ecs-2006-05 marcio romulo da silva regis (1)

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  • INSTITUTO TECNOLGICO DE AERONUTICA CURSO DE ENGENHARIA DE INFRA-ESTRUTURA

    AERONUTICA

    RELATRIO DE ESTGIO

    So Jos dos Campos, 20 de Novembro de 2006.

    Aluno: Mrcio Rmulo da Silva Regis

  • Relatrio de Estgio 3

    INFORMAES GERAIS Estagirio Nome do Aluno: Mrcio Rmulo da Silva Regis Curso: Engenharia de Infra-Estrutura Aeronutica Empresa/Departamento Infra/Departamento de Transporte Areo Orientador/Supervisor da Empresa Professor Cludio Jorge Pinto Alves Supervisor do ITA Professor Cludio Jorge Pinto Alves Perodo 13/Maro/2006 a 31/Julho/2006 Total de horas: 164 horas

  • Relatrio de Estgio 4

    I. INTRODUO

    Este relatrio visa a apresentar o estgio curricular em engenharia realizado pelo

    aluno Mrcio Rmulo da Silva Regis, no perodo de Maro a Julho de 2006, na Infra,

    empresa virtualmente constituda pelos profissionais da Diviso de Engenharia de Infra-

    Estrutura Aeronutica do Instituto Tecnolgico de Aeronutica (ITA), durante uma prestao

    de servio para a Petrobrs.

    O escopo desta atividade est relacionado com o projeto conceitual do novo

    aeroporto de Farol de So Tom a ser construdo no litoral norte do Estado do Rio de

    Janeiro. A obra tem por objetivo dar suporte as operaes logsticas off-shore desenvolvidas

    pela empresa na bacia petrolfera de Campos - RJ.

  • Relatrio de Estgio 5

    II. A EMPRESA

    II.1. Histrico

    A empresa Infra foi constituda informalmente no mbito do ITA, mais

    especificamente na Diviso de Engenharia de Infra-Estrutura Aeronutica. Seu objetivo

    principal desenvolver projetos na rea da engenharia civil voltado para o setor de

    transporte areo, contando com o apoio de todos os departamentos da diviso, bem como

    de seu corpo docente.

    Atua com a intervenincia da Fundao Casimiro Montenegro Filho, instituio que

    permite que o ITA seja contratado para prestao de servios de assessoria em projetos de

    capacitao, ensino, pesquisa, extenso e desenvolvimento cientfico e tecnolgico,

    disponibilizando seu corpo de pesquisadores de dedicao exclusiva s iniciativas privadas e

    pblicas sob determinadas condies de contorno.

    A Infra tem como objetivo ainda estimular a formao, a especializao e o

    aperfeioamento de recursos humanos, inclusive aqueles pertencentes ao seu corpo

    discente. Permite assim que seus alunos possam participar de atividades de planejamento,

    organizao e promoo de empreendimentos em engenharia.

    II.2. rea onde foi desenvolvido o programa de estgio

    O estgio foi desenvolvido no Departamento de Transporte Areo da Diviso de

    Engenharia de Infra-Estrutura Aeronutica do ITA.

    II.3. O Estgio no Contexto da Empresa

    Este tipo de atividade justifica a existncia da empresa Infra, uma vez que possibilita

    um maior envolvimento dos alunos em questes pertinentes da engenharia civil no seu

    momento mais importante, ou seja, na idealizao do projeto conceitual.

  • Relatrio de Estgio 6

    III. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

    III.1. Resumo do Estgio

    Plano de atividades e descrio dos objetivos

    a) Ms de maro

    Busca de informaes e subsdios para elaborao do programa de necessidades do

    cliente;

    Visita ao Grupamento Especial de Ensaios em Vos (GEEV), realizada no dia 14 de

    maro;

    Visita ao Centro de Aviao do Exrcito (CAVEX), realizada no dia 16 de maro;

    Discusso dos requisitos de projetos impostos pelo cliente, realizada no dia 20 de

    maro;

    Elaborao de concepes alternativas do projeto conceitual.

    Objetivo:

    Ter uma viso geral das particularidades operacionais que envolvam o vo de

    aeronaves de asa rotativa, bem como ter acesso s atividades de apoio (manuteno e

    treinamento) relacionadas a esse mesmo tipo de vo.

    Compreender a filosofia de construo, controle e utilizao de instalaes que

    envolvam as operaes de aeronaves de asa rotativa, atravs de anlise de plantas e

    memorial descritivo da base operacional do CAVEX.

    b) Ms de abril

    Definio da configurao operacional do aeroporto de Farol de So Tom;

    Visita a Maca com objetivo de cumprir as atividades de anlise do primeiro conjunto

    de propostas;

    Participao no Workshop no dia 06 de abril;

    Visita aos potenciais stios para a implantao do projeto na regio norte do Estado

    do Rio de Janeiro, realizado no dia 07 de abril;

    Pesquisas de campo realizadas nos aeroportos de Maca e So Tom. Nestas

    atividades foram levantadas as informaes pertinentes elaborao do programa de

  • Relatrio de Estgio 7

    necessidades da rea operacional e do terminal de passageiros. Estas atividades foram

    realizadas nos dias 25, 26, 27 e 28 de Abril;

    Objetivo:

    Compreender o ponto de vista de todos os interessados no empreendimento, desde

    os funcionrios do novo complexo aeroporturio at os prprios passageiros do mesmo, que

    sero, em sua grande maioria, os funcionrios da Petrobrs. Foram entrevistados como

    interessados no lado operacional: operadores de manuteno, operadores de segurana,

    operadores de limpeza, operadores de controle de trfego areo, aeronavegantes,

    operadores de manuteno predial, gerenciadores do aerdromo, operadores/prestadores de

    servio (combustvel, energia eltrica, etc.).

    Descrio do Workshop:

    Dia: 06 de Abri de 2006

    Local: Salo de Convenes do Hotel Abusos Tropicais

    Presentes: membros da diretoria da Petrobrs, representantes das empresas areas

    (diretores e pilotos de aeronaves de asa rotativa) que operam atualmente no Aeroporto de

    Maca, funcionrios da Petrobrs das reas de interesse do empreendimento (segurana de

    vo, logstica e engenharia), consultores especficos (por exemplo, Lufthansa Consulting) e a

    equipe de profissionais e estagirios do ITA.

    Escopo da reunio:

    (1) Abertura com exposio da diretoria da Petrobrs que procurou justificar a alternativa de

    construo de um novo complexo aeroporturio para atender as operaes logsticas das

    plataformas da Bacia de Campos.

    (2) Apresentao da crtica anlise de consistncia dos requisitos operacionais estipulados

    pelo cliente, o que ocasionou a mudana de alguns parmetros, como mudana da aeronave

    de projeto para o B-737 e o aumento da quantidade de ilhas para estacionamento das

    aeronaves de asa rotativa, passando de 20 para 40.

    (3) Apresentao da metodologia para elaborao das propostas alternativas para o Projeto

    Conceitual do novo complexo aeroporturio de Farol de So Tom.

    (4) Apresentao dos parmetros de dimensionamento de acordo com as seguintes

    referncias:

    International Civil Aviation Organization (1995). Heliport Manual. Doc 9261-AN/903. 3rd edition.

    Ministrio da Aeronutica (1987). Portaria 1.141/GM5. DOU Seo I, de 9 de dezembro de 1987, Braslia.

  • Relatrio de Estgio 8

    Ministrio da Aeronutica (1974). Portaria 18/GM5. De 18 de fevereiro de 1974, Braslia.

    International Civil Aviation Organization (1995). Aerodromes. ANNEX 14, Volume 2 (Heliports), 2nd edition.

    (5) Apresentao de trs alternativas (Anexo 2) de configurao do lado areo e exposio

    das vantagens e desvantagens de cada uma delas.

    (6) Processo de escolha da melhor alternativa (Anexo 3), que se deu atravs de uma anlise

    das vantagens e desvantagens das alternativas, levando em conta o aspecto profissional de

    cada um dos envolvidos com o projeto. Por consenso, a alternativa B foi escolhida como a

    que melhor atende a todos os objetivos pretendidos para o empreendimento em questo.

    c) Ms de maio

    Compilao e anlise de dados obtidos na pesquisa de campo realizada;

    Elaborao do relatrio final do programa de necessidades (Anexo 4);

    Pr-dimensionamento do terminal de passageiros.

    Objetivo:

    Analisar os dados anteriormente obtidos e avaliar a consistncia dos mesmos. Ao fim

    desta atividade, foi possvel elaborar o relatrio final do programa de necessidades.

    d) Ms de junho/ julho

    Dimensionamento final do terminal de passageiros (Anexo 5);

    Elaborao do esboo arquitetnico do terminal de passageiros.

    Descrio do esboo:

    O esboo arquitetnico procurou adotar como partido arquitetnico o cavalo

    mecnico, mecanismo amplamente utilizado por companhias exploradoras de petrleo. Esse

    partido definiu o formato da edificao do terminal, que possui dois pavimentos (Figuras 1 e

    3). Foi realizado ainda o esboo do estacionamento do terminal, com os acessos e o meio-fio

    (Figura 2). A Figura 4 mostra uma elevao do terminal, indicada na Figura 3.

  • Relatrio de Estgio 9

    Figura 1: Esboo dos Pavimentos Trreos do Terminal e Administrativo

    Figura 2: Esboo do Estacionamento do Terminal e dos Acessos

  • Relatrio de Estgio 10

    Figura 3: Esboo do Mezanino e Segundo Pavimento Administrativo

    Figura 4: Elevao 1 do Terminal (conforme indica a Figura 3)

    III.2. Descrio conceitual de mtodos, ferramentas, recursos estudados/usados

    no estgio

    A principal ferramenta utilizada foi a pesquisa de campo para aplicao de

    questionrios idealizados com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento do programa de

  • Relatrio de Estgio 11

    necessidades do cliente. Este trabalho foi desenvolvido com os funcionrios da Petrobrs e

    da Infraero na cidade de Maca-RJ.

  • Relatrio de Estgio 12

    IV. COMENTRIOS E CONCLUSES

    Durante o estgio, foram realizadas vrias atividades que demonstram um pouco da

    prtica profissional que futuramente ser realizada por um profissional de engenharia, mais

    especificamente, de infra-estrutura aeronutica.

    Deve-se citar como exemplo disso o envolvimento na atividade de elaborao de um

    programa de necessidades, em que se constatou, atravs da evoluo da mesma, sua

    importncia para a realizao de qualquer projeto de engenharia civil. Somente atravs

    deste programa consegue-se tomar conhecimento dos anseios de todos os interessados na

    concepo do projeto. Estes anseios muitas vezes so conflitantes e o trabalho do

    engenheiro nesse caso pesar os pontos de vista de todos, procurando a soluo que cause

    o mnimo de problemas para os interessados, sem deixar de respeitar os requisitos finais

    para os quais o empreendimento foi idealizado.

    As demais atividades podem ser consideradas tcnicas, pois possibilitaram a

    utilizao real dos conhecimentos adquiridos durante o curso de graduao. O contato direto

    com profissionais (Professores) envolvidos com a empresa Infra foi muito produtivo e

    motivador, pois so profissionais extremamente experientes.

    A empresa Infra deve ser mais agressiva com sua propaganda no mbito do ITA.

    Acredito que a mesma deva ter um lugar fsico que viabilize um nmero maior de projetos e

    que os alunos dos demais anos possam participar destas atividades, tambm como

    estagirios.

  • Relatrio de Estgio 13

    ANEXO 1 Questionrios aplicados na Pesquisa de Campo

    1.1 Questionrio para os interessados no lado operacional Identificao: Nome: Empresa:

    Qual meio de transporte voc utiliza para vir ao trabalho? Se o aeroporto mudar para a cidade de So Tom, como voc pretende se deslocar at l para cumprir suas funes? Onde voc exerce sua atividade na maior parte do tempo? Onde voc geralmente realiza suas refeies/necessidades dirias? H necessidade de vestirios? Qual sua maior crtica com relao s instalaes atuais (local de trabalho e complexo aeroporturio)?

    D sugestes ou idias relacionadas construo do novo aeroporto que possam vir contribuir positivamente com o desempenho de sua atividade.

    1.2 Questionrio para os funcionrios do terminal de passageiros Data: Hora: Nome: Empresa: 1) Como o seu acesso ao terminal?

    ( ) Meios prprios ( ) carro ( ) outro ( ) Transporte fornecido pela empresa ( ) nibus ( ) van ( ) carro Caso voc respondeu que vem de carro na questo 1, por favor responda a questo 2: 2) Voc deixa o carro no estacionamento? ( ) Sim ( ) No 3) Voc utiliza o restaurante do terminal durante o perodo do expediente?

    ( ) Sim ( ) No 4) Dentre os servios apresentados, aponte aqueles que julgar no atenderem s expectativas necessrias ou sejam deficientes? ( ) bar/caf ( ) restaurante ( ) sanitrios ( ) loja de presentes ( ) banca de jornal e revistas ( ) agncias bancrias; se marcar identifique o banco: ( ) servios de telefonia ( ) acesso internet

  • Relatrio de Estgio 14

    ( ) outros: 5) Como o seu ambiente de trabalho? Aponte os problemas na estrutura de trabalho atual oferecida aos funcionrios? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Voc sente falta de algum servio no terminal, em especial dentre aqueles que poderiam ser oferecidos aos funcionrios? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7) O que mais poderia ser feito para melhorar o processo de embarque/desembarque dos passageiros? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    1.3 Questionrio para o usurio do terminal Data: __/__/__ Hora: __:__ 1) Como o seu acesso ao terminal?

    ( ) Meios prprios: ( ) carro ( ) outro

    ( ) Transporte fornecido pela empresa: ( ) nibus ( ) van ( ) carro Caso voc respondeu que vem de carro na questo 1, por favor responda a questo 2: 2) Voc deixa o carro no estacionamento? ( ) Sim, e o carro fica guardado desde a minha ida para a plataforma at o meu regresso. ( ) Sim, mas o carro fica guardado pelo perodo em que chego ao terminal at a decolagem e/ou pelo perodo em que os integrantes do carro esperam pela minha chegada. ( ) No. 3) Com quanto tempo de antecedncia ao horrio de check-in voc chega ao aeroporto? ( ) 0 a 10 min ( ) 10 a 20 min ( ) 20 a 30 min 4) Como voc percebe o processo de chegada na calada entrada do terminal? ( ) Rapidez no fluxo de carregamento/descarregamento de pessoas ( ) Fluxo normal de carregamento/descarregamento de pessoas ( ) Demora no fluxo de carregamento/descarregamento de pessoas 5) Com relao ao nvel de conforto durante a espera para o embarque marque o grau que reflete a situao atual: ( ) pssimo ( ) insatisfatrio ( ) regular ( ) bom ( ) excelente

  • Relatrio de Estgio 15

    Comentrios e Sugestes: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6) Dentre os servios apresentados, aponte aqueles que julgar no atenderem s expectativas necessrias ou sejam deficientes? ( ) bar/caf ( ) restaurante ( ) sanitrios ( ) loja de presentes ( ) banca de jornal e revistas ( ) agncias bancrias; se marcar, identifique o banco: ( ) servios de telefonia ( ) acesso internet ( ) outros: 7) Que tipo de servio voc acha importante para fazer o tempo passar enquanto espera para embarque? Voc sente falta de algum servio no terminal? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

    8) Que sugesto voc daria para que o processo de embarque/desembarque fosse mais adequado? __________________________________________________________________________________________________________________________________________

  • Relatrio de Estgio 16

    Anexo 2 Alternativas de Configurao Operacional

  • Relatrio de Estgio 17

    Anexo 3 Alternativa de Configurao Operacional Escolhida (Alternativa B)

  • Relatrio de Estgio 18

    Anexo 4 Relatrio do Programa de Necessidades

    Instituto Tecnolgico de Aeronutica Diviso de Engenharia de Infra-estrutura Aeronutica

    Programa de Necessidades

    Aeroporto de Farol de So Tom

    Alunos: Marco Antnio Carnevale Coelho Mrcio Rmulo da Silva Regis

  • Relatrio de Estgio 19

    Introduo Neste documento esto relatadas as informaes coletadas no aeroporto de Maca de acordo com as operaes da empresa Petrobrs. Objetivo Apresentar o programa de necessidades da empresa supracitada bem como o fluxograma das atividades desenvolvidas no mbito do aeroporto de Maca.

    De acordo com estas informaes, produzimos um croqui contemplando o melhor posicionamento das diversas instalaes de acordo com os anseios dos profissionais que atuam neste complexo aeroporturio.

    Por fim, espera-se que este documento justifique os gastos envolvidos nesta fase e que o mesmo sirva de subsdios para o projeto de concepo do novo aeroporto. Desenvolvimento

    1) Dos controladores de trfego areo Na viso destes profissionais, muitas crticas operacionais foram levantadas. Primeiramente, as operaes de asa rotativa se desenvolvem retaguarda dos operadores, assim, os mesmos no conseguem manter contato visual com os trfegos no setor de aproximao ficando as separaes prejudicadas. Em funo disto, faz-se necessrio um espaamento maior das operaes ar-terra ocasionando um atraso maior nas seqncias de pousos e decolagens; O consumo de combustvel aumenta bem como o custo operacional (fadiga de material), pois para dinamizar as operaes so realizados pousos curtos/longos, circuitos maiores/menores de trfego. Em momentos de operaes intensas as aeronaves necessitam efetuar txis longos ou mesmo efetu-los na pista em operao como o caso das aeronaves maiores como SK-76, Super Puma, pois estas aeronaves fazem questo de efetuar suas operaes de pouso e decolagens usando boa parte da pista. Estas determinaes envolvem no s a segurana de vo, mas tambm as companhias areas. Afinal as operaes em terra devem ser as mais econmicas e as mais seguras possveis dado que nas plataformas o pouso ocorre sempre em condies crticas e com grande consumo de combustvel e fadiga de material. Em funo disto, as companhias areas so taxativas em proibir o pouso das aeronaves em heliponto quando estas operaes ocorrem em terra, com disponibilidade de pistas mais adequadas e com menores desgastes e custos associados. No atual aeroporto, no existe um ptio preferencial para estacionamento das aeronaves de asa fixa e isto ocasiona certo congestionamento das aeronaves no txi, bem como uma interrupo em certos trechos deste circuito, pois as aeronaves passam a trafegar no solo muito prximas uma das outra, e em funo disto, muitos helicpteros so obrigados a estacionar com a frente voltada para a pista em uso. Esta proximidade pode gerar desbalanceamento de hlice nas aeronaves j estacionadas, bem como a ingesto de FODs o que pode tir-las da linha de vo. Pelo mesmo motivo as aeronaves Bell e Esquilo no podem taxiar longamente no ptio alm, claro, da restrio operacional do fabricante. Para posicion-los novamente de acordo com as orientaes do DAC o giro deve ser realizado com os motores cortados utilizando mecnicos que o efetuam manualmente. No raro acontecer falta de helicpteros na linha de vo (fato este que foi acompanhado na mesma quarta-feira onde a demanda exigia 35 aeronaves e apenas 17 estavam disponveis), assim esta manobra ao final do dia representa um atraso significativo alm de exigir no mnimo trs mecnicos para complet-la com segurana. Devido s dificuldades de comunicao e prpria localizao da torre, no possvel um controle mais eficiente no solo, pois o ptio de estacionamento foi aumentado, porm a altura da torre no foi elevada, assim existem alguns ngulos mortos na linha de

  • Relatrio de Estgio 20

    visada e o controle por parte dos operadores passa a ser inexistente. Como o deslocamento dos usurios at as aeronaves feito a p, isto acaba gerando certa ansiedade nos controladores implicando naturalmente num desvio de ateno. Assim sendo, em decorrncia da dificuldade visual na identificao destes elementos, as comunicaes geralmente seguem entrecortadas sem uma definio eficiente contribuindo assim para um eventual descontrole. O aerdromo no possui uma zona para instruo area e os treinamentos de emergncia ocorrem fora de rea especfica, pois elas acabam interditando o aerdromo ou mesmo no acontecendo em funo desta indisponibilidade de rea. Aeronaves de esqui necessitam de pista de grama (no um acessrio) para estes procedimentos, pois isto evitaria o surgimento de fascas durante a realizao destes procedimentos. Os treinamentos de reciclagem de emergncias e de auto-rotao nem sempre so realizados pelas companhias areas o que acaba infringindo normas de segurana e normas de operao. A no independncia dos circuitos de trfego atual gera grande ansiedade nos controladores o que, na viso deles, compromete a segurana das operaes. Para um aerdromo que contempla operaes de asa fixa e rotativa faz-se necessrio que a torre de controle esteja na interface das operaes e mais centralizada possvel. A torre atual no possui sadas de emergncia, sendo interessante a proximidade da mesma com os rgos de segurana e de emergncia possibilitando um trmite mais seguro e rpido das informaes. O posicionamento das instalaes atuais constitui um empecilho ao trmite das informaes, de forma que um aviso de aerdromo nem sempre alcana seus destinatrios (a informao de vento forte no chegou s empresas areas e vrios helicpteros capotaram no ptio devido a ao de ventos fortes). Foram entrevistados os senhores: Vieira, Mrcio, Vincius, Ivo, Helder, Hlio, Claudernei e a senhora Tereza, todos controladores de trfego areo e funcionrios INFRAERO.

    2) Dos operadores de segurana patrimonial

    O aerdromo no possui uma eficiente linha de segurana, possuindo vrios entraves e barreiras fsicas a locomoo no mbito das instalaes.

    A seo de identificao se encontra distante do centro administrativo o que desfavorece a identificao imediata das pessoas e seu ingresso na rea operacional.

    O controle , portanto, complicado, existindo no terminal vrias entradas controladas de maneira no uniforme. No existe o COI (Centro de Operaes Integradas) que seria capaz de gerenciar as imagens geradas no mbito do aerdromo. A identificao de pessoas deve estar na interface TPS/rea operacional, pois nesta situao j existir um acesso controlado (rea pblica controlada). No existe um passaporte de identificao unificado para os funcionrios do aeroporto e nem uma entrada nica de acesso para os mesmos.

    No h local determinado para estacionamento de funcionrios e cada empresa area possui uma porta de acesso para controle. O centro administrativo do aerdromo no centralizado.

    Entrevista com os funcionrios Rodrigues e Helder (Infraero).

    3) Dos operadores de Manuteno das empresas areas

    Negado o acesso. 4) Dos aeronavegantes (pilotos e apoiadores ao vo)

    Negado o acesso.

    5) Dos gerenciadores do aerdromo

  • Relatrio de Estgio 21

    Negado o acesso.

    6) Dos prestadores de servio (combustvel, energia eltrica, etc.)

    Combustveis A BR Distribuidora detm a distribuio de combustvel no aerdromo de Maca. Para a unanimidade dos funcionrios da empresa, o trabalho hoje apresenta muitos pontos negativos, pois no existe uma rota de fuga eficiente e segura. A atuao do corpo de bombeiros numa necessidade eventual complicada devido s barreiras naturais. O rudo proveniente da rea operacional desgasta severamente os funcionrios. A rea para manobras restrita, principalmente, para o caminho que supre a base de abastecimento. A base de abastecimento situa-se entre as edificaes o que inviabiliza uma operao segura em caso de acidentes. As barreiras de conteno de fluxo de pessoas no mbito da planta so falhas e isto acarreta o ingresso de pessoas no autorizadas na planta de abastecimento. Para a unidade de abastecimento faz-se necessrio, para maior agilidade nas operaes de abastecimento, a instalao de hidrantes nos boxes de estacionamento e a alocao de vias exclusivas de servios sem que haja a necessidade de pedir autorizaes para cruzamento de ptios e pistas de operaes areas. O abastecimento, mesmo com as instalaes de hidrantes, nos pontos se d com a utilizao dos caminhes SERV. Na viso destes profissionais, faz-se necessrio o afastamento desta instalao das demais a fim de se garantir uma maior segurana e eficincia. Foram entrevistados o senhores Carlos, Laurence e Paulo, todos funcionrios da BR Distribuidora. Servio de emergncia O helicptero de emergncia se encontra do lado oposto do aerdromo no possuindo um ponto de parada especfico para as suas operaes. Desta forma, faz-se necessria a definio de procedimentos de emergncia que englobem no somente um ponto exclusivo de parada para esta aeronave bem como uma rea que permita a manobra da viatura que executa o servio de ambulncia (rea de escape). A rota de fuga para a ambulncia deve ser sempre livre e desimpedida visando uma operao rpida e segura e mais importante que no interfira nas operaes do aerdromo. O Posto de Primeiro Socorros (PPS) deve estar prximo ao bombeiro e a ambulncia e estas operaes devem contemplar as operaes do helicptero de emergncia. Disposio de Hangares Os Hangares no esto voltados para a nascente do sol e isto resulta um aquecimento muito grande no decorrer do dia. Deve-se tambm atentar para a disposio dos mesmos em relao aos ventos predominantes, pois estes devem, de preferncia, atacar os hangares nas laterais cobertas, assim, se houver possibilidade de desviar o vento com barreiras naturais, deve-se faz-lo. O ptio de estacionamento dever conter hidrantes para gua potvel, e combustvel e energia eltrica para lavagem de aeronaves. Os pontos de fixao tambm devem estar alocados em solo para estaqueamento das aeronaves.

    Foram entrevistados os senhores Jorge, Moretti, Cludio Barcelos, Edson, Monteiro, Eraldo, Eurides, Alex, Vidal, Loureiro e Elza, funcionrios Petrobras. Fiscalizao de Ptio (Segurana orgnica) Este tipo de segurana est ligado aos rgos da Receita Federal e Polcia Federal. que recebero objetos atrelados empresa Petrobras (Servios de alfndega). No aeroporto este servio deve ser acompanhado pelo COA (Centro de Operaes Avanado), assim as aeronaves nos ptios devem estar seguradas por estes profissionais. Devem estar definidos locais de paradas exclusivos para aeronaves visitantes. Operaes Brinks devem ser acompanhadas por este setor e tambm devem possuir locais determinados (rea remota e rea livre).

  • Relatrio de Estgio 22

    7) Dos usurios do terminal Procurou-se coletar o mximo de entrevistas possveis, de modo a produzir um bom banco de informaes sobre o terminal de passageiros atual. Atravs das reclamaes e de algumas sugestes colhidas nos questionrios, o novo terminal poder ser concebido de forma a atend-las da melhor maneira possvel. Resultado: 48 entrevistas Nvel de conforto: foi considerado Pssimo por 23 dos entrevistados (48%), Insatisfatrio por 13 (27%), Regular por 10 (21%) e Bom por 2 entrevistados (4%). Est bem claro que o nvel de conforto atual est bem aqum em termos de percepes dos passageiros. Resumo das reclamaes e sugestes: O ambiente do terminal de passageiros do aeroporto de Maca por si s desgastante. A ventilao deficiente o torna extremamente abafado, uma parte tambm devido pequena capacidade de comportar os passageiros, gerando um ambiente conturbado e congestionado. Algumas sugestes foram: colocao de ar-condicionado na sala de espera para embarque e construo de um terminal com um vo livre amplo o suficiente de forma a permitir uma circulao de ar eficiente para o equilbrio trmico. Uma das sugestes foi a de separao entre os passageiros prximos do horrio de embarque daqueles que ainda devem aguardar tempo superior a uma hora, horrio quando normalmente comea ser realizado o check-in. Essa sugesto foi feita ainda por um funcionrio de uma das empresas areas, e ser mais detalhada abaixo. Quanto capacidade, grande parte das entrevistas tocou nesse ponto, devido ao acmulo de pessoas que se verifica, gerando um evidente confinamento dos usurios, em um local que no foi projetado para o movimento atual do aeroporto. A falta de assentos foi outro aspecto bastante observado. A sala de embarque deveria comportar uma quantidade razovel de forma a atender os usurios que esperam para embarque. Alm disso, discutiu-se ainda a possibilidade de colocao de bebedouros de gua mineral no terminal. Quanto aos servios oferecidos sua deficincia decorre da prpria falta de capacidade do terminal. Assim, por parte dos usurios, os servios considerados mais deficientes foram: o bar/caf, os sanitrios e os servios de telefonia. Percebeu-se a necessidade de um sistema adequado com lanchonetes, cafs e restaurante para atender no somente os passageiros, como os funcionrios do aeroporto. Agencias bancrias no constituem uma grande necessidade, de forma que um estudo mais detalhado por parte das prprias empresas bancrias, talvez seja necessrio. 8) Dos funcionrios da Petrobrs Buscou-se com os funcionrios da Petrobrs que trabalham no terminal, especificamente, aqueles da segurana de vo e do planejamento de operaes, as necessidades desses setores, bem como, as necessidades administrativas como um todo. Esses funcionrios puderam apenas relacionar as necessidades da seo de trabalho a que pertencem: uma rea para aproximadamente 15 funcionrios, com uma sala para a segurana de vo e uma para o apoio areo. Ambas devem ser dotadas de viso plena do ptio de aeronaves, para um controle mais imediato das operaes que esto ocorrendo, permitindo um fluxo mais rpido de informaes. Alm destas, faz-se necessria uma sala de reunies, bem como instalaes de apoio s atividades, como copa, banheiros etc. Foi verificada ainda a necessidade de uma sala de embarque VIP, destinada s comitivas, cujo processo de embarque se configura dentro de certas condies especiais, com o briefing realizado nessa mesma sala, no sendo assim, necessrio passar pelo processo de check-in na sala de embarque das aeronaves de asa rotativa.

  • Relatrio de Estgio 23

    As necessidades de reas administrativas devem ser objetos de anlise com os gerentes do projeto de construo do novo aeroporto da Petrobras.

    9) Dos funcionrios da administrao do terminal Foi negado o acesso rea administrativa do terminal (Infraero).

    10) Dos funcionrios do terminal

    Foi aplicado o questionrio a alguns poucos funcionrios do terminal, devido falta de tempo destes para atendimento. Assim, no foi possvel criar um banco de sugestes como no caso anterior. Procurou-se ento manter contato com alguns funcionrios das empresas areas responsveis pelas operaes das mesmas, ou seja, os gerentes de operaes. Segundo estes, o ideal seria um terminal que separasse os passageiros de aeronaves de asa rotativa daqueles de asa fixa, devido aos diferentes processos por que estes devem passar. A parte destinada aos passageiros de aeronaves de asa fixa seguiria os mesmos padres definidos em qualquer aeroporto de porte regional como o caso deste. A parte destinada aos passageiros de asa rotativa possuiria alguns aspectos diferenciados. A sala de espera para embarque deve ser separada do saguo principal, sendo dimensionada para os passageiros cujo horrio de embarque ocorra na prxima hora pelo menos; esta sala deve possuir ainda um balco de informaes entrada. Assim, o passageiro ir para essa sala somente quando estiver prximo do horrio de seu check-in, durante o qual feita a pesagem e revista da bagagem e a pesagem do passageiro. Aps esse processo, o passageiro deve esperar at o horrio do seu embarque, sendo colocados assentos e TVs para seu conforto. Aps essa espera, o passageiro se encaminha para a sala de pr-embarque, conectada com as salas de briefing, sendo necessrias, pelo menos duas salas, uma para os passageiros de helicpteros de grande porte e outra para os de pequeno porte. Este aspecto dever ser mais discutido em etapas futuras. O desembarque desses passageiros possui alguns outros aspectos diferenciados: reas destinadas s inspees de bagagens e individual.

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    Anexo 5 Relatrio: Dimensionamento do Terminal de Passageiros

    Instituto Tecnolgico de Aeronutica Diviso de Engenharia de Infra-estrutura Aeronutica

    Dimensionamento do Terminal de Passageiros do

    Aeroporto de Farol de So Tom

    28 de Junho de 2006

    Aluno: Mrcio Rmulo da S. Regis Marco Antnio Carnevale Coelho

  • Relatrio de Estgio 25

    1. Metodologia Aplicada Vrios dos conceitos e hipteses aplicados foram baseados em uma pesquisa de campo, realizada com a realizao de entrevistas com os interessados na concepo do projeto. Neste grupo, citam-se os usurios do terminal (funcionrios ou no da Petrobrs), os funcionrios das companhias areas, os profissionais das reas de segurana patrimonial, segurana de vo, programao de vo e demais envolvidos nas atividades do terminal e do lado terrestre em geral. Essa pesquisa de campo visou conhecer as particularidades da operao da edificao, tanto do ponto de vista dos usurios quanto do ponto de vista dos profissionais atuantes no novo aeroporto/heliporto. Com isso, procuraram-se tambm indicaes dos problemas da atual estrutura de transporte disponibilizada, para que esses pudessem se no evitados, pelo menos minimizados. Aliado a este processo de formulao do programa de necessidades, foi idealizado um partido arquitetnico que buscasse uma identificao mais direta com as atividades da empresa. Esse ser mais esmiuado na seqncia. Ao fim dessa etapa de pesquisa, foi realizada uma anlise dos dados obtidos. Procurou-se, assim, atender aos anseios de todos na concepo e idealizao das linhas de fluxo da rea do terminal, bem como na programao das etapas de processamento por que o usurio deve passar durante as operaes de embarque e desembarque. Com todo o fluxograma idealizado, partiu-se para o dimensionamento das vrias instalaes do terminal e concomitante localizao destas. Os detalhes deste processo e das hipteses aplicadas esto esboados nos prximos itens. 2. Arquitetura No sentido descrito acima de buscar uma identificao do projeto arquitetnico do projeto com as atividades da empresa, foi idealizada uma forma externa do terminal que em planta se assemelha bastante a um elemento de prospeco de petrleo conhecido como cavalo mecnico. Assim, buscou-se enaltecer os objetivos da empresa, envolvendo o usurio nesse processo, por ser este o principal foco na concepo do projeto. Seria uma forma de fazer o usurio se sentir prestigiado e demonstrar sua importncia para a empresa. 3. Dimensionamento A demanda de passageiros do terminal de passageiros , segundo os requisitos do projeto, de 520.000 passageiros anuais. Foi disponibilizada tambm uma tabela com estimativas para o nmero de viagens desde 2009 at 2020 (Tabela 1). Considera-se como viagem um pouso e uma decolagem.

    Tabela 1: Previso do nmero de viagens a partir de 2009

    Base Demanda

    Secundria Classes de RT 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

    MCAE PAX_ES Helic G 41 41 42 42 41 41 40 40 40 40 40 37 MCAE PAX_ES Helic M 5.413 5.469 5.529 5.524 5.399 5.399 5.299 5.324 5.274 5.267 5.272 4.917MCAE PAX_Outros Helic G 75 76 77 77 75 75 73 73 72 72 72 65 MCAE PAX_Outros Helic M 625 632 640 642 624 623 607 611 602 599 599 541 STME PAX_TT Helic G 3.337 3.392 3.449 3.450 3.320 3.320 3.221 3.250 3.193 3.193 3.192 2.893STME PAX_TT Helic M 9.594 9.752 9.914 9.920 9.544 9.546 9.260 9.345 9.178 9.180 9.178 8.316STME PAX_EV Helic G 1.853 1.878 1.909 1.917 1.841 1.841 1.770 1.790 1.753 1.753 1.753 1.512STME PAX_EV Helic M 6.917 7.010 7.126 7.157 6.873 6.874 6.610 6.682 6.545 6.546 6.544 5.644

  • Relatrio de Estgio 26

    * MCAE = Maca; STME = So Tom. ** TT = troca de turno; EV = eventual.

    Os dados que interessam se referem demanda para So Tom. Verifica-se que nesse caso o ano crtico o de 2012. A Tabela 2 mostra a determinao do nmero de passageiros para a hora-pico para embarque e desembarque. Nesse caso, esses valores so iguais, pois para todo passageiro que embarca para a plataforma, outro retorna, sendo o chamado vo de troca de turno. No caso de vo fracionado, se o passageiro embarca, obviamente, ele retornar posteriormente.

    Tabela 2: Nmero de passageiros na hora-pico para o ano de 2012

    Base Demanda

    Secundria Classes de RT

    Capaci-dade

    Ocupao Mdia

    N viagens (2012)

    E + D (2012)

    N Pax- Ano

    N Pax- hora TOTAL

    STME PAX_TT Helic G 23 19 3.450 6.900 131.100 61 STME PAX_TT Helic M 13 10 9.920 19.840 198.400 92

    153

    STME PAX_EV Helic G 23 19 1.917 3.834 72.846 34 STME PAX_EV Helic M 13 10 7.157 14.314 143.140 66

    100

    253 Desse modo, o nmero de passageiros da hora-pico de 127 passageiros, tanto para embarque quanto para desembarque. Considerou-se que o aeroporto tenha sua operao reduzida h apenas 6 horas, buscando um dimensionamento para a hora de mximo congestionamento do heliporto/aeroporto. No h necessidade de considerar nvel de servio muito alto (A ou B) de acordo com a IATA, pois essas situaes so muito espordicas. Para esses casos, o dimensionamento ser realizado para nvel de servio C. Esse nvel de servio seria o correspondente ao nvel de servio B desenvolvido em dissertao de mestrado [Medeiros, 2004]. Abaixo, tem-se uma distribuio dos passageiros na hora-pico por tipo de aeronave de asa rotativa e a correspondente distribuio de vos (Tabela 3).

    Tabela 3: Distribuio dos passageiros e vos entre os tipos de aeronaves de asa rotativa

    Fluxos de Embarque (ou Desemb) Tamanho pax/h vos/dia vos/h Proporo pax

    G 48 15 3 38% M 80 48 8 63%

    Para as operaes de aeronaves de asa fixa:

    Tabela 4: Distribuio dos passageiros e vos entre os tipos de aeronaves de asa fixa

    Movimentao de Emb + Desemb pax/ano pax/ms pax/dia pax/hora voos/h

    147000 12250 409 41 2

    Ocupao Mdia das Aeronaves EMB120 pax 26

    O dimensionamento para o setor das aeronaves de asa fixa ser feito para as condies de operao bem, distribudas ao longo do dia, com uma pequena ponderao de que o

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    terminal opera por 10 horas, em vez das 12 horas como eram os dados iniciais. Continuou-se a aplicar os ndices de dimensionamento com nvel B [Medeiros, 2004]. a) Estacionamento dos funcionrios

    Ser projetado para um total de vagas 270 vagas, em que se utilizou como critrio de estimativa a renda salarial dos funcionrios que lhes permitisse acesso ao terminal atravs de automvel prprio. A rea ser ento de 7.000 m2. b) Estacionamento dos usurios

    Atravs de pesquisa obteve-se uma estimativa da quantidade de usurios que devem utilizar o estacionamento do terminal: 25 vagas (para usurios temporrios) + 25*3 (para usurios fixos at o retorno da plataforma) = 100 vagas. rea = 25*100 = 2.600 m2. c) Meio-fio

    A pesquisa apresentou como resultado que 45% dos passageiros da hora-pico utilizam nibus, 17,5% van e 20% carro: - nibus: adotou-se tempo de embarque/desembarque de 15 minutos; n pax = 254 * 0,45 = 114 pax; considerando 15 minutos pico: 2 vagas no meio-fio para nibus (12m+2m): 14*2 = 28m - van: 254*0,175 = 45; ocupao mdia de 8,5 pax: 6 vans; 2 vagas para vans (6m+1,2m) = 7,2*2 = 14,4m. - carro: 254*0,20 = 52; ocupao mdia de 2,5 pax; 22 vagas para hora-pico; tempo de ocupao 5 min: 2 vagas para carros (4m+0,8m): 4,8*2 = 9,6m. Total: 52 m + margem segurana (20%) = 60m d) Embarque Asa Rotativa Saguo de Embarque:

    nmero de passageiros na hora-pico = 127 passageiros em trnsito = 26 (1 vo de avio na hora-pico) tempo de ocupao mdia = 28,5 min (pesquisa) ndice = 1,5 m2/pax (aeroporto regional de classe B, segundo trabalho de mestrado de Ana Glria Medeiros) nmero de visitantes por pax = 0,1 A = 177 m2. Quantidade de assentos: 20% do nmero de usurios = 25 + 20% = 28 assentos

    rea de Check-in: balco: largura = 1,8m (balana 0,6m+ 0,4m + balconista 0,8m) O tempo de processamento de 1,5 min em mdia. Para 1 vo G: 23 pax; 23*1,5 =

    34,5 min necessidade de 2 balces por vo, logo, fila mxima de 12 passageiros. Nos 20 minutos-pico ser 1 vo necessidade total = 2 balces + 2 balces (para o caso de 2 vos simultneos).

    Para 1 vo M: 13 pax; 13*1,5 = 19,5 min necessidade de 1 balco p/ vo. Nos 20 minutos-pico sero aprox. 3 vos necessidade total = 3 + 1 balco.

    Assim, nmero total de balces: 8. Sero ento quatro companhias, a cada uma cabendo dois balces. Fez-se previso de rea para 10 balces, caso mais uma companhia seja contratada.

    rea para 2 balces = (1,5 + 1,5 + 3)*3,6 = 21,60 m2 / companhia Total = 21,60*5 = 108 m2

    Fila: espao p/ pax: 0,80m de comprimento; com todos (ou quase todos) chegando dentro dos primeiros 5 min de check-in) comprimento fila = 0,8*13 = 10,4 m.

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    circulao = 3 m (1,5m antes e 1,5m ao final da fila). Comprimento total = 13,4m Largura total = 3,6*5 = 18m

    rea de espera: tempo mdio de10 min em fila; 20 min de espera; dimensionamento para 2 vos G e 3 vos M; total = 85 passageiros. Com s = 1,5 m2: A = (2/3)*82,5*1,5 = 85 m2 (= 8,5*10,5) N assentos = 25% * 85 = 20 assentos rea de despacho e triagem de bagagens: A = 5* 20 m2/vo = 100 m2 (= 5.5*18) Sanitrios:

    Masculino.: 5 mictrios; 2 bacias; 5 lavatrios; circulo. 2,11*5; total = 25 m2(=5*5) Feminino:.2 bacias; 2 lavatrios; circulao. 1,68*2; total = 10 m2 (=5*2) rea de Pr-Embarque: Salas de briefing: parmetro de 20 minutos pico: 2G e 3M.

    - 2 salas G: capacidade. 2 aeronave M = 26 pax. A = 4,6*6,5 = 30 m2- 3 salas M: capacidade. 13 pax. A = 4,6*4,0 = 18,4m2

    Comprimento = 13 + 12 = 25m. rea total = 115 m2 (= 4,6*25). rea da sala pr-embarque: A = 85*1,5 = 127,5 m2 = 5,1*25 N assentos: 25% * 85 = 20 assentos Portes de Embarque: tempo de embarque = 30s por pax; embarque de 85 pax em 42 min; logo colocao de 4 portes de embarque. Embarque VIP: 1 sala para 23 pax: A = 60 m2 = 12*5. Sanitrios: M: A = 7 m2 (1 bacias, 2 mictrios, 1 lavatrio, circulao)

    F: A = 4,7 m2 (1 bacia, 1 lavatrio, circulao) e) Desembarque Asa Rotativa: rea de restituio de bagagem: Para uma aeronave G (23 pax), considerando tempo de desembarque = 20s p/ pax total = 8 min; tempo de restituio = 15s p/ pax total = 6 min; tempo de revista: 30s p/ pax total = 12 min. Restituio: na hora-pico a capacidade de atendimento ser de 127 pax atendidos em 32 minutos, considerando ininterrupo das atividades; para o caso em que esta ocorre, ou de haver desembarque simultneo de duas aeronaves, sero considerados dois balces: A = 3*2. O procedimento adotado ser de que o carro de bagagem adentra ao balco. Circulao: 1,5 de cada lado do balco Largura total = 14 m; Comprimento = 3,5 m rea de estada = 1,1*65 = 71 m2 (=14*5) rea de vistoria = 2*3*4,5 = 27 m2 rea total = 14*8,5 + 27 = 146 m2. Saguo: nmero de pax na hora-pico = 127 passageiros em trnsito = 0

    tempo de ocupao por pax = 15 min tempo de ocupao por visitante = 15 min s = 1,2 m2/pax n de visitantes p/ pax = 0,1 vis/pax A = 42 m2 (= 7,4*5,7) f) Embarque Asa Fixa: Saguo: nmero de pax na hora-pico = 26 pax/h passageiros em trnsito = 0

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    tempo de ocupao por pax = 20 min s = 1,5 m2/pax n de visitantes p/ pax = 0,1 A = 21 m2 + 10% = 24 m2 Quantidade de assentos: A 25%; B 15% adotado: 20% N = 0,2*26 = 6 rea check-in: Com tempo de atendimento = 1,5min; Tempo total = 39 min. A distribuio de chegada para fila foi modelada atravs de observao das operaes durante a pesquisa de campo; resultado por teoria da fila: 5 pax na fila mxima. Assim, o comprimento da fila = 0,8 (m/pax)*5 (pax) = 4,0m (nvel de servio A) Esto previstas duas companhias, cada uma com um balco, sendo este de: 1,80*(0,6+0,9+2) = 6,3 m2 rea administrativa: 2,8*3 = 8,4 m2. rea de circulao: 1,5 antes do balco e 1,5 aps a fila. rea de despacho e triagem: A = 3,5*6 = 20 m2. rea total = 93,5 m2 (=5,5*17). rea de vistoria de segurana: Necessidade de um mdulo (20 pax p/ seg.); rea = 13,5 m2 rea Pr-Embarque: tempo na sala = 15 min s = 1 m2 rea = 26 m2. Largura corredor de acesso = 1,5m Nmero de assentos = 80% * 26 = 20 assentos rea total = 6*7,5 = 45 m2. g) Desembarque Asa Fixa Saguo: nmero de pax na hora-pico = 26 passageiros em trnsito = 0 tempo de ocupao por pax = 15 tempo de ocupao por visitante = 20 s = 1,2 m2 n de visitantes p/ pax = 0,1 A = 9 m2 + 10% = 10 m2. Restituio de bagagem: nmero de pax na hora-pico = 26 tempo de ocupao mdia = 10 s = 1,1 A = 5 +10% = 6m2. rea total = 5,5*7 = 38,5 m2. h) Outras reas reas de concesso = 20% * rea operacional total = 0,2*1336 = 268 m2. Restaurante localizado no mezanino do terminal.

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    4. Concluso

    O projeto final, em si, depois da disposio inicial e crua das vrias reas dimensionadas, conseguiu atender bem s linhas de fluxo desejadas. Constatou-se ainda que o partido arquitetnico aproveitou-se de outras vantagens suas, como a separao bem definida entre as operaes dos lados de asa fixa e asa rotativa, a criao de um fluxo central para embarque e integrao dos componentes ao mesmo tempo em que esto separados. Assim, esse partido constitui-se como uma boa alternativa apresentada.

    A ateno dada para a parte de arquitetura foi importante no sentido de que no faz sentido pensar num projeto de concepo fora de uma equipe multi-disciplinar, pois os processos exigem dos profissionais muito envolvimento e disposio de tempo para avaliaes e reavaliaes.

    II.1. Histrico II.2. rea onde foi desenvolvido o programa de estgio II.3. O Estgio no Contexto da Empresa III.1. Resumo do Estgio Dimensionamento do Terminal de Passageiros do Aeroporto de Farol de So Tom