnética, atua também
em condutores que possuem fluxo de corrente passando em seu interior. A força
magnética atuando sobre uma carga em movimento é dada pela expressão:
, onde é a força magnética sofrida pela carga q em movimento, é a
velocidade com que a carga está se movendo e é o campo magnético.
Analisando parte de um fio condutor de corrente, como mostrado na Figura 1,
pode-se encontrar, analogamente, a força magnética sofrida por um fio condutor de
corrente quando é aplicado um campo magnético sobre ele.
Figura 1: Força magnética sobre uma carga positiva.
O fio em estudo possui comprimento “l”, seção reta “A” e a corrente escoa de
baixo para cima com velocidade de arraste “ ” perpendicularmente ao campo
magnético que está entrando no plano da folha. A força media sobre cada carga é
dada pela expressão: orientada da direita para esquerda seguindo a
direção do vetor resultante do produto vetorial entre a força de arraste e o campo
magnético.
O módulo desta força é dado pela expressão (1).
Adotando como número de cargas por unidade de volume no fio como “n”, um
segmento do condutor de comprimento “l” possui volume “A.l” e contém um número de
cargas iguais à “n.A.l”. Substituindo essas expressões na Equação 1 temos:
.
Sabemos que a expressão da corrente é dado pelo primeiro termo que está sendo
multiplicado na expressão anterior, logo, aplicando o comportamento vetorial, temos
que a força exercida sobre um fio condutor transportando corrente, sujeito a um campo
magnético é dado pela expressão: .
FORÇA E TORQUE SOBRE ESPIRA DE CORRENTE:
Figura 2: força magnética força e torque sobre espira de corrente.
Estudando uma espira de corrente retangular submetida a um campo magnético
uniforme percebemos que a força resultante sobre ela é nula e que a única força atuante
é o torque gerado pela interação do campo magnético e as forças que possuem mesmo
módulo, porém em sentidos contrários iniciando um torque que faz a bobina girar.
Existem muitos dispositivos como alto-falantes ou galvanômetros que utilizam a força
magnética ou o torque sobre uma espira condutora. Segundo os estudos de Young
(2009): “A força resultante sobre uma espira de corrente em um campo magnético
uniforme é igual à zero. Contudo, o torque resultante geralmente é diferente de zero.”
A expressão para o torque magnético sobre uma espira é dado por: , onde
é conhecido como vetor momento magnético e é igual à . Esse vetor tem a direção
do vetor normal à área da bobina, concluindo assim que o torque gerado pela bobina
depende somente da área da bobina e da intensidade do campo magnético aplicado
sobre ela.
OBJETIVO
Observar o comportamento da força de interação entre um campo magnético
produzido por imãs permanentes sobre um circuito conduzindo corrente assim como
verificar o torque sofrido por uma bobina, que contém corrente circulando, em interação
com um campo magnético gerado também por imãs permanentes imãs permanentes.
MATERIAIS E MÉTODOS
Bobina de Material Condutor;
01 Suporte de sustentação;
01 Pêndulo Metálico;
02 Hastes Metálicas;
01 Balanço Metálico Condutor;
01 Bússola;
Fonte de Alimentação Minipa;
Suporte Metálico com Imãs permanentes acoplados.
Para determinarmos os polos do imã utilizamos a bússola, de forma que, para
aonde apontasse o norte da bússola, seria sul do imã. Assim identificamos a polarização
do imã.
O formato em U do imã ajuda na geometria da prática, uma vez que queremos
observar o balanço do pendulo, e também queremos que a pequena bobina se encontre
no interior do campo magnético gerado pelas bobinas.
No experimento 1 consistia em prever e observar o comportamento de um
pêndulo cujo qual estava submetido a uma corrente qualquer. Aplicando um campo
magnético através do imã no pendulo, e uma corrente em um determinado sentido,
depois era para ser observado o comportamento do pêndulo ao inverter a corrente, e
posteriormente invertendo o campo e invertendo a corrente na nova configuração.
A montagem era praticamente a mesma, com a diferença de trocar os bornes da
fonte de alimentação para assegurar a inversão da corrente, e inverter a posição do imã
para se inverter o campo magnético. Então o pendulo foi colocado sobre as hastes
metálicas, e o imã colocado na sua extremidade, como pode ser acompanhado a seguir:
Já no experimento 2 montamos um motor elementar de corrente contínua, para
isso utilizamos uma bobina de cobre, e a dispomos sobre o um gancho no suporte
metálico, dessa forma permitindo a passagem de corrente pelo seu enrolamento.
Colocamos o imã numa tal disposição que a bobina ficasse mergulhada no campo
magnético produzindo pelo imã. Segue abaixo uma imagem da montagem:
RESULTADOS
Após os procedimentos indicados acima, observamos os resultados visualmente,
que poderão ser acompanhados a seguir. Na primeira parte do experimento, fizemos as
previsões do comportamento do pendulo e da bobina. Utilizando a formula F⃗=q v⃗ x B⃗
para identificar o sentido da força, já que sabemos que a velocidade dos portadores de
carga esta na mesma direção da corrente, assim utilizando a regra da mão direita, tem-se
que a força está entrando no papel. A seguir temos a seguinte configuração montada e a
figura do que observamos:
Figura 3: Esquema 1 – Experiência 1
As linhas de campo magnético têm o seu sentido do pólo norte do imã para o sul
(de cima para baixo);
O vetor indução magnética é tangente às linhas de campo magnético e com o
mesmo sentido delas;
A corrente elétrica através do condutor, percorre o campo magnético da
esquerda para direita de acordo com a figura;
A força magnética tem o seu sentido de fora do papel para dentro do papel;
Já na segunda configuração, invertemos a corrente no pêndulo. Utilizando a
mesma técnica anterior observamos que a força se encontra para fora do papel. Assim
temos a seguinte configuração montada e a figura do que observamos:
Figura 4: Esquema 2 – Experiência 1
As linhas de campo magnético têm o seu sentido do pólo norte do imã para o sul
(de cima para baixo);
O vetor indução magnética é tangente às linhas de campo magnético e com o
mesmo sentido delas;
A corrente elétrica através do condutor, percorre o campo magnético da direita
para esquerda de acordo com a inversão de polaridade da fonte C.C;
A força magnética tem o seu sentido de dentro do papel para fora do papel.
Depois foram montadas as duas configurações com o campo magnético, a
primeira montagem foi da seguinte forma:
Figura 5: Esquema 1 – Experiência 1
As linhas de campo magnético têm o seu sentido do pólo norte do imã para o sul
(de baixo para cima);
O vetor indução magnética é tangente às linhas de campo magnético e com o
mesmo sentido delas;
A corrente elétrica através do condutor, percorre o campo magnético da
esquerda para direita de acordo com a figura;
A força magnética tem o seu sentido de dentro do papel para fora do papel.
E depois a última configuração foi invertido o campo magnético e corrente,
temos aqui:
Figura 6: Esquema 1 – Experiência 1
As linhas de campo magnético têm o seu sentido do pólo norte do imã para o sul
(de baixo para cima);
O vetor indução magnética é tangente às linhas de campo magnético e com o
mesmo sentido delas;
A corrente elétrica através do condutor, percorre o campo magnético da direita
para esquerda de acordo com a inversão de polaridade da fonte C.C;
A força magnética tem o seu sentido de fora do papel para dentro do papel.
Na segunda parte do experimento, montamos o motor com a bobina. Utilizando
a regra da mão direita observamos que a bobina irá sofrer um torque na direção indicada
pela mão direita. Tendo a corrente passando por cima da bobina. Com isso podemos
observar que o torque faz a bobina girar no sentido para o norte do imã. Aqui tivemos
que dar um pequeno empurrão na bobina pra ela girar, tendo em vista que a força
resultante na bobina é nula. Como mostra a figura a baixo:
Figura 7: Esquema 1 – Experiência 2
Invertendo a corrente. Como
previsto a bobina girou para o lado
contrário demonstrando que o sentido da
corrente influencia no sentido do torque.
Ficamos com a seguinte configuração:
Figura 8: Esquema 2 – Experiência 2
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a ação da força magnética que atua em um condutor
retilíneo, imerso num campo magnético está relacionada com o principio de
funcionamento dos motores. O campo magnético é capaz de exercer forças não apenas
sobre imas, mas também sobre condutores percorridos por correntes elétricas. A força
que um campo magnético exerce sobre um condutor percorrido por corrente pode ser
utilizada para realizar trabalho, verifica-se isto nos motores. A força magnética ocorre
devido ao movimento de cargas elétricas
Em um motor a corrente elétrica que passa pelo enrolamento produz um campo
eletromagnético (semelhante ao campo magnético de um imã) que é utilizado para
movimentar o rotor do motor. O torque magnético produzido é função da corrente que
percorre os condutores do rotor e o campo no qual está inserido.
Os experimentos ocorreram de forma satisfatória. Foi possível obter todos os
resultados necessários nesta prática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física 3,
8ª Edição.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: Eletromagnetismo. 12. ed. São
Paulo: Pearson, 2009.
REITZ, J.R, MIFORD, F.J, CHRISTY, RW. Fundamentos da Teoria
Eletromagnética. Rio de Janeiro. Editora Campos, 1982.