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Epilepsia

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Page 1: Epilepsia. História Uma mulher de 27 anos, previamente sadia, apresentou subitamente contrações tônicas dos dedos da mão direita, seguidas dentro de alguns

Epilepsia

Tania
Na Grécia Antiga a epilepsia era tida como uma possessão divina e os portadores eram colocados em templos, vistos como sacerdotes. "Os gregos acreditavam que quando uma pessoa tinha uma convulsão ela era tocada por deuses. Na Idade Média, isso mudou e foi o reverso da medalha. Se na Grécia a epilepsia era chamada de morbus sacer (doença sagrada), na Idade Média era o morbus demoniacus (doença do demônio).Na Europa medieval, essa idéia continuou apesar da "doença sagrada" passar a ser conhecida como "doença das quedas". As pessoas portadoras da epilepsia eram segregadas da igreja, não podendo paticipar da eucaristia para que não contamissem ou profanassem o copo e o prato da comunhão. "A doença era vista como uma maldição, algo que só se poderia desejar ao pior inimigo.Houve associação da epilepsia e da loucura, mesmo quando não havia um quadro psiquiátrico associado à doença. "Muitos pacientes epilépticos foram internados em sanatórios para doentes mentais.
Tania
http://www.slideshare.net/adriana3034/slides-vc-epilepsia-sintomas-causas-e-condutashttp://www.lasse.med.br/mat_didatico/lasse1/textos/americo02.htmlhttp://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?LibCatID=-1&Search=vacinacao&LibDocID=5156
Juliano Carlos
Ritmo beta para teta e delta(alta amplitude e baixa frequencia), enquanto a epilepsia(alta amplitude e alta frequencia)
Juliano Carlos
crises recorrentes devido à descarga excessiva e sincrônica dos neurônios cerebrais (crises convulsivas). Alteração não só dos neuronios mas também das celulas neurogliais.
Juliano Carlos
Exame importante não para o diagnóstico, que o diagnóstico é clínico. Mas é importante para saber o tipo e local exato do foco.Não é para diagnóstico, e sim para auxiliar na confirmação da epilepsia, além de nos auxiliar a descobrir o tipo, o local alterado.Existem diferentes tipos de crises epilépticas e a crise generalizada tônico-clônica é apenas uma delas. O diagnóstico é sempre clínico, ou seja, através do relato que a pessoa ou seus conhecidos fazem da crise para o seu médico
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História

Uma mulher de 27 anos, previamente sadia, apresentou subitamente contrações tônicas dos

dedos da mão direita, seguidas dentro de alguns segundos por movimentos clônicos. Nos próximos 30 segundos, os abalos se estendem e envolvem o braço, a face e a perna do mesmo

lado.

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Uma mulher de 27 anos, previamente sadia, apresentou subitamente contrações tônicas dos

dedos da mão direita, seguidas dentro de alguns segundos por movimentos clônicos. Nos próximos 30 segundos, os abalos se estendem e envolvem o braço, a face e a perna do mesmo

lado.

Súbita postura rígida dos membros

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História

Uma mulher de 27 anos, previamente sadia, apresentou subitamente contrações tônicas dos

dedos da mão direita, seguidas dentro de alguns segundos por movimentos clônicos. Nos próximos 30 segundos, os abalos se estendem e envolvem o braço, a face e a perna do mesmo

lado.

Súbita postura rígida dos membros

Contrações involuntárias alternantes e repetitivas de

grupos musculares agonista e antagonista

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HistóriaApós isso, ela desmaiou e perdeu a consciência

apresentando abalos simétricos bilaterais dos quatro membros. Os abalos diminuíram gradualmente, em

seguida ela permaneceu flácida, recuperando a consciência lentamente.

Irmão da Paciente relatando:

Juliano Carlos
É verdade que após uma crise epiléptica há um desgaste dos neurônios?Após uma crise epiléptica, pode ocorrer um período de alguns minutos em que os neurônios, que funcionaram acima do normal durante a crise, tornam-se mais lentos. Nesse período, a pessoa se apresenta mais sonolenta ou confusa. Porém, logo em seguida, essa função é completamente recuperada
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Causas de Epilepsias• Qualquer lesão no cérebro

pode causar epilepsia

• Algumas vezes a epilepsia tem componente genético.

1 - Seqüelas de infecções2 - Trauma de crânio

3 - Hipóxia (falta de oxigênio) 4 – Tumores

5 - Distúrbios vasculares

Crise Epiléptica ou Epilepsia ?

Juliano Carlos
Crise Epileptica é diferente de epilepsiaCausas de Crise epilipticas = Deficiencia de oxigênio , hipoglicemia, intoxicação, abuso de cocaína, alcool (Crianças são vulneráveis a ter crises desencadeada por FEBRE)o paciente apresentou duas ou mais crises epilépticas não provocadas, ele tem o diagnóstico de epilepsiaO que causa epilepsia?Epilepsia pode ocorrer por diversas causas diferentes, como lesões cerebrais permanentes adquiridas (como seqüelas de acidente vascular cerebral, tumores ou traumas) ou congênitas (como mal-formações do desenvolvimento cortical) ou predisposição genética.
Juliano Carlos
Crise convulsiva x epilepsiaDamos o nome de epilepsia quando o paciente apresenta mais de 1 episódio de crises convulsivas parciais ou generalizadas, sem que se identifique uma causa óbvia e reversível como drogas, febre ou alterações metabólicas. Por exemplo, uma pessoa que consumiu bebidas alcoólicas em excesso e apresenta uma quadro de crise convulsiva, não é considerado epilética. Do mesmo modo um diabético em uso de insulina que apresenta um quadro de hipoglicemia grave e, por isso, desenvolve uma quadro de crises epiléticas, também não o é. Epilético é aquele paciente que apresenta alguma alteração cerebral que o predispõe a desenvolver periodicamente crises convulsivas, sem que haja alguma agressão ao cérebro para desencadeá-la.Portanto, nem toda crise convulsiva é causada por uma quadro de epilepsia. Podemos citar algumas doenças e alterações que podem provocar crise convulsiva sem que se caracterizem como um quadro de epilepsia: FEBRE , MEDICAMENTOS, HIPOGLICEMIA, MENINGITE
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- Refere que apresentou há 2 meses atrás um episódio semelhante.

- Nega história familiar de epilepsia.

- Não faz uso de medicamentos, e não tem alergia a nenhum medicamento.

- Há um ano atrás sofreu um traumatismo craniano através de um acidente de carro, ficando internada onde foi submetida

a uma cirurgia, que transcorreu sem intercorrências.

História Patológica Pregressa

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VAMOS SOLICITAR UM ELETROENCEFALOGRAMA

Juliano Carlos
Não é para diagnóstico, e sim para auxiliar na confirmação da epilepsia, além de nos auxiliar a descobrir o tipo, o local alterado.-MANOBRAS DE INDUÇÃO (FOTOESTIMULAÇÃO, Hiperventilação)- Vai ver alguma coisa? TALVEZ.O eletroencefalograma das pessoas com epilepsia pode ser normal em cerca de 50% das vezes em que é realizado e a repetição desse exame muitas vezes é recomendada.Existe alguma relação entre o estado psicológico ou emocional do paciente com crises de ausência?As crises epilépticas são de correntes de alterações biológicas que ocorrem em alguns neurônios. Porém, alguns pacientes com epilepsia quando submetidos a estresse físico ou emocional podem ter piora na frequência das crises.
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Dedos da mão direita

Estendem para todo braço

direito

Envolvendo a face e a perna

Perde a consciência

Abalos simétricos bilaterais dos quatro membros

Sequência de Eventos

Enquanto isso, vamos pensar...

Juliano Carlos
perguntar onde estaria o foco epileptico.- sequecia não é aleatoria!
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Juliano Carlos
Tipos de crises - Crise Parciais ou focais- Crises primariamente generalizadas-Crises Parciais secundariamente generalizadas-Onde estaria o foco convulsivo apartir da clínico da mulher?
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Homúnculo Penfield

Juliano Carlos
leve estimulação elétrica no córtex cerebral, encontraria, assim, o foco da crise epiléptica e sua remoção levaria à cura.Utilizando apenas anestesia local, os pacientes eram mantidos conscientes enquanto Penfield abria seus crânios, localiza os focos epileptogênicos e os removia. Ele aproveitava para estimular outras regiões do parênquima e solicitava que o paciente descrevesse o que estava sentindo.- Com isso, foi possível desenvolver um mapa cerebral no qual diferentes regiões corporais eram representadas no córtex, porém de uma forma diferente (tamanho e disposição) de como eram encontradas no corpo, idealizando o famoso homúnculo (tanto sensorial quanto motor).
Juliano Carlos
fica mais fácil diagnosticar a topografia de lesões/distúrbios cerebrais.-imprescindível para que se torne possível diagnosticar qual o ramo arterial envolvido no processo
Juliano Carlos
OBS:Imagine-se o seguinte caso: uma paciente, sexo feminino, 65 anos, chega ao consultório com história de déficit motor súbito grau III em membro inferior direito há cinco dias e que o paciente percebeu quando acordou, pela manhã. Não havia, na história clínica, qualquer outro fato que pudesse explicar a sua queixa. Qual seria a principal hipótese diagnóstica? E qual seria o território vascular acometido?Déficit súbito, sem outro dado que possa explicá-lo, devemos pensar em etiologia vascular e, pela epidemiologia, em acidente vascular encefálico (AVE). Ao se olhar o homúnculo de Penfield vê-se que o membro inferior localiza-se na região sagital paramediana e que esta região faz parte do território vascular da artéria cerebral anterior. Assim, provavelmente trata-se de um AVE isquêmico que afetou a artéria cerebral anterior ou um de seus ramos do lado esquerdo, uma vez que o déficit é no membro inferior direito.
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1 - Contrações nos dedos da mão direita 2 - Estendem para todo o braço3 - Envolve o braço, face e perna

Homúnculo Penfield

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1 - Contrações nos dedos da mão direita 2 - Estendem para todo o braço3 - Envolve o braço, face e perna

Perder a consciência com abalos simétricos

bilaterais

Homúnculo Penfield

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Perda da consciência com abalos simétricos bilaterais

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Crise Primariamente Generalizada

E se ela tivesse perdido a consciência e ocorresse a crise sem as contrações

iniciais nos dedos?

Juliano Carlos
-Explicar os tipos de crises- causa genetica- eletroencefalograma normal
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AurasE se o foco epiléptico fosse

em outra área do córtex?

Tania
Geralmente é precedida por "aura" (sensação subjetiva de que o aviso indivíduo epiléptico quando vai sofrer a convulsão clássico). as auras são definidas como componentes das crises que ocorrem antes da perda da consciência, sendo o paciente capaz de recordar os sintomas premonitórios no período pós ictal. As auras geralmente são relacionadas a epilepsias de origem focal.Os sintomas corporais dependeram da parte do córtex que for estimulada.
Tania
Giro Temporal superior - crises auditivas.
Tania
Córtex somato senssorial- Giro pós central- Formigamento, dormencia ou calor em um dos lados do corpo.
Tania
Cortex motor -
Tania
Cortex occiptal e regiões vizinhas- Alucinações visuais elementares (pontos luminosos)
Tania
Cortéx de associação occiptotemporal - Alucinações visuais complexas como formas geometricas ou cenas.
Tania
lobo temporal mesial, região do cérebro que compreende estruturas como a amígdala e o hipocampo, giro parahipocampal, responsáveis por funções fundamentais humanas, como a memória e as emoções. Crises psiquicas como medo,pânico, bem-estar, deja-vu (familiaridade).Relatamos o caso de uma paciente com epilepsia do lobo temporal e “sensação de orgasmo” comoaura epiléptica.UNCUS E ESTRUTURA FRONTO-BASAL- crises olfatorias ou gustatórias.
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VOU LHE MOSTRAR ALGUNS EEG, VAMOS

VER SE VOCÊ VAI DESCOBRIR QUAL É O EXAME DA PACIENTE?

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O que podemos observar no EEG?

PONTAS ONDAS ALTAS

COMPLEXO PONTA-ONDA

Juliano Carlos
uma pessoa com epilepsia pode ter EEG normal.- Tais alterações indicam a atividade sincrônica dos neurônios da região afetada.
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Predominância occiptal

Poderia ser o EEG da paciente?

Juliano Carlos
- Mostrar o desenho no quadro- Numeros pares (lado direito),- numeros impares (lado esquerdo)
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Crise Primariamente Generalizada

Poderia ser o EEG da paciente?

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Hemisfério Direito

Poderia ser o EEG da paciente?

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Foco Epiléptico na região

fronto-central do hemisfério

esquerdo

EEG da paciente

Juliano Carlos
Comentar que esse foco, é constantemente visualizado no EEG, que em determinado momento (induzido) vai desencadear a crise epiléptica.
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Tratamento

- Drogas Anti-epilépticas

- Bloqueia a condutância do sódio, prevenindo a descarga sincrônica dos neurônios

( QUANDO CONFIRMAR A PRESENÇA DE EPILEPSIA )

Juliano Carlos
A carbamazepina é a medicação de escolha para o tratamento das crises parciais. As medicações antiepilépticas agem de diferentes formas, mas, em geral, a função principal desses medicamentos é diminuir a hiperexcitabilidade neuronal, que é responsável pela geração das crises.
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